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FUNDAMENTOS DE

ENFERMAGEM
Contextualização da Enfermagem: Processo de trabalho em saúde
e a prevenção da infecção
VAMOS REFLETIR
• Qual tipo de profissional quero ser? O do primeiro vídeo ou o do segundo
vídeo?
• O que deve ser feito para ser um bom profissional? E o que eu tenho feito
para isso?
Caracterizando a Enfermagem

• A Enfermagem é reconhecida por seu respectivo conselho profissional –


COFEN;
• É uma profissão que possui conhecimentos científicos e embasados no
cuidado, voltados para a assistência do ser humano nas áreas de promoção,
prevenção recuperação e reabilitação da saúde.

• Composta pelo enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem.


• De acordo com dados do COFEN, obtidos em
Caracterizando a agosto/2019, há no Brasil 534.996 enfermeiros,
Enfermagem 1.247,890 técnicos e 414.405 auxiliares de
enfermagem;
http://www.cofen.gov.br/enfermagem-em-numeros
Caracterizando a Enfermagem

• A enfermagem realiza a sua assistência


ao receptor do cuidado em parceria com
uma equipe multidisciplinar. Um
atendimento integral à saúde necessita
da ação conjunta de diferentes
categorias que complementam as ações
em conjunto em prol da melhoria da
qualidade de vida do receptor do
cuidado.
Caracterizando a Enfermagem
• Nos últimos anos, a busca na qualidade de vida tem influenciado o
comportamento das pessoas;

• No campo do trabalho, essas repercussões evidenciam-se através das


constantes buscas de iniciativas públicas e privadas em atender às
expectativas da população, criando ou transformando os serviços
existentes.
Caracterizando a Enfermagem
• Novas frentes de atuação são criadas à medida que essas
transformações vão ocorrendo, como sua inserção na UBS, em
programas e serviços de atendimento domiciliar, e em programas de
atenção a idosos e outros grupos específicos.
Caracterizando a Enfermagem
• Quanto às ações e tarefas afins desenvolvidas nos serviços de
saúde pelas categorias de Enfermagem no país, se agrupam em
cinco classes:
Caracterizando a Enfermagem
1. Ações de natureza propedêutica e terapêutica complementares ao
ato médico e de outros profissionais:
• As ações propedêuticas complementares referem-se às que apoiam o
diagnóstico e o acompanhamento do agravo à saúde, incluindo
procedimentos como observação do estado do paciente, mensuração de
altura e peso, coleta de amostras para exames laboratoriais e controle de
sinais vitais e de líquidos;
• As ações terapêuticas complementares asseguram o tratamento
prescrito, como, por exemplo, a administração de medicamentos e dietas
enterais, aplicação de calor e frio, instalação de cateter de oxigênio.
Caracterizando a Enfermagem
2. Ações de natureza terapêutica ou propedêutica de enfermagem - são
aquelas cujo foco centra-se na organização da totalidade da atenção de
enfermagem prestada à clientela;
Por exemplo, ações de conforto e segurança, atividades educativas e de
orientação;
Caracterizando a Enfermagem
3. Ações de natureza complementar de controle de risco - são aquelas
desenvolvidas em conjunto com outros profissionais de saúde, objetivando
reduzir riscos de agravos ou complicações de saúde;
• Incluem as atividades relacionadas à vigilância epidemiológica e as de
controle da infecção hospitalar e de doenças crônico-degenerativas.
Caracterizando a Enfermagem
4. Ações de natureza administrativa – nessa categoria incluem-se as
ações de planejamento, gestão, controle, supervisão e avaliação da
assistência de enfermagem;

5. Ações de natureza pedagógica - relacionam-se à formação e às


atividades de desenvolvimento para a equipe de enfermagem.
Caracterizando a Enfermagem
• A assistência da Enfermagem baseia-se em conhecimentos científicos e
métodos que definem sua implementação.
• Assim, a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) é uma
forma planejada de prestar cuidados aos pacientes.
• Os componentes ou etapas dessa sistematização variam de acordo com o
método adotado, sendo basicamente composta por levantamento de
dados ou histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, plano
assistencial e avaliação.
Caracterizando a Enfermagem
• Interligadas, essas ações permitem identificar as necessidades de
assistência de saúde do paciente e propor as intervenções que melhor as
atendam;
Importante: compete ao enfermeiro a responsabilidade legal pela
sistematização.
Caracterizando a Enfermagem
• Na fase inicial (Histórico de enfermagem), é realizado o levantamento de
dados, mediante entrevista e exame físico do paciente.
• Como resultado, são obtidas importantes informações para a elaboração
de um plano assistencial e prescrição de enfermagem, a ser
implementada por toda a equipe.
Caracterizando a Enfermagem
• A entrevista - um dos procedimentos iniciais do atendimento - utilizado
para a obtenção dos dados necessários ao tratamento, tais como: o
motivo que levou o paciente a buscar ajuda, seus hábitos e práticas de
saúde, a história da doença atual, de doenças anteriores, hereditárias,
etc;
Caracterizando a Enfermagem

• Nesta etapa, as informações consideradas relevantes para a


elaboração do plano assistencial de enfermagem e tratamento
devem ser registradas no prontuário, tomando-se, evidentemente,
os cuidados necessários com as consideradas como sigilosas,
visando garantir ao paciente o direito da privacidade.
Caracterizando a Enfermagem
Caracterizando a Enfermagem
Caracterizando a Enfermagem
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Caracterizando a Enfermagem
Caracterizando a Enfermagem
Caracterizando a Enfermagem
Caracterizando a Enfermagem
Caracterizando a Enfermagem
• O exame físico é realizado nos primeiros contatos com o paciente, sendo
reavaliado diariamente e, em algumas situações, até várias vezes ao dia;

• Como sua parte integrante, há a avaliação minuciosa de todas as partes


do corpo e a verificação de sinais vitais e outras medidas, como peso e
altura, utilizando-se técnicas específicas.
Caracterizando a Enfermagem

• Durante o exame físico, é imprescindível preservar a privacidade do


paciente.
Caracterizando a Enfermagem
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Caracterizando a Enfermagem
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• Na etapa seguinte, faz-se a análise e interpretação dos dados


coletados e se determinam os problemas de saúde do paciente,
formulados como diagnóstico de enfermagem;

• Através do mesmo são identificadas as necessidades de


assistência de enfermagem e a elaboração do plano assistencial
de enfermagem.
Caracterizando a Enfermagem
• O plano descreve os cuidados que devem ser dados ao paciente
(prescrição de enfermagem) e implementados pela equipe de enfermagem,
com a participação de outros profissionais de saúde, se necessário.
Caracterizando a Enfermagem
• Na etapa de avaliação verifica-se a resposta do paciente aos cuidados de
enfermagem a ele prestados e as necessidades de modificar ou não o
plano inicialmente proposto.
O HOSPITAL, A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E A PREVENÇÃO
DA INFECÇÃO

• Hospital – hospitium – local onde se


hospeda pessoas;
• Os primeiros de que se tem notícia foram
construídos em 431 a.C., no Ceilão (atual
Sri Lanka), no sul da Ásia.
• Mas foi só a partir do século IV, com o
crescimento do cristianismo, que os
hospitais se expandiram. Comandados
por sacerdotes e religiosos, os
monastérios passaram a servir de refúgio
para viajantes e doentes pobres.
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DA INFECÇÃO

Curiosidades:
No Brasil, o primeiro foi o Hospital da
Santa Casa de Misericórdia de Olinda,
inaugurado em 1540 junto com a Igreja de
Nossa Senhora da Luz. Ele funcionou até
1630, quando o conjunto foi saqueado por
holandeses e depois incendiado.
Já o mais antigo em atividade é a Santa
Casa de Misericórdia de Santos, em São
Paulo, erguida no ano de 1543.
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DA INFECÇÃO

• Segundo o Ministério da Saúde, hospital é definido como


“estabelecimento da saúde destinado a prestar assistência sanitária
em regime de internação a uma determinada clientela, ou de não-
internação, no caso de ambulatório ou outros serviços.”
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DA INFECÇÃO

• O hospital pode ser classificado de acordo com sua especialidade,


pode ser um hospital geral destinado a prestar atenção nas quatro
especialidades médicas básicas: clínica médica e cirúrgica, gineco-
obstetra e pediátrica.
• Ou especializado prestando assistência em uma especialidade,
como por exemplo o INCA Instituto Nacional de Câncer,
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DA INFECÇÃO

O hospital é classificado também quanto ao seu número de leitos ou


a capacidade instalada:
✓ Pequeno porte aqueles com até 50 leitos;
✓ Médio porte de 51 a 150 leitos;
✓ Grande porte de 151 a 500 leitos;
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DA INFECÇÃO

• Os serviços de saúde devem estar integrados, constituindo um


sistema hierarquizado e organizado de acordo com os níveis de
atenção à saúde.
Atenção Primária ou Básica; promoção da saúde e prevenção –
tratamento de doenças mais comuns; PORTA DE ENTRADA
Atenção Secundária; atendimento ambulatorial e hospitalar nas
especialidades básicas;
Atenção Terciária; atendimento de situações de maior complexidade
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DA INFECÇÃO

• O sistema de saúde atual no Brasil agrega TODO OS SERVIÇOS


PÚBLICOS e serviços privadoScredenciados ou conveniados ao
SUS (Sistema Único de Saúde)
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DA INFECÇÃO

• Na reorganização do sistema de saúde proposto pelo SUS o


hospital deixa de ser a porta de entrada do atendimento para se
constituir em unidade de referência dos ambulatórios e unidades
básicas de saúde.
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DA INFECÇÃO

• Hospital privado pode ser:


- beneficente: recursos provem de contribuições e doações
particulares;
- filantrópico (com ou sem fins lucrativos): serviços gratuitos para a
população carente, respeitando a legislação em vigor.
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DA INFECÇÃO

• Para que o paciente receba todos os cuidados de que necessita durante


sua internação hospitalar é necessário uma equipe de profissionais
competentes de várias áreas da saúde – médicos, fisioterapeutas,
psicólogos, equipe de enfermagem, Serviço de Nutrição e Dietética,
Serviço Social etc.

• Para alcançar os objetivos propostos a assistência do paciente , o trabalho


em equipe de todas as áreas, necessita estar em sintonia.
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DA INFECÇÃO

• O ambiente hospitalar é considerado um local de trabalho insalubre, onde


os profissionais e os próprios pacientes internados estão expostas a
agressões de diversas naturezas, seja por agentes físicos, como
radiações originárias de equipamentos radiológicos e elementos radioativos,
seja por agentes químicos, como medicamentos e soluções, ou ainda por
agentes biológicos, representados por microrganismos.
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DA INFECÇÃO

• No hospital concentram-se os hospedeiros mais susceptíveis - os doentes


- e os microrganismos mais resistentes.
• A contaminação de pacientes durante a realização de um procedimento ou
por intermédio de artigos hospitalares pode provocar infecções graves e
de difícil tratamento.
• Existem fatores que podem contribuir para a ocorrência de infecção, como
procedimento invasivos: diálise peritoneal, hemodiálise, inserção de
cateteres e drenos;
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DA INFECÇÃO

• Infecção Comunitária: paciente já está com uma infecção ao dar


entrada no hospital.
• Infecção Hospitalar: paciente pode vir adquiri-la durante seu
período de internação.

Na infecção hospitalar pode ter como fontes a equipe de saúde, o


próprio paciente, os artigos hospitalares e o ambiente.
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DA INFECÇÃO

• Visando evitar a ocorrência de infecção hospitalar, a equipe deve


realizar os devidos cuidados no tocante à sua prevenção e
controle, principalmente relacionada à lavagem das mãos, pois os
microrganismos são facilmente levados de um paciente a outro ou
do profissional para o paciente, podendo causar a infecção
cruzada.
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DA INFECÇÃO
Atendendo o paciente no hospital
O paciente procura o atendimento de saúde por conta própria ou da
família; a internação ocorre por indicação médica ou por processo legal
instaurado – nos casos de doença mental ou infectocontagiosa.

Quando se é internado numa instituição hospitalar há uma interrupção do


curso normal de vida, convivência temporária com pessoas estranhas e um
ambiente não familiar .
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DA INFECÇÃO
Atendendo o paciente no hospital
A adaptação do paciente a essa nova situação é marcada por dificuldades
pois há necessidade de seguir regras e normas institucionais quase sempre
bastante rígidas e inflexíveis, de entrosar-se com a equipe de saúde, de
submeter-se a inúmeros procedimentos e de mudar de hábitos.
O movimento de humanização do atendimento em saúde minimiza o
sofrimento do paciente e seus familiares, buscando formas de tornar menos
agressiva a condição do doente institucionalizado.
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DA INFECÇÃO

• “existe um componente de responsabilidade dos administradores de


saúde na implementação de políticas e ações administrativas que
resguardem os direitos dos pacientes” (FORTES).
• Assim, questões como sigilo, privacidade, informação, aspectos que o
profissional de saúde tem o dever de acatar por determinação do seu
código de ética, tornam-se mais abrangentes e eficazes na medida em
que também passam a ser princípios norteadores da organização de
saúde.
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DA INFECÇÃO
• Sem dúvida, a figura central nos serviços de atenção à saúde é o paciente.
• O termo paciente, que deriva do latim e significa “padecer” tradicionalmente
vem sendo usado para descrever aqueles que recebem cuidados.
• Mas também são encontrados na literatura os termos clientes e usuários;
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• Ao receber o paciente na unidade de internação, o profissional de
enfermagem deve providenciar e realizar a assistência necessária, atentando
para certos cuidados que podem auxiliá-lo nessa fase.
• Uma das mais importantes funções da enfermagem na oferta de atenção à
saúde é identificar as necessidades imediatas do paciente e tomar medidas
para aliviá-las, pois presta assistência contínua, sem interrupção.
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• O primeiro contato entre o paciente, seus familiares e a equipe são muito


importantes para a adaptação na unidade. O tratamento realizado com
gentileza, cordialidade e compreensão ajuda a despertar a confiança e a
segurança tão necessárias.
• É dever da equipe de enfermagem tornar o ambiente hospitalar o mais
familiar possível, apresentando a equipe presente, acompanhando em
visitas pela unidade, orientando sobre o regulamento, normas e rotinas da
instituição.
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• Atenção: mesmo na condição de doente, o indivíduo continua de posse de


seus direitos, ao respeito de ser chamado pelo nome, decidir junto a
equipe sobre seus cuidados, ser informado sobre os procedimento e
tratamentos, que a sua privacidade seja mantida assim como segredos
sobre informações confidenciais a respeito de sua vida e estado de saúde.
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• O tempo de permanência do paciente no hospital dependerá de


vários fatores: tipo de doença, estado geral, resposta orgânica
ao tratamento realizado e complicações existentes.
• Faz-se necessário abreviar ao máximo o tempo de internação de
pacientes, visto que fatores como altos custos hospitalares, poucos
leitos e o risco de infecção hospitalar influenciam a permanência do
usuário na instituição.
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DA INFECÇÃO
• Internação Domiciliar:
Modalidade de atenção realizada
por uma equipe multiprofissional
específica para esse fim, que
presta assistência domiciliar a
pessoas com quadros clínicos
crônicos e agravados, porém
estáveis, que exijam cuidados que
superam aqueles que possam ser
oferecidos pela Atenção Primária
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• O período de internação do paciente finaliza-se com a alta hospitalar,


decorrente de melhora em seu estado de saúde, ou por motivo de óbito.
A alta também pode ser dada por motivos tais como:
- pedido do paciente ou de seu responsável;
- transferência;
- na ocorrência de o paciente ou seu responsável recusar(em)-se a seguir o
tratamento, mesmo após ter(em) sido orientado(s) quanto aos riscos, direitos
e deveres frente à terapêutica proporcionada pela equipe.
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• Na alta à equipe de enfermagem e todos os profissionais envolvidos no


tratamento do paciente fica responsável orientações sobre a nutrição, o
tratamento com os medicamentos, a prática de atividades físicas
(caminhadas, pedaladas), a realização de curativos e outros cuidados
específicos.
• A educação e orientação fornece ao usuário informações importantes
para a manutenção da qualidade de vida e a não recidiva.
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• Após a saída do paciente realizar a limpeza da cama e mobiliário; se o


mesmo se encontrava em isolamento, deve-se também fazer a limpeza de
todo o ambiente (limpeza terminal): teto, paredes, piso e banheiro.

• O paciente poderá sair do hospital só ou acompanhado por familiares,


amigos ou por algum profissional; dependendo do estado geral ele pode
ser conduzido em transporte coletivo, particular ou ambulância.
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• Cabe à enfermagem registrar no prontuário a hora da saída, condições


gerais, orientações prestadas, como e com quem deixou o hospital;
• O paciente deve ser transportado em maca ou cadeira de rodas junto com
seus pertences, prontuário e os registros de enfermagem.
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SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE


Um sistema de informação representa a forma planejada de receber e
transmitir dados – internet, arquivos, formulários.
No hospital, a disponibilidade de uma rede integrada de informações
através de um sistema informatizado é muito útil porque agiliza o
atendimento, tornando mais rápido o processo de admissão e alta de
pacientes, a marcação de consultas e exames, o processamento da
prescrição médica e de enfermagem e muitas outras ações frequentemente
realizadas.
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• As informações do paciente, geradas durante seu período de internação,
constituirão o documento denominado prontuário;
• De acordo com a Resolução nº 1.331/89 do Conselho Federal de Medicina,
consiste em um conjunto de documentos padronizados e ordenados,
proveniente de várias fontes, destinado ao registro dos cuidados
profissionais prestados ao paciente;
• São registrados no prontuário todas as informações relativas ao paciente:
histórico de doença, antecedentes pessoais e familiares, exame físico,
evolução clínica, descrição de cirurgia, ficha de anestesia, prescrição
médica e de enfermagem, exames complementares de diagnóstico,
formulários.
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• É direito do paciente ter suas informações adequadamente registradas,


como também acesso - seu ou de seu responsável legal - às mesmas,
sempre que necessário;
• Legalmente, o prontuário é propriedade dos estabelecimentos de saúde e
após a alta do paciente fica sob os cuidados da instituição, arquivado em
setor específico. Quanto à sua informatização, há iniciativas em
andamento em diversos hospitais brasileiros, haja vista que facilita a
guarda e conservação dos dados, além de agilizar informações em prol do
paciente. Devem, entretanto, garantir a privacidade e sigilo dos dados
pessoais.
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SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM ENFERMAGEM


Anotação de enfermagem é o registro, no prontuário do
paciente, de todas as observações e assistência prestada ao mesmo.
A equipe de enfermagem permanece continuamente e sem
interrupções ao lado do paciente, sendo possível observar e informar
com detalhes todas as ocorrências clínicas.
Recomenda-se que o registro das informações seja organizado
de modo a reproduzir a ordem cronológica dos fatos sendo possível o
acompanhamento da evolução do paciente.
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Um registro completo de enfermagem contempla as seguintes informações:
- Estado geral do paciente: indicando manifestações emocionais como
angústia, calma, interesse, depressão, euforia, apatia ou agressividade.
Exemplo:
“paciente encontra-se calmo, deitado em posição lateral esquerda...”
“paciente encontra-se depressivo, apático..”
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- Estado geral do paciente: condições físicas, indicando alterações
relacionadas ao estado nutricional, hidratação, integridade cutâneo-
mucosa, oxigenação, postura sono e repouso, eliminações, padrão da
fala, movimentação;
Exemplo:
“...comunicativo, hidratado, mantendo integridade da pele e mucosas,
normocorado, não relata insônia, eliminações fisiológicas presentes
(evacuações e diureses) deambula sem dificuldade...”
“fala com dificuldade, desidratado, lesão por pressão em região coccígea e
escoriação em MIE, hipocorado, queixa insônia, deambula com auxilio de
cadeira de rodas, diurese presente, evacuação ausente...”
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- Estado geral do paciente: existência e condições de sondas, drenos,
curativos, imobilizações, cateteres, equipamentos em uso;
Exemplo:
“...acesso venoso periférico (AVP) em MSE em soroterapia continua..”
“...AVP em MSD em venocliseterapia com reposição de líquidos e
eletrólitos, sonda nasoentérica (SN) para alimentação e administração de
medicamentos, sonda vesical de demora (SVD) drenando 150ml de
diurese, em oxigenoterapia por cateter nasal a 5l...”
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A ação de medicamentos e tratamentos específicos, para verificação da
resposta orgânica manifesta após a aplicação de determinado medicamento
ou tratamento, tais como, por exemplo: alergia após a administração de
medicamentos, diminuição da temperatura corporal após banho morno,
melhora da dispneia após a instalação de cateter de oxigênio;
Exemplo:
“...apresentou dispneia saturando oxigênio a 59%, instalado oxigenoterapia
por cateter nasal, o mesmo apresentou melhora...”
“...apresentou hipotensão logo após administração de Garamicina 2ml..”
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A realização das prescrições médicas e de enfermagem, o que permite


avaliar a atuação da equipe e o efeito, na evolução do paciente, da
terapêutica medicamentosa e não-medicamentosa.
Caso o tratamento não seja realizado, é necessário explicitar o motivo - por
exemplo, se o paciente recusa a inalação prescrita, deve-se registrar esse
fato e o motivo da negação.
Procedimentos rotineiros também devem ser registrados, como a instalação
de solução venosa, curativos realizados, colheita de material para exames,
encaminhamentos e realização de exames externos, bem como outras
ocorrências atípicas na rotina do paciente;
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A assistência de enfermagem prestada e as intercorrências
observadas. Incluem-se neste item, entre outros, os dados referentes aos
cuidados higiênicos, administração de dietas, mudanças de decúbito,
restrição ao leito, aspiração de sondas e orientações prestadas ao paciente
e familiares;
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As ações terapêuticas aplicadas pelos demais profissionais da equipe
multiprofissional, quando identificada a necessidade de o paciente ser
atendido por outro componente da equipe de saúde. Nessa circunstância, o
profissional é notificado e, após efetivar sua visita, a enfermagem faz o
registro correspondente.
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Por ser um importante instrumento de comunicação para a equipe, as


informações devem ser objetivas e precisas de modo a não darem
margem a interpretações errôneas. Considerando-se sua legalidade, faz-
se necessário ressaltar que servem de proteção tanto para o paciente
como para os profissionais de saúde, a instituição e, mesmo, a sociedade.
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