Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
agentes causadores
de Mastite
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
Sumário
Resumo das Características das Bactérias 4
Streptococcus agalactiae 6
Streptococcus dysgalactiae 8
Streptococcus uberis 11
Enterococcus 15
Lactococcus 17
Klebsiella 19
Escherichia coli 23
Pseudomonas 27
Serratia 30
Levedura 33
Prototheca 35
Staphylococcus aureus 39
Corynebacterium spp. 46
Perguntas Frequentes 62
onfarm.com.br 3
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
4 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
onfarm.com.br 5
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
6 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
onfarm.com.br 7
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
Devido ao alto risco de transmissão entre quartos e entre vacas e a alta chance
de cura, o tratamento de mastite subclínica causada por S. agalactiae apresentam
ótima relação custo:benefício, durante a lactação, visando erradicar este agente do
rebanho. Geralmente, as chances de cura de S. agalactiae são altas (> 90%) com o uso
de antibiótico intramamário a base de beta-lactâmicos (penicilinas e cefalosporinas)
durante 2 a 3 dias. Porém, recomenda-se avaliar os custos com tratamento e descarte
de leite para definir o melhor protocolo, de forma parcelada (grupo de animais por
vez) ou blitz-terapia.
A avaliação da eficácia dos tratamentos pode ser feita pela cultura microbiológica
(em torno de 7 dias após o fim da carência do antibiótico) para avaliar a taxa de cura
evitando-se assim que vacas não curadas possam ser futuras fontes de infecção. Em
rebanhos com alta prevalência de S. agalactiae, a realização de blitz terapia para
S. agalactiae (tratamento das vacas positivas para S. agalactiae) reduziu a CCS do
tanque pela metade, demonstrando que esta pode ser uma alternativa para melhoria
da qualidade do leite em rebanhos com alta prevalência deste agente.
8 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
onfarm.com.br 9
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
2) boas condições de higiene do ambiente (seco e limpo) das vacas. O uso de camas
orgânicas tem maior risco de infecção por este agente, porém, o manejo das camas,
orgânicas ou inorgânicas, é o ponto fundamental para prevenção e controle de S.
dysgalactiae. As principais medidas para manter a higiene do ambiente são: maior
frequência de limpeza de camas do free-stall; maior taxa de reposição e viragem da
cama das vacas de sistema “compost barn”; adequado manejo do pasto e minimizar
aglomeração e superlotação em determinadas áreas com lama e esterco (exemplo:
em torno dos cochos e bebedouros). Em sistemas com cama inorgânica (como a areia),
no intervalo entre ordenhas é recomendado que seja feita a remoção dos dejetos
na parte final da cama (onde o úbere entra em contato quando a vaca se deita) e
reposição de areia. Pode ser recomendado a utilização de aplicação de produtos para
auxiliar na redução de carga microbiana na porção traseira da cama, como cal. Porém,
a maioria destes produtos tem curta ação, e somente no local de contato, exigindo
que a aplicação seja diária, e, em muitos casos duas vezes ao dia. É recomendado que
as vacas não deitem imediatamente após a ordenha, pois o canal dos tetos ainda está
aberto pelo estímulo da ordenha. O fornecimento de alimentação após a ordenha é
recomendado para estimular as vacas a ficarem em pé, permitindo maior tempo para
o fechamento do canal dos tetos.
Por ser um agente que pode ter transmissão contagiosa, a rápida identifica e
10 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
3. Realização de terapia de vaca seca com antibiótico de longa ação e uso de selante
interno de teto e com eficácia para S. uberis.
onfarm.com.br 11
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
Multíparas Primíparas
1. Segregar a vaca
2. Não tratar mais o quarto
Tratar por 5 à 8 d com antibiótico
3. Antecipar secagem (se estiver
intramamário os casos de mastite
prenhe):
clínica.
4. Secagem do quarto?
5. Descartar a vaca?
A prevalência desta bactéria tem crescido com o confinamento das vacas, devido
a maior lotação e maior risco deste microrganismo atingir a glândula mamária. As
12 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
Camas orgânicas podem apresentar maior risco de infecção por este agente, porém, o
manejo das camas, orgânicas ou inorgânicas, é o ponto fundamental para prevenção
e controle de S. uberis.
onfarm.com.br 13
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
As maiores chances de cura de infecções causadas por S. uberis são com o protocolo
de secagem com o uso de antibióticos com longa ação. O uso de antibioticoterapia
durante a lactação é recomendado para tratamento de mastite clínica, porém, em
alguns casos poderá não ser eficiente. De cada 10 vacas com mastite clínica causada
por S. uberis, 5 a 6 vacas apresentam cura. De forma geral, S. uberis apresenta maior
sensibilidade às penicilinas e cefalosporinas, porém, estes antibióticos não são capazes
de penetrar as células epiteliais mamárias em casos de mastite crônica causadas por
cepas adaptadas à glândula mamária. Antibióticos macrolídeos (eritromicinas, tilosina
e tilmicosina) podem penetrar as células mamárias, mas as cepas de S. uberis podem
apresentar maior resistência a estes antibióticos. Protocolos de terapia estendida
com intramamário (> 5 dias de tratamento) são recomendados para tratamento
de mastites causadas por S. uberis. O uso de terapia combinada (intramamário
associado a antibiótico parenteral) ainda é controverso, mas se for optar pelo seu
uso, é preferível que seja feita com bases com elevada eliminação no leite (Ver Anexo,
Tabela 1) e que não haja antagonismo com o antibiótico intramamário, com o devido
cuidado do período de carência e risco de resíduos de antibióticos no leite do tanque.
14 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
4. Realização de terapia de vaca seca com antibiótico de longa ação e uso de selante
interno de teto e com eficácia para Enterococcus.
onfarm.com.br 15
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
Multíparas Primíparas
16 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
Camas orgânicas podem apresentar maior risco de infecção por este agente, porém, o
manejo das camas, orgânicas ou inorgânicas, é o ponto fundamental para prevenção
e controle de Enterococcus.
onfarm.com.br 17
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
Multíparas Primíparas
1. Segregar ???
2. Não tratar mais o quarto
Tratar por 3 à 4 d com
3. Antecipar secagem (se estiver
intramamário os casos de mastite
prenhe):
clínica
4. Secagem do quarto
5. Descartar as vacas
18 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
As principais espécies de Lactococcus spp. que causam mastite são Lactococcus lactis
e Lactococcus garvieae, sendo que já foi sugerido que Lactococcus lactis pode ser mais
prevalente e patogênico do que o Lactococcus garvieae. Este grupo de bactérias é
geralmente identificado como Streptococcus spp., pois apresentam características de
crescimento muito semelhantes às bactérias desse gênero. Apenas com os métodos
mais modernos de diagnóstico é possível diferenciar estes dois gêneros. Foi observado
que, usando a metodologia de cultura microbiológica convencional para avaliar um
grande número de amostras de cocos catalase negativa, foram identificados 11% de
Enterococcus ssp., 24% de S. uberis, 3% de S. bovis e 1% de S. dysgalactiae quando
avaliados pelo método de biologia molecular, eram na verdade, Lactococcus spp.
Ainda não existem muitos estudos a respeito dessa bactéria, no entanto ela é
predominantemente ambiental e que pode apresentar comportamento semelhante
à bactéria S. uberis, no que diz respeito à fonte de infecção, patogenicidade e chance
de cura com antibioticoterapia. Portanto, para controle dessa bactéria, pode-se
adotar medidas semelhantes às que seriam tomadas contra S. uberis (ver descrição
detalhada dessa bactéria no tópico a cima).
1. Klebsiella spp. são microrganismos ambientais, cujas espécies mais conhecidas são
Klebsiella pneumoniae e Klebsiella oxytoca, mas as medidas de controle e tratamento
são semelhantes entre todas as espécies Klebsiella spp.
onfarm.com.br 19
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
20 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
O risco de infecções por Klebsiella spp. durante a lactação pode aumentar quando
o ambiente se torna mais úmido, enlameado ou de maior acúmulo de matéria
orgânica não fermentada. Isso ocorre porque há maior contaminação da pele e da
extremidade dos tetos. Vacas que apresentam maior abertura do canal dos tetos
(como hiperqueratose) apresentam maior risco de infecção por estes microrganismos
ambientais.
Camas orgânicas podem apresentar maior risco de infecção por este agente, porém, o
manejo das camas, orgânicas ou inorgânicas, é o ponto fundamental para prevenção
e controle de Klebsiella spp.
onfarm.com.br 21
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
As infecções por Klebsiella spp. podem ocorrer durante a lactação ou período seco.
As vacas no início de lactação apresentam maior risco de infecções por Klebsiella
spp. devido ao aumento do estresse e depleção da atividade do sistema imune.
Aproximadamente, 1 em cada 2 casos de mastite clínica por coliformes que ocorrem
nos primeiros 100 dias de lactação são resultantes de infecções intramamárias que
ocorreram durante o pré-parto. O uso de selante interno de tetos no momento
da secagem é uma prática eficaz para reduzir os riscos de infecções causados por
coliformes, e pode reduzir o risco geral de mastite clínica após o parto em 29%.
Desta forma, a associação de uso de antibiótico vaca seca e selante interno de tetos
aumenta a chance de cura de quartos cronicamente infectados, reduz o risco de
novas infecções durante o período seco e de mastite clínica no pós-parto. Quando
a Klebsiella spp. morre, pode ocorrer liberação de toxina, que é responsável por
sintomatologia clínica nas infecções locais, sendo que o sistema imune e o uso
de antibióticos não apresentam efeitos. De forma similar a E. coli, alguns casos as
infecções por Klebsiella spp. podem se tornar sistêmicas, necessitando de terapia
suporte (hidratação, anti-inflamatório e antibiótico sistêmico).
22 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
1. Escherichia coli (E. coli) é um patógeno ambiental, cujo risco é maior nas vacas logo
após a secagem ou durante o período de transição.
onfarm.com.br 23
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
4. Vacinação para coliformes (bacterina J5) para reduzir a gravidade dos casos
de mastite clínica
24 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
O risco de infecções por E-coli durante a lactação pode aumentar quando o ambiente
se torna mais úmido, enlameado ou de maior acúmulo de matéria orgânica não
fermentada. Isso ocorre porque há maior contaminação da pele e da extremidade dos
tetos. Vacas que apresentam maior abertura do canal dos tetos (como hiperqueratose)
apresentam maior risco de infecção por estes microrganismos ambientais.
Camas orgânicas podem apresentar maior risco de infecção por este agente, porém, o
manejo das camas, orgânicas ou inorgânicas, é o ponto fundamental para prevenção
e controle de E-coli.
onfarm.com.br 25
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
seja diária, e, em muitos casos duas vezes ao dia. É recomendado que as vacas não
deitem imediatamente após a ordenha, pois o canal dos tetos ainda está aberto pelo
estímulo da ordenha. O fornecimento de alimentação após a ordenha é recomendado
para estimular as vacas a ficarem em pé, permitindo maior tempo para o fechamento
do canal dos tetos.
Quais as principais formas de prevenção e controle de E. coli?
Além da limpeza das camas, procedimento de limpeza pré-ordenha (pré-dipping)
e redução das flutuações de vácuo são importantes fatores que podem reduzir as
infecções por E. coli. A utilização de pré-dipping com eficácia comprovada, em contato
com toda a área da pele do teto durante pelo menos 30 segundos, e a remoção
total de pré-dipping e sujidades nos tetos remanescentes (inclusive na ponta dos
tetos) com o uso de papel ou toalhas são medidas que reduzem novas infecções por
agentes ambientais. Após a ordenha, a aplicação de pós-dipping em toda a área do
teto reduz o risco de novas infecções intramamárias nos intervalos entre ordenhas,
e o uso de produto com efeito barreira pode ter eficácia adicional especialmente
quando o desafio ambiental é alto.
O uso de vacina J5 reduz a gravidade dos casos de mastite clínica, porém sem efeito
sobre a incidência da mesma. Porém, a redução da gravidade reduz a chance de
morte da vaca ou perda do quarto mamário, bem como apresenta efeitos positivos
secundários como melhora do bem-estar da vaca e reduz dos efeitos da mastite
clínica aguda sobre o consumo de matéria seca e produção de leite. Os protocolos de
vacinação (bacterina J5) geralmente apresentam retorno econômico sobre o custo
de vacinação, especialmente para as vacas pré e pós-parto, que apresentam maior
risco de infecção por E. coli e depleção das atividades do sistema imune.
26 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
onfarm.com.br 27
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
28 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
3) Utilização de água antes e durante a ordenha para limpeza dos úberes e das
teteiras.
onfarm.com.br 29
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
3. Como Serratia spp. está no ambiente, deve-se manter o ambiente limpo e seco,
especialmente nas épocas chuvosas: maior frequência de manejo de limpeza de
camas do free-stall; maior taxa de reposição e viragem da cama das vacas de sistema
“compost barn”; adequado manejo do pasto e minimizar aglomeração e superlotação
em determinadas áreas com lama e esterco (exemplo: em torno dos cochos e
bebedouros).
4. Infecções por Serratia spp. podem resultar em mastite clínica ou subclínica.
Infecções subclínicas são mais comuns para essa bactéria do que para as demais
bactérias gram-negativas.
6. Nos casos leves e moderados diagnosticados com Serratia spp. não se recomenda
o tratamento com antibióticos, em razão da resistência dessa bactéria aos
antimicrobianos, sendo que a taxa de cura espontânea (sem tratamento) é similar à
taxa de cura com antibioticoterapia. Porém, casos graves de mastite clínica devem ser
tratados imediatamente com terapia suporte (antibiótico injetável, anti-inflamatório
e hidratação oral e/ou endovenosa).
30 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
onfarm.com.br 31
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
duração média de uma infecção intramamária foi relatada como sendo de 55 dias a
4 meses, enquanto infecções individuais podem durar desde 10 meses até mesmo 3
anos.
Mastite causada por Serratia spp. é pouco observada em fazendas leiteiras e os relatos
descrevem casos únicos ou múltiplos casos em um mesmo rebanho. Evidências
epidemiológicas associam surtos de mastite causada por Serratia spp. ao uso de
clorexidina como desinfetante para pré ou pós-dipping, pois esse produto tem baixa
eficácia sobre Serratia spp., o que facilita sua sobrevivência nos copos de dipping e
consequente transmissão para as vacas. Entretanto, S. marcescens não foi isolada em
culturas de containers fechados do produto.
Infecções por Serratia spp. podem causar mastite clínica leve ou ainda mastite subclínica.
A detecção de Serratia spp. em uma amostra de leite composta, frequentemente está
associada a um aumento significativo da CCS da vaca, em comparação com animais
com cultura negativa. Porém, foi verificado que a identificação de Serratia spp. na
vaca não foi associada com redução da produção de leite, o que poderia ocorrer em
casos de mastite clínica causada por E. coli ou Klebsiella spp., que foram associadas
com perdas de produção de 13.10 kg/d e 9.94 kg/d respectivamente.
32 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
Tratamento
Há sugestões de que o tratamento de infecções por Serratia spp. pode ser eficaz
com aplicações intramamárias de neomicina. Outros relatos, entretanto, sugerem
que infecções por Serratia spp. têm baixa resposta a tratamentos com antibióticos, e
a maioria das infecções por Serratia spp. aparenta cura espontânea. De forma geral,
não se recomenda o uso de antibióticos para tratamento dessa bactéria, pois cepas
de S. marcescens têm sido relatadas como resistentes a antibióticos.
Prevenção
1.11. Levedura
1. Leveduras são geralmente agentes que causam mastites esporádicas, e estes
microrganismos são encontrados em solos, pele dos tetos, plantas e matéria orgânica
em decomposição.
4. Nos casos de infecções por Levedura que não apresentam cura espontânea, o
quarto mamário pode ser secado de forma permanente, a vaca pode ser segregada
(principalmente quando houver grumo), seca ou descartada.
onfarm.com.br 33
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
34 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
onfarm.com.br 35
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
4. As infecções por SNA são mais comuns em animais de primeira lactação no pós-
parto, ou em vacas de 2 ou mais lactações ao final de lactação
6. Existem relatos de que algumas espécies de SNA podem ser transmitidas de uma
vaca para outra.
36 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
onfarm.com.br 37
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
na mastite clínica. A cada 10 casos de mastite clínica, 1 é por SNA. A maioria das
espécies de SNA apresentam baixo tempo de sobrevivência no ambiente, porém
Staphylococcus chromogenes (S. chromogenes) e Staphylococcus hycus podem persistir
por longos períodos. Das infecções causadas por SNA, 80% são por S. chromogenes, e
este agente pode causar moderado aumento da CCS. As demais espécies de SNA não
apresentam efeito significativo sobre a CCS e composição do leite. As infecções por
SNA são mais comuns de acontecerem em animais de primeira lactação pós-parto, ou
em vacas de 2 ou mais lactações ao final de lactação.
Staphylococcus hyicus é uma espécie de SNA, porém não é agrupado como SCN, por
que, semelhantemente ao S. aureus, pode apresentar resultado positivo ao teste da
coagulase (um dos principais métodos utilizados para separar S. aureus dos demais
Staphylococcus spp.). Demais testes confirmativos podem ser utilizados de forma
complementar ao teste da coagulase para diferenciação de S. aureus de S. hycus, ou
mesmo diagnósticos mais modernos como biologia molecular e espectrometria de
massas (MALDI-TOF).
38 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
5. Mastite causada por S. aureus tem cura? Sim, as chances de cura de S. aureus
com tratamentos com antibióticos durante a lactação são máximas em primíparas,
em fase inicial de lactação (primeiro terço de lactação) e sem histórico de mastite
clínica no quarto mamário. Novas infecções por S. aureus. podem ser tratadas com
antibióticos, principalmente em primíparas. O uso de terapia estendida (5 à 8 dias
de tratamento) aumenta as chances de cura de mastite causada por S. aureus. No
entanto, o tratamento de vacas com mastite crônica, com mais de duas lactações e
onfarm.com.br 39
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
com histórico de mastite no quarto acometido tem baixas chances de cura. Nestes
casos, as opções de manejo destas vacas são: a antecipação da secagem e uso de
tratamento de vaca seca, secagem dos quartos infectados ou descarte das vacas
infectadas.
Segregar e: Segregar e:
Antecipar secagem (se Considerar tratamento
estiver prenhe), ou: lactação (5 à 8 d
Secagem dos quartos intramamário), ou:
infectados ou Secagem dos quartos
Descartar as vacas infectados
1) Segregar
2) Considerar tratamento lactação (5 à 8 d intramamário), e:
3) Calcular % de novilhas parindo com Staph. aureus, e:
3.1) Avaliar:
Controle de moscas
Fornecimento p/ bezerras: Colostro e leite de vacas com mastite
Mamada cruzada
40 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
onfarm.com.br 41
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
IIM causada por S. aureus pode ocorrer erosão e ulceração dos sinus e ductos lactíferos,
infiltração do tecido do parênquima com células inflamatórias, e por fim lesões nas
células epiteliais do tecido secretor de leite), levando à oclusão dos ductos e alvéolos
e presença de S. aureus no seu interior (Figura 1). S. aureus que ficam no tecido
alveolar, podem ser fonte de infecção para outras regiões da glândula ou formarem
granulomas e microabcessos. S. aureus apresenta também capacidade de produção
de biofilme, que é uma matriz formada por comunidade bacteriana protegida por
esta matriz, favorecendo o crescimento da comunidade em condições de ambiente
desfavoráveis. Este processo é iniciado pela adesão das bactérias em uma superfície
(Figura 2), onde formam micro colônias resultando em uma estrutura tridimensional.
O biofilme é um fator de virulência das infecções por S. aureus, e cerca de 36 à 48%
das cepas de S. aureus são produtoras de biofilme. As cepas produtoras de biofilme
são consideradas mais resistentes aos antimicrobianos, devido:
42 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
Antes da IIM
Após a IIM:
Bactérias,
Congestão,
Apoptose
Figura 1 – Congestionamento de ductos e apoptose dos alvéolos mamários causado por IIM
(Fonte: Elazar et al., 2010). PMN = Polimorfonuclear
onfarm.com.br 43
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
44 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
Tratamento:
As decisões sobre tratar vacas infectadas por S. aureus durante a lactação dependem
do histórico da doença no rebanho e da resposta aos tratamentos prévios. A chance
de cura de mastite causada por S. aureus podem variar de 4 a 92%. As chances de
cura para mastite crônica causada por S. aureus variam de acordo com características
da vaca, do patógeno e do protocolo de tratamento. Com relação à vaca, as taxas de
cura diminuem com: o aumento do número de partos da vaca, aumento da contagem
de células somáticas (CCS), aumento da contagem bacteriana antes do tratamento e
aumento do número de quartos infectados. A taxa de cura para este agente é menor
nos quartos traseiros do que nos dianteiros.
onfarm.com.br 45
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
46 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
Mastite Subclínica
Mastite Clínica
(CCS > 200 mil Cel/ml)
onfarm.com.br 47
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
48 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
onfarm.com.br 49
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
que estudos não mostram que Corynebacterium spp. poderia elevar a CCS acima
de 200 mil Cel/ml? É difícil afirmar as causas, mas pode ser algo similar ao que
acontece quando a vaca tem CCS alta e o resultado de cultura é negativa (de forma
geral, >40% dos resultados de cultura de vacas com CCS > 200 mil cel/ml podem
apresentar resultado de cultura negativa), ou seja, podem existir outros fatores que
estão causaram o aumento de CCS, e o isolamento de Corynebacterium spp. pode
ser somente uma correlação, e não a causa do aumento de CCS. Vacas com CCS alta
e com resultado de cultura negativa podem ser associadas a alguns fatores: 1) uma
infecção que já foi combatida, porém, o processo de redução de CCS ainda não foi
concluído no momento da coleta para esta análise (a redução da CCS podem levar dias
ou até semanas após a infecção ser combatida, dependendo da vaca e do agente);
2) Vacas velhas e/ou final de lactação, o qual o aumento de CCS pode ser devido a
um processo fisiológico e não microbiológico; 3) Lesão física na glândula mamária; 4)
Potencialmente algum agente que não cresce em sistemas convencionais de cultura
em laboratórios; entre outros. Confira mais artigos sobre o tema, em nosso blog:
http://onfarm.com.br/blog
50 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
aos quartos contralaterais sem nenhum agente/sadios (86 mil cél/ml). Porém, neste
estudo não foram observados efeitos do C. bovis sobre a produção de leite, e teores
de gordura e proteína (Gonçalves et al., 2016).
Prevalência de Corynebacterium spp.
Estudos brasileiros descreveram prevalência média de Corynebacterium spp. de
4 à 13% das vacas em lactação (Knackfuss Vaz et al., 2013; Gonçalves et al., 2016;
Martins et al., 2017; Gonçalves et al., 2018; Martins et al., 2019). A prevalência de
Corynebacterium spp. pode ser muito variável entre rebanhos, e é muito provável que
esteja associada a eficiência de desinfecção dos tetos antes e após a ordenha, perfil
etiológico da mastite do rebanho, fase de lactação das vacas e características dos
tetos das vacas. Um compilado de estudo conduzidos na região sudeste de SP mostra
que 0,2% dos quartos mamários apresentam Corynebacteriam spp. no momento da
secagem, 4% dos quartos nas primeiras duas semanas pós-parto, 1,5% à 4,5% durante
a lactação e 3% dos casos de mastite subclínica (Figura 2).
onfarm.com.br 51
Protocolo de
tratamento de
Mastite Clínica
LABORATÓRIO DE CULTURA NA
FAZENDA: PARA QUE POSSO USAR?
CASOS DE MASTITE CLÍNICA CASOS DE VACAS RECÉM-PARIDAS
PREVENTIVO E CURATIVO MASTITE SUBCLÍNICA E VACAS PARA SECAGEM
Mastite Clínica → Coleta de amostra PREVENTIVO E CURATIVO PREVENTIVO E CURATIVO
→ Cultura Microbiológica → Como controlar e acompanhar?
Resultados para determinação do - Análise de CCS individual/mês e/ou VACAS RECÉM-PARIDAS
plano de ação e protocolos de teste CMT (raquete)/mês;
tratamento Acompanhar o histórico e realizar a Avaliar eficácia da terapia da vaca
cultura daqueles animais que seca e acompanhar os animais novos
(VER SUGESTÃO PARA apresentarem alteração de CCS ou que estão entrando no rebanho para
PROTOCOLOS DE TRATAMENTO) teste CMT positivo de um mês para o tomar a decisão correta caso seja
outro, para detecção do detectada algum microrganismo
Principais vantagens: contagioso e/ou baixa chance de
microrganismo e determinação do
1- Conhecer o patógeno causador de cura(por exemplo, novilhas que
mastite;
plano de ação adequado.
possam parir infectadas por S
2- Determinação do tratamento e planos de aureus). Coleta de amostra
ação; Principais vantagens: composta sempre que o leite estiver
3- Redução do uso com antibióticos (30 a
- Realizar um plano de ação (diagnóstico e livre de resíduos de antibiótico.
50% de casos que não precisam de
plano de ação) para impacto da CCS do
tratamento) VACAS PARA SECAGEM
tanque;
- Realizar um trabalho preventivo e/ou
- Realizar um trabalho preventivo e/ou Determinar e direcionar o protocolo
curativo para acompanhar as bactérias
curativo para acompanhar as bactérias de terapia da vaca seca para
causadoras de mastite antes da situação
causadoras de mastite antes da situação avaliação da sua eficácia.
sair do controle;
sair do controle;
2- DESCARTE do animal caso preencha o tripé “Reprodução ruim + Baixa Produção + Saúde
em geral prejudicada (problemas de casco, mastite, doenças pós-parto recorrente, etc);
SUGESTÃO PARA PROTOCOLOS
DE TRATAMENTO
PROTOCOLOS DE TRATAMENTO DE
ACORDO COM AS 3 SEGUINTES SITUAÇÕES:
1. 2. 3.
CASOS DE MASTITE CLÍNICA CASOS DE MASTITE CLÍNICA CASOS DE MASTITE CLÍNICA
QUE FOI REALIZADA A QUE FOI REALIZADA A SEM RESULTADO DE
CULTURA MICROBIOLÓGICA E CULTURA MICROBIOLÓGICA E CULTURA OU COM
TEVE RESULTADO TEVE RESULTADO
RESULTADO DE
POSITIVO NEGATIVO "AMOSTRA
CONTAMINADA"
SUGESTÃO PARA PROTOCOLOS
DE TRATAMENTO
SITUAÇÃO 1: CASOS DE MASTITE CLÍNICA QUE FOI REALIZADA
A CULTURA MICROBIOLÓGICA E TEVE RESULTADO POSITIVO
ANTI-INFLAMATÓRIOS:
AINES:
Meloxicam; Flunixina
Meglumina; Cetoprofeno;
SUGESTÃO PARA PROTOCOLOS
DE TRATAMENTO
SITUAÇÃO 1: CASOS DE MASTITE CLÍNICA QUE FOI REALIZADA
A CULTURA MICROBIOLÓGICA E TEVE RESULTADO POSITIVO
ANTI-INFLAMATÓRIOS:
AINES:
Meloxicam; Flunixina
Meglumina; Cetoprofeno;
SUGESTÃO PARA PROTOCOLOS
DE TRATAMENTO
SITUAÇÃO 2: CASOS DE MASTITE CLÍNICA QUE FOI REALIZADA A
CULTURA MICROBIOLÓGICA E TEVE RESULTADO NEGATIVO
ANTI-INFLAMATÓRIOS:
AINES:
Meloxicam; Flunixina
Meglumina; Cetoprofeno;
SUGESTÃO PARA PROTOCOLOS
DE TRATAMENTO
SITUAÇÃO 3: CASOS DE MASTITE CLÍNICA SEM RESULTADO DE
CULTURA OU COM RESULTADO DE "AMOSTRA CONTAMINADA"
ou
REALIZAR TRATAMENTO C/ ANTIBIÓTICO
GRAU 3 INTRAMAMÁRIO DE 3 A 5 DIAS +
(ALTERAÇÃO NO LEITE +
INCHAÇO/VERMELHIDÃO ANTI-INFLAMATÓRIO INJETÁVEL +
DE ÚBERE + FEBRE/ ANIMAL
PARA DE COMER)
ANTIBIÓTICO INJETÁVEL +
Hidratação (oral e/ou endovenosa)
ANTI-INFLAMATÓRIOS:
AINES:
Meloxicam; Flunixina
Meglumina; Cetoprofeno;
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
onfarm.com.br 61
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
Dúvidas Frequentes
Quanto tempo após o parto posso coletar amostra de leite da vaca para a
cultura microbiológica?
Recomenda-se de 5 a 7 dias
Por que vacas com CCS alta podem apresentar resultado de cultura negativo?
1) No momento da coleta a vaca já se encontra em fase de recuperação/
cura. Sendo assim, ainda apresenta CCS alta, mas sem a presença do agente
causador. Provavelmente esta vaca deve reduzir a CCS no teste seguinte.
2) Entre a coleta de CCS e a realização da cultura microbiológica, pode ocorrer
cura espontânea da mastite (Exemplo: em mastite subclínica causada por SNA).
62 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
Posso fazer terapia seletiva de vaca seca (não aplicar antibiótico para
secar vacas sem bactérias)?
Talvez. O ambiente da vaca seca é muito importante nesse caso. O
antibiótico de secagem serve para eliminar tanto infecções preexistente
quanto infecções novas que podem ocorrer logo após a secagem. Além da
vaca ter que atender a outros critérios (CCS menor que 200.000 e sem mastite
clínica no último mês e cultura negativa)
onfarm.com.br 63
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
Literatura consultada
BARKEMA, H, W.; SCHUKKEN, Y. H.; ZADOKS, R. N. Invited review: the role of cow, pathogen, and
treatment regimen in the therapeutic success of bovine Staphylococcus aureus Mastitis. J, Dairy Sci,
v. 89, p. 1877–1895, 2006.
BENITES, N.R., MELVILLE, P.A., COSTA, E.O., 2003. Evaluation of the microbiological status of milk and
various structures inmammary glands from naturally infected dairy cows. Tropical Animal Health and
Production 35, 301–307.
BLAGITZ, M.G., SOUZA, F.N., SANTOS, B.P., BATISTA, C.F., PARRA, A.C., AZEVEDO, L.F., MELVILLE, P.A.,
BENITES, N.R., DELLA LIBERA, A.M., 2013. Function of milk polymorphonuclear neutrophil leukocytes
in bovine mammary glands infected with Corynebacterium bovis. Journal of Dairy Science 96, 3750–
3757.
BRADLEY, A.,GREEN, M. 2005.Use and interpretation of somatic cell count data in dairy cows. In
Practice 27, 310–315.
DELUYKER, H. A.; VAN OYE, S. N.; BOUCHER, J. F. 2005, Factors affecting cure and somatic cell count
after pirlimycin treatment of subclinical mastitis in lactating cows. J, Dairy Sci, v. 88, p. 604–614, 2005.
ERSKINE R, CULLOR J, SCHAELLIBAUM M, et al, Bovine mastitis pathogens and trends in resistance
to antibacterial drugs, National Mastitis Council Research Committee Report, In: Proceedings of the
National Mastitis Council, Verona (WI): National Mastitis Council; 2004, p, 400–14.
ERSKINE RJ, BARTLETT PC, VANLENTE JL, et al, Efficacy of systemic ceftiofur as a therapy for severe
clinical mastitis in dairy cattle, J Dairy Sci 2002;85:2571–5.
FRANCIS P.G. Update on mastitis. III. Mastitis therapy. Br Vet J 145, 302-11, 1989.
FOX, L,K,, S,T, CHESTER, J,W, HALLBERG, S,C, NICKERSON, J,W, PANKEY, and L,D, WEAVER, 1995,
Survey of intramammary infections in dairy heifers at breeding age and first parturition, J, Dairy Sci,
78:1619-1628.
GILLESPIE, B,E,, JAYARAO BM, OLIVER SP, Identification of streptococcus species by randomly
amplified polymorphic deoxyribonucleic acid fingerprinting, J Dairy Sci 1997;80(3):471–6.
GONÇALVES et al. 2014. Identification of Corynebacterium spp. isolated from bovine intramammary
infections by matrix-assisted laser desorption ionization-time of flight mass spectrometry. Veterinary
64 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
GONÇALVES et al. 2016. Effects of bovine subclinical mastitis caused by Corynebacterium spp. on
somatic cell count, milk yield and composition by comparing contralateral quarters. The Veterinary
Journal, Volume 209, March 2016, Pages 870-92
GONÇALVES et al. 2018. Bovine subclinical mastitis reduces milk yield and economic return. Livestock
Science, Volume 210, Pages 25-32
Hillerton JE, Leigh JA, Ward PN et al. (2004) Streptococcus agalactiae infection in dairy cows. Vet Rec
154(21), 671-672.
LAGO A, GODDEN S,M,, BEY, R,, et al, The selective treatment of clinical mastitis based on on-
farm culture results: I, Effects on antibiotic use, milk withholding time, and short-term clinical and
bacteriological outcomes, J Dairy Sci 2010;94:4441–56.
LOPEZ-BENAVIDES MG, WILLIAMSON JH, PULLINGER GD et al. (2007) Field observations on the
variation of Streptococcus uberis populations in a pasture-based dairy farm. J Dairy Sci 90(12), 5558-
5566.
MARTINS et al. 2019. Noninferiority field trial for evaluation of efficacy of ciprofloxacin associated
with internal teat sealant as dry-off protocol. Trop Anim Health Prod. Volume 51, Pages 2547-2557.
MARTINS et al. 2017. Efficacy of a high free iodine barrier teat disinfectant for the prevention of
naturally occurring new intramammary infections and clinical mastitis in dairy cows. Volume 100,
Pages 3930-3939.
MIDDLETON, J,R,, and L,K, FOX, 2002a, Influence of Staphylococcus aureus strain on mammary
quarter milk production, Vet Rec, 150(13):411-413.
MILNE, M. H.; BIGGS, M.; BARRETT, D. Treatment of persistent intramammary infections with
Streptococcus uberis in dairy cows. The Veterinary record 157(9):245-50
onfarm.com.br 65
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
MORONE, 2013. Epidemiology of bovine mastites. Curso Internacional de Mastites. Pirassununga, São
Paulo. Novembro, 2013.
NATIONAL MASTITIS COUNCIL, 2001, National Mastitis Council Recommended Mastitis Control
Program, http://www,nmconline,org/ docs/NMC10steps,pdf Accessed Mar, 28, 2006.
NATIONAL MASTITIS COUNCIL (NMC), Microbiological Procedures for the Diagnosis of bovine udder
infection and determination of milk quality, Madison - Wi, NMC Inc,, ed,4, p,47, 2004.
NICKERSON, S,C,, W,E, OWENS, and R,L, BODDIE, 1995, Mastitis in dairy heifers: Initial studies on
prevalence and control, J, Dairy Sci, 78:1607-1618.
NICKERSON, S.C., W.E. OWENS, G.M. TOMITA, and P. WIDEL. 1999. Vaccinating dairy heifers with a
Staphylococcus aureus bacterin reduces mastitis at calving. Large Animal Practice. 20:16-28.
OLIVER SP, GILLESPSIE BE, HEADRICK SJ, et al. Efficacy of extended ceftiofur intramammary therapy
for treatment of subclinical mastitis in lactating dairy cows. J Dairy Sci 2004;87: 2393-400.
OLIVER, S. P.; R. A. ALMEIDA; B. E. GILLESPIE et al. Extended Ceftiofur Therapy for Treatment of
Experimentally-Induced Streptococcus uberis Mastitis in Lactating Dairy Cattle. Journal of Dairy
Science, v.87, p.3322–3329, 2004.
OHNISHI M., SAWADA T., HIROSE K., SATO R., HAYASHIMOTO M., HATA E., YONEZAWA C., KATO H.
Antimicrobial susceptibilities and bacteriological characteristics of bovine Pseudomonas aeruginosa
and Serratia marcescens isolates from Mastitis.
OWENS, W, E,, and S, C, NICKERSON, 1989, Morphologic study of Staphylococcus aureus L-form,
reverting, and intermediate colonies in situ, J, Clin, Microbiol, 27:1382–1386.
OWENS, W, E,, C, H, RAY, R, L, BODDIE, and S, C, NICKERSON, 1988, Antibiotic treatment of mastitis:
Comparison of intramammary and intramammary plus intramuscular therapies, J, Dairy Sci, 71:3143–
3147.
OWENS, W, E,, C, H, RAY, R, L, BODDIE, and S, C, NICKERSON, 1997, Efficacy of sequential intramammary
antibiotic treatment against chronic Staphylococcus aureus intramammary infection, Large Anim,
Pract, 18:10–14.
OWENS, W,E,, S,P, OLIVER, B,E, GILLESPIE, C,H, RAY, and S,C, NICKERSON, 1998, Role of horn flies
(Haematobia irritans) in Staphylococcus aureus-induced mastitis in dairy heifers, Am, J, Vet, Res,
59:1122-1124.
66 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
PETERSSON-WOLFE, C. Yeast and Molds: A Practical Summary for Controlling Mastitis. Virginia
Cooperative Extension
PETERSSON-WOLFE, C., CURRIN, J. Escherichia coli: A Practical Summary for Controlling Mastitis
Virginia Cooperative Extension.
PETERSSON-WOLFE C., MULLARKY, I., and CURRIN, J. Klebsiella spp.: A Practical summary for
Controlling Mastitis. Virginia Cooperative Extension.
PIEPERS, S,, K, PEETERS, G, OPSOMER, H,W, BARKEMA, K, FRANKENA, and S, De VLIEGHER, 2011,
Pathogen-specific risk factors at the herd, heifer and quarter level for intramammary infections in
early lactating dairy heifers, Prev, Vet, Med, 99:91-101.
REMMEN, J, W, A,, J, M, J, VAN DE LAAR, and F, H, J, JAARTSVELD, 1982, The effect of treatment with
Nafpenzal MC of all cows with subclinical mastitis in 15 dairy herds, Page 1059 in Proc, 12th World
Congr, Dis, Cattle, Amsterdam, The Netherlands, World Assoc, Buiatrics, Toulouse, France.
ROBERSON, J,R,, L,K, FOX, D,D, HANCOCK, J,M, GAY, and T,E, BESSER, 1998, Sources of intramammary
infections from Staphylococcus aureus in dairy heifers at first parturition, J, Dairy Sci, 81:687-693.
ROBERSON JR, WARNICK LD, MOORE G, 2004, Mild to moderate clinical mastitis: efficacy of
intramammary amoxicillin, frequent milk-out, a combined intramammary amoxicillin and frequent
milk-out treatment versus no treatment, J Dairy Sci 2004;87:583–92.
ROBERSON JR, 2010, Clinical mastitis: The first eight days, In: Proceedings of 43rd Annual Conference
American Association of Bovine Practitioners, Albuquerque (NM),Stillwater (OK): VM Publishing
Company; 2010, p, 124–33.
onfarm.com.br 67
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
ROBERSON JR, 2012, Treatment of clinical mastitis, Vet Clin Food Anim 28 (2012) 271–288.
ROSSBACH, S. 2000. Identification of Corynebacterium bovis and other coryneforms isolated from
bovine mammary glands. Journal of Dairy Science 83, 2373–2379.
SCHA¨LLIBAUM, M,, J, NICOLET, and J, BOSSON, 1981, Treatment of chronic subclinical staphylococcal
mastitis in lactating cows by administrating high doses of spiramycin, Schweiz, Arch, Tierheilkd,
123:277–292, [In German]
SCHUKKEN YH, BENNETT GJ, ZURAKOWSKI MJ, et al. Randomized clinical trial to evaluate the efficacy
of a 5-day ceftiofur hydrochloride intramammary treatment on nonsevere gram-negative clinical
mastitis. J Dairy Sci 2011;94(12):6203–15. 13.
SCHUKKEN Y.H., BRONZO V., LOCATELLI C., POLLERA C., ROTA N., CASULA A., TESTA F., SCACCABAROZZI
L., MARCH R., ZALDUENDO D., GUIX R., e MORONI P., 2014. Efficacy of vaccination on Staphylococcus
aureus and coagulase-negative staphylococci intramammary infection dynamics in 2 dairy herds, J.
Dairy Sci. 97 :5250–5264.
SCHUKKEN Y, H,, WILSON D, J,, WELCOME F,, GARRISON-TIKOFSKY L,, GONZALEZ R, N, Review article,
Monitoring udder health and milk quality using somatic cell counts, Vet, Res, 34 (2003) 579–596.
SCHUKKEN Y. H, ZURAKOWSKI M. J., RAUCH B. J., et al. Non inferiority trial comparing a first generation
cephalosporin with a third-generation cephalosporin in the treatment of nonsevere clinical mastitis in
dairy cows. J Dairy Sci 2013;96(10):6763–74.
SCHUKKEN, Y.H., LESLIE,K.E., BARNUM, D.A., MALLARD,B.A., LUMSDEN, J.H., DICK,P.C., VESSIE, G.H.,
KEHRLI, M.E. 1999. Experimental Staphylococcus aureus intramammary challenge in late lactation
dairy cows: Quarter and cow effects determining the probability of infection. Journal of Dairy Science
82, 2393–2401.
SCHUKKEN, Y.H., GONZÁLEZ, R.N., TIKOFSKY, L.L., SCHULTE, H.F., SANTISTEBAN, C.G., WELCOME,
F.L., BENNETT, G.J., ZURAKOWSKI, M.J., ZADOKS, R.N. 2009. CNS mastitis: Nothing to worry about?
Veterinary Microbiology 134, 9– 14.
SORDILLO, L., DOYMAZ, M., OLIVER, S., DERMODY, J. 1989. Leukocytic infiltration of bovine mammary
parenchymal tissue in response to Corynebacterium bovis colonization. Journal of Dairy Science 72,
1045–1051.
SUTRA, L,, and B, POUTREL, 1994, Virulence factors involved in the pathogenesis of bovine
intramammary infections due to Staphylococcus aureus, J, Med, Microbiol, 40:79-89,
68 onfarm.com.br
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
TAMILSELVAM B, ALMEIDA RA, DUNLAP JR et al. (2006) Streptococcus uberis internalises and persists
in bovine mammary epithelial cells. Microb Pathog 40(6), 279- 285
TOMAZI T., FREITAS R. L., MODENA A. O., FERREIRA G. C., GONÇALVES J. L., SANTOS M. V. Prevalence
of pathongens and severity of clinical mastitis in dairy herds of southeast brazil. 54th National Mastitis
Council.
TOMAZI et al. 2018. Association of herd-level risk factors and incidence rate of clinical mastitis in 20
Brazilian dairy herds. Preventive Veterinary Medicine, Volume 161
TIMMS, L, L, 1995, Evaluation of pirlimycin for blitz therapy of chronic Staphylococcus aureus mastitis
in dairy cows, Pages 140– 141 in Proc, 34th Annu, Mtg Natl, Mastitis Counc,, Fort Worth, TX, Natl,
Mastitis Counc, Inc,, Madison, WI.
WATTS, J., LOWERY, D., TEEL, J., ROSSBACH, S. 2000. Identification of Corynebacterium bovis and
other coryneforms isolated from bovine mammary glands. Journal of Dairy Science 83, 2373–2379
ZADOKS, R, N,, W, B, VAN LEEUWEN, D, KREFT, L, K, FOX, H, W, BARKEMA, Y, H, SCHUKKEN, and A, VAN
BELKUM, 2002b, Comparison of Staphylococcus aureus isolates from bovine and human skin, milking
equipment, and bovine milk by phage typing, pulsed-field gel electrophoresis, and binary typing, J,
Clin, Microbiol, 40:3894– 3902.
ZADOKS RN, GILLESPIE BE, BARKEMA HW, SAMPIMON OC, OLIVER SP & SCHUKKEN YH 2003 Clinical,
epidemiological and molecular characteristics of Streptococcus uberis infections in dairy herds,
Epidemiology and Infection 130 335–349.
ZADOKS R. N. 2007. Sources and epidemiology of Streptococcus uberis, with special emphasis on
mastitis in dairy cattle. CAB Reviews: Perspectives in Agriculture, Veterinary Science, Nutrition and
Natural Resources 2(030), 15 pp
onfarm.com.br 69
OnFarm - conhecendo os agentes causadores de Mastite
ZADOKS, R. N. and FITZPATRICK, J. L. Changing trends in mastitis. Irish Veterinary Journal, v. 62, 2009.
ZIV, G,, and M, STORPER, 1985, Intramuscular treatment of subclinical staphylococcal mastitis in
lactating cows with penicillin G, methicillin and their esters, J, Vet, Pharmacol, Ther, 8:276–283.
ZIV G, SHEM-TOV M, ASCHER F, Combined effect of ampicillin, colistin and dexamethasone administered
intramuscularly to dairy cows on the clinico-pathological course of E-coli-endotoxin mastitis
70 onfarm.com.br
onfarm.com.br
contato@onfarm.com.br
19 97144-1818