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Manejo da Temperatura
Não aplicar dispositivos de aquecimento diretamente sobre a pele ou lesões por
pressão.
Reposicionamento
Finalidades do curativo
✓Tratar e prevenir infecções;
✓Eliminar os fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização;
✓Diminuir a incidência de infecções cruzadas;
✓Remover corpos estranhos;
✓Reaproximar bordas separadas;
✓Promover hemostasia;
✓Preencher espaços mortos e evitar a formação de serohematomas;
✓Favorecer a aplicação de medicação tópico;
✓Reduzir o edema;
Absorver e facilita a drenagem de exsudatos;
Manter a umidade da superfície da ferida;
✓Fornecer isolamento térmico;
✓Promover e proteger a cicatrização da ferida;
✓Limitar a movimentação dos tecidos
✓Dar conforto psicológico;
✓Diminuir a intensidade da dor.
Medidas assepsia
Degermar as mãos antes de manipular o material esterilizado;
Diminuir ao mínimo de tempo possível a exposição da ferida e dos materiais
esterilizados;
Não falar enquanto faz o curativo;
Estando com infecção das vias aéreas, evitar fazer curativos ouusar máscara.
Tipos de curativos
ABERTO: Curativo em feridas sem infecção, que após tratamento permanecem abertos
(sem proteção de gaze);
FECHADO: São curativos que permanecem fechados com gases, sendo fixado somente nas
laterais.
OCLUSIVO: Após a limpeza da ferida e aplicação do medicamento é fechado ou ocluído com
gaze ou atadura, pode ser seco ou úmido com soluções prescritas.
COMPRESSIVO: É o que faz compressão para estancar hemorragia ou vedar bem uma
incisão.
COM IRRIGAÇÃO: Nos ferimentos com infecção dentro da cavidade ou fistula, com
indicação de irrigação com soluções salinas ou anti-séptico. A irrigação é feita com seringa.
COM DRENAGEM: Nos ferimentos com grande quantidade de exsudato, coloca-se dreno de
(Penrose, Kehr), tubos, cateteres ou bolsas de colostomia.
Desbridamento
Envolve a remoção de tecido necrótico, para permitir a regeneração do tecido saudável
subjacente. Dependendo do tipo de lesão, pode ser usada uma combinação de técnicas de
desbridamento.
Desbridamento instrumental
Conservador: realizada uma retirada seletiva de tecido necrosado, sem atingir tecidos
vivos;
Cirúrgico: retirada maciça de material necrosado ou desvitalizado (proc. médico).
Desbridamento mecânico
-Consiste em remover tecidos necrosados e corpos estranhos, feito por fricção com gaze ou
esponja macia, ou através do uso de instrumentos.
Desbridamento químico
-Ação de enzimas, atóxicas não irritantes (colagenase, papaína).
Desbridamento autolítico
- desbridamento natural da ferida, ocorre por autodesintegração das células degeneradas
pela ação de leucócitos e enzimas, manter o local úmido (hidrocolóides, ácidos graxos).
Irrigação de feridas
# Para essa irrigação é utilizado agulha de calibre 12 e seringa de 20ml, ou frasco de soro
perfurado de diferentes maneiras. Usar agulha 40x12.
# Em feridas profundas, estreitas ou com espaço morto, a limpeza é eficaz com o uso de um
cateter conectado a uma seringa, o qual deve ser introduzido com cuidado no local, e
irrigado.
Tipos de cobertura
Indicado em feridas não infectadas, A troca do curativo deve ser realizada sempre que ocorrer
com médio e baixo volumes de vazamento do gel. Poderá permanecer por até 7 dias. O gel
HIDROCOLÓIDE exsudação. Pode ser usado em formado com o exsudato da ferida tem cor amarelada e
presença de tecido necrótico e odor desagradável que desaparece após a limpeza da
fibrina. ferida.
Indicada para feridas necróticas e
Não deve ser usada ou misturada com substâncias
PAPAÍNA (1%, 5% na presença de fibrina, sendo
derivadas ou compostas de ferro ou iodo, pois é facilemnte
OU 10%) contra-indicada em casos de lesão
oxidada.
isquêmica.
CARVÃO Indicado para lesões infectadas, Curativo primário, exigindo sempre a cobertura com
ATIVADO COM com média e alta exsudação, um secundário. Deve ser trocado sempre que estiver
PRATA com ou sem odor. saturado, podendo permanecer por até 7 dias
Alginato de cálcio Tecido exudativo e colonizado; 24 hs em ferida colonizada ou Até 7 dias ou quando
Necrose com liquefação; saturado
Cavitária CONTRA INDICADO
PARA Necrose de coagulação
Avaliação:
Os resultados esperados foram alcançados?
Aparelho Digestório
Sistema digestório
Anamnese:
- Queixa atual: tempo, duração, intensidade, fatores que exacerbam ou inibem a
sintomatologia;
- Sinais e sintomas: sialorreia ou ptialismo, soluço, disfagia, pirose ou azia, náuseas,
vômitos, eructação, dispepsia,
- Hábitos alimentares;
- Alterações de peso;
- Hábitos intestinais
- Antecedentes pessoais e familiares;
- Dor
- Eliminações
Preparo do ambiente
– A unidade de internação, ou uma sala de consultório, equipada com mobiliário básico, é o
local ideal para a realização desse exame. É fundamental que haja boa iluminação e
ventilação, que se garanta a privacidade do paciente e que se evitem correntes de ar
durante o procedimento, de modo a prevenir desconforto e alteração na tensão da
musculatura do abdome.
Preparo do material
– O enfermeiro deve ter à disposição materiais como: balança antropométrica,
estetoscópio, fita métrica, relógio com marcador de segundos, régua (20 cm), caneta
marcadora e dois travesseiros pequenos.
Preparo do paciente
– Antes de dar início à realização do exame, deve ser solicitado ao paciente que esvazie a
bexiga. A posição mais adequada é a supina ou em decúbito dorsal horizontal, com os
braços estendidos ao longo A execução do exame físico do abdome deve ser precedida do
planejamento das condições ideais, de modo a garantir o conforto e a segurança do doente.
Quadrantes do abdome:
Inspeção
Forma, simetria e características da pele do abdome;
Alterações.
A inspeção inclui a observação da forma, simetria e características da pele da superfície do
abdome, incluindo outros acidentes anatômicos como abaulamentos, retrações, cicatrizes,
circulação colateral, hérnias e movimentos peristálticos visíveis na parede.
A observação deve ser iniciada com o enfermeiro posicionado em pé e à direita do
paciente. Entretanto, para melhor visualizar o contorno da parede abdominal, bem como
na procura por peristalse visível, o enfermeiro pode sentar-se ou abaixar-se de maneira que
consiga perceber tangencialmente a parede, ou ainda solicitar ao paciente para respirar
profundamente, destacando as alterações abdominais. O abdome normal deve manter-se
liso e simétrico na inspiração.
Ausculta
- Avaliação dos ruídos intestinais
- RHA (presença, qualidade, frequência e intensidade).
Traçar 2 linhas imaginarias a nível da cicatriz umbilical em sistema de quadrantes (5
minutos*)
A avaliação dos ruídos intestinais, denominados ruídos hidroaéreos (RHA), que são
decorrentes dos movimentos peristálticos e do deslocamento de ar e líquidos ao longo das
alças intestinais, constitui a principal finalidade da ausculta abdominal. Como citado
anteriormente, devido à sensibilidade do abdome ao toque, a palpação antes da ausculta
pode modificar os sons peristálticos, razão pela qual a ausculta deve preceder a percussão
e a palpação.
Utilizando o estetoscópio com o diafragma previamente aquecido, o enfermeiro deve
iniciar a ausculta abdominal pelo quadrante inferior direito, aplicando leve pressão e
identificando a presença e a qualidade dos ruídos intestinais. Podem ser necessários até
cinco minutos de ausculta contínua antes que se possa determinar a ausência de ruídos
hidroaéreos. Quando for difícil auscultá-los, o enfermeiro deve prosseguir
sistematicamente repetindo a ausculta por dois a cinco minutos em cada um dos demais
quadrantes abdominais em busca de atividade peristáltica.
Percussão
A percussão direta ou indireta do abdome auxilia na determinação do tamanho e da
localização de vísceras sólidas e na avaliação da presença e distribuição de gases, líquidos e
massas. A percussão direta é realizada utilizando-se uma das mãos, ou os dedos, a fim de
estimular diretamente a parede do abdome por meio de tapas. Na percussão indireta,
coloca-se a mão não dominante estendida sobre o abdome e, com o dedo médio da mão
dominante, flexionado e usado como se fosse um martelo, percute-se sobre um dedo da
mão estendida. Inicia-se levemente a percussão no quadrante inferior direito,
prosseguindo-se pelos demais quadrantes no sentido horário, até percorrer todos os
quadrantes do abdome.
Palpação
A palpação do abdome pode ser superficial e profunda, e auxilia na determinação do
tamanho, forma, posição e sensibilidade da maioria dos órgãos, além da identificação de
massas e acúmulo de fluidos. Os quatro quadrantes devem ser palpados em sentido
horário, reservando-se para o final do exame aquelas áreas previamente mencionadas
como dolorosas ou sensíveis.
Sinais propedêuticos
Sinal de Murphy: QSD, sob borda hepática, comprimir e solicitar ao
paciente que inspire profundamente. A resposta de dor intensa no
ponto pressionado e a interrupção súbita da inspiração
caracterizam o sinal de Murphy, indicativo de colecistite aguda.
Sistema digestório
• O exame do fígado e do baço requer procedimentos especiais de percussão e palpação,
para identificar alterações no tamanho, superfície, consistência e sensibilidade.
Sistema digestório
✓Exame do reto, canal e orifício anal:
- Deve ser realizado em homens ou mulheres quando houver sinais e sintomas
relacionados a este tópico;
- Presença de outro acompanhante;
- Decúbito lateral esquerdo com flexão de joelhos sobre abdome e o tronco
ligeiramente fletido;
- Técnica: inspeção, palpação.
Processo de Enfermagem
Regulamentação Art. 5º
O Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de Enfermagem, em conformidade com o disposto
na Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e do Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987,
que a regulamenta, participam da execução do Processo de Enfermagem, naquilo que lhes
couber, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro.
Autonomia técnica;
Gerenciamento da assistência;
Individualização do cuidado;
Cuidado holístico;
Continuidade do cuidado;
Avaliação do cuidado
Processo de Enfermagem
É um método sistematizado para avaliar o estado de saúde do cliente, diagnosticar suas
necessidades de cuidados, formular um plano de cuidados, implementá-lo e avaliá-lo
quanto à sua efetividade. ”
Organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes:
I. Coleta de dados de Enfermagem (Histórico de enfermagem)
II. Diagnóstico de Enfermagem
III. Planejamento de Enfermagem
IV. Implementação
V. Avaliação de Enfermagem
A comunicação em enfermagem
No encontro comunicativo com o outro: descobrimos quem somos, nos compreendemos,
crescemos em humanidade, mudamos para melhor, nos tornamos fatores de
transformação da realidade em que vivemos.
Significa viver em “estado de graça” com paixão pelas pessoas e pela vida!
Permite a realização de ações coordenadas e transmite mensagens em várias direções e de
maneira formal e informal!
Prontuário do Paciente
Acervo documental padronizado, organizado e conciso, referente ao registro dos cuidados
prestados ao paciente por todos os profissionais envolvidos na assistência.
Aspectos legais
Fundamentos legais das Anotações de Enfermagem:
Art. 5º, inciso X– Constituição Federal : "são invioláveis a intimidade, a vida privada, a
honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material
ou moral decorrente de sua violação".
Lei 7.498/86, regulamentada pelo Decreto 94.406/87, que dispõe sobre o exercício da
Enfermagem
Art. 18, inciso II – Código Penal A definição de crime culposo está prevista no artigo 18,
inciso II do Código Penal, que considera a conduta como culposa quando o agente deu
causa ao resultado por imprudência (agiu de forma precipitada, sem cuidado ou
cautela), negligência (descuido ou desatenção, deixando de observar precaução
normalmente adotada na situação) ou imperícia (agiu sem habilidade ou qualificação
técnica). Cabe ressaltar que as hipóteses de punição por condutas culposas estão
previstas em lei.
Lei 8.078/90 – Código de Defesa do Consumidor: prevê como direito básico "a proteção
da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento
de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos".
Lei Estadual 10.241/98 (SP) – Direito do Usuário A prestação dos serviços e ações de
saúde aos usuários, de qualquer natureza ou condição, no âmbito do Estado de São
Paulo, será universal e igualitária, nos termos do artigo 2º da Lei Complementar n. 791,
de 9 de março de 1995.
Resolução Cofen 358/2009 (dispõe Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE) e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou
privados, em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem e dá outras
providências):
Art.6° “A execução do processo de enfermagem deve ser registrada formalmente”.
Resolução Cofen 311/ 2007, que aprovou a reformulação do Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem-CEPE:
Art.41. Prestar informações, escritas e verbais, completas e fidedignas necessárias para
assegurar a continuidade da assistência.
Art.68. Registrar no prontuário e em outros documentos próprios da Enfermagem
informações referentes ao processo de cuidar da pessoa (grifo meu).
Art. 71. Incentivar e criar condições para registrar as informações inerentes e
indispensáveis ao processo de cuidar;
Resolução Cofen 429/ 2012 (dispõe sobre o registro das ações profissionais no
prontuário do paciente, e em outros documentos próprios da Enfermagem,
independente do meio de suporte- Tradicional ou Eletrônico)
Art.1° É responsabilidade e dever dos profissionais de enfermagem registrar, no
prontuário do paciente e em outros documentos próprios da área, seja em meio de
suporte tradicional (papel) ou eletrônico, as informações inerentes ao processo de
cuidar e ao gerenciamento de processos de trabalho, necessários para assegurar a
continuidade e a qualidade da assistência.
Prontuário - Documento Legal
Todo documento (registros de enfermagem), para ser considerado autêntico e válido
deverá possuir assinatura do autor Registro e número do Coren.
(Art. 68 do Código do Processo Civil)
Inexistência de rasura, entrelinhas, emenda, borrão ou cancelamento, características
que poderão gerar desconsideração jurídica do documento.
(Art.86 do CPC)
Anotações
Devem ser feitas de modo objetivo, sem preconceito, valores, julgamentos ou opinião
pessoal. A informação subjetiva fornecida pelo cliente, sua família ou outros membros
da equipe da saúde deve ser incluída, utilizando aspas para esse tipo de informação
Devem conter descrições/interpretações de dados objetivos apoiados em observações
específicas
Evitar generalizações, inclusive termos vagos como "bom", "regular", "comum",
"normal”
Devem conter dados descritos de modo mais completo possível, o que inclui a definição
de características como tamanho e forma, especificando os dados de forma concreta e
objetiva.
Devem ser documentadas de modo claro e conciso, evitando informações supérfluas,
frases longas e vagas
Devem ser escritas de modo legível, com tinta indelével. Os erros na documentação
devem ser corrigidos de modo a não ocultar o registro inicial. O método mais
comumente utilizado envolve o desenho de uma linha sobre o item incorreto, a escrita
de "registro incorreto", e a efetivação do registro. O uso de corretores, borrachas ou
linhas cruzadas para obliterar o registro não é aceito
Devem ser escritas gramatical e foneticamente corretos. O enfermeiro deve incorporar
somente aquelas abreviações aprovadas para uso no local de trabalho específico.
Termos de gíria, clichês e rótulos devem ser evitados, a não ser no contexto de uma
citação direta.
Resumindo...
Cuidados prestados
Sinais e sintomas
Intercorrências
Respostas dos pacientes as ações realizadas!