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Fundamentos de

Enfermagem

Prof. Enf. Joaquim Cardoso Oliveira Junior


Feridas e Curativos
Ferida
• Qualquer perda de continuidade da pele.

AGUDA: trauma, cirurgia, outros tipos de ação


mecânica. Tendem a evoluir melhor com cicatrização
mais rápida.

CRÔNICA: duram mais de 4 semanas, cicatrização


mais lenta, cuidados especializados e prolongados.
Tecido Tegumentar
Classificação das feridas
quanto à origem
Úlcera varicosa ou venosa

 Ulceras de perna mais frequente;


 Superficiais, irregulares;
 Base de granulação vermelho vivo com
áreas amareladas, acinzentadas,
esverdeadas onde houver tecido
necrótico úmido.
 O exsudato é abundante e proporcional
à intensidade do edema da perna
afetada.
 Odor desagradável ou pútrido.
Causas da úlcera venosa

• Função venosa anormal. As pessoas podem herdar uma tendência


a ter veias anormais.

• As causas mais comuns das veias danificadas incluem coágulos


sanguíneos, lesões, envelhecimento e obesidade.
Sintomas e Tratamento
• Os sintomas incluem inchaço, dores e cansaço nas pernas.
Normalmente, uma erupção na pele, vermelha e irritada, se
desenvolve em uma ferida aberta.
Tratamento da úlcera varicosa

• O tratamento inclui elevação da perna, compressão e curativo das


feridas.

• Às vezes, a cirurgia é necessária.


Pé diabético

O que é causa:

• É uma complicação da diabetes caracterizada por uma ferida (úlcera)


nos membros inferiores agravada por uma infecção, mas também
pode englobar qualquer alteração de origem neurológica, ortopédica
ou vascular que afete essa região do corpo.

• A perda da inervação cutânea torna a pele mais seca, inelástica, com


fissuras e rachaduras que facilitam infecções secundárias.
Pé diabético

O que é causa:

Inicio com espessamento que lembra um calo e pode evoluir com


bolhas, hemorragias e ulcerações;

Podem ser profundas, exsudativas e ter odor desagradável.


• Um ateroma é o acúmulo focal de
lipídios, hidratos de carbono,
sangue e produtos sanguíneos,
tecido fibroso e depósito de cálcio
na camada íntima de uma artéria,
o que a estreita, dificultando a
circulação do sangue.
Tratamento

• Curativo.
• Controle de níveis glicêmicos.
• Tratamento de infecções caso tenha.
Lesão por pressão - LPP

• Lesão na pele e no tecido subjacente resultante da pressão


prolongada sobre a pele. Sobre proeminência óssea.

• Pacientes acamados, cadeirantes, paralisia, paresia, coma ou doença


neurológica grave, sedação ou imobilização prolongada.

• Podem ser provocadas também por pressão exercida pela presença


de dispositivos médicos em áreas específicas.
Níveis de Lesão por Pressão
Causa da lesão por pressão
• As pessoas com maior risco são aquelas com uma condição que limita
sua capacidade de mudar de posição.
• As escaras geralmente se desenvolvem em calcanhares, tornozelos,
quadris e no cóccix. Elas podem se desenvolver rapidamente.
Tratamento
• Pode ser difícil tratar as lesões por pressão.
• O tratamento inclui limpeza e curativos das feridas, juntamente com a
redução da pressão nos ferimentos com a mudança frequente de
posição.
Siglas das Posições de Decúbito

• DD: decúbito dorsal


• DLE: decúbito lateral esquerdo
• DLD: decúbito lateral direito
Tipos de Curativos
Curativo
• É o tratamento de qualquer tipo de lesão da pele ou mucosa.
Finalidade do Curativo

• Limpeza da lesão contribuindo para o processo de cicatrização.


Tipos de Curativos
• Aberto
• Oclusivo
• Compressivo
• Com Irrigação
• Com Drenagem
Curativo Aberto
• Usado em feridas sem infecção, que após a limpeza podem
permanecer abertos sem proteção de gazes.

• Exemplo: Incisão cirúrgica (cesária)


Curativo Oclusivo
• Aquele que após a limpeza da ferida e aplicação de medicamentos é
ocluído ou fechado com gazes, ataduras ou fita micropore.
Curativo compressivo
• É o que faz compressão para estancar hemorragias ou vedar bem uma
incisão.
Curativo com Irrigação

• Utilizado em ferimentos com infecção dentro das cavidades, com


indicação de irrigação com soluções salinas.
Curativo com Drenagem
• São utilizados drenos em ferimentos com grande quantidade de
exudato. (Penrose, Kehr), tubular ou bolsas de Karaya.
Medidas de Assepsia
• Usar máscara e aventais em caso de exsudato abundante.
• Cabelo preso e/ou uso de toucas.
• Não falar ou manipular o material esterilizado ou fazer tratamento de
ferida estando com infecções nas vias aéreas ( usar máscara comum).
• Realizar o curativo sempre da
região mais limpa para a mais
contaminada.
• De fora para dentro.
• Realizar a lavagem dos materiais, lavagem das mãos e anotações
após realização do curativo.
Materiais para curativo
• Pacote de curativo estéril;
• Luvas de procedimento ou luvas cirúrgicas, quando necessário;
• Soro fisiológico 0,9% para irrigação;
• Agulha para promover pressão adequada do jato;
• Coberturas, soluções, cremes e pasta indicados; gaze estéril; atadura
crepom, conforme a necessidade; esparadrapo comum e/ou
antialérgico; sabão líquido/clorexedine degermante/aquoso
• Bacia;
• Saco plástico de lixo (branco);
• Lixeira;
• Máscara; óculos protetores; gorro; capote;
Realização do Curativo
• Acomodar o paciente em local que proporcione uma boa
luminosidade e que preserve sua intimidade. Colocar o paciente em
posição confortável e explicar o procedimento.
• Reunir e organizar todo o material necessário para realizar o
procedimento de curativo. Envolver a bacia com o saco plástico,
retirar o ar, dar um nó).
• Calçar as luvas de procedimento.
• Retirar a atadura e a cobertura da ferida. Se na remoção da cobertura
e/ou atadura da ferida, os mesmos estiverem bem aderidos à ferida,
aplicar o soro fisiológico em jatos, removendo com muita delicadeza,
evitando traumas e assim, retrocessos no processo cicatricial.
• Desprezar o curativo retirado juntamente com a luva no lixo.
• Calçar novas luvas de procedimento.
• Irrigar o leito da ferida exaustivamente com o jato de soro numa
distância em torno de 20 cm até a retirada de toda a sujidade. O
volume de SF 0,9 % vai depender da extensão, profundidade da ferida
e quantidade de sujidades presentes no seu leito
• Realizar limpeza mecânica da pele ao redor da ferida com gaze
umedecida em SF 0,9%. Em caso de sujidade pode-se associar sabão
líquido hospitalar desde que a pele esteja íntegra.
• Desbridamento mecânico, se necessário, observando as
competências dos profissionais de enfermagem. Passar a pomada no
leito da ferida enfaixar os membros ou fechar com fita micropore.
• Registrar a evolução na ficha
Atendimento/Prontuário eletrônico -
Evolução. Desprezar o frasco com resto de
soro no final do dia.

“Realizado curativo oclusivo em LPP em região


trocantérica; lesão com aspecto saudável,
bordas assimétricas, tecido de granulação, sem
odor fétido; limpo com solução fisiológica 0,9%,
aplico medicação tópica Dersani Hidrogel,
ocluo com gaze estéril e esparadrapo.”
• Promover a limpeza dos instrumentais utilizados conforme o Manual
de Esterilização. Limpar e organizar a sala de curativo.
• Ressalvas: Se utilizar pinças ou tesouras, o instrumental deverá ser
lavado de acordo com o protocolo estabelecido pela SMS. Desprezar
o líquido acumulado na bacia no expurgo. Retirar o plástico da bacia,
de forma que não a contamine, desprezando .

FIM

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