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HABILIDADES

Prof: Alessandra Vivekananda Meireles

05
Procedimentos Básicos de
Enfermagem
Banho de Leito

O banho de leito envolve muitas coisas além


do próprio banho, e, muitas vezes, além do
cuidado com o próprio corpo, a equipe
precisa atentar para os dispositivos que são
implantados no paciente devido às
necessidades dele.
Higiene

A higiene é uma necessidade humana básica, pois proporciona ao paciente uma


sensação de bem-estar, conforto, relaxamento e melhora da autoestima.
A higiene é um procedimento tão importante como qualquer outro, por isso
deve ser realizada de forma consciente, levando em consideração a participação
do paciente e o cuidado.

Uma conduta de pensamento crítico considera todos os fatores quando avalia o


cuidado do paciente. Dentro desse modelo, existe a atitude, que é o agir com
disciplina. É importante que o profissional realize o banho, considerando todos
os dispositivos, pois a não observância pode resultar em iatrogenias. Ao se
realizar o banho no leito, deve-se considerar todas essas possibilidades.
Ambiente
Um ambiente limpo e organizado fornece uma boa impressão do serviço, assim como auxilia no
controle das infecções, na prevenção de acidentes e na gestão do processo de trabalho.

Desinfecção Higienização

Ao realizar a desinfecção do
leito do paciente, obedecer Quanto à higienização, os hábitos de higiene pessoal variam
a alguns princípios técnicos, bastante conforme cada indivíduo, por isso, e preciso ter muito
tanto em relação à cuidado na abordagem do paciente e respeitar a sua privacidade. As
desinfecção como em vezes, e necessário orientar os pacientes quanto aos bons hábitos de
relação ao profissional que higiene, de modo cauteloso para não provocar constrangimentos.
está realizando a técnica. Inúmeros fatores podem influenciar as preferências pessoais de um
Por exemplo, o profissional paciente para higiene, e as pessoas não realizam a higiene da
deve aplicar os princípios de mesma maneira, por isso, é importante individualizar o cuidado com
ergonomia na mecânica base no conhecimento a respeito das práticas de higiene e
corporal. preferências.
Os horários devem ser flexíveis, conforme a rotina da
instituição e os hábitos dos clientes.

Ao realizar o procedimento, lembre-se de: orientar o


paciente, mesmo aqueles que se encontram
inconscientes; preparar o ambiente previamente; e usar
Humanização os EPls (Equipamentos de Proteção Individual),
preconizados nos protocolos institucionais.
do cuidado.
O enfermeiro deve aproveitar essa ocasião para realizar o
exame físico, identificar lesões e outras alterações. Um
outro fator importante ao realizar a higienização é prestar
atenção nas extensões dos dispositivos de infusão (soros),
cateteres e drenos para evitar desconexão acidental.
Banho

A pele é a primeira linha de defesa do


corpo contra os micro-organismos,
portanto, manter a pele íntegra e
saudável é importante para a
prevenção de infecções. O suor
aumentado interage com a flora normal
da pele, provocando o odor corporal
que pode ser ofensivo e promover o
crescimento bacteriano.
Banho

O banho regular remove o excesso de óleo, a


sudorese e as bactérias da superfície cutânea. O
banho também aumenta a circulação, ajuda a
manter o tônus muscular e a mobilidade
articular, além de propiciar relaxamento,
conforto e uma sensação de bem-estar à maioria
das pessoas

Um banho quente ou morno aumenta a circulação,


pois dilata os vasos sanguíneos próximos à superfície
da pele, permitindo que mais sangue flua. O
enfermeiro deve aproveitar esse momento para
promover a comunicação e a interação, facilitando uma
relação de confiança.
Autocuidado

Vale ressaltar que a enfermagem


disponibiliza o processo de cuidar de
diferentes formas para o
enfrentamento das condições crônicas.

O autocuidado, teoria desenvolvida


pela enfermeira Dorothea Orem, é
importante estratégia de
enfrentamento, pois possibilita às
pessoas que elas cuidem de si mesmas
em todas as áreas, de forma
independente, mas com o auxílio de
informações.
Autocuidado

A Teoria desenvolvida pela enfermeira


Dorothea Orem

Foi desenvolvida entre 1959 e 1985. Ela se


baseia na premissa de que os pacientes
podem cuidar de si próprios. Foi
primariamente usada em reabilitação e
cuidados primários, nos quais o paciente é
encorajado a ser independente o máximo
possível.
Cuidados Primários

O autocuidado se refere à capacidade de uma


Tomar banho
pessoa para realizar as funções de cuidados
primários nas quatro áreas: Alimentar-se

Fazer higiene íntima

Se vestir sem o auxílio de outras pessoas.

Como essas atividades são básicas, muitas


pessoas não dão valor a elas. A capacidade
de realizar o autocuidado de modo
independente aumenta muito o estado de
saúde e de bem-estar de uma pessoa.
Ajuda ao Paciente
Os enfermeiros atuam de forma crucial ao ajudar
os pacientes a aprenderem e reaprenderem as
técnicas de autocuidado. Quando a doença ou a
lesão interfere na capacidade de realizar essas
técnicas, os enfermeiros as realizam ou oferecem
apoio para os membros da família ou a outros
cuidadores.

Contudo, o foco consiste em ajudar o paciente a


atingir o máximo de independência. O
autocuidado requer funcionamento
neuromuscular adequado, força muscular,
mobilidade, controle motor fino, energia
adequada e capacidades sensoriais intactas.
Sinais Vitais:
Intervenções
Sinais Vitais

A determinação dos sinais vitais fornece dados


para se fazer o diagnóstico de enfermagem,
implantar intervenções planejadas e avaliar os
resultados da assistência.

Uma alteração dos sinais vitais pode indicar


necessidade de intervenção do enfermeiro ou
médico.

É um modo eficiente e rápido de monitorar a


condição do paciente ou de identificar problemas
e avaliar os resultados da assistência.
Plano de Cuidado

A ênfase na promoção de saúde e em sua


manutenção, assim como no planejamento
antecipado de altas hospitalares, tem resultado
em um momento de necessidade de
monitoramento dos sinais vitais pelo paciente e
por seus familiares em casa.
A idade do paciente é um fator
Considerações sobre como ensinar afetam todas
importante. Com o aumento da
as mensurações dos sinais vitais e devem ser
população idosa, há uma grande
incorporadas ao plano de cuidado do paciente.
necessidade de que seus familiares
ou cuidadores estejam cientes das
alterações que são únicas para eles.
Temperatura

Na febre, o objetivo da terapia é aumentar a


perda de calor, reduzir a produção de calor e
prevenir complicações. A escolha das
intervenções depende da causa, de qualquer
efeito adverso possível e da força, intensidade e
duração da elevação da temperatura.

O enfermeiro ou o médico deve esforçar-se para


determinar a causa do aumento da temperatura.
isolando o pirógeno causador.
Saúde Cardiovascular

A avaliação do pulso determina o estado


geral da saúde cardiovascular e a resposta
do organismo a outros desequilíbrios.
Taquicardia, bradicardia e disritmias são
características que definem muitos
diagnósticos de enfermagem O plano de
cuidado inclui intervenções baseadas
nesses diagnósticos e nos fatores
relacionados.
Frequência dos Sinais

A medida da frequência dos sinais vitais


respiratórios, seu padrão e profundidade,
juntamente com a saturação, avalia a
ventilação, a difusão e a perfusão.
Cada mensuração fornece dicas para a determinação da
natureza do problema do paciente. O plano de cuidado de
enfermagem inclui intervenções baseadas no diagnóstico de
enfermagem e nos fatores relacionados. Deve-se avaliar as
respostas do paciente mensurando a frequência respiratória,
a profundidade da ventilação, o ritmo e a saturação após cada
intervenção. A determinação da pressão arterial juntamente
com a determinação da pulsação avalia o estado geral da
saúde cardiovascular e as respostas ao desequilíbrio de outros
sistemas. Hipotensão, hipertensão, hipotensão ortostática e
pressões de pulsação altas ou baixas definem as
características de certos diagnósticos de enfermagem.
Pressão Arterial

Quando não for possível obter a leitura da


pressão arterial, deve-se determinar que
nenhuma crise imediata esteja presente
medindo o pulso e a frequência
respiratória.

Deve-se verificar sinais de diminuição do


débito cardíaco. Se esses sinais estiverem
presentes, o médico deve ser
imediatamente notificado.
Pode-se também usar os locais ou procedimentos alternativos para obter a pressão:
auscultar a pressão arterial na extremidade inferior implementar o método da palpação
para obter a pressão sistólica e repetir a aferição da pressão arterial com o
esfigmomanômetro.
Problemas inter-relacionados.

Os pacientes que possuem dor frequentemente


têm problemas inter-relacionados. Quando um
problema piora, outros aspectos do nível de saúde
do paciente podem mudar também.

Ao controlar a dor, os objetivos do cuidado devem


promover a otimização da função do paciente.
Deve-se determinar o que a dor tem impedido o
paciente de fazer e então decidir o nível de dor
aceitável que permita o retorno do paciente às
atividades. Uma indicação do sucesso de um plano
é determinada através da realização de objetivos e
resultados.
Oximetria

Um oxímetro de pulso permite a medida indireta da


saturação de oxigênio. O percentual de hemoglobina que
se liga ao oxigênio nas artérias equivale ao percentual de
saturação da hemoglobina. Esse percentual usualmente
situa-se entre 95% e 100%.

O valor apresentado pelo paciente ainda é considerado


normal devido ao seu estado geral durante a internação,
na qual passou o maior tempo deitado. Espera-se que,
quando ele começar a andar, esses parâmetros
melhorem. O que pode ser realizado como intervenção é o
estímulo da tosse e inalação com soro fisiológico puro
para fluidificar as secreções pulmonares.
Pode-se avaliar os processos respiratórios de difusão e perfusão medindo-se a
saturação de oxigênio do sangue. Essa forma de avaliação também faz parte da função
respiratória.

A circulação sanguínea nos capilares pulmonares fornece hemácias para fixação do


oxigênio.

Depois que o oxigênio se difunde dos alvéolos para a circulação pulmonar, a maior
parte dele se fixa à molécula de hemoglobina nas hemácias.

As hemácias carregam moléculas de hemoglobina oxigenadas e, que são levadas para


o lado esquerdo do coração e saem através dos capilares periféricos, onde o oxigênio
se solta, dependendo das necessidades do tecido.
Oximetria de Pulso
A oximetria de pulso propicia um meio não invasivo
de avaliar aproximadamente a oxigenação, enquanto
a amostragem do sangue arterial fornece
informações exatas sobre os gases sanguíneos.

Ele utiliza a luz infravermelha para determinar o percentual de hemoglobina que


se combina com o oxigênio.

Um sensor ligado ao dedo ou lóbulo da orelha do paciente permite a avaliação da


frequência cardíaca e da saturação de oxigênio, quer de modo intermitente, quer
de forma contínua.

Ela constitui uma alternativa conveniente e indolor para as punções por agulha, é
simples de usa re fornece dados imediatos.
Vantagens da Oximetria
Essas vantagens tornam a oximetria uma ferramenta
inestimável para determinar a necessidade do
paciente de realizar a terapia de oxigênio e para avaliar
a eficácia dessa terapia. Ela registra a saturação de
oxigênio arterial (Sa02), que é considerada normal se
tiver maior que 95%, enquanto valores abaixo de 93%
geralmente indicam a necessidade de oxigenoterapia e
avaliação adicional. Diversos fatores podem interferir
na exatidão e na interpretação adequada da oximetria.
O paciente deve ter o fluxo sanguíneo periférico A intoxicação por
adequado para que o oxímetro detecte o pulso. monóxido de carbono
Condições como a iluminação do ambiente, resulta em leituras altas
movimento do cliente, fumo ou esmalte escuro nas falsas; o edema do sítio
unhas da paciente podem afetar a exatidão do sensor. do sensor produz
leituras baixas falsas.
Oxigenação sanguínea

De um modo geral, a interpretação da saturação


depende do conhecimento da hemoglobina por parte
do profissional de saúde. Por causa da maneira pela
qual a hemoglobina se combina com o oxigênio, as
alterações relativamente discretas na saturação
podem refletir, na realidade, grandes alterações na
oxigenação sanguínea.
Condutas do enfermeiro.
A experiência e o julgamento clínico ajudam o profissional experiente a
relacionar as leituras da oximetria com a condição do paciente.
Fatores de Interferência
Além desses fatores, outros ainda podem interferir na
leitura da oximetria, por exemplo: a icterícia interfere
na capacidade do oxímetro de processar a luz
refletida, a doença vascular periférica (aterosclerose)
reduz o volume de pulso, uma hipotermia no local da
avaliação diminui a circulação sanguínea periférica,
vasoconstritores farmacológicos (por exemplo,
epinefrina) diminuem o volume de pulso periférico,
débito cardíaco baixo e hipotensão diminuem a
circulação sanguínea para as artérias periféricas, um
edema periférico obscurece a pulsação arterial, uma
sonda apertada demais irá registrar pulsações
venosas no dedo que irão competir com as pulsações
arteriais.
OBRIGADA

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