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ESPECÍFICOS
Conceitos e Estratégia de Avaliações
em Saúde
Livro Eletrônico
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Conceitos e Estratégia de Avaliações em Saúde
Natale Souza
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Conceitos e Estratégia de Avaliações em Saúde: Conceitos, Tipos Instrumentos e
Técnicas..................................................................................................................................................................................4
Avaliação em Saúde........................................................................................................................................................4
Conceitos de Avaliação.................................................................................................................................................4
Diferenças entre Avaliação e Monitoramento. ................................................................................................5
O que Podemos Avaliar?...............................................................................................................................................6
Tipos de Avaliação...........................................................................................................................................................6
Critérios de Avaliação.. ..................................................................................................................................................8
Abordagens, Técnicas e Instrumentos Aplicados na Avaliação........................................................ 10
Avaliação de Tecnologias, Programas ou Serviços de Saúde. ...............................................................11
Conceitos Fundamentais no Contexto da Avaliação..................................................................................12
Surgimento da Avaliação e do Monitoramento no Campo da Saúde.................................................14
Monitoramento e Avaliação de Indicadores de Saúde. .............................................................................15
Propriedades Essenciais dos Indicadores.......................................................................................................16
Metodologia para Monitorar e Avaliar Indicadores...................................................................................18
Avaliando Resultados..................................................................................................................................................19
Etapas da Avaliação dos Resultados da Iniciativa (Programa/Projeto/Política). ...................20
Conceitos de Efetividade, Eficiência e Eficácia nos Gastos em Saúde............................................21
Avaliação e Monitoramento na Legislação do SUS................................................................................... 22
Portaria n. 3.201, de 27 de Novembro de 2020............................................................................................ 22
Resumo................................................................................................................................................................................26
Exercícios............................................................................................................................................................................ 28
Gabarito................................................................................................................................................................................31
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................32
Referências........................................................................................................................................................................38
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Conceitos e Estratégia de Avaliações em Saúde
Natale Souza
Apresentação
Sou a professora Natale Souza, enfermeira, graduada pela Universidade Estadual de Feira
de Santana (UEFS) em 1999, pós-graduada em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de
Santa Cruz (UESC) em 2001, em Direito Sanitário pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) em
2004 e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente sou funcionária pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atuo como
Educadora/Pesquisadora pela FIOCRUZ no Projeto Caminhos do Cuidado e há 16 anos na
docência em cursos de pós-graduação e preparatórios de concursos, ministrando as discipli-
nas: Legislação do Sistema Único de Saúde (SUS), Políticas de Saúde, Programas de Saúde
Pública e Específicas de Enfermagem.
Autora dos livros: Legislação do SUS para concursos – pela editora Concursos Psicologia,
Legislação do SUS – comentada e esquematizada / Políticas de Saúde; Legislação do SUS
e Saúde Coletiva 500 questões pela editora Sanar. De capítulos nos seguintes livros: 1.000
Questões Comentadas de Enfermagem – editora Sanar; 1.000 Questões Residências em En-
fermagem – Editora Sanar e fase de finalização de mais três obras.
Iniciei a minha trajetória em concursos públicos desde que saí da graduação, tanto como
“concurseira” quanto como docente, sendo aprovada em 12 concursos e seleções públicas.
Apaixonei-me pela docência e hoje dedico o meu tempo ao estudo dos conhecimentos espe-
cíficos de enfermagem, da legislação específica do SUS e aos milhares de profissionais que
desejam ingressar em uma carreira pública.
Visando a melhoria contínua desta aula, solicitamos sempre que após a leitura deste
material, avalie-o.
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Avaliação em Saúde
De a acordo com a Universidade Federal do Maranhão (2016), atualmente é vasta a lite-
ratura na saúde que trata de monitoramento e avaliação, mas ainda assim os conceitos são
muitas vezes utilizados de maneira equivocada.
Conforme o referencial acima, é comum, inclusive, que as secretarias de saúde tenham
áreas ou setores de monitoramento e avaliação. Porém, nem sempre as equipes e comunida-
des estão esclarecidas dos conceitos e processos que representam o que ali é desenvolvido,
e de que forma estão voltados para a melhoria da qualidade da atenção à saúde. Em geral,
ao se falar em monitoramento e avaliação, a concepção ainda é burocrática e de julgamento
focado em punição.
A atuação do gestor do SUS, nas três esferas de governo, consubstancia-se pelo exercício
das funções gestoras na saúde, cujas atribuições e subfunções compreendem:
Conceitos de Avaliação
Para Portela (2000) a Avaliação em Saúde produz informações quanto à adequação, aos
efeitos e custos associados ao uso de tecnologias, programas de saúde ou serviços de tec-
nologias. E, assim, pode subsidiar a tomada de decisão em relação às práticas ou serviços
de saúde e ao estabelecimento de políticas concernentes ao setor.
Segundo Tanaka (2001), avaliar é medir, comparar e emitir juízo de valor. A avaliação é
uma ação que, após um ciclo, possibilita aferir o resultado alcançado. O monitoramento é o
acompanhamento continuado de compromissos (objetivos, metas e ações), de modo a veri-
ficar se esses estão sendo executados conforme o programado. Esta ação deve ser rotineira,
pois possibilita a correção dos problemas identificados.
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Contrandiopoulos et. al (2006) afirmam que a avaliação é uma atividade tão velha quanto
o mundo, banal e inerente ao próprio processo de aprendizagem. Hoje, ela é também um con-
ceito que está na moda, com contornos vagos e que agrupa realidades múltiplas e diversas.
Para os autores, a avaliação surge após a Segunda Guerra Mundial, sendo importante aliada
para que o Estado, substituindo o mercado na oferta de da educação, do social, do emprego e
da saúde, encontrasse meios para que a atribuição de recursos fosse a mais eficaz possível.
Conforme Brasil (2010), a avaliação é entendida como um processo que implica julgar,
emitir um julgamento de valor, tendo por base uma análise do que foi realizado (intervenção,
ação, serviço, procedimento etc.), ou uma análise do resultado obtido, sempre em comparação
com um referencial e um ideal a ser alcançado.
De acordo com a Universidade Federal do Maranhão (2016), a avaliação expande as me-
didas e a verificação do monitoramento para determinar valores e méritos de programas e
políticas. O monitoramento verifica e a avaliação amplia a compreensão sobre o avaliado.
Ambos se diferenciam pela complexidade das análises que realizam. A avaliação requer maior
rigor no uso de procedimentos metodológicos, na busca de evidências com credibilidade para
se fazer um julgamento da intervenção.
Para o CONASS (2016), a avaliação que se inscreve para além de um julgamento, considera
os sujeitos sociais envolvidos em uma determinada situação e seus interesses, assim como
o objeto avaliado: sua especificidade, particularidade, generalidade e seu grau de maturação
ou desenvolvimento. Avaliar, nesse sentido, é uma constante descoberta e deve compreen-
der um diálogo permanente entre os sujeitos envolvidos ou entre quem avalia (a equipe de
avaliação), o objeto da avaliação (o avaliado) e a realidade em que ambos se inscrevem (o
contexto). Essa perspectiva traz a necessidade de diversificar os instrumentos de avaliação.
AVALIAÇÃO MONITORAMENTO
Consiste fundamentalmente em emitir um juízo de valor
sobre uma intervenção, implementando um dispositivo
capaz de fornecer informações cientificamente válidas e
socialmente legítimas sobre a intervenção ou qualquer um
Compreende a coleta e análise regular dos dados e ampla
dos seus componentes. O objetivo é que os diferentes
disseminação aos que necessitem (WALDMAN, 1998).
atores envolvidos estejam aptos a se posicionarem sobre
a intervenção para que construam de forma individual
ou coletiva um julgamento e que possam traduzir em
ações (CHAMPAGNE et al., 2011).
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AVALIAÇÃO MONITORAMENTO
É um processo sistemático de coleta de informações
sobre as atividades, as características e os efeitos de
um programa, respondendo a uma pergunta avaliativa. Consiste em acompanhar rotineiramente informações
Determina o mérito ou valor do programa e explica a prioritárias sobre programas e efeitos esperados; além
relação entre ele e seus efeitos, considerando os contextos dos custos e funcionamento.
(político, econômico, cultural, sociodemográfico,
organizacional, etc.).
É usado para melhorar e subsidiar decisões de forma
rápida e oportuna.
Em geral, busca responder perguntas como: Os achados
indicam possibilidade de alcançar produtos e resultados
planejados? Que estratégias/medidas devem ser adotadas
para sustentabilidade a achados promissores ou para
redirecionar atividades até a próxima verificação?
Tipos de Avaliação
Há diferentes maneiras de realizar uma avaliação. Este julgamento pode ser resultado da
aplicação de critérios e normas (avaliação normativa) ou elaborado a partir de um procedi-
mento científico (pesquisa avaliativa) (CONTANDRIOPOULOS et al., 1997 apud UNASUS, 2016).
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Segundo os avaliadores Cohen e Franco (2004) apud UNASUS (2016), há quatro tipos de avaliação.
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Avaliação Externa
• Realizada por pessoas de fora da instituição responsável pelo programa, em geral com
experiência neste tipo de atividade. Entre as vantagens, destacamos a isenção e objeti-
vidade dos avaliadores externos, que não estão diretamente implicados com o processo,
além da possibilidade de comparação dos resultados obtidos com os de outros progra-
mas similares já analisados. Por outro lado, o acesso aos dados necessários torna-se
mais difícil e as pessoas que terão seu trabalho avaliado podem se colocar em posição
defensiva, fornecendo informações parciais e minimizando o efeito de melhoria dos pro-
gramas. Alega-se, também, que o conhecimento da metodologia de avaliação pode não
substituir o conhecimento sobre as especificidades do programa, e que não existe uma
única metodologia aplicável a todos os casos.
Avaliação Interna
• Realizada dentro da instituição responsável, com maior colaboração das pessoas que
participam do programa. As vantagens são a eliminação da resistência natural a um
avaliador externo, a possibilidade de reflexão, a aprendizagem e a compreensão sobre
a atividade realizada dentro da instituição. Mas, pode-se perder muito em objetividade,
visto que as pessoas que julgam também estão envolvidas na formulação e execução
programa. Se a avaliação for realizada internamente à instituição, mas, por pessoas que
não participam do programa, na tentativa de diminuir a subjetividade, a situação torna-se
análoga à do avaliador externo.
Avaliação Mista
• Combina os tipos de avaliação anteriores, fazendo com que os avaliadores externos
tenham contato maior com os participantes do programa a ser avaliado, na tentativa de
manter as vantagens e superar as desvantagens das avaliações externa e interna.
Avaliação Participativa
• Pode ser usada principalmente para pequenos projetos, prevê a participação dos bene-
ficiários das ações no planejamento, na programação, na execução e na avaliação dos
mesmos (CUNHA, 2006).
Critérios de Avaliação
Segundo Serapioni, Lopes e Silva (2013) apud UNASUS (2016), da mesma forma que
existe uma variedade de desenhos avaliativos, também há diversos critérios para avaliação
destacando os seguintes:
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• Relevância
− É uma questão particularmente importante na avaliação, pois focaliza a estraté-
gia escolhida pelo programa e sua real capacidade de melhorar a situação que
originou a intervenção.
• Efetividade
− Com esse critério, pretende-se verificar o grau de alcance dos objetivos da intervenção,
em termos de realizações, resultados e impacto. A avaliação da efetividade responde
à seguinte pergunta: “seria possível obter maiores efeitos organizando diferentemente
a implementação do programa?”
• Eficiência
− Esse critério se preocupa com os resultados obtidos e recursos investidos (financeiros,
humanos e tempo). A avaliação da eficiência permite responder à seguinte pergunta:
“seria possível obter maiores efeitos com o mesmo orçamento?
• Acessibilidade
− É um critério que possibilita medir a relação entre as necessidades de saúde da co-
munidade e a oferta de recursos para satisfazê-las; também avalia a capacidade dos
serviços de garantir um cuidado de saúde apropriado a todos que necessitam.
• Aceitabilidade
− Este critério torna possível verificar o grau de congruência entre os serviços de saúde
ofertados, os valores e as expectativas dos usuários e da comunidade.
• Humanização
− É um tipo de avaliação que foi adquirindo muita importância no SUS nos últimos 10
anos. Possibilita a aferição do nível de respeito da cultura e das necessidades indi-
viduais e coletivas dos usuários, incluindo informações, nível de responsabilização e
continuidade de tratamento, bem como qualidade das relações clínicas e interpessoais.
• Qualidade
− Trata-se de um critério muito utilizado na avaliação de serviços. Adota uma perspectiva
multidimensional, envolvendo diversos atores como usuários, profissionais de saúde,
gestores e gerentes.
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DICA
Os dados são valores, números, palavras, frases, que precisam
ser analisados para oferecerem informação.
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De acordo com Macêdo (2015), as principais fontes de dados (local de onde saem os
dados) são os levantamentos contínuos, registrados na medida em que os fatos ocorrem.
Ainda de acordo com a autora, os registros civis dão origem a dois bancos de dados muito
utilizados em saúde:
Macêdo (2015), destaca que tais dados estão organizados em dois importantes Subsis-
temas de Informação em Saúde:
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• Indicador
Indicadores são medidas-síntese que contêm informações relevantes sobre determinados
atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde.
Vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a
vigilância das condições de saúde. Se forem gerados regularmente e manejados em um sis-
tema dinâmico, os indicadores de saúde criam uma ferramenta fundamental para a gestão e
avaliação da situação de saúde, em todos os níveis, (RIO GRANDE DO SUL, 2007).
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• Avaliação
As metas, neste contexto, são resultados numéricos onde se quer chegar. Cada indica-
dor deve ser acompanhado de uma meta, e do valor que se planeja alcançar com as ações/
programas de saúde.
• Parâmetro
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EXEMPLO
Um exemplo da função descritiva é a quantidade de internações hospitalares.
EXEMPLO
Número de internações hospitalares por complicações da hipertensão arterial em relação ao
número total de internações (BRASIL, 2010).
Um indicador precisa ser analisado nos diversos estágios do ciclo de gestão para de fato
refletir a realidade que se deseja medir. Assim, se pensarmos no processo e implementação
dos instrumentos de planejamento do SUS, temos o uso de indicadores no momento ex-ante
que corresponderia à elaboração do PS; no momento in-curso, referente à execução da PAS;
e no momento ex-post referente à elaboração e análise do RAG.
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EXEMPLO
1-Observar os resultados do indicador para o território proposto (o estado, uma regional, um município,
um bairro etc.) Esse resultado está adequado? Era o esperado? Está abaixo ou acima do esperado?
Para responder estas perguntas, é necessário comparar com metas e/ou parâmetros. As metas
são os resultados esperados estabelecidos segundo um determinado propósito e contexto.
2-Observar a evolução dos resultados ao longo de um período (série histórica). Qual é a ten-
dência? Os resultados tendem a melhorar, piorar ou se mantêm estáveis? Esperava-se alguma
modificação nesta tendência? Como se explicaria o resultado?
A busca destas respostas sempre nos leva a examinar a estrutura e os processos.
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3-Comparar os resultados: com os outros estados, outras regionais, outros municípios e com o Brasil.
Estado: os resultados em seu estado estão diferentes ou parecidos dos resultados de outros
estados? Existe similitude de resultados por região do Brasil? E como está a média brasileira?
Como se poderiam explicar as similitudes ou diferenças?
Regionais: podem comparar-se com outras regionais.
Municípios: podem comparar-se com outros municípios de mesmo por te ou de
semelhantes características.
4-Desagregar os resultados, por territórios menores.
Ao final destas etapas, temos um julgamento de valor (o programa/ projeto/área está indo bem
ou não, está indo conforme o esperado ou não) e algumas pistas das razões deste resultado.
5-A ampla divulgação dos resultados observados no monitoramento.
Nesta etapa, busca-se comunicar os resultados obtidos e envolver o conjunto de atores na
identificação das razões do alcance ou não de metas.
6-Construção de um plano de intervenção para o alcance das metas propostas
Tendo-se identificado razões para o(s) resultado(s) alcançados, faz-se o planejamento de inter-
venções (quando necessárias).
Avaliando Resultados
O ato de avaliar está intrínseco ao processo de monitoramento também. Entretanto, a
avaliação em saúde, enquanto função, pressupõe a emissão de juízo de valor de maior com-
plexidade sobre o programa, projeto ou política que esteja sendo implementado. Assim, além
de estabelecer os mecanismos de acompanhamento, como forma de obter um monitoramento
efetivo, é importante definir como os resultados serão avaliados.
É possível classificar a avaliação em relação ao que será avaliado, a partir dos critérios
de eficiência, eficácia e efetividade.
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RESUMO
A atuação do gestor do SUS, nas três esferas de governo, consubstancia-se pelo exercício
das funções gestoras na saúde, cujas atribuições e subfunções compreendem:
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A qualidade em saúde é um dos objetivos da avaliação em saúde, sendo aferida por meio
de indicadores:
Exemplos de indicadores de qualidade em saúde:
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EXERCÍCIOS
001. (INÉDITA/2023/2023) Sobre a avaliação em Saúde, analise os itens a seguir:
I – Avaliar é medir, comparar e emitir juízo de valor
II – A avaliação é entendida como um processo que implica julgar, emitir um julgamento de valor
III – A avaliação compreende a coleta e análise regular dos dados e ampla disseminação aos
que necessitem
Está (ão) correto (s):
a) Apenas I
b) Apenas II
c) I, II e III
d) Apenas I e II
e) Apenas III
002. (INÉDITA/2023) Sobre a avaliação em Saúde, aponte a alternativa incorreta.
a) O objeto da avaliação em saúde é único, sendo circunscrito ao sistema de Saúde.
b) Para avaliar um sistema de saúde, que agrega vários serviços e programas, apenas a abor-
dagem técnica não é suficiente.
c) Um dos exemplos de objeto da avaliação em saúde é Sistema de Saúde, no qual devem ser
avaliados os aspectos econômicos, técnicos, sociais e culturais.
d) Nas avaliações de programas e serviços, devem ser considerados os recursos, meios, pro-
dutos, resultados
e) Para avaliar procedimentos e ações, devemos considerar estrutura, processo e resultado.
003. (OBJETIVA /PREFEITURA DE TRAMANDAÍ – RS/2019) Numerar a 2ª coluna de acordo
com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: (1) Eficiência.
(2) Eficácia. (3) Efetividade.
( ) Utilização dos recursos disponíveis da melhor maneira possível, no menor tempo pos-
sível e com menor custo, evitando “desperdícios”.
( ) Por meio das ações produzidas, alcançar os melhores resultados possíveis, principal-
mente em relação à cobertura (número de pessoas atendidas) e à concentração (núme-
ro de ações oferecidas a cada pessoa).
( ) Obter transformações concretas na situação de saúde, coerentes com os objetivos pro-
postos pela gestão.
a) 2 - 3 - 1.
b) 3 - 2 - 1.
c) 1 - 2 - 3.
d) 2 - 1 – 3
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004. (UNIRIO/CESGRANRIO/2016) Quais são os três elementos que compõem a Tríade Do-
nabedian, que reúne as medidas da qualidade nos serviços de saúde?
a) Custos, tecnologia e efetividade
b) Estrutura, processo e desfechos
c) Investimento, racionalidade, empirismo
d) Adaptações, oportunismo e equidade
e) Improvisações, eficiência e segurança
005. (FCC/TRT - 9ª REGIÃO –PR/2010) Quando se aborda a temática avaliação de serviços
de saúde, Donabedian é referendado pelos estudiosos em gestão da qualidade assistencial.
Um dos sete pilares da qualidade proposto, e respectiva definição, é:
a) eficácia: empregar a relação custo-benefício na assistência à saúde.
b) eficiência: medida do custo com o qual uma dada melhoria na saúde é alcançada.
c) efetividade: capacidade de se produzirem melhorias no setor saúde.
d) otimização: grau em que o cuidado, cuja qualidade está sendo avaliada, alça o nível de me-
lhoria da saúde.
e) legitimidade: princípio pelo qual se determina o que é justo ou razoável na distribuição do
cuidado e de seus benefícios entre os membros de uma população.
006. (FCC/TRF - 4ª REGIÃO/2010) Para realizar a avaliação de qualidade da assistência,
baseada no modelo de Donabedian, utilizam-se os atributos
a) eficácia, certificação e acreditação.
b) certificação, acreditação e resultado.
c) estrutura, processo e resultado.
d) efetividade, acreditação e estrutura.
e) eficiência, certificação e processo.
007. (IDECAN/SES-DF/AGENTE DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE/2014) Como
especificado por Ribeiro et al (2006) acerca da avaliação das atividades em saúde coletiva,
analise os seguintes conceitos:
1. “(...) refere-se à implementação e ao aprimoramento de objetivos, independentemente das
insuficiências de orientação e das falhas de especificação rigorosa dos objetivos iniciais de-
clarados do programa.”
2. “(...) denotaria a competência para se produzir resultados com dispêndio mínimo de recursos
e esforços, dados que, por sua vez, remetem à avaliação para considerações de benefício e
custo dos programas sociais, ou seja, os investimentos que foram mobilizados devem produzir
os efeitos desejados.”
3. “(...) remete às condições controladas e aos resultados desejados de experimentos, critérios
estes que, é necessário reconhecer, não se aplicam automaticamente às características e rea-
lidade dos programas sociais.”
Os termos de avaliação de saúde coletiva nos conceitos 1, 2 e 3, classificam-se correta e res-
pectivamente em
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Conceitos e Estratégia de Avaliações em Saúde
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( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
010. (INÉDITA/2023) A avaliação que se inscreve para além de um julgamento, leva em conta
os sujeitos sociais envolvidos em uma determinada situação e seus interesses, assim como
o objeto avaliado.
A avaliação e o monitoramento, devem ser dissociados, com intuito de garantir a confiabilidade
das informações.
( ) Certo
( ) Errado
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GABARITO
1. d
2. a
3. c
4. b
5. b
6. c
7. b
8. C
9. E
10. E
11. d
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GABARITO COMENTADO
001. (INÉDITA/2023) Sobre a avaliação em Saúde, analise os itens a seguir:
I – Avaliar é medir, comparar e emitir juízo de valor
II – A avaliação é entendida como um processo que implica julgar, emitir um julgamento de valor
III – A avaliação compreende a coleta e análise regular dos dados e ampla disseminação aos
que necessitem
Está (ão) correto (s):
a) Apenas I
b) Apenas II
c) I, II e III
d) Apenas I e II
e) Apenas III
I – Certa. Segundo Tanaka (2001), avaliar é medir, comparar e emitir juízo de valor.
II – Certa. Conforme Brasil (2010), a avaliação é entendida como um processo que implica julgar,
emitir um julgamento de valor, tendo por base uma análise do que foi realizado (intervenção,
ação, serviço, procedimento etc.), ou uma análise do resultado obtido, sempre em comparação
com um referencial e um ideal a ser alcançado.
III – Errada. O conceito apresentado corresponde ao de monitoramento.
Letra d.
a) Errada. Conforme Macêdo (2015), os objetos da avaliação em saúde são diversos, desde
um procedimento específico até um sistema de saúde, cada um com diferentes características,
objetivos e estratégias
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b) Certa. Para avaliar um sistema de saúde, que agrega vários serviços e programas, apenas a
abordagem técnica não é suficiente, devem ser incorporados aspectos políticos e econômicos
e todos os atores, incluindo usuários e trabalhadores que constituirão fonte primordial de infor-
mações para a avaliação da relevância e da efetividade do sistema.
Alternativas “c”, “d” e “e”. Corretas. Exemplos de objetos de avaliação em saúde:
• SISTEMA DE SAÚDE - Aspectos econômicos, técnicos, sociais e culturais
• PROGRAMAS E SERVIÇOS - Recursos, meios, produtos, resultados
• PROCEDIMENTOS E AÇÕES - Estrutura, processo e resultado
Letra a.
( ) Utilização dos recursos disponíveis da melhor maneira possível, no menor tempo pos-
sível e com menor custo, evitando “desperdícios”.
( ) Por meio das ações produzidas, alcançar os melhores resultados possíveis, principal-
mente em relação à cobertura (número de pessoas atendidas) e à concentração (núme-
ro de ações oferecidas a cada pessoa).
( ) Obter transformações concretas na situação de saúde, coerentes com os objetivos pro-
postos pela gestão.
a) 2 - 3 - 1.
b) 3 - 2 - 1.
c) 1 - 2 - 3.
d) 2 - 1 – 3
Note que a eficiência está sempre ligada ao menor custo, a eficácia está coerente com resulta-
dos e a efetividade ligada às transformações realizadas.
Letra c.
004. (UNIRIO/CESGRANRIO/2016) Quais são os três elementos que compõem a Tríade Do-
nabedian, que reúne as medidas da qualidade nos serviços de saúde?
a) Custos, tecnologia e efetividade
b) Estrutura, processo e desfechos
c) Investimento, racionalidade, empirismo
d) Adaptações, oportunismo e equidade
e) Improvisações, eficiência e segurança
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Como vimos acima a tríade Donabedian refere-se a estrutura, processo e resultados ou desfecho.
Letra b.
Uma dica essencial para essa questão é que eficiência sempre estará ligada a custos. Nosso
gabarito, portanto, letra B.
Letra b.
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2. “(...) denotaria a competência para se produzir resultados com dispêndio mínimo de recursos
e esforços, dados que, por sua vez, remetem à avaliação para considerações de benefício e
custo dos programas sociais, ou seja, os investimentos que foram mobilizados devem produzir
os efeitos desejados.”
3. “(...) remete às condições controladas e aos resultados desejados de experimentos, critérios
estes que, é necessário reconhecer, não se aplicam automaticamente às características e rea-
lidade dos programas sociais.”
Os termos de avaliação de saúde coletiva nos conceitos 1, 2 e 3, classificam-se correta e res-
pectivamente em
a) eficiência, eficácia e efetividade.
b) efetividade, eficiência e eficácia.
c) eficácia, efetividade e eficiência.
d) efetividade, eficácia e eficiência.
e) eficiência, efetividade e eficácia.
Item 1. Refere-se ao conceito de efetividade, cunhado por Marinho & Façanha (2001) apud
Ribeiro (2006).
Itens 2 e 3, correspondem, respectivamente, aos conceitos de eficiência e eficácia.
Letra b.
008. (INÉDITA/2023) A atuação do gestor do SUS, nas três esferas de governo, consubstan-
cia-se pelo exercício das funções gestoras na saúde.
As funções de monitoramento e avaliação são ferramentas que auxiliam os gestores na tomada
de decisões em relação à saúde.
( ) Certo
( ) Errado
As funções de monitoramento e avaliação são ferramentas fundamentais para melhor orientar a to-
mada de decisão, o que, por sua vez, possibilita o aprimoramento da qualidade da gestão em saúde.
Certo.
( ) Certo
( ) Errado
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Para Portela (2000), a Avaliação em Saúde produz informações quanto à adequação, efeitos e
custos associados ao uso de tecnologias, programas ou serviços de tecnologias, programas
saúde. E, assim, pode subsidiar a tomada de decisão em relação às práticas ou serviços de
saúde ticas de saúde e ao estabelecimento de políticas concernentes ao setor.
Errado.
010. (INÉDITA/2023) A avaliação que se inscreve para além de um julgamento, leva em conta
os sujeitos sociais envolvidos em uma determinada situação e seus interesses, assim como
o objeto avaliado.
A avaliação e o monitoramento, devem ser dissociados, com intuito de garantir a confiabilidade
das informações.
( ) Certo
( ) Errado
Pode-se afirmar que o monitoramento e avaliação são faces, complementares entre si, de um
mesmo processo. O monitoramento acompanha no tempo o desenvolvimento de determinadas
atividades e formula hipóteses a respeito.
Errado.
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REFERÊNCIAS
ANVISA. Ministério da Saúde. PNASS - Programa Nacional de Avaliação de Serviços de Saúde:
resultado do processo avaliativo 2004-2006. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 84f. Disponível
em: <http://www. anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/pnass.pdf>. Acesso em: 31 de Jan. 2023
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. A Gestão do SUS. Brasília: CONASS, 2015.
133 p. (Para Entender a Gestão do SUS - 2015). Disponível em: < https://www.conass.org.br/
biblioteca/pdf/A-GESTAO-DO-SUS.pdf>. Acesso em: 31 de Jan. 2023
CONASS. Guia de apoio à gestão estadual do SUS: monitoramento e avaliação. 2016. Disponível
em: < https://www.conass.org.br/guiainformacao/monitoramento-e-avaliacao/. Acesso em: 31
de Jan. 2023
CRUZ, M.M. Avaliação de políticas e programas de saúde: contribuições para o debate. 2012.
Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4447979/mod_resource/content/1/
ANALISE%20POLITICAS%201%20E%202_LIVRO%20IMS.pdf. Acesso em: 31 de Jan. 2023
Ribeiro, Eduardo Augusto Werneck. Eficiência, efetividade e eficácia do planejamento dos gastos
em saúde. HYGEIA, Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde. Hygeia, 2(2):27-46, jun 2006.
Natale Souza
Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 1999; pós-graduada
em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela
FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como Educadora/Pesquisadora
pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente em
cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: Legislação
do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem.
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