Você está na página 1de 57

CENTRO CIRÚRGICO

Estrutura Física

Enfermeira Monica Monte


COREN: 588.164

Alenquer – Pará
2023
Centro cirúrgico
Considerações iniciais

Unidade de Centro cirúrgico é composta pelo Centro Cirúrgico (CC) propriamente dito,
pela Recuperação Pós – Anestésica (RPA) e pelo Centro de Materiais e Esterilização
(CME)

Pode ser definida como um conjunto de elementos destinados à atividade cirúrgica, à


recuperação anestésica e ao pós-operatório imediato (ANVISA)

Característica e assistência
Organização complexa
especializada
SOBEC, 2009
Centro Cirúrgico

Centro cirúrgico – conjunto de áreas e instalações que permite efetuar procedimentos


anestésicos-cirúrgicos nas melhores condições de segurança para o paciente e conforto para
a equipe que o assiste.

De modo a permitir que os


Conjunto de áreas procedimentos anestésicos-cirúrgicos
interligadas e instalações sejam realizados em condições
assépticas ideais e segura
Planejamento – nº de
Localização leitos, média de cirurgias,
hospital escola.
Aspectos
gerais
Ter fácil acesso à
unidades
Conhecer as RDC´s e
fornecedoras -
discutir a funcionalidade
CME
do serviço
Altos custos

ANVISA/ Grande
MS relevância

Modernidade Grande fluxo


Área física

Bloco Salas

Equipe
Equipamentos
multiprofissional
Definição

 Área complexa e de acesso restrito que pertence a um estabelecimento de


saúde.

 Arquitetura e área física tem particularidades que devem atender à


legislação sanitária vigente – ANVISA E MS;

 Caracterizados por dimensões e instalações diferenciadas (SOBECC,


2009).
DEFINIÇÃO

 É o conjunto de elementos destinados às atividades cirúrgicas, bem


como à recuperação pós-anestésica e pós-operatória imediatas (MS,
2016).
DEFINIÇÃO

 É o conjunto de elementos destinados às atividades cirúrgicas, bem


como à recuperação pós-anestésica e pós-operatória imediatas (MS,
2016).

Ambiente crítico: risco


aumentado de
transmissão de infecção
pelos procedimentos ali
realizados
Estrutura física
RDC n° 50, de 21 de fevereiro de 2002 e RDC nº°307 de 14 de fevereiro de 2002.

 As instalações mínimas necessárias são:

 Água fria e água quente;

 Vapor, oxigênio, ar comprimido e vácuo;

 Exaustor;

 Ar condicionado, termostato e exaustor;

 Sistema elétrico de emergência e diferenciado;

 Equipamentos de combate a incêndios.


Estrutura física

O nº de salas cirúrgicas devem ser:

01 sala cirúrgica
5% do total de
leitos cirúrgicos para cada 50
leitos

Cada sala pode conter uma única mesa


cirúrgica (RDC nº 50)
Portaria nº 400/77 (MS)
Notas:
 A unidade de CC deve estar localizada de modo a ficar livre do trânsito de pessoas e
materiais estranhos ao trabalho que nela se realiza.

 Para cada 02 SC deve haver lavabo com 02 torneiras que permitam seu fechamento sem
o uso das mãos.

 A sala de cirurgia central deve ter área mínima de 25m;

 Deve haver SRPA para atender, no mínimo, 02 pacientes simultaneamente, em condições


técnicas satisfatórias.
Características
 Fácil acesso aos setores de emergência, UTI e internação;
 Próximo às áreas de suporte (farmácia, almoxarifado, lavanderia,
banco de sangue, laboratório, RX, CME, etc.)
Apoio

Ambientes de Apoio:

 Sala de utilidades;
 Vestiários com banheiros;
 Sala administrativa;
 Sala para guarda de equipamentos/materiais;
 Rx.
Apoio
Ambientes de Apoio:

 Sala de preparo de equipamentos/materiais;


 Área guarda maca e cadeira de roda;
 Área de biópsia;
 Copa e conforto para equipe;
 Sala de espera com sanitários para acompanhantes.
SALA CIRÚRGICA

Sala pequena: Sala grande:


Sala média:
destinadas às específicas para as
destinadas às
especialidades de cirurgias neurológicas,
especialidades
otorrinolaringologia e cardiovasculares e
gástricas e geral
oftalmologia ortopédicas
SALA CIRÚRGICA
Dimensionamento:
 Pequena: 20m² - dimensão mínima 3,45m.
SALA CIRÚRGICA
Dimensionamento
 Média: 25m² - dimensão mínima 4,65m.
SALA CIRÚRGICA
Dimensionamento
 Grande: 36m² - dimensão mínima 5m.
SALA GRANDE
SALA CIRÚRGICA
Equipamentos básicos
 Mesas (cirúrgica e auxiliares);
 Hamper;
 Suporte para soro;
 Bisturi elétrico;
 Central de ar;
 Foco;
Central de ar:
 Vantagens/desvantagens
 30.000 a 60.000 microrganismos podem depositar-se no
campo operatório/h.
Central de ar:
O ar é uma via de transmissão de bactérias e fonte de contaminação;
 Pessoas na SC são fonte de microorganismos:

Partículas
transportadoras =
propéis!
Central de ar
 Função de exaustão:
Remoção de odores, calor e gases anestésicos voláteis;
 Controle bacteriológico;
 Filtragem do ar:
Retirar e impedir entrada de partículas contaminantes;
Partículas menores de 5μ;
Troca de ar 15 a 25 x / hora;
Pressão positiva no interior da sala;
 Conforto térmico:
Controle da temperatura e umidade.
Central de ar
 Segundo a Norma NBR 7254/82:
Pisos:

 É obrigatório que seja de material condutivo (substâncias anestésicas


inflamáveis);
 Deve ser de material resistente ao uso da água e soluções desinfetantes, de
superfície lisa e de fácil limpeza;
 Resistente, não-poroso e fácil limpeza;
 Rápida visualização da sujeira;
 Sem ralos ou frestas;
 Pouco sonoro e ter uma malha de fios de cobre ligada a um fio terra;
 Ser autonivelante, não conter emendas e ser antiderrapante.
Piso condutivo
Parede:

 Cantos arredondados em todas as junções;


 Revestidas de material resistente, mas que proporcione superfície
lisa e lavável;
 Deve favorecer a redução dos ruídos externos;
 Deve ser de cor neutra, suave e fosca (sem reflexos);
 Paredes de azulejos não são desejáveis.
Portas:

 Dimensão mínima = 1,20 x 2,10 cm;


 Ser revestidas de material lavável;
 Cor neutra, suave e fosca;
 Ter proteção de aço inoxidável;
 Possuir visor (transparência).

Obs: Portas de correr são preferíveis nas SO para eliminar a


turbulência de ar provocado pela oscilação de portas comuns.
Portas
Janela
 Localizada de modo a permitir a
entrada de luz natural em todo o
ambiente;

 Ser do tipo basculante, provida


de vidro fosco e telada.
Iluminação:

 Características principais:
 Eliminação de sombras: luz de várias direções
 Redução do calor: lâmpadas ideais e filtros atérmicos
 Intensidade adequada: conforto para a equipe
 Eliminação de reflexos: material metálico fosco
 Iluminação geral proporcional: diminuir contraste
Por que a tonalidade verde/azul ?
Iluminação:

 A iluminação artificial da sala de operação é feita por intermédio da


luz geral do teto, com lâmpada fluorescente, e luz direta por foco
central ou fixo;
 A iluminação do campo cirúrgico é realizada com os focos central
ou fixo, auxiliar e frontal;
 Estes focos permitem alta luminosidade em todo o campo
operatório, com ausência de sombra.
Iluminação

Finalidade do Foco:
 Oferecer luz semelhante à natural, de modo a não alterar a cor da
pele e mucosas do paciente;
 Fornecer iluminação adequada ao campo cirúrgico, sem projeção de
sombras e emissão de reflexos;
 Produzir o mínimo de calor possível no campo operatório.
DIVISÃO DO CENTRO CIRÚRGICO

Quanto à assepsia:

1 - Área não-restrita
 Local de acesso dos profissionais que
trabalham no CC.
 Ex.: vestiários, recepção interna.
Quanto à assepsia:

2 - Área semi-restrita
 Área de atendimento assistencial no pré e pós-operatório.
 Ex.: corredores, guarda de materiais.
Quanto à assepsia:

3 - Área restrita
 Área de atendimento ao paciente no período intra-operatório e
guarda de material estéril.
 Ex.: sala de cirurgia.
Sala de recuperação pós-anestésica

SRPA
 É a área destinada à permanência do paciente logo após o término do ato
anestésico cirúrgico até a recuperação da consciência, eliminação de
anestésicos e estabilização do sinais vitais;

 Deve estar instalada dentro do CC ou nas suas proximidades, favorecendo o


transporte rápido do paciente anestesiado para este local.
Sala de recuperação pós-anestésica

SRPA:
 Permanência do paciente logo após o
término do ato anestésico cirúrgico.
SRPA:

 Varia de acordo com o porte e complexidade do bloco cirúrgico;


 Mínimo = 2 leitos
 Máximo = 12 leitos
 Nº de macas = nº SC + 1 (cirurgia alta complexidade a recuperação = UTI)
 Distância entre leitos = 0,8m
 Distância entre leitos e parede (exceto cabeceira) = 0,6m
Sistemas de Abastecimento, Instalações e
equipamentos básicos:
 O2 c/ fluxômetro;
 Ar comprimido;
 Vácuo clínico;
 Sinalização de enfermagem;
 Tomadas 110 e 220w;
 Foco de luz;
 Monitor cardíaco;
 Oxímetro de pulso;
 Esfigmomanômetro;
Equipamentos e materiais de suporte respiratório:

 Ventiladores mecânicos;
 Máscaras e cateteres;
 Sondas aspiração;
 Carrinho emergência.
SRPA

 Cuidados = Enfermagem + anestesiologista


 Tempo de permanência = 1 a 6h
 Dentro do CC favorecendo o fluxo dos profissionais
SRPA
REFERÊNCIAS

 •BERTAZOLLI, C. Planejamento operatório do ambiente físico. Bloco operatório e


recuperação anestésica. São Paulo, 2015.
 •MOURA, M. L. Enfermagem no centro cirúrgico e recuperação pós-
anestésica. 7. ed. São Paulo: SENAC, 2004.
 •POSSARI, F. Centro cirúrgico – planejamento, organização e gestão. 1. ed. São
Paulo: Iátria, 2004.
 •SANTOS, N. C. M. Centro cirúrgico e os cuidados de enfermagem. 6. ed. São Paulo,
Iátria, 2004.
 •SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Tratado de enfermagem médico cirúrgica. v. 1. 8.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
Dúvidas ?
OBRIGADA!

Você também pode gostar