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UC 3- Administração de medicamentos,

soluções e imunobiológicos
Prof. Silvana Feliciano
Definições:

• Prescrição- É entendida como uma parte do processo do fornecimento de


medicamentos seja para uso interno em hospitais ou não, devendo ser redigida
de forma clara, simples, sem abreviações e econômica com informações do
paciente e do prescritor, tendo que ser revisada por farmacêuticos e
enfermeiros, se tratando de uma tarefa multiprofissional de modo a garantir
identificação de erros e garantir o êxito da terapia aplicada visando a segurança
do paciente (PAZIN-FILHO et al, 2013; NÉRI et al, 2011).
Definições:
• Dispensação- Muitas vezes compreendida como o ato de entrega do medicamento
é um processo de atenção à saúde de atividade exclusiva do farmacêutico, que
também se integra com outros profissionais da saúde, no qual há orientação e
informação sobre o uso do medicamento, com o cuidado não só neste, mas
também no paciente. É uma etapa que se inicia desde a seleção e padronização do
medicamento, passando pela aquisição, armazenamento e distribuição (ato de
entrega ao usuário). Em hospitais antes da distribuição é realizado o fracionamento
de doses, até a orientação ao profissional prescritor e/ou administrador
(ANGONESI; RENNÓ, 2011. GALATO et al, 2008).
Definições:

• Administração de Medicamentos- Esta atividade se baseia no contato do


medicamento, (substância) com a via a ser introduzida para absorção no
organismo, sendo geralmente de responsabilidade da enfermagem esse ato de
administrar e de identificar possíveis erros surgidos nas etapas de prescrição e
dispensação. É extremamente relevante seguir as etapas de conferência,
confirmando todos os “certos da administração”, e possuir conhecimento
técnicocientífico, buscando identificar qualquer alteração e/ou reação após medicar
o usuário.
Os 13 Certos da Administração de Medicamentos
1- Paciente Certo

Para identificação do paciente correto, é necessário verificar:

• Nome identificado na pulseira;

• Nome identificado no leitor;

• Nome identificado no prontuário. Sendo necessário conferir o nome completo no


paciente por, no mínimo, dois identificadores, antes da administração do
medicamento. Para minimizar erros na administração de medicamentos,
recomenda-se que dois pacientes que apresentam o mesmo nome, não estejam
internados na mesma enfermaria, simultaneamente.
2- Medicamento Certo

• Verificar se o medicamento a ser administrado confere com o que foi prescrito;

• Verificar o diluente (tipo de volume) prescrito;

• Verificar a velocidade de infusão estabelecida;

É importante conferir se o paciente não apresenta alergia ao medicamento prescrito.


3- Via de administração Certa

• Identificar a via de administração prescrita;

• Em caso de administração por sonda nasogástrica, nasoentérica ou via parenteral, é


necessário identificar qual a conexão correta para a via de administração no paciente;

• Antes da administração por parenteral, é de extrema importância realizar a desinfecção do


local, utilizando algodão embebido com álcool (70%) para friccionar o local de aplicação, no
mínimo, três vezes.

• Em casos de dúvida ou ilegibilidade da prescrição, esclarecê-las com o supervisor da


enfermagem ou farmacêutico, ou então diretamente com o prescritor, antes da administração.
4- Horário Certo

• Garantir que o medicamento seja administrado no horário correto, evitando a antecipação ou o


atraso da administração, de forma a garantir a resposta terapêutica adequada.

• Se a antecipação ou atraso for necessário, esta modificação poderá ser feita apenas com o
consentimento do prescritor e do enfermeiro.
5- Dose Certa

• Conferir a dose atentamente;

• Realizar dupla checagem dos cálculos do preparo e da programação da bomba de infusão. Não
se deve administrar medicamentos de prescrições que apresentem informações vagas,
portanto o uso do “se necessário” deve obrigatoriamente estar empregado junto das demais
informações: dose, intervalo e condição para uso.
6- Registro Certo

Deve conter:

• Registro do horário que o medicamento foi administrado;

• A cada dose administrada, checar o horário da administração;

• Registro de todas as ocorrências relacionadas ao medicamento.


7- Orientação Certa

• O enfermeiro deve estar apto para orientar e instruir o paciente de forma clara, informando:

• Orientações sobre qual medicamento (nome) o paciente está fazendo uso, assim como a
justificativa da indicação terapêutica e os possíveis efeitos adversos, além de instruir sobre a
necessidade de acompanhamento ou monitoramento do tratamento, se for o caso.

• Garantir ao paciente o direito de reconhecer os aspectos (cor e formato) do medicamento


recebido para o tratamento, assim como a posologia (frequência de administração). De forma a
minimizar os erros de medicação.
8- Forma Certa

• Checar se a forma farmacêutica e a via de administração conferem com a prescrição e se estão


apropriadas à condição clínica do paciente.
9- Resposta Certa

• Observar cuidadosamente se o medicamento apresentou o efeito desejado, quando possível;

• Registrar no prontuário se houve qualquer efeito inesperado, seja de intensidade ou em formas


diferentes, sendo necessário informar o prescritor.

• Comunicação clara entre paciente e/ou o cuidador do mesmo;

• Considerar as observações relatadas pelo paciente e/ou seu cuidador sobre os efeitos
apresentados pelo uso do medicamento, principalmente se incluir respostas diferentes do
padrão;

• Registrar os parâmetros de monitorização adequados.


10- Validade Certa

• A validade diz respeito às características descritas na embalagem do produto pelos fabricantes


e que garantem que ele atuará de forma assertiva no paciente, além de auxiliar no descarte de
produtos que já não devem mais ser utilizados pela equipe de enfermagem.

• Realizar a conferência na embalagem do medicamento antes do preparo;

• Identificar o aprazamento dos medicamentos que encontram-se diluídos sob refrigeração


especificando o tempo de estabilidade após reconstituição.
11- Compatibilidade Certa

• Analisar a compatibilidade do medicamento, com a via de administração prescrita,


principalmente quando a administração é por via endovenosa.
12- Tempo de Administração Correto

• Conferir a velocidade de gotejamento, a programação e o funcionamento das bombas de


infusão contínua, se for o caso;
13- Prescrição Correta

• A Prescrição Médica (PM) deve ser legível, preferencialmente emitida a partir de sistema
informatizado que possua alerta para inadequações ou discordâncias da prescrição ou, no
mínimo, digitada, mas não mais manuscrita.

• A PM deve conter data e identificação do prescritor com carimbo e assinatura.

• A PM deve conter as informações necessárias dos medicamentos, tais como, nome, dosagem,
via, horário, frequência e velocidade de infusão tendo duração de validade de 24 horas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• CARNEIRO, H. U.A. (2015). Práticas Seguras na Prescrição de Medicamentos . Protocolo NSP


HUAC. Campina Grande - PB: Núcleo de Segurança do Paciente. Federais, E. H. (2018).
• Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Dispensação de Medicamentos Versão 1.0.
Procedimento Operacional Padrão POP/NUSP/001/2018. Goiânia -Goiás: HC-UFG Hospital
das Clínicas.
Vias de Administração de Medicamentos
FARMACOLOGIA

• A farmacologia é definida como a ciência que estuda a natureza e as


propriedades dos fármacos e principalmente a ação dos
medicamentos.
ORIGEM DOS MEDICAMENTOS

Os medicamentos são originados de fontes:

✓ Natural (o reino animal, vegetal e mineral),

✓ Sintética (industrializado)
FARMACOTERAPIA

• É o uso dos medicamentos no tratamento, prevenção, diagnostico e no


controle de sinais e sintomas das doenças.
AÇÃO MEDICAMENTO

• Profilática
O medicamento tem ação preventiva contra as doenças.
Exemplo : As vacinas podem atuar na prevenção de doenças .

• Curativo
O medicamento tem ação curativa, pode curar a patologia.
Exemplo: Os antibióticos têm ação terapêutica curando a doença.
AÇÃO MEDICAMENTO

• Paliativo
O medicamento tem capacidade de diminuir os sinais e sintomas da doença.

Exemplo: os anti-hipertensivos diminuem a Pressão Arterial mas não curam a


Hipertensão Arterial, os antitérmicos e analgésicos diminuem febre e dor mas não
curam a patologia causadora dos sinais e sintomas.
AÇÃO MEDICAMENTO

• Diagnóstico
O medicamento auxilia no diagnóstico elucidando exames radiográficos.

Exemplo: Os contrastes são medicamentos que associados aos exames


radiográficos auxiliam em diagnósticos de patologias.
Compreendendo o mecanismo de ação

• FARMACOCINÉTICA

Refere-se ao estudo do movimento que o medicamento administrado passa


dentro do organismo durante sua absorção, distribuição, metabolismo e excreção

• FARMACODINÂMICA

Refere-se ao estudo dos mecanismos relacionados à ação do medicamento e


suas alterações bioquímicas ou fisiológicas no organismo. A resposta decorrente
dessa ação é o efeito do medicamento, propriamente dito.
É PRECISO SABER QUE AÇÃO DOS MEDICAMENTOS PODEM SER:

• AÇÃO LOCAL: A medicação age no local onde é administrado, sem passar pela
corrente sanguínea.

Exemplos: pomadas e colírios

• AÇÃO SISTÊMICA: Quando a medicação é primeiro absorvida, após entra na


corrente sanguínea para, atuar no local de ação desejado.

Exemplos: antialérgico para prurido generalizado


ÉTICA E LEGISLAÇÃO NO PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DOS
MEDICAMENTOS

• PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a qualidade de vida


da pessoa, família e coletividade.
O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e
reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e
legais.
SEÇÃO I
DAS RELAÇÕES COM A PESSOA, FAMILIA E COLETIVIDADE.

• DIREITOS

Art. 10 - Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência


técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à
pessoa, família e coletividade.
RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 12 - Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de enfermagem livre de danos
decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.

Art. 13 - Avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e somente aceitar
encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem.

Art. 14 - Aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em benefício da pessoa,


família e coletividade e do desenvolvimento da profissão.

Art. 21 - Proteger a pessoa, família e coletividade contra danos decorrentes de imperícia, negligência
ou imprudência por parte de qualquer membro da equipe de saúde.

Art. 25 - Registrar no prontuário do paciente as informações inerentes e indispensáveis ao processo


de cuidar.
PROIBIÇÕES

Art. 30 - Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-


se da possibilidade de riscos.

Art. 31 - Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto nos casos


previstos na legislação vigente e em situação de emergência.

Art. 32 - Executar prescrições de qualquer natureza, que comprometam a segurança


da pessoa.
SEÇÃO II
DAS RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES DE ENFERMAGEM, SAÚDE E
OUTROS

• DIREITOS

Art. 37 - Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica, onde não


conste a assinatura e o número de registro do profissional, exceto em situações de
urgência e emergência.

• Parágrafo único - O profissional de enfermagem poderá recusar-se a executar


prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de identificação de erro ou
ilegibilidade.
PROIBIÇÕES

Art. 42 - Assinar as ações de enfermagem que não executou, bem como permitir
que suas ações sejam assinadas por outro profissional.
SEÇÃO III
DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES DA CATEGORIA

• RESPONSABILIDADES E DEVERES

Art. 48 - Cumprir e fazer os preceitos éticos e legais da profissão.


PRESCRIÇÃO DO MEDICAMENTO

• A prescrição dos medicamentos é uma ordem escrita por profissional


capacitado para ser preparada por um farmacêutico ou profissional da
enfermagem.
DEVE CONTER
• Data, Nome do paciente, Hospital, UBS ou centro médico,

• Nome do medicamento, Dose do medicamento e via do medicamento,

• Horários que o medicamento/ intervalos entre as doses,

• Assinatura e carimbo do médico, odontólogo ou outro profissional qualificado, contendo seu


registro no conselho regional.
OBSERVAÇÃO

• Deve ser legível e em alguns hospitais, UBS ou centro médico pode ser
encontrado informatizado.
TIPOS DE PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTO
Prescrição Padrão

• Deve conter quanto do medicamento o paciente deve receber e por quanto


tempo, permanece em efeito por tempo indefinido ou por período especificado.

Prescrição Única

• Deve contar a prescrição do medicamento a ser administrado apenas uma vez.

Prescrição Imediata

• Deve conter a prescrição de um medicamento que o paciente deve


imediatamente, no geral para um problema urgente.
TIPOS DE PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTO
Prescrição Permanente

• Contém a PM de forma permanente, no geral são elaboradas e executadas por equipes de


uma determinada instituição sendo hoje bem difundidos como protocolos de Prescrição de
Medicamento para tratamento de determinadas patologias.

Prescrição Verbal e Telefônica

• Não é o tipo de PM ideal, deve ser evitada sempre que possível, pois a PM verbal ou por
telefone traz riscos iminentes de erros, pode ocorrer em situações de urgência e deve ser
transcrita pelo médico o quanto antes.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA LEITURA DA PRESCRIÇÃO
MÉDICA E NO PREPARO DE MEDICAMENTOS

• Obter a PM realizar sua leitura e compreende-la, caso haja dúvida esclareça-a


antes de iniciar o preparo da PM,

• Lavar as mãos e preparar o material, conforme a via de administração: bandeja,


copo se VO, seringa e agulha do tamanho indicado para via injetável, algodão,
álcool 70%,

• Realizar etiqueta de identificação do medicamento, contendo: Nome do paciente,


quarto e leito do paciente, nome do medicamento, quantidade do medicamento, via
do medicamento, hora do medicamento.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA LEITURA DA PRESCRIÇÃO
MÉDICA E NO PREPARO DE MEDICAMENTOS

• Ao ler a PM e identificar o medicamento, separe-o lendo o rótulo três vezes: ao retirar do


armário, ao prepará-lo, ao desprezar a embalagem ou ao guardá-lo novamente,

• No preparo de medicamentos evite distrações e ou conversas paralelas,

• Não toque no medicamento com as mãos, quando em comprimido mantenha-o em blister, ou


coloque-o em copo; se líquido coloque-o em copo evitando que o mesmo molhe o rótulo do
frasco, se injetável utilize técnica asséptica.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA LEITURA DA PRESCRIÇÃO
MÉDICA E NO PREPARO DE MEDICAMENTOS

• Após prepará-lo com técnica, siga com a bandeja até o quarto para administração,
certificando-se da via de administração e inicie a administração chamando o cliente
pelo nome e conferindo paciente certo, confirme a PM certa conferindo o
medicamento certo, dose e via certa na hora certa,

• É imprescindível conhecer a técnica adequada de cada via,


VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS, CUIDADOS DE
ENFERMAGEM E CÁLCULO PARA CADA VIA

• Via enteral

Esta via compreende a administração dos medicamentos Via Oral, Via Sonda
Nasogástrica (sonda que conduz alimento e medicamento até o estômago) e Via
Sonda Nasoenteral (sonda que conduz alimento e medicamento até a primeira
porção do intestino delgado, o duodeno).
Administração via oral

• A administração de medicamentos por via oral é segura e não requer


técnica estéril na sua preparação, nesta via os medicamentos podem ser
na apresentação de comprimidos, drágeas, cápsulas ou líquidos; são
absorvidos, principalmente, no estômago e intestino.

• Obs. A medicação via oral não é indicada em clientes apresentando


náuseas, vômitos, diarreias ou indivíduos que tenham dificuldade de
deglutir.
Atenção

• Lembrar que antes e após qualquer procedimento devemos lavar as mãos.

• Se a PM. For realizada em gotas, você devera transformar gotas em ml.

• Sabendo que 1ml = 20 gotas.

• 1 ml = 60 microgotas.

• 1cc3 = 1ml

• Todo comprimido para administração da dose correta deve ser diluído em Água
Destilada (AD). Para este cálculo usamos regra de 3.
Administração por Sonda gástrica ou enteral

• Use o mesmo critério da medicação VO, diluindo o comprimido ou as gotas e


líquidos que devem ser aspirados em seringa de 20ml administradas a após a
sonda deve ser lavada com água filtrada evitando assim sua obstrução.
Via Enteral

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Via Parenteral
• Os medicamentos administrados por via parenteral têm a vantagem de fornecer uma via mais rápida
quando a via oral é contraindicada, favorecendo, assim a absorção mais rápida. As vias são:

• Sub cutânea - máximo de até 2,0 ml

• Intra dérmica - máximo de até 0,5 ml

• Intra muscular - máximo de até 1,0 ml para deltoide e máximo de até 5 ml para glúteo e vasto
lateral da coxa.

• Intra venosa – quando em seringas de 10 a 20 ml

Para realizarmos este procedimento é necessário entender sobre a graduação das seringas
disponíveis universalmente e os tamanhos e calibre das agulhas.
Seringas
Seringas
Seringas
Tipos de Agulhas

• Os componentes básicos da agulha são: o canhão, a haste e o bisel.

• O canhão é a porção mais larga da agulha que se fixa na seringa, a


haste é a porção maior e mais fina e o bisel é a abertura final na parte
distal da agulha.

• A escolha da agulha deve ser realizada levando-se em consideração a


via de administração, o local a ser administrado, o volume e a
viscosidade do medicamento e o próprio cliente, avaliando as
condições da musculatura, peso etc.

Agulhas
Agulhas
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Seringas

• As seringas são graduadas e divididas em mm 3 , graduação de identificação da


quantidade a ser aspirada e posteriormente administrada.

• Seringa de 20 ml

Devemos entender que em uma seringa de 20 ml, teremos números inteiros, pois:

• Temos; 20 / 20 = 1 ou 1 ml, podemos definir esta seringa é dividida de 1 em 1 ml.


Seringa de 10 ml Seringa de 5 ml

• A seringa é dividida em mm 3, o que • A seringa é dividida em mm 3 , os 5 ml


significa que 10 ml foram divididos em foram divididos em partes iguais, que
partes iguais, que corresponde a: corresponde a: 5 / 25 = 0,2 ml ou seja é
- 10 / 50 = 0,2 ml ou seja é dividida de 1 dividida de 1 em 1ml e cada 1ml é
em 1 ml e cada 1 ml é dividido em 0,2 dividido em 0,2 ml.
ml.
Seringa de 3 ml Seringa de 1ml

• A seringa é dividida em mm 3 , os 3 ml • Seringa de 1ml


foram divididos em partes iguais, que • A seringa de 1ml é dividida em 100
corresponde a: 3 / 30 = 0,1 ml ou seja é partes iguais, que corresponde a: 1/100,
dividida de 0,5 em 0,5 ml e cada 0,5 ml pois 1ml é = a 100UI
é dividido em 0,1 ml.
Técnica para o procedimento de aspiração da medicação
injetável
• Lavar as mãos antes do procedimento;

• Reunir o material necessário;

• Abrir a seringa na técnica:

• Para medicação ID seringa de 1ml,

• Para medicação SC seringa de 3ml ou 1ml,

• Para medicação IM seringa de 3 ou 5 ml

• Para medicação EV seringa de 10 ou 20 ml;


Continuação da Técnica

• Proteger a seringa na sua embalagem;

• Abrir a agulha na técnica

• Para injeção ID 13/4,5 ou 13/4,0

• Para injeção SC 13/4,5 ou 13/4,0

• Para injeção IM 25/8, 30/8,

• Para injeção EV 30/7 ou 25/7;

• Encaixar o canhão da agulha na seringa utilizando a técnica;


Continuação da Técnica

• Usar agulha adequada para aspiração 40/12;

• Retire o ar da seringa empurrando o êmbolo para o bico da mesma;

• Para continuar o procedimento proteja a seringa na sua embalagem;

• Fazer a antissepsia com álcool a 70% no frasco ampola e no gargalo da ampola.


Continuação da Técnica

• Abrir à ampola envolvendo a mesma com algodão para evitar acidente;

• Retire à capa de proteção da agulha deixando-a sobre a embalagem da seringa;

• Realize a aspiração da medicação, tendo o devido cuidado para não contaminar o


material, caso isto aconteça despreze tudo e inicie o procedimento novamente.
Administração Via Intradérmica (ID)

• A administração intradérmica (ID), de medicações é empregada sobretudo para fins


diagnósticos, quando se testam alergias ou tuberculose.

• Essa via resulta em pouca absorção sistêmica, produz efeito principalmente local.
Ao realizar a técnica de aplicação deve-se certificar de não injetar o medicamento
profundo, evitando Iatrogênia na administração ID.
Administração Via Subcutânea (SC)

• A administração via subcutânea (SC), é absorvido lentamente a partir do


tecido subcutâneo, prolongando assim, seus efeitos. Essa via não pode
ser usada quando o cliente tem doença vascular oclusiva e má perfusão,
pois a circulação periférica diminuída retarda a absorção da medicação.

• É uma via utilizada com frequência na aplicação de medicamentos em


tratamentos de longa duração (Diabetes), em pós-operatórios na profilaxia
de ocorrências vasculares obstrutivas.
Material necessário para preparo do medicamento e injeção
ID e SC • Bandeja contendo:
• luva de procedimento,

• Seringa de 1ml= 100UI,

• Agulha para aspiração da medicação 25/6 ou 25/8

• Medicação a ser aspirada

• Agulha para aplicação da medicação 13/4,5 ou 14/4,0

• bolas de algodão e álcool a 70%,

• O cálculo para medicações SC pode ser realizado através da regra de


três simples, veja a seguir:
Administração Via Intramuscular (IM)
• A administração via intramuscular (IM), permite que você injete o
medicamento diretamente no músculo em graus de profundidade
variados. Sendo usada para administrar suspensões aquosas e
soluções oleosas, garantindo sua absorção a longo prazo.

• Devemos estar atento quanto à quantidade a ser administrada no


músculo, sendo que no deltoide o volume máximo é de 1 ml, a região
glútea, vasto lateral da coxa pode suportar no máximo de 3 à 5 ml,
não podendo esquecer que este volume ira depender da massa
muscular do cliente.
Técnica de aplicação IM
Material necessário para preparo do medicamento
e injeção IM
Bandeja contendo:
• Luva de procedimento,
• Seringa de 3ml ou 5ml,
• Agulha para aspiração da medicação 40/12
• Medicação a ser aspirada
• Agulha para aplicação da medicação 25/8 ou 30/8
• Bolas de algodão e álcool a 70%,
O cálculo para medicações IM pode ser realizado através da regra de três simples.
Administração Via Endovenosa (EV)

• A administração via endovenosa EV, permite a aplicação de medicações


diretamente na corrente sanguínea através de uma veia. A administração pode
variar desde uma única dose até uma infusão contínua.

• Como o medicamento ou a solução é absorvido imediatamente a resposta do


cliente também é imediata. A biodisponibilidade instantânea transforma a via
EV, na primeira opção para ministrar medicamentos durante uma emergência.
Como a absorção pela corrente sangüínea é completa, grandes doses de
substâncias podem ser fornecidas em fluxo contínuo.
Locais mais indicados para punção endovenosa

Região cefálica: Região dos MMSS:


• Área em que encontramos vários
• Utilizada com frequência em
locais disponíveis para realizar a
pediatria, quando não há punção, tais como:
• veia cefálica acessória;
possibilidade de realizar a punção
• veia cefálica;
em regiões periféricas. • veia basílica;
• veia intermédia do cotovelo;
• veia intermédia do antebraço.
Região do dorso da mão:

Área em que encontramos veias superficiais de fácil acesso, porém atenção a


punção de longa duração neste local , pois podem limitar os movimentos.

• veia basílica;

• veia cefálica;

• veias metacarpianas dorsais.


Material Necessário para punção venosa
Bandeja contendo:

• Luva de procedimento,
• Garrote,
• Bolas de algodão e álcool a 70%,
• Cateter periférico,
• Adesivo para fixação do cateter.
Técnica para o procedimento da punção periférica

• Lavar as mãos antes e após o procedimento,


• Reunir o material para punção,
• Explicar ao cliente o que será realizado,
• Deixar o cliente em posição confortável com a área de punção
apoiada,
• Escolher o local para punção, se possível permitir que o cliente faça
a escolha com você,
• Calçar as luvas de procedimento.
Continuação:
Técnica para o procedimento da punção periférica
• Fazer antissepsia do local,
• Garrotear o local para melhor visualizar a veia,
• Após a punção realizar fixação adequada com adesivo disponível,
• Identificar o adesivo com data, nome do realizador do procedimento e hora,
para controle de uma nova punção ou para troca da fixação do cateter,
• Reunir o material e deixar o ambiente em ordem
• Realizar anotação de enfermagem do procedimento, descrevendo local e
intercorrências,
• O cálculo para medicações EV pode ser realizado através da regra de três
simples.
Acidentes que podem ocorrer durante e após a punção
periférica
• Não reencape as agulha após realizar o procedimento, risco de auto contaminação,

• Atenção para não esquecer perfuro cortante no leito ou no quarto do cliente, risco
para o cliente e para a equipe.

Durante a administração das medicações podem ocorrer alguns acidentes


relacionados à manutenção e permanência do dispositivo venoso.
Acidentes que podem ocorrer durante e após a
punção periférica
• Extravasamento: ocorre através de uma infiltração da medicação ou solução que
esta sendo injetada, causando à formação de edema, dor local, a infusão deve ser
interrompida.

• Obstrução: ocorre quando a infusão é interrompida por algum motivo e o


dispositivo fica sem fluxo ou fechado durante muito tempo, impedindo a infusão da
solução.

• Flebite: ocorre uma inflamação na veia, após a administração da medicação, o


cliente apresenta dor local, calor, edema e sensibilidade ao toque e hiperemia
(vermelhidão).
Tipos de Dispositivos Venosos Periféricos

Dispositivo agulhado com aba:

• Este dispositivo é utilizado para terapia de curta permanência;

Dispositivo agulhado para coleta

• Este dispositivo é utilizado para coleta de sangue (sistema vácuo).


Dispositivos venosos
Dispositivo de cateter sobre agulha

• Este dispositivo é utilizado em terapias de longo prazo, podendo ser


utilizado por um período de até 72 horas ou de acordo com o protocolo
da instituição, promovendo mais conforto e comodidade para o cliente.

Dispositivo de três vias

• Este dispositivo tem a finalidade de proporcionar ao cliente a


possibilidade de receber mais de uma solução ao mesmo tempo sem
que haja necessidade de puncionar um outro acesso venoso.
Aplicação de medicamentos em tecido mucoso

Administração de medicação por via sublingual

• As medicações administradas por via sublingual promovem uma rápida


absorção da droga em curto espaço de tempo, além de se dissolverem
rapidamente, deixando pouco resíduo na boca.
Dispositivo de duas ou três vias
Este dispositivo tem a finalidade de proporcionar ao cliente a possibilidade de
receber mais de uma solução ao mesmo tempo sem que haja necessidade de
puncionar um outro acesso venoso.
Administração de medicação por via sublingual (tecido-
mucoso)
• Os medicamentos sublinguais seguem o mesmo procedimento empregado
para aqueles de via oral, exceto que a medicação deve ser colocada sob a
língua.

• Neste procedimento solicita-se que o cliente abra a boca e repouse a língua


no palato; a seguir, coloca-se o medicamento sob a língua (Em comprimido
ou gotas), o cliente deve permanecer com o medicamento sob a língua, até
a sua absorção total.

• Neste período o cliente não deve conversar nem ingerir líquido ou alimentos.
Outras vias

• Via ocular (tecido-mucoso)

• Via nasal (tecido-mucoso)

• Via otológica (tecido-mucoso)

• Via retal (tecido-mucoso)

• Via vaginal (tecido-mucoso)

• Via arterial (conduta médica)

• Via vesical (conduta médica)


Bibliografia

• Silva, M. T. Silva, S. R. L. P. T. Cálculo e Administração de Medicamentos na Enfermagem. Editora Martinari,


2011, São Paulo.
• SKELLEY, E.G. Medicação e matemática na enfermagem. São Paulo: EPU, 1977.
• GIONAINI, A M.M. Enfermagem: Cálculo e administração de medicamentos. São Paulo: Legnar Informática &
Editora,
• 1999.
• ASPERHEIM, M.K. Farmacologia para enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994.
• Administração de medicamentos / revisão técnica, Ivone Evangelista Cabral. Rio de Janeiro: Reichmann &
Affonso Editores, 2002.
• PHILLIPS, Lynn Dianne. Manual de terapia intravenosa. Porto Alegre: ARTMED, 2001.
• Procedimentos e Protocolos / revisão técnica Elizabeth Archer... et al.; revisão técnica Marléa Chagas Moreira e
Sônia Regina de Souza. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

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