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FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM II

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Trata‐se da aplicação de fármacos no organismo através de uma das várias vias possíveis de
acordo com a proposta terapêutica.

A administração segura e precisa de medicamentos é uma das mais importantes


responsabilidades do profissional de enfermagem. O profissional é responsável pela
compreensão dos efeitos e de uma droga, pela administração correta, pela monitorização da
resposta do paciente e pelo auxílio ao paciente na auto-administração correta. A capacidade
de administrar medicamentos é uma das habilidades mais importantes que o profissional da
enfermagem leva ao leito do paciente. A administração segura e efetiva dos medicamentos é
considerada por muitos profissionais da enfermagem como a razão de seu sucesso.

A organização das rotinas de administração de medicamentos é importante e deve ser


compreendida por todos os que participam do serviço. Assim, vários métodos são adotados para
assegurar precisão na preparação, distribuição e anotação dos medicamentos.
É claro que para oferecer medicamentos com exatidão requer muito conhecimento técnico,
habilidade, dedicação, atenção e constante processo de reciclagem.

Responsabilidades e Legisla Legisla ção O Código de Ética do Profissional de


Enfermagem destaca no artigo 12:
“Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos
decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência”

O artigo 18 do Código de Ética do Profissional de Enfermagem destaca que o


profissional deve:
“Responsabilizar‐se por falta cometida em suas atividades profissionais,
independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe”.

O artigo 30 do Código de Ética do Profissional de Enfermagem, proíbe ao


profissional de enfermagem:
“Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar‐se da
possibilidade dos riscos”.

Quanto à execução das prescrições médicas pela equipe de enfermagem,


especialmente a medicamentosa, o artigo 38 do Código de Ética do Profissional
de Enfermagem atribui ao profissional o direito de:
“…recusar‐se a executar prescrição em caso de identificação de erro ou
ilegibilidade, ou quando não constar a assinatura e o número de registro do
prescritor, exceto em situações de urgência e emergência”.

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Quando se fala em administração de medicamentos a equipe responsável por esse
procedimento tem que ser treinada e sempre observar o que se denomina de cinco certos para
que sejam evitados erros na administração.

Os 13 passos certos para administração medicamentosa segura:

1. Medicamento certo

2. Dose certa

3. Via certa

4. Horário certo

5. Paciente certo

6. Orientação certa

1. Registo certo

2. Validade certa

3. Compatibilidade certa

4. Tempo de administração certo

5. Ação certa

6. Forma/apresentação certa

• Prescrição correta

Nome completo do paciente;

Data de nascimento;

Número do atendimento;

Número da prescrição;

Data atualizada;

• Paciente certo

Conferir a pulseira de identificação do paciente, com nome completo e data de


nascimento.

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• Medicamento certo

Verificar atentamente qual o medicamento está prescrito e se o paciente não possui


algum tipo de alergia ao composto.

• Validade certa

Observar a data de validade antes de administrar o medicamento.

• Forma / apresentação certa

Verificar se o medicamento está na sua forma de apresentação correta, como por


exemplo, cloreto de sódio 0,9% ou cloreto de sódio 20%.

• Dose certa

Observar com atenção a dose prescrita, como por exemplo, paracetamol 750 mg 1
comprimido via oral de 8/8 horas.

• Compatibilidade certa

Verificar se a medicação administrada é compatível com outra que o paciente já recebe,


pois existem algumas drogas que não podem ser administradas juntas.

• Orientação ao paciente

Comunicar o paciente quando você for medicá-lo, avisando qual é o medicamento e a


via, pois é um direito do mesmo saber o que está recebendo.

• Via de administração certa

Observar atentamente qual a via de administração do medicamento conforme


prescrição médica, pois alguns medicamentos possuem diversas vias de administração.

• Horário certo

Deve-se administrar o medicamento no horário correto, para que o tratamento seja mais
eficaz.

• Tempo de administração certo

É de extrema importância que o medicamento seja infundido no tempo certo, pois


existem alguns medicamentos que precisam de um tempo X para fazer o efeito
esperado, como por exemplo, os antibióticos.

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• Ação certa

Devemos observar se o paciente não irá apresentar uma reação adversa ao


medicamento durante sua administração, para que seja atendido o mais rápido possível.

• Registro certo

É importante que seja registrado no prontuário do paciente o medicamento


administrado, com a hora, a dose e a via e se o paciente apresentou alguma reação
durante o tratamento.

Du gás (1988) afirma que para completar a administração de muitas medicações, é necessário
proporcionar medidas de assistência de enfermagem capazes de suplementar a ação da
medicação.
O mesmo autor enfatiza que as reações das pessoas às diferentes medicações variam. A reação
do paciente a qualquer medicação é importante e deve ser cuidada.
O registro de qualquer reação anormal ao medicamento deve ser anotado do prontuário. O
profissional deve julgar a eficácia do fármaco como o alivio da dor, redução da febre,
diminuição do edema, mudança no aspecto da urina. Para isso o profissional deve ter
conhecimento sobre a farmacologia.
É importante atentar que às vezes os pacientes apresentam reações colaterais, como
conseqüência de uma medicação (náuseas, vômitos, diarréia, por exemplo).

ADMINISTRAÇÃO ENTERAL (USO INTERNO):


Oral
Sublingual
Retal
Parenteral (uso externo):
Diretas:
a.Intra-Venosa
b.Intra-Muscular
c.Subcutânea
d.Intradérmica
e.Intra-arterial
f.Intracardíaca
g.Intratecal
h.Peridural
i.Intra-articular

Indiretas:
a.Cutânea
b.Respiratória
c.Conjuntival
d.Geniturinária
e.Intracanal

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ADMINISTRAÇÃO ENTERAL:
Via Oral
Como a administração oral de medicamentos é segura, mais conveniente e menos dispendiosa, a
maior parte das medicações é normalmente administrada por esta via.
As medicações para administração oral são disponíveis em muitas formas: comprimidos,
comprimidos de cobertura entérica, cápsulas, xaropes, elixires, óleos, líquidos, suspensões, pós
e grânulos.( Enfermagem Básica, Ed Reedel, 1999 )
As medicações orais são algumas vezes prescritas em doses maiores que seus equivalentes
parenterais, porque após absorção através do trato gastrointestinal, elas são imediatamente
metabolizadas no fígado antes de atingir a circulação sistêmica, diminuindo assim efeitos
adversos ( CASTRO & COSTA, 1999 ). A administração oral é contra-indicada em pacientes
inconscientes,náuseas e vômitos, bem como naqueles incapazes de engolir.

Via Sublingual
Permite a retenção do fármaco por tempo mais prolongado. Propicia absorção rápida de
pequenas doses de alguns fármacos, devido ao suprimento sanguíneo e a pouca espessura da
mucosa absortiva, permitindo a absorção direta na corrente sanguínea. O dinitrato de
Isossorbida (5mg) é uma medicação administrada via sublingual em casos de Crise de Angina
do Peito, situação de emergência que pode acometer alguns pacientes durante uma intervenção
odontológica. As formas farmacêuticas são geralmente comprimidos que devem ser dissolvidos
inteiramente pela saliva, não devendo ser deglutidos.

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Via Retal
É utilizada em pacientes que apresentam vômitos, estão inconscientes ou não sabem deglutir. As
formas farmacêuticas empregadas são soluções, suspensões e supositórios. Suas maiores
limitações de uso são incomodidade de administração, possibilidade de efeitos irritativos para a
mucosa e absorção errática devido à pequena superfície absorsiva e incerta retenção no reto.

ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL:
O termo parenteral provém do grego “para” (ao lado) e “enteros”(tubo digestivo), significando a
administração de medicamentos “ao lado do tubo digestivo” ou sem utilizar o trato
gastrointestinal ( CASTRO & COSTA, 1999 ). Esta via é indicada para administração de
medicamentos a pacientes inconscientes, com distúrbios gastrointestinais e nos pacientes
impossibilitados de engolir. É indicada ainda quando se espera uma ação mais rápida da droga,
na administração de medicamentos que se tornam ineficientes em contato com o suco digestivo
( HORTA et al, 1973 ) A via parenteral consiste na administração de medicamentos através das
seguintes vias:

Vias Diretas:
INJEÇÃO SUBCUTÂNEA
Uma medicação injetada nos tecidos adiposos (gordura), abaixo da pele, se move mais
rapidamente para a corrente sangüínea do que por via oral. A injeção subcutânea permite uma
administração medicamentosa mais lenta e gradual que a injeção intramuscular, ela também
provoca um mínimo traumatismo tecidual e comporta um pequeno risco de atingir vasos
sanguíneos de grande calibre e nervos. Absorvida principalmente através dos capilares, as
medicações recomendadas para injeção subcutânea incluem soluções aquosas e suspensões não
irritantes contidas em 0,5 a 2,0 ml de líquido.
A heparina e a insulina, por exemplo, são geralmente administradas via subcutânea. Para os
casos emergências de reação anafilática, pode-se administrar adrenalina 1:1000 pm via
subcutânea. Os locais mais comuns de injeção subcutânea são a face externa da porção superior
do braço, face anterior da coxa, tecido frouxo do abdômen inferior, região glútea e dorso
superior. A injeção é realizada através de uma agulha relativamente curta. Ela é contra-indicada
em locais inflamados, edemaciados, cicatrizados ou cobertos por uma mancha, marca de
nascença ou outra lesão. Elas também podem ser contra-indicadas em pacientes com alteração
nos mecanismos de coagulação ( HORTA et al, 1973 ).
Modo de Aplicação:
Selecione um local de injeção apropriado;
Limpe o local da injeção com um chumaço de algodão com álcool, iniciando pelo centro do
local e movendo para fora em movimento circular. Permita que a pele seque sempre antes de
injetar a medicação para evitar uma sensação de picada pela introdução de álcool nos tecidos
subcutâneos;
Com a sua mão não dominante, agarre a pele ao redor do ponto de injeção firmemente para
elevar o tecido subcutâneo, formando uma dobra de gordura de 2,5cm;

Segurando a seringa com a sua mão dominante, insira a bainha da agulha entre os dedos anular e
mínimo da sua outra mão enquanto agarra a pele ao redor do ponto de injeção. Puxe para trás a
seringa com a sua mão dominante para descobrir a agulha agarrando a seringa como um lápis.
Não toque a agulha;

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Posicione a agulha com o bisel para cima;
Insira a agulha rapidamente em um único movimento. Libere a pele do paciente para evitar a
injeção da medicação em um tecido comprimido e irritar as fibras nervosas;
Após a injeção, remova a agulha delicadamente (mas de forma rápida) na mesma angulação
utilizada para a inserção;
Cubra o local com um chumaço de algodão com álcool e massageie delicadamente (a menos
que você tenha injetado uma medicação que contra indique a massagem, como a heparina e a
insulina) para distribuir a medicação e facilitar a absorção.
Agulhas indicadas :10 x 6 / 7 ; 20 x 6; 20 x 7.

Insira a agulha em ângulo de 45 ou 90 graus em relação a superfície epidérmica. Dependendo


do comprimento da agulha e da quantidade de tecido subcutâneo no local.

INJEÇÃO INTRADÉRMICA
Usada principalmente com fins de diagnóstico como em testes para alergia ou tuberculina, as
injeções intradérmicas indicam quantidades pequenas, geralmente 0,5ml ou menos, dentro das
camadas mais externas da pele. Por haver baixa absorção sistêmica dos agentes injetada via
intradérmica, este tipo de injeção é usado principalmente para produzir um efeito local. A face
ventral do antebraço é o local mais comumente utilizado por ser facilmente acessível e ausentes
de pêlos ( CASTRO & COSTA, 1999 ).

Modo de Aplicação:
Limpe a superfície ventral do antebraço, com algodão embebido em álcool, e espere a pele
secar;
Enquanto segura o antebraço do paciente em sua mão, puxe a pele esticando com seu polegar;
Com a sua mão livre, segure a agulha em um ângulo de 15 graus em relação ao antebraço do
paciente, com a bisel da agulha virado para cima;
Insira a agulha aproximadamente 0,3 abaixo da epiderme em locais a 5 cm de intervalo.
Interrompa quando o bisel da agulha estiver sob a pele e injete o antígeno lentamente. Você
deve encontrar alguma resistência a ao fazer isso e deve ocorrer a formação de um vergão
enquanto você injeta o antígeno;
Retire a agulha na mesma angulação em que tenha sido inserida.

INJEÇÃO INTRAMUSCULAR
Uma agulha passa pela pele e pelas camadas de gordura para atingir as fibras do músculo,
administrando o medicamento.
Motivos para o procedimento:
Às vezes, os medicamentos são mais bem absorvidos quando administrados no músculo; se
ingeridos por via oral, eles podem não funcionar. Outros medicamentos podem ser
administrados no músculo se não for possível tomá-los por via oral.
Alguns exemplos de medicamentos administrados usando uma injeção intramuscular são:

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• Determinados antibióticos;
• Determinados hormônios contraceptivos;
• A maioria das vacinas;
• Injeções de epinefrina para reações alérgicas graves.

Possíveis complicações:
Complicações associadas a injeções IM são:
• Você pode ter algum sangramento ou vermelhidão no local e a região pode ficar
dolorida;
• É possível que haja reação alérgica ao medicamento. Se você for alérgico a um
medicamento, não o injete;
• Raramente, o local pode ficar infectado.

Antes do procedimento:
• Verifique se você tem todos os itens necessários ( seringa, medicamento e materiais de
higiene);
• Certifique-se de que você tenha o medicamento correto e ele não esteja vencido;
• Lave as mãos com água morna e sabonete antes de aplicar a injeção;
• Selecione um local para injeção. Isso deve ser uma área em seu corpo com um músculo
grande (p. ex., a coxa, o glúteo);
• Limpe a área com um pano umedecido com álcool.

Modo de Aplicação:

Escolha um local adequado para a injeção. Os músculos glúteos são geralmente utilizados em
adultos sadios, embora o músculo deltóide possa ser utilizado para uma injeção de pequeno
volume (2ml ou menos) mas, é recomendado pelo Ministério da Saúde a região do GLÚTEO.
Para neonatos e crianças, o músculo vasto lateral da coxa é mais utilizado porque é geralmente
mais desenvolvido e não contem nervos grandes ou vasos sangüíneos calibrosos, minimizando o
risco de uma lesão grave.

Limpe a pele com algodão e álcool e aguarde a pele secar;

Com os dedos polegar e indicador da sua mão não dominante, agarre suavemente a pele do local
da injeção;

Posicione a seringa em um ângulo de 90 graus em relação à epiderme. Insira a agulha rápida e


firmemente através das camadas dérmicas, profundamente até o músculo;

Após a injeção, remova a agulha em um ângulo de 90 graus;

Massageie o músculo relaxado para ajudar a distribuir a medicação e ajudar a promover a


absorção.

Agulhas indicadas: 25 x 7/8; 30x 7/8

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ANGULAÇÃO DE APLICAÇÃO

AGULHAS

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INJEÇÃO INTRAMUSCULAR NA REGIÃO VENTROGLÚTEA (HOCHESTETTER)

Esse local é muito adequado, pois possui grande espessura muscular constituída pelo músculo
glúteo médio e mínimo, sendo limitada pelo osso ilíaco que a separa das estruturas
profundamente situadas e possui feixes musculares com direção que previnem o deslizamento
da solução injetada em direção ao nervo ciático.

Pode ser aplicada em qualquer faixa etária e em qualquer paciente, magro ou obeso, porém o
incômodo é relacionado à ansiedade do paciente quando vê a via de administração.

Deve-se colocar a MÃO ESQUERDA NO QUADRIL DIREITO DO PACIENTE, localizar


com a falange distal do dedo indicador a espinha ilíaca anterossuperior direita, estender o dedo
médio ao longo da crista ilíaca, espalmando a mão sobre a base do grande trocânter do fêmur e
formando com o indicador um triângulo.
Deve-se localizar a punção nesse triângulo com a agulha dirigida ligeiramente para crista ilíaca
em um ângulo de 90°. Se a aplicação for do LADO ESQUERDO DO PACIENTE,
COLOCAR O DEDO MÉDIO DA MÃO DIREITA NA ESPINHA ILÍACA
ANTEROSSUPERIOR e depois afastar o dedo indicador para formar o triângulo.

INTRAMUSCULAR EM “Z”

O método em Z (Z-track) cria um ziguezague através dos tecidos, o que veda o trajeto
da agulha, para evitar o retorno da medicação. Para realização da técnica em Z todo o
preparo para administração de medicamentos IM é idêntico. A fase de administração da
injeção propriamente dita difere da administração IM convencional a partir dos passos a
seguir:

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• Posicionar a mão não dominante logo abaixo do local a ser injetado o medicamento. •
Puxar a pele aproximadamente 2,5 a 3,5 cm para baixo ou lateralmente com o lado ulnar
da mão, a fim de administrar uma injeção com técnica em Z (Z-track). Manter a posição
até que o medicamento seja injetado (figura 5). • Introduzir rapidamente a agulha em
ângulo de 90° dentro do músculo, com a mão dominante. • Segurar a parte inferior do
tubo da seringa com a mão não dominante, após a agulha furar a pele, com o intuito de
manter firmeza na seringa. • Manter a pele firme com a mão não dominante. • Mover a
mão dominante para o fim do êmbolo, sem que a seringa se mova. • Puxar o êmbolo de
volta por 5 a 10 segundos. • Injetar o medicamento de forma lenta, caso não haja
retorno do sangue.

INJEÇÃO INTRA-VENOSA OU ENDOVENOSA


É a administração de uma droga diretamente na veia, a fim de obter uma ação imediata do
medicamento. A medicação poderá ser administrada em qualquer veia periférica acessível, mas
com preferência para:
Dobra do Cotovelo: Basílica, Mediana e Cefálica;
Antebraço;
Dorso das mãos.
A medicação poderá ser administrada ainda em veias profundas, por meio de cateteres
endovenosos introduzidos por punção ou flebotomia ( HORTA et al, 1973 ).

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Esta via é utilizada em casos de emergência na qual o paciente se encontra inconsciente, como
por exemplo, nos casos de Crise Hipoglicêmica, onde a conduta seria a administração de
Glicose 50% por via intra-venosa ( MENDES et al, 1988 ).

Modo de aplicação:
Após o preparo da medicação, pedir ao paciente para abrir e fechar a mão diversas vezes, com o
braço voltado para baixo (para melhorar a visualização das veias);
Escolher a veia, garrotear sem compressão exagerada, acima do local escolhido;
Pedir ao paciente para fechar a mão e manter o braço imóvel;
Fazer uma antissepsia ampla no sentido de baixo para cima;
Expelir todo o ar da seringa; com a mão esquerda, esticar a pele, fixar a veia e segurar o algodão
embebido em álcool;

Colocar o bisel voltado para cima, segurar o canhão da agulha com o dedo indicador da mão
direita, e a seringa com os demais dedos;
Introduzir a agulha e após o refluxo de sangue na seringa, pedir para o paciente abrir a mão, e
com a mão esquerda retirar o garrote;

Administrar a medicação, retirar a agulha e comprimir com algodão embebido no álcool, sem
massagear.

Observações importantes:
A solução deve ser cristalina, não oleosa e não conter flocos em suspensão;
Retirar todo ar da seringa, para não deixar entrar ar na circulação;
Aplicar lentamente, observando as reações do paciente;
Verificar se a agulha permanece na veia durante a aplicação;
Retirar a agulha na presença de hematoma, infiltração ou dor. A nova picada deverá ser em
outro local, de preferência em outro membro.
SCALPE JELCO

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HIGIENE DO PACIENTE
A higiene do nosso corpo tem papel fundamental para a preservação da nossa
saúde. Por isso, quem está acamado ou necessitando de cuidados após ter
passado por algum procedimento específico, precisa de atenção redobrada no
momento do banho.
O banho também é capaz de proporcionar uma sensação de bem-estar e de
relaxamento, ajudando na recuperação do paciente.
No momento do banho é possível verificar o estado da pele da pessoa, aplicar
cremes e fazer massagens para melhorar a circulação.

Sempre que possível, o banho deve ser preferencialmente no chuveiro, mesmo


com o uso de cadeiras próprias para atividade.

O LEITO SÓ DEVE SER USADO PARA O BANHO QUANDO O


PACIENTE NÃO TIVER QUALQUER CONDIÇÃO DE SE MOVER.

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TIPOS DE BANHO

1- Aspersão - banho de chuveiro;

2- Imersão - banho na banheira;

3- Ablução - jogando pequenas porções de água sobre o corpo;

4- No leito - usado para pacientes acamados em repouso absoluto.

NORMAS

01 – A higiene do paciente fica a cargo da Equipe de Enfermagem;


02 – Explicar sempre ao paciente o que vai ser feito;
03 – Preferencialmente realizar a higiene oral do paciente, antes do banho e após as refeições,
com solução de Bicarbonato de Sódio, e quando se fizer necessário;
04 – Ao lidar com o paciente, de maneira direta, e imprescindível o uso de luvas para
procedimentos;
05 – Cuidar durante o banho, para não expor, desnecessariamente, o paciente. A privacidade
contribui muito para o conforto mental do paciente;
06 – Secar bem toda a superfície do corpo do paciente, principalmente as dobras;
07 – As portas do banheiro não devem ser trancadas, durante o banho;
08 – Deve-se testar a temperatura da água, antes do banho do paciente. Geralmente se usa água
morna.

HIGIENE ORAL

Definição: Consiste na limpeza dos dentes, gengivas, bochechas, língua e lábios. Condições
patológicas que predispõem a irritação e a lesão da mucosa oral: (estado de coma, hipertemia).

Finalidades:

• Promover conforto ao paciente,


• Evitar halitose,
• Prevenir carie dentaria,
• Conservar a boca livre de resíduos alimentares.

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HIGIENE ORAL (em pacientes impossibilitados)

Material

• Solução antisséptica – solução bicabornatada (para cada 1 colher de chá, 500 ml de


água);
• Espátula envolta em gazes;
• Lubrificante (vaselina liquida);
• Toalha;
• Copo para colocar solução antisséptica;
• Luvas;
• Cuba rim.
Técnica

01 – Lavar as mãos;
02 – Explicar ao paciente o que será feito;
03 – Calcar luvas;
04 – Reunir o material na mesa de cabeceira;
05 – Colocar o paciente em posição confortável, com a cabeceira elevada. Em pacientes
inconscientes, colocá-los em decúbito lateral;
06 – Colocar a toalha na parte superior do tórax e pescoço do paciente, com forro plástico, se
necessário;
07 – Proceder a limpeza de toda a boca do paciente usando as espátula envoltas em gazes,
embebidas em solução antisséptica diluído em água;
08 – Utilizar cuba rim para o paciente “bochechar”;
09 – Limpar a língua, para evitar que fique seborreica;
10 – Enxugar os lábios com a toalha;
11 – Lubrificar os lábios com vaselina liquida, para evitar rachaduras;
12 – Retirar luvas;
13 – Lavar as mãos;
14 – Recompor a unidade;
15 – Anotar no prontuário o que foi feito e anormalidades detectadas.

Obs: – Em pacientes neurológicos com lesão cervical, usar a espátula com gaze, para retirar o
excesso de liquido da solução antisséptica, sem mobilizar a cabeça;
- Em pacientes conscientes, ele próprio deve escovar os dentes.

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HIGIENE ORAL (em paciente entubado)

Material

• Solução antisséptica – solução bicarbonatada,


• Espátula envolta em gazes,
• Lubrificante (vaselina liquida),
• Copo para colocar solução antisséptica,
• Seringa de 20 ml,
• Aspirador montado,
• Cânula de guedel (estéril), se necessário,
• Toalha,
• Luvas.
Técnica

01 – Lavar as mãos;
02 – Explicar ao paciente o que será feito;
03 – Calcar luvas;
04 – Reunir o material na mesa de cabeceira;
05 – Colocar o paciente em posição confortável, com a cabeceira elevada ou em decúbito lateral
se estiver inconsciente;
06 – Colocar a toalha na parte superior do tórax e pescoço do paciente, com forro plástico, se
necessário;
07 – Verificar se o cuff da cânula endotraqueal esta insuflado, para evitar que a solução
antisséptica ou salivação penetre na traqueia, durante a higienização;
08 – Instilar água com auxilio da seringa, pelo orifício da cânula de guedel, e fazer aspiração ao
mesmo tempo;
09 – Retirar a cânula de guedel e lavá-la em água corrente na pia do quarto e recolocá-la, ou
proceder a sua troca por outra estéril, caso, seja necessário ou que conforme rotina, já tenha
dado 24 horas após a sua colocação;
10 – Proceder a limpeza de toda a boca do paciente, usando as espátula envoltas em gazes
embebidas em solução antisséptica. Limpar o palato superior e toda a arcada dentaria;
11 – Limpar a também a língua;
12 – Enxugar os lábios com a toalha e lubrifica-los;
13 – Retirar luvas;
14 – Lavar as mãos;

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15 – Recompor a unidade;
16 – Anotar no prontuário o que foi feito e anormalidades detectadas.

Obs: – A troca do cadarço da cânula endotraqueal deve ser feita pelo Enfermeiro a cada 12
horas,ou quando se fizer necessário, acompanhada do reposicionamento da cânula endotraqueal;
- A higiene oral do paciente entubado dever ser feita 01 vez a cada plantão, ou quando
necessária.

HIGIENE DAS PROTESES DENTARIAS

Material

• Copo com solução antisséptica bucal,


• Escova de dente,
• Pasta dental,
• Cuba rim,
• 01 par de luvas,
• Toalhas de papel,
• Toalhas de Banho,
• Biombos.
Técnica

01 – Lavar as mãos;
02 – Explicar ao paciente o que vai fazer;
03 – Reunir o material na bandeja e colocar sobre a mesa de cabeceira do paciente;
04 – Proteger o leito com biombo;
05 – Colocar toalha sobre o tórax do paciente;
06 – Colocar o paciente em Fowler ou sentado quando for permitido;
07 – Calcar as luvas;
08 – Pedir ao paciente que remova a prótese com o uso da toalha de papel. Se o paciente não
puder remover as próteses sozinho, a enfermagem deve fazê-lo em seu lugar, lenta e
cuidadosamente;
09 – Colocar as próteses na cuba rim, forrada com toalha de papel. Levar ao banheiro;
10 – Colocar a pasta dental ou sabão liquido sobre a escova;
11 – Segurar as próteses na palma da mão e escová-la com movimentos firmes da base dos
dentes para as pontas;
12 – Escovar a área de acrílico em toda sua extensão;

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13 – Lavá-la sob jato de água fria;
14 – Desprezar o papel toalha da cuba rim e colocar outro;
15 – Colocar a prótese limpa na cuba rim;
16 – Lavar a escova com água corrente e colocá-los na cuba rim;
17 – Lavar as mãos enluvadas;
18 – Oferecer copo com solução antisséptica bucal, para que o paciente enxágue a boca;
19 – Entregar a prótese ao paciente ou coloque-a por ele, no caso de impossibilidade do mesmo;
20 – Colocar o paciente em posição confortável;
21 – Desprezar as luvas;
22 – Limpar e guardar todo o material;
23 – Lavar as mãos;
24 – Anotar no prontuário.

Obs: – Quando o paciente retirar a prótese ou recolocá-la, a Enfermagem deve observar se há


alguma anormalidade em cavidade bucal. Se houver, relatá-la no prontuário.

BANHO NO LEITO (Paciente com Dependência Total)

NORMAS

01 – Trocar a água do banho sempre que necessário;


02 – Quando houver colostomia e/ou drenos, esvaziar as bolsas coletoras antes do banho ou
trocá-la, depois trocar as luvas e iniciar o banho;
03 – Quando o banho for dado com uma pessoa, levando-se em consideração que o paciente
ajuda, seguir a mesma técnica, porém, sem esquecer-se de lavar as mãos enluvadas ou trocar as
luvas quando necessário, antes de manipular a roupa limpa;

Material

Carro de banho ou mesa de cabeceira,


Luva de banho,
Toalha de banho (lençol protetor),
Material para higiene oral,
Material para higiene intima,
Pente,
Sabonete individualizado,
Comadre e/ou papagaio do próprio paciente,

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Roupa para o paciente (pijama ou camisola),
Roupa de cama : (02 lençóis, 01 cobertor S/N, 01 toalha de banho, fronha, impermeável
Luvas de procedimento,
Fralda quando necessário
Hamper,
01 bacia,
01 balde,

Técnica

01 – Lavar as mãos e calcar as luvas de procedimentos;


02 – Explicar ao paciente o que vai ser feito;
03 – Trazer o carro de banho e o hamper próximo ao leito;
04 – Fechar as portas e janelas;
05 – Proteger a unidade do paciente com biombos;
06 – Oferecer comadre ou papagaio ao paciente e procurar saber se tem clister(lavagem
intestinal) prescrito. Se houver, fazê- lo em primeiro lugar;
07 – Desprender a roupa de cama, iniciando do lado oposto onde permanecer;
08 – Fazer higiene oral do paciente e lavar a cabeça, se necessário;
09 – Trocar a água do banho, obrigatoriamente, após a lavagem da cabeça;
10 – Lavar os olhos, limpando o canto interno para o externo, usando gaze;
11 – Lavar, enxaguar e enxugar o rosto, orelhas e pescoço;
12 – Lavar e enxugar os braços e mãos do lado oposto ao que se está trabalhando, depois o mais
próximo, com movimentos longos e firmes, do punho a axila;
13 – Trocar a água;
14 – Lavar e enxugar o tórax e abdome, com movimentos circulares, ativando a circulação,
observando as condições da pele e mamas;
15 – Cobrir o tórax com lençol limpo, abaixando o lençol em uso, até a região genital;
16 – Lavar, enxaguar e enxugar as pernas e coxas, do tornozelo até a raiz da coxa, do lado
oposto ao que se está trabalhando, depois o mais próximo;
17 – Colocar bacia sob os pés e lavá-lo, principalmente entre os dedos, observando as condições
dos mesmos e enxugar bem;
18 – Trocar a água da bacia e a luva, obrigatoriamente;
19 – Encaixar a comadre no paciente;
20 – Fazer higiene intima do paciente, de acordo com a técnica;
21 – Trocar, obrigatoriamente, a água da bacia e a luva, retirando a comadre, deixando-a ao lado
do leito;
22 – Virar o paciente em decúbito lateral, colocando a toalha sob as costas e nádegas, mantendo

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esta posição com o auxílio de outra pessoa;
23 – Lavar e enxugar as costas, massageando-as, incluindo nádegas e cóccix do paciente;
24 – Deixar o paciente em decúbito lateral, empurrando a roupa úmida para o meio do leito,
enxugando o colchão;
25 – Trocar de luva, para não contaminar a roupa limpa;
26 – Proceder a arrumação do leito, com o paciente em decúbito lateral;
27 – Virar o paciente sobre o lado pronto do leito;
28 – Retirar a roupa suja e desprezá-la no hamper;
29 – Calcar outras luvas e terminar a arrumação do leito;
30 – Fazer os cantos da cama: cabeceira e pés;
31 – Vestir o paciente;
32 – Pentear os cabelos do paciente;
33 – Trocar a fronha;
34 – Utilizar travesseiros para conforto e bem estar;
35 – Recompor a unidade do paciente, colocando tudo no lugar;
36 – Retirar as luvas e lavar as mãos;
37 – Anotar no prontuário o que foi feito e as anormalidades detectadas, se houver.

BANHO DE ASPERSAO (chuveiro)

Material

• Roupa pessoal (pijama, camisola – fornecidos pelo Hospital),


• Toalha de banho,
• Sabonete (individual),
• Pente,
• Luva de banho (opcional),
Técnica

01 – Lavar as mãos;
02 – Explicar ao paciente o que vai ser feito;
03 – Reunir o material e levar ao banheiro;
04 – Encaminhar o paciente ao banheiro (portas e janelas fechadas);
05 – Abrir o chuveiro e regular a temperatura da água e orientar o paciente sobre o manuseio da
torneira;
06 – Ajudar o paciente a se despir, caso não consiga fazer sozinho;

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07 – Iniciar o banho se a situação permitir, deixando o paciente sozinho;
08 – Enxugar ou ajudar o paciente a fazê-lo, observando as condições da pele e a reação do
banho;
09 – Vestir e pentear o paciente caso não consiga fazê-lo sozinho;
10 – Conduzir o paciente a sua unidade, colocando-o em posição confortável na cadeira;
11 – Arrumar o leito e deixar a unidade em ordem;
12 – Colocar tudo no lugar e chamar o pessoal da limpeza para proceder a limpeza do banheiro;
13 – Lavar as mãos;
14 – Anotar no prontuário.

LAVAGEM DOS CABELOS

Material

Shampoo,
Balde,
Bacia,
Toalha de banho,
Luvas para procedimento,
Forro e saco plástico,
Pente,
Algodão em bola (02 unidades).

Técnica

01 – Explicar ao paciente o que ser feito;


02 – Reunir o material no carro de banho e levá-lo próximo a cama do paciente;
03 – Lavar as mãos;
04 – Fechar portas e janelas;
05 – Abaixar a cabeceira do leito do paciente;
06 – Retirar o travesseiro;
07 – Colocar toalha de banho na cabeceira da cama, sob o forro com o plástico;
08 – Colocar sobre o forro com plástico, a bacia com água morna;
09 – Colocar o paciente em posição diagonal, com a cabeça próxima ao funcionário;
10 – Proteger os ouvidos do paciente com algodão;
11 – Colocar outra toalha ao redor do pescoço do paciente, afrouxando a camisola, no caso de
mulher, ou

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retirando a camisa no caso de homem, cobrindo-o com o lençol;
12 – Sustentar a cabeça do paciente com uma das mãos, sobre a bacia com água;
13 – Pentear os cabelos, inspecionando o couro cabeludo, cabelos e observando condições de
anormalidade;
14 – Umedecer os cabelos com um pouco de água, aplicando o shampoo evitando que o liquido
escorra
nos olhos;
15 – Massagear o couro cabeludo com as pontas dos dedos;
16 – Lavar os cabelos;
17 – Enxaguar os cabelos do paciente até sair toda espuma, com o auxílio de uma jarra;
18 – Despejar a água da bacia, quantas vezes forem necessárias;
19 – Elevar a cabeça do paciente e espremer os cabelos com cuidado, fazendo escorrer água;
20 – Retirar a bacia que está sob a cabeça do paciente;
21 – Descansar e envolver a cabeça do paciente na toalha;
22 – Secar os cabelos com toalha de banho ou forro;
23 – Pentear os cabelos do paciente;
24 – Recolocar o travesseiro e voltar o paciente a posição inicial;
25 – Retirar a toalha, recompor o material no carro de banho, deixando paciente em posição
confortável;
26 – Lavar as mãos;
27 – Anotar na prescrição do paciente.

BANDAGEM

1. INTRODUÇÃO

Bandagem é a aplicação de faixa de tecidos, gazes, crepom, elástica, que se adapta de modo
confortável a uma região do corpo. Tem como finalidades: exercer pressão sobre uma parte
do corpo; imobilizar uma região; fixar curativos, proteger feridas, manter estética no
curativo; possibilidade de maior mobilidade (nutrição da cartilagem, evitar atrofia muscular,
trabalho linfático e venoso); reabsorção de hematomas e edemas e melhora a propriocepção
no caso do uso de bandagens no ombro método utilizado na fisioterapia.

2.DESENVOLVIMENTO
Os procedimentos que devem ser seguidos para a aplicação da bandagem são:
Posicionar a parte do corpo a ser enfaixada em uma posição confortável de alinhamento
anatômico normal. As faixas provocam imobilização executada em posição de funcionamento
normal da parte do corpo envolvida reduz os riscos de deformações ou lesões.

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Evitar o atrito entre e contra as superfícies de pele aplicando gaze ou coxins de
algodão. As superfícies de pele em contato (como por exemplo, entre os dedos,
abaixo das mamas) podem roçar entre si provocando escoriações ou irritação
local. Faixas colocadas sobre protuberâncias ósseas podem roçar contra a pele e
provocar rupturas.
Colocar as faixas firmemente para evitar que escorreguem durante a
movimentação do paciente. A fricção entre a faixa e a pele pode provocar
rupturas da pele.
Ao enfaixar as extremidades, colocar a faixa firmemente, com igual tensão
exercida sobre cada volta. Evitar o excesso de superposição de camadas de
faixas. Este procedimento evita a distribuição desigual de pressão sobre a parte
do corpo enfaixada. A pressão localizada provoca o comprometimento
circulatório.
Posicionar esparadrapo, nós ou laçadas longe de feridas ou de quaisquer áreas
sensíveis da pele. Os esparadrapos e laços utilizados para fixar as faixas podem
exercer pressão localizada e irritação.

Observações:

01. Deve-se explicar o que vai fazer ao paciente antes de se iniciar o procedimento.

02. Colocar-se de frente para o paciente.

03. Colocar a atadura sobre o segmento corporal, de modo que o rolo se abra para cima. Na
primeira e segunda volta fazer
a lacinia.

04. Aplicar no sentido do ponteiro de um relógio, salvo se a pessoa é canhota.

05. Segurar a extremidade com a mão esquerda, enquanto a direita leva o rolo
.
06. Ao passar a atadura, as duas mãos devem tracionar o rolo uniformemente.

07. Desenrolar a atadura à medida que for atingindo a superfície corporal.

08. Correr com o rolo sempre da esquerda para a direita.

09. Todas as voltas deverão sempre percorrer o caminho mais curto; do contrário deslocam-se
com facilidade
.
10. A porção terminal da atadura não deverá ser aplicada em parte do corpo que se estreita
porque se desajusta facilmente
.
11. A largura da atadura deve ser de acordo com o diâmetro do membro ou parte do corpo a ser
enfaixado
.
12. Caso queira exercer compressão maior, as ataduras deverão ser acolchoadas.

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13. Caso seja necessário um segundo rolo de atadura, coloca-se a sua extremidade inicial sob a
extremidade terminal primeira.

14. Para se retirar a atadura caso ela esteja aderente, deve-se umedecê-la com soro fisiológico
aquecido. Devem ser removidas com luvas e colocadas em saco plástico. Ao retira-la deve-se ir
gradativamente enrolando-a

TIPOS DE ENFAIXAMENTO:

CIRCULAR:

A volta da faixa superpõe completamente a volta anterior.

Finalidade: Prende uma faixa na primeira e na ultima volta, cobre uma parte do corpo de
tamanho reduzido (por exemplo, dedo da mão ou do pé)

ESPIRAL:

A faixa vai subindo pela parte do corpo e cada volta vai se sobrepondo à volta anterior cobrindo
a metade ou dois terços da faixa.

Finalidade: Cobre partes cilíndricas do corpo, tais como, cintura ou extremidades superiores.

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ESPIRAL INVERSA:

A volta exige uma torção (inversa) da faixa na metade do caminho de cada rotação.
Finalidade: Cobre partes do corpo em forma de cone, tais como, o antebraço, coxa ou
panturrilha; é útil com bandagens inelásticas, tais como, gaze ou flanela.

EM OITO:

Rotações da faixa em superposições oblíquas e alternadas, subindo e descendo sobre a parte


enfaixada; cada volta cruza a anterior para formar a figura de um oito.
Finalidade: Cobre as articulações; o ajuste apertado de faixa fornece uma excelente
imobilização.

RECORRENTE:

A faixa é primeiramente segura com duas voltas circulares ao redor da extremidade proximal da
parte do corpo em questão; faz-se uma meia-volta perpendicular para cima a partir da ponta da
faixa; o corpo da afixa é trazido sobre a extremidade distal da parte do corpo a ser coberta e
cada volta é dobrada sobre si mesma.
Finalidade: Cobre partes irregulares do corpo, tais como, a cabeça ou um membro amputado.

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