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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Direcção Nacional dos Recursos Humanos


Departamento de Formação

GUIA DE ORIENTAÇÃO DO ESTÁGIO RURAL INTEGRAL (ERI)


ALUNOS

CURSO DE FORMAÇÃO DOS TÉCNICOS DE MEDICINA GERAL


Agosto 2012

(Estágio Rural Integral do 5º Semestre)


Conteúdo:
1. Objectivos do Estágio Rural Integral ..................................................................................................... 4
2. Estrutura e organização do estágio rural integral ................................................................................. 4
2.1 Local de Estágio: ............................................................................................................................. 4
2.2 Número de Alunos por Local de Estágio: ........................................................................................ 4
2.3 Horário do estágio rural integral .................................................................................................... 5
2.4 Escala de rotação: ........................................................................................................................... 5
2.5 Material Necessário para o Estágio ................................................................................................ 6
3. Implementação de Estágio .................................................................................................................... 6
3.1 Papel e Tarefas do Estagiário .......................................................................................................... 6
3.1.1 Papel e Tarefas do Estagiário ................................................................................................. 6

3.2 Competências a executar durante a prática ................................................................................... 7


3.3 Actividades para alcançar as competências ................................................................................... 7
3.3.1 Avaliação do Paciente no Local de Estagio ............................................................................ 7
3.3.2 Práticas de Procedimentos Clínicos e de Enfermagem ......................................................... 8
3.3.3 Apresentação e Discussão de Casos Clínicos ......................................................................... 8
3.3.4 Avaliação Formativa............................................................................................................... 9

3.4 Estratégia de Trabalho por Local de Estágio................................................................................... 9


3.4.1 Enfermarias/Maternidade ..................................................................................................... 9
3.4.2 Banco de Socorros ............................................................................................................... 10
3.4.3 Consultas Externas ............................................................................................................... 11

4. Avaliação no Estágio ............................................................................................................................ 11


4.1 Características Gerais da Avaliação no Estágio............................................................................. 11
4.2 Avaliação do Comportamento do Aluno ...................................................................................... 12
4.3 Procedimentos de avaliação sumativa para o estágio rural integral: .......................................... 12
4.3.1 Introdução............................................................................................................................ 12
4.3.2 Exame do ERI: Apresentação Oral dum Caso Clínico Completo .......................................... 12
4.3.3 Avaliação Geral do Desempenho do Aluno no Estágio ....................................................... 15
4.3.4 Cálculo da nota final do Estágio Rural Integral .................................................................... 15

5. Anexos ................................................................................................................................................. 15
ANEXO 1: Tabela de Resumo do Desempenho do Aluno no Local de Estagio ....................................... 16
ANEXO 2 : Formulário para a Apresentação de Casos Clínicos ............................................................... 18
ANEXO 3: Matriz de Avaliação Geral do Aluno no Local de Estagio .................................................. 20
ANEXO 4: Lista de Competências a Demonstrar no Estágio Rural Integral ............................................ 21
ANEXO 5: Lista de Patologias/Condições que o TMG deve ser capaz de Diagnosticar, Tratar e/ou
Referir/Transferir ................................................................................................................... 29
Dermatologia ....................................................................................................................................... 29
Sistema Gastrointestinal ..................................................................................................................... 29
Saúde Sexual e Reprodutiva I: Sistema Reprodutor Feminino............................................................ 30
Saúde Sexual e Reprodutiva II: Obstetrícia ......................................................................................... 31
Saúde Sexual e Reprodutiva III: Sistema Reprodutor Masculino ........................................................ 32
Sistema Cardiovascular........................................................................................................................ 33
Sistema Respiratório ........................................................................................................................... 33
Doenças Infecciosas............................................................................................................................. 33
Endocrinologia ..................................................................................................................................... 33
Estomatologia ...................................................................................................................................... 34
Hematologia e Oncologia .................................................................................................................... 34
Sistema Músculo-Esquelético e Tecidos Moles................................................................................... 34
Otorrinolaringologia e Oftalmologia ................................................................................................... 35
Saúde Mental....................................................................................................................................... 35
Neurologia ........................................................................................................................................... 36
HIV/SIDA ............................................................................................................................................. 36
Urologia ............................................................................................................................................. 39
Pediatria ............................................................................................................................................. 40
Geriatria ............................................................................................................................................. 42
Traumas e Emergências (Vide Pediatria para as emergências neonatais).......................................... 42
Emergências médicas e cirúrgicas não traumatológicas ..................................................................... 42
1. Objectivos do Estágio Rural Integral
O Estágio Rural Integral é uma componente integrante da formação dos futuros profissionais de
saúde em Moçambique, para o alcance e domínio das competências (tarefas profissionais)
completando e/ou reforçando o conhecimento adquirido nas salas de aulas teóricas, nos
laboratórios humanísticos e multidisciplinares e nos estágios parciais.
Os objectivos do estágio rural são:
 Reforçar competências adquiridas ao longo do curso (nas aulas, laboratórios e estágios
parciais).
 Dotar os alunos de capacidade para executar as competências definidos no currículo num
ambiente semelhante às condições tipicamente encontrados nas Unidades Sanitárias rurais,
pertencente ao nível de atenção 1 e 2.

O estágio irá decorrer nas Unidades Sanitárias que fazem parte do Sistema Nacional de Saúde que
tenham capacidade técnica (humanas e infraestruturas) para acolher os alunos em cursos de
formação inicial. Tipicamente para o estágio rural serão os Hospitais Rurais e Hospitais Distritais.

2. Estrutura e organização do estágio rural integral


2.1 Local de Estágio:

Hospital Rural ou Hospital Distrital (com Centro de Saúde em anexo para prática de serviços
ambulatórios). Idealmente no local de estágio haverá:

 Enfermaria de Medicina
 Enfermaria de Pediatria
 Enfermaria de Cirurgia / pequena cirurgia
 Maternidade (serviços de obstetrícia e ginecologia)
 Banco de socorros (estagiários devem fazer uma noite 19:30-07:30 ou 20:00-08:00 e uma tarde
13:30-19:30 ou 14:00-20:00 – dependendo da organização das escalas na US)
 Consultas externas (serviços ambulatórios) incluindo serviços de SMI

2.2 Número de Alunos por Local de Estágio:


O número de alunos por local de estágio não é fixo, ma sim em função do:

 número de Hospitais Distritais e Rurais acessíveis para o estágio (devem ser suficientemente
próximos para permitir pelo menos 2 visitas de supervisão por uma equipa do IdF
 número de serviços existentes nesses hospitais (vide ponto 2.1 acima)
 número de tutores disponíveis e dispostos a tutorar alunos
 Número de tutores. Idealmente um tutor terá entre 2 e 3 estagiários. (Com mais que esse
número não é possível nem tutorar bem, nem verificar o trabalho dos estagiários e nem cumprir
com às suas outras responsabilidades diárias)

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 4


Assim um Hospital Rural com 4 clínicos (dos quais um é o director do hospital e nem sempre está
disponível para tutorar alunos regularmente) pode receber 6 alunos que irão rodar entre os vários
serviços de cada 2 em 2 semanas.

2.3 Horário do estágio rural integral

O horário dos estagiários deve ser semelhante aos horários dos trabalhadores da Unidade Sanitária. Por
exemplo, se os funcionários trabalham das 7:30 até 15:30 os alunos também devem ficar na US nesse
tempo.

Mas nem sempre precisam executar todos as mesmas tarefas. Por exemplo se o TM atende pacientes
das 8:00 até as 15:30, os estagiários podem atender pacientes até as 13:00, almoçar até as 14:00 e
apresentar casos ou palestras das 14:00 a 15:30.

Os estagiários devem também fazer urgências 2 vezes por semana:

 1 noite (19:30-07:30 ou 20:00-08:00 dependendo do horário da US)


 1 tarde (13:30-19:30 ou 14:00-20:00 dependendo do horário da US)

As escalas aplicadas aos trabalhadores que fazem noites ou tardes devem também ser aplicados aos
estagiários. Por exemplo:

 O estagiário que faz urgência a noite tem direito a descanso no dia seguinte.
 O estagiário que faz urgência a tarde tem direito a sair do serviço anterior 1 ou 2 horas antes de
entrar nas urgências

É recomendado que estagiários façam noites em pares (2 alunos). Isto permite a interacção e
aprendizagem em grupo e não sobrecarrega o tutor nas urgências. Os estagiários nunca devem ficar
sozinhos (sem a presença do tutor) nos serviços de urgência. Nos outros serviços o tutor sempre deve
estar presente para confirmar o diagnóstico, conduta e execução de procedimentos invasivos.

Se a Unidade Sanitária tem apresentações de casos ou temas incorporado no seu funcionamento


(semanal) os estagiários devem ser integrados de forma que cada um apresenta pelo menos um caso ou
tema durante o estágio.

Par além das duas semanas de consultas externas os alunos podem acompanhar os seus tutores nas
consultas externas de medicina no hospital. Nesse evento o aluno deve ser colocado numa sala de
atendimento ao lado do tutor ou, se as condições não permitirem, biombos podem ser usados para
separa a sala de atendimento em 2.

2.4 Escala de rotação:

A escala de rotação deve ser organizada de forma que permita praticar a maioria das competências
identificados no currículo. A enfase principal do estágio deve ser na clínica médica e clínica pediátrica,

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 5


seja na enfermaria ou seja nas consultas externas. Enfase secundário deve ser dada a ginecologia,
obstetrícia e às traumas e emergências.

Assim é recomendado que alunos passam 2 semanas nas enfermarias de medicina, 2 semanas nas
enfermarias de pediatria e duas semanas nas consultas externas. Além disso 1 semana deve ser
dedicada a cada um dos seguintes serviços: Enfermaria de Cirurgia e Maternidade. Vide a escala
recomendada abaixo

Local de estágio Duração Urgências

Enfermaria de Medicina 2 semanas 2 noites + 2 tardes no BS

Enfermaria de Pediatria 2 semanas 2 noites + 2 tardes no BS

Enfermaria de Cirurgia 1 semana 1 noites + 1 tarde no BS

Maternidade 1 semana 1 noite + 1 tarde na maternidade

Consultas externas – no hospital 2 Semanas 2 noites + 2 tardes no BS


ou no Centro de Saúde

TOTAL 8 Semanas 8 noites + 8 tardes

2.5 Material Necessário para o Estágio


Cada aluno deve ter:
1. Bata;
2. Estetoscópio;
3. Lanterna;
4. O Guia de Orientação do Estágio Rural Integral
5. Caderneta do estágio.

3. Implementação de Estágio
3.1 Papel e Tarefas do Estagiário
O estágio rural integrado decorrerá sob tutoria de clínicos (Médicos e Técnicos de Medicina Geral)
e enfermeiros previamente selecionados. Alem disso, cada Unidade Sanitária incluída no campo de
estágio, terá um responsável Local de Estagio (tutor principal) com funções adicionais de gestão e
supervisão do estágio. Os tutores, incluindo o tutor principal serão selecionados pelas Unidades
Sanitárias de acordo com a proposta da Direcção Pedagógica.

3.1.1 Papel e Tarefas do Estagiário


1. Ouvir e observar atentamente as explicações, orientações e demonstrações feitas
pelo tutor acerca das competências indicadas no Guida de Orientação para o ERI.

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2. Ensaiar o maior número de técnicas e procedimentos incluídos nas competências, de
acordo com as orientações teórico-práticas recebidas nas aulas teóricas, no estágios
parciais e no Estagio Rural Integral.
3. Fazer perguntas sempre que tiver dúvidas.
4. Rever os apontamentos e as listas dos passos, sempre que for necessário.
5. Conservar de forma adequada o equipamento/materiais do estágio e o Guia de
Orientação de Estágio Rural Integral do aluno.
6. Conservar de forma adequada a caderneta diária do aluno no estágio e apresentá-las
ao tutor e/ou supervisor quando solicitado.
7. Propor sugestões que melhorem a implementação das actividades preconizadas para
o estágio.
8. Demonstrar ética profissional no desempenho das actividades durante o estágio
3.2 Competências a executar durante a prática
O que se pretende é que o aluno possa praticar e reforçar o maior número de competências
incluídas no currículo do TMG, em princípio já praticadas durante os estágios parciais. A lista de
competências esta incluída no anexo 4 deste Guia. De um modo geral o estagiário deve:
1. Efectuar uma anamnese apropriada para o paciente;
2. Executar correctamente o exame físico;
3. Registar os resultados da anamnese e do exame físico, de forma exacta e concisa no
processo clínico do paciente;
4. Desenvolver um diagnóstico diferencial adequado;
5. Identificar e interpretar os meios auxiliares de diagnóstico para proceder ao
diagnóstico da condição;
6. Priorizar os problemas apresentados pelo paciente
7. Identificar os sinais de perigo
8. Desenvolver uma conduta terapêutica
9. Desenvolver um plano de seguimento adequado (incluindo a transferência se
necessário).
10. Fazer aconselhamento (pré-teste, pos-teste, prevenção primária, prevenção
secundária quando aplicável)
11. Executar corretamente os procedimento clínicos e de enfermagem
3.3 Actividades para alcançar as competências

3.3.1 Avaliação do Paciente no Local de Estagio


O aluno avaliará os pacientes nos diferentes locais de estágio, principalmente na Enfermaria
de Medicina, Enfermaria de Cirurgia, Enfermaria de Pediatria, Maternidade, nas Consultas
Externas e no Serviço de urgência (principalmente no Banco de Socorros).
Na avaliação do paciente o aluno poderá auxiliar-se das listas de passos de
técnicas/procedimentos para a clínica médica cujo objectivo é facilitar e harmonizar o
processo de avaliação do paciente. A lista de passos é composta por uma coluna que inclui os
Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 7
passos detalhados para a colheita da anamnese, execução do exame físico, elaboração de
diagnóstico e da conduta.
O tutor deverá demostrar quando apropriado como conduzir a avaliação do paciente
acompanhando-a de explicação; além disso, deverá observar o aluno na execução das várias
técnicas/procedimentos, fazer perguntas dirigidas, fornece-lhe um retorno incluindo a
resolução dos problemas encontrados.

3.3.2 Práticas de Procedimentos Clínicos e de Enfermagem


De acordo com a oportunidade apresentada o aluno deverá praticar nos diferentes locais de
estágio, mas principalmente nas enfermarias e no Banco de Socorros, os procedimentos
clínicos e de enfermagem incluídos na lista de competências. Como na avaliação do paciente
o aluno poderá auxiliar-se das listas de passos para técnicas/procedimento, neste caso para
procedimentos clínicos e de enfermagem.

3.3.3 Apresentação e Discussão de Casos Clínicos


As actividades de discussão de casos clinico contemplam, apresentação de casos clínicos,
debate e discussão dos casos apresentados, resolução das dificuldades encontradas e de
dúvidas levantadas. Geralmente o programa das actividades do hospitais inclui a
apresentação e discussão de casos clínicos 1 vez por semana no período de tarde. O aluno
deverá ser incluído na escala de rotação para esta actividade.
Os casos serão selecionados com base nos seguintes pontos:
 Casos com apresentações relativamente típicas da patologia em questão;
 Casos com apresentações menos típicas ou casos com complicações;
 Caso que possam servir de exemplo para reforçar tópicos ou questões importantes na
formação do futuro TMG.

O tutor deverá:
 Seleccionar casos apropriados.
 Atribuir casos a cada aluno.
 Conhecer bem os casos que serão apresentados.
 Participar activamente na discussão, corrigindo erros, esclarecendo dúvidas, e explicando
os conceitos chave dos casos apresentados.

Além disso, o tutor deverá assegurar que o aluno trabalhe os seguintes aspectos em cada um
dos casos apresentados:

 Anamnese (identificação, queixa principal e dados relevantes da história: da doença


actual, médica pregressa, etc.)
 Exame físico (resultados e achados relevantes)
 Hipótese(s) diagnóstica(s) provisória mais provável baseada na história clínica
 Exames e teste diagnósticos solicitados (justificar)
 Resultados e interpretação dos testes diagnósticos auxiliares
 Hipótese(s) diagnóstica(s) 2 (possivelmente definitiva)
 Conduta
a. Se conseguiu chegar a um diagnóstico:
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i. Descrever e justificar a conduta que escolheu
ii. Incluir a conduta geral, farmacológica, não farmacológica, e
aconselhamento (se indicado)
b. Se não conseguiu chegar a um diagnóstico:
i. Descrever os próximos passos / testes diagnóstico que ainda precisa de
fazer
ii. Indicar a conduta terapêutica se for apropriada (p.ex. para aliviar sintomas
ou para um tratamento sindrómico) e justificar

3.3.4 Avaliação Formativa


Tal como para as aulas teórico-prático a avaliação formativa faz parte do processo de ensino e
aprendizagem no ambiente de estágio. A avaliação formativa é feita para identificar erros,
lacunas do aluno durante a prática do estágio para dar um retorno que permita resolver os
problemas identificados.
A avaliação formativa para as técnicas/procedimentos observados pelo tutor acontecerá
diariamente ao longo do estágio. Além disso, em cada local de estágio, o(s) tutor(es)
envolvido(s) vai fazer uma avaliação formativa final do desempenho geral do aluno.
O tutor poderá auxiliar-se da “Caderneta Diária do Aluno no Estágio” para poder registrar as
informações e observações referentes a avaliação formativa diária, enquanto a “Tabela de
Resumo do Desempenho do Aluno no Local de Estagio” (vide anexo 1) servirá de auxilio para
a avaliação formativa final em cada local de estágio.
Esta tabela é composta por seis colunas sendo a primeira relacionada com as áreas a serem
avaliadas e as outras com o tipo de desempenho alcançado em cada uma das áreas
consideradas. O tutor poderá selecionar, pondo um círculo, a descrição que melhor
representa o desempenho do estagiário em cada área. No final da tabela encontram-se umas
perguntas que servem para identificar os pontos fortes e as pontos que precisam ser
melhorados .
3.4 Estratégia de Trabalho por Local de Estágio
De seguida apresentam-se uma introdução aos principais locais de estágio e sugestões de
organização do trabalho de tutoria com o aluno tendo em conta as peculiaridades de cada local
considerado.

3.4.1 Enfermarias/Maternidade
As enfermarias são os locais de estágio mais apropriados para reforçar as competências
relacionadas com a Clinica Médica e os Procedimentos Clínicos e de Enfermagem pois a
permanência relativamente prolongada do paciente no local de estágio, dará tempo ao
estagiário para conduzir avaliações múltiplas do paciente e ao tutor para tutorar duma
forma completa.

Sugestões para a organização do trabalho

 Cada local de estágio, deverá ter um tutor clinico (TM, médico) e um tutor de
enfermagem para cada grupo de 2-3 estagiários
Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 9
 Cada estagiário será responsável pelo seguimento de 4-5 pacientes alocados pelo
tutor, isto é, avaliar o paciente (história clínica, pedido e interpretação dos meios
auxiliares de diagnóstico, conduta) incluindo a execução dos procedimentos clínicos e
de Enfermagem como apropriado
 Durante as visitas nas manhas o estagiário apresentará os casos clínicos ao tutor
 O tutor discutirá com o estagiário os casos apresentados, fornecerá respostas às
dúvidas do aluno, e as correções/rectificações necessárias.
 Após uma primeira fase, será tarefa do estagiário registrar directamente as
informações colhidas no processo clínico e também preparar as receitas para os
medicamentos. Contudo será de responsabilidade do tutor, avaliar estas informações,
rubricá-las e também assinar a prescrição de medicamentos.
 O estagiário vai executar os Procedimentos Clínicos e de Enfermagem durante ou após
das visitas.
 Os procedimentos clínicos mais complicados e/ou cuja execução pode resultar em
complicações severas (ex: punção lombar, toracocentese) precisarão ser executados
pelo estagiário na presencia do tutor (clinico e/ou enfermeiro) enquanto os outros
(ex. acesso venoso) podem ser executados sem requerer a presença do tutor (vide
anexo 4)

3.4.2 Banco de Socorros

O Banco de Socorros representa o local de estágio mais apropriado para reforçar as


competências relacionadas com as emergências médico-cirúrgicas, em particular os aspectos
relacionados com avaliação primaria do paciente, incluindo as primeiras intervenções,
estabilização do paciente, critérios e modalidades para sua referência / transferência.

Sugestões para a organização do trabalho

 O estágio no Banco de Socorros deverá contemplar a presença de um tutor clínico


e um tutor de enfermagem
 O tutor clínico alocará casos clínicos a serem avaliados pelo estagiário
 Dependendo do número e tipo de pacientes a ser atendidos simultaneamente, os
estagiários poderão partilhar o mesmo paciente ou pacientes diferentes na sala
de observação e na pequena cirurgia.
 Os casos clínicos que representam uma emergência serão avaliados pelo
estagiário em conjunto com o tutor
 Os casos clínicos que representam uma urgência podem ser avaliados pelo
estagiário e em seguida apresentados ao tutor
 O tutor discutirá com o estagiário os casos apresentados, fornecerá respostas às
dúvidas do aluno, e as correções/rectificações necessárias.
 Apos uma primeira fase, será tarefa do estagiário registrar directamente as
informações colhidas no processo clinico e também preparar as receitas para os
medicamentos. Contudo será de responsabilidade do tutor, avaliar estas
informações, rubricá-las e também assinar a prescrição de medicamentos.
Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 10
 O estagiário executará os vários Procedimentos Clínicos e de Enfermagem.
 Os procedimentos clínicos mais complicados e/ou com possíveis complicações
severas (Ex: punção lombar, toracocentese) precisarão ser executados pelo
estagiário na presencia do tutor ( clinico e/ou enfermeiro) enquanto os outros (
ex: acesso venoso) podem ser executados sem requerer a presencia do tutor (
vide anexo 4)

3.4.3 Consultas Externas

Contrariamente às enfermarias, as consultas externas, de modo particular. feitas a nível dos


Centros de Saúde, não são os locais mais apropriados para estagiar pois o número elevado de
pacientes a ser atendidos pelo clínico nem sempre permite ao aluno e ao tutor de ter tempo
suficiente para conduzir uma avaliação profunda e discutir os casos clínicos. Contudo é
importante que o futuro TMG se familiarize com as condições de trabalho em locais com o
atendimento diário dum número elevado de pacientes.

Sugestões para a organização do trabalho

 O tutor selecionará no dia anterior as consulta os casos clínicos a ser alocados ao


estagiário
 O estagiário faz a consulta num gabinete adjacente que permita uma fácil e rápida
comunicação entre o aluno e o tutor; alternativamente, a partir do único gabinete
disponível, poderão criar-se dois espaços de consultas auxiliando-se de biombos
 Na impossibilidade de implementar uma das duas opções acima recomendadas o
estagiário ficará ao lado do tutor no atendimento dos pacientes.
 O tutor desloca-se no gabinete do estagiário para discutir o caso, fornecer respostas
às dúvidas do aluno e as correções/rectificações necessárias
 Após a primeira fase, será tarefa do estagiário registrar directamente as informações
no processo clinico e também preparar as receitas para os medicamentos. Contudo
será de responsabilidade do tutor, avaliar estas informações, rubricá-las e também
assinar a prescrição de medicamentos.

4. Avaliação no Estágio
4.1 Características Gerais da Avaliação no Estágio
Terá 3 tipos de avaliação no estágio rural integral
 Avaliação formativa feita para identificar erros, lacunas do aluno durante a prática do
estágio e para dar um retorno que permita resolver os problemas identificados. (isto é
uma parte integral do processo de tutoria e já foi detalhado no capitulo anterior)
 Avaliação do comportamento.
 Avaliação sumativa feita no final do estágio para avaliar as várias aptidões práticas
desenvolvidas pelo aluno.

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4.2 Avaliação do Comportamento do Aluno
Conforme o Regulamento de Ingresso e de Avaliação das Instituições de Formação do Ministério da
Saúde cada aluno deve ser avaliado sobre o seu comportamento no fim de cada semestre. Será
atribuída, a cada aluno, uma classificação correspondente ao seu comportamento durante o
semestre, de acordo com a escala seguinte:
E - Excelente
MB - Muito Bom
B - Bom
S - Suficiente
ME - Medíocre
M - Mau
A componente de avaliação do comportamento ao nível do estágio incluirá os seguintes aspectos:
assiduidade, pontualidade, apresentação, relacionamento com os colegas, profissionais,
supervisores e utentes dos serviços, iniciativa, comportamento e outros aspectos deontológicos.
O instrumento de colheita das informações sobre o comportamento é a Caderneta Diária do Aluno
no Estágio.
A componente de avaliação do comportamento tem implicações de acordo com os artigos do
Capítulo XIV do Regulamento de Ingresso e de Avaliação das Instituições de Formação do
Ministério da Saúde.
4.3 Procedimentos de avaliação sumativa para o estágio rural integral:
4.3.1 Introdução

Terá 2 avaliações sumativas no estágio rural integral. Um exame teórico prático, na forma duma
apresentação oral dum caso real, e uma avaliação geral do desempenho do aluno no estágio em que o
aluno será avaliado sobre os seu desempenho no decorrer do estágio rural integral.

4.3.2 Exame do ERI: Apresentação Oral dum Caso Clínico Completo

Uma avaliação será um exame teórico-prático do estágio rural integral, na forma duma apresentação
oral de um caso completo real. Esses exames decorrerão na última semana do estágio. Os alunos
devem ser avisados no início do estágio que serão sujeitos a um exame final teórico prático do exame
na última semana do estágio e devem ser recordados na penúltima semana.

A apresentação do casos de forma oral será feito a um júri previamente seleccionado.

Composição do Juri:
 Tutor que entregou o caso ao aluno
 Director do curso / docente selecionado do IdF
 Responsável Local do Estágio / Tutor principal: Director clínico ou um seu representante

Cada tutor das enfermarias (medicina, pediatria, cirurgia e/ou a maternidade) deve identificar casos e
fazer parte da júri para os 2 a 3 alunos que estão actualmente a rodar na sua enfermaria

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 12


Organização dos exames teórico-práticos
Os exames serão organizados de forma que todos os estagiários dum determinado local de estágio (por
exemplo, da enfermaria de medicina) serão avaliados num dia e todos num outro local (p.ex. a
enfermaria de pediatria serão avaliados no dia seguinte. Dessa forma em qualquer dia só serão
avaliados 2-3 estudantes, de forma que os 6-8 alunos sejam submetidos no exame na 2ª 3ª e 4ª feira do
última semana do estágio. As recorrências devem ocorrer na última 5ª e 6ª feira do estágio.

Passo 1: Selecção do caso e elaboração do guia de correcção pelo tutor

 Os tutores devem selecionar 1 caso diferente para cada um dos alunos


 Casos devem selecionados com 1 dia de antecedência
 Cada tutor selecionará os casos para os alunos que está a tutorar na última semana do estágio
(com excepção dos alunos que estão a estagiar nas consultas externas – esses devem receber
casos duma das enfermarias selecionados pelo tutor da enfermaria em questão)
 Os casos (pacientes) devem ser selecionados entre os pacientes internados nas enfermarias (de
medicina, pediatria, cirurgia e maternidade)
 Devem ser seleccionados casos com apresentações relativamente típicas da patologia em
questão (evitar apresentações atípicas ou casos com complicações raras)
 Todos os casos seleccionados devem ser dum nível de dificuldade semelhante
 Antes de entregar o caso o tutor deve elaborar o guia de correcção dos casos usando o
formulário de apresentação dos casos (vide anexo 2)

Passo 2: Atribuição do caso clínico ao aluno pelo tutor

 O paciente deve ser avisado com antecedência da avaliação que estará a decorrer, a sua
permissão deve ser obtido e deve se instruído para fornecer informações sobre as queixas,
patologias pregressas, e outros componentes da anamnese mas deve evitar fornecer o
diagnóstico actual ao aluno
 Os alunos devem ser avisados com antecedência sobre a data da avaliação
 Antes de entregar o paciente o tutor deve remover o processo clínico, incluindo os resultados
dos meios auxiliares de diagnóstico
 Os alunos da mesma enfermaria devem receber os casos na mesma altura
 Deve-se explicar aos alunos as características da avaliação incluindo:
o Duração (45 min.)
o Instrumentos a serem usados (formulário de apresentação de casos)
o Componentes (1ª avaliação, pedido de meios auxiliares de diagnóstico, re-avaliacão e
finalização do caso, apresentação oral)

Passo 3: Avaliação do paciente pelo aluno


 O aluno terá 45 minutos para avaliar o paciente
 O aluno deve atender o paciente como se fosse a primeira consulta.
 O aluno dever preencher o formulário de apresentação dos casos (vide anexo 2)
 Não pode solicitar apoio de outros alunos ou tutores
 Não pode ter acesso ao processo do paciente
 O aluno dever colher a anamnese e fazer o exame físico direcionado às queixas do paciente.

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 13


 O aluno deve anotar os achados da anamnese, do exame físico, a hipótese diagnóstico, o
diagnóstico diferencial, e deve identificar os meios auxiliares de diagnóstico esssencias para
chegar ao diagnóstico definitivo.

Passo 4: Encontro com o tutor para pedido e fornecimento de resultados de eventuais meios
auxiliares de diagnóstico
 Depois da avaliação do paciente o aluno terá um breve encontro (10-15 minutos) com o tutor
para indicar os meios auxiliares de diagnóstico que quer pedir.
 O tutor deve somente fornecer os resultados dos testes disponíveis se o aluno pedir. Se aluno
não pedir um teste o tutor não deve lhe lembrar nem deve fornecer os resultados
 O docente deve fornecer os resultados disponíveis para os testes pedidos – dando ao aluno
alguns minutor para apontá-los e interpretá-los
 Se o aluno pedir meios diagnósticos auxiliares apropriados mas indisponíveis o tutor deve
indicar que não estão disponíveis no processo.
 Se o aluno pedir meios diagnósticos auxiliares desnecessários o tutor deve limitar-se a dizer que
não estão disponíveis no processo
 Nota, o aluno deve apontar no formulário dos casos TODOS os meios auxiliares de diagnóstico
pedidos ao tutor, mesmo se resultados não foram disponíveis

Passo 5: Reavaliação do paciente pelo aluno auxiliando-se dos resultados dos testes/ exames
pedidos
 Depois de receber os resultados o aluno terá mais 30 minutos para completar o caso,
preenchendo e justificando o diagnóstico definitivo, e apresentando a conduta (incluindo
tratamento farmacêutico e não farmacêutico, medidas de prevenção e o prazo de reavaliação.
 Finalmente o aluno deve entregar o formulário preenchido ao tutor até a altura da apresentação
oral

Passo 6: Apresentação oral do caso pelo aluno ao júri e discussão resposta as perguntas do júri
 A apresentação oral deve ser programado no período da tarde do mesmo dia que a avaliação do
paciente foi feita pelo aluno
 Todos os 3 membros do júri devem estar presentes para a apresentação e ter uma cópia do guia
de correção elaborado pelo tutor e uma cópia do formulário preenchido pelo aluno
 O formulário preenchido pelo aluno deve ser devolvido 10 minutos antes da apresentação para
o aluno preparar-se
 A apresentação deve levar entre 20 e 25 minutos, sendo 10 minutos para a apresentação e 10-
15 minutos para responder às perguntas do júri.

Passo 7: Deliberação do júri para atribuição da nota ao aluno


 Os membros do júri devem deliberar a nota orientados pela sua experiência clínica e pelo guia
de correção elaborado pelo tutor.
 A nota deve ser atribuída no mesmo dia e comunicada ao aluno no dia seguinte.
 Caso o aluno seja reprovado ao exame o júri deve fornecer-lhe um resumo sobre os principais
erros cometidos e as recomendações para melhoramento do seu desempenho.
 O aluno reprovado deve ser informado da data e hora de recorrência

Nota: No caso duma recorrência repete-se passos 1-7

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 14


4.3.3 Avaliação Geral do Desempenho do Aluno no Estágio

Na última semana do estágio os tutores de todos os locais de estágio da Unidade Sanitária (BS,
Enfermarias de medicina pediatria e cirurgia e da Maternidade) devem-se reunir e em conjunto chegar a
um consenso sobre o desempenho do aluno usando o matriz apresentado em anexo 3.

A “avaliação do desempenho do aluno no estágio” deve basear-se no seu desempenho no decorrer do


estágio inteiro. Deve também levar em consideração qualquer melhoramento do aluno no decorrer do
estágio. Por exemplo um aluno que começou como fraco desempenho nas primeiras semanas e
melhorou bastante no decorrer do estágio deve ser avaliado na base do seu melhoramento.

O matriz de avaliação inclui 8 áreas sobre que o aluno deverá ser avaliado:
 Historia clínica: Anamnese e Exame físico
 Diagnóstico
 Conduta
 Aconselhamento
 Procedimentos clínicos e de Enfermagem
 Comunicação interpessoal
 Profissionalismo
 Atitude perante a aprendizagem

Cada um dessas áreas serão avaliadas usando uma escala de 5 níveis; o aluno receberá uma nota de
entre 0.5 à 2.5 por cada área na base das seguintes considerações:

Apresenta lacunas Precisa melhorar Demostra Demostra um bom Demostra um


maiores conhecimento conhecimento conhecimento
básico excelente
0.5 1.0 1.5 2.0 2.5

4.3.4 Cálculo da nota final do Estágio Rural Integral

A nota final do estágio rural integral será a média aritmética do Exame teórico prático do exame e da
Avaliação geral do desempenho do aluno, usando a seguinte fórmula:

NF(ERI) = NETP + NAG


2
NF(ERI)= Nota Final do estágio rural integral
NETP= Nota do exame teórico-prático
NAG= Nota da avaliação geral do desempenho do aluno

A nota final do estágio servirá como nota de admissão ao exame final nacional

5. Anexos

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 15


ANEXO 1: Tabela de Resumo do Desempenho do Aluno no Local de Estagio
Nome do estudante:___________ Curso____________________

Local de Estagio:______________ Data da rotação___________

Por um círculo na descrição que melhor representa ao desempenho do estagiário em cada área.

Apresentas Precisa Demostra Demostra um Demostra um


Área lacunas maiores melhorar conhecimento bom conhecimento
básico conhecimento excelente
Erros maiores, Parcialmente Correcta e Correcta e Correcto, completo
muito incompleta correcta, completa nos completa em e bem direcionada
Anamnese
incompleta pontos cruciais todos os pontos às queixas do
paciente
Erros maiores, Parcialmente Correcto e Correcto e Bem direcionado as
muito incompleto correcto, completo nos completo em queixas do paciente
Exame físico incompleto pontos cruciais todos os pontos e
executado num
tempo adequado
Incorrecto Parcialmente Correcto e Correcto e Consistente com a
correcto, completo nos completo em história clinica e
Diagnostico
incompleto pontos cruciais todos os pontos meios auxiliares de
diagnóstico
Desenvolvimento Correcto, Correcta, Correcta e Bem implementada
incompleto e incompleto completa nos completa em
Conduta
confuso ou com pontos cruciais todos os pontos
erros maiores
Não feito Parcialmente Correcto e Correcto e Envolvimento dos
Aconselhament correcto, completo nos completo em familiares e entrega
o incompleto pontos cruciais todos os pontos de material de
aconselhamento
Erros maiores na Execução Execução Execução correcta Execução feita com
Procedimentos
execução da parcialmente correcta e e completa em confiança rapidez,
clínicos e de
técnica correcta completa nos todos os passos precisão
Enfermagem
passos cruciais
Descortês Educado Comunica de Transmite Lida com calmas em
Comunicação forma clara e interesse, poe os situações difíceis
interpessoal ouve outros à vontade
atentamente
Não colaborante Inconsistente Colaborante e Toma Iniciativa Demostra
Profissionalismo responsável para ser envolvido capacidade de
activamente liderança
Não interessado Inconsistente Interessado Faz perguntas Aprende
apropriadas e independentement
Atitude perante demostra um e, contribui a
aprendizagem esforço adicional melhorar a
aprendizagem dos
outros

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 16


Quais são os pontos fortes do estagiário?

Há áreas específicas nas quais o estagiário pode melhorar?

Outros comentários:

Tem discutido esta avaliação com o estudante? SIM NÃO

Nome do tutor_________________Assinatura_______________________Data____________________

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 17


ANEXO 2 : Formulário para a Apresentação de Casos Clínicos

1. Identificação do paciente (1 valor)

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

2. Motivo pelo qual o paciente está na clínica (queixa/s principais) (1 valor)

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

3. História da doença actual (1 valor)

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

4. História patológica pregressa (1 valor)

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

5. História familiar, pessoal e social (1 valor)

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

6. Revisão por aparelhos ou sistemas (1 valor)

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 18


_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________

7. Achados do exame físico (3 valores)

____________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

8. Exames Diagnósticos Auxiliares solicitados e resultados: (2 valores)

____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

9. Hipóteses de diagnóstico incluindo diagnóstico diferencial: (explique o diagnóstico do clínico e a


razão pela qual você acha que esse diagnóstico está correcto) (4 valores)

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

10. Conduta (terapêutica e não terapêutica) (5 valores)

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

NOTA: _____/20

Membros do Júri:_____________________ _________________________ ______________________

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 19


ANEXO 3: Matriz de Avaliação Geral do Aluno no Local de Estagio
Nome do estudante:___________ Curso____________________

Local de Estagio:______________ Data da rotação___________

Área 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 Nota

Erros maiores, Parcialmente Correcto e Correcto e Correcto, completo


muito incompleto correcto, completo nos completo em e bem direcionada
Anamnese e
incompleto pontos cruciais todos os pontos e às queixas do
Exame físico
executado num paciente
tempo adequado

Incorrecto Parcialmente Correcto e Correcto e Consistente com a


correcto, completo nos completo em história clinica e
Diagnostico
incompleto pontos cruciais todos os pontos meios auxiliares de
diagnóstico

Desenvolvimento Correcto, Correcta, Correcta e Bem implementada


incompleto e incompleto completa nos completa em
Conduta
confuso ou com pontos cruciais todos os pontos
erros maiores

Não feito Parcialmente Correcto e Correcto e Envolvimento dos


Aconsel- correcto, completo nos completo em familiares e entrega
hamento incompleto pontos cruciais todos os pontos de material de
aconselhamento

Erros maiores na Execução Execução Execução correcta Execução feita com


Procedimentos
execução da parcialmente correcta e e completa em confiança rapidez,
clínicos e de
técnica correcta completa nos todos os passos precisão
Enfermagem
passos cruciais

Descortês Educado Comunica de Transmite Lida com calmas em


Comunicação forma clara e interesse, poe os situações difíceis
interpessoal ouve outros à vontade
atentamente

Não colaborante Inconsistente Colaborante e Toma Iniciativa Demostra


Profissionalismo responsável para ser envolvido capacidade de
activamente liderança

Não interessado Inconsistente Interessado Faz perguntas Aprende


apropriadas e independentement
Atitude perante demostra um e, contribui a
aprendizagem esforço adicional melhorar a
aprendizagem dos
outros

Total __/20

Nome do tutor_________________Assinatura_______________________Data____________________

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 20


ANEXO 4: Lista de Competências a Demonstrar no Estágio Rural Integral
Procedimentos Clínicos e de Enfermagem (adulto e criança)

1. Punção aspirativa com agulha fina (colheita de amostra ganglionar);


2. Punção lombar (colheita de liquor cérebro-raquidiano);
3. Toracocentese (colheita de liquido pleural);
4. Paracentese (colheita de liquido ascitico);
5. Cateterização venosa periférica;
6. Sutura de feridas;
7. Pensos:
a. Penso Seco asséptico, anti-séptico, compressivo, absorvente e permeável;l
b. Penso húmido simples (quente e frio), penso húmido com irrigação;
8. Ligaduras (incluindo a avaliação neurovascular):
a. Luva da mão ou espiral de todos os dedos
b. Cruzado do cotovelo, anterior
c. Cruzado do antebraço/espirais, cruzados ou inversões
d. Espiral de um dedo do pé
e. Cruzado do pé
f. Velpeau
g. Recorrente
9. Colocação do paciente na posição lateral de segurança;
10. Colocação do paciente nas diferentes posições de decúbito;
11. Avaliação dos sinais vitais: temperatura, frequência respiratória, frequência cardíaca e tensão
artéria;l
12. Estancamento de hemorragias;
13. Administração de terapêutica oral, rectal, tópica e parentérica (intravenosa, intra-dérmica,
subcutânea, e intramuscular) em adultos, crianças e bebes;
14. Teste de Mantoux;
15. Esfregaço em lamina para a Malaria;
16. Drenagem de colecções purulentas e limpeza cirúrgica;
17. Tratamento das úlceras cutâneas;
18. Oxigenoterapia;
19. Aspiração nasotraqueal;
20. Fisioterapia respiratória;
21. Introdução de sonda nasogástrica
22. Algaliação;
23. Cateterização supra-púbica;
24. Clister de limpeza;
25. Remoção de corpos estranhos de nariz e ouvidos e olhos;
26. Zaragatoa da oro-faringe;

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 21


27. Manobra de Dix-Hallpike;
28. Cricotireotomia percutânea;
29. Aspiração simples do pneumotórax sob tensão;

Meios Auxiliares de Diagnóstico

1. Colher os seguintes espécimes biológicos:


a. Sangue venoso (para testes rápidos, hemograma, bioquímica e exames microbiológicos);
b. Urina (colheita asséptica);
c. Fezes;
d. Expectoração;
e. Secreção vaginal ou uretral para exame microbiológico
2. Solicitar e interpretar as análises laboratoriais básicas disponíveis na prática clínica e utilizadas
em todas as áreas de actuação do TM:
a. Hemograma;
b. Velocidade de hemossedimentação;
c. Bioquímica básica: glicemia, ureia, creatinina, colesterol e triglicéridos, iões (sódio e
potássio), proteína total e albumina;
d. Bioquímica específica: ácido úrico, aspartato aminotransferase (AST) e alanina
aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina, GGT, bilirrubina total, directa e indirecta;
e. Proteína C Reactiva;
f. Contagem de CD4;
g. Urina II;
h. Grupo sanguíneo e factor RH;
i. Provas básicas de coagulação;
j. BHCG (teste de gravidez);
k. Pesquisa de sangue oculto nas fezes;
l. Exame parasitológico de fezes;
m. Hematozoário – pesquisa de plasmodium e tripanossoma;
n. Pesquisa de ovos de Schistosoma;
o. Pesquisa da filaria;
p. Pesquisa da borrelia;
q. Urocultura;
r. Pesquisa de BK na expectoração;
s. Vidal ( para Febre Tifoide);
t. Exame a fresco, coloração pelo GRAM e cultura do corrimento vaginal ou uretral
3. Colher (vide procedimentos clínicos) amostras e interpretar os resultados do seguintes liquidos
corporais:
a. Liquor cefalo-raquidiano
b. Líquido pleural
c. Liquido ascítico
4. Solicitar (sem interpretar) as análises laboratoriais específicas disponíveis, para casos que
necessitem de uma investigação clínica mais aprofundada:
a. Coombs directo e indirecto;
Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 22
b. Carga viral;
c. Pesquisa de bacilos de Hansen (para diagnostico de Lepra);
d. Amilase sérica
e. Àcido láctico;
f. Factor reumatóide;
5. Executar e interpretar os testes abaixo, usando fitas indicadoras:
a. Teste rápido de malária;
b. Teste rápido de HIV (Determine e Unigold);
c. Teste rápido de sífilis (RPR);
d. Teste rápido de hepatite B (AgHbs)
e. Teste rápido de gravidez (TIG);
f. Identificação de glicosúria;
g. Medida de glicemia com glucómetro.
6. Solicitar e interpretar os exames radiológicos disponíveis na prática clínica e utilizados em todas
as áreas de actuação do TM:
a. RX simples tórax incluindo a interpretação de achados radiológicos relacionados com
derrame pleural, edema pulmonar agudo, pneumotórax, cardiomegalia e processos
infecciosos (lesões cavitárias, densidades, opacidades intersticiais)
b. RX simples abdómen (incluindo oclusão intestinal, perfuração intestinal);
c. RX de ossos longos (fracturas);
d. RX de coluna, crânio e face ( fracturas).
7. Conhecer as indicações para o pedido (sem interpretar) de outros meios auxiliares diagnósticos
disponíveis na prática clínica, para casos que necessitam de uma investigação clínica mais
aprofundada:
a. Ecografia;
b. Electrocardiograma;
c. Endoscopia (digestiva alta e baixa, urológica, ginecológica).

Clinica Medica: Dermatologia, Aparelho Gastrointestinal, Saúde Sexual Reprodutiva


Feminina (Ginecologia) e Masculina, Aparelho Cardiovascular, Aparelho Respiratório,
Doenças Infecciosas, Neurologia, Aparelho Músculo-esquelético, Otorrinolaringologia,
Oftalmologia, Estomatologia, Hematologia, Oncologia, Saúde Mental, Sistema
Endócrino, Geriatria e Urologia

1. Aptidão em clinica geral:


 Efectuar uma anamnese apropriada e acordo com a queixa apresentada;
 Executar correctamente um exame físico relacionado com a queixa apresentada;
 Registar os resultados da anamnese e do exame físico, de forma exacta e concisa no processo
clínico do paciente;
 Desenvolver um diagnóstico diferencial adequado às queixas do paciente;

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 23


 Identificar os meios auxiliares de diagnóstico para proceder ao diagnóstico da condição
apresentada e interpretar os resultados quando apropriado (vide meios auxiliares de
diagnostico);
 Desenvolver uma conduta terapêutica e um plano de seguimento adequado (incluindo a
transferência se necessário).
2. Aptidão em aconselhamento sobre:
 Prevenção primaria e secundaria para pacientes com doenças cronicas (doenças da artéria
coronária, doenças pulmonares cronicas, obesidade, diabete mellitus)
 Doenças orais e higiene oral
 Disfunção da erecção
 Contracepção ( masculina e feminina) e o planeamento familiar;
 Violência sexual.
 Prevenção primária e secundaria para pacientes com HIV/ITS .

Saúde Sexual e Reprodutiva: Obstetrícia


1. Cuidados Pré-Natais:
 Colher a história clínica e realizar o exame físico pré-natal inicial e de seguimento de uma mulher
grávida, incluindo estabelecer a DPP e a avaliação do feto;
 Registar a histórica clínica e a avaliação do exame físico na ficha pré-natal;
 Elaborar um plano de seguimento para a mulher grávida;
 Aconselhar uma mulher grávida e seu parceiro sobre cuidados durante a gravidez, plano de
seguimento da gravidez e do parto, cuidados com o recém-nascido e planeamento familiar;
 Desenvolver um plano de investigações laboratoriais e/ou radiológicas que podem contribuir na
determinação do diagnóstico e interpretar os resultados dos meios auxiliares de diagnóstico;
 Desenvolver a conduta e o plano de seguimento adequado das condições patológicas
encontradas;
 Desenvolver um plano de alta ou de transferência de uma mulher grávida, puérpera ou do
recém-nascido.
2. Cuidados da Maternidade:
 Demonstrar habilidade no manejo dos 4 estágios do trabalho de parto normal, reconhecer as
situações que podem levar a complicações e estabilizar, tratar ou referir as complicações nos
diferentes estágios (incluindo o recém-nascido);
 Admitir a parturiente nos cuidados do trabalho de parto, diferenciando o trabalho de parto falso
do verdadeiro, utilizar e interpretar o partograma, disponibilizar instruções e prestar cuidado
durante o trabalho de parto prestando assistência à parturiente e monitorando o feto;
 Aplicar as medidas de biossegurança em todos os estágios do parto;
 Reconhecer as situações de parto complicado, prestar cuidados imediatos, tratar e/ou
referir/transferir;
Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 24
 Prestar os cuidados imediatos ao recém-nascido normal e reconhecer as eventuais condições
patológicas, trata-las e/o referir/transferir;
 Administrar a profilaxia ARV ao recém-nascido filho de mãe HIV positiva e aconselhar a mãe
sobre os cuidados de seguimento (alimentação, cotrimoxazol, diagnóstico precoce, consultas na
CCR);
 Aconselhar uma mãe com TB pulmonar sobre a profilaxia com INH para o seu bebé e as
contraindicações da vacina BCG;
3. Cuidados do Puerpério e do Recém-Nascido (Consulta pós-parto):
 Avaliar a evolução do puerpério normal e monitorar a puérpera para a detecção de
complicações;
 Colher a história clínica e realizar o exame físico completo da puérpera e do recém-nascido, na
consulta de seguimento, incluindo história nutricional, crescimento e desenvolvimento
psicomotor, avaliação do estado vacinal e profilaxia para o HIV e a TB;
 Diagnosticar e tratar e/ou referir/transferir as complicações e infecções puerperais

Disciplina de Manejo do HIV e SIDA (adulto e criança)


1. Aptidão em Clínica Geral:
a. Executar de forma correcta e completa anamnese completa e o exame físico de um paciente
com HIV;
b. Registar os resultados da história clínica, de forma exacta e concisa, no processo clínico do
paciente;
c. Desenvolver um diagnóstico diferencial e adequado aos sinais e sintomas do paciente;
d. Identificar os meios auxiliares de diagnóstico para proceder ao diagnóstico e/ou seguimento de
acordo com a condição do paciente e interpretar os resultados;
e. Implementar um plano de tratamento e determinar o acompanhamento adequado.
2. Aptidão em Diagnóstico Auxiliar:
a. Interpretação de hemogramas virada a alterações comuns de pacientes seropositivos;
b. Interpretação da contagem do CD4;
c. Identificar o uso apropriado do raio X torácico e interpretar as anomalias detectadas.
3. Habilitação em Aconselhamento e Testagem:
a. Executar de forma correcta um teste rápido para HIV (picada do dedo);
b. Demonstrar uma abordagem adequada em termos de sensibilidade e confidencialidade nos
vários tipos de aconselhamento (pré-teste, pós-teste, iniciação TARV, adesão, profilaxia pós-
exposição, prevenção geral para HIV);
c. Demonstrar o uso de preservativos masculinos/femininos (adulto).
4. Aptidão em Clínica Especificamente Relacionada ao HIV:
a. Utilização, sempre que apropriado, de algoritmos clínicos para auxiliar na classificação,
diagnóstico e tratamento de pacientes;
b. Reconhecer pacientes gravemente doentes, estabiliza-los e reencaminhar ou transferi-los
conforme apropriado;
c. Executar o estadiamento clínico de pacientes adultos com HIV;

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 25


d. Diagnosticar e tratar infecções oportunistas e outras condições relevantes no paciente
seropositivo;
e. Determinar a elegibilidade para profilaxia com Cotrimoxazol (CTZ)/Isoniazida (INH);
f. Prescrever profilaxia com CTZ e/ou INH em doentes elegíveis;
g. Fazer o seguimento correcto dos pacientes em profilaxia com CTZ e/ou INH;
h. Reconhecer as reacções adversas ao CTZ e INH;
i. Determinar a elegibilidade para TARV;
j. Prescrever a primeira linha de TARV;
k. Prescrever a primeira linha de TARV alternativa;
l. Usar correctamente a tabela (roda) de dosagem pediátrica (TARV em crianças)
m. Executar um seguimento adequado de pacientes em TARV;
n. Reconhecer a falência terapêutica conforme com os critérios existentes;
o. Reconhecer e tratar os casos de reacção adversa de grau I e II e referir aqueles de grau III e IV;
p. Suspeitar outras complicações do TARV ( SIR);
q. Avaliar e tratar mulheres grávidas infectadas com HIV (incluindo o aconselhamento apropriado
relacionado com HIV, estadiamento clínico, elegibilidade para tratamento de profilaxia com CTZ,
elegibilidade para o TARV).
5. Aptidão no Manejo da Criança Exposta
a. Seguir correctamente todos os procedimentos relativos aos cuidados da criança exposta
b. Aptidão no manejo da Criança exposta
c. Aplicar o fluxograma de seguimento da criança exposta na Consulta da Criança em Risco (CCR)
d. Executar o Teste de PCR DBS para o HIV
e. Aplicar os protocolos de profilaxia com dos medicamentos ARVs nas criança exposta ao HIV
f. Fazer a profilaxia para IO com CTZ
g. Compreender o papel da enfermeira SMI e o papel do TMG no seguimento da criança exposta
h. Fazer o rastreio da Tuberculose

Pediatria
1. Competências Clínicas Gerais:
 Efectuar uma anamnese pediátrica apropriada numa criança saudável e doente;
 Executar correctamente um exame físico pediátrico, incluindo o neonatal, numa criança saudável
e doente, focando nesse caso no aparelho relacionado com as queixas principais;
 Registar os resultados da anamnese e do exame físico, de forma exacta e concisa no processo
clínico específico, consoante os casos, do paciente;
 Desenvolver um diagnóstico diferencial adequado às queixas do paciente;
 Identificar os meios auxiliares de diagnóstico para proceder ao diagnóstico da condição patológica
especifica apresentada e interpretar os resultados;
 Identificar, tratar e/ou transferir as condições de emergências neonatais ( vide lista de
doenças/condições patológicas de Pediatria) das crianças mais grandes ( vide lista de
doenças/condições de Traumas e Emergências)
 Desenvolver uma conduta terapêutica e um plano de seguimento adequado (incluindo a
referencia/transferência se necessário).
2. Competências clínicas específicas

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 26


 Avaliar o desenvolvimento psicomotor, o crescimento e o estado de nutrição de uma criança e
determinar se é normal ou anormal, incluindo medição do peso, altura/comprimento, perímetro
craniano e perímetro braquial, bem como preencher a curva de crescimento, calcular o IMC,
peso/altura e ler as tabelas padrão da OMS
 Demonstrar habilidade para fazer um plano de seguimento hospitalar (preenchimento do
processo clínico, requisição de analises complementares, tratamento de suporte) e de alta ou
transferência (preenchimento de guia de alta ou transferência) de recém-nascidos e crianças.
 Desenvolvimento do plano de gestão da desidratação leve, moderada e grave
 Descrever o plano de tratamento de uma criança com desnutrição aguda grave e moderada com e
sem HIV
 Utilizar os princípios gerais da terapêutica pediátrica com fármacos

3. Meios Auxiliares de Diagnóstico e Tratamento:


 Demonstrar habilidade de executar os procedimentos terapêuticos e/ou diagnósticos em recém-
nascidos e crianças segundo a idade e a patologia (vide competência de procedimentos clínicos e
de enfermagem)
4. Competências de Aconselhamento:
 Informar e aconselhar os pais/cuidador sobre:
o Cuidados de rotina diária do recém-nascido, lactante e crianças em geral, para um
desenvolvimento normal
o Alimentação correcta segundo a idade da criança e eventual condição patológica seja da mãe
ou da criança (aleitamento, desmame, alimentos complementares)
o Prevenção da desidratação (preparação e administração de SRO)
o Medidas de prevenção das doenças infecciosas na infância (PAV)

Traumas e Emergências

1. Reconhecer uma situação de emergência e diferenciar entre emergências médicas e cirúrgicas


no adulto e na criança.
2. Diagnosticar, estabilizar e tratar ou referir as emergências médicas e cirúrgicas com atenção
especial às seguintes tarefas:
a. Dar assistência imediata a situações de emergências e estabilizar o paciente, incluindo a
avaliação primária completa “ABCD”;
b. Efectuar uma anamnese apropriada para o paciente com condições patológicas de
emergência;
c. Executar um exame físico numa sequência lógica que o permita tomar decisões imediatas de
salvamento ou para atenuar a progressão da condição patológica de emergência;
d. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico com base na anamnese e no exame físico
(diagnóstico diferencial);
e. Solicitar e interpretar os resultados dos meios auxiliares de diagnósticos necessários em
cada caso;
f. Estabelecer a conduta e cuidados imediatos de salvamento incluindo a referência e
transferência;

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 27


g. Criar as condições necessárias para, no caso de estar indicada, realizar uma transferência
com garantias;
3. Reconhecer uma situação de trauma e politrauma no adulto e na criança;
4. Diagnosticar, estabilizar e tratar ou referir/transferir os traumas/politraumas com atenção
especial as seguintes tarefas:
a. Dar assistência imediata a situações de emergencias relacionadas com o paciente
traumatizado/politraumatizado estabilizando-o incluindo a avaliação primária completa
”ABCD”;
b. Recolher uma anamnese que identifique as circunstâncias de um trauma, a gravidade e/ou o
grau de risco sobre vida do doente;
c. Efectuar o exame físico numa sequência lógica que o permita tomar decisões imediatas de
salvamento ou para atenuar a progressão de um estado choque pós-trauma;
d. Elaborar possíveis hipóteses de diagnóstico com base na anamnese e no exame físico
(diagnóstico diferencial);
e. Distinguir um trauma externo do interno e presumir o segmento ao órgão afectado e sua
gravidade;
f. Estabelecer a conduta e cuidados imediatos de salvamento incluindo a referência e
transferência;
g. Criar as condições necessárias para, no caso estar indicada, realizar uma transferência com
garantias;
h. Solicitar e interpretar os resultados dos meios auxiliares de diagnóstico necessários em cada
caso.

Medicina Legal

1. Confirmar os óbitos e emitir parecer sobre a causa da morte, tendo em conta os sinais, a historia
clínica e a informação fornecida pelos familiares e outros acompanhantes e preenchimento de
certificados de óbito.
2. Examinar vítimas de agressões físicas (incluindo agressões sexuais – violação e tentativa de
violação) e emitir a certificação de lesoes de primeira intenção.
3. Examinar e emitir uma guia de transferência com seu parecer para o médico legista mais
próximo, em caso de acidentes de trabalho, violações aggressões fisicas de qualquer natureza
(sexuais, domesticas etc.)
4. Examinar pacientes e emitir atestados médicos, segundo as normas hospitalares vigentes e
emitir guias de transferência, em casos de necessidade de seguro médico.
5. Fazer avaliação quando se tratar de aborto ilegal, baseando-se em sinais colhidos durante o
exame visual, informação fornecida pela policia, familiares e acompanhantes, no caso de aborto
ilícito.
6. Fazer a investigação e referência aos Serviços de Acção Social de casos suspeitos de abuso ou
negligência de crianças, deficientes físicos ou mentais, idosos e pessoas sofrendo de invalidez.

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 28


ANEXO 5: Lista de Patologias/Condições que o TMG deve ser capaz de Diagnosticar,
Tratar e/ou Referir/Transferir
Dermatologia
1. Piodermite (impetigo, foliculite/forunculose, antraz, abcesso);
2. Erisipela;
3. Úlceras;
4. Antrax cutâneo (carbúnculo);
5. Lesões cutâneas da sífilis;
6. Tuberculose cutânea;
7. Herpes simplex;
8. Herpes zóster;
9. Exantemas virais;
10. Molusco contagioso;
11. Verrugas;
12. Sarcoma de Kaposi ( referir/transferir);
13. Pediculose;
14. Sarna;
15. Larva migrans cutânea;
16. Tunguiase (mataquenha);
17. Infecções fúngicas (tinha, cândida, pitiríase versicolor);
18. Eczema atópico;
19. Eczema de contacto;
20. Eczema seborreico
21. Urticária;
22. Erupções cutâneas de origem medicamentosa;
23. Acne;
24. Alterações de pigmentação da pele (referir/transferir);
25. Psoríase;
26. Quistos, lipomas e outras massas (referir/transferir);
27. Cicatriz hipertrófica e quelóide (referir/transferir)
Sistema Gastrointestinal
1. Disfagias;
2. Esofagite e refluxo gastro-esofágico;
3. Hérnia hiatal (referir/transferir);
4. Hemorragias digestivas altas (referir/transferir)
5. Gastrite aguda atrófica e crónica e doença por H. pilori
6. Úlcera gastro-duodenal e suas complicações;
7. Carcinoma gástrico (referir/ transferir);
8. Diarreia aguda e crónica, por mecanismo e etiologia;
9. Cólera;
10. Disenteria bacteriana, amebiana e a enterotóxica.
11. Parasitoses intestinais:

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 29


a. Ascaridíase;
b. Ancilostomíase;
c. Amebíase;
d. Giardíase;
e. Estrongiloidíase;
f. Oxiuríase;
g. Tricuríase;
h. Teníase;
i. Equinococose.
12. Hemorragia Digestiva Baixa (referir/transferir):
a. Diverticulose intestinal;
b. Carcinoma colo-rectal (referir/transferir);
c. Hemorróides.
13. Diarreia crónica com malabsorção (referir/transferir)
a. Pancreatite crónica:
b. Fibrose cística do pâncreas;
c. Mal-absorção pós-cirúrgica;
d. Insuficiência biliar;
e. Doença de Crohn;
f. Colite ulcerativa;
g. Tuberculose intestinal;
h. Doença celíaca;
14. Hemorróides (referir/transferir);
15. Prolapso rectal (referir/transferir);
16. Fissura Anal;
17. Abcesso e fístula perianal (referir/transferir);
18. Carcinoma rectal (referir/transferir);
19. Fibrose e cirrose hepática e suas complicações por hipertensão portal (referir/transferir);
20. Abcesso hepático bacteriano e amebiano (referir/transferir);
21. Neoplasia hepática (referir/transferir);
22. Hepatite aguda e crónica, por agente etiológico;
23. Litíase e inflamação da vesícula biliar (referir/transferir);
24. Pancreatite aguda (referir/transferir);
25. Carcinoma pancreático (referir/ transferir);
26. Carcinoma das vias biliares (referir/ transferir);
27. Hérnias abdominais por tipo e localização (referir/transferir);

Saúde Sexual e Reprodutiva I: Sistema Reprodutor Feminino


1. Tumores ginecológicos (referir/ transferir);
2. Dismenorreias primarias
3. Dismenorreias secundarias (referir/ transferir).
4. Infertilidade (referir/transferir):
5. Sangramento vaginal Anormal (referir/transferir);

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 30


6. Perturbações do ciclo menstrual;
7. Malformações dos órgãos reprodutivos (referir/transferir);
8. Aborto terapêutico (referir/transferir)
9. Ruptura de gravidez extra-uterina (referir/transferir);
10. Infecções transmissíveis sexualmente (ITS) :
a. Síndrome de corrimento vaginal;
b. Síndrome de úlcera genital;
c. Doença inflamatória pélvica;
d. Condilomas e verrugas (referir/transferir);
11. Lesões do colo com suspeita de malignidade (referir/transferir);
12. Lesões da mama com suspeita de malignidade (referir/transferir);
13. Outros tumores do sistema reprodutor feminino (referir/transferir):
a. Útero (fibromioma, cancro do endométrio);
b. Ovário;
14. Violência sexual

Saúde Sexual e Reprodutiva II: Obstetrícia


1. Hipertensão na gravidez incluindo a pré-eclâmpsia e eclâmpsia (referir/transferir);
2. Anemia (relacionada com a gravidez e com parasitose intestinal);
3. Hemorragia: placenta prévia, descolamento, ameaça de aborto (referir/transferir);
4. Diabetes gestacional (referir/transferir)
5. ITS
6. Hiperemese gravídica (referir/transferir);
7. Polihidramnio (referir/transferir);
8. Oligohidramnio (referir/transferir);
9. Atraso do crescimento intrauterino ( referir/transferir);
10. Aborto: ameaça, inevitável, em curso, retido, séptico (referir/transferir);
11. Risco de parto prematuro (referir/transferir);
12. Pós-maturidade (referir/transferir).

Patologias agudas ou pré-existentes, que representam um risco para a gravidez:

1. Malária;
2. HIV;
3. Tuberculose;
4. Cardiopatias;
5. Epilepsia (referir/transferir);
6. Infecções urinárias.

Parto complicado (referir/transferir):


1. Parto arrastado;
2. Sofrimento fetal e morte fetal intra-uterina;
3. Apresentação anómala e gestação múltipla não diagnosticada;
4. Hemorragia;

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 31


5. Trabalho de parto obstruído;
6. Trabalho de parto prematuro;
7. Infecção uterina;
8. Verrugas, queloide;
9. Rotura da bolsa> 18 horas;
10. Gravidez ectópica;
11. Eclâmpsia;
12. Posições viciosas;
13. Anomalias de inserção da Placenta;
14. Retenção de restos placentários;
15. Atonia uterina;
16. Laceração do canal de parto;
17. Ruptura uterina;
18. Coagulopatias, incluindo coagulação intravascular disseminada (CID).

Complicações do puerpério (referir/transferir):

1. Infecções puerperais,
2. hematoma vulvo-vaginal,
3. patologias da mama (mastites, abcesso mamário, ingurgitamento mamário, fissuras),
4. tromboflebites e embolia pulmonar,
5. psicose,
6. fístulas vesicovaginal e rectovaginal.

Saúde Sexual e Reprodutiva III: Sistema Reprodutor Masculino


1. Síndromes anatómicas e malformações congénitas (referir/transferir):
a. Hipospadia;
b. Epispadia;
c. Fimose e parafimose;
d. Estenose da uretra;
e. Hérnia inguinal.
2. Síndromes de úlceras genitais e bubão inguinal
3. Síndrome de uretrite/corrimento uretral:
4. Síndromes da próstata:
a. Prostatite
b. Hipertrofia da próstata (referir/transferir);
5. Síndromes do escroto e testículos:
a. Gangrena de Fournier (referir/transferir);
b. Orquite;
c. Epididimites;
d. Hidrocele, varicocele e outras massas escrotais (referir/transferir);
e. Edema escrotal;
f. Torção do testículo;
6. Síndromes erécteis e reprodutor (referir/transferir):
Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 32
a. Infertilidade;
b. Disfunção eréctil de causa orgânica (descartar causas psicogénicas);

Sistema Cardiovascular
1. Hipertensão Arterial (HTA);
2. Hipercolesterolemia e outras dislipidémias (referir/transferir);
3. Doença coronária (referir/transferir);
4. Arteriopatia Periférica (referir/transferir);
5. Insuficiência cardíaca;
6. Doença cardíaca reumática;
7. Endocardite Infecciosa (referir/transferir);
8. Pericardite (referir/transferir);
9. Cardiomiopatias (referir/transferir);
10. Doença venosa (referir/transferir).

Sistema Respiratório
1. Asma brônquica, bronquites e outras doenças respiratórias alérgicas;
2. Pneumonias e broncopneumonia;
3. Tuberculose pulmonar (incluindo a forma multirresistente);
4. Derrames pleurais e pleurisias;
5. Empiema (referir/transferir);
6. Abcesso pulmonar (referir/transferir);
7. Bronquiectasias (referir/transferir);
8. Doença pulmonar crónica: DPOC e doença restritiva (referir/transferir);
9. Gripe.

Doenças Infecciosas
1. Malária;
2. Tuberculose;
3. Lepra;
4. Sépsis;
5. Febre tifóide e paratifóide;
6. Brucelose;
7. Peste;
8. Febre recorrente por mordedura de carraça;
9. Filaríase (referir/transferir);
10. Schistosomíase;
11. Tripanossomíase (referir/transferir);
12. Febres hemorrágicas (referir/transferir);
Endocrinologia
1. Hipertiroidismo (referir/transferir);
2. Hipotiroidismo; (referir/transferir)
3. Obesidade (referir/transferir);
Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 33
4. Diabetes mellitus (referir/transferir);
5. Hipoparatiroidismo (referir/transferir);
6. Hiperparatiroidismo (referir/transferir);
7. Síndroma de Cushing (referir/transferir);
8. Ginecomastia
9. Disfunção da erecção (referir/transferir).
Estomatologia
1. Cárie dentária (referir/transferir);
2. Estomatite aftosa (Aftas);
3. Gengivite / periodontite (referir/transferir);
4. Angina de Vincent ou Gengivite Ulcero-necrotizante Aguda (GUNA) (referir/transferir);
5. Angina de Ludwig (referir/transferir);
6. Fendas orofaciais (referir/transferir);
7. Gengivoestomatite herpética (referir/transferir);
8. Candidíase oral;
9. Sífilis;
10. Abcesso dentário (referir/transferir).

Hematologia e Oncologia
1. Anemia;
2. Doenças de coagulação do sangue e coagulopatias (referir/transferir);
3. Leucemia e Linfoma (referir/transferir);
4. Carcinoma da Pele (referir/transferir);
5. Carcinoma da mama (referir/transferir);
6. Carcinoma Bronco-Pulmonar (referir/transferir);
7. Neoplasia Gastrointestinal: carcinoma do fígado (referir/transferir);
8. Carcinoma urogenital: da bexiga, da próstata, tumor de Williams (referir/transferir);

Sistema Músculo-Esquelético e Tecidos Moles


1. Entorses;
2. Contusões;
3. Luxações (referir/transferir);
4. Fracturas (referir/transferir);
5. Osteoporose (referir/transferir);
6. Gota;
7. Osteoartrose;
8. LES (referir/transferir)
9. Artrite reumatóide (referir/transferir);
10. Deformidades dos membros inferiores (referir/transferir);
11. Deformidades da coluna (referir/transferir);
12. Hérnia do disco (referir/transferir);
13. Osteomielite;
14. Artrite Séptica (referir/transferir);
15. TB óssea e articular (referir/transferir);
16. Piomiosite;
Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 34
17. Bursite;
18. Fasciite Necrosante (referir/transferir);
19. Tendinite;
20. Pé diabético;
21. Celulite;
22. Fleimão e gangrena (referir/transferir).

Otorrinolaringologia e Oftalmologia
1. Obstruções do canal auditivo externo e corpos estranhos;
2. Otite externa;
3. Eczema e herpes zóster ótico (Síndrome de Ramsay Hunt) (referir/transferir);
4. Otite média;
5. Vertigem;
6. Surdez (súbita) de causa desconhecida (referir/transferir);
7. Rinite;
8. Sinusite;
9. Epistaxe;
10. Presença de corpo estranho no nariz;
11. Faringite;
12. Laringite aguda;
13. Neoplasias da boca, faringe e laringe (referir/transferir);
14. Inflamações das glândulas salivares;
15. Distúrbios refractivos (referir/transferir);
16. Olho vermelho (conjuntivite, glaucoma, hemorragia subconjuntival);
17. Celulite orbital;
18. Exoftalmia (referir/transferir);
19. Lesões oculares: corpo estranho, queimadura (referir/transferir);
20. Edema palpebral;
21. Obstrução do canal lacrimonasal;
22. Baixa visual progressiva (referir/transferir);
23. Baixa visual súbita (referir/transferir);
24. Distúrbios pupilares: miose, midriasis, Sindrome de Argyll-Robertson (referir/transferir);
25. Alterações do campo visual (referir/transferir)

Saúde Mental
1. Transtornos geralmente diagnosticados pela primeira vez na infância ou na adolescência:
a. Atraso mental (referir/transferir);
b. Atraso do Desenvolvimento Psicomotor (referir/transferir);
c. Enurese (referir/transferir);
d. Encoprese ( referir/transferir);
e. Tiques;
f. Transtornos de Humor e Toxicodependência na Adolescência (referir/transferir);
g. Violência;
h. Abuso Sexual;

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 35


2. Demência, transtorno amnésico e outros transtornos cognitivos (referir/transferir);
3. Transtornos relacionados com o consumo de substâncias (referir/transferir);
4. Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos (referir/transferir);
5. Transtornos de humor (referir/transferir):
a. Depressivos;
b. Bipolares.
6. Transtornos de ansiedade (referir/transferir);
7. Transtornos somatoformes (referir/transferir);

8. Transtornos Alimentares (referir/transferir);


9. Transtornos de sono (referir/transferir);
10. Transtornos psicológicos que afectam a condição clínica;
11. Transtornos dos movimentos induzidos por medicamentos (referir/transferir).

Neurologia
1. Convulsões (referir/transferir);
2. Cefaleias;
3. Meningite e Encefalite;
4. Malária Cerebral;
5. Neurossífilis;
6. Acidente Vascular Cerebral (referir/transferir);
7. Toxidade neurológica do consumo crónico de álcool (referir/trasferir);
8. Dor;
9. Neuropatias;
10. Doenças relacionadas às lesões dos neurónios motores ( referir/transferir);
11. Alterações no estado mental e na consciência (referir/transferir).

HIV/SIDA
ADULTO

Estadio I
Linfoadenopatia persistente generalizada (LPG)

Estadio II
1. Perda de Peso Moderada (< 10 %, sem outra causa identificada);
2. Infecções Respiratórias Recorrente;
3. Herpes zóster;
4. Manifestações muco-cutâneas menores:
o Úlceras Orais Recorrentes
o Erupção máculo-papular (Prurigo)
o Dermatite Seborréica
o Onicomicose
o Queilite angular

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Estadio III
1. Perda de peso superior a 10% do peso corporal total;
2. Diarreia crónica;
3. Febre persistente;
4. Anemia, neutropénia ou plaquetopénia crónicas;
5. Doenças específicas como:
o Candidíase oral
o Leucoplasia Pilosa Oral
o Tuberculose Pulmonar
o Infecções bacterianas severas (como pneumonia)
o Gengivite ou Periodontite com Necrose

Estadio IV (referir/transferir)
1. Síndrome de caquexia
2. Infecções pulmonares;
o Pneumonia bacteriana severa e recorrente (> =2 episódios em 6 meses)
o Pneumonia causada por Pneumocystis jiroveci (suspeitar)
3. Infecções e condições dermatológicas;
o Herpes simplex crónica persistente orolabial, genital ou anorectal por mais de um mês ou
visceral de qualquer duração
o Candidíase esofágica
4. Sarcoma de Kaposi (cutâneo e visceral)
5. Condições neurológicas;
o Encefalopatia progressiva multifocal (suspeitar)
o Criptococcose cerebral
o Toxoplasmose cerebral (suspeitar)
o Encefalopatia causada pelo HIV (suspeitar)
6. Doenças sistémicas
o Tuberculose extrapulmonar
o Tuberculose disseminada
o Micobactériose atípica disseminada (suspeitar)
o Bacteriemia recorrente por salmonela não typhi (suspeitar)
7. Diarreia crónica causada por Cryptosporidium, Microsporidium, Cyclospora, ou Isospora
8. Carcinoma invasiva da cerviz (suspeitar);
9. Retinite causada por Citomegalovírus (suspeitar);
Outras condições:
1. Síndrome Retroviral Agudo
2. Síndrome de imuno-reconstituição (SIR)
3. Reacções adversas aos medicamentos
4. Neuropatia periférica
5. Malária e HIV

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CRIANÇA

Estadio I
1. Linfoadenopatia persistente generalizada (LPG)

Estadio II
1. Hepatoesplenomegalia persistente inexplicada;
2. Infecções respiratórias recorrentes;
3. Herpes zóster;
4. Manifestações muco-cutâneas menores:
o Úlceras orais recorrentes (2 ou mais episódios em 6 meses)
o Erupção máculo-papular (Prurigo)
o Dermatite seborréica
o Onicomicose
o Queilite angular
o Infeção viral verrucosa extensa da pele
o Infecção extensa por molusco contagioso

Estadio III
1. Malnutrição moderada sem outra causa aparente;
2. Diarreia persistente sem outra causa aparente;
3. Febre persistente sem outra causa aparente;
4. Anemia, neutropénia ou plaquetopénia sem outra causa aparente;
5. Doenças específicas como:
a. Candidíase oral (apos os primeiros 6 meses de idade)
b. Leucoplasia Pilosa Oral
c. Tuberculose Pulmonar
d. Tuberculose ganglionar
e. Pneumonia bacteriana grave recorrente (episodio actual mais 1 ou mais nos 6 meses
anteriores)
f. LIP sintomática
g. Doença pulmonar crónica associada ao HIV
h. Gengivite ou Periodontite com Necrose

Estadio IV (referir/transferir)
1. Malnutrição aguda ou cronica grave que não responde a terapêutica actual;
2. Pneumonia causada por Pneumocystis jiroveci (suspeitar)
3. Infecção bacteriana grave recorrente (episodio actual mais 1 ou mais nos 6 meses anteriores):
empiema, piomiosite, meningite etc;
4. Herpes simplex crónica persistente orolabial, genital ou anorectal por mais de um mês ou
visceral de qualquer duração
5. Candidíase esofágica
6. Sarcoma de Kaposi (cutâneo e visceral)
7. Condições neurológicas:
Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 38
a. Leucoencefalopatia multifocal progressiva (suspeitar)
b. Criptococcose extrapulmonar incluindo meningite
c. Toxoplasmose cerebral (suspeitar)
d. Encefalopatia causada pelo HIV (suspeitar)
8. Doenças sistémicas:
a. Tuberculose disseminada/extrapulmonar
b. Micobacteriose atípica disseminada (suspeitar)
9. Diarreia crónica causada por Cryptosporidium, ou Isospora ( suspeitar)
10. Retinite causada por Citomegalovírus (suspeitar);
11. Micose disseminada (Coccidiomicose, Histoplasmose, Peniciliose)
12. Linfoma Não-Hodgkin Cerebral ou de Células B
13. Fístula recto-vaginal associada ao HIV
14. Nefropatia e cardiopatia associada ao HIV
Outras condições:
1. Síndrome Retroviral Agudo
2. Síndrome de imuno-reconstituição (SIR)
3. Reacções adversas aos medicamentos
4. Neuropatia periférica
5. Malária e HIV

Urologia
1. Renais:
a. Alterações hidroelectrolíticas (referir/transferir);
b. Insuficiência renal (referir/transferir);
c. Síndroma nefrítica e glomerulonefrite (referir/transferir);
d. Síndroma nefrótica (referir/transferir);
e. Pielonefrite;
f. Tuberculose renal e urinária (referir/transferir)
g. Nefrotoxicidade (referir/transferir);
h. Nefropatias específicas de doenças sistémicas (referir/transferir;)
i. Massa renal (referir/transferir);

2. Urinárias:
a. Uropatia obstrutiva alta (referir/transferir)
b. Hidronefrose (referir/transferir)
c. Retenção urinária (referir/transferir)
d. Hematúria Schistosomíase vesical;
e. Carcinoma vesical (referir/transferir)
f. Litíase urinária; (referir/transferir)
g. Infecção urinária
h. Malformações nefrourinárias (referir/transferir);
i. Alterações funcionais da micção (referir/transferir);
j. Incontinência e fístulas (referir/transferir;)

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Pediatria
1. Patologias do Estado Nutricional:
a. Desnutrição aguda leve, moderada, grave (kwashiorkor, marasmo, kwashiorkor
marasmático), falência de crescimento (referir/transferir), desnutrição crónica, obesidade e
excesso de peso (referir/transferir), deficiência de micronutrientes
b. RN: dificuldade de amamentar em recém-nascido saudável, de baixo peso e prematuro
2. Aparelho Oftalmológico (referir/transferir):
a. Conjuntivite, celulite periorbital e orbital, abrasão corneana, hordéolo e chalázio, estrabismo
(referir/transferir), deficiência de vitamina A, tracoma, traumas
b. RN: conjuntivite neonatal, dacrostenose
3. Estomatologia:
a. Cáries dentárias (referir/transferir), abcessos e traumatismos (referir/transferir), lesões dos
lábios e da mucosa oral, lesões da língua, gengivite, estomatite, úlcera aftosa, queilite
angular, candidíase, noma ou cancrum oris (referir/transferir).
b. RN: candidíase, língua presa (referir/transferir), anomalias do palato (referir/transferir)
4. Otorrinolaringologia:
a. Inflamação das glândulas salivares, parotidite (referir/transferir), otites, mastoidite
(referir/transferir), hipoacusia (referir/transferir), otites, corpos estranhos no canal auditivo,
impacto do cerúmen.
b. RN: Anomalias do ouvido:atresia/estenose do conduto ( referir/tranferir)
5. Aparelho Respiratório:
a. Pneumonia, tosse convulse, rinite, sinusite, gripe, corpos estranhos no nariz, epistaxis,
faringite, tonsilite, abcessos tonsilares (referir/transferir), abcessos retrofaríngeos
(referir/transferir), hipertrofia das adenóides (referir/transferir), difteria,
laringotraqueobronquite e epiglotite (referir/transferir), inalação de corpo estranho,
bronquiolite, broncoespasmo reactivo, asma, estado de mal asmático (referir/transferir),
derrame pleural e empiema (referir/transferir), tuberculose pulmonar e não pulmonar
b. RN (referir/transferir): Apnéia do recém-nascido, pneumonias no recém-nascido,
broncopneumonia aspirativa, taquipneia do recém-nascido, síndrome de dificuldade do
recém-nascido
6. Aparelho Cardiovascular (referir/transferir):
a. Doença cardíaca congénita cianótica e não cianótica, insuficiência cardíaca congestiva,
doença cardíaca reumática e febre reumática, pericardite, miocardite, fibrose miocárdia
b. RN: malformações cardíacas com sinais/sintomas no primeiro mês de vida
7. Aparelho Gastrointestinal:
a. Gastroenterite aguda e crónica, cólera, diarreia persistente, hemorragia digestiva baixa (
referir/transferir), disenteria, shigelose e outras causas de diarreia, intolerância à lactose,
parasitoses intestinais, helmintíases intestinais, shistosomíase intestinal, amebíase,
invaginação (referir/transferir), estenose pilórica (referir/transferir) e refluxo gastroesofágico

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 40


(referir/transferir), apendicite (referir/transferir), hérnia umbilical (referir/transferir),
hepatite, lesões anais e rectais, obstipação, encoprese ( referir/transferir), febre tifóide
b. RN: Obstrução intestinal (referir/transferir), infecção do cordão umbilical, cólicas
abdominais, icterícia neonatal, regurgitação, diarreias no recém-nascido, e má-formações
congénitas (onfalocele, ânus imperfurado) (referir/transferir)
8. Aparelho Genito-urinário:
a. Glomerulonefrite aguda (referir/transferir), shistosomíase urinária, síndrome nefrítica e
nefrítico (referir/transferir), infecções do aparelho urinário (referir/transferir a pielonefrite),
enurese, insuficiência renal (referir/transferir), malformações do rim (referir/transferir),
balanite/fimose/parafimose, hidrocele (referir/transferir), hérnia inguinal (referir/transferir),
varicocele (referir/transferir), vaginite, vulvite, corpo estranho vaginal, hemorragias
(referir/transferir), carúnculas uretral e vaginal ( referir/transferir)
b. RN (referir/transferir): Criptorquidismo, pseudocriptorquidismo, circuncisão masculina,
hipospadias, epispádias, infecções urinárias.
9. Aparelho Músculo-esquelético:
a. Artrite séptica (referir/transferir), artrite causada por febre reumática (referir/transferir),
tuberculose óssea e articular (referir/transferir), doença de Perthes (referir/transferir),
sinovite mono articular transitória, artrite reumatóide juvenil, osteomielite
(referir/transferir), piomiosite, raquitismo (referir/transferir), genu varo, valgo, síndrome
mão-pé, pé chato, escoliose (referir/transferir), torcicolo, acondroplasia (referir/transferir),
osteogênese imperfeita (referir/transferir),
b. RN (referir/transferir): displasia congénita da articulação coxofemoral, pé boto, polidactilia e
sindactilia, traumas neonatais (Cefalohematoma, caput succedaneum, cefalohematoma,
hemorragia subgaleal luxação da anca, fracturas, paralisia braquial, lesões da pele e dos
tecidos moles)

10. Sistema Neurológico:


a. Alteração da consciência, convulsões (referir/transferir), convulsões febris, epilepsia (
referir/transferir), meningite, meningoencefalite, meningococcémia, encefalite, malária
cerebral, síndroma de Guillain Barré (referir/transferir), poliomielite (referir/transferir),
tétano ( referir/transferir), raiva, deficiências incluindo atraso psicomotor (referir/transferir)
b. RN (referir/transferir): espasmos e convulsões neonatais, meningite no recém-nascido,
síndrome alcólica fetal, kernicterus, encefalopatia hipóxica isquémica, paralisia facial, má-
formações congénitas (hidrocefalia, espinha bífida, mielomeningocelo, microcefalia, e
anencefalia)
11. Pele:
a. Impetigo, celulite, foliculite, síndrome de pele escaldada, abscesso cutâneo, dermatite
atópica, dermatite de contacto, dermatite seborreica, picadas de insectos escabiose e
pediculose, alergia, urticária, síndrome de Stevens Johnson (referir/transferir), exantemas
virais, micose da pele e do couro cabeludo, larva migrans cutânea, lepra, acne, albinismo
b. RN: Marcas de nascimento, hemangioma, mancha mongólica, condições dermatológicas
limitantes e não patológicas do recém-nascido
Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 41
12. Sistema Hematológico e Linfático:
a. Anemias, linfadenopatias;
b. RN (referir/transferir): Doença hemorrágica do recém-nascido, anemias no recém-nascido
13. Sistema Endócrino (referir/transferir):
a. Diabetes, cetoacidose diabética, doenças da tiróide, hipopituitarismo e hiperpituitarismo,
puberdade precoce, pseudopuberdade,
b. RN: hipotiroidismo neonatal e, filho de mãe diabética
14. Doenças Alérgicas:
a. Alergias ambientais, anafilaxia
15. Infecções Sistémicas:
a. Febre, sépsis, malária, HIV/SIDA
b. RN ( referir/transferir): Infecções neonatais congénitas e adquiridas: toxoplasmose, rubéola
congénita, Citomegalovírus, herpes simplex, sífilis congénita, tétano neonatal
16. Saúde Mental (referir/transferir):
a. Maus tratos infantis: abuso, negligência, traumas não acidentais, abuso sexual
17. Doenças Congénitas:
a. Síndrome de Down
18. HIV/SIDA ( vide acima).

Geriatria
1. Incontinência urinária (referir/transferir);
2. Quedas e instabilidade da postura (referir/transferir);
3. Delirium (referir/transferir);
4. Demência (referir/tranferir);
5. Úlceras de pressão (referir/transferir as úlceras grau III e IV);
6. Desnutrição;
7. Abuso de idosos;
8. Fragilidade (referir/transferir);
9. Dor (referir/transferir);
10. Invalidez/deficiência (referir/transferir).

Traumas e Emergências (Vide Pediatria para as emergências neonatais)

Emergências médicas e cirúrgicas não traumatológicas


1. Apresentações Clínicas de Emergência
a. Cefaleia
b. Dispneia
c. Coma (referir/transferir)
d. Choque (séptico, hipovolémico, anafiláctico) ( referir/transferir)
e. Anafilaxia
f. Dor abdominal
g. Hemoptise
h. Paragem cardio-respiratória
Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 42
2. Emergências do Aparelho Cardiovascular
a. Médicas:
i. Enfarto do Miocárdico Agudo (IM) (referir/transferir)
ii. Angina (referir/transferir)
iii. Insuficiência cardíaca congestiva descompensada (transferir)
iv. Crise hipertensiva (referir/transferir)
b. Cirúrgicas:
i. Tamponamento cardíaco (referir/transferir)
3. Emergências do Aparelho Respiratório
a. Médicas:
i. Obstrução das vias aéreas superiores
ii. Crise asmática severa (referir/transferir)
iii. Pneumonia Grave
iv. Tromboembolismo Pulmonar (referir/transferir)
v. Edema Agudo do Pulmão
b. Cirúrgicas:
i. Pneumotórax hipertensivo (referir/transferir)
ii. Obstrução das vias aéreas superiores
iii. Abcesso retrofaríngeo e das amígdalas( referir/transferir)
iv. Epiglotite, laringoespasmo agudo (CROUP) (referir/transferir)
v. Hemoptise massiva (referir/transferir).
4. Emergências do Aparelho Gastrointestinal
a. Médicas:
i. Hemorragia gastrointestinal massiva alta e baixa (referir/transferir)
b. Cirúrgicas:
i. Abdómen agudo (referir/transferir): Invaginação, volvos (e outros causas de oclusão),
apendicite aguda, peritonite, perfuração de úlcera péptica, pancreatite aguda;
ii. Hérnias complicadas (referir/transferir).
5. Emergência Hematológicas
a. Médicas:
i. Coagulação Intravascular Disseminada (CID) (referir/transferir)
ii. Doenças citotóxicas: anemia hemolítica, incompatibilidade transfusional (
referir/transferir).
6. Emergências Neurológicas:
a. Médicas:
i. Meningite
ii. Meningo-encefalite
iii. Convulsões e estado epiléptico (referir/transferir)
iv. Malária cerebral
v. Acidente vascular cerebral (AVC): isquémico, hemorrágico (referir/transferir)
vi. Ataque Isquémico Transitório (TIA) (referir/transferir)
vii. Síndroma de compressão medular (TB da coluna) (referir/transferir)
viii. Síndromas de hipertensão intracranial (referir/transferir)

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 43


7. Emergências Endocrinológicas/Metabólicas
a. Médicas:
i. Acetoacidose diabética (referir/transferir)
ii. Coma hiperosmolar e hipoglicémico (referir/transferir)
iii. Crise Hipertiródeia (referir/transferir)
8. Emergências do Aparelho Genitourinário
a. Médicas:
i. Cólica renal
ii. Insuficiência renal aguda (referir/transferir)
iii. Retenção urinária aguda (referir/transferir)
iv. Hematúria (referir/transferir)
v. Orquiepididimite.
b. Cirúrgicas:
i. Escroto agudo (referir/transferir): gangrena do escroto (gangrena de Fournier), torsão do
testículo, torsão do epidídimo;
ii. Fimose e parafimose.
9. Emergências do Aparelho Músculo-Esquelético
a. Medicas:
i. Artrite séptica (referir/transferir)
ii. Luxações: acrómio-clavicular, do cotovelo, mandibular
b. Cirúrgicas:
i. Infecções dos tecidos moles (Gangrena e Fleimão) (referir/transferir)
ii. Piomiosite profunda (referir/transferir)
iii. Osteomielite (referir/transferir)
10. Emergências Psiquiátricas (referir/transferir)
a. Médicas:
i. Crise de ansiedade (Ataque de pânico)
ii. Psicose aguda
iii. Crise de depressão
iv. Tentativa de suicídio
v. Abuso de álcool
11. Outras Emergências:
a. Médicas:
i. Intoxicações agudas (referir/transferir): medicamentos, petróleo e seus derivados,
insecticidas ( organofosfatos), raticidas (estricnina), monóxido de carbono
ii. Tétano (referir/transferir)
iii. Raiva (referir/transferir)
iv. Mordeduras por animais, cobras, escorpião (referir/transferir)
v. Hipotermia (referir/transferir)
vi. Afogamento (em água doce e salgada) e soterramento (referir/transferir)
vii. Electrocussão (referir/transferir)
b. Cirúrgicas:
i. Queimaduras ( referir/transferir)

Guia de Orientação do Estágio Rural Integral dos TMG 44


ii. Ingestão de ácidos e cáusticos (referir/transferir)

Traumas

1. Cabeça e pescoço
a. Otorragias, rinorragias e licorreia (referir/transferir);
b. Obstrução das vias aéreas superiores;
c. Lesões oculares/ perioculares, nasais e auriculares (referir/ transferir);
d. Corpos estranhos no nariz, ouvido e no olho ( referir/transferir casos complicados);
e. Lesões cervicais dos tecidos moles e do couro cabeludo ;
f. Lesões osteonervosas do crânio e da coluna cervical (referir/transferir as profundas.)
2. Tórax
a. Trauma torácico fechado e aberto (referir/transferir);
b. Contusão torácica (referir/transferir);
c. Hemotórax e pneumotórax (referir/transferir);
d. Pneumotórax e pneumotórax sob tensão (referir/transferir);
e. Feridas do tórax e enfisema subcutâneo da parede torácica (referir/transferir);
f. Fractura de costelas e volet costal (referir/transferir);
g. Ferida transfixiva do tórax (referir/transferir).
3. Abdómen
a. Trauma abdominal fechado (referir/transferir);
b. Trauma abdominal aberto (referir/transferir);
c. Retorragias (referir/transferir casos complicados).
4. Pélvis e Genitais
a. Hematúrias pós-trauma (referir/transferir);
b. Fractura da bacia e lesões da bexiga (referir/transferir);
c. Lesões dos genitais externos
5. Coluna Vertebral
a. Clínica de lesão vertebral com lesão medular (referir/transferir);
b. Luxação da coluna por segmentos (referir/transferir);
c. Fracturas da coluna cervical, torácica e lombar (referir/transferir).
6. Extremidades
a. Feridas dos tecidos moles;
b. Lesões articulares, contusões, entorse;
c. Luxações (referir/transferir os casos complicados);
d. Fracturas fechadas e expostas (referir/transferir);
e. Síndrome de compartimento hipertensivo pós-traumático
7. Pele e tecidos moles
a. Escoriações, equimoses e hematomas;
b. Feridas incisas e contusas;
c. Queimaduras (referir/transferir os casos complicados);
d. Mordeduras por insectos e animais (venenosos e não venenosos) (referir/transferir os casos
complicados).

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