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INSTITUTO POLÍGONO DE ENSINO


AUXILIAR DE ENFERMAGEM

TURMA: 3-EDACS

5 CURATIVOS CIRÚRGICOS

SÃO BERNARDO DO CAMPO


2022

LUCAS FERREIRA DA SILVA-14


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5 CURATIVOS CIRÚRGICOS

Trabalho exigido como requisito parcial


de avaliação para o Curso de Auxiliar
de Enfermagem, do Instituto Polígono
de Ensino.

SÃO BERNARDO DO CAMPO


2022
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................6
1. TIPOS DE CURATIVOS……………………………………......7
2. COMO FAZER OS CURATIVOS………………………………9

3. QUANDO FAZER OS CURATIVOS………………………….11


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INTRODUÇÃO

Tratar de uma lesão, não significa apenas aplicar um produto ou substância,


significa cuidar de um ser único, que possui suas peculiaridades e devem ser
respeitadas na hora de escolher a forma de tratamento e a técnica de curativo.

As técnicas de curativos são procedimentos assépticos que vão desde a


irrigação com solução fisiológica até a cobertura específica que auxiliarão no
processo de cicatrização.

A enfermagem deve ser bastante criteriosa, quanto aos medicamentos nas


lesões e nas técnicas de curativos corretas, sem contaminações, pois podem
interferir de uma forma positiva ou negativa na cicatrização.
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1.TIPOS DE CURATIVOS

O tipo de curativo a ser realizado varia de acordo com a natureza, a localização


e o tamanho da ferida. Em alguns casos é necessária uma compressão, em
outros lavagem exaustiva com solução fisiológica e outros exigem imobilização
com ataduras. Nos curativos em orifícios de drenagem de fístulas entéricas a
proteção da pele sã em torno da lesão é o objetivo principal.

Curativo semi-oclusivo: 

Este tipo de curativo é absorvente, e comumente utilizado em feridas


cirúrgicas, drenos, feridas exsudativas, absorvendo o exsudato e isolando-o da
pele adjacente saudável.

Curativo oclusivo: 

Não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como barreira mecânica, impede a


perda de fluídos, promove isolamento térmico, veda a ferida, a fim de impedir
enfisema, e formação de crosta.

Curativo compressivo: 

Utilizado para reduzir o fluxo sanguíneo, promover a estase e ajudar na


aproximação das extremidades da lesão.

Curativos abertos: 

São realizados em ferimentos que não há necessidade de serem ocluídos.


Feridas cirúrgicas limpas após 24 horas, cortes pequenos, suturas,
escoriações, etc, são exemplos deste tipo de curativo.

Curativo pequeno: 

Curativo realizado em ferida pequena: aproximadamente 16 cm2. (ex: cateteres


venosos e arteriais, cicatrização de coto umbilical, fístulas anais, flebotomias
e/ou subclávia/jugular, hemorroidectomia, pequenas incisões, traqueotomia,
cateter de diálise e intermitente).
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Curativo Médio: 

Curativo realizado em ferida média, variando de 16,5 a 36 cm2. (ex: Cesáreas


infectadas, incisões de dreno, lesões cutâneas, abscessos drenados, escaras
infectadas, outros especificar).

Curativo grande: 

Curativo realizado em ferida grande, variando de 36,5 a 80 cm2. (ex: Incisões


contaminadas, grandes cirurgias – incisões extensas (cirurgia torácica,
cardíaca), queimaduras (área e grau), toracotomia com drenagem, úlceras
infectadas, outros).

Curativo Extra Grande: 

Curativo realizado em ferida grande, com mais de 80 cm2 (ex: Todas as


ocorrências de curativos extragrandes deverão obrigatoriamente constar de
justificativa médica).
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2. COMO FAZER OS CURATIVOS

1. Lavar as mãos antes e após cada curativo, mesmo que seja em


um mesmo paciente;
2. Verificar data de esterilização nos pacotes utilizados para o
curativo (validade usual 7 dias);
3. Expor a ferida e o material o mínimo de tempo possível;
4. Utilizar sempre material esterilizado;
5. Se as gazes estiverem aderidas na ferida, umedecê-las antes de
retirá-las;
6. Não falar e não tossir sobre a ferida e ao manusear material estéril;
7. Considerar contaminado qualquer material que toque sobre locais
não esterilizados;
8. Usar luvas de procedimentos em todos os curativos, fazendo-os
com pinças (técnica asséptica);
9. Utilizar luvas estéreis em curativos de cavidades ou quando houver
necessidade de contato direto com a ferida ou com o material que
irá entrar em contato com a ferida;
10. Se houver mais de uma ferida, iniciar pela menos contaminada;
Nunca abrir e trocar curativo de ferida limpa ao mesmo tempo em
que troca de ferida contaminada;
11. Quando uma mesma pessoa for trocar vários curativos no mesmo
paciente, deve iniciar pelos de incisão limpa e fechada, seguindo-
se de ferida aberta não infectada, drenos e por último as
colostomias e fístulas em geral;
12. Ao embeber a gaze com soluções manter a ponta da pinça voltada
para baixo;
13. Ao aplicar ataduras, fazê-lo no sentido da circulação venosa, com
o membro apoiado, tendo o cuidado de não apertar em demasia.
14. Os curativos devem ser realizados no leito com toda técnica
asséptica;
15. Nunca colocar o material sobre a cama do paciente e sim sobre a
mesa auxiliar, ou carrinho de curativo. O mesmo deve sofrer
desinfecção após cada uso;
16. Todo curativo deve ser realizado com a seguinte paramentação:
luva, máscara e óculos.

Em caso de curativos de grande porte e curativos infectados (escaras


infectadas com áreas extensas, lesões em membros inferiores, e ferida
cirúrgica infectada) usar também o capote como paramentação;
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Quando o curativo for oclusivo deve-se anotar no esparadrapo a data, a hora e


o nome de quem realizou o curativo.
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3 .QUANDO FAZER OS CURATIVOS

Os protocolos tradicionais de troca de curativos, que dependem da troca de


curativos de acordo com uma programação, seja ou não necessária, podem
atrapalhar a cicatrização da ferida. Isso pode retardar ou parar a cicatrização
totalmente, expondo as feridas pós-operatórias à contaminação e aumentando
o risco de infecção do sítio cirúrgico (ISC). Os protocolos de troca de curativo
pós-operatório precisam ser alterados para refletir a mudança no entendimento
clínico.

Da mesma forma, o cuidado pós-operatório da ferida é dominado por curativos


convencionais, tipicamente compreendendo um não tecido com um adesivo
acrílico e uma almofada absorvente. Esses curativos tendem a ser de baixa
absorção, não possuem função de barreira e costumam causar danos
dolorosos à pele. Esse tipo de curativo é usado há décadas, e os protocolos de
troca de curativo muitas vezes são simplesmente uma consequência de seguir
processos ritualísticos que sempre foram realizados. A abordagem do tipo
'sempre foi feito assim' das frequentes trocas de curativos exigidas por
curativos de má absorção pode levar ao risco de contaminação, custos mais
elevados de cuidados com o material e tempo do médico e problemas de
cicatrização. Olhando para o futuro, como deve ser um protocolo de curativo
pós-operatório? O que deve ser exigido de um curativo pós-operatório?

Novos protocolos de curativo pós-operatório para uma cicatrização ideal

Essas foram as questões discutidas por uma equipe de cirurgiões renomados


que se reuniram para discutir os desafios do curativo pós-operatório. As
conclusões de seus encontros foram publicadas recentemente como Cuidados
de incisão e seleção de curativos em feridas cirúrgicas: resultados de um
encontro internacional de cirurgiões.

A equipe de cirurgiões discutiu o conceito de cicatrização sem perturbações


como sendo tão relevante para feridas agudas quanto para feridas crônicas. As
trocas rituais de curativos prescritas pelos protocolos existentes causam
distúrbios desnecessários - e risco de contaminação.

A equipe de cirurgiões concluiu por unanimidade que os curativos pós-


operatórios são trocados com muita frequência e que a cicatrização sem
perturbações é a cicatrização ideal. As trocas de curativos pós-cirúrgicos,
concordaram os cirurgiões, só devem ocorrer quando houver um motivo
clinicamente relevante para fazê-lo, como:
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 Curativo saturado ou vazando


 Sangramento excessivo
 Suspeita de infecção local / sistemática (por exemplo, dor local da ferida,
rubor, edema)
 Potencial deiscência

Em outros casos - deixe o curativo no lugar!


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1. REFERÊNCIAS

https://www.molnlycke.com.br/cuidados/o-cuidado-cirurgico-nao-termina-
quando-a-cirurgia-acaba/

https://blog.portaleducacao.com.br/tecnicas-de-curativos/?amp

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