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Escola Clara Luz

Agrivânia Almeida de Oliveira

Disciplina: Clínica Cirúrgica

Tipos de Curativos e
Técnicas de Realização

Turma:A38
Professora: Adriana Torrezani
Curativos
Os curativos são um meio terapêutico que consiste na limpeza e na
aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida. Eles têm a
finalidade de promover a rápida cicatrização e prevenir a
contaminação ou infecções.

Tipos de curativos
As coberturas, segundo a enfermeira, devem respeitar diversos
detalhes. Facilidade de remoção, conforto e não exigência de trocas
frequentes são algumas delas.

A escolha do curativo ideal envolve a análise de caso. Cada um tem


função específica para a cicatrização de feridas dos mais diversos
tipos. Os mais conhecidos são as versões com gaze, pomadas e
óleos.

Embora exista uma grande variedade, não há opção perfeita para


todos os tipos de feridas cutâneas. “Atualmente contamos com uma
vasta quantidade de produtos que podem ser usados para a
cobertura das feridas, tendo cada um deles a sua indicação
específica”.

Curativo simples
Um dos principais curativos é o do tipo simples. Trata-se de um
procedimento em que é feito o fechamento da ferida por meio de
gaze estéril na área da lesão, fixando somente nas bordas. Além
disso, é possível que haja a drenagem de secreções, sendo que o
curativo, geralmente, é realizado apenas uma vez ao dia.

Curativo semi-oclusivo:
Este tipo de curativo é absorvente, e comumente utilizado em
feridas cirúrgicas, drenos, feridas exsudativas, absorvendo o
exsudato e isolando-o da pele adjacente saudável.
Curativo oclusivo:
Não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como barreira
mecânica, impede a perda de fluídos, promove isolamento térmico,
veda a ferida, a fim de impedir enfisema, e formação de crosta.

Curativo compressivo:
Utilizado para reduzir o fluxo sanguíneo, promover a estase e ajudar
na aproximação das extremidades da lesão.

Curativos abertos:
São realizados em ferimentos que não há necessidade de serem
ocluídos. Feridas cirúrgicas limpas após 24 horas, cortes pequenos,
suturas, escoriações etc., são exemplos deste tipo de curativo.

Alginato
Alginato de cálcio com sódio é uma solução incolor e com rápida
absorção pela pele, além de facilitar no desbridamento da ferida.
Por ser um gel, permite que o curativo fique úmido, fazendo com
que o machucado se cure rapidamente.

Além disso, induz a hemostasia, auxiliando na prevenção de


qualquer coágulo e até mesmo hemorragia. Tem uso indicado para
feridas recentes, abertas e sangrando, com ou sem infecção.

Hidrogel
Hidrogel pode ser encontrado em forma de pomada estéril para
ajudar na cura de feridas, pois, além de absorver água dos
machucados, hidrata, ajuda na remoção de tecido morto e mantém
o machucado longe de bactérias.

Com indicação médica, pode ser usado em casa, seguindo as


recomendações de enfermeiros, por exemplo.
É indicado em casos de feridas rosadas e granuladas, úlceras
venosas ou arteriais, cortes, feridas de pé diabético e queimaduras
de até segundo grau.

Carvão ativado
Com indicação diferente do que os últimos tipos de curativos, os de
carvão ativado são recomendados para quem passou por uma
cirurgia recentemente ou também pessoas que, por algum motivo,
estão com infecção fúngica na ferida.

Com forte combate a odores gerados pelo machucado, esse


curativo também tem o benefício de eliminar o exsudato e auxiliar
pacientes que precisam ficar muito tempo na cama.

Antissépticos
Geralmente disponibilizados em spray e em farmácias ou cirúrgicas
variadas, eles são um dos curativos que auxiliam no combate a
qualquer infecção.

Geralmente, são fórmulas que possuem componentes que


impedem a proliferação de microorganismos e podem ser usados a
cada troca de curativo.

Seu uso é muito comum nos mais variados tipos de feridas, desde
arranhões até lesões mais complexas e que levam pontos.

Hidrocolóide
Com uso mais amplo, esse é um dos curativos mais utilizados, já
que pode ser usado em feridas, com necrose ou vitalizadas, em
escoriações, queimaduras de primeiro ou segundo grau e até
mesmo úlceras e arranhões mais graves.

É muito indicado devido a seus benefícios, podendo citar o fato de


deixar o pH da pele equilibrado e proteger terminações nervosas.
Técnicas de realizações
Tratar de uma lesão, não significa apenas aplicar um produto ou
substância, significa cuidar de um ser único, que possui suas
peculiaridades e devem ser respeitadas na hora de escolher a
forma de tratamento e a técnica de curativo.

As técnicas de curativos são procedimentos assépticos que vão


desde a irrigação com solução fisiológica até a cobertura específica
que auxiliarão no processo de cicatrização.

Normas Gerais
 Lavar as mãos antes e após cada curativo, mesmo que seja
em um mesmo paciente;
 Verificar data de esterilização nos pacotes utilizados para o
curativo (validade usual 7 dias);
 Expor a ferida e o material o mínimo de tempo possível;
 Utilizar sempre material esterilizado;
 Se as gazes estiverem aderidas na ferida, umedecê-las antes
de retirá-las;
 Não falar e não tossir sobre a ferida e ao manusear material
estéril;
 Considerar contaminado qualquer material que toque sobre
locais não esterilizados;
 Usar luvas de procedimentos em todos os curativos, fazendo-
os com pinças (técnica asséptica);
 Utilizar luvas estéreis em curativos de cavidades ou quando
houver necessidade de contato direto com a ferida ou com o
material que irá entrar em contato com a ferida;
 Se houver mais de uma ferida, iniciar pela menos
contaminada; nunca abrir e trocar curativo de ferida limpa ao
mesmo tempo em que troca de ferida contaminada;
 Quando uma mesma pessoa for trocar vários curativos no
mesmo paciente, deve iniciar pelos de incisão limpa e
fechada, seguindo-se de ferida aberta não infectada, drenos e
por último as colostomias e fístulas em geral;
 Ao embeber a gaze com soluções manter a ponta da pinça
voltada para baixo;
 Ao aplicar ataduras, fazê-lo no sentido da circulação venosa,
com o membro apoiado, tendo o cuidado de não apertar em
demasia.
 Os curativos devem ser realizados no leito com toda técnica
asséptica;
 Nunca colocar o material sobre a cama do paciente e sim
sobre a mesa auxiliar, ou carrinho de curativo. O mesmo deve
sofrer desinfecção após cada uso;
 Todo curativo deve ser realizado com a seguinte
paramentação: luva, máscara e óculos.

Em caso de curativos de grande porte e curativos infectados


(escaras infectadas com áreas extensas, lesões em membros
inferiores, e ferida cirúrgica infectada) usar também o capote como
paramentação;

Quando o curativo for oclusivo deve-se anotar no esparadrapo a


data, a hora e o nome de quem realizou o curativo

Após a realização do curativo proceder a:


 Recomposição do paciente;
 Recomposição do ambiente;
 Destinação dos materiais (colocar em sacos no carrinho de
curativos encaminhando à C.M.E. o mais rápido possível, ou
de acordo com as rotinas do Setor);
 Lavar as mãos;

Técnicas de Preparo do Curativo


 1 pinça dente de rato;
 1 pinça anatômica;
 1 pinça ou Kelly;
 1 espátula ou tentáculo;
 Solução fisiológica;
 Esparadrapo ou Micropore;
 Soluções e medicamentos prescritos;
 Tesoura;
 Cuba rim;
 Saco plástico para lixo;
 Pacote com gazes;
 Chumaços de algodão S/N;
 Ataduras S/N.

EPI´S necessários
Deve ser utilizada para evitar a contaminação da boca e nariz do
profissional por gotículas respiratórias, quando o mesmo atuar a
uma distância inferior a 1 (um) metro do paciente suspeito ou
confirmado de infecção pelo novo coronavírus (2019-nCoV).
As máscaras cirúrgicas devem ser trocadas sempre que estiverem
úmidas e/ou sujas e não devem ser reutilizadas.
Observação: Máscaras de tecido não são recomendadas no âmbito
dos serviços de saúde.

Máscara de proteção respiratória


Quando o profissional atuar em procedimentos com risco de
geração de aerossol nos pacientes com infecção suspeita ou
confirmada pelo novo coronavírus (2019-nCoV) deve utilizar a
máscara de proteção respiratória (respirador particulado) com
eficácia mínima na filtração de 95% de partículas de até 0,3 (tipo
N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3). A máscara deverá estar
apropriadamente ajustada à face e nunca deve ser compartilhada
entre profissionais. A forma de uso, manipulação e armazenamento
deve seguir as recomendações do fabricante.

Luvas
As luvas de procedimentos não cirúrgicos devem ser utilizadas
quando houver risco de contato das mãos do profissional com
sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, mucosas, pele não
íntegra e artigos ou equipamentos contaminados, de forma a reduzir
a possibilidade de transmissão do novo coronavírus (2019-nCoV)
para o trabalhador de saúde, assim como de paciente para paciente
por meio das mãos do profissional. Quando o procedimento a ser
realizado no paciente exigir técnica asséptica, devem ser utilizadas
luvas estéreis (de procedimento cirúrgico).
As recomendações quanto ao uso de luvas por profissionais de
saúde são:
Troque-as luvas sempre que for entrar em contato com outro
paciente, sem tocar desnecessariamente superfícies e materiais
(tais como telefones, maçanetas, portas) quando estiver com luvas.

Protetor ocular ou protetor de face


Os óculos de proteção ou protetores faciais (que cubram a frente e
os lados do rosto) devem ser utilizados quando houver risco de
exposição do profissional a respingos de sangue, secreções
corporais e excreções. Devem ser de uso exclusivo para cada
profissional responsável pela assistência sendo necessária a
higiene correta após o uso. Sugere-se para a desinfecção, o uso de
hipoclorito de sódio ou outro desinfetante recomendado pelo
fabricante do equipamento de proteção.

Capote/avental
O capote ou avental deve ser impermeável e utilizado durante
procedimentos onde há risco de respingos de sangue, fluidos
corpóreos, secreções e excreções, a fim de evitar a contaminação
da pele e roupa do profissional. Deve ser de mangas longas, punho
de malha ou elástico e abertura posterior. Além disso, deve ser
confeccionado com material de boa qualidade, não alergênico e
resistente; proporcionar barreira antimicrobiana efetiva, permitir a
execução de atividades com conforto e estar disponível em vários
tamanhos. O capote ou avental sujo deve ser removido e
descartado após a realização do procedimento e antes de sair do
quarto do paciente ou da área de assistência. Após a remoção do
capote deve-se imediatamente proceder a higiene das mãos para
evitar a transmissão dos vírus para o profissional, pacientes e
ambiente. Atenção: todos os profissionais (próprios ou terceirizados)
deverão ser capacitados para a prevenção da transmissão de
agentes infecciosos e treinados para uso correto dos EPI.
Gorro
O gorro é indicado para a proteção dos cabelos e cabeça dos
profissionais em procedimentos que podem gerar aerossóis. Deve
ser de material descartável e removido após o uso.
Referências Bibliográficas

blog.portaleducac.com.br/tecnicasdecurativo

Unimedvr.com.br/entenda_a_importanciadocurativo

Coren-ba.gov.br

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