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Técnico em

Enfermagem
Módulo III
CLÍNICA MÉDICA
Introdução

Esta disciplina tem por objetivo apresentar os conhecimentos


na área da clínica médica e as patologias clínicas mais
prevalentes, além da aquisição do manejo prático nas situações
clínicas ambulatoriais, emergenciais e de pacientes internados
em enfermarias em hospital geral.
Princípios Básicos de Assistência
de Enfermagem

A enfermagem vem trabalhando intensamente para alcançar


seu reconhecimento como ciência, enfatizando que o cuidado é
a essência de sua prática, sendo uma ação central.
Princípios Básicos de Assistência
de Enfermagem

A principal responsabilidade da enfermagem é o cuidado com o


ser humano não apenas no seus aspecto biológico, e sim nas
suas necessidades individuais e fundamentos do seu processo
saúde/doença.
Princípios Básicos de Assistência
de Enfermagem

Para isto, a enfermagem precisará desenvolver uma relação


interdependente e recíproca com o ser cuidado, propiciando
condições de crescimento e de aprendizagem para o
restabelecimento da saúde, que poderá contribuir para a
consolidação de novas experiências, enriquecendo a sua
capacidade de cuidar de sí mesmo, evitando um contexto que
utilizem apenas técnicas e rotinas.
Princípios Básicos de Assistência
de Enfermagem

Observa-se que o cuidar não comporta somente a excelência na


execução das intervenções de enfermagem. Mas, também a
condição de que a cuidadora deverá em suas ações expressar a
sua sensibilidade fazendo com que o ser cuidado se sinta
acolhido.
Revisão sobre os principais cuidados de
enfermagem dentro da CM.

Os procedimentos básicos de enfermagem envolvem


técnicas que podem ser implementadas pela equipe de
enfermagem sob supervisão do enfermeiro. A condução
das técnicas deve ser fundamentada na literatura e
resguardar a segurança do profissional e do paciente.
Revisão sobre os principais cuidados de
enfermagem dentro da CM.
Principais ações dentro do setor de clínica médica:

• Banho/Higiene corporal;
• Punção venosa/Medicação;
• Nutrição;
• Exames;
• Curativos.
Banho e higiene corporal

Com a realização da higiene corporal adequada do paciente


contribuímos com a prevenção de inúmeras complicações
dentro do ambiente hospitalar, como infecções, feridas,
desconforto etc. Tipos de Banho:

• Banho de aspersão – no chuveiro;


• Banho de imersão;
• Banho de ablução – pequenas porções de água;
• Banho no leito.
Punção Venosa

inserção de um cateter intravenoso curto em veia periférica pelo


método de punção, se atentar para o tipo de medicação,
indicação de administração e fatores de risco, selecionar uma veia
grande o suficiente para a inserção do cateter, as veias mais
utilizadas em adultos para medicação IV são a basílica, cefálica e
intermediária;
Punção Venosa

Dispositivos para punção venosa:

• Scalp; calibre dos dispositivos; 19, 21 ,22, 23, 25, 27;


• Jelco; calibre dos dispositivos; 14, 16, 18 ,20 ,22, 24.

Cuidados com local de inserção do cateter:

• observar a coloração da pele, a presença de edema, dor


e infiltração rotineiramente;
• Trocar o local de acesso venoso de acordo com a política
institucional, mediante a prescrição médica ou na
suspeita/identificação de contaminação ou complicação.
Medicações

Administração de medicamentos:

• A administração de medicamentos é dos procedimentos


de maior responsabilidade para a equipe de
enfermagem. Para executar este procedimento é
necessário conhecimento sobre farmacologia e
terapêutica médica, principalmente em relação ação, a
dose, aos efeitos colaterais e as vias de administração;
Medicações

Certos para administração correta e segura de medicações;


• Prescrição correta;
• Medicamento correto;
• Via certa;
• Hora certa;
• Dose certa;
• Paciente certo;
• Orientação correta;
• Compatibilidade medicamentosa correta;
• Direito de Recusa;
• Aspecto da medicação correto;
• Validade correta;
• Registro correto.
Medicações/Vias

Via Parenteral; a administração parenteral envolve injetar


um medicamento nos tecidos corporais. Principias vias;
• Intradérmico (ID);
• Subcutâneo (SC);
• Intramuscular (IM);
• Intravenoso (IV);
Via não Parenteral; a via não parenteral envolve a
administração de medicamentos por vias que não
requerem a injeção nos tecidos corporais. Principais vias;
• Via oral;
• Via Sublingual;
• Via Gástrica ou enteral;
• Tópica; Inalação; Ocular; Nasal; Retal; Vaginal.
Curativos.
É um meio terapêutico que consiste na limpeza e
aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida, quando
necessário, com a finalidade de promover a rápida
cicatrização e prevenir a contaminação ou infecção
Finalidades dos Curativos;
• Promover a cicatrização, eliminando fatores que possam
retardá-la; • Tratar e prevenir infecções;• Remover corpos
estranhos; • Proteger a ferida contra traumas mecânicos; •
Promover hemostasia; • Fazer desbridamento mecânico e
remover tecidos necróticos; • Reduzir edemas; • Drenar e/ou
absorver secreções e exsudatos inflamatórios; • Diminuir odor;
• Manter a umidade da ferida; • Diminuir a intensidade da dor;
• Limitar a movimentação em torno da ferida
Curativos

As feridas podem ser classificadas quanto à causa, ao conteúdo


microbiano, ao tempo de cicatrização, ao grau de abertura e ao
tempo de duração.
Feridas Cirúrgicas, que são provocadas intencionalmente
(cirurgias). Feridas Traumáticas, que são provocadas
acidentalmente por agentes mecânicos, químicos ou físicos
(ferimentos por armas de fogo, contato com agente químico,
acidentes). Feridas Ulcerativas, que são as resultantes de
traumatismo ou doenças relacionadas com o impedimento do
suprimento sanguíneo ( úlceras por pressão).
Tipos de curativos.

O Tipo de curativo a ser realizado varia de acordo com a


natureza, a localização e o tamanho da ferida. Em alguns casos
é necessária uma compressão, em outros lavagem exaustiva
com solução fisiológica e outros exigem imobilização com
ataduras.

• Curativo semi-oclusivo;
• Curativo oclusivo;
• Curativo compressivo;
• Curativos abertos.
Fixação.

1. Quais os cuidados que se deve ter com pacientes em terapia


endovenosa?

2. Os 9 certos que devem ser conferidos antes da administração


de medicamentos.

3. Quais os cuidados devem ser tomados para a prevenção de


formação de uma lesão por pressão?

4. Cuidados padrões com Sonda Nasogástrica e Nasoentérica.


Fixação.

Quais os cuidados que se deve ter com pacientes em terapia


endovenosa?
• Cuidados com a punção, com técnica correta, assepsia correta
do local a ser puncionado;
• Inspecionar rotineiramente o local de inserção do cateter,
observando a coloração da pele, a presença de edema e
infiltração;
• Se atentar para validade do equipo e realizar troca de acordo
com protocolo institucional;
• Trocar o local de acesso venoso de acordo com a política
institucional, mediante a prescrição médica ou na suspeita/
identificação de contaminação ou complicação;
• Nunca utilizar o mesmo equipo para medicações diferentes.
Fixação.

Os 9 certos que devem ser conferidos antes da administração de


medicamentos.
• Prescrição correta;
• Medicamento correto;
• Via certa;
• Hora certa;
• Dose certa;
• Paciente certo;
• Orientação correta;
• Compatibilidade medicamentosa correta;
• Direito de Recusa.
Fixação.

Quais os cuidados devem ser tomados para a prevenção de


formação de uma lesão por pressão?
• Inspecionar diariamente estado da pele do paciente ( pele
integra, hiperemiada, com bolhas, desidratada, seca, “fria”,);
• Observar estado nutricional (muito baixo peso, peso elevado)
• Evitar dobras, sujidades e umidade em lençóis dos leitos;
• Hidratação da pele com creme hidratante e/ ou ácidos graxos
(óleo de girassol) diariamente;
• Auxiliar/realizar a mudança de decúbito de acordo o plano de
cuidados (2 em 2 hrs, 4 em 4 hrs) e registrar;
• Utilização de coxins e/ ou curativos para mudança de áreas de
pressão (hidrocoloide);
• Evitar cisalhamento.
Fixação.
Cuidados padrões com Sonda Nasogástrica e Nasoentérica.
• Após a administração de dietas/medicamentos se deve realizar
um flush com 20ml de água filtrada para higienização da sonda
e evitar obstrução;
• Avaliar dieta, aparência, validade e se está de acordo com a
nutrição prescrita antes de administrar;
• Avaliar e registrar adaptação do paciente com a SNE/SNG;
• Atentar e prevenir o tracionamento da sonda. Exemplo: durante
o sono, banho, mudança de decúbito ou pelo próprio paciente;
• Apenas administrar dieta em sonda após confirmação de
posicionamento (raio x, testes), realizada pelo enfermeiro;
• Ao administrar dieta, infusões de líquidos e medicamentos
sempre posicionar o paciente sentado ou manter cabeceira
elevada no mínimo 30 graus, (diminuindo riscos de aspirações
de dieta e refluxos gástricos).Não deitar o paciente logo após
ingesta alimentar e hídrica.
Sistema Digestório.

Constituintes;
• Cavidade oral;
• Faringe;
• tubo digestório
(esôfago, estômago,
intestino delgado,
intestino grosso e
canal anal);
• seus anexos
(pâncreas, fígado e
vesícula biliar).
Sistema Digestório

▪ Principais doenças:
• Gastrites;
• Úlceras;
• Gatroentelocolites;
• Hepatites;
• Cirrose hepática;
• Pancreatite;
• Constipação;
• Diarreia.
Gastrite

▪ Principais sintomas:

✔ Náuseas;
✔ Vômitos;
✔ Anorexia;
✔ Pirose;
✔ Eructação;
✔ Desconforto abdominal;
✔ Cefaleia;
✔ Mucosa gástrica hiperemiada.
Gastrite

▪ Tratamento:

✔ Correção de hábitos alimentares;


✔ Dieta fracionada;
✔ Medicamentos;
✔ Medidas de diminuição do estresse.
Gastrite

Crônica: Inflamação prolongada do estômago que pode estar


relacionada com a bactéria Helicobacter pylori (H. pylori).
Resulta de exposições repetidas a agentes irritantes ou
episódios repetidos de gastrites agudas, úlceras benignas ou
malignas.
Gastrite

▪ Causas:

✔ Uremia crônica;
✔ Úlceras;
✔ Cirrose hepática;
✔ Presença do microrganismo H. pylori.

▪ Sinais e Sintomas:

✔ Anorexia;
✔ Pirose;
✔ Náuseas;
✔ Vômitos matinais.
Gastrite

▪ Tratamento:

✔ Controle da acidez estomacal;


✔ Redução de estresse;
✔ Orientação nutricional;
✔ Medicamento.

▪ Exames complementares:

✔ Endoscopia digestiva alta.


Gastrite

▪ Cuidados de Enfermagem

✔ Verificar e observar aceitação alimentar;


✔ Observar e anotar queixas álgicas;
✔ Promover ambiente calmo e repousante;
✔ Observar sinais e sintomas de complicações: hematêmese
(sangue eliminado através dos vômitos), melena (sangue
nas fezes), rigidez abdominal.
Úlceras

É um defeito escavado da mucosa gastrointestinal que se


estende através da mucosa do estômago, decorrente da ação
de secreção ácido-péptica.

Tipo:

Dependendo da sua localização podem ser chamadas de


úlceras gástrica, duodenal ou esofágica.
Úlceras

ÚLCERA DUODENAL ÚLCERA GÁSTRICA

Idade de 30- 60 anos Usualmente 50 ou mais


INCIDÊNCIA Masculino: Feminino=2-3:1 Masculino: Feminino= 1:1
80% das peptídicas 15% das peptídicas

Hipersecreção de HCL Hiposecreção de HCL


Pode ter ganhado de peso Pode ter perda de peso
Dor: 2-3 horas depois de uma refeição Dor: 30’ - 1 h depois de uma
Ingestão de alimentos alivia a dor. refeição.
SINAIS SINTOMAS E
Vômito incomum Vômito pode aliviar a dor
ACHADOS CLÍNICOS Hemorragia é pouco provável, porém se Vômito comum
presente a melena é mais comum que Hemorragia é mais provável,
hematêmese. Hematêmese comum que a
Mais provável perfurar melena

POSSIBILIDADE DE
Rara Ocasionalmente
MALIGNIDADE
H. pylori, gastrite, álcool, fumo,
FATORES DE RISCO H. pylori, álcool, fumo, cirrose, estresse.
uso de AINES, estresse.

Úlcera Duodenal x Úlcera Gástrica


Úlceras

Causa:

• Afecção Multifatorial;
• Desequilíbrio entre fatores protetores e defensores;
• 70% das úlceras gástricas estão associadas ao Helicobacter
pylori;
• Nos casos restantes há associação com o uso de AINES.

Conclusão:

• Exigências absolutas são a secreção de ácido e pepsina, em


conjunção pela infecção pelo H. pylori ou a ingestão de AINES.
Úlceras

Tratamento:

São utilizados antiácidos para neutralizar o excesso de ácido


existente no estômago ou para inibir sua secreção com o intuito
de aliviar os sintomas.
Úlceras

Cuidados de Enfermagem:

✔ Aliviar a dor do paciente com a administração dos


medicamentos prescritos;
✔ Reduzir a ansiedade;
✔ Manter o estado nutricional ótimo;
✔ Monitorar e tratar as complicações, como hemorragia;
✔ Ensinar o auto cuidado.
Gastroenterocolite Agudas

Doença diarreica de início abrupto, acompanhada ou não de


outros sintomas como náuseas, vômitos, dor abdominal e febre.
Caracteriza-se por inflamação aguda ou crônica da mucosa do
estômago e do intestino.

• Diarreia;

• Disenteria.
Gastroenterocolite Agudas

Causas e Sintomas:

Dentre as causas infecciosas os vírus são responsáveis por 60% dos


casos, seguidos por bactérias que produzem toxinas como, E. Coli
enterotoxigênica, Bacillus cereus.

No caso de diarreias invasivas ocorre à lesão direta do


microrganismos à mucosa intestinal.
Gastroenterocolite Agudas

O quadro clínico se caracteriza por várias evacuações de pequeno


volume com a presença de sangue e muco, associada à febre, dor
abdominal e tenesmo.

Tratamento:

• Hidratação via oral/parenteral;


• Adequação alimentar;
• Antibiótico, dependendo do agente causador;
• Antidiarreicos: Não devem ser utilizados;
• Inibidores do peristaltismo: não utilizar na presença de
febre ou diarreias com sangue.
Gastroenterocolite Agudas

Cuidados de Enfermagem:

✔ Estimular hidratação via oral;


✔ Administrar hidratação parenteral quando prescrito;
✔ Higiene rigorosa após eliminação intestinal;
✔ Promover a manutenção da integridade cutâneo-mucosa
principalmente em região perianal;
✔ Manter roupas de cama limpa;
✔ Observar e anotar aceitação da dieta;
✔ Manter repouso relativo;
✔ Manter isolamento enteral caso seja necessário;
✔ Administrar medicação prescrita.
Hepatites

Doença viral que cursa de forma assintomática ou sintomática (até


formas fulminantes). As hepatites sintomáticas são caracterizadas
por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga,
artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e
aversão a alguns alimentos e cigarro.
Hepatite Tipo B

Agente etiológico:

Vírus da Hepatite B (HBV). E um vírus DNA, família Hepadnaviridae.

Reservatório:

O homem. Experimentalmente, chimpanzés, espécies de pato e


esquilo.
Hepatite Tipo B

Modo de transmissão:

O HBV é altamente infectivo e facilmente transmitido através da


via sexual; transfusões de sangue, procedimentos médicos e
odontológicos e hemodiálises sem as adequadas normas de
biossegurança; transmissão vertical (mãe-filho), contatos íntimos
domiciliares (compartilhamento de escova dental e laminas de
barbear), através de acidentes perfurocortantes,
compartilhamento de seringas e de material para a realização de
tatuagens e piercings.

Período de incubação:

De 30 a 180 dias (média em torno de 60 a 90 dias).


Hepatite Tipo B

Período de transmissibilidade:

Duas a três semanas antes dos primeiros sintomas e mantem-se


durante a evolução clínica da doença. O portador crônico pode
transmitir por vários anos.

Complicações:

Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas complicações


(ascite, hemorragias digestivas, peritonite bacteriana espontânea,
encefalopatia hepática) e carcinoma hepatocelular.
Hepatite Tipo B

Diagnóstico:

Pode ser clínico-laboratorial e laboratorial. Apenas com os


aspectos clínicos não é possível identificar o agente etiológico.

Marcador significado:

HBsAg (sua presença por mais de seis meses é indicativa de


hepatite crônica)
Hepatite Tipo B

Tratamento:

Não existe tratamento específico para a forma aguda. Se


necessário, apenas sintomático para náuseas, vômitos e prurido.

Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos e de uso popular,


porém seu maior benefício é ser mais agradável para o paciente.
Hepatite Tipo B

Tratamento:

A única restrição está relacionada à ingestão de álcool, que deve


ser suspensa por seis meses no mínimo e, preferencialmente, por
um ano.

Em uma percentagem dos casos crônicos há indicação do uso de


interferon convencional ou lamivudina. Formas fulminantes
devem ser acompanhadas nos serviços especializados.
Hepatite Tipo B

Medidas de Controle:

As medidas de controle incluem a profilaxia pré-exposição, pós-


exposição, o não compartilhamento ou reutilização de seringas e
agulhas, triagem obrigatória nos doadores de sangue, inativação
viral de hemoderivados e medidas adequadas de biossegurança
nos estabelecimentos de saúde. A vacinação é a medida mais
segura para prevenção contra hepatite B.
Hepatite Tipo C

Agente etiológico:

Vírus da Hepatite C (HCV). É um vírus RNA, família Flaviviridae.

Reservatório:

O homem. Experimentalmente, o chimpanzé.


Hepatite Tipo C

Modo de transmissão:

A transmissão ocorre principalmente por via parenteral. São


consideradas populações de risco acrescido: indivíduos que
receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de
1993, pessoas que compartilham material para uso de drogas
injetáveis, inaláveis, tatuagem, piercing ou que apresentem outras
formas de exposição percutânea, transmissão sexual A transmissão
perinatal é possível e ocorre quase sempre no momento do parto
ou logo após.
Hepatite Tipo C

Modo de transmissão:

Possibilidade da transmissão através do aleitamento materno

Período de incubação:

Varia de 15 a 150 dias.


Hepatite Tipo C

Período de transmissibilidade:

Inicia-se 1 semana antes do início dos sintomas e mantem-se


enquanto o paciente apresentar RNA-HCV reagente.

Complicações:

Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas complicações


(ascite, hemorragias digestivas, peritonite bacteriana espontânea,
encefalopatia hepática) e carcinoma hepatocelular.
Hepatite Tipo C

Diagnóstico:

Clinico-laboratorial. Apenas com os aspectos clínicos não é


possível identificar o agente etiológico, sendo necessários exames
sorológicos.

Tratamento:

O tratamento para a fase aguda do HCV deverá ser feito com


Interferon convencional, porém ainda não há consenso na
literatura acerca da duração da terapia. Se necessário, apenas
sintomático para náuseas, vômitos e prurido.
Hepatite Tipo C

Tratamento:

Como norma geral, recomenda-se repouso relativo até


praticamente a normalização das aminotransferases.

A única restrição está relacionada à ingestão de álcool, que deve


ser suspensa por seis meses no mínimo e, preferencialmente, por
um ano. Medicamentos não devem ser administrados sem
recomendação médica para que não agrave o dano hepático.
Hepatite Tipo D

Agente etiológico:

Vírus da Hepatite D ou delta (HDV). E um vírus RNA, único


representante da família Deltaviridae. É um vírus defectivo
(incompleto) que não consegue, por si só, reproduzir seu próprio
antígeno de superfície, o qual seria indispensável para exercer sua
ação patogênica e se replicar nas células hepáticas. Desta forma
necessita da presença do vírus da hepatite B.

Reservatório:

O homem.
Hepatite Tipo D

Modo de transmissão:

Semelhante ao da hepatite B, ou seja, através da via sexual; de


solução de continuidade (pele e mucosa), de transfusões de
sangue, procedimentos médicos e odontológicos e hemodiálises
sem as adequadas normas de biossegurança; transmissão vertical
(mãe-filho), contatos íntimos domiciliares (compartilhamento de
escova dental e laminas de barbear), através de acidentes
perfurocortantes, compartilhamento de seringas e de material
para a realização de tatuagens e piercings. A transmissão vertical
depende da carga viral do HBV. Outros líquidos orgânicos (sêmen,
secreção vaginal, leite materno) podem conter o vírus e constituir-
se como fonte de infecção.
Hepatite Tipo D

Período de incubação:

De 30 a 180 dias. Este período é menor na superinfecção.

Período de transmissibilidade:

Uma semana antes do início dos sintomas da infecção conjunta


(HDV e HBV). Quando ocorre superinfecção, não se conhece esse
período.
Hepatite Tipo D

Complicações:

Pode ocorrer evolução para a cronicidade em até 75% dos casos de


superinfecção e com isso, o agravamento das manifestações clínica,
do quadro bioquímico e histológico. Se comparada a infecção pelo
HBV somente, na superinfecção ocorre uma evolução em maior
velocidade para a cirrose hepática e na coinfecção uma maior
probabilidade de quadros fulminantes.

Diagnóstico:

Clinico-laboratorial. Apenas com os aspectos clínicos não é


possível identificar o agente etiológico, sendo necessários exames
sorológicos.
Hepatite Tipo D

Tratamento:

O tratamento é complexo e muitas vezes o paciente volta a


expressar o RNA-HDV no soro. Não existe tratamento específico
para a forma aguda. Se necessário, apenas sintomático para
náuseas, vômitos e prurido. Como norma geral, recomenda-se
repouso relativo até praticamente a normalização das
aminotransferases. Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos
e de uso popular, porem seu maior benefício é ser mais agradável
para o paciente. A única restrição está relacionada à ingestão de
álcool como citado anteriormente. Medicamentos não devem ser
administrados sem recomendação médica para que não agrave o
dano hepático.
Hepatite Tipo E

Agente etiológico:

Vírus da hepatite E (HEV). É um vírus RNA, família Caliciviridae.

Reservatório:

O homem. Relatos recentes de isolamento do HEV em suínos,


bovinos, galinhas, cães e roedores levantam a possibilidade de que
esta infecção seja uma zoonose. Experimentalmente também em
alguns primatas não humanos chimpanzés e macaco cynomolgus.
Hepatite Tipo E

Modo de transmissão:

Fecal-oral, principalmente pela água e alimentos contaminados


por dejetos humanos e de animais. Apesar de ser um evento raro,
pode também ser transmitido por via vertical e parenteral.

Período de incubação:

De 2 a 9 semanas, média de 6 semanas.

Período de transmissibilidade:

Desde a segunda semana antes do início dos sintomas até o final


da segunda semana de doença.
Hepatite Tipo E

Complicações:

Não há relato de evolução para cronicidade ou viremia persistente.


Em gestantes, a hepatite é mais grave, podendo apresentar formas
fulminantes. A taxa de mortalidade em gestantes pode chegar a
25%, especialmente no terceiro trimestre. Em qualquer trimestre,
abortos e mortes intrauterinas são comuns.

Diagnóstico:

Clinico-laboratorial. Apenas com os aspectos clínicos não é


possível identificar o agente etiológico, sendo necessário exames
sorológicos.
Hepatite Tipo E

Tratamento:

Não existe tratamento específico para a forma aguda. Se


necessário, apenas sintomático para náuseas, vômitos e prurido.
Como norma geral, recomenda-se repouso relativo até
praticamente a normalização das aminotransferases. Dieta pobre
em gordura e rica em carboidratos e de uso popular, porem seu
maior benefício e ser mais agradável para o paciente.
Hepatite Tipo E

Observação:

Notificação - Os casos suspeitos, confirmados e os surtos devem


ser notificados e investigados, visando adoção das medidas de
controle pertinentes. Casos isolados não são de notificação
compulsória para o nível nacional, devendo-se, entretanto, seguir
as orientações dos estados e municípios. Deve-se investigar se o
paciente esteve em área endêmica, no período de 2 meses que
antecedeu o início dos sintomas.
Hepatite Tipo E

Cuidados de Enfermagem:

✔ Promover o repouso;
✔ Melhorar o estado nutricional;
✔ Fornecer o cuidado cutâneo;
✔ Reduzir o risco de lesão;
✔ Monitorar complicações potenciais, ex. hemorragias e
sangramentos, encefalopatia hepática, excesso de volume de
líquido;
✔ Ensinar o autocuidado.
Pancreatite

É inflamação no pâncreas, podendo ser aguda ou crônica. O


pâncreas é um órgão que apresenta várias funções, entre elas,
produção de insulina e substâncias necessárias para a digestão
de alimentos.
Pancreatite

Causas:

• Calculose biliar;
• Alcoolismo;
• Tumores;
• Doenças autoimunes;
• Viroses;
• Certos medicamentos;
• Infecções virais como caxumba;
• Traumatismo grave abdominal;
• Excesso de funcionamento da glândula paratireoide;
• Excesso de triglicérides no sangue;
• Má formação.
Pancreatite

Sinais e Sintomas:

• Dor abdominal alta, com irradiação para a região dorsal;


• Náuseas;
• Vômitos;
• Diarreia com eliminação de gordura nas fezes.

Tratamento:

• Diminuição da atividade da glândula pancreática


• Cirúrgico
Pancreatite

Cuidados de Enfermagem:

✔ Observar, comunicar e anotar nível de consciência;


✔ Manter repouso relativo;
✔ Proporcionar medidas de conforto;
✔ Cuidados com nutrição parenteral, se necessário;
✔ Observar, comunicar e anotar aspecto e característica de
eliminação intestinal;
✔ Cuidados dom sondagem nasogástrica, se necessário;
✔ Cuidados pré-operatórios, se necessário.
Cirrose Hepática

É uma doença difusa do fígado, que altera as funções das suas


células e dos sistemas dos canais biliares. Resulta de diversos
processos, como a morte celular e a produção de um tecido
fibroso não funcionante prejudicando a estrutura e função
hepática.
Cirrose Hepática

Causas:

• Alcoolismo;
• Infecções causadas por vírus;
• Esquistossomose;
• Medicamentos;
• Substâncias químicas;
• Hepatite pelos vírus B e C;
• Hepatite autoimune;
• Doenças genéticas;
• Cirrose biliar;
• Atresia biliar (RN).
Cirrose Hepática

Sinais e Sintomas:

• Anorexia;
• Náuseas;
• Vômitos;
• Hipertermia;
• Flatulência;
• Distúrbios intestinais;
• Fraqueza e cansaço;
• Perda de peso;
• Alterações de sono;
• Dores abdominais.
Cirrose Hepática

Crônica:

• Icterícia;
• Ascite;
• Hepatomegalia;
• Atrofia hepática;
• Melena;
• Hematêmese;
• Anemia; Fraqueza;
• Encefalopatia;
• Coma;
• Perda de interesse sexual;
• Aumento de mamas nos homens;
• Varizes de esôfago e estômago;
Cirrose Hepática

Crônica:

• Edema em membros inferiores;


• Desnutrição.

Tratamento:

• Repouso; Adequação alimentar


• Anti-hemorrágico;
• Medidas de conforto;
• Medidas de contenção de hemorragia como o balão
Sengstaken-Blakemore;
• Suspensão do agente agressor;
• Transplante de fígado.
Cirrose Hepática

Cuidados de Enfermagem:

✔ Proporcionar repouso relativo;


✔ Observar, comunicar e anotar nível de consciência;
✔ Aferir sinais vitais com ênfase em pressão arterial e pulso;
✔ Observar, comunicar e anotar aceitação alimentar;
✔ Observar, comunicar e anotar sinais e sintomas;
✔ Controle de peso em jejum;
✔ Balanço hídrico;
✔ Medir circunferência abdominal;
✔ Observar, comunicar e anotar sinais de hemorragia;
✔ Observar, comunicar e anotar sinais de abstinência alcoólica.
Constipação

É o ressecamento das fezes no intestino grosso associada a


movimentos lentos, erro alimentar e/ou pouca hidratação.

Algumas causas:

• Hábito intestinal irregular;


• Alguns medicamentos;
• Obstruções mecânicas;
• Abuso no uso de laxativo;
• Fatores psicológicos;
• Erro alimentar;
• Baixo volume de ingestão de líquidos.
Constipação

Sinais e Sintomas:

Alteração na coloração das fezes;


Alteração na consistência das fezes;
Dificuldade de evacuar;
Dor em região abdominal baixa;
Dor em região anal.
Constipação

Tratamento:

Correção de hábitos alimentares;


Horários regulares para dieta;
Exercício físico;
Hidratação adequada:
Medicamentos;
Apoio psicológico.
Constipação

Cuidados de Enfermagem:

✔ Observar e anotar aceitação alimentar;


✔ Estimular hidratação;
✔ Proporcionar condições favoráveis para a eliminação intestinal;
✔ Estimular horário e periodicidade para evacuação;
✔ Administrar medicamentos prescritos;
✔ Estimular atividade física como a deambulação.
Diarreia

As principais características da diarreia são o aumento do


número de evacuações e a perda de consistência das fezes. Tal
ocorrência poderá ter como consequência a desidratação; cujos
sintomas são;
✔ Boca seca;
✔ Lábios rachados;
✔ Letargia;
✔ Confusão mental;
✔ Diminuição da urina;
✔ Redução dos níveis dos minerais: sódio e potássio.
Diarreia

Algumas causas:

• Toxinas bacterianas como a do estafilococus;


• Infecções por bactérias como a Salmonella e a Shighella;
• Infecções virais;
• Disfunção da motilidade do tubo digestivo;
• Parasitas intestinais causadores de amebíase e giardíase;
• Efeitos colaterais de algumas drogas, por exemplo, antibióticos,
altas doses de vitamina C e alguns medicamentos para o
coração e câncer;
• Abuso de laxantes;
• Intolerância a derivados do leite pela incapacidade de digerir
lactose (açúcar do leite);
• Intolerância ao sorbitol, adoçante obtido a partir da glicose.
Diarreia

Tipos de diarreia:

• Diarreia comum;
• Diarreia infecciosa;
• Amebíase;
• Intolerância à lactose;
• Giardíase.

OBS; crianças e idosos desidratam muito depressa.


Diarreia

Tratamento:
• Adequação alimentar.
• Hidratação.
• Medicamentos se necessário.
Cuidados de Enfermagem:
✔ Estimular hidratação via oral;
✔ Administrar hidratação parenteral quando prescrito;
✔ Higiene rigorosa após eliminação intestinal;
✔ Promover a manutenção da integridade cutaneomucosa
principalmente em região perianal;
✔ Manter roupas de cama limpa;
✔ Observar e anotar aceitação da dieta;
✔ Manter repouso relativo;
✔ Manter isolamento enteral caso seja necessário.
Câncer Gástrico

O câncer de estômago é uma doença em que células as


malignas são encontradas nos tecidos do estômago.
Câncer Gástrico

Fatores de Risco:

• Estudos demonstram que a dieta é um fator preponderante


no aparecimento do câncer de estômago.

• Outros fatores ambientais como a má conservação dos


alimentos e a ingestão de água proveniente de poços que
contém uma alta concentração de nitrato também estão
relacionados com a incidência do câncer de estômago.
Câncer Gástrico

Existem também fatores de risco de origem patológica.

A medida mais eficaz para diminuir os riscos é iniciar uma dieta


balanceada precocemente, ainda na infância.
Câncer Gástrico

Prevenção:

• Para prevenir o câncer de estômago é fundamental uma dieta


balanceada composta de vegetais crus, frutas cítricas e
alimentos ricos em fibras.
Sintomas:

• Não há sintomas específicos do câncer de estômago.


Câncer Gástrico

Diagnóstico:

• Atualmente são utilizados dois exames na detecção deste tipo


de câncer: a endoscopia digestiva alta, o método mais eficiente,
e o exame radiológico contrastado do estômago. A endoscopia
permite a avaliação visual da lesão, a realização de biópsias e a
avaliação citológica da mesma.

• Através da ultrassonografia endoscópica é possível avaliar o


comprometimento do tumor na parede gástrica, a propagação
a estruturas adjacentes e os linfonodos.
Câncer Gástrico

A radioterapia e a quimioterapia são consideradas tratamentos


secundários que associados à cirurgia podem determinar
melhor resposta ao tratamento.

Cuidados de Enfermagem:

✔ Reduzir a ansiedade;
✔ Promover a nutrição ótima;
✔ Aliviar a dor;
✔ Fornecer o apoio psicossocial;
✔ Promover o autocuidado;
✔ Cuidados pré-operatórios e pós-operatórios.
SAE- Sistematização da Assistência de
Enfermagem - Afecções do sistema digestório
Diagnóstico de Enfermagem:

• Medo/Ansiedade relacionada com a doença e o tratamento


previsto;
• Nutrição desequilibrada, menor que os requisitos corporais,
relacionada com a anorexia;
• Dor relacionada com a massa tumoral;
• Deficiência de conhecimento relativo às atividades de
autocuidado.
SAE- Sistematização da Assistência de
Enfermagem - Afecções do sistema digestório
Cuidados de Enfermagem:

• Aliviar a dor do paciente com a administração dos


medicamentos prescritos; reduzir a ansiedade; manter o
estado nutricional ótimo; monitorar e tratar as
complicações; ensinar o autocuidado.
SAE- Sistematização da Assistência de
Enfermagem - Afecções do sistema digestório
Evolução:

O paciente deverá:

• Apresentar menos ansiedade;


• Atingir a nutrição ótima;
• Apresentar menos dor;
• Realizar as atividades de autocuidado e se adequar as
alterações do estilo de vida.
Sistema Renal.

Constituintes;
• Rins;
• Ureteres;
• Bexiga;
• Uretra.
Sistema Renal.

Principais doenças e afecções renais;


• Nefrite;
• Pielonefrite;
• Litíase Renal;
• Insuficiência renal aguda/crônica;
• Diálise peritoneal / Hemodiálise.
Assistência de Enfermagem às Afecções
Urológicas Infecção Urinária
É a presença de microrganismos em alguma parte do trato
urinário.

Fatores Predisponentes:

• Obstrução urinária;
• Corpos estranhos (sondas);
• Doenças neurológicas como bexiga neurogênica;
• Fístulas genito-urinário e do trato digestivo;
• Doenças sexualmente transmissíveis;
• Infecções ginecológicas;
• Higiene inadequada.
Assistência de Enfermagem às Afecções
Urológicas Infecção Urinária
Sinais e Sintomas:

• Dor;
• Ardência;
• Dificuldade para urinar;
• Urgência para urinar;
• Micções frequentes com volume diminuído;
• Urina com alteração de coloração e odor;
• Presença de muco na urina;
• Hipertermia.
Assistência de Enfermagem às Afecções
Urológicas Infecção Urinária
Tratamento

Hidratação.
Medicamento.

Cuidados de Enfermagem:

✔ Emprego de técnica correta de sondagem vesical;


✔ Administração de medicamentos;
✔ Aferir sinais vitais com ênfase em temperatura;
✔ Observar, comunicar e anotar características da urina;
✔ Orientação sobre higiene.
Glomerulonefrite Difusa Aguda (nefrite)

A nefrite é o resultado de um processo inflamatório difuso dos


glomérulos renais tendo como base um fenômeno imunológico.

O organismo para se defender produz um anticorpo. A reunião


do complexo antígeno-anticorpo pode depositar-se nos tecidos,
criando uma lesão inflamatória. Quando o tecido atingido for o
glomérulo, a lesão denomina-se glomerulonefrites.
Glomerulonefrite Difusa Aguda (nefrite)

Causas:

• Infecções de vias aéreas superiores mal curadas como


faringites, amidalites, sinusites, etc.
• Alguns medicamentos.

Sinais e Sintomas:

• Náuseas e Vômitos;
• Fadiga;
• Cefaleia; Dor lombar;
• Oligúria; Hematúria;
• Edema facial;
• Anasarca; Hipertensão.
Glomerulonefrite Difusa Aguda (nefrite)

Tratamento:

• Adequação alimentar;
• Medicamentos: antibióticos, hipotensores, diuréticos, etc.

Cuidados de Enfermagem:

✔ Repouso absoluto;
✔ Aferir sinais vitais:
✔ Ênfase em pressão arterial;
✔ Balanço hídrico;
✔ Observar, comunicar e anotar aceitação alimentar;
✔ Controlar peso em jejum;
✔ Observar, comunicar e anotar evolução de edema.
Pielonefrite

Pielonefrite é uma doença inflamatória infecciosa,


potencialmente grave, causada por bactérias. Ela acomete o
parênquima renal, entrando pela uretra, alcança a bexiga, sobe
pelos ureteres e se instala;

Tratamento:

• Adequação alimentar;
• Medicamentos: antibióticos, hipotensores, diuréticos, etc.
Pielonefrite

Cuidados de Enfermagem:

✔ Repouso absoluto;
✔ Aferir sinais vitais:
✔ Ênfase em pressão arterial;
✔ Balanço hídrico;
✔ Observar, comunicar e anotar aceitação alimentar;
✔ Controlar peso em jejum;
✔ Observar, comunicar e anotar evolução de edema.
Litíase Renal

É a presença de cálculos ou cristais no sistema urinário,


formados pela deposição de substâncias cristalinas ou
depósitos granulosos (Pedra nos rins).

Fatores predisponentes:

• Infecções urinárias de repetição;


• Obstrução e estase urinária;
• Hipercalcemia;
• Hipercalciúria;
• Deficiência de vitamina A;
• Hereditariedade.
Litíase Renal

Sinais e Sintomas:

• Dor em região lombar com irradiação para a pelve;


• Náuseas;
• Vômitos;
• Hematúria;
• Disúria;
• Piúria;
• Polaciúria;
• Hipertermia.
Litíase Renal

Tratamento:

• Analgesia potente;
• Hidratação;
• Adequação alimentar;
• Litotripsia;
• Cirurgia.

Cuidados de Enfermagem:
✔ Controle de diurese;
✔ Estimular hidratação;
✔ Proporcionar ambiente calmo e tranquilo;
✔ Administração de analgésicos;
✔ Manter acesso venoso permeável.
Insuficiência Renal

A função dos rins é remover as substâncias indesejáveis do


nosso corpo, filtrando ureia e ácido úrico; Reabsorver a
albumina e sais desejáveis como sódio, potássio e cálcio;
Excreção de substâncias desnecessárias como fósforo e
hidrogênio; Secretar hormônios para o controle do volume, da
pressão arterial, do cálcio e fósforo e da formação de hemácias.

A insuficiência renal é um diagnóstico que expressa uma perda


maior ou menor da função renal.
Insuficiência Renal Aguda

Insuficiência Renal Aguda (IRA) é a redução aguda da função


renal em horas ou dias. Refere-se principalmente à diminuição
do ritmo de filtração glomerular, porém ocorrem também
disfunções no controle do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-
básico. Podem ocorrer alterações hormonais, como a
deficiência de eritropoietina e de vitamina D.
Insuficiência Renal Aguda

Classificação:

• IRA pré-renal;
• IRA renal;
• IRA pós-renal;
Insuficiência Renal Aguda

Fisiopatologia:

• IRA pré-renal: pode evoluir para IRA renal. É uma condição


reversível se tratada há tempo. Exemplos: estados de
choque, sepse, insuficiência cardíaca, cirrose hepática com
ascite e perdas volêmicas.
Circulação renal: 25% do débito cardíaco.

• IRA renal: pode ser oligúrica (necrose tubular aguda


isquêmica, rabdomiólise, glomerulonefrites) ou não
oligúrica (necrose tubular aguda por aminoglicosídeos). Na
IRA não oligúrica há uma queda da TFG (taxa de filtração
glomerular), mas também há uma tubulopatia importante
que compromete a reabsorção tubular.
Insuficiência Renal Aguda

A hipóxia prolongada do tecido renal causa uma depressão


persistente da taxa de filtração glomerular e das funções
tubulares, mesmo após o distúrbio inicial ser corrigido.

Uma das causas de IRA renal é de origem tóxica: por


medicamentos, peçonhentos ou pigmentos (hemoglobina e
mioglobina). Ocorre uma vasoconstrição renal e ação tubular
tóxica direta.
Insuficiência Renal Aguda

Sinais e Sintomas:

• Oligoanúria;
• Náuseas e vômitos;
• Tontura;
• Cefaleia;
• Letargia;
• Convulsões;
• Edema;
• Hipertensão arterial;
• Hálito urêmico.
Insuficiência Renal Aguda

Tratamento:

• Tratar o fator desencadeante;


• Manutenção do estado geral;
• Adequação de dieta.

Diagnóstico da IRA:

• Anamnese;
• Exame físico;
• Creatinina elevada.
Insuficiência Renal Aguda

Indicações de diálise na IRA:

• Hiperpotassemia;
• Hipervolemia: edema periférico, derrames pleural e
pericárdico, ascite, hipertensão arterial e ICC;
• Uremia: com manifestações SNC (sonolência, tremores, coma,
convulsões), sistema cardiovascular (pericardite,
tamponamento cardíaco), pulmões (congestão pulmonar,
pleurite),
aparelho digestivo (náuseas, vômitos e hemorragias digestivas);
• Acidose metabólica;
• Outras: hipo ou hipernatremia, hipo ou hipercalcemia,
hiperuricemia, hipermagnesemia, hemorragias devido a
distúrbios plaquetários, ICC refratária, hipotermia e
intoxicação exógena.
Insuficiência Renal Aguda

Cuidados de Enfermagem:
✔ Balanço hídrico;
✔ Controle de peso;
✔ Observar, comunicar e anotar presença de edema;
✔ Aferir sinais vitais com ênfase em pressão arterial;
✔ Higiene oral;
✔ Cuidados com métodos dialíticos, se necessário.
Insuficiência Renal Crônica

Muitas doenças renais são progressivas. Quanto mais progride


a gravidade aumenta e os danos renais também. As lesões
perturbam a funcionalidade do rim, provocando a insuficiência
renal crônica.

Causas:

• Obstrução do trato urinário;


• Infecções;
• Agentes nefrotóxicos;
• Hipertensão arterial;
• Doenças metabólicas;
• Complicações de outras doenças renais.
Insuficiência Renal Crônica

Sinais e sintomas:

• Anorexia;
• Náuseas; Vômitos;
• Hálito amoniacal;
• Úlceras gastrointestinais;
• Soluços;
• Hipertensão;
• Pericardite;
• Irritabilidade;
• Sonolência;
• Convulsão;
• Coma; Anemia
• Manchas cutâneas; Disfunção sexual.
Insuficiência Renal Crônica

Tratamento:

• Acompanhamento clínico;
• Métodos dialíticos;
• Transplante renal.

Cuidados de Enfermagem:
✔ Balanço hídrico;
✔ Controle rigoroso de pressão arterial;
✔ Controle de peso;
✔ Medidas de conforto.
Diálise Peritonial e Hemodiálise

Os rins possuem a função de eliminar substâncias tóxicas do


organismo através da urina, excretam água e sais minerais,
controlam a acidez do sangue e a produção de hormônios.
Como foi citado anteriormente, quando os rins sofrem de
alguma doença crônica que leve à perda de suas funções, há
insuficiência renal crônica.

Podendo ocorrer, por exemplo, em pacientes com hipertensão


arterial mal controlada, diabetes mellitus de longa duração,
glomerulonefrites crônica, rins policísticos, entre outras causas.
Diálise Peritonial e Hemodiálise

Caso os rins deixem de realizar suas funções o indivíduo


encontra-se com risco de vida.

A diálise é, portanto, um tipo de tratamento que visa repor as


funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de
água e sais minerais do organismo.
Diálise Peritonial e Hemodiálise

Diálise Peritoneal - A diálise peritoneal funciona de maneira


diferente.
Através da colocação de um cateter flexível no abdômen, é feita
a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade
abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai
entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a
retirada das substâncias tóxicas do sangue.

https://arquivos.sbn.org.br/uploads/
dialise03.jpg
Diálise Peritonial e Hemodiálise

Apenas deve ter o cuidado de realizar as trocas em lugar limpo,


e com cuidados de assepsia e técnica que serão orientados por
uma equipe de enfermagem. Esse processo é realizado de uma
forma contínua, e é conhecido por CAPD (diálise peritoneal
ambulatorial contínua).
Diálise Peritonial e Hemodiálise

Como o tratamento é feito pelo próprio paciente ou por sua


família, há maior liberdade para viajar, e maior independência
em relação à clínica de diálise e à equipe médica e de
enfermagem.

Além disso, por ser uma terapia contínua, efetua a retirada


constante de líquidos, substâncias tóxicas e sais minerais,
possibilitando uma maior liberdade de dieta. Por ser método
mais suave, proporciona também maior preservação da função
renal residual.
Diálise Peritonial e Hemodiálise

HEMODIÁLISE - A hemodiálise por sua vez, promove a retirada


das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo
através da passagem do sangue por um filtro. Em geral, é
realizada 3 vezes por semana dependendo da prescrição
médica, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o
auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste
tratamento.
Diálise Peritonial e Hemodiálise

Cuidados de Enfermagem:
✔ Depende do método dialítico;
✔ Balanço hídrico;
✔ Controle rigoroso de pressão arterial;
✔ Controle de peso;
✔ Medidas de conforto.
Diálise Peritonial e Hemodiálise

Cuidados com a FAV;


• Manter o local sempre limpo, levando sempre com água e
sabão;
• Qualquer sinal de inchaço e/ou vermelhidão deve ser
comunicado imediatamente a equipe multidisciplinar;
• Fazer exercícios com a mão e o braço onde esta localizada a
fístula, isto faz com que os músculos do braço ajudem no
amadurecimento da fístula;
• Não carregar peso ou dormir sobre o membro da FAV;
• Não utilizar roupas/ acessórios que possam fazer pressão sobre
o membro da FAV;
• Nunca aferir a pressão arterial no membro da FAV.
Diálise Peritonial e Hemodiálise

Cuidados com a FAV;

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Diálise Peritonial e Hemodiálise

Cuidados com a FAV;

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Sistematização da Assistência de
Enfermagem - Afecções Urológicas
Diagnóstico de Enfermagem:

• Medo/Ansiedade relacionada com a doença;


• Deficiência de conhecimento relativo às atividades de
autocuidado;
• Déficit de conhecimento sobre os procedimento e exames
diagnósticos;
• Medo relacionado com o possível diagnóstico de doença
grave, função renal alterada e embaraço secundário à
discussão da função urinária e exposição, e invasão da
genitália.
Sistematização da Assistência de
Enfermagem - Afecções Urológicas
Cuidados de Enfermagem:

• Reduzir a ansiedade; ensinar o autocuidado; proporcionar a


oportunidade para que o paciente esclareça a informação e
antecipe os cuidados de acompanhamento.

Evolução:

• O paciente deverá:
✔ Apresentar menos ansiedade;
✔ Realizar as atividades de autocuidado e se adequar as
alterações do estilo de vida;
✔ Participar dos cuidados de acompanhamento;
✔ Solicitar sempre explicação dos cuidados e exames realizados.
Assistência de Enfermagem
às Doenças Reumáticas
As doenças reumáticas não são exclusividade de uma determinada
faixa etária e abrangem um número muito grande de afecções,
com causas muito diversificadas.

O termo reumatismo não trata de uma doença em particular, mas


de um grande número delas, todas atuantes no sistema
musculoesquelético. Este é o sistema que dá a sustentação
(ossos) e mobilidade (músculos) ao nosso corpo.
Assistência de Enfermagem
às Doenças Reumáticas
Sua estrutura é muito complexa, pois é composto por mais de 230
ossos e cerca de 639 músculos, que desempenham funções
variadas.

Ao movimentarem-se os ossos e os músculos usam as articulações


que, ao mesmo tempo em que os prendem na posição correta,
permitem que executem os movimentos mais variados.
Assistência de Enfermagem
às Doenças Reumáticas
Cada articulação de nosso corpo, além de ossos e músculos, tem
outros componentes de grande importância, como as cartilagens;
tendões; ligamento; bainhas musculares; bursas.
Assistência de Enfermagem
às Doenças Reumáticas

As doenças reumáticas são inflamações (crônicas ou não) em


um ou mais componentes de uma articulação, gerando dores e
incapacidade temporária ou permanente para sua
movimentação adequada.
Assistência de Enfermagem
às Doenças Reumáticas

Existem mais de 100 tipos diferentes de doenças que podem


ser classificadas como reumáticas. Os tipos mais comuns de
reumatismo, no são a artrite, artrose, a tendinite, a gota, as
dores na coluna e a osteoporose.
Assistência de Enfermagem
às Doenças Reumáticas
As doenças reumáticas são basicamente inflamatórias.

A osteoporose, também, é uma doença importante, e


apresenta a redução de massa óssea, resultante da perda de
cálcio em algumas mulheres, após a menopausa.
Assistência de Enfermagem
às Doenças Reumáticas
A artrose ou reumatismo degenerativo é mais comum nas
pessoas com mais de 50 anos, podendo surgir em jovens devido
à obesidade ou a atividades profissionais. Sua principal
característica é a degeneração das cartilagens, provocando dor
e enrijecimento das articulações.

O reumatismo nas partes moles atinge músculos e tendões é


mais comum em pessoas adultas. Em geral, resulta de traumas
provocados por esforços excessivos ou repetitivos.
Assistência de Enfermagem
às Doenças Reumáticas
As doenças reumáticas são um grande problema de saúde
pública no Brasil. Por ser a segunda maior causa de
afastamento temporário do trabalho e a terceira causa de
aposentadorias precoces por invalidez.
Assistência de Enfermagem
às Doenças Reumáticas
No entanto, em sua grande maioria, as doenças reumáticas
podem ser controladas, permitindo uma vida normal,
excetuando-se uma minoria que leva a deformidades, pois
podem atingir a coluna, enrijecendo-a, provocando paralisias e
redução da capacidade de trabalho.
Reumatismo

Sintomas:

• Dor local ou generalizada;


• Inflamação;
• Incapacitação física que poderá ser temporária ou progressiva.

Tratamento:

• O tratamento convencional da medicina moderna é apenas


sintomático, sendo incapaz de atingir o processo mórbido
causador da doença. Não se sabe oficialmente a causa do
reumatismo de modo geral.
Reumatismo

• Sabe-se que é uma doença degenerativa que ocorre numa


situação de predisposição herdada, provocada por fatores
ambientais desencadeantes, principalmente por alimentos
acidificantes, tóxicos e mucogênicos.
Artrite

A Artrite é um termo genérico para designar um grupo de


doenças clínicas caracterizadas pelo comprometimento do
sistema musculoesquelético, especificamente as articulações
do corpo (local onde se juntam dois ou mais ossos).

Existem duas formas mais conhecida de artrite:

• A osteoartrite é uma doença degenerativa em que a


cartilagem que cobre as extremidades ósseas da articulação
se deteriora, causando dor e perda de movimento.
Artrite

• A artrite reumatoide é uma doença inflamatória autoimune


em que o revestimento da articulação se inflama a medida
que parte do sistema imunológico natural do organismo se
desequilibra, o que a torna uma das mais graves e
comprometedoras formas de artrite.
Artrite

Em alguns tipos de artrite, a doença ocorre em função do


tempo, o uso por um longo período ou em excesso de um
determinado subconjunto musculoesquelético pode
comprometer as articulações. Em outras formas, os sintomas e
a causalidade são mais difíceis de serem identificados.
Artrite

Sintomas e Sinais:

• Dor crônica;
• Perda de movimento;
• Limitação das atividades diárias.

Diagnóstico:

• Histórico clínico completo;


• Em alguns casos são utilizadas técnicas de imagem, como
imagens por raios-X ou ressonância magnética.
• Exames de sangue, urina e/ou fluido das articulações
também são utilizados algumas vezes para determinar o
tipo de artrite.
Artrite

Fatores de risco:

• Como não é conhecida a causa de muitas formas de artrite,


os fatores de risco são difíceis de serem determinados. No
entanto, as pesquisas demonstram que existem alguns
aspectos comuns entre os pacientes com artrite, inclusive:
• Idade: o risco de desenvolver a maioria dos tipos de artrite
aumenta com a idade;
• Gênero: 60% de todos os pacientes com artrite são
mulheres;
• Genética: genes específicos são associados com um risco
maior de desenvolver alguns tipos de artrite, como a artrite
reumatoide.
Artrite

Fatores de risco:

• Obesidade: excesso de peso decorrente de uma dieta


inadequada ou falta de exercício pode contribuir tanto para
o surgimento como para o avanço da osteoartrite;
• Ocupação: algumas que envolvem movimentos repetitivos
podem sobrecarregar ou estressar as articulações com o
passar do tempo e aumentar a chance de desenvolvimento
da doença.
• Lesão e Infecção: lesões das articulações (lesões por
esporte), causadas por dano ou doença, também podem
predispor o indivíduo
Artrite

Medidas de prevenção:

• Manter um peso saudável;


• Fazer exercícios;
• Proteger os músculos e articulações por meio de exercícios
de musculação e postura adequados;
• Ingerir uma dieta balanceada e saudável.

Tratamento:

• Aliviar a dor e a inflamação;


• Preservar ou melhorar a função das articulações;
Artrite

Tratamento (cont.):

• Impedir ou retardar a cirurgia.


• Medicamentos que aliviam a dor e inflamação tais como:
AINEs (anti-inflamatório não esteroides), inibidores
seletivos de COX-2 ou analgésicos; prescritos pelo médico.

Cuidados de Enfermagem:
✔ Administrar medicações para o controle da dor e dos distúrbios
do sono prescritos pelo médico;
✔ Ensinar técnicas de relaxamento;
✔ Orientar hábitos saudáveis.
Fibromialgia

A Fibromialgia caracteriza-se por uma condição dolorosa


generalizada e crônica. É considerada uma síndrome porque
engloba uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga,
indisposição, distúrbios do sono.

O paciente descreve sua sensação de dor das mais diferentes


formas: desde um leve incômodo até uma condição
incapacitante. Por vezes relata ardência, dor em pontadas,
rigidez, câimbras.
Fibromialgia

Essas manifestações variam de acordo com o horário do dia,


intensidade dos esforços físicos realizados, condições climáticas,
aspectos emocionais e ligados ao padrão do sono.
Fibromialgia

Causas:

• A causa específica da fibromialgia é desconhecida. Sabe-se,


porém, que os níveis de serotonina são mais baixos nos
portadores da doença e que desequilíbrios hormonais,
tensão e estresse podem estar envolvidos em seu
aparecimento.
Fibromialgia

Sintomas:

• Dor generalizada e recidivante;


• Fadiga;
• Falta de disposição e energia;
• Alterações do sono que é pouco reparador;
• Síndrome do cólon irritável (irritação intestinal);
• Sensibilidade durante a micção;
• Cefaleia;
• Distúrbios emocionais e psicológicos.
Fibromialgia

Diagnóstico:

• O diagnóstico da fibromialgia baseia-se na identificação dos


pontos dolorosos. Ainda não existem exames laboratoriais
complementares que possam orientá-lo.
Fibromialgia

Tratamento:

• O tratamento da fibromialgia exige cuidados


multidisciplinares. No entanto, tem-se mostrado eficaz para
o controle da doença:
• Uso de analgésicos e anti-inflamatórios associados a
antidepressivos tricíclicos;
• Atividade física regular;
• Acompanhamento psicológico e emocional;
• Massagens e acupuntura;
• Repouso relativo.
Fibromialgia

Cuidados de Enfermagem:
✔ Administrar medicações para o controle da dor e dos distúrbios
do sono prescritos pelo médico;
✔ Ensinar técnicas de relaxamento para prevenir espasmos
musculares;
✔ Orientar hábitos saudáveis para melhorar a qualidade de vida e
redução do estresse.
Gota

É uma doença caracterizada pela elevação de ácido úrico no


sangue, o que leva a um depósito de cristais de monourato de
sódio nas articulações. É este depósito que gera os surtos de
artrite aguda secundária que tanto incomodam seus portadores.
Gota

Causas:

• Ausência congênita de um mecanismo enzimático


responsável pela excreção do ácido úrico pelos rins.

• Produção excessiva de ácido úrico pelo organismo devido a


um “defeito” enzimático. Neste caso, a pessoa produz uma
grande quantidade de ácido úrico e os rins não conseguem
eliminá-la. Esta causa é menos comum.
Gota

Causas:

• Alguns medicamentos como diuréticos e o ácido


acetilsalicílico podem levar à diminuição da excreção renal
do ácido úrico.

Sintomas:

• Inchaço do dedo grande do pé acompanhado de dor forte.


A primeira crise pode durar de 3 a 10 dias, e após este
período o paciente volta a levar uma vida normal, o que
geralmente faz com que ele não procure ajuda médica
imediata. Contudo, uma nova crise pode surgir em meses
ou anos e comprometer a mesma ou outras articulações.
Gota

Sintomas:

• Geralmente as crises de artrite aparecem nos membros


inferiores, mas pode haver comprometimento de qualquer
articulação. Sem tratamento, o intervalo entre as crises
tende a diminuir e a intensidade a aumentar.

• O paciente que não se trata pode ter suas articulações


deformadas e ainda apresentar depósitos de cristais de
monourato de sódio em cartilagens, tendões, articulações e
bursas.
Gota

Diagnóstico:

• Só é possível fazer o diagnóstico de gota na primeira crise


se forem encontrados cristais de ácido úrico no líquido
aspirado da articulação. Caso contrário, não é possível
definir o diagnóstico antes de descartar outras causas
possíveis.

• Se a taxa de ácido úrico estiver normal durante a crise, mas


mesmo assim houver suspeita do desenvolvimento da
doença, o médico deverá indicar uma nova dosagem dentro
de 2 semanas. Um exame de raio-X pode ajudar a definir o
quadro.
Gota

Tratamento:

• Não há cura definitiva para a gota, já que a maioria dos


casos acontece devido a falhas na eliminação ou na
produção do ácido úrico. Como ambas as causas são
genéticas, o tratamento não é definitivo. Geralmente são
indicados dieta e medicamentos para diminuir a taxa de
ácido úrico no sangue e, consequentemente, evitar as
crises de gota.
Gota

Cuidados de Enfermagem:
✔ Orientar a não comer frutos do mar, miúdos, excesso de carne
vermelha, quando os níveis de ácido úrico estiverem altos para
não desencadear uma crise;
✔ Orientar a não abandonar o tratamento porque o nível de ácido
úrico sobe novamente levando a deformidades das articulações.
Lúpus Eritematoso

O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença inflamatória


crônica, multissistêmica, de causa desconhecida e de natureza
autoimune, caracterizada pela presença de diversos auto
anticorpos.
Lúpus Eritematoso

Manifestações clínicas:

• São muito variáveis entre os pacientes. As queixas gerais


mais frequentes são: Mal-estar, febre, fadiga,
emagrecimento e falta de apetite, as quais podem
anteceder outras alterações por semanas ou meses.

• Os pacientes já poderão estar sentindo dor articular ou


muscular leve e apresentando manchas vermelhas na pele
que passam por urticária. As alterações mais frequentes
ocorrem na pele e articulações.
Lúpus Eritematoso

Diagnóstico:
Baseia-se pela presença de pelo menos 4 critérios dos 11
citados a seguir:
• Eritema malar;
• Lesão discoide;
• Fotossensibilidade;
• Úlceras orais/nasais;
• Artrite;
• Serosite;
• Comprometimento renal;
• Alterações neurológicas;
• Alterações hematológicas;
• Alterações imunilógicas;
• Anticorpos antinucleares
Lúpus Eritematoso

Tratamento medicamentoso:

• O tratamento medicamentoso deve ser individualizado para


cada paciente e dependerá dos órgãos ou sistemas
acometidos, e da gravidade destes acometimentos.

• O tratamento de pacientes com comprometimento de


múltiplos sistemas deverá ser orientado para o
comprometimento mais grave.
Lúpus Eritematoso

Tratamento medicamentoso:

• Quando houver manifestação que não responda a uma


droga, pode ser necessário fazer uso simultâneo de diversos
medicamentos. Por exemplo, paciente com nefrite e lesões
cutâneas, pode necessitar de corticoides e imunossupressor
para o tratamento da nefrite, associado ao uso de
talidomida para o tratamento da lesão cutânea refratária.
Lúpus Eritematoso

Tratamento medicamentoso:

• Independente do órgão ou sistema afetado, o uso contínuo


de antimaláricos como 4 mg/kg/dia de difosfato de
cloroquina ou 6 mg/kg/dia de sulfato de hidroxicloroquina
é indicado com a finalidade de reduzir atividade da doença
e tentar poupar o uso de corticoides.

• Além dos antimaláricos, os glicocorticoides são as drogas


mais utilizadas no tratamento. A dose de glicocorticoides
varia de acordo com a gravidade de cada caso.
Lúpus Eritematoso

Cuidados de Enfermagem:
✔ Orientar o paciente e os familiares, o que é a doença, sua
evolução, riscos e os recursos disponíveis para diagnóstico e
tratamento;
✔ Motivar o paciente para o tratamento, estimulando os projetos
de vida;
✔ Orientar o repouso nos períodos de atividade sistêmica da
doença e estimular atividade física regular;
✔ Recomendar a adoção de uma dieta balanceada;
✔ Orientar a proteção contra luz solar e irradiação ultravioleta.
Sistematização da Assistência de Enfermagem -
Afecções das Doenças Reumáticas
Diagnóstico de Enfermagem:

• Dor crônica relacionada às lesões inflamatórias locais e


sistêmicas;

• Déficit do autocuidado relacionado à perda de movimentos,


a fraqueza muscular, à dor, à rigidez, ou a fadiga,
secundários ao processo da doença;

• Manutenção do lar prejudicada relacionada à capacidade


prejudicada para realizar as tarefas domésticas, secundária
à mobilidade limitada e a dor.
Sistematização da Assistência de Enfermagem -
Afecções das Doenças Reumáticas
Padrões do sono prejudicado relacionado à dor;

• Processo familiar interrompido relacionado à dificuldade e


incapacidade da pessoa enferma de assumir as
responsabilidades, secundárias à fadiga e movimentos
limitados.
Sistematização da Assistência de Enfermagem -
Afecções das Doenças Reumáticas
Cuidados de Enfermagem:
✔ Administrar medicações prescritas pelo médico para o controle
da dor e dos distúrbios do sono;
✔ Ensinar técnicas de relaxamento para prevenir espasmos
musculares e um sono mais tranquilo;
✔ Orientar repouso;
✔ Ensinar o autocuidado respeitando as limitações da doença e
solicitando ajuda de um acompanhante;
✔ Explicar a família o processo da doença e as condutas prescritas.
Sistematização da Assistência de Enfermagem -
Afecções das Doenças Reumáticas
Evolução:

O paciente deverá:

• Apresentar menos dor;


• Realizar as atividades de autocuidado com limitações, se
adequando as alterações do estilo de vida.
• Fortalecer o vínculo com o núcleo familiar.
Assistência de Enfermagem às Patologias
do Sistema Cardiovascular
As doenças cardiovasculares são consideradas a principal causa
de mortalidade no Brasil e no mundo. A doença arterial
obstrutiva periférica compromete aproximadamente 12% da
população geral e 20% dos indivíduos com mais de 70 anos.

CAUSAS DE MORTALIDADE – CID 10 NÚMEROS ABSOLUTOS BRASIL

Doenças do Aparelho Circulatório 248.983

Causas Externas 118.664

Neoplasias 103.100

Moléstias Respiratórias 88.181

Total 906.033

Números de mortalidade por doenças cardiovasculares


Anamnese Geral de Enfermagem
ao Paciente Cardiopata
Queixas Comuns:

• Dispneia (dificuldade para respirar);


• Ortopneia (dificuldade para respirar deitado, comum em
pacientes portadores de ICC);
• Taquicardia (aumento da frequência cardíaca);
• Dor (comum na angina);
• Fadiga (cansaço devido ao esforço do músculo cardíaco e ao
esforço respiratório);
• Síncope (sensação de desmaio causada pela queda do
aporte sanguíneo ao cérebro);
• Edema (acúmulo de líquido, decorrente da insuficiência do
coração como bomba condutora de sangue).
Anamnese Geral de Enfermagem
ao Paciente Cardiopata
Antecedentes Pessoais e Familiares:

• Hábitos de vida: Sedentarismo, Tabagismo, Alcoolismo ou


Uso de anticoncepcionais;
• Hábitos alimentares;
• Condições socioeconômicas e culturais.

Dados Gerais:

• Idade: Anomalias congênitas, Moléstia reumática, Doença


de Chagas, HAS, Cardiopatias ateroscleróticas (angina/ IAM);
• Sexo: Lesões mitrais (mulheres) e Aterosclerose (homens);

• Raça: Anemia falciforme comum na raça negra;


Anamnese Geral de Enfermagem
ao Paciente Cardiopata
Dados Gerais:

• Esforço físico: Profissão/ Estresse emocional;


• Doenças: Naturalidade e Regiões endêmicas;
• Antecedentes pessoais: Hipertensão/ lesões renais/ Relação
entre doenças estreptocócicas: oro valvares e orofaringe/
Alimentação/ Fatores genéticos.
Anamnese Geral de Enfermagem
ao Paciente Cardiopata
Dor Precordial:

• Origem: Coração/ pleura/ esôfago/ estômago/ aorta/


mediastino.
• Queixa de dor: opressiva/ aperto/ peso/ queimação/
sufocação.
• Localização da dor: irradiação/ frequência/ fatores
desencadeantes/ agravantes/ atenuantes/ intensidade de
duração.
• Sintomas concomitantes: náuseas, vômitos, sudorese fria/
periodicidade.
Anamnese Geral de Enfermagem
ao Paciente Cardiopata
Características:

• Localização: Retroesternal, perimamilar, dor nas


articulações;
• Duração: > 1 minuto já se pode ter risco de infarto agudo
do miocárdio;
• Qualidade: Constritiva, sensação de nó na garganta, facada,
queimação, ardência, pontada, formigamento, ardência;
• Intensidade: Leve (não fixa): sensação de peso e
desconforto; Moderada: aumento da atividade física;
Intensa: Sofrimento, sudorese, palidez angústia, sensação
de morte iminente.
• Fatores desencadeantes ou agravantes: O aumento do
esforço físico aumenta o trabalho cardíaco.
Anamnese Geral de Enfermagem
ao Paciente Cardiopata
Outros parâmetros:

• Cianose: locais e fatores desencadeantes.


• Alterações vasculares periféricas: frio, dormência,
descolorações, edema, hipersensibilidade.
• Edema: principalmente em membros inferiores durante
todo o dia. Medir o edema através da escala de cruzes (de +
a ++++).
• Limitações de atividades: intolerância aos exercícios,
dispneia aos esforços.
• Fatores associados ao sono: nictúria, ortopneia
(necessitando uso de travesseiros), suores noturnos.
• Nível de conhecimento do paciente sobre a doença:
interfere na adesão ao tratamento.
Anamnese Geral de Enfermagem
ao Paciente Cardiopata
Outros parâmetros:

• Outros fatores relacionados: diaforese, síncopes, vertigens,


palpitações, náuseas, edema, vômitos, cefaleias,
formigamento digital, estase de jugular e ascite.

Dados do exame físico:

• Nível de consciência;
• Dor precordial – intensidade da dor (0 a 10) e duração;
• Frequência e ritmos cardíacos;
• Pressão arterial;
• Pulso (radial, braquial, femoral, poplíteo, carotídeo);
• Frequência do pulso: 60 a 80 bpm (estimativa).
Anamnese Geral de Enfermagem
ao Paciente Cardiopata
Pulmões: Padrões respiratórios que podem ser encontrados:

• Taquipneia: dor, ansiedade, insuficiência cardíaca;


• Cheyne-stokes: pode prever uma parada cardíaca;
• Tosse seca: comum em pacientes portadores de
insuficiência cardíaca;
• Secreção: aspecto róseo indica edema pulmonar agudo;
• Estertores: indica dificuldade da passagem do ar através
dos brônquios;
• Efeitos medicamentosos: analgésicos sedativos deprimem o
centro regulador da respiração;
• Sibilos: resultado da compressão vias aéreas pequenas por
edema intersticial pulmonar;
Anamnese Geral de Enfermagem
ao Paciente Cardiopata
• Uso de betabloqueadores (propanolol): pode causar
estreitamento das vias aéreas, principalmente pacientes
com doença pulmonar de base.

Abdome:

• Função gastrointestinal: Perguntar sobre a frequência de


náuseas, vômitos e fezes.
• Reflexo hepatojugular: Ingurgitamento hepático ocorre em
decorrência do menor retorno venoso, consequência de
Insuficiência Ventricular Direita.
• Débito urinário: O bom débito urinário indica também um
bom funcionamento do coração.
Anamnese Geral de Enfermagem
ao Paciente Cardiopata
Extremidades:

• Observar coloração das extremidades que podem estar


cianóticas, o que indica uma má perfusão arterial para
nutrir os tecidos, traduzindo insuficiência no processo de
troca gasosa que ocorre a nível alveolar, comum em
pacientes cardiopatas graves.

• Teste de perfusão capilar: apertar a ponta do dedo do


paciente e observar o tempo do retorno do sangue, se
maior que 2 segundos, já indica má perfusão sanguínea.
Sistema Cardiovascular.

Componentes;
• Miocárdio;
• Vasos
sanguíneos
como veias,
artérias e
capilares.

https://www.significados.com.br/foto/
cardiovascular-2.jpg
Sistema Cardiovascular.

Principais doenças;
• Doença Arterial Coronariana (DAC);
• Arteriosclerose;
• Angina Pectoris - Síndrome Coronária Aguda;
• Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS);
• Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC);
• Endocardite Bacteriana;
• Endocardite Reumática;
• Doença da Febre Reumáica.
Doença Arterial Coronoriana (DAC):

A doença arterial coronariana (DAC) é o tipo mais prevalente


de doença cardiovascular no nosso meio, por isso a importância
do profissional de enfermagem conhecer os tipos de doenças
cardíacas, bem como a sua prevenção, fatores de risco,
diagnóstico e tratamento.

A aterosclerose é um acúmulo de gordura ou lipídios e de


tecido fibroso na parede vascular, tornando difícil ou
obstruindo a passagem do sangue oxigenado para o miocárdio,
provocando isquemia cardíaca.
Doença Arterial Coronoriana (DAC):

Manifestações Clínicas:

• A aterosclerose coronariana produz sinais e sintomas de


acordo com a localização e o grau de estreitamento da luz
arterial, a formação de trombos e a obstrução de fluxo
sanguíneo para o miocárdio.

• Em geral, esse comprometimento do vaso sanguíneo é


progressivo.
Doença Arterial Coronoriana (DAC):

Fatores de Risco:

• Hipertensão Arterial;
• Hereditariedade;
• Tabagismo;
• Diabetes Mellitus;
• Sedentarismo;
• Obesidade;
• Estresse Emocional.
Doença Arterial Coronoriana (DAC):

Tratamento

• O tratamento da DAC fundamenta-se na prevenção dos


quatro fatores de risco modificáveis, os quais recebem
maior atenção nos programas governamentais de
prevenção à saúde.
Arteriosclerose

Com o avançar da idade, ocorre uma série de alterações


estruturais no sistema vascular, dentre elas, a arteriosclerose,
na qual as paredes dos vasos tornam-se irregulares, além de
calcificadas e também perdem a elasticidade, ou seja, ficam
menos distensíveis e menos complacentes.
Arteriosclerose

Quando estressado por exercício ou doença, o coração do idoso


pode apresentar débito cardíaco diminuído, que, combinado
com as alterações vasculares, causa alterações no desempenho
total associado ao envelhecimento.
Angina Pectoris - Síndrome
Coronária Aguda
A dor torácica é a manifestação mais comum entre pacientes
com doença cardíaca, sendo a segunda queixa mais comum que
se apresenta nos serviços de emergência.

A dor torácica pode ser classificada como Síndrome Coronária


Aguda (SCA) ou Angina Instável e Angina Estável, não sendo
sempre de fácil diagnóstico clínico, pois podem ser confundidas
com úlceras gástricas, gastrites, ou até mesmo, dores nas costas.
Angina Pectoris - Síndrome
Coronária Aguda
O seu diagnóstico é feito através de exames simples e de rápida
interpretação do exame de sangue para verificar a variação das
enzimas cardíacas e o eletrocardiograma (ECG), exame que
através da avaliação do ritmo cardíaco, consegue-se detectar
anormalidades referentes à isquemia ou infarto.

Podemos conceituar a Angina Pectoris como o resultado do


comprometimento do suprimento sanguíneo miocárdico.
Angina Pectoris - Síndrome
Coronária Aguda
Curso Clínico da Angina Pectoris

Localização da dor: A dor que traduz Isquemia Miocárdica


localiza-se com maior frequência em região retroesternal,
podendo irradiar-se para:

• Braço esquerdo e frequente braço direito;


• Pescoço;
• Mandíbula;
• Regiões Escapulares.
Angina Pectoris - Síndrome
Coronária Aguda
O desconforto é descrito como pressão, aperto ou constrição dentro do
peito, como demonstra a figura abaixo:
Angina Pectoris - Síndrome
Coronária Aguda
Ocorrência da dor: Qualquer condição que aumente a
demanda de oxigênio é capaz de produzir angina. Esta relação
(atividade → dor → repouso → cessação da dor) é tipo da
angina estável.

• Esforço Físico.
• Estresse Emocional súbito.
• Medo.
• Raiva.

Duração da Dor: A angina é caracteristicamente de curta


duração, poucos segundos, um ou dois minutos, antes de
diminuir ou cessar com o repouso.
Angina Pectoris - Síndrome
Coronária Aguda
Alívio da dor: Uma característica bem marcante da Angina
Pectoris é o pronto alívio da dor após o uso da Nitroglicerina,
essa juntamente com outros Nitratos, age dilatando as artérias
coronarianas, aumentando o fluxo sanguíneo e o suprimento de
oxigênio para o miocárdio.
Angina Pectoris - Síndrome
Coronária Aguda

Efeitos do Nitrato
Angina Pectoris - Síndrome
Coronária Aguda
Angina Estável e Angina Instável:

Angina Estável: Na maioria dos casos, a Angina Pectoris se


comporta de maneira previsível, aparecendo com certos tipos
de esforços físicos ou estresse emocional e é aliviada
rapidamente com o repouso e o uso de nitratos.

Angina Instável: Quando o padrão da dor piora subitamente e


se torna imprevisível, ocorrendo espontaneamente ou durante
o repouso, e quando não é mais controlada pelos nitratos
sublinguais. A angina instável geralmente indica um avanço da
doença coronariana e apresenta maior morbidade do que a
angina estável, podendo evoluir para um Infarto Agudo do
Miocárdio (IAM).
Angina Pectoris - Síndrome
Coronária Aguda
Infarto Agudo do Miocárdio:

É a destruição tecidual do músculo cardíaco, o miocárdio,


decorrente de um suprimento sanguíneo insuficiente através
das artérias coronárias, provocadas por um trombo ou um
êmbolo ou devido à oclusão das artérias por aterosclerose.
Angina Pectoris - Síndrome
Coronária Aguda
Infarto Agudo do Miocárdio:
Angina Pectoris - Síndrome
Coronária Aguda
Quadro Clínico:

Dor retroesternal constrictiva, onde o paciente refere “uma dor


na alma” com duração superior a 30 minutos, podendo irradiar
para mandíbula, costas, região do epigástrio e ombros,
principalmente o esquerdo, apresentando náuseas, vômitos,
sudorese, agitação e ansiedade, pele fria e úmida, taquicardia,
hipotensão, dispneia e fraqueza muscular generalizada.
Angina Pectoris - Síndrome
Coronária Aguda
Complicações:

Disfunção de ventrículo esquerdo causando: hipotensão,


taquicardia e crepitações pulmonares (acúmulo de líquido),
disfunção de ventrículo direito, gerando estase venosa jugular,
hepatomegalia, insuficiência mitral.

Outras complicações poderão aparecer no paciente infartado


como as arritmias, o choque cardiogênico e a parada
cardiorrespiratória, as quais poderão levar ao óbito.
Angina Pectoris - Síndrome
Coronária Aguda
Tratamento:

Consiste em preservar a função miocárdica, gerando o mínimo


esforço por parte do paciente, desta forma, ele consumirá
menos oxigênio e o músculo cardíaco irá esforçar-se pouco,
prevenindo as complicações citadas acima e uma nova
reincidência do IAM.
Angina Pectoris - Síndrome
Coronária Aguda
Tratamento:

O tratamento medicamentoso é feito através do uso da morfina


que tem a função do alívio da dor e da ansiedade, dos nitratos
para aumentar a perfusão coronariana e dos antiagregantes
plaquetários como o AAS (ácido acetilsalicílico) que evita a
formação de novos trombos e êmbolos pelo sistema de
coagulação, que neste momento, encontra-se em
hiperatividade.
Angina Pectoris - Síndrome
Coronária Aguda
Diagnóstico:

É estabelecido através da análise da sintomatologia clínica


juntamente com os resultados dos achados no ECG (supra
desnivelamento do segmento ST), sendo o exame mais
importante no diagnóstico do IAM.
Angina Pectoris - Síndrome
Coronária Aguda
Assistência de Enfermagem:
✔ Consiste em saber identificar os sintomas do IAM para poder
agir de forma rápida e eficiente na recuperação do cliente.
✔ Manter o paciente em decúbito elevado no leito (entre 45 e
90º);
✔ Manter o paciente em monitorização hemodinâmica;
✔ Promover ambiente calmo e seguro para o paciente;
✔ Dar apoio emocional ao paciente;
✔ Assegurar a permeabilidade dos cateteres venosos (puncionar 2
acessos venosos – sendo um para administração de drogas e
outro para soro);
✔ Identificar o tipo de dor e comunicar ao médico;
✔ Aliviar a dor, administrando a medicação prescrita;
Angina Pectoris - Síndrome
Coronária Aguda
Assistência de Enfermagem:
✔ Manter vigilância contínua quanto às possíveis complicações:
arritmias, choque cardiogênico.
✔ Verificar SSVV; Observar resposta ao tratamento
medicamentoso;
✔ Administrar oxigênio;
✔ Manter material de urgência próximo ao leito;
✔ Observar e orientar quanto ao repouso absoluto;
✔ Orientar o paciente quanto aos hábitos de vida adequados.
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS):

A hipertensão é uma doença de alta prevalência em nosso meio,


atingindo cerca de 15 a 20% da população adulta maior de 18
anos e chega a 50% nos idosos.

Pode ser definida como um aumento crônico dos valores


diastólicos, sistólicos ou de ambos, de forma a desestabilizar o
sistema cardiovascular, podendo danificar vários órgãos do
nosso organismo ao longo do tempo, principalmente órgãos
nobres como rins, fígado, coração e ainda os olhos.
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS):

A pressão arterial do adulto pode ser classificada com os níveis


pressóricos de acordo com o quadro abaixo:

PAD (mmHg) PAS (mmHg) CLASSIFICAÇÃO

< 85 < 130 NORMAL

85-89 130-139 NORMAL LIMÍTROFE

90-99 140-159 HIPERTENSÃO LEVE (ESTÁGIO I)

100-109 160-179 HIPERTENSÃO MODERADA (ESTÁGIO II)

≥ 110 ≥ 180 HIPERTENSÃO GRAVE (ESTÁGIO III)

< 90 ≥ 140 HIPERTENSÃO SISTÓLICA ISOLADA

Classificação da Pressão Arterial


Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS):

Observação - A numeração correspondente aos estágios da


hipertensão, referem-se à repercussão em danos aos órgãos
alvo: o estágio I (sem evidência de repercussão em órgão alvo),
o estágio II (pelo menos uma lesão em órgão alvo, como
exemplo, a hipertrofia cardíaca) e o estágio III (indica
repercussão mais grave em coração, cérebro, fundo de olho,
rins, vasos).
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS):

Hipertensão primária: é também conhecida como pressão


essencial, é a pressão alta a partir de uma causa desconhecida.
Este tipo de patologia é chamado também de “assassina
silenciosa”, por não apresentar sintomas e o paciente não saber
que é hipertenso, descobrindo na maioria das vezes por um
acaso ou exame de rotina.

Hipertensão Secundária: é a pressão alta a partir de uma causa


conhecida, como por exemplo, doença renal, DAC,
hipercolesterolemia.
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS):

Causas:

As principais causas são: idade acima de 55 anos, história


familiar de hipertensão, obesidade, cintura acima de 98 cm no
homem e 85 cm na mulher, etnia negra, sedentarismo, estresse,
dislipidemias, DM e tabagismo.

Fatores de risco:

Geralmente são os mesmos que acompanham a doença arterial


coronariana, além da hipercolesterolemia e o diabetes mellitus.
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS):

Manifestações Clínicas:

Cefaleia em região occipital ao acordar que regride


espontaneamente após algumas horas, tontura, taquicardia,
fadiga e impotência, comprometimento vascular (epistaxe,
hematúria, fraqueza e visão embaçada), dor torácica, dispneia,
edema periférico se houver insuficiência cardíaca.
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS):

Fisiopatologia:

A pressão arterial é controlada pelos rins, através do sistema


renina-angiotensina, quando a angiotensina I é convertida em
angiotensina II acontece uma potente vasoconstricção na
musculatura lisa dos vasos (e assim aumenta a resistência
vascular periférica), além de diminuir a excreção renal de sódio
(mediado pela aldosterona), consequentemente, aumenta a
pressão arterial, pois quando os rins não eliminam sódio,
também não eliminam água, aumentando o volume
intravascular.
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS):

Podemos entender o processo fisiopatológico na abaixo:

Processo Fisiopatológico
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS):

Diagnóstico:

Exame simples de urina pode mostrar proteínas, hemácias,


leucócitos ou glicose; exame de sangue que mostre os níveis de
potássio, sódio, ureia e creatinina aumentados, ECG, radiografia
de tórax (para mostrar um possível aumento de área cardíaca),
oftalmoscopia.

Tratamento não farmacológico:

É suficiente nos casos de pré-hipertensão, na maioria dos casos


de hipertensão nível I e em alguns casos de hipertensão nível II,
e inclui: redução do peso, dieta saudável, cessar o etilismo e o
tabagismo e fazer atividade física.
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS):

Tratamento farmacológico:

Só deverá ser iniciado imediatamente nos casos de hipertensão


significativa ou persistente ou nos casos de hipertensão
moderada associada a dois fatores de risco ou repercussão em
órgão alvo;

• Tiazídicos: provocam a redução da resistência periférica


(HIDROCLOROTIAZIDA);
• Beta-bloqueadores: provocam a redução do débito cardíaco
e da FC (ATENOLOL, PROPRANOLOL, METOPROLOL);
• Inibidores da enzima conversora da angiotensina
(CAPTOPRIL, ENALAPRIL);
• Antagonista de receptores de angiotensina (LOSARTAN);
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS):

Tratamento farmacológico:

• Bloqueadores do canal de cálcio: hipotensores


vasodilatadores (VERAPAMIL, DILTIAZEN);
• Alfa e beta-bloqueadores: antagonistas mistos que agem
nos receptores B1 cardíacos, reduzindo a FC e o DC, e nos
receptores A periféricos produzindo vasodilatação
(CARVEDILOL);
• Simpaticominéticos de ação central: hipotensores potentes
(METILDOPA);
• Diuréticos de alça (FUROSEMIDA);
• Drogas auxiliares (AAS e ansiolíticos).
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

É o estado fisiopatológico em que uma anormalidade da função


cardíaca é responsável pela falência do coração em bombear
sangue em uma velocidade e/ou força adequadas para atender
às exigências dos tecidos, ou em repouso ou em exercício.

Embora essa síndrome tenha sido extensivamente tratada e


pesquisada, ainda permanece como uma causa dominante de
morte. Há um aumento de incidência de ICC na população
idosa, com uma prevalência de aproximadamente 10% por
volta de 75 anos.
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

Por trás da insuficiência cardíaca, estão problemas


extremamente comuns na população, como a HAS, a DAC, a
arteriosclerose, além de uma variedade de outras etiologias,
tais como o etilismo crônico, infecções virais, disfunções
valvares, diabetes mellitus, etc.
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

Epidemiologia:

Os dados da ICC são crescentes:

• A população idosa é crescente, isto significa doenças


degenerativas aumentando.
• Brasil tem cerca de 6,4 milhões de portadores de ICC.
• Ministério da Saúde diz que em 2003 houve 203.893
internações por ICC, totalizando 14 mil óbitos.
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

Fisiopatologia:

Quando o débito cardíaco cai após agressão miocárdica,


mecanismos neuro-hormonais são ativados com o objetivo de
preservar a homeostase circulatória.

https://www.mdsaude.com/wp-content/
uploads/insuficiencia-cardiaca-1.jpg
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

Fisiopatologia:

A taquicardia (aumento da FC) provoca maior gasto energético,


levando ao acometimento de arritmias por hipertrofia e
enfraquecimento das fibras cardíacas.

Classificação

• Classe Funcional I.
• Classe Funcional II.
• C. Funcional III.
• C. Funcional IV.
• Fração de ejeção.
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

Tipos de Insuficiência Cardíaca:

1- ICC esquerda;
2- ICC direita;
3- ICC biventricular;
4- ICC sistólica;
5- ICC diastólica;
6- ICC de baixo débito.
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

Quadro clínico:

• Dispneia ao esforço progressiva;


• Dispneia paroxística noturna;
• Edemas;
• Ascite;
• Fadiga;
• Hipotensão arterial;
• Débito urinário baixo;
• Palidez cutaneomucosa;
• Pele fria e úmida;
• Ortopneia;
• Congestão sistêmica e/ou pulmonar.
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

Quadro clínico:

Edema
s
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

Exame Físico:

• Padrão respiratório;
• Aspecto da cutaneomucosa;
• Presença de edemas;
• Palpação abdominal;
• FC, PA, Saturação de O2;
• Débito urinário;
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

Diagnóstico clínico:

• RX de tórax (avalia congestão pulmonar e tamanho da área


cardíaca);
• ECG (avalia arritmias);
• Ecocardiograma (examina a estrutura interna cardíaca e a
força de ejeção);
• Exames laboratoriais (Hemograma, Glicemia, Eletrólitos,
ureia, creatinina, etc.)
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

ÁREA CARDÍACA AUMENTADA CONGESTÃO PULMONAR

Raio X do Tórax
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

Assistência de Enfermagem:

• Repouso no leito, verificando o posicionamento correto (45


e 90º);
• Redução da ansiedade e do estresse para não aumentar a
frequência cardíaca;
• Promover perfusão tecidual normal através do suporte de
oxigênio via cateter tipo máscara;
• Administração medicações prescritas: digitálicos /
diuréticos / vasodilatadores (nitroprussiato de sódio/
nitroglicerina);
• Atenção aos sinais de intoxicação digitálica (bradicardia,
tontura, náusea);
• Atenção em verificar a FC antes da administração do
digitálico;
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

Assistência de Enfermagem:

• Administrar os diuréticos pela manhã;


• Realizar balanço hídrico;
• Peso diário em jejum;
• Avaliação do turgor cutâneo e das membranas
(desidratação e edema);
• Atenção sinais de hipocalemia/ hiponatremia/
hiperuricemia/ hiperglicemia.
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

Complicações:

• Tromboembolismo pulmonar;
• Arritmias cardíacas;
• Choque cardiogênico.

Tratamento clínico:

O objetivo do tratamento é restabelecer a função contrátil,


revertendo os mecanismos compensatórios que estão
causando as manifestações clínicas.
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

Não farmacológico: Cirurgia de plastia valvar, revascularização


do miocárdio e transplante nos casos graves.

Farmacológico: Vasodilatadores (Captopril, Enalapril),


Digitálicos (Digoxina), Diuréticos (Hidroclotiazida e Furosemida),
Antagonista da Aldosterona (Espirolactona/Aldactone),
Betabloqueadores (carvedilol, metoprolol).

Agentes inotrópicos positivos - não digitálicos (dobutamina)


aumenta a força contrátil.
Endocardite Bacteriana

A endocardite infecciosa aguda geralmente é causada por


microrganismos oportunistas, como por exemplo,
(staphylococcus, enterococus, pneumococus e streptococus),
alojando-se nas válvulas previamente normais, provocando
infecção invasiva, ulcerativa e necrosante.

É comum em idosos por causa da imunidade diminuída em


relação às respostas invasivas.
Endocardite Bacteriana

Manifestações clínicas:

As manifestações gerais incluem queixas de:

• Indisposição;
• Febre intermitente;
• Anorexia;
• Perda de peso;
• Tosse seca;
• Dor nas costas e nas articulações;
• Hemorragias com centros pálidos no fundo dos olhos
(máculas de Roth).
Endocardite Bacteriana

Agentes Etiológicos:

• Streptococcus (65%)
• Streptococcus viridians (35%)
• Streptococcus bovis (15%)
• Streptococcus faecalis (10%)
• Estafilococo (25%)
Endocardite Bacteriana

Tratamento:

O objetivo do tratamento é erradicar o organismo invasor


administrando-se doses adequadas de um agente
antimicrobiano apropriado.
Depois que o paciente recupera-se do processo infeccioso,
poderá ser necessário substituir as válvulas caso elas tenham
sido gravemente lesionadas.
Endocardite Reumática

A endocardite reumática resulta diretamente da febre


reumática provocada pela infecção por Estreptococcus do
grupo A.

A lesão cardíaca e as lesões articulares da endocardite


reumática não têm origem infecciosa.
Endocardite Reumática

Os leucócitos acumulam-se nos tecidos afetados e formam


nódulos, os quais, eventualmente, são substituídos por
cicatrizes. A miocardite reumática desenvolve-se, o que
enfraquece temporariamente a força contrátil do coração.
Endocardite Reumática

Manifestações Clínicas:

Elas consistem no ponto de partida de um processo que


espessa gradualmente os folhetos, tornando-os mais curtos e
mais espessos que o normal e impedindo que eles se fechem
por completo.

https://blog.bjcvs.org/wp-content/
uploads/2018/07/
Captura_de_Tela_2018-07-23_%C3%A0
s_1.17.15_PM.png
Endocardite Reumática

Em outros pacientes, as bordas inflamadas dos folhetos


valvulares sofrem aderência, resultando em estenose valvar.

https://www.researchgate.net/profile/Leonardo-
Guimaraes-2/publication/326644095/figure/fig1/
AS:673322215944198@1537543934884/Figura-1-A-mostra-a-
anatomia-da-valva-mitral-com-todos-os-seus-componentes-
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Endocardite Reumática

Manifestações Clínicas: Os sinais e sintomas da faringite


estreptocócica são;
• Febre (38,9 a 40ºC);
• Calafrios;
• Faringite;
• Rubor e exsudato da orofaringe;
• Linfonodos aumentados e dolorosos;
• Dor abdominal;
• Sinusite aguda e otite média aguda.
Endocardite Reumática

Tratamento:

Os objetivos do tratamento médico são erradicar o organismo


causador e evitar as complicações adicionais.
Endocardite Reumática

Prolapso de Valvula Mitral:

• Epidemiologia - Sobretudo mulheres entre 14 e 30 anos


(curso benigno); familiar (AD?).

• Etiologia - congénita (maioria), reumática, isquemia,


cardiomiopatias.

• Patofisiologia – Aumento do tecido valvular (degeneração


mitral isolada ou sistêmica).
Endocardite Reumática

Avaliação:

• ECG (normal; por vezes T bifásica/invertida II, III e AVF; A/


VPCs esporádicas);
• Ecocardiograma (implica prolapso de 2mm; se
espessamento ↑risco insuficiência e endocardite).

Terapêutica:

• profilaxia endocardite se sopro ou espessamento;


• β-bloqueantesse toracalgia; antiarrítmicos se arritmia
sintomática;
• AAS (ou mesmo anticoagulantes) se AITs;
• cirurgia se regurgitação grave.
Endocardite Reumática

Assistência de Enfermagem:

• Repouso no leito, verificando o posicionamento correto;


• Redução da ansiedade e do estresse para não aumentar a
frequência cardíaca;
• Promover perfusão tecidual normal através do suporte de
oxigênio via cateter tipo máscara;
• Administração medicações prescritas: drogas antiarrítmicas
que ajudam a controlar batimentos cardíacos irregulares,
Propranolol é ministrado para palpitações ou dor no peito.
• Administrar os diuréticos e anticoagulantes para prevenir
coágulos decorrentes da fibrilação arterial.
• Realizar balanço hídrico,
• Peso diário em jejum.
Doença da febre reumática

A Febre Reumática é doença autoimune sistêmica, e inclui


manifestações neurológicas, cardiovasculares, osteoarticulares
e cutâneas.

Fisiopatologia:

O agente etiológico o estreptococo do grupo A, ou


Streptococcus pyogenes contém na camada mais externa as
proteínas M, T e R e o ácido lipotecoico, que é responsável pela
adesão da bactéria à fibronectina do epitélio da orofaringe,
iniciando assim a colonização bacteriana.
Doença da febre reumática

Fisiopatologia:

O papel dos anticorpos na FR parece ser mais importante


durante a fase inicial da FR, causando entre outros, artrite por
depósito de imunocomplexos nas articulações.
A inflamação no pericárdio muitas vezes assintomática, só
aparece em pacientes que apresentam-se tardiamente com
sintomas decorrentes de sequelas valvares reumáticas, não
sabendo relatar sintomatologia compatível com surto agudo
reumático.
Doença da febre reumática

Tipos:

• Cardite Leve – Paciente com quadro de taquicardia


desproporcional à febre, abafamento da primeira bulha,
sopros sistólicos regurgitativos discretos em área mitral,
aumento do intervalo PR no eletrocardiograma (ECG), com
área cardíaca normal à radiografia.
Doença da febre reumática

Tipos:

• Cardite Moderada – Compreende os sintomas da cardite


leve acrescidos de pericardite (dor precordial que melhora
com a posição genopeitoral, e piora com o decúbito e com
a inspiração, acrescida de atrito pericárdico à ausculta). Os
sopros em geral são mais intensos e há aumento discreto a
moderado da área cardíaca, podendo haver imagem
cardíaca sugestiva de derrame pericárdico.
Doença da febre reumática

Tipos:

• Cardite Grave - O principal sintoma da cardite grave é a


insuficiência cardíaca. Pode ocorrer já no primeiro surto de
FR, mas é mais comum nas recorrências desta. Pode se
iniciar de forma inespecífica, com anorexia, astenia, palidez,
taquipneia, principalmente em crianças.
Doença da febre reumática

Tratamento:

As medidas gerais são muito importantes, como restrição


hidrossalina e repouso absoluto,.
A cardite deve ser tratada necessariamente com anti-
inflamatórios hormonais. O anti-inflamatório de escolha é a
Predinisona.
Doença da febre reumática

Tratamento:

A profilaxia primária é baseada no diagnóstico precoce dos


portadores de infecções estreptocócicas de orofaringe e seu
tratamento com antibióticos bactericidas.
Doença da febre reumática

Assistência de Enfermagem:

• Administração de anti-inflamatórios prescritos;


• Manter paciente decúbito elevado;
• Realizar balanço hídrico;
• Reduzir a ansiedade do paciente;
Caso Clínico.

Paciente A. A. S, 73 anos, relata falta de ar que aumenta com


esforço físico, falta de ar durante o sono e fadiga durante o dia,
apresenta edema +/+++ em MMII, com pele fria. Paciente tem
DM tipo 2 e HAS, em tratamento. Qual possível doença pode
estar acometendo esse paciente de acordo com sua clínica?
Qual é o tratamento ? Quais cuidados de enfermagem se deve
ter com esse paciente casos seja internado?
Assistência de Enfermagem ao Paciente
com Distúrbios Respiratórios
Avaliação Geral de Enfermagem:

As avaliações podem ser subjetiva ou objetiva, como se pode


observar a seguir.

Subjetiva:

• Queixas comuns: dispneia, fadiga, tosse, espirro, sibilo,


suspiro, desmaio, tontura, dor torácica, hemoptise;
• História familiar (pesquisar);
• Natureza e extensão do desconforto respiratório;
• Fatores desencadeantes e que aliviam o desconforto
respiratório;
Assistência de Enfermagem ao Paciente
com Distúrbios Respiratórios
Subjetiva:

• Uso de medicações e posologia;


• Estilo de vida: fumo, sedentarismo, estresse, drogas;
• Ocupação profissional;
• Patologias associadas e tratamentos anteriores.

Objetiva:

• Padrão respiratório do paciente; Cor da pele e mucosas;


• Comportamento;
• Dor, tosse, expectoração, sibilo, creptos, roncos;
• Estado físico geral;
• Frequência, ritmo e profundidade da respiração;
Assistência de Enfermagem ao Paciente
com Distúrbios Respiratórios
Pesquisar:

• Uso de músculos acessórios, dilatação das narinas,


distensão das veias cervicais;
• Cianose de lábios, lóbulo das orelhas, parte inferior da
língua, leito ungueal;
• Hemoptise, inquietação, fadiga e ansiedade;
• Gráfico de sinais vitais: TA e FR;
• Comprometimento da função cerebral: falta de
discernimento, confusão mental, desorientação, vertigem,
síncope, torpor.
Assistência de Enfermagem ao Paciente
com Distúrbios Respiratórios
Sinais de hipóxia:

• Sinais respiratórios: Taquipneia, respiração laboriosa


(retração intercostal), cianose progressiva.
• Sinais cardíacos: Taquicardia seguida de bradicardia,
hipotensão e parada cardíaca.
• Sinais neurológicos: Inquietação, confusão, prostração,
convulsão e coma.
Assistência de Enfermagem ao Paciente
com Distúrbios Respiratórios
Problemas comuns:

• Dispneia;
• Obstrução das vias aéreas;
• Ventilação inadequada dos pulmões;
• Insuficiente teor de oxigênio na atmosfera;
• Eficiência circulatória alterada;
• Aumento das exigências de oxigênio no organismo;
• Pressão ou trauma do centro respiratório bulbar;
• Ansiedade: fortes emoções.
• Tosse: mecanismo pelo qual o organismo liberta o trato
respiratório das irritações e obstrução das vias respiratórias
mediante expiração explosiva.
• Espirro: mecanismo similar, confinado ao nariz.
Assistência de Enfermagem ao Paciente
com Distúrbios Respiratórios
Problemas comuns:

• Sibilo: indica que o ar nas vias aéreas passa através de luz


estreita, promovendo um som de assovio.
• Soluço: contração espasmódica do diafragma, causada por
irritação do sistema respiratório ou digestivo.
• Suspiro: inspiração ou expiração demorada.
• Expectoração: produzida pela maior quantidade de
secreções nos pulmões.
• Fadiga e fraqueza muscular: devidas à inadequada
oxigenação do tecido muscular.
• Vertigem, desmaio, ou distúrbios mentais: inadequada
oxigenação cerebral.
Assistência de Enfermagem ao
Paciente com Distúrbios Respiratórios
Problemas comuns:

• Dor torácica: causada por inflamação, compressão por


tumores, excessiva atividade muscular na respiração ou
traumatismos.
• Cianose: coloração azulada cutânea por inadequada
oxigenação sanguínea (frio bombeamento cardíaco fraco).
• Hemoptise: expectoração sanguínea oriunda do trato
respiratório.
• Insuficiência Respiratória: queda da quantidade de O2 ou
aumento do CO2.
Assistência de Enfermagem ao Paciente
com Distúrbios Respiratórios
Tipos específicos de Respiração:

• Taquipneia: aumento da frequência respiratória;


• Hiperpneia: aumento da profundidade da respiração;
• Hiperventilação: taquipneia e hiperpneia;
• Cheyne-Stokes: apneia/respiração profunda. Tem relação
com aumento da pressão intracraniana, insuficiência
cardíaca congestiva, doença renal, meningite e excesso de
drogas.
• Kussmaul: hiperventilação associada à acidose grave de
origem diabética e renal.
• Dispneia Paroxística Noturna: sono interrompido por
dispneia súbita, levando-o a sentar-se no leito, ou mesmo
levantar-se e procurar obter alívio da súbita sensação de
sufocação.
Assistência de Enfermagem ao Paciente
com Distúrbios Respiratórios
Tipo Característica Condições clínicas
Descontínuo, explosivo,
Estertores Edema pulmonar; pneumonia
interrompido. Alta intensidade;
creptantes em estágios de remissão.
baixo timbre.
Menor intensidade do que os Doenças pulmonares
Estertores
estertores creptantes; baixo timbre intersticiais; insuficiência
subcreptantes
e menor duração. cardíaca; atelectasia.

Contínuo, de longa duração, timbre Estreitamento das vias aéreas;


Sibilos
alto, musical e som de assobio. asma brônquica; DPOC.

Produção de expectoração
Contínuo, de longa duração, baixo
Roncos (geralmente eliminada através
timbre e ruidoso.
de tosse ou aspiração).
Fricção das paredes parietais
Atrito Pleural Ruído estridente como um rangido. inflamadas; perda da
lubrificação normal das pleuras.
Assistência de Enfermagem ao Paciente
com Distúrbios Respiratórios
Ações gerais da Enfermagem:

• Verificar a frequência
• respiratória;
• Manter vias aéreas desobstruídas;
• Aspiração de secreções: traqueia, nariz, boca;
• Respiração artificial: intubação (cânula, faringe, traqueia);
• Aumentar a eficiência ventilatória;
• Posicionamento adequado: cabeceira elevada;
• Estimular respiração profunda e o uso de espirômetro feito
pelo fisioterapeuta;
• Alivio da dor ou desconforto associados à respiração;
• Administrar antitussígenos (uso restrito), expectorantes,
brocodilatadores, fluidificantes, conforme prescrição médica;
Assistência de Enfermagem ao Paciente
com Distúrbios Respiratórios
Ações gerais da Enfermagem:

• Estimular movimentação ativa ou fazer a passiva;


• Assegurar adequado suprimento de oxigênio;
• Drenagem postural;
• Nebulização (simples/composta);
• Oxigenoterapia (cateter nasal/Venturi);
• Exercícios respiratórios;
• Ambiente ventilado;
• Reduzir demandas de oxigênio;
• Manter repouso relativo;
• Evitar esforços desnecessários;
• Minimizar a ansiedade do paciente.
Sistema Respiratório.

Constituintes;
• Cavidades Nasais;
• Faringe;
• Laringe;
• Traqueia;
• Brônquios;
• Bronquíolos;
• Alvéolos;
• Pulmões.

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Sistema Respiratório.

Principais doenças;
• Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Asma Brônquica,
Bronquite, Enfisema Pulmonar;
• Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA);
• Edema Agudo de Pulmão;
• Pneumonia;
• Rinite;
• Sinusite.

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Doença Pulmonar Obstrutiva
Crônica (DPOC)
A Doença pulmonar obstrutiva crônica é caracterizada por um
estado patológico que limita o fluxo do ar e que não é
plenamente reversível, caracterizando uma designação
genérica para um conjunto de doenças de distúrbios
respiratórios. As DPOCs são divididas em asma, bronquite
crônica e enfisema pulmonar
Asma Brônquica

A asma brônquica é uma doença obstrutiva com a diminuição


do calibre das ramificações dos bronquíolos, caracterizada por
crises recorrentes de bronco espasmo (espasmo da
musculatura lisa brônquica), edema da mucosa brônquica e
produção de muco espesso.
Asma Brônquica

A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos tais


como alérgenos, irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio
ou exercícios.

Quando expostas a estímulos alérgenos, as vias aéreas ficam


edemaciadas (inchadas), estreitas, cheias de muco e
excessivamente sensíveis aos estímulos
Asma Brônquica

Asma Brônquica
Asma Brônquica

Causas:

• Inalação de alérgeno, como o pó domiciliar constituído


principalmente de ácaros;
• Exercícios físicos;
• Infecção do trato respiratório e resfriado comum;
• Emoções intensas como tensão e preocupação;
• Aspirina e outros medicamentos;
• Tabagismo;
• Mudança de clima (ar frio), exposição à fumaça;
• Poluição, perfumes, cosméticos, inseticidas e outros;
• Mofo, pelos de animais, tapetes e cortinas também
favorecem o acúmulo de poeira;
Asma Brônquica

Manifestações Clínicas:

• Dispneia, sibilos, cianose de extremidades;


• Tosse que se inicia seca e posteriormente evolui para
produtiva e mucosa;
• Taquicardia, sudorese abundante, ansiedade e agitação;
• Sensação de opressão no peito.
Asma Brônquica

Tórax peito de pombo


Asma Brônquica

Fisiopatologia:

• A patologia subjacente na asma é uma inflamação difusa e


reversível das vias aéreas, que leva a obstrução devido ao
edema das membranas mucosas que recobrem as vias
aéreas.
Asma Brônquica

Os músculos brônquicos e as glândulas mucosas hipertrofiam,


um escarro espesso é produzido e os alvéolos tornam-se
hiperinsuflados.

Exame físico:

• Frequência respiratória
• Pulso
• Verificar Cianose
• Nível de consciência
• Sibilância
Asma Brônquica

Músculo Bronquio
Asma Brônquica

Tratamento:

• É realizado inicialmente para estabilizar o quadro


respiratório e depois o paciente necessitará realizar um
acompanhamento médico especializado, bem como,
alguns tipos de reeducação de hábitos diários.

Tratamento com broncodilatadores:

• Doses com intervalo de 15 minutos:


Asma Brônquica

Associação:

• b2-agonista (Fenoterol ou Salbutamol).


• Anticolinérgico (Brometo de Ipratrópio).

Forma de administração:

• Nebulização.
• Aerossol com espaçador.
Asma Brônquica

Tratamento com corticoides:

• Metilprednisolona (endovenoso): 0,5 a 2 mg/ Kg/ dose a


cada 6-8 horas.
• Hidrocortisona (endovenoso): 3 a 4 mg/ Kg/ dose a cada
4-6 horas.
• Prednisona (oral): 1 a 2 mg/ Kg/ dose a cada 6-8 horas.
• Prednisolona (oral): 1 a 2 mg/ Kg/ dose a cada 6-8 horas.
Asma Brônquica

Assistência de Enfermagem:

• O entendimento da doença, uso correto dos


medicamentos (sobretudo os inalatórios), ensinamento do
controle ambiental, planos de auto manejo das crises e
reconhecimento da falta de controle sobre a asma;

• O controle ambiental é feito através da identificação e


medidas para evitar os fatores desencadeantes.
• O cuidado de enfermagem imediato para o paciente
asmático depende da gravidade da doença;
Asma Brônquica

Assistência de Enfermagem:

• Exame físico para identificar a gravidade do paciente,


administrar a oxigenoterapia de acordo com a prescrição
médica;

• Manter monitorização contínua através de oxímetro de


pulso;

• Administrar as medicações prescritas incluindo os


antibióticos se houver infecção;
Asma Brônquica

Assistência de Enfermagem:

• Administrar líquidos EV para evitar a desidratação, até que


o paciente possa tolerar a ingestão oral de líquidos, que
ajuda a soltar as secreções;

• Atentar para sinais de complicações potenciais.


Bronquite Crônica

É a inflamação da mucosa brônquica, caracterizada por


produção excessiva de secreção mucosa na árvore brônquica
(tosse produtiva). Na verdade, a bronquite poderá transformar-
se em asma se não tratada adequadamente.
Bronquite Crônica

Manifestações clínicas:

• Tosse e expectoração mucoide ou purulenta;


• Ruídos pulmonares;
• Crises de dispneia;
• Em alguns casos há a presença de cianose;
• Suscetibilidade às infecções do trato respiratório.
Bronquite Crônica

Bronquite Crônica
Bronquite Crônica

Assistência de enfermagem:

• Profilaxia das crises de bronquite, reduzindo a exposição


aos agentes irritantes e poluentes;
• Acionar fisioterapia respiratória;
• Hidratação para fluidificar as secreções;
• Inalação e oxigenoterapia;
• Administração de medicamentos expectorantes e
mucolíticos, broncodilatadores, corticoides e esteroides.
Enfisema Pulmonar

O enfisema pulmonar geralmente é o resultado da evolução


da bronquite crônica com depressão do processo
inflamatório e degenerativo.

Ambos coexistem em proporções variáveis nas DPOC,


principalmente devido ao fumo. Seu resultado final é a
destruição dos alvéolos e das terminações da árvore
brônquica e pela perda da elasticidade pulmonar.
Enfisema Pulmonar

Manifestações clínicas:

Os principais sintomas incluem dispneia aos esforços que pode


progredir para dispneia de decúbito e dispneia paroxística
noturna, tosse produtiva matinal (pois há um acumulo das
secreções/muco produzidos durante a noite na árvore
traqueobrônquica), hemoptise, expectoração.
Enfisema Pulmonar

Manifestações clínicas:

Na ausculta pulmonar há diminuição dos murmúrios


vesiculares e ausência de ruídos adventícios. Já nos inchados
azuis há cianose, presença de cor pulmonale.

Na ausculta, os murmúrios vesiculares também estão


diminuídos, mas há presença de ruídos adventícios (roncos,
sibilos e estertores - devido a presença de quantidades
maiores de muco).
Enfisema Pulmonar

Tórax em Tonel
Enfisema Pulmonar

Diagnóstico:

• Tosse crônica (geralmente o primeiro sintoma da DPOC,


diária e geralmente durante todo o dia e raramente é
totalmente noturna).
• Produção crônica de expectoração.
• Dispneia (progressiva, persistente, presente diariamente
agrava c/exercício e durante as infecções respiratórias).
• História de exposição fatores de risco (fumaça cigarro,
poeiras, fumaça fogo lenha e produtos químicos).
Enfisema Pulmonar

Fisiopatologia:

• Os alvéolos são gradualmente destruídos tornando-se


hiperinsuflados, existindo também uma afecção
hereditária autossômica recessiva rara em que há muito
pouca ou nenhuma produção de alfa1-antitripsina no
organismo, desenvolvendo-se um enfisema isolado em
crianças ou adolescentes, especialmente nos tabagistas.
Enfisema Pulmonar

Enfisema Pulmonar
Enfisema Pulmonar

Assistência de Enfermagem:

Semelhante ás ações educativas para a asma com algumas


diferenças na forma do tratamento medicamentoso.

• Oxigenoterapia.
• Broncodilatadores.
• Corticoides.
• Reabilitação Pulmonar (acionar fisioterapeuta).
Enfisema Pulmonar

Oxigenoterapia - Os pacientes com retenção de CO2 ou


acidose respiratória devem receber a nebulização em ar
comprimido.
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA)

A insuficiência respiratória aguda pode ser definida como a


incapacidade do sistema respiratório, desenvolvida
agudamente, em desempenhar sua principal função, ou seja,
promover adequadamente a oxigenação do sangue arterial e a
eliminação do gás carbônico. Em um paciente respirando em ar
ambiente, definimos gasometricamente (exame que avalia as
condições de troca gasosa sanguínea) quando:

• PaO2: < 60 mmHg ou SpO2 < 90%, associado ou não a


PaCO2 > 50 mmHg (exceto para pacientes retentores de
CO2).
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA)

Fisiopatologia:

A IRpA ocorre quando há comprometimento em um ou mais


mecanismos responsáveis pelas trocas gasosas, quando há
hipoventilação, alteração na difusão ou na relação ventilação-
perfusão, tornando o organismo com excesso de CO2 e
escassez de O2.
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA)

Causas:

A insuficiência respiratória aguda pode ser devida a qualquer


distúrbio que aumente o esforço respiratório e,
consequentemente diminua o estímulo respiratório.

Outras causas comuns estão relacionadas com a insuficiência


ventilatória (na qual o cérebro não consegue controlar as
respirações) e a falência de troca gasosa (na qual, as estruturas
respiratórias não conseguem funcionar de maneira adequada).
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA)

Complicações:

• Hipóxia tissular;
• Acidose metabólica;
• Acidose láctica;
• Disfunção de múltiplos órgãos;
• Parada cardiorrespiratória.
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA)

Manifestações clínicas:

É possível notar batimentos de asa de nariz e o uso de


musculatura acessória, pele acinzentada e cianose da mucosa
oral, labial e de extremidades. O paciente pode mostrar-se
inquieto e ansioso, evoluindo para o estado letárgico, confuso,
torporoso e comatoso.
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA)

Tratamento Médico:

A IRpa é uma situação clínica de emergência. O cliente deverá


receber oxigenoterapia cuidadosa (cânulas nasais ou máscaras
de Venturi) para aumentar a PaO2. Se a acidose respiratória
significativa persistir, pode ser necessária respiração artificial
como intubação e traqueostomia.
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA)

Assistência de Enfermagem:

• Avaliar a função respiratória e o estado geral do paciente, bem


como todos os sinais vitais e monitorizar o paciente e instalar
oximetria de pulso;
• Administrar a oxigenoterapia de acordo com a prescrição médica;
• Administrar as medicações prescritas incluindo os antibióticos,
se houver infecção e mantê-lo em observação para monitorar
a resposta do paciente;
• Auxiliar o médico na intubação endotraqueal e manutenção da
ventilação mecânica;
• Realizar aspiração traqueal para os pacientes que acumulam
secreção traqueobrônquica a fim de facilitar a ventilação;
• Atentar para o risco de complicações.
Edema Agudo De Pulmão (EAP)

Esta patologia é caracterizada pelo estado de insuficiência


respiratória causada pelo aumento da água pulmonar
decorrente do aumento da pressão na rede capilar pulmonar,
que resulta na dificuldade de esvaziamento do retorno venoso
pulmonar, sendo um distúrbio grave se não detectado de
imediato, porém, de bom prognóstico se identificado o mais
rápido possível.
Edema Agudo De Pulmão (EAP)

Fisiopatologia:

A sequência de eventos que levam ao edema agudo de


pulmão é descrita como um aumento na pressão diastólica
final do ventrículo esquerdo, que causa aumento na pressão
atrial esquerda (ICC?). Consequentemente ocorre aumento da
pressão venosa pulmonar, levando ao aumento da pressão
capilar pulmonar, com extravasamento de líquido para o
interstício e alvéolos pulmonares.

https://static.tuasaude.com/media/
article/7g/g9/edema-pulmonar_12095_m.
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Edema Agudo De Pulmão (EAP)

Causas:

Em geral o edema pulmonar é resultado de uma insuficiência


ventricular esquerda causada por doença arteriosclerótica,
miocardiopatias, hipertensão ou cardiopatia valvar,
intoxicação por inalação de gases irritantes, sobrecarga de
líquidos, infarto agudo do miocárdio, arritmias e pneumonias.
Edema Agudo De Pulmão (EAP)

Manifestações clínicas:

• Dispneia intensa, palidez, a PA pode estar alta ou baixa;


• Ansiedade, taquicardia, sudorese;
• Intolerância ao decúbito, presença de creptação audível;
• Tosse com expectoração rósea (que significa destruição
alveolar);
• Pele fria, pegajosa, cianose de extremidades.
Edema Agudo De Pulmão (EAP)

Diagnóstico:

A princípio, a clínica é soberana, sendo que a observação médica


e de enfermagem assumem um papel de extrema importância,
contudo se faz necessário complementar o diagnóstico médico
e a assistência de enfermagem, seguindo os passos:

• Estabelecer a causa de base;


• Solicitar RX do tórax no leito;
• Hemograma completo;
• Gasometria arterial;
• Instalar oximetria de pulso;
• Monitorizar o paciente;
• Realizar ECG.
Edema Agudo De Pulmão (EAP)

Tratamento clínico:

Seguir os passos da avaliação clínica, avaliar o resultado dos


exames e estabelecer condutas medicamentosas como:

• Morfina – diminui a ansiedade, alivia a dispneia e melhora


a sudorese;
• Furosemida – diurético para eliminar o excesso de líquidos
e reduzir o retorno venoso ao coração;
• Aminofilina – diminui os espasmos musculares das
estruturas pulmonares;
• Vasodilatadores – no caso de pacientes com cardiopatia
isquêmica;
Edema Agudo De Pulmão (EAP)

Tratamento clínico:

• Nitroprussiato de Sódio – na hipertensão grave para


diminuí-la;
• Digitalicos/Digoxina – na tentativa de eliminar líquidos
através da eliminação do potássio;
• Prescrição de Oxigênioterapia ou Máscara de Venturi;
• Verificar necessidade de intubação e ventilação mecânica;
• Solicitar elevação de decúbito a 90°;
• Solicitar controle hídrico rigoroso.
Edema Agudo De Pulmão (EAP)

Assistência de Enfermagem:

• Colocar o paciente em decúbito fowler e mmii abaixo do


nível (pendentes),
• Instalar oxigênio ou venturi conforme prescrição médica,
• Estabelecer acesso venoso,
• Realizar balanço hidrico (instalar sonda vesical de demora),
• Preparar material para possível intubação,
• Instalar monitorização e oximetria periférica
• Administrar medicação prescrita,
• Aspirar vias aéreas se necessário
• Acalmar o paciente,
• Apoio emocional.
Pneumonia

Processo inflamatório do parênquima pulmonar, geralmente


infeccioso, causada por bactérias, vírus, fungos, por aspiração
do conteúdo gástrico ou de secreções das vias aéreas
superiores, podendo ser causada também por agentes
externos inalados ou aspirados e por processos inflamatórios
autoimunes.
Pneumonia

Fisiopatologia:

A pneumonia geralmente afeta tanto a ventilação quanto a


perfusão. Pode acontecer uma reação inflamatória nos
alvéolos produzindo um exsudato que interfere com a difusão
do oxigênio e do dióxido de carbono.
Pneumonia

Fisiopatologia:

As áreas dos pulmões deixam de ser adequadamente


ventiladas devido às secreções e ao edema da mucosa que
provocam uma oclusão parcial do brônquio ou dos alvéolos,
com resultante diminuição da tensão alveolar de oxigênio.
Pneumonia

Fatores de risco:

• Gripes e infecções viróticas;


• Idade avançada,
• DPOC,
• Desnutrição,
• Diabetes mellitus,
• Tabagismo e alcoolismo,
• Aids e outras imunodeficiências,
• Uso de imunossupressores.
• Pacientes internados em uso de equipamentos como:
tubo traqueal, nebulizadores, sondas de aspiração
nasogástrica ou nasoentérica.
Pneumonia

Manifestações clínicas:

As principais manifestações clínicas são febre, calafrios, dor


torácica ao respirar e tossir, tosse, expectoração purulenta,
cefaleia, náuseas, astenia, inapetência, vômitos, dor
abdominal, mialgia, atralgia e diarreia. A tosse pode ser seca
ou acompanhada de expectoração que pode ser purulenta ou
hemoptoica.
Pneumonia

Diagnóstico:

A base do diagnóstico é a clínica aliada a exames laboratoriais


e radiológicos, quando necessários:

• Raio X de tórax;
• Exames laboratoriais e sorológicos;
• Culturas (hemocultura, cultura do líquido pleural, de
escarro, lavado brônquico);
• Toracocentese, broncoscopia, tomografia de tórax.
Pneumonia

Tratamento:

• Antibioticoterapia e analgesia apropriada,


• Hidratação adequada (oral ou endovenosa),
• Antitérmicos para combater a febre,
• Oxigenoterapia se necessário em casos de insuficiência
respiratória leve,
• Alimentação com dieta hipercalórica,
• Fisioterapia respiratória,
• Repouso relativo.
Pneumonia

Medidas Preventivas:

Vacinação dos grupos de risco contra as infecções


pneumocócicas e por vírus influenza pessoas acima de 50 anos,
internos em asilos, pacientes debilitados, imunossuprimidos,
cardiopatas, esplenectomizados, portadores de anemia
falciforme e alcoolistas.
Pneumonia

Assistência de Enfermagem:

• Evitar decúbito dorsal prolongado, estimulando a


mudança de decúbito para facilitar a mobilização de
secreções;
• Administrar oxigênio por cateter nasal ou máscara se há
cianose ou desconforto respiratório;
• Manter nutrição adequada, se o paciente faz uso de
sondas para alimentação, atentar para a lavagem após
medicações e dietas, bem como para o decúbito, evitando
a broncoaspiração;
• Oferecer aporte hídrico adequado;
• Realizar aspiração das vias aéreas, se necessário, para
evitar o acúmulo de secreções;
• Administrar as medicações prescritas.
Rinite

A rinite é um conjunto de distúrbios caracterizados por


irritação e inflamação das mucosas do nariz, podendo ser de
origem alérgica ou não, bem como de condição aguda ou
crônica.

A rinite induzida por uso de substâncias pode ser associada


aos contraceptivos orais, descongestionantes nasais e ainda,
agentes anti-hipertensivos, bem como, pode ser uma
manifestação de alergia, neste caso, chamada de rinite
alérgica.
Rinite

Manifestações clínicas:

Os sinais e sintomas da rinite incluem rinorreia (drenagem


nasal excessiva, coriza), congestão nasal, secreção nasal
(purulenta na rinite bacteriana), prurido nasal e espirros. A
cefaleia pode aparecer, principalmente quando a sinusite está
presente.
Rinite

Tratamento clínico:

Deve-se perguntar ao paciente sobre seus sintomas recentes,


a possível exposição aos alérgenos em casa, ambiente ou local
de trabalho. Se a rinite viral é a causa, são administrados
medicamentos para alívio dos sintomas, se for bacteriana, a
introdução de antibióticos se faz necessária. Dependendo da
gravidade da alergia, corticosteroides e anti-histamínicos
podem ser administrados.
Rinite

Tratamento clínico:

A terapia medicamentosa para a rinite alérgica e não alérgica


enfoca o alívio dos sintomas.
Rinite

Assistência de Enfermagem:

A atuação da enfermagem nos pacientes portadores de rinite


consiste em orientá-los quanto ao contato com os agentes
alérgenos, na tentativa de evitá-los e orientar quanto ao uso
correto das medicações prescritas.
Sinusite

A sinusite é uma infecção dos seios paranasais que se


desenvolve em consequência de uma infecção respiratória alta,
como uma infecção viral ou bacteriana não resolvida ou de
uma exacerbação de uma rinite alérgica.

A congestão nasal causada por inflamação, acúmulo, edema e


transudação de líquidos leva a obstrução das cavidades
sinusais, propiciando um meio excelente para o crescimento
bacteriano. Os organismos bacterianos compõem 60% das
sinusites agudas.
Sinusite

Manifestações clínicas:

Os sintomas da sinusite incluem dor facial ou pressão na área


sinusal afetada, obstrução nasal, fadiga, secreção nasal
purulenta, febre, cefaleia, dor no ouvido, odontalgia, tosse,
diminuição do olfato, dor de garganta, congestão facial e
edema palpebral.
Sinusite

Tratamento:

O tratamento da sinusite inclui o alívio dos sintomas e o uso


do antimicrobiano, tendo como metas, combater a infecção,
aliviar a dor e a congestão nasal.
Sinusite

Tratamento:

O uso de descongestionantes nasais e orais diminui o edema


dos pólipos nasai.
Se após este tratamento o paciente continuar a apresentar os
sintomas de 7 a 14 dias, poderá ser necessária a drenagem
dos seios paranasais, bem como a hospitalização.
Sistema Vascular - Acidente Vascular
Cerebral (AVC)

O AVC resulta da restrição de irrigação sanguínea ao cérebro,


causando lesão celular e danos nas funções neurológicas, por
uma redução repentina da circulação cerebral por um ou mais
vasos sanguíneos que irrigam o cérebro.
Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Dados epidemiológicos:

Estatísticas recentes mostram que, no Brasil, o AVC é uma das


principais causa de óbito em adultos, superado apenas pelas
neoplasias e doenças cardiovasculares. A proporção de
incidência de casos de AVCs é de 80% para o isquêmico e 20%
para o hemorrágico, sendo este último possuidor de maior
letalidade que o primeiro. Após o AVC, os pacientes dentro de
um ano aproximadamente:
• 31% evoluem para o óbito;
• 28% para o déficit neurológico grave;
• 11% para invalidez moderada;
• 11% para invalidez transitória;
• 17% evoluem sem sequelas.
Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Etiologia (causas):

Existem duas causas principais que diagnosticam os AVCs, as


obstruções causadas por processos cardiovasculares ou
malformação congênita e as hemorragias, como descrita
abaixo:

• Obstrutivos: AVC-ISQUÊMICO (AVC-I)

• Hemorrágicos: AVC-HEMORRÁGICO (AVC-H)


Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Fatores de Risco:

• HAS: principal fator responsável por aproximadamente


70% da ocorrência dos casos.
• Cardiopatias: como a fibrilação ventricular, válvulas
substituídas (próteses).
• Diabetes Mellitus: por alterar a viscosidade sanguínea,
favorecendo a formação de trombos.
• Tabagismo: contribui para o aumento dos níveis
pressóricos, favorecendo hemorragias,
• Dislipidemia: o acúmulo de gordura também favorece a
formação de trombos,
Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Fatores de Risco:

• Discrasias sanguíneas: favorecem a ocorrência de


hemorragias pela deficiência da coagulação,
• Alcoolismo excessivo e uso de drogas ilícitas: aumentam a
pressão intracraniana,
• Sedentarismo: favorece à hipertensão e ao diabetes.
Ataque Isquêmico Transitório (AIT)

É a interrupção temporária da circulação sanguínea, na


maioria dos casos nas artérias carótidas.

https://depcirurgia.paginas.ufsc.br/files/2019/09/01.png
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico (AVC-I):

A isquemia diz respeito a qualquer processo durante o qual


um tecido não recebe os nutrientes – e em particular o
oxigênio – indispensáveis ao metabolismo das suas células.

Assim o AVC é induzido por oclusão de um vaso ou redução da


pressão de perfusão cerebral, seja esta provocada por redução
do débito cardíaco ou por hipotensão arterial grave e
sustentada.
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico (AVC-I):
Os acidentes vasculares cerebrais trombóticos de grandes
artérias deve-se a aterosclerose dos grandes vasos sanguíneos
dentro do cérebro.

Os acidentes vasculares cerebrais trombóticos de pequenas


artérias perfurantes afetam um ou mais vasos e constituem o
tipo mais comum, sendo também chamados de acidentes
vasculares cerebrais lacunares, em razão da cavidade que é
criada quando o tecido cerebral infartado se dissipa.
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico (AVC-I):
Os acidentes vasculares cerebrais cardiogênicos estão
associados às arritmias cardíacas, usualmente a fibrilação
atrial. Os êmbolos originam-se a partir do coração e circulam
até a vasculatura cerebral, resultando em um AVC.
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico (AVC-I):
Fisiopatologia:

• Ocorre quando um vaso sanguíneo é bloqueado,


frequentemente pela formação de uma placa
aterosclerótica ou pela presença de um coágulo que chega
através da circulação de uma outra parte do corpo
(COHEN, 2001).
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico (AVC-I):
Fisiopatologia:

AVC-I
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico (AVC-I):

Território Vascular Déficit Neurológico

Déficit motor ou sensitivo contralateral, afasia


Artéria carótida interna (hemisfério dominante), negligência (hemisfério não
dominante), desvio ocular contralateral.

Déficit motor e sensitivo (face e perna > perna > pé),


Artéria cerebral média afasia (hemisfério dominante), negligência
(hemisfério não-dominante).

Déficit motor e/ou sensorial (pés > face e braços),


Artéria cerebral
distúrbio comportamental: abulia (vontade abolida),
anterior
confusão, perda de memória e incontinência urinária.

Sequelas Neurológicas
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico (AVC-I):

Território Vascular Déficit Neurológico

Déficit motor (pedúnculo cerebral), dislexia


(hemisfério dominante), alucinações visuais, perda da
Artéria cerebral
memória, perda sensitiva, nistagmo, dor (tálamo),
posterior
paralisia do III par (nervo oculomotor) paralisia do
olhar vertical.
Parestesia ipsilateral da face, nariz e olhos com
Artéria vertebral parestesia contralateral do corpo, paresia facial,
vertigem, ataxia, nistagmo, disfagia, disartria.

Tetraplegia ou hemiplegia/paresia, disartria, disfagia,


Artéria basilar
nistagmo, vertigem, coma.

Sequelas Neurológicas
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico (AVC-I):
Manifestações clínicas:

Dependendo da localização da lesão, do tamanho da área de


perfusão inadequada e da quantidade de fluxo sanguíneo
colateral, o paciente pode apresentar qualquer um dos
seguintes sinais ou sintomas:

• Dormência ou fraqueza (hemiparesia) da face, braço ou


perna paralisia (hemiplegia) especialmente em um lado do
corpo;
• Confusão ou alteração no estado mental;
• Dificuldade em falar (disartria) ou compreender a fala;
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico (AVC-I):
Manifestações clínicas:

• Distúrbios visuais, tontura;


• Dificuldade em deambular, tonteira ou perda do equilíbrio
ou coordenação;
• Cefaleia intensa súbita.

Tratamento:

Clínico

• Visa detectar alterações da função respiratória,


circulatória e no estado de consciência (Escala de Coma de
Glasgow).
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico (AVC-I):
Monitorização:

• Controle da função cardíaca e pulmonar;


• Betabloqueadores por via intravenosa (metoprolol/
seloken®) e nitroprussiato de sódio (nipride®) em infusão
contínua são as drogas de eleição.
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico (AVC-I)
Função Pulmonar:

• Utilização de oxigenoterapia (2-4l O2/min);


• Os doentes com AVC possuem o risco acrescido de
insuficiência respiratória por hipoventilação, obstrução da
via aérea e aspiração;
• A intubação no caso de insuficiência respiratória é
potencialmente reversível.
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico (AVC-I)
Tratamento subsequente:

• Anticoagulação na exclusão de hemorragias, do contrário,


contraindicada;
• Reabilitação fisioterápica e fonoaudiologia para diminuir
as sequelas;
• Avaliação neurológica para intensificar tratamento
específico;
• Terapia antidepressiva, pois os pacientes tendem à
depressão na fase de reabilitação.
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico (AVC-I)
Exames diagnósticos:

• Tomografia ou ressonância magnética (para definir se o


AVC é isquêmico ou hemorrágico);
• Eletrocardiograma;
• Angiografia cerebral;
• Ecocardiograma.
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico (AVC-I)
Assistência de Enfermagem:

• Manter as vias respiratórias pérvias e oxigenação


adequada durante a fase aguda da doença;
• Manter o equilíbrio hidroeletrolítico, oferecendo líquidos
VO de acordo com a restrição hídrica e administrando
líquidos EV de acordo com a prescrição médica;
• Assegurar uma nutrição adequada, avaliando as condições
de deglutição do paciente;
• Corrigir problemas gastrointestinais, a fim de evitar
esforço para defecar, administrando laxantes conforme
prescrito;
• Realizar higiene oral e ocular cuidadosa;
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico (AVC-I)
Assistência de Enfermagem:

• Posicionar o paciente corretamente e alinhar suas


extremidades;
• Realizar mudança de decúbito a cada 2 horas se não
houver contraindicação,
• Administrar as medicações de acordo com a prescrição
médica;
• Proteger o paciente contra acidentes mantendo as grades
do leito sempre elevadas;
• Oferecer apoio emocional ao cliente e a família.
Acidente Vascular Cerebral
Hemorrágico (AVC-H)
É resultante de uma hemorragia cerebral (ruptura de um vaso
sanguíneo cerebral com sangramento para dentro do tecido
cerebral ou dos espaços que circundam o cérebro). Pode ser
causado por malformações arteriovenosas, ruptura de
aneurisma, uso de anticoagulantes, hipertensão severa.
Acidente Vascular Cerebral
Hemorrágico (AVC-H)
Fisiopatologia:

A ruptura do vaso cerebral causada por aneurisma ou


hipertensão provoca uma inundação pela ocupação das
estruturas cerebrais, por onde deveriam estar sendo
lubrificadas pelo líquor cefalorraquidiano, consequentemente,
a irrigação sanguínea da área afetada deixou de ser realizada e
com isso, há diminuição do aporte de oxigênio e glicose às
células cerebrais, ocorrendo a morte neuronal em um
processo mais agressivo do que no AVC-I.
Acidente Vascular Cerebral
Hemorrágico (AVC-H)

Derrame trombótico Derrame embólico Hemorragia intracraniana

AVC-H
Acidente Vascular Cerebral
Hemorrágico (AVC-H)
Manifestações clínicas:

• Hemorragia (pode ser manifestada por uma epistaxe);


• Crises convulsivas (presentes em 30% dos casos de AVC-H);
• Cefaleia (de forma súbita, intensa e acompanhada de
vômitos em jato);
• Déficit neurológico progressivo (pode ser visualizado pelas
posições de decorticação ou descerebração e diminuição
do nível de consciência);
• Insuficiência cardíaca (por aumento do trabalho cardíaco
para fornecer suporte sanguíneo aos órgãos nobres).
Acidente Vascular Cerebral
Hemorrágico (AVC-H)
Tratamento:

Semelhante ao do AVC-I, com algumas particularidades:

• Repouso absoluto no leito;


• Administração de antihipertensivos como nimodipina;
• Administração de corticosteroides como dexametasona
para diminuir o edema cerebral e facilitar a drenagem de
excesso de líquidos;
• Administração de laxantes para evitar o esforço ao evacuar.
Acidente Vascular Cerebral
Hemorrágico (AVC-H)
Exames diagnósticos:

• Tomografia ou ressonância magnética (para definir se o


AVC é isquêmico ou hemorrágico);
• Eletrocardiograma;
• Angiografia cerebral;
• Ecocardiograma;
• Estudo do líquor para detectar hemorragia subaracnoide.

Assistência de enfermagem:

• A mesma empregada no paciente de AVC-I.


Epilepsia

Manifestações clínicas:

Hemorragia (pode ser manifestada por uma É uma alteração


temporária e reversível do funcionamento do cérebro, não
tenha causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos.

Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro


emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local
ou espalhar-se.
Epilepsia

Fisiopatologia:

• A epilepsia pode ocorrer como resultado de um distúrbio


genético ou de uma lesão cerebral adquirida, como
traumatismo ou acidente vascular cerebral .

• As crises parciais originam-se de um grupo de células


nervosas que descarregam uma carga elétrica em uma
área restrita do hemisfério cerebral, chamado de foco
epiléptico, podendo propagar-se para outras regiões
dentro do mesmo hemisfério cerebral, propagar para
outro hemisfério cerebral ou até propagar para estruturas
profundas do cérebro.
Epilepsia

Fisiopatologia:

• As crises generalizadas iniciam-se provavelmente a partir


de estruturas profundas do cérebro e atingem os 2
hemisférios cerebrais imediatamente.
Epilepsia

Incidência:

• Em países mais desenvolvidos, a incidência é de


aproximadamente 1% subindo para 2% em nações menos
desenvolvidas. A epilepsia é mais comum na infância. O
problema também poderá se manifestar com o
envelhecimento e suas complicações vasculares.
Epilepsia

Causas:

• Sintomática: sintoma pelo qual a doença de base se


manifestou (AVC-H), lesões cerebrais congênitas
(malformação do desenvolvimento cortical) ou adquiridas
(infecção SNC), perinatal (anóxia neonatal), pós-natal (TCE,
tumores);

• Idiopática: não se consegue detectar nenhuma causa para


as crises, sendo as mais comuns: traumatismos cranianos,
traumatismos de parto, algumas drogas ou tóxicos,
interrupção do fluxo sanguíneo cerebral causado por
acidente vascular cerebral ou problemas cardiovasculares,
doenças infecciosas ou tumores.
Epilepsia

Fatores desencadeantes:

Pode ocorrer uma descarga elétrica anormal em um grupo de


células nervosas e elas enviam sinais incorretos a outras
células ou ao restante do corpo, iniciando os “ataques” ou
crises.

Os tipos de crises epilépticas dependem da parte do cérebro


onde começam essas descargas anormais. Se duram muito
tempo, a epilepsia pode causar danos ao cérebro. Porém, a
maioria das crises não provoca dano algum.
Epilepsia

Fatores desencadeantes:

Em alguns pacientes, as crises são desencadeadas por luzes


piscantes, certos tipos de ruídos, leitura prolongada, privação
do sono, fadiga, uso do álcool, hipoglicemia. O álcool,
determinados medicamentos ou ingredientes alimentares
podem interagir com drogas antiepilépticas e precipitar as
crises.
Epilepsia

Sinais e sintomas:

• Agitação, espasmos musculares (contração) ou não;


• Sialorreia e perda dos sentidos;
• Relaxamento dos esfíncteres;
• Queda inconsciente ao solo;
• Respiração ruidosa.
Epilepsia

Classificação:

• Crises parciais ou focais: são aquelas nas quais, em geral,


as primeiras manifestações clínicas e
eletroencefalográficas indicam ativação de um sistema
neuronal limitado a parte de um hemisfério cerebral. As
crises parciais são subdivididas em simples, complexas e
secundariamente generalizadas;
• Parcial simples: não ocorre perda da consciência;
Epilepsia

Classificação:

• Parcial complexa: crises parciais complexas são crises que,


como as parciais simples, iniciam-se em um foco
determinado no cérebro, mas espalham-se para outras
áreas, causando perturbação da consciência. A pessoa
aparenta estar confusa e pode caminhar sem rumo, falar
sem coerência, salivar em excesso (sialorreia), morder a
língua e realizar automatismos, como puxar a roupa ou
virar a cabeça de um lado para outro repetidas vezes;
• Parcial secundariamente generalizada: podem ser parciais
simples evoluindo para crises tônico-clônicas
generalizadas, para crises parciais complexas ou para
crises Tonico-clônicas generalizadas.
Epilepsia

Crises generalizadas: são aquelas que apresentam


manifestações clínicas e o eletroencefalograma apresenta-se
com indicação de envolvimento dos dois hemisférios cerebrais.
Podem ser subdivididas em:

• Mioclônicas: ocorrem episódios simples ou múltiplos de


espasmos incontroláveis de breve duração.

• Clônicas: apresenta-se com contração e tremor de


extremidades.
Epilepsia

• Tônico-clônicas (grande mal): são convulsões


generalizadas, com perda de consciência, que envolvem
duas fases: na fase tônica, o corpo da pessoa torna-se
rígido e ela cai ao solo. Na fase clônica, as extremidades
do corpo podem contrair-se e tremer. A consciência é
recuperada aos poucos. Apesar de ser o tipo mais óbvio e
aparente de epilepsia, não é o mais comum.

• Atônicas: queda súbita, sem perda de consciência, que


pode ocorrer em crianças e adultos, podendo durar de 10
a 60 segundos e logo em seguida o paciente pode andar
normalmente.
Epilepsia

• Ausências (pequeno mal): constituem-se por lapsos de


consciência que, em geral, duram de cinco a 15 segundos.
O paciente fica olhando para o nada e pode virar os olhos,
embora seja capaz de retomar normalmente sua atividade
depois do episódio. Essas crises não são tipicamente
precedidas por aura e costumam ocorrer na infância,
desaparecendo na adolescência.

Exames diagnósticos:

• Eletroencefalograma (EEG), tomografia do crânio e


ressonância magnética do crânio.
Epilepsia

Tratamento:

Algumas crises desaparecem com o tempo e a medicação


pode ser suspensa, outros pacientes precisam de tratamento
durante toda a vida para controlar as crises, e outros não
respondem bem aos medicamentos.
Epilepsia

Tratamento:

Atualmente, as substâncias mais usadas para tratar a epilepsia


são:
• Carbamazepina;
• Clobaza;
• Clonazepam;
• Etosuximida;
• Fenitoína;
• Fenobarbital;
• Primidona;
• Valproato de sódio.
Medicamentos mais novos incluem a oxcarbamazepina e o
topiramato.
Epilepsia

Assistência de Enfermagem:

• Ofertar privacidade e proteger o paciente de observadores


curiosos;
• Afastar objetos do chão que possam causar lesões ou
fraturas na vítima, afastar os curiosos e dar espaço;
• Proteger a cabeça da vítima, usando roupas ou as mãos;
• Lateralizar a cabeça (se não houver suspeita de lesão de
coluna – se houver suspeita, lateralizar a vítima com a
coluna imobilizada e em bloco) para que a saliva escorra,
liberando a via aérea, evitando asfixia e a aspiração de
conteúdo gástrico;
• Não imobilizar os membros, deixando-os livre;
Epilepsia

Assistência de Enfermagem:

• Frouxar as roupas da vítima, observando a respiração se


está adequada;
• Não tracionar a língua ou colocar objetos na boca a fim de
segurá-la, como por exemplo, (colher, canetas, madeiras
ou o próprio dedo, etc.);
• Ao lateralizar a cabeça, a língua lateralizar-se-á também,
liberando a passagem do ar, e se a vítima estiver com
febre resfrie-a com toalhas molhadas.
• O paciente que sofre uma crise convulsiva, geralmente
evacua e libera urina, por isso devemos usar o bom censo
e criar uma proteção em relação aos curiosos e pessoas
que transitam no local;
Epilepsia

Assistência de Enfermagem:

• Não medique a vítima, mesmo que ela tenha os


medicamentos, pois os reflexos não estão totalmente
recuperados, e ela pode broncoaspirar ao engolir o
medicamento, principalmente se for com água.
• Manter via aérea pérvia e oxigenação adequada, com
possibilidade de intubação,
• Administrar terapia anticonvulsivante CPM, através de
punção de acesso venoso;
Epilepsia

Assistência de Enfermagem:

• Proteger o paciente durante a atividade convulsiva: evitar


imobilizá-lo ou introduzir qualquer objeto em sua boca ou
entre seus dentes cerrados, retirar de perto do paciente
itens potencialmente perigosos.
• Monitorar e registrar a duração da atividade convulsiva,
sinais associados ao nível de consciência do paciente após
a convulsão;
• Confortar e reorientar o paciente após a atividade
convulsiva, para avaliar a ansiedade.
Sistema Endócrino.

Constituintes;
• Hipotálamo;
• Hipófise;
• Glândula
Pineal;
• Tireoide;
• Timo;
• Suprarrenal;
• Pâncreas;
• Testículo /
Ovário.

https://static.escolakids.uol.com.br/2020/11/sistema-endocrino.jpg
Sistema Endócrino.

Principais doenças;
• Diabetes Mellitus;
• Distúrbios na tireoide;

https://static.escolakids.uol.com.br/2020/11/sistema-endocrino.jpg
Diabetes Mellitus

É uma doença metabólica, caracterizada pela insuficiência da


ação hormonal da insulina, seja por diminuição ou ausência da
secreção pelas células beta-pancreáticas, seja por ineficácia no
sistema receptor celular para a insulina. É classificada em
primária e secundária.
Diabetes Mellitus

Primária;
Tipo I - Diabetes juvenil ou insulinodependente: (10 a 20% dos
casos).

Nestes pacientes existe uma ausência de produção e secreção


da insulina pelo pâncreas.
Diabetes Mellitus

Tipo 1:

Oque acontece é que o sistema imune do paciente ataca as


células beta da ilha de Langherans, que são as produtoras de
insulina para o corpo, assim destruindo-as por engano, pois o
organismo acha que são corpos estranhos, sendo isso
chamado de resposta autoimune.
Por isso há a hiperglicemia, pois sem produção da insulina
para transporte da glicose para dentro das células, ela acaba
ficando no meio extracelular em excesso.
Diabetes Mellitus

Tipo II – Tipo adulto ou não insulinodependente: (60 a 80%


dos casos), típica do adulto, geralmente após os 40 anos,
podendo surgir também nos jovens. Uma de suas
peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo
pâncreas, pois o problema está na incapacidade de absorção
das células musculares e adiposas.
Diabetes Mellitus

Secundária:

Depende da incidência da doença que atinge o pâncreas:


pancreatite, infecções, fatores genéticos, diabetes gestacional
ou medicamentosa.

Fatores de risco:

• Sobrepeso ou obesidade com IMC > 27 ou peso mais de


20% acima do total;
• Perímetro abdominal acima de 102 cm para homens e
acima de 88 cm para as mulheres;
• História familiar de DM tipo II em pais ou irmãos;
• Hipertensão arterial;
Diabetes Mellitus

• Diagnóstico anterior de intolerância à glicose ou glicemia


de jejum de 110 a125 mg/dl;
• Níveis de HDL < 35 mg/dl ou triglicerídeos > 250 mg/dl;
• Mães de filhos que nasceram com mais de 4Kg ou história
de diabetes gestacional.
Diabetes Mellitus

Manifestações clínicas:

• 3 Ps: poliúria (diurese em excesso), polidipsia (sede em


excesso) e polifagia (fome em excesso);
• Fadiga, fraqueza, perda de peso;
• Alterações súbitas de visão (visão embaçada), com o
tempo pode levar à cegueira;
• Formigamento (parestesia), dormência e perda da
sensibilidade nas mãos ou pés;
• Pele seca e desidratada;
• Demora na cicatrização de lesões e feridas.
Diabetes Mellitus

Fisiopatologia:

A glicose, não podendo entrar na célula e ser consumida,


acumula-se no sangue promovendo o aumento da taxa de
glicose plasmática (HIPERGLICEMIA).

A ausência de glicose intracelular induz o fígado à


neoglicogênese (produção de glicose através de precursores
não glicídicos).
Diabetes Mellitus

Fisiopatologia:

Paralelamente, na tentativa de eliminar o excesso de glicose


extracelular o organismo, através dos rins aumenta a
eliminação renal da glicose (a partir ± 160 mg/dl de glicemia) e
a sua liberação na urina (GLICOSÚRIA).

Devido à hiperglicemia há perda osmótica de água,


promovendo perda excessiva de urina (POLIÚRIA), o que induz
um processo de desidratação, levando ao diabético a beber
água exageradamente (POLIDIPSIA).
Diabetes Mellitus

Fisiopatologia:

A glicemia aumenta cada vez mais e o paciente começa a


emagrecer (por queima dos depósitos de lipídios dos
adipócitos) e sentir fraqueza (por falta de energia). Esses
fenômenos levam a pessoa a sentir fome intensa (POLIFAGIA),
o que vai aumentar ainda mais os níveis de hiperglicemia.
Diabetes Mellitus

A queima de gorduras para produzir energia gera um


subproduto (CORPOS CETÔNICOS), que são eliminados pela
respiração, dando um hálito com cheiro adocicado (HÁLITO
CETÔNICO) e pela urina (CETONÚRIA).

O caráter ácido dos corpos cetônicos é responsável pela queda


acentuada do pH sanguíneo, que acarretará danos ao
equilíbrio acidobásico, podendo levar, inclusive, o paciente a
morte, associado a outras complicações clínicas envolvidas no
processo.
Diabetes Mellitus

Diagnóstico do Diabetes:

• Clínico: Avaliação dos sintomas apresentados pelo paciente.

• Laboratorial: níveis plasmáticos de glicose iguais ou superiores


a 126 mg/dl, em pelo menos duas ocasiões, sintomas do
diabetes descontrolado e uma dosagem randômica de glicose
sanguínea com nível superior à 200 mg/dl, nível sanguíneo de
glicose igual ou superior a 200 mg/dl, 2 horas após a ingestão
de 75g de glicose oral.

• Outros exames: exame oftalmoscópico e sumário de urina.


Diabetes Mellitus

GLICEMIA DE JEJUM GLICEMIA PÓS-PRANDIAL

NORMAL: < 100 mg/dl < 140 mg/dl

INTOLERÂNCIA À GLICOSE:
140 – 200 mg/dl
100 – 126 mg/dl

DIABETES: > 126 mg/dl > 200 mg/dl


Diabetes Mellitus

Tratamento:

O DM é incurável por se tratar de uma doença crônica, porém


se houver um controle e disciplina por parte do paciente,
mantendo uma vida saudável, incluindo mudança de hábitos.
Diabetes Mellitus

Hipoglicemiantes orais são medicamentos que estimulam o


pâncreas a liberar insulina, sendo usados nos pacientes com
diabetes tipo II. A insulinoterapia é usada no diabetes tipo I e
em alguns casos de diabetes tipo II nos casos graves.

• Insulina humalog (ultra-rápida): tem aspecto cristalino e


apresenta um início de ação 10 a 15 minutos da aplicação,
uma ação máxima (pico) de 1 a 2 horas depois e uma
duração de 3 horas no organismo humano.
Diabetes Mellitus

• Insulina simples (regular): tem aspecto cristalino e sua


ação é regulada no tecido subcutâneo para a corrente
sanguínea, tem ação curta (início em 30 minutos, pico de
1 a 4 horas e duração de 6 até 8 horas), sendo usada
principalmente em emergências para controle rápido da
glicemia.

• Insulina NPH (intermediária): tem aspecto leitoso e o seu


início de ação é de 2 a 4 horas e duração máxima de 16 a
24 horas, sendo indicada no tratamento de manutenção
do controle do diabetes.
Diabetes Mellitus

• Insulina lenta (lantus): tem aspecto leitoso e sua ação é


ultralenta de 6 a 8 horas e duração de 24 a 30 horas,
sendo indicada quando a insulina NPH fica sem atividade
hipoglicemiante à noite.

Locais para aplicação da insulina:

• Região deltoide, glúteo, face ântero-extrema da coxa,


parede abdominal, não próxima ao umbigo e cintura, bem
como respeitando o rodízio de aplicações, para evitar
lipodistrofias e formação de trombos.
Diabetes Mellitus

Locais para aplicação da insulina:

https://alessandrocapatti.com.br/wp-content/uploads/2019/11/POST_9_E_17.jpeg
Diabetes Mellitus

Hipoglicemia:
É uma condição grave na qual os níveis de glicose são
inferiores a 50 mg/dl, os sinais e sintomas aparecem
subitamente e requerem intervenção imediata, alguns dos
sintomas são;
• Tontura;
• Palpitação;
• Sudorese;
• Tremores;
• Nervosismo;
• Dificuldade de raciocínio;
• Visão borrada;
• Confusão mental;
• Ataxia (coordenação motora prejudicada);
além disso, podem ocorrem IAM e dano cerebral irreversível
caso não seja corrigida a hipoglicemia.
Diabetes Mellitus

Causas/Etiologia:

• Superdosagem de insulina;
• Ingestão inadequada de carboidratos;
• Tolerância a glicose prejudicada;
• Tumor extrapancreático (insulinoma) que produz insulina
em excesso;
• Insuficiência renal e hepática;
• Terapia/cirurgias de correção de obesidade.
Diabetes Mellitus

Intervenções (atuação do enfermeiro):

O objetivo é estabelecer imediatamente os níveis séricos de


glicose:

• Verificar a glicemia imediatamente;


• Acesso periférico duplo e com cateter calibroso;
• Administrar glicose hipertônica (25 ou 50%) conforme PM;
• Administrar líquidos IV para hidratação e glicose adicional
até ingestão oral ser reiniciada;
• Administrar carboidratos de rápida absorção, tais como
sucos de frutas, açúcar e mel, caso o paciente esteja
consciente;
Diabetes Mellitus

Intervenções (atuação do enfermeiro):

• Verificar sinais vitais e controle glicêmico de 2/2 horas e


posteriormente de 4/4 h;
• Educar e orientar o cliente sobre os sinais de alerta e as
medidas a serem tomadas.
Distúrbios da Tireoide

Hipertiroidismo - A hipersecreção de hormônios tireoidianos


manifesta-se por uma taxa metabólica muito aumentada
sendo causada por estimulação anormal da tireoide por
imunoglobulinas circulantes.

Essa produção aumentada é causada por uma substância


chamada de estimulador tireoidiano de longa duração (ETLD).
Distúrbios da Tireoide

Causas do hipertireoidismo:

• Adenoma tireoidiano: tumor da glândula tireoide que


secreta a tiroxina, independentemente de qualquer de
estímulo.
• Tireoidite: inflamação da tireoide podendo ser aguda,
subaguda ou de natureza crônica sendo caracterizada por
inflamação, fibrose ou inflamação linfocítica da tireoide.
• Ingestão excessiva de hormônio tireoidiano.
• Após um choque emocional, estresse ou infecção sendo
que estas correlações não possuem significado exato.
Distúrbios da Tireoide

Manifestações Clínicas:

Os pacientes com hipertireoidismo bem desenvolvido


apresentam um grupo característico de sintomas e sinais
denominado Tireotoxicose que são: nervosismo, em geral, são
emocionalmente hiperexcitáveis, irritáveis e apreensivos;
sofrem palpitações e seu pulso é anormalmente rápido tanto
em repouso como em exercício; transpiram muito;
apresentam pele continuamente ruborizada, quente, macia e
úmida; observa-se leve tremor das mãos; podem apresentar
exoftalmia.
Distúrbios da Tireoide

Manifestações Clínicas:

Esta hipersecreção de hormônios tireoidianos pode resultar no


aumento da glândula (Bócio).

A osteoporose e as fraturas também estão associadas ao


hipertireoidismo. Os efeitos cardíacos podem incluir
taquicardia de seio ou arritmias, aumento da pressão de pulso
e palpitações.
Distúrbios da Tireoide

Bócio Tiroidiano e Exoftalmia


Distúrbios da Tireoide

Avaliação Diagnóstica:

A glândula tireoide invariavelmente apresenta-se aumentada


em algum grau. Pode ser sentida uma vibração, e um ruído é
ouvido sobre as artérias tireoidianas, sinal de grande aumento
de fluxo sanguíneo pelo órgão.
Distúrbios da Tireoide

Tratamento:

Existem três formas de tratamento disponíveis para o


hipertireoidismo e controle da atividade tireoidiana excessiva:

• Farmacoterapia - empregando medicações


antitireoidianas que interferem na síntese de hormônios
tireoidianos e outros agentes que controlam as
manifestações do hipertireoidismo;

• Irradiação - envolvendo a administração do radioisótopo


131I ou 125I para efeitos destrutivos na tireoide;

• Cirurgia - com a remoção da maior parte da tireoide.


Distúrbios da Tireoide

Tratamento:

O tratamento depende da causa do hipertireoidismo e pode


necessitar de uma combinação de enfoques terapêuticos.

Hipotiroidismo - é uma condição onde a tireoide tem sua


função progressivamente diminuída. O hipotireoidismo
causado pela disfunção da própria glândula tireoidiana
denomina-se hipotireoidismo primário.
Distúrbios da Tireoide

Quando a disfunção tireoidiana é causada pela insuficiência da


hipófise, do hipotálamo ou de ambos, ela é conhecida como
hipotireoidismo central, se for totalmente causado por um
distúrbio hipofisário chama-se hipotireoidismo hipofisário ou
secundário e se atribuível a um distúrbio do hipotálamo,
resultando em uma secreção inadequada de TSH devida à
estimulação diminuída pelo TRH pode ser chamado de
hipotireoidismo hipotalâmico ou terciário. Quando a deficiência
tireoidiana está presente ao nascimento, a condição é conhecida
como cretinismo. Nesses casos a mãe também pode sofrer de
deficiência tireoidiana.
Distúrbios da Tireoide

Causas do hipotireoidismo:

• Tireoidite linfocítica crônica (Tireoidite de Hashimoto): é a


tireoidite autoimune no qual o sistema imune ataca a
glândula tireoide, sendo também a causa mais comum do
hipotireoidismo;
• Atrofia da tireoide com envelhecimento;
• Ocorre em pacientes com hipertireoidismo anterior que
foram tratados com radioiodo, cirurgia ou medicações
antireoidianas;
• Tireoidectomia (remoção total da glândula tireoide);
Distúrbios da Tireoide

Causas do hipotireoidismo:

• Irradiação de cabeça e pescoço para tratamento de


cânceres netas áreas, principalmente em homens mais
idosos, linfomas;
• Doenças infiltrantes da tireoide (amiloidose,
escleroderma);
• Deficiência de iodo e excesso de iodo.
Distúrbios da Tireoide

Manifestações Clínicas:

O paciente apresenta uma fadiga extrema impedindo-o de


completar um dia inteiro de trabalho. Há relatos de perda de
cabelo, unhas quebradiças e pele seca podendo ocorrer
dormência e formigamento dos dedos. As perturbações
menstruais tais como metrorragia (hemorragia uterina) ou
amenorreia (ausência de menstruação), podem ocorrer
juntamente com a perda da libido.

O hipotireoidismo afeta as mulheres cinco vezes mais


frequentemente que os homens, e é mais comum entre os 30
e 60 anos de idade.
Distúrbios da Tireoide

Manifestações Clínicas:

No hipotireoidismo grave observa-se de uma temperatura


subnormal, bem como a pulsação. O paciente ganha peso sem
a ingestão de alimentos, embora os gravemente
hipotireoideos possam estar caquéticos.

Apresentam mixedema (acúmulo de mucopolissacarídeos no


tecido subcutâneo). O paciente torna-se apático, a fala é lenta,
a língua aumenta e as mãos e pés aumentam de tamanho.
Distúrbios da Tireoide

Manifestações Clínicas:

Pode ocorrer surdez e produzir alterações cognitivas e de


personalidade características de demência. O hipotireoidismo
está associado a um nível elevado de colesterol sérico,
aterosclerose, doença coronariana e funcionamento precário
do ventrículo esquerdo.
Distúrbios da Tireoide

Tratamento:

Têm-se como objetivo primário restaurar um estado


metabólico normal pela reposição do hormônio deficiente
sendo a levotiroxina sintética a preparação preferida para o
tratamento do hipotireoidismo e supressão de bócios não-
tóxicos e a dosagem de reposição hormonal são baseadas na
concentração sérica do TSH do soro.
Consiste na reposição oral de hormônio específico
(Levotiroxina-T4), uma vez ao dia, preferencialmente pela
manhã em jejum.
Distúrbios da Tireoide

Considerações:

A isquemia miocárdica ou infarto podem ocorrer em resposta


a uma terapia em pacientes com hipotireoidismo grave e de
longa duração, ou coma de mixedema. Portanto, a
enfermagem deve estar alerta a sinais de angina,
especialmente durante a fase inicial do tratamento, e, se
detectada, deve ser relatada e tratada imediatamente para
evitar um infarto do miocárdio fatal.
Distúrbios da Tireoide

Testes tiroidianos:

T4 sérico; T3 sérico; captação do T3 por resina; testes do


hormônio estimulante da tireoide; radioimunoensaio do TSH;
teste do hormônio de liberação da tirotropina; Tiroglobulina;
Capacitação do iodo radioativo; Cintilografia da Tireoide; Iodo
ligado a proteína. Estes testes são necessários para dar um
quadro completo e preciso acerca da função tireoidiana.
Distúrbios da Tireoide

Assistência de enfermagem:

O paciente com hipotireoidismo demonstra menor capacidade


energética e uma letargia de moderada a grave
.
Um princípio importante da enfermagem consiste em
estimular o paciente para o autocuidado e fazer com que ele
participe de atividades dentro de sua tolerância para evitar as
complicações da imobilidade.
Distúrbios da Tireoide

Os sinais vitais do paciente e o nível cognitivo devem ser


cuidadosamente controlados durante a avaliação diagnóstica e
início do tratamento para detectar:

• Deterioração do seu estado físico e mental;


• Sintomas indicativos de que a maior taxa metabólica
resultante do tratamento está ultrapassando seu estado
cardiovascular e pulmonar;
• As limitações mantidas ou complicações do mixedema;
• Os medicamentos dos pacientes com hipotireoidismo
devem ser administrados com todo cuidado por causa de
seu metabolismo e excreção alterados e da taxa
metabólica e estado respiratório já deprimidos.
Distúrbios da Tireoide

A entrevista e o exame físico feitos pela enfermagem devem


focar na ocorrência de sintomas relacionados com o
metabolismo exagerado ou acelerado.

Estes incluem as informações dadas pelo paciente e pela


família sobre irritabilidade e maior reação emocional.
Distúrbios da Tireoide

Mixedema
Distúrbios da Tireoide

Intervenções da Enfermagem:

• Promover medidas de adaptação;


• Promoção da autoestima;
• Alívio do desconforto;
• Melhora do estado nutritivo com orientações conjuntas
com o nutricionista.
Doenças Hematológicas/ Anemia

A anemia refere-se à falta de hemoglobina circulante


suficiente para fornecer oxigênio aos tecidos.

Os tratamentos para a anemia incluem desde aconselhamento


e suplementos nutricionais até a transfusão de sangue.
Anemia

Anemia Ferropriva:

É um tipo de anemia em que o conteúdo de ferro corporal


total encontra-se abaixo dos níveis normais, afetando a síntese
de hemoglobina, onde os eritrócitos têm aspecto pálido e são
pequenos.

Geralmente, a causa mais comum é através da perda crônica


de sangue.
Anemia

Anemia Ferropriva:

A diminuição da hemoglobina pode resultar em suprimento


insuficiente de oxigênio aos tecidos do corpo e em geral, os
sintomas surgem quando o nível sérico da hemoglobina cai
para menos de 11 g/100 ml.

Manifestações clínicas:

Cefaleia, tonteira, fadiga, palpitações, dispneia de esforço,


palidez da pele e mucosas, língua lisa e ulcerada, queilose
(lesões nos cantos da boca) e coiloníquia (unhas dos dedos da
mão em forma de colher).
Anemia

Avaliação diagnóstica:

• Hemograma completo e perfil do ferro (diminuição da


hemoglobina, do hematócrito, do nível sérico de ferro e da
ferritina).
• A determinação da fonte de perda crônica de sangue pode
incluir sigmoidoscopia, colonoscopia e pesquisa de sangue
oculto nas fezes.
Anemia

Tratamento:

Correção da perda crônica de sangue por farmacoterapia oral


ou venosa: o sulfato ferroso oral é preferido e de menor custo,
sendo que o tratamento deve prosseguir até a normalização
dos níveis de hemoglobina e da reposição das reservas de
ferro.
Anemia

Complicações:

• O comprometimento grave da capacidade de transporte do


oxigênio do sangue pode predispor a lesões isquêmicas,
como IAM e AVC-I.

Avaliação de enfermagem:

• Obter uma resposta dos sintomas, ingesta dietética, história


pregressa de anemia e possíveis fontes de perda de sangue.

• Examinar o paciente à procura de taquicardia, palidez,


dispneia e sinais de sangramento gastrointestinal ou outro
sangramento.
Anemia Megaloblástica: Perniciosa

É um tipo de anemia associada à deficiência de vitamina B12. O


megaloblasto é um eritrócito grande nucleado, com maturação
nuclear tardia e anormal.

A vitamina B12 é necessária para a síntese normal dos eritrócitos


em processo de maturação.
Anemia Megaloblástica: Perniciosa

Manifestações clínicas:

• Da anemia: palidez, fadiga, dispneia de esforço,


palpitações. Pode ocorrer angina de peito e insuficiência
cardíaca no idoso ou naqueles com predisposição à
cardiopatia.

• Da disfunção gastrointestinal subjacente: ulceras na boca,


glossite, anorexia, náuseas, vômitos, perda de peso,
indigestão, desconforto epigástrico, diarreia ou
constipação recorrentes.
Anemia Megaloblástica: Perniciosa

Avaliação diagnóstica:

• Hemograma completo para verificar a diminuição da


hemoglobina e do hematócrito, acentuada variação no
tamanho e na forma dos eritrócitos, com número variável
de células grandes;

• Níveis de ácido fólico (normais) e de vitamina B12


(diminuídos).
Anemia Megaloblástica: Perniciosa

Tratamento:

• A reposição com hidroxicobalamina ou cianocobalamina


(B12) é necessária por injeção IM administrada a cada
mês.

Avaliação de Enfermagem:

• Examinar o paciente à procura de palidez, taquicardia,


dispneia de esforço, parestesias, distúrbios da marcha,
alteração dos processos mentais.
Anemia Megaloblástica:
Deficiência de Ácido Fólico
É a anemia megaloblástica crônica causada pela deficiência de
ácido fólico geralmente causada por deficiência dietética,
desnutrição, cozimento excessivo dos alimentos, também
causada pelo alcoolismo, comprometimento da absorção do
jejuno, aumento das necessidades (gravidez).
Anemia Megaloblástica:
Deficiência de Ácido Fólico
Manifestações clínicas:

• Da anemia: fadiga, fraqueza, palidez, tontura, cefaleia,


taquicardia.

• Da deficiência de ácido fólico: ulceração da boca,


rachadura dos lábios.

Tratamento:

• Reposição de ácido fólico por via oral diariamente.


Anemia Megaloblástica:
Deficiência de Ácido Fólico
Complicações:

• A deficiência de ácido fólico foi implicada na etiologia de


defeitos do tubo neural congenitamente adquiridos.

Avaliação de Enfermagem:

• Obter a história nutricional do paciente.


• Monitorizar o grau de dispneia, taquicardia e
desenvolvimento de dor torácica ou dispneia.
Anemia Aplástica

Esta anemia é um distúrbio caracterizado por hipoplasia ou


aplasia da medula óssea, resultando em pancitopenia
(número insuficiente de eritrócitos, leucócitos e plaquetas).

A evolução clínica mostra-se variável e depende do grau de


insuficiência da medula óssea e é quase sempre fatal se não
for tratada.
Anemia Aplástica

Manifestações clínicas:

• Da anemia: palidez, fraqueza, fadiga, dispneia de esforço,


palpitações.

• Das infecções associadas à neutropenia: febre, cefaleia,


mal estar, dor abdominal, diarreia, eritema, dores,
exsudato nas feridas ou locais de incisões invasivas.
Anemia Aplástica

Avaliação diagnóstica:

• O hemograma completo revela a diminuição no número


de eritrócitos, leucócitos e plaquetas (pancitopenia) e a
aspiração e biópsia da medula óssea, que revela se a
medula óssea está hipocelular ou vazia, com acentuada
redução ou ausência da hematopoese.
Anemia Aplástica

Tratamento:

• Transplante de medula óssea (TMO) é o tratamento de


escolha para pacientes com anemia aplástica grave, sendo
que esta opção de tratamento proporciona uma sobrevida
a longo prazo de 75 a 80% dos pacientes.

• Tratamento imunossupressor com corticoides,


ciclosporina, ciclofosfamida, globulina antilinfócito como
isolado ou em combinação.

• O tratamento de suporte inclui transfusões de plaquetas e


hemácias, antibióticos e agentes antifúngicos.
Anemia Aplástica

Avaliação de Enfermagem:

• Obter anamnese detalhada, incluindo medicações, história


clínica pregressa, ocupação, passatempos.

• Monitoramento rigoroso em relação à sinais de


sangramento e infecção.
Leucemias

As leucemias são distúrbios malignos do sangue e da medula


óssea que resultam no acúmulo de células imaturas e
disfuncionais, em consequência da perda da regulação da
divisão celular.

São classificadas em agudas ou crônicas, com base na


velocidade de aparecimento dos sintomas, sendo ainda
classificadas de acordo com o tipo de célula predominante.
Leucemias

As leucemias agudas afetam as células imaturas e


caracterizam-se pela rápida progressão dos sintomas. Quando
os linfócitos se constituem na célula maligna predominante o
distúrbio é denominado leucemia linfocítica aguda (LLA).
Quando predominam os monócitos ou os granulócitos, o
distúrbio é denominado leucemia mielógena aguda (LMA).
Leucemias

Etiologia e fisiopatologia:

O desenvolvimento da leucemia tem sido associado a:

• Exposição à radiação ionizante;


• Exposição a certas substâncias químicas e toxinas como
benzeno;
• Vírus do linfoma-leucemia de células T humano (HTLV-I e
HTLV-II) em certas regiões do mundo como o Caribe e o
Japão;
• Suscetibilidade familiar;
Leucemias

Etiologia e fisiopatologia:

• Cerca de 50% das leucemias novas são agudas, sendo que


aproximadamente 85% das leucemias em adultos são LMA,
enquanto a LLA é mais comum em crianças, com
incidência máxima entre 2 e 9 anos de idade.
Leucemias

Manifestações clínicas:

• Os sintomas comuns incluem palidez, fadiga, fraqueza,


febre, perda de peso, sangramento e equimoses anormais,
linfadenopatia e infecções recidivantes.

• Outros sintomas iniciais podem incluir dor óssea e


articular, cefaleia, esplenomegalia, hepatomegalia e
disfunção neurológica.
Leucemias

Avaliação diagnóstica:

• Hemograma e esfregaço de sangue, sendo que a


contagem de leucócitos do sangue periférico varia
amplamente de 1.000 a 100.000/mm3 e pode incluir
números significativos de células imaturas anormais
(células blásticas), a anemia pode ser profunda, a
contagem de plaquetas geralmente é baixa.

• Aspiração e biópsia de medula óssea, realizando também


estudo citológico à procura de anormalidades
cromossômicas (citogenéticas) e com marcadores
imunológicos para classificar ainda mais o tipo de
leucemia.
Leucemias

Avaliação diagnóstica:

• Punção lombar e exame do líquor à procura de células


leucêmicas (particularmente na LLA).

Tratamento:

• Quimioterapia de altas doses, administrada na forma de


ciclos, para obter o desaparecimento das células anormais
na medula óssea e no sangue.
Leucemias

Tratamento:

• Radioterapia, particularmente do sistema nervoso central


na LLA;

• Transplante de células-tronco ou de medula óssea


autóloga ou alogênica;

• Cuidados de suporte e tratamento sintomático.


Leucemias

Avaliação da enfermagem:

• Obter história de perda de peso, ocorrência de febre,


frequência de infecções, fatigabilidade progressivamente
maior, dispneia, palpitações e alterações visuais como
sangramento retiniano;

• Procurar sinais de infecção: áreas hiperemiadas ou placas


esbranquiçadas na boca, na língua e na garganta.
Examinar a pele à procura de soluções de continuidade,
que representam fonte potencial de infecção.
Leucemias

Linfoma de Hodgkin:

Os linfomas são distúrbios malignos do sistema


reticuloendotelial, que resultam em acúmulo de células
linfoides maduras e disfuncionais, sendo classificados de
acordo com o tipo celular predominante e pelo grau de
maturidade das células malignas, por exemplo, bem
diferenciado, mal diferenciado ou indiferenciado. O linfoma de
Hodgkin origina-se no sistema linfoide e atinge
predominantemente os linfonodos.
Leucemias

Etiologia e fisiopatologia:

A etiologia é desconhecida, caracteriza-se pelo aparecimento


da célula de “Reed-Sternberg” no tumor, uma célula gigante e
multinucleada, disseminando-se em geral pelos canais
linfáticos, acometendo os linfonodos, o baço e, por fim, locais
extralinfáticos.

Pode disseminar-se também pela corrente sanguínea até


locais como o trato gastrointestinais, a medula óssea, a pele,
as vias aéreas superiores e outros órgãos. A incidência exibe
dois picos, entre 20 e 40 anos de idade e depois dos 60, sendo
o risco maior em pessoas do sexo masculino.
Leucemias

Manifestações Clínicas:

Os sintomas comuns consistem em aumento indolor dos


linfonodos (em geral, unilateral), febre, calafrios, sudorese
noturna, perda de peso, prurido, podendo ocorrer também
comprometimento pulmonar, obstrução da veia cava superior,
comprometimento hepático ou ósseo.
Leucemias

Avaliação diagnóstica:

• Hemograma completo: determina as células anormais;


• A biópsia de linfonodos estabelece o tipo de linfoma, e o
aspirado de medula óssea determina se há
comprometimento desta;
• Exames como radiografias, tomografias e ressonância
magnética sevem para detectar o comprometimento dos
linfonodos profundos, bem como a cintilografia com
gálio-67 que detecta áreas ativas da doença, podendo ser
realizada também para detectar a agressividade da
doença.
Leucemias

Tratamento:

A escolha do tratamento depende da extensão da doença, dos


achados histopatológicos e dos indicadores prognósticos. O
linfoma de Hodgkin é mais facilmente curado que os outros
linfomas, com sobrevida de 5 anos de 80%.
Leucemias

Avaliação de Enfermagem:

Obter uma história de saúde, focalizando a ocorrência de


fadiga, febre, calafrios, sudorese noturna, aumento de
linfonodos, bem como a presença de hepatomegalia,
esplenomegalia e linfadenopatia.
Leucemias

Linfoma não Hodgkin:

Os linfomas não Hodgkin constituem um grupo de neoplasias


malignas do tecido linfoide que se originam dos linfócitos T ou
B ou seus precursores, incluindo formas tanto inofensivas
quanto agressivas.

Surgem da transformação maligna do linfócito em algum


estágio de seu desenvolvimento, onde o grau de diferenciação
e o tipo de linfócito influenciam a evolução da doença e o
prognóstico. A incidência aumenta uniformemente a partir
dos 40 anos de idade.
Leucemias

Fisiopatologia e etiologia:

Esta patologia tem associação a defeitos ou alterações do


sistema imunológico, com maior incidência em pacientes
submetidos à imunossupressão para transplantes de órgãos,
indivíduos HIV positivos e presença de vírus (HTLV-I). Outros
fatores de risco incluem sexo masculino, cor branca, história
de gastrite por H. pilori, radioterapia, dieta rica em carnes e
gordura, exposição a certos pesticidas.

Surgem da transformação maligna do linfócito em algum


estágio de seu desenvolvimento, o grau de diferenciação e o
tipo de linfócito influenciam a evolução da doença e o
prognóstico.
Leucemias

Manifestações clínicas:

Os sintomas comuns consistem em aumento indolor dos


linfonodos (geralmente unilateral), febre, calafrios, sudorese
noturna, perda de peso, dor inexplicada no tórax, no abdome
ou nos ossos. Ao contrário do linfoma de Hodgkin, tem mais
tendência a manifestar-se pela primeira vez como doença
avançada.
Leucemias

Avaliação diagnóstica:

• Biópsia de linfonodos, para detectar o tipo;


• Hemograma completo, aspirado e biópsia de medula
óssea, para detectar a presença de comprometimento da
medula óssea;
• Radiografias, tomografias, cintilografia com gálio-67 e
ressonância magnética, para detectar o comprometimento
dos linfonodos profundos;
• Estagiamento cirúrgico (laparotomia com esplenectomia,
biópsia hepática, biópsia de múltiplos linfonodos).
Leucemias

Tratamento:

Em geral a radioterapia é paliativa, mas não curativa. A


quimioterapia é também administrada por ciclos de doses de
ataque e após melhora, doses de manutenção e o transplante
de medula óssea.

Avaliação de enfermagem:

Obter uma história de saúde, focalizando a ocorrência de


fadiga, febre, calafrios, sudorese noturna e aumento dos
linfonodos, bem como história de doença ou de terapia
causando imunossupressão. Avaliar a presença de
esplenomegalia, hepatomegalia e linfadenopatia.
Cuidados gerais com a administração
de quimioterapia.
A quimioterapia é, dentre as modalidades de tratamento, a
que possui maior incidência de cura e aumento da sobrevida
dos pacientes.

Efeitos colaterais;
✔ Náuseas;
✔ Vômitos;
✔ Alopecia;
✔ Mucosites;
✔ Formigamento;
✔ Depressão;
✔ Imunossupressão;
Cuidados gerais com a administração
de quimioterapia.
O rim é responsável por excretar os fármacos e seus
metabólitos e, alguns destes podem lesá-lo de forma aguda e,
às vezes, irreversível. A toxicidade é diagnosticada por meio da
elevação dos níveis de uréia, creatinina e ácido úrico, podendo
ser prevenida pela hiperhidratação e uso de diuréticos.

A toxicidade dermatológica pode ser local ou sistêmica. As


reações cutâneas mais graves devem-se ao extravasamento
de fármacos vesicantes no tecido vizinho à veia puncionada,
com irritação severa, formação de vesículas e destruição
tecidual.
Cuidados gerais com a administração
de quimioterapia.

Cuidados de Enfermagem;
Os cuidados de enfermagem devem ser focados cuidado
individualizado avaliando as necessidades próprias de cada
paciente, segundo os sintomas revelados e efeitos colaterais, e
também os cuidados especifícos da administração da
quimioterapia.
Cuidados gerais com a administração
de quimioterapia.

✔ verificar sinais vitais, peso e altura das pacientes;


✔ orientar as pacientes a ingerirem líquidos em abundância;
✔ procurando o melhor acesso venoso possível, de médio calibre;

✔ dar especial atenção ao que se refere à anti-sepsia, pois as


pacientes sob quimioterapia (QT) são imunodeprimidas;
✔ instalar uma solução de manutenção (SF 0,9% ou SG 5%);
✔ administrar anti-eméticos previamente, conforme prescrição
médica, para prevenir ou controlar náuseas e vômitos;
✔ "lavar" a veia com aproximadamente 50 ml da solução de
manutenção após a aplicação de cada quimioterápico;
Cuidados gerais com a administração
de quimioterapia.

✔ em caso de extravazamento de drogas em tecido sub-cutâneo,


suspender imediatamente a infusão, retirar o equipo do
microfusor, mantendo-o no local, aspirar com uma seringa
vazia, tanto quanto possível, o restante da droga que
permanece na via de acesso, retirar o microfusor e aplicar gelo
no local por trinta minutos; puncionar outra veia para
continuar a infusão em local distante daquele que sofreu
extravazamento;

ANDRADE, Marceila de; SILVA, Sueli Ruil da.


Administração de quimioterápicos: uma proposta de
protocolo de enfermagem. Revista Brasileira de
enfermagem, v. 60, p. 331-335, 2007.

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