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Posicionamento do paciente na

mesa operatória e transporte do


paciente.

ENFERMEIRA MARIELLEN OLIVEIRA SARMENTO


COREN:517748-ENF
A tarefa de colocar na mesa de
operações o paciente que vai
ser submetido a cirurgia é uma
atividade que requer a
participação da equipe de
enfermagem, sendo necessário
que esta conheça princípios de
anatomia e fisiologia e saiba
aplicá-los e tenha habilidade no
manejo da mesa cirúrgica e de
seus acessórios.
A mesa cirúrgica, devido à sua posição elevada do solo,
sua pouca largura, não é muito confortável ao doente.

A utilização de diferentes angulações de suas partes


(cabeceira, tronco, membros e coxim lombar) ou de
acessórios auxiliares (perneira metálica, suporte de braço
e ombreira) aumenta a responsabilidade da equipe de
enfermagem quanto à prevenção de desconfortes
desnecessários e de acidentes e complicações pós-
operatórias, decorrentes de posições inadequadas
durante o ato anestésico-cirúrgico.
Aconselha-se que o cirurgião ou seu assistente verifique
a posição antes de antissepsia e da colocação dos
campos cirúrgicos, para eventuais correções.

Ao colocar o paciente em posição cirúrgica, o pessoal


da equipe de enfermagem precisa lembrar-se de que
ele é um indivíduo e não simplesmente um caso
cirúrgico e que, portanto, a posição, para ser adequada.
Qualquer dessas alterações leva à
hipoventilação.

Alterações Cardiovasculares, Neurológicas, Musculares.

A força propulsora do Paralisias podem A pressão sobre


coração pode estar ser causadas por os músculos,
deprimida pela anestesia, abduções forçadas quando o
pela hipotermia e pela ou de longa paciente está
posição do paciente. duração, como por anestesiado,
isquemias dos produzirá dor
elementos muscular e
nervosos devido à sensação de
compressões formigamento.
duradouras.
 Quando o posicionamento não é correto.

• Dificuldade de controle do
anestesista
• Repercussões no pós-operatório
• Dor postural
• Lesões nervosas – neuropraxias
(paralisia que ocorre sem secção).
• Má ventilação
• Má circulação
• Dificuldade técnica da operação.
Posições mais comuns
Dorsal ou Supina
• Posição usual, deitado de costas, • Posição mais
anatômica,
• Anestesia geral – cirurgia abdominal,
• Pés não cruzados – pernas levemente afastadas
Trendelemburg

• Variação do decúbito dorsal


• Cirurgias do abdome inferior
• Cirurgias dos MMII
• Ombreiras e fixação, se ângulo
acentuado
• Interferência na respiração
Trendelemburg reverso ou Proclive

• Cirurgias do abdome superior, cirurgias de cabeça


e pescoço.
• Hiperextensão do pescoço
nas cirurgias cervicais.
• Reduz a pressão sanguínea cerebral.
• Apoio para os pés em ângulos acentuados.
Lateral ou Sims

• Rins, Pulmões, Quadris


• Anestesia na posição supina
• com posicionamente correto.
• COXINS E FIXAÇÃO
ADEQUADAS (QUADRIS E
OMBROS)
Fowler modificada (sentada)
• Neurocirurgias.
• Simpatectomias torácicas
• Plásticas mamárias Dorso elevado
Suporte para pés Fixação para cabeça.
Decúbito Ventral ou prona

• Porção posterior do corpo


• Coluna
• Desvantagem: dificuldade de respiração

As medidas de sustentação
para o paciente nessa
posição incluem a utilização
de travesseiros e almo-fadas,
conforme a necessidade.
Kraske e Canivete
• Proctologia
• Início: decúbito ventral.
• Angulação da mesa – coxim
• Coxins subaxilares. * Proteção para evitar escaras.
•Esparadrapos nas nádegas para abrir sulco
interglúteo.
• Dificuldade respiratória.
• Fissura e fistula anal
Posição de Litotomia

• Cirurgias proctológicas (intestino


grosso, do ânus e do reto.) e
ginecológicas.
• Nádegas próximas á dobra
inferior da mesa.
• MMII em perneiras – apoio na
panturrilha.
Durante a operação deve-se verificar se o paciente está
confortável; o seu pudor deve ser respeitado, evitando-se
descobri-lo desnecessariamente. Enquanto ele estiver
consciente, ser-lhe-ia explicado, passo a passo o que irá
acontecer, para tranqüilizá-lo.

Enfim, é objetivo
proporcionar conforto
e segurança para cada
um.
Mudança de decúbito
OUTRAS CAUSAS
Mudança da posição do corpo para evitar pressão
prolongada na face que fica contra a superfície do leito. A
redução da circulação na região causa a morte do tecido,
manifestada em ulcerações, que chamamos de úlceras
de pressão ou escaras.
Técnica de transporte do paciente
no pré e pós operatório
Cuidados gerais

. O transporte deve ser realizado


com muito cuidado;
. A movimentação mal feita pode
provocar lesões;
. Deve-se agir com rapidez e
segurança;
. Observar constantemente o
estado geral do paciente;
. Movimentos suaves diminui
vibrações, dor e desconforto;
. Não mova local fraturado ou
com suspeita de fratura.
Transporte com maca

. Conduzir a maca pelo corredor


com o paciente olhando para
frente;
. Ao entrar no elevador, nivelar
o mesmo e travar a porta;
. Entrar primeiro com a
cabeceira da maca;
. Transportar a maca com
grades elevadas;
. Transportar o paciente sempre
com lençol ou cobertor.
Transporte com cadeira de rodas

. Descer rampas com a


cadeira de ré;
. Subir rampas com o
paciente olhando para
frente;
. Entrar no elevador com a
cadeira de ré, pois ao
sair . . já estará na posição
correta.
Cuidados específicos

Paciente com soro:

. Cuidado para não obstruir o cateter;


. Manter o soro na altura adequada
para manter o gotejo;
. Não tracionar equipo;
. Se houver formação de soroma
(infiltração de soro no tecido
subcutâneo), interromper o
gotejamento;
. Caso haja desconexão do cateter,
procurar posto de enfermagem mais
próximo.
Paciente com sonda vesical de
demora

. Verificar se a sonda está corretamente fixada;


. Manter a bolsa coletora sempre em nível abaixo do
paciente, para evitar retorno de urina à bexiga.
Paciente com dreno de tórax:

. Pinçar o dreno e o prolongamento com 2 pinças


próprias;
. O frasco só poderá ser elevado acima do nível do tórax
do paciente quando o dreno e o prolongamento estiverem
pinçados;
. Cuidado para não tracionar o dreno;
. Coloque o frasco entre os pés em transporte de cadeira.
Em caso de maca, colocar entre os membros inferiores;
. Retirar as pinças imediatamente após a chegada do
paciente ao destino, observando que o frasco esteja em
nível mais baixo que o tórax do paciente.
Paciente com tubo endotraqueal

. Transportar sempre com cilindro de oxigênio e ambu;


. A enfermagem deve acompanhar o transporte;
. Cuidado para não tracionar o tubo;
. Se o paciente também estiver com sonda nasogástrica e
apresentar náuseas ou sinal de refluxo, abrir
imediatamente a sonda.
Pacientes agitados e confusos

. Transportar sempre em maca com grades


elevadas;
. Utilizar contenção mecânica se necessário;
. Restringir o paciente se necessário.
Pacientes anestesiados

. Transportar sempre em
maca com grades elevadas;
. Não movimentar muito o
paciente, isso provoca
vômitos. Nestes casos,
lateralizar a cabeça do
paciente, para evitar
aspiração.

Se o paciente estiver com


sonda nasogástrica, deverá
ser mantida aberta.
REFERÊNCIAS

•http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/ima
ges/documentos/livros/Livro1-Assistencia_Segura.pdf.
•www.slideshare.net/EvernickJogandonaZUE/14-radiologia-material-livre-
internet?qid=349af2f0-6c29-44d5-bd03-4fafbecee907&v=&b=&from_search=1

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