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Módulo de Acolhimento e Avaliação

Projeto Mais Médicos para o Brasil


28° Ciclo do PMMB

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE


NO BRASIL
Ementa
• Rede de Atenção à Saúde (RAS)
• Atenção Primárias à Saúde (APS)
• Política Nacional da Atenção Básica
(PNAB)
• Estratégia de Saúde da Família
(ESF)
• Programa Mais Médicos para o
Brasil (PMMB)
Questão orientadora
• D. Maria, 62 anos, é diabética e hipertensa há pelo menos 7 anos, mas há 3
anos não vai ao médico. Acordou um dia com dor nas costas e resolveu procurar
a Unidade de Saúde. Chegando lá, foi orientada a retornar na sexta-feira para
marcar uma consulta para a semana seguinte.

• Ela fez isso, e na segunda-feira estava diante do médico de família da sua área.
Queria um referenciamento ao ortopedista. O médico lhe sugeriu experimentar
usar diclofenaco durante 4 dias e retomar o tratamento da pressão e diabetes,
além de fazer novo papanicolau e mamografia. Sugeriu também exames
laboratoriais e uma consulta de rotina com o oftalmologista. Os exames foram
coletados pela enfermeira da equipe na semana seguinte.
Questão orientadora
• Em um mês, a paciente retornava ao médico de família com o resultado dos
exames de sangue e o controle da pressão realizado semanalmente. Tanto o
diabetes quanto a pressão alta estavam mal controladas. O médico de família
alterou a dose dos medicamentos prescritos na consulta anterior e orientou nova
sequência de controle de pressão e novo exame laboratorial em 3 meses.
• Nesse meio tempo, foi chamada para o oftalmologista, para a mamografia e fez o
papanicolau com a auxiliar de enfermagem da unidade. Enquanto aguardava o
período determinado pelo médico de família para fazer novos exames, ela
perdeu o genro assassinado pela polícia e ficou extremamente abalada.
Procurou então o médico de família para “pedir um calmante”. Por causa desse
episódio, atrasou a coleta dos novos exames laboratoriais em 2 meses, mas
procurou, então não se descuidar do uso dos medicamentos.
Questão orientadora
• Passados 5 meses da última consulta, coletou novos exames com a mesma
enfermeira e voltou ao médico de família em seguida para retomar o tratamento
da pressão e do diabetes. Segundo relatou ao médico de família, o oftalmologista
dissera que sua vista estava “ok” e que, embora tenha começado uma catarata,
não tinha de operar naquele momento. Aproveitou para queixar-se de dor na
perna esquerda quando caminhava.

• Os exames laboratoriais haviam melhorado consideravelmente, mas o médico


de família detectou um pulso diminuído no membro inferior esquerdo. Ele
solicitou uma ultrassonografia (US) Doppler, resolveu referenciar ao cirurgião
vascular para uma avaliação e orientou espaçar os retornos, já que havia
adquirido um controle aceitável da pressão e do diabetes.
Questão orientadora
• Enquanto aguardava o resultado da US, ela teve um quadro de gripe prolongado
e procurou novamente o médico de família da unidade, tendo sido atendida por
ele no “acolhimento”. Finalmente, realizou a US Doppler com um radiologista,
que mostrou uma obstrução arterial na altura da região poplítea. A paciente
esperou 4 meses e finalmente conseguiu o cirurgião vascular, que sugeriu
programar cirurgia. A paciente ficou assustada e decidiu procurar novamente o
médico de família.
• Combinaram que tentariam o tratamento clínico por meio do controle do diabetes
e da hipertensão, além de cuidados gerais com as pernas, a fim de tentar evitar
a cirurgia. Após 2 anos de seguimento e mais 6 consultas, encontra-se bem, sem
lesão nos membros e com controle clínico da dor na perna esquerda.
APS como um modelo de organização do
sistema de saúde
• Um sistema de saúde é “o conjunto de
organizações, indivíduos e ações cuja
intenção primordial é promover,
recuperar e/ou melhorar a saúde”

• Uma forma de organização dos serviços,


na qual há uma porta de entrada ao
sistema de saúde, que se configura
como espaço de coordenação das
respostas às necessidades dos
indivíduos, suas famílias e comunidade
Rede de Atenção em Saúde (RAS)
APS como um modelo de organização do sistema
de saúde
• APS foi posicionada como um dos elementos da
estrutura operacional de uma rede de atenção à
saúde (RAS): centro comunicador e coordenador
do cuidado.

• Partindo do centro, ela tem a responsabilidade de


fazer a ponte entre os diferentes níveis e pontos
de atenção, assim como integrar ao processo os
sistemas logísticos e de apoio, garantindo a
integralidade de sua atenção.

• A APS possui o papel coordenador, necessário


para a integração do sistema.
APS e sua integração na rede de atenção à
saúde
• Um sistema de saúde constitui-se de redes horizontais interligadas por pontos de
atenção, de distintas densidades tecnológicas, com suas estruturas de apoio e
logística, não havendo hierarquia entre os diferentes pontos de atenção à saúde
• Como exemplos, citam-se unidades de atenção primária, unidades de cuidados
intensivos, hospitais-dia, ambulatórios de cirurgia, ambulatórios de atenção
especializada, serviços de atenção domiciliar. Os serviços de atenção primária
são a porta de entrada ao sistema, e coordenam o conjunto de respostas às
necessidades em saúde da população.
• Um sistema de saúde com forte referencial na atenção primária à saúde é mais
efetivo, é mais satisfatório para a população, tem menores custos e é mais
equitativo – mesmo em contextos de grande iniquidade social.
Conceitos e siglas que geram confusão
• APS – atenção primária à saúde:
“lugar” do sistema de saúde definido
pelos serviços que oferece.

• PSF/ESF – Programa Saúde da


Família/Estratégia Saúde da Família:
programa de 1994 a 1998 e
estratégia do Estado para reorientar
a atenção primária brasileira a partir
de 1998.

• MFC – Medicina de Família e


Comunidade: especialidade médica.
APS: aspectos-chave
• Atenção primária à saúde (APS) é definida como “[...] atenção de primeiro
contato, contínua, global e coordenada que se proporciona à população sem
distinção de gênero, doença, ou sistema orgânico”.
• Prevenção, cuidado a pacientes crônicos e vulnerabilidade social são conceitos
que têm afinidade com a atenção primária, mas não são seus definidores.
• Há vários instrumentos para avaliar a APS, sendo que o mais completo e mais
utilizado no Brasil é o instrumento de Avaliação da atenção primária chamado
PCATool
• O conceito de integralidade utilizado na APS diverge do utilizado em outros
campos
APS: valores, princípios e atributos
Atributos nucleares da APS: acesso de
primeiro contato

• É o princípio soberano, representa a


porta de entrada e o primeiro contato
do paciente com o sistema; outras
nomenclaturas, algumas vezes
entendidas como pejorativas, foram
sendo usadas em parte, ou mesmo
em substituição a este atributo, como
“acolhimento”, “gatekeeper” ou
“porteiro”.
Atributos nucleares da APS: coordenação
do cuidado
• A coordenação envolve a continuidade de
informação dentro do sistema, seja pela
continuidade do profissional, seja via
prontuário médico.
• Importância em três níveis
• Dentro da própria unidade
• Na relação com profissionais que
fornecem consultoria ou acompanhamento
de curta duração
• Na relação com especialistas focais que
vão compartilhar o cuidado com a APS
Atributos nucleares da APS:
longitudinalidade

• Longitudinalidade se relaciona com a


existência de uma fonte regular de atenção
e seu uso ao decorrer do tempo.

• A longitudinalidade, que trata do


acompanhamento do paciente ao longo do
tempo por profissionais da equipe de
atenção primária em saúde (APS), é
considerada característica central deste
nível assistencial.
Política Nacional de Atenção
Básica (PNAB)
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)
Política nacional que direciona os trabalhos envolvidos nos
diversos campos da APS

1. Dos Princípios e Diretrizes Gerais da Atenção Básica


2. Das Funções na Rede de Atenção À Saúde
3. Das Responsabilidades
4. Da Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica
5. Implantação e Credenciamento das Equipes de Atenção
Básica
6. Do Financiamento da Atenção Básica
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Comparativo: PNAB 2011 x 2017
Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB) 2017
Dispõe que as UBS deverão assegurar o acolhimento e escuta a9va e
qualificada das pessoas, mesmo que não sejam da área de abrangência da
unidade, com classificação de risco e encaminhamento responsável;
Percentual de financiamento para as eAB (30% da eSF Modalidade 2);
Recursos condicionados à abrangência da oferta de ações e serviços;
Define prazo máximo de 4 meses para a implantação da equipe credenciada,
com fluxo e critérios para credenciamento de eAB, a ser publicado em
manual específico;
Inclui as Equipes de Atenção Básica Prisional;
Reforça a importância da integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção
Básica: Agentes de Combate as
Endemias (ACE) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS);
Polí%ca Nacional de Atenção Básica (PNAB) 2017
• Define prazo máximo de 4 meses
para a implantação da equipe
credenciada, com fluxo e critérios
para credenciamento de eAB, a ser
publicado em manual específico;
• Inclui as Equipes de Atenção
Básica Prisional;
• Reforça a importância da
integração entre a Vigilância em
Saúde e Atenção Básica: Agentes
de Combate as Endemias (ACE) e
Agentes Comunitários de Saúde
(ACS);
Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB) 2017
• ACS e ACE devem compor uma eAB ou uma eSF e • Nº de ACS e ACE estabelecidos por base
serem coordenados por profissionais de saúde de populacional, critérios demográficos,
nível superior realizado de forma compartilhada epidemiológicos e socioeconômicos, de acordo
entre a Atenção Básica e a Vigilância em Saúde; com definição local;
• Nas localidades em que não houver cobertura eAB • Quantitativo de ACS em eSF a depender da
ou eSF, o ACS deve se vincular à equipe da necessidade e perfil epidemiológico local; em
Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco
(EACS) e o ACE, deve ser vinculado à equipe de e vulnerabilidade social, recomenda-se a cobertura
vigilância em saúde do município e sua supervisão de 100% da população com número máximo de
técnica deve ser realizada por profissional com 750 pessoas por ACS em eSF;
comprovada capacidade técnica;
• Adiciona atribuições comuns aos ACS e ACE e
acrescenta atribuições específicas do ACE;
Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB) 2017
Considera que em caráter excepcional e assistidos por profissional de saúde
de nível superior, membro da equipe, após treinamento especifico e o
fornecimento de equipamentos adequados, os ACS poderão realizar as
seguintes atividades:

• Aferir pressão arterial;


• Realizar a medição da glicemia capilar;
• Aferição da temperatura axilar;
• Técnicas limpas de curativo.
Estratégia Saúde da Família
Estratégia de Saúde da Família (ESF)
É componente estruturante do sistema
de saúde brasileiro tem provocado um
importante movimento com o intuito de
reordenar o modelo de atenção no
SUS.
O principal propósito da ESF é
reorganizar a prática da atenção à
saúde em novas bases e substituir o
modelo tradicional, levando a saúde
para mais perto das famílias e, com
isso, melhorar a qualidade de vida da
população.
Estratégia de Saúde da Família (ESF)
COMPOSIÇÃO DA ESF: uma equipe multiprofissional, composta
por no mínimo:

• Médico (preferencialmente da especialidade Medicina de Família


e Comunidade);
• Enfermeiro (preferencialmente especialista em Saúde da Família);
• Auxiliar e/ou técnico de enfermagem; e
• Agentes Comunitários de Saúde (ACS).
• Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de
Saúde Bucal (cirurgião-dentista, preferencialmente especialista
em Saúde da Família e auxiliar ou técnico de saúde bucal) e os
Agentes de Combate às Endemias (ACE).
Estratégia de Saúde da Família (ESF)
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:

• São a porta de entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado de


saúde;
• Trabalha com território adscrito, com uma população delimitada, sob a sua
responsabilidade;
• Intervém sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está exposta;
• Presta assistência integral, permanente e de qualidade;
• Realiza atividades de educação, promoção, prevenção e recuperação da
saúde.
ESF: processo de trabalho
• Definição do território de atuação e depopulação sob responsabilidade das UBS e das equipes;

• Programação e implementação das atividades de atenção à saúde de acordo com as necessidades


de saúde da população, com a priorização de intervenções clínicas e sanitárias nos problemas de
saúde segundo critérios de frequência, risco, vulnerabilidade e resiliência. Inclui-se aqui o
planejamento e organização da agenda de trabalho compartilhado de todos os profissionais e
recomenda-se evitar a divisão de agenda segundo critérios de problemas de saúde, ciclos de vida,
sexo e patologias, dificultan- do o acesso dos usuários;
• Desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores de risco clínico-comportamentais,
alimentares e/ou ambientais, com a finalidade de prevenir o aparecimento ou a persistência de
doenças e danos evitáveis;
ESF: processo de trabalho
• Realizar o acolhimento com escuta qualificada, classificação de risco, avaliação de necessidade de
saúde e análise de vulnerabilidade, tendo em vista a responsabilidade da assistência resolutiva à
demanda espontânea e o primeiro atendimento às urgências;

• Prover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita;

• Realizar atenção à saúde na Unidade Básica de Saúde, no domicílio, em locais do território (salões
comunitários, escolas, creches, praças etc.) e em outros espaços que comportem a ação planejada;
ESF: processo de trabalho
• Desenvolver açõeseducativas que possam interferir no processo de saúde-doença da
população, no desenvolvimento de autonomia, individual e coletiva, e na busca por qualidade de vida
pelos usuários;
• Participar do planejamento local de saúde, assim como do monitoramento e avaliação das ações na
sua equipe, unidade e município, visando à readequação do processo de trabalho e do
planejamento diante das necessidades, realidade, dificuldades e possibilidades analisadas;
• Desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social voltados para o
desenvolvimento de uma atenção integral;
• Apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social;

• Realizar atenção domiciliar destinada a usuários que possuam problemas de saúde


controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma
unidade de saúde, que necessitam de cuidados
Ferramentas da ESF
• Territorialização
• Trabalho em Equipe
• Abordagem centrada na
pessoa
• Abordagem familiar
• Abordagem comunitária
• Gestão da Clínica
• Matriciamento
Ferramentas da ESF: territorialização
• Caracterizar a população;
• Identificar os problemas de saúde-
doença;
• Avaliar a situação sócio-econômica e
vulnerabilidade social;
• Vínculo;
• Mapeamento do território vivo –
elementos estáticos e dinâmicos,
barreiras funcionais e sociais;
• Planejamento de ações da equipe;
Ferramentas da ESF: territorialização
Mapa do Território:

• Área geográfica - ruas e avenidas,


acidentes geográficos
• Espaços de interesse comunitário: áreas
de lazer, templos religiosos, áreas de
ocupação, associações
• Equipamentos Sociais (Centro de
Referência de Assistência Social
(CRAS), Centro de Assistência
Psicossocial (CAPS), Creches...)
• Tensões no território
Ferramentas da ESF: territorialização
Atuação das equipes de saúde da família:
Território

• Número definido de famílias


• Território Vivo
• Adscrição: 2000 a 3.500 pessoas, a
depender da vulnerabilidade e perfil
demográfico/epidemiológico
Ferramentas da ESF: territorialização
• O Território da ESF é dividido em áreas
menores chamadas MICROÁREAS;
• Essa divisão segue critérios de natureza
geográfica, demográfica e social.
• Cada MICROÁREA fica sob a
responsabilidade sanitária de um Agente
Comunitário de Saúde.
Ferramentas da ESF: adscrição da
clientela
• É um processo concomitante e
interdependente da territorialização e da
inserção comunitária;
• Tem objetivo de identificar as condições
de vida, necessidades de saúde e
acesso da comunidade, vinculando o
usuário à ESF;
• Busca por outras informações: lideranças
comunitárias, colaboradores na
comunidade.
Agente Comunitário de Saúde (ACS)
QUANTOS AGENTES POR ESF?
• Os ACS são parte integrante da equipe
mínima da ESF; Ø O número suficiente para cobrir
100% da população adscrita;
• São um elo entre as equipes de saúde e a Ø Com um número máx. de 750
comunidade, buscam e trazem informações entre pessoas por ACS.
a Unidade de saúde e a população;
• Acompanham mensalmente, em domicilio todas
as famílias
• Desenvolvem de forma constante ações de
promoção da saúde.
Núcleo Ampliado de Saúde
da Família e Atenção Básica
NASF-AB: o que é?
• O Nasf é uma estratégia inovadora que tem por objetivo apoiar,
ampliar, aperfeiçoar a atenção e a gestão da saúde na Atenção
Básica/Saúde da Família. Seus requisitos são, além do
conhecimento técnico, a responsabilidade por determinado
número de equipes de SF e o desenvolvimento de habilidades
relacionadas ao paradigma da Saúde da Família.

• Deve estar comprometido, também, com a promoção de


mudanças na atitude e na atuação dos profissionais da SF e
entre sua própria equipe (NASF), incluindo na atuação ações
intersetoriais e interdisciplinares, promoção, prevenção,
reabilitação da saúde e cura, além de humanização de
serviços, educação permanente, promoção da integralidade e
da organização territorial dos serviços de saúde.
NASF: características
• Equipe multiprofissional e interdisciplinar
• Composição conforme necessidades
• Suporte clínico, sanitário e pedagógico
• Atendimentos regulados pelas equipes que atuam na atenção
básica
• Longitudinalidade do cuidado
• Planejamento do cuidado conjuntamente com as equipes
• Contribuição para a integralidade do cuidado
• Discussão de casos
NASF: características
• Equipe multiprofissional e interdisciplinar
• Composição conforme necessidades
• Suporte clínico, sanitário e pedagógico
• Atendimentos regulados pelas equipes que atuam na atenção
básica
• Longitudinalidade do cuidado
• Planejamento do cuidado conjuntamente com as equipes
• Contribuição para a integralidade do cuidado
• Discussão de casos
NASF: características

• Interconsulta
• Construção conjunta de projetos terapêuticos
• Educação permanente
• Intervenções no território e na saúde de grupos populacionais de
todos os ciclos de vida
• Ações de prevenção e promoção da saúde
• Discussão do processo de trabalho das equipes, dentre outros.
NASF: matriciamento
• O apoio matricial será formado por um conjunto de profissionais que não têm, necessariamente,
relação direta e cotidiana com o usuário, mas cujas tarefas serão de prestar apoio às equipes de
referência (equipes de SF). Assim, se a equipe de referência é composta por um conjunto de
profissionais considerados essenciais na condução de problemas de saúde dos clientes, eles
deverão acionar uma rede assistencial necessária a cada caso.
• o Nasf está inserido na rede de serviços dentro da APS assim como as equipes de SF, ou seja, ele
faz parte da APS.
• O apoio matricial apresenta as dimensões de suporte: assistencial e técnico-pe- dagógico. A
dimensão assistencial é aquela que vai produzir ação clínica direta com os usuários, e a ação
técnico-pedagógica vai produzir ação de apoio educativo com e para a equipe. Essas duas
dimensões podem e devem se misturar nos diversos momentos.
NASF: modalidades
Modalidades No. de equipes vinculadas Carga horária*
NASF 1 5 a 9 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 200 horas semanais;
cada ocupação deve ter no
máximo 80 horas semanais.

NASF 2 3 a 4 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 120 horas semanais;
cada ocupação deve ter no
máximo 40 horas semanais.

NASF 3 1 a 2 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 80 horas semanais; cada
ocupação deve ter no máximo 40
horas semanais.

*Nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas.
Profissionais do NASF
•Assistente Social •Médico Pediatra
•Professional/Professor Educação Física •Médico Acupunturista
•Farmacêutico •Médico Ginecologista/Obstetra
•Fisioterapeuta •Médico Homeopata
•Fonoaudiólogo •Médico Psiquiatra
•Nutricionista •Médico Geriatra
•Psicólogo •Médico Internista (Clínica
•Terapeuta Ocupacional Médica)
•Médico Veterinário •Médico do Trabalho
•Professor com Formação em Arte e •Profissional Sanitarista
Educação
Programa Mais Médicos Para
o Brasil
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos
O PMMB atua em três frentes principais:

1. provimento imediato de profissionais


médicos

2. melhorias estruturais para a APS

3. mudanças conceituais filosófica na


construção do currículo do curso
médico paralelamente ao aumento
do numero de vagas e de cursos de
medicina.
Eixos do PMMB
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos: eixo de
formação
Programa Mais Médicos
Programa Mais Médicos
PMMB: Supervisão Acadêmica
• Uma das especificidades do
programa, dentro da proposta de
promover educação permanente, é
por meio da figura do Supervisor
Acadêmico, realizado por um
colega médico, em geral, ligado a
uma universidade, que faz
acompanhamento mensal de um
grupo de médicos do programa,
para dar suporte técnico,
acompanhar o seu desempenho
clínico, o processo de trabalho, a
relação com a equipe e com a
comunidade.
PMMB: Supervisão Acadêmica
A Supervisão Acadêmica, tem como O momento de supervisão pode ocorrer a
objetivos: qualquer momento, por meios de
• Fortalecimento da educação permanente comunicação diversa, para fortalecer o
em saúde, vínculo entre o supervisor e o supervisionado,
de maneira que esse processo seja
• integração ensino-serviço, singularizado em todos os aspectos que
• Fortalecimento da atenção básica; possam influenciar no desempenho do
• Fortalecimento formação de profissional participante do programa.
profissionais
nas redes de atenção à saúde.

Para a realização das atividades de Supervisão Acadêmica são previstos momentos próprios, que
se caracterizam enquanto espaços de Educação Permanente, encontro de educação
permanente para qualificação da supervisão acadêmica, encontro de supervisão locorregional,
supervisão periódica in loco.
PMMB: Supervisão Acadêmica
Supervisão Acadêmica
• O supervisor é sua referencia profossional e
pessoal dentro do programa;
• Estará ao seu lado para dar suporte
nos diversos assuntos da rotina do
servico:
• Dúvidas clínicas
• Processo de trabalho
• Organizaçã da agenda
• Horário de estudos
Conte com seu SUPERVISOR! Ele é seu colega.
Programa Mais Médicos – 5 anos
• “O resultado mais significativo do Mais Médicos foi levar acesso à saúde para a população,
especialmente em populações vivendo em situação de vulnerabilidade. Isso é outorgar o direito
à saúde previsto na Constituição brasileira”,

• “O programa mostrou que é possível levar médicos para todos os lugares do país. Permitiu ainda
que os profissionais brasileiros, principalmente os mais jovens, perdessem o medo de ir para o
interior. Além disso, a chegada de médicos de 47 nacionalidades, com outros modos de atuar e
outra formação, promoveu um debate sobre a formação de médicos no Brasil”
Programa Mais Médicos – 5 anos
Previne Brasil
• Modalidade financiamento da APS desde 2019
• Antigo Financiamento:
• PAB Fixo: base populacional
• PAB Variável: repasses de acordo com credenciamento de determinados
serviços (ESF, Consultório na Rua, etc)
• Incentivo às ações dos ACS
• PMAQ
• Eixos do financiamento do Previne Brasil:
1. Capitação ponderada
2. Pagamento por desempenho
3. Incentivo por base populacional
4. Incentivo à ações estratégicas
Previne Brasil: capitação ponderada
• Repasse financeiro as prefeituras e Distrito Federal com base
na população cadastrada
• O cadastro deve ser feito pelas equipes de Saúde da Família -
eSF, equipes de Atenção Primária – eAP, equipes de Saúde da
Família Ribeirinha – eSFR, equipes de Consultório na Rua –
eCR ou equipes de Atenção Primária Prisional – eAPP
• Cadastro feito pelo CPF ou CNS
• Qualquer profissional da equipe pode fazer cadastro
• Possível a estimativa populacional das equipes
Previne Brasil: pagamento por
desempenho
• Definição do valor a ser transferido depende dos resultados
alcançados no conjunto de indicadores monitorados e avaliados no
trabalho das equipes de Saúde da Família e de Atenção Primária
• monitoramento desses indicadores, podem ser avaliados os acessos,
a qualidade e a resoluXvidade dos serviços prestados pelas eSF/eAP
Previne Brasil: pagamento por
desempenho
Indicadores Previne Brasil para o ano de 2022:
1 - Proporção de gestantes com pelo menos 6 (seis) consultas pré-natal realizadas, sendo a
1ª (primeira) até a 12ª (décima segunda) semana de gestação.
2 - Proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV.
3 - Proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado.
4 - Proporção de mulheres com coleta de citopatológico na APS.
5 - Proporção de crianças de 1 (um) ano de idade vacinadas na APS contra DiKeria, Tétano,
Coqueluche, HepaOte B, infecções causadas por haemophilus influenzae Opo b e
Poliomielite inaOvada.
6 - Proporção de pessoas com hipertensão, com consulta e pressão arterial aferida no
semestre.
7 - Proporção de pessoas com diabetes, com consulta e hemoglobina glicada solicitada no
semestre.
Previne Brasil: incentivo financeiro com
base em critério populacional
• O componente Incentivo financeiro com base em critério
populacionalfaz parte da apuração do valor de referência para o
financiamento da APS. O valor do incentivo per capita é definido pelo
Ministério da Saúde anualmente e publicado em portaria. O aporte
estabelecido por município e Distrito Federal leva em conta
estimativa populacional mais recente divulgada pelo IBGE.
Previne Brasil: incentivo à ações
estratégicas
• IncenXvos contemplam a implementação de programas, estratégias e
ações que refletem na melhoria do cuidado na APS e na Rede de
Atenção à Saúde.
Previne Brasil: incentivo à ações
estratégicas
• Programa Saúde na Hora;
• Equipe de Saúde Bucal (eSB);
• Unidade Odontológica Móvel (UOM);
• Centro de Especialidades Odontológicas (CEO);
• Laboratório Regional de Prótese Dentária (LRPD);
• Equipe de Consultório na Rua (eCR);
• Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF);
• Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR);
Previne Brasil: incentivo à ações
estratégicas
• Microscopista;
• Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP);
• Custeio para o ente federa9vo responsável pela gestão das ações de
atenção integral à saúde dos adolescentes em situação de privação de
liberdade;
• Programa Saúde na Escola (PSE);
• Programa Academia da Saúde;
• Programas de apoio à informa9zação da APS;
• Incen9vo aos municípios com residência médica e mul9profissional;
• Outros que venham a ser ins9tuídos por meio de ato norma9vo específico.
Bibliografia
• BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série E. Legislação em Saúde)
• BRASIL. Ministério da Saúde . PORTARIA No 2.979, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2019Institui o Programa Previne Brasil, que estabelece novo
modelo de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde, por meio da alteração da Portaria de
Consolidação no 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Núcleo de Apoio à Saúde da Família. v. 1. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
(Cadernos de Atenção Básica, n. 39)

• Tratado de medicina de família e comunidade : princípios, formação e prática [recurso eletrônico] / Organizadores, Gustavo Gusso, José Mauro
Ceratti Lopes, Lêda Chaves Dias; [coordenação editorial: Lêda Chaves Dias]. – 2. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019.

• Lei no 12.871, de 22 de outubro de 2013. Institui o Programa Mais Médicos, altera as Leis no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e no 6.932, de 7 de
julho de 1981, e dá outras providências [Internet]. 2013 [citado 03 Fev 2016]. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/cci vil_03/_ato2011-
2014/2013/Lei/L12871.htm

• BRASIL. MInistério da Saúde . Portaria no. 2.436 de 21 de setembro de 2017. Brasília: Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 2017.
OBRIGADA

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