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ORGANIZAÇÃO

DA ATENÇÃO À
SAÚDE

Jakelline Miranda Alves


ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À
SAÚDE
• Democracia e Saúde
• O SUS é fruto de muita luta política em nosso país. Podemos dizer que, até a sua criação, a maioria da
população brasileira sofria pela falta de acesso aos serviços de saúde.
• Até um passado recente, o país apresentava um alto índice de mortalidade infantil por doenças diarreicas
e parasitárias e pela transmissão de doenças infectocontagiosas preveníveis por vacinação evidenciando
um quadro sanitário de mortalidade por causas evitáveis (RIPSA, 2008).
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SAÚDE
• O SUS
• O Sistema Único de Saúde, foi criado a partir da Constituição de 1988;
• SUS é um sistema público de saúde, que tem como preceito o acesso integral, universal, igualitário e gratuito para
toda a população brasileira.

• Os cidadãos devem ter acesso integral a todos os serviços oferecidos pelo SUS, que vão desde exames
básicos até cirurgias complexas, como as de transplantes de órgãos. Além do atendimento básico, com consultas,
exames médicos e internações, o SUS também deve trabalhar de maneira preventiva, com vigilância sanitária,
campanhas de vacinação, fiscalização de alimentos e registro de remédios.
• Ao SUS cabe a tarefa de promover, proteger e recuperar a saúde, garantindo atenção qualificada e contínua aos
indivíduos e às coletividades, de forma equitativa.
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SAÚDE
• O SUS como política de Estado
• Você sabia que o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou somente em 2014, mais de 4,1 bilhões de
procedimentos ambulatoriais e 1,4 bilhão de consultas médicas no país? Acompanhe clicando nas setas
mais dados relevantes que demarcam a importância do SUS.
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SAÚDE
• O SUS
• São conceitos que orientam o SUS, previstos no artigo
198 da Constituição Federal de 1988 e no artigo 7º do
Capítulo II da Lei n.º 8.080/1990 (BRASIL, [200-?],
1990a).
• Os principais são:
• Universalidade – significa que o SUS deve atender todos,
sem distinções ou restrições, oferecendo toda a atenção
necessária, sem qualquer custo;
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SAÚDE
• O SUS
• São conceitos que orientam o SUS, previstos no artigo
198 da Constituição Federal de 1988 e no artigo 7º do
Capítulo II da Lei n.º 8.080/1990 (BRASIL, [200-?],
1990a).
• Os principais são:
• Integralidade – o SUS deve oferecer a atenção necessária à
saúde da população, promovendo ações contínuas de
prevenção e tratamento aos indivíduos e às comunidades, em
quaisquer níveis de complexidade;
ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À
SAÚDE
• O SUS
• São conceitos que orientam o SUS, previstos no artigo
198 da Constituição Federal de 1988 e no artigo 7º do
Capítulo II da Lei n.º 8.080/1990 (BRASIL, [200-?],
1990a).
• Os principais são:
• Igualdade e Equidade – o SUS deve disponibilizar recursos e
serviços com justiça, de acordo com as necessidades de cada
um, canalizando maior atenção aos que mais necessitam;
• Significa assegurar ações e serviços de saúde de acordo com
a complexidade que cada caso requeira, sem privilégios e
sem barreiras. Para o SUS, todo cidadão é igual e deve ser
atendido conforme suas necessidades até onde o sistema
puder oferecer para todos.
ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À
SAÚDE
• Diretrizes organizacionais do SUS
• Regionalização e Hierarquização
• Significa que os serviços devem ser organizados em níveis de
complexidade tecnológica crescente, dispostos numa área geográfica
delimitada e com a definição da população a ser atendida, com
integração entre os diferentes serviços, possibilitando a resolutividade
do cuidado, ou seja, responsabilizando-se pela solução dos problemas
de saúde da população de seu território específico. O acesso da
população aos cuidados de saúde deve se dar preferencialmente pelos
serviços da rede básica ou primária de atenção - Unidades de Saúde da
Família ou Unidades Básicas de Saúde, que devem estar devidamente
qualificadas para atender e resolver os principais problemas de saúde
da população e pelo encaminhamento, quando necessário, dos usuários
aos demais níveis de atenção e pelo retorno deles às unidades de saúde.
• Como estão organizadas as regiões de saúde no seu estado e como
estão sendo implementadas as redes de atenção?
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• Diretrizes organizacionais do SUS
• Descentralização
• Significa distribuir as responsabilidades pelas ações e
serviços de saúde entre os vários níveis de governo, ou
seja, o que é de responsabilidade do município deve ser de
responsabilidade do governo municipal; o que abrange um
estado ou uma região estadual deve estar sob
responsabilidade do governo estadual; e o que for de
abrangência nacional será de responsabilidade federal.
Todos os governos devem respaldar o poder municipal na
prestação dos serviços – é o que se chama
municipalização da saúde. Aos municípios cabe, portanto,
a maior responsabilidade na promoção das ações de saúde
diretamente voltadas aos seus cidadãos.
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SAÚDE
• Diretrizes organizacionais do SUS
• Participação Popular
• Significa a garantia constitucional de que a população, por
meio de suas entidades representativas, participará do
processo de formulação das políticas de saúde e do controle
da sua execução, em todos os níveis, desde o local até o
federal. Essa participação deve se dar nos Conselhos de
Saúde, com representação partidária de usuários, governo,
profissionais de saúde e prestadores de serviço. Outra forma
de participação são as Conferências de Saúde periódicas, para
definir prioridades em saúde. Deve ser também considerado
como elemento do processo participativo o dever das
instituições oferecerem as informações e conhecimentos
necessários para a população se posicionar sobre as questões
que dizem respeito à saúde (BRASIL, 1990).
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• Brasil: estado federativo
• O Brasil é uma República Federativa e tem o poder compartilhado pelas três esferas de governo: União,
Estados e Municípios.

• Responsabilização sanitária
• Saúde: de quem é a responsabilidade? O SUS é responsabilidade das três esferas de governo

• Desenvolver responsabilização sanitária é estabelecer claramente as atribuições de cada uma das esferas de gestão
da saúde pública, assim como dos serviços e das equipes que compõem o SUS, possibilitando melhor
planejamento, acompanhamento e complementaridade das ações e dos serviços.
• Os gestores municipais, ao assumirem suas responsabilidades, devem estimular a responsabilização junto aos
gerentes e equipes, no âmbito municipal, e participar do processo de pactuação, no âmbito regional;
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• Existe uma divisão de responsabilidades entre os três poderes: Federal, Estadual e Municipal. Cada um
tem as suas funções, os seus limites de atuação, mas o ideal para o funcionamento do sistema de saúde
nas cidades é a gestão conjunta de todos esses atores.
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• Qual a responsabilidade Municipal (da Prefeitura)?
• A Prefeitura é o principal órgão responsável pela área da saúde. O prefeito e a equipe de gestão dos
serviços, pela Secretaria Municipal de Saúde, que são os responsáveis pelas ações e serviços de saúde
naquele local. Logo, tanto a criação de políticas públicas municipais como a aplicação de políticas
nacionais e estaduais devem ser feitas pela equipe do município.
• O planejamento de ações no Sistema Único de Saúde em âmbito local dependerá de recursos próprios do
município (mínimo de 15% de sua receita) e dos repassados pela União e pelo estado.
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• O gestor municipal, para assegurar o direito à saúde de seus munícipes, deve assumir a responsabilidade
pelos resultados, buscando reduzir os riscos, a mortalidade e as doenças evitáveis, a exemplo da
mortalidade materna e infantil, da hanseníase e da tuberculose. Para isso, tem de se responsabilizar pela
oferta de ações e serviços que promovam e protejam a saúde das pessoas, previnam as doenças e os
agravos e recuperem os doentes.
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• Qual a responsabilidade do Governo dos Estados?
• Aos governos estaduais está atribuída a gestão das políticas públicas estaduais por meio de uma
secretaria. Com esse meio, devem criar suas próprias políticas de saúde, assim como apoiar a execução
de políticas nacionais e municipais, utilizando seus próprios recursos - mínimo de 12% da receita.
Devem, também, coordenar as ações do SUS em todo o estado e fazer o repasse de recursos da
União aos municípios, de acordo com os que tiverem maior ou menor demanda.
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• Qual a responsabilidade da Presidência da República?
• Como o Governo Federal é o órgão que mais arrecada impostos, ele é o principal responsável
por financiar a saúde em todo o país. Porém, não tem a responsabilidade maior da prestação de serviços
de saúde. O dinheiro pode ficar nos cofres da União para cobrir seus gastos e também ser repassado aos
estados – que então passará aos municípios, os maiores responsáveis por botar em prática as políticas da
área da saúde
• O órgão que faz a gestão da saúde em âmbito nacional é o Ministério da Saúde, que faz estudos
e planeja a implantação de políticas nacionais de saúde. O Ministério da Saúde também é responsável
pela criação de normas, avaliação, fiscalização e controle das ações do SUS em todo o país.
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• Direção e coordenação do SUS
• Nesse contexto, o cargo de ministro ou de secretário de Saúde é designado pelo chefe do poder Executivo, eleito
democraticamente em cada esfera do governo.
• Dessa forma, o gestor da saúde é parte integrante de uma equipe que tem responsabilidade por um determinado
projeto de governo, que terá que dar respostas ao chefe político em cada esfera e interagir com outros órgãos de
governo quando necessário.
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• Níveis de atenção à saúde
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• Serviços sob responsabilidade municipal
• Deve aplicar no mínimo 15% de sua receita na área de saúde;
• Fazer o repasse das verbas da União e do Estado;
• Responsável pela atenção básica de Saúde - atendimento inicial, principal exemplo são as UBSs (Unidades Básicas de Saúde);
• Administração das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento);
• Administra os demais serviços de saúde da cidade;
• Realização de Pré-natal/teste do pezinho;
• Aplicação das campanhas de vacinação;
• Participação em consórcios intermunicipais de saúde;
• Fiscalização sanitária (cozinhas de restaurantes, alimentos em mercado, etc.);
• Vigilância epidemiológica (controle de dengue, doenças infecciosas, doenças transmitidas por animais, etc.);
• Realização de exames preventivos/colo de útero;
• Responsabilidade sobre o Samu;
• Transporte de pacientes - levar para consultas em outras cidades.
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• Serviços sob responsabilidade Estadual
• Deve destinar 12% de tudo que arrecada à Saúde Pública;
• Fazer o repasse da verba que vem da União;
• Forma a Secretaria de Saúde do Estado - órgão que coordena as ações do SUS em seu território;
• É focado nos atendimentos de média e alta complexidade;
• Consultas com médicos especialistas;
• Cuida de laboratórios;
• Gerencia os hemocentros;
• Define os hospitais de referência (Hospitais regionais, centros de especialidades);
• Gerencia os centros de atendimento complexos;
• Administra a Central de Leitos;
• Realiza exames complexos;
• Repasse de medicamentos especiais, de referência, alta complexidade e extraordinários.
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• Serviços sob responsabilidade Federal
• Principal responsável por financiar o SUS - 50% de todo o investimento em saúde pública deve vir do Executivo
Federal;
• Forma o Ministério da Saúde;
• Pensa nas políticas de saúde
• Campanhas de prevenção da doença
• Vacinação
• Criação de programas, como o Estratégia Saúde da Família
• Sistema Nacional de Transplantes
• Fiscalização daquilo que é realizado dentro do SUS;
• Aprovação de novos medicamentos no Brasil;
• Elaboração de normas de saúde - Por exemplo, o que é Rede de Atenção à Saúde, quem são os responsáveis, como devem agir,
etc.
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SAÚDE
• Promoção da saúde na gestão do SUS
• O Ministério da Saúde vem investindo nesta área por meio da Política Nacional de Promoção da Saúde
desde 2006, que foi redefinida pela Portaria nº 2446/2014.
• Territorialização, enquanto estratégia operacional; articulação e cooperação intra e intersetorial,
entendidas como compartilhamento de planos, metas, recursos e objetivos comuns entre os diferentes
setores e entre diferentes áreas do mesmo setor; participação e controle social, que compreende a
ampliação da representação e da inclusão de sujeitos na elaboração de políticas públicas e nas decisões
relevantes que afetam a vida dos indivíduos, da comunidade e dos seus contextos.
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• Promoção da saúde na gestão do SUS
• O Ministério da Saúde vem investindo nesta área por meio da Política Nacional de Promoção da Saúde
desde 2006, que foi redefinida pela Portaria nº 2446/2014.
• RAS, enquanto estratégia operacional necessita: transversalizar a promoção na RAS, favorecendo
práticas de cuidado humanizadas, pautadas nas necessidades locais, na integralidade do cuidado,
articulando com todos os equipamentos de produção da saúde do território; e articular com as demais
redes de proteção social, vinculando o tema a uma concepção de saúde ampliada, considerando o papel e
a organização dos diferentes setores e atores, que, de forma integrada e articulada por meio de objetivos
comuns, atuem na promoção da saúde.
ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À
SAÚDE
• Promoção da saúde na gestão do SUS
• O Ministério da Saúde vem investindo nesta área por meio da Política Nacional de Promoção da Saúde
desde 2006, que foi redefinida pela Portaria nº 2446/2014.
• Vigilância, monitoramento e avaliação, enquanto uso de múltiplas abordagens na geração e análise de
informações sobre as condições de saúde de sujeitos e grupos populacionais, visando subsidiar decisões,
intervenções e implantar políticas públicas de promoção da saúde; produção e disseminação de
conhecimentos e saberes, enquanto estímulo a uma atitude reflexiva e resolutiva sobre problemas,
necessidades e potencialidades dos coletivos em cogestão, compartilhando e divulgando os resultados de
maneira ampla com a coletividade.
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SAÚDE
• Promoção da saúde na gestão do SUS
• O Ministério da Saúde vem investindo nesta área por meio da Política Nacional de Promoção da Saúde
desde 2006, que foi redefinida pela Portaria nº 2446/2014.
• Comunicação social e mídia, enquanto uso das diversas expressões comunicacionais, formais e
populares, para favorecer a escuta e a vocalização dos distintos grupos envolvidos, contemplando
informações sobre o planejamento, execução, resultados, impactos, eficiência, eficácia, efetividade e
benefícios das ações (BRASIL, 2014).
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• Agora é com você!
• Mapeamento, em seu município, região e/ou estado, das lideranças que investiram no desenvolvimento
de iniciativas importantes para o SUS.

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