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Apresentação

Oiê, me chamo Laura, tenho 24 anos, sou formada em auxiliar de


enfermagem (desde 12/2022) atualmente estou cursando o
técnico em enfermagem.
Sou proprietária da conta @enfermagemcomlaura no instagram.
Criei essa conta com o objetivo de ajudar estudantes a facilitarem
seus estudos, com posts e vídeos recheados de conteúdos.
Porém, apenas os posts estavam sendo pouco para a vontade de
criar conteúdos didáticos para facilitar o aprendizado de vocês.
Foi então que resolvi criar os e-books, para ter um espaço maior
para desenvolver mais conteúdos práticos, objetivos, coloridos,
ilustrados e esquematizados para melhor entendimento.
Neste e-book irei falar sobre dispositivos, drenos, cateteres e
sondas, sendo o conceito, indicações, cuidados de enfermagem
de cada um.
Ah, e é claro, mostrarei imagens para vocês conhecerem!
Espero de coração que vocês realmente gostem, e principalmente,
que ajude vocês a aprenderem esse conteúdo tão importante.
Obrigada por adquirir meu e-book, tenha a certeza que tudo aqui
@enfermagemcomlaura
foi feito com muito amor, atenção e carinho para você!
Meu desejo de sucesso e bons estudos!
Com carinho, Laura.

É totalmente proibida a revenda, cópia ou compartilhamento desse conteúdo.


Sondas, drenos e cateteres
Cateteres venosos Cuidados para escolher o sítio de punção para
São utilizados para infusão de soluções, cateteres periféricos de curta permanência
medicamentos, hemoderivados, nutrição parenteral, Evite locais próximos às articulações
quimioterapia, coleta de exames laboratoriais, Evite locais com flebite, infiltração, necrose,
monitorização hemodinâmica invasiva. queimaduras e feridas
Podem ter sua inserção em veia periférica ou veia Dê preferência para veias do antebraço
central, a escolha dependerá da indicação da terapia Quando possível, considerar a preferência
e das condições clínicas do paciente. do paciente e evitar membro dominante
É de responsabilidade da equipe de enfermagem
monitorar sinais flogísticos de todos os cateteres O que levar em consideração para escolher
venosos, que são: dor, calor, hiperemia e edema. o dispositivo de punção e seu calibre
Duração da terapia intravenosa
Cateter Venoso Periférico (CVP) Componentes da solução
Consiste em puncionar uma veia periférica para a Viscosidade da solução
terapia intravenosa. Condições da rede venosa
Podendo ser realizado com dispositivos agulhados Cateter Venoso Central (CVC)
(Scalp), que são indicados para procedimentos
rápidos como coleta de exames de sangue e Consiste na colocação de um cateter em veias
administração de medicamentos intravenosos em centrais como veias jugular, subclávia e femoral,
dose única, ou então, com dispositivos com cateteres sua ponta está localizada na veia cava superior
sobre agulha (Jelco, Abocath, Introcan) que são ou inferior.
indicados para terapias contínuas, podendo Possuem diversos números de lúmen, podendo
permanecer até 72 - 96 horas no local da punção. ser mono, duplo ou triplo lúmen.
É indicado, por exemplo, para administração de
Calibres nutrição parenteral, infusão de grandes volumes,
Jelco e Scalp medicamentos com maior risco de lesão do
endotélio dos vasos periféricos, como drogas
vasoativas e quimioterápicos.

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@enfermagemcomlaura
Sondas, drenos e cateteres
Cuidados de enfermagem com cateter venoso Cateteres Vesicais
Controlar a validade da punção do cateter periférico Consiste na introdução de um cateter pela uretra
Se atentar para queixas do paciente, como dor ou até a bexiga urinária com o objetivo de promover
incômodo no local da punção o esvaziamento vesical quando o paciente não
Não molhar o local, proteger o acesso venoso antes consegue eliminar a urina espontaneamente.
do banho A Resolução COFEN n° 450/2013 normatiza o
Manter sempre a inserção visível para o procedimento de sondagem vesical no âmbito do
monitoramento Sistema COFEN e CORENs. Competências da equipe
Manter o curativo de fixação bem aderido de enfermagem em sondagem vesical:
Se atentar para a presença de sinais flogísticos Enfermeiro - a inserção de cateter vesical (privativa
Higienizar as conexões com álcool 70% antes da do enfermeiro);
administração de medicamentos Técnico de enfermagem - a monitoração e o registro
Manter a permeabilidade do cateter, administrando das queixas do paciente, das condições do sistema
soro fisiológico 0,9% antes e após a administração de drenagem, do débito urinário; a manutenção de
de medicamentos técnica limpa durante o manuseio do sistema de
drenagem; a coleta de urina para exames; a
Cuidados de enfermagem com monitoração do balanço hídrico - ingestão e

cateter venoso central eliminação de líquidos; sob supervisão e orientação


do enfermeiro.
Heparinizar o cateter quando o próximo uso for
ocorrer em um tempo maior que 24 horas e Exemplos de cateteres vesicais
salinizar se o tempo for menor que 24 horas Cateter vesical de alívio, cateter vesical de demora,
Trocar o equipo utilizado para administração de cistostomia, nefrostomia, entre outros.
quimioterápicos antineoplásicos e soroterapia a
cada 72 horas e o de hemocomponentes a cada Cateterismo vesical de alivio
transfusão Nesse tipo de cateterismo, diferente do cateterismo
Trocar o curativo com gazes a cada 24 horas ou vesical de demora, assim que realizado o
sempre que for necessário procedimento em que o cateter é introduzido
Sempre identificar os equipos em uso com data e através da uretra até a bexiga e a urina é eliminada,
horário da instalação e assinatura do profissional o cateter é retirado e descartado.
Identificar e anotar a data, horário e assinatura do É utilizado a sonda uretral. Esse tipo de cateter não
profissional responsável pela punção e curativo do possui balonete.
dispositivo
Observar a presença de hematoma local e
inspecionar o local de inserção do cateter para
detectar precocemente sinais de infecção @enfermagemcomlaura
Sondas, drenos e cateteres
Indicações
Esvaziamento momentâneo da bexiga urinária Manter a sonda bem fixada:
Retenção urinária como em casos de bexiga mulheres: na face interna da coxa
neurogênica ou pós anestesia homens: na região suprapúbica
Verificação do volume residual Realize o controle do débito urinário a cada
Coleta de urina para exames 6 horas, quantificando o volume em mililitros
Infusão de medicamentos e avaliando a cor e o odor
Realizar a higiene íntima a cada 6 horas
Cateterismo vesical de demora
Sempre observe os sinais e sintomas de
Introdução do cateter estéril através da uretra obstrução da sonda
até a bexiga por tempo prolongado.
Possui balonete, utilizado a sonda Foley.
Nefrostomia
Sistema fechado com reservatório. Procedimento cirúrgico ou percutâneo para inserção
do cateter direto no rim.
Indicações Utilizado cateter de polietileno.
Drenagem de urina contínua
Rim
Drenagem de urina no intra e pós-operatório
Controle rigoroso do débito urinário Tubo de
nefrostomia
Irrigação vesical percutânea
Proteger lesões perineais, perianais e vulvares Bexiga
Bolsa
do contato com a urina coletora

Indicações
Descompressão renal e preservação da função
renal, podendo ser temporária ou definitiva.
Sonda de Sonda de
duas vias três vias Cistostomia/Vesicostomia
Cistostomia é um procedimento cirúrgico ou
Cuidados de enfermagem com percutâneo que tem como objetivo criar um trajeto
cateterismo vesical de demora alternativo para a saída da urina da bexiga com a
Não deixe que a saída do sistema de drenagem inserção de um cateter para drenagem.
(bolsa) fique em contato com o chão Vesicostomia é um procedimento cirúrgico que tem
Utilize sempre a técnica estéril para coletar como objetivo criar um trajeto alternativo para a
urina saída da urina da bexiga sem a inserção de um
Não eleve a bolsa coletora acima do nível da cateter para drenagem.
bexiga sem fechar o sistema Utilizado a sonda Foley. @enfermagemcomlaura
Sondas, drenos e cateteres
Indicações
Drenagem da bexiga urinária em situações que Sempre que fornecer a dieta, mantenha a
a uretra não permite seu esvaziamento cabeceira elevada 30 a 45 graus ou em posição
Estenose uretral Fowler
Traumas uretrais Lave a sonda com 20 ml de água filtrada antes
e após a administração de dietas ou
Sonda Nasoenteral
medicações
É indicado quando por algum motivo, o paciente não Após a dieta, mantenha o paciente sentado com
consegue ou não pode se alimentar por via oral. a cabeceira elevada por pelo menos 30 minutos
Utilizado para administração de dieta e medicação. Realize a troca do equipo da dieta a cada 24
A sonda é colocada da narina até o sentido Pré-Pilórico horas, identificando com data e horário da troca
(no estômago) ou Pós-Pilórico (no intestino, duodeno Não esqueça de anotar o volume total infundido
ou jejuno). de dieta e medicamentos durante o plantão
É radiopaca, tem fio-guia e é um procedimento
privativo do enfermeiro. Sonda Nasogástrica
Se faz necessário a realização do raio-x para a liberação
De material em pvc, transparente, flexível e
do uso da mesma, onde é retirado o fio guia após a
atóxico, a sonda nasogástrica é inserida na
confirmação que está no local correto.
narina até o estômago, não é radiopaco e não
tem fio-guia.
Sonda
Esôfago
Indicações
Pós-operatório
Estômago Controlar e mensurar o resíduo gástrico
Esvaziamento gástrico
Intestino Intestino
grosso Coletar conteúdos gástricos para fins
delgado
diagnósticos
Lavagem gástrica
Cuidados de enfermagem com Também pode ser utilizada para alimentação

a sonda nasoenteral
Realize a limpeza com álcool e gaze nas junções Sonda
Nasogástrica
da sonda e equipo antes de instalar a dieta
Mantenha a fixação da sonda sempre íntegra
Não tracione a sonda Esôfago

Para garantir que a sonda não saiu do lugar,


observe a marcação ou numeração da sonda
Estômago
diariamente @enfermagemcomlaura
Sondas, drenos e cateteres
Gastrostomia Jejunostomia
Consiste na criação de uma comunicação entre o É um procedimento semelhante à gastrostomia
estômago e o meio externo. (que pode ser realizado por cirurgia ou por
Pode ser realizada através de um procedimento endoscopia), no qual um cateter é inserido
cirúrgico ou de forma endoscópica (Gastrostomia diretamente no intestino - jejuno através de
Endoscópica Percutânea - PEG). um pequeno orifício no abdome.
Tem como objetivo permitir que a nutrição, fluidos
e medicamentos sejam inseridos diretamente no Cuidados de enfermagem
estômago, sem passar pela boca e esôfago. Higienização do cateter e pele durante o banho
É indicada para longos períodos, tem menor risco Secar local após banho, evite umidade no local
de infecção e maior facilidade de manutenção. Observar presença de secreções, feridas e
granuloma Periestoma
Cuidados de enfermagem Evitar tracionar cateter de forma brusca
Atentar a via correta de administração de dieta
Higienização do cateter e pele durante o banho
e medicamentos
Secar local após banho e evitar umidade no
Realização de flush com água após o uso do
local
cateter na infusão de dietas e medicamentos
Observar presença de secreções, feridas e
Tratar complicações de pele conforme
granuloma Periestoma
protocolo da instituição ou
Evitar tracionar o cateter de forma brusca
prescrição médica
Manter higienização oral 3x dia
Atentar a via correta de administração de dieta
e medicamentos evitar ruptura do balão
Realização de flush com água após o uso do
cateter na infusão de dietas e medicamentos
Tratar complicações de pele conforme
protocolo da instituição ou
prescrição médica
Indicações para
gastrostomia e jejunostomia
Indicado para pacientes que perderam a
capacidade de deglutir os alimentos por
via oral.

@enfermagemcomlaura
Sondas, drenos e cateteres
Sonda de Sengstaken–Blakemore Traqueostomia
Utilizada para estancar hemorragia aguda de varizes Procedimento cirúrgico, realizado pelo médico na
do esôfago pelo tamponamento. região da traqueia para facilitar a chegada de ar
até os pulmões por inserção de uma cânula,
chamada cânula de traqueostomia.

Indicado para obstrução de vias aéreas superiores;


insuficiência respiratória grave; intubação
prolongada; traumatismo da face, faringe, laringe;
Como funciona tumores de faringe, laringe ou traqueia; cirurgias
É uma sonda que possui um cateter de três lúmens de cabeça e pescoço.
e dois balonetes. Um dos balonetes será insuflado
no lúmen do estômago fazendo pressão sobre a
cárdia e o outro será insuflado no lúmen do esôfago
para pressionar as varizes. O terceiro lúmen serve
para fazer a irrigação e drenagem do estômago.

Dispositivos endotraqueais
São utilizados para manter as vias aéreas pérvias
quando existe alguma alteração clínica na qual o
paciente não consegue manter a respiração Tubo de Tubo
espontânea. traqueostomia endotraqueal
Exemplos: anestesia geral, traumas, lesões no
sistema nervoso central.
Os dispositivos mais utilizados são:
Tubo endotraqueal e traqueostomia.

Tubo endotraqueal
Consiste na passagem de um tubo por via oral
(orotraqueal) ou por via nasal (nasotraqueal).
Precisa necessariamente ser acoplado à ventilação
mecânica.
Indicado para insuficiência respiratória, parada
cardiorrespiratória, anestesia ou trauma.

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Sondas, drenos e cateteres
Cuidados de enfermagem Dreno de tÓrax
É necessário medidas para prevenir infecções O dreno de tórax é indicado para remover sangue
pulmonares como pneumonia. (hemotórax), ar (pneumotórax), pus (empiema),
Aspirar as vias aéreas sempre que necessário linfa (quilotórax), ou líquido do pericárdio
Manipular o sistema com técnica asséptica (hidrotórax), consequente de processos
Realizar higiene oral no mínimo a cada 6 horas infecciosos, traumas ou cirurgias.
Manter a cabeceira do leito elevada no mínimo
a 30º
Drenos
Drenos são dispositivos cirúrgicos, utilizados para
remover secreções ou ar em espaços cavitários ou
leito de feridas.
Os drenos cirúrgicos mais utilizados são:
Jackson Pratt (JP), Portovac, Penrose e Dreno de tórax.
Os materiais de fabricação podem ser de látex,
poliuretano e silicone, entre outros.
Trata-se de um dreno tubular acoplado a
Podem ser classificados quanto á forma de ação, uma extensão e um frasco coletor rígido.
como:

Capilaridade – A saída das secreções se dá através Cuidados de enfermagem


da superfície externa do dreno. Não elevar o dreno acima da altura do tórax
sem fechar o sistema
Gravitação – Drenos calibrosos eliminam a secreção Desprezar o débito a cada 24 horas, trocando o
em bolsas coletoras. selo d’água
Realizar controle do débito a cada 6 horas,
Sucção – Tem o estabelecimento de pressão anotando na fita lateral do recipiente e no
negativa na cavidade drenada. prontuário (volume e aspecto)
Observar a oscilação do débito na extensão do
dreno
Drenos e sua forma de ação Sempre fechar o sistema antes de abrir o
Portovac Sucção recipiente
Jackon Pratt Sucção Trocar o curativo da inserção do dreno a cada
Penrose Capilaridade 24 horas ou quando necessário
Dreno de tórax Gravitação Manter dreno sempre fixado
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Sondas, drenos e cateteres
Penrose Cuidados de enfermagem
Dreno de Penrose, de borracha, tipo látex. Manter sempre o dreno em pressão negativa
Utilizado em cirurgias que possibilitam o acúmulo Esvazie periodicamente o dreno, e contabilize
de líquidos infectados ou não, também usado no a quantidade e o aspecto drenado, evitando
pós-operatório. passar da metade
Disponível nos tamanhos 1, 2, 3 e 4. Observe sinais flogísticos e sinais de
deslocamentos do dreno
Realize o curativo utilizando produtos
assépticos e gaze estéril ao redor da incisão

Após a colocação do dreno, deve atentar-se a:

Vermelhidão nas bordas da incisão


Se há um deiscência de suturas (se os pontos
Cuidados de enfermagem que prendem o dreno à pele estão se soltando
Registrar separadamente o volume de cada ou faltando)
dreno na folha de balanço hídrico Se existe rubor no local da inserção
Registrar o aspecto da secreção drenada Se há drenagem na pele ao redor do local do
Atenção para possíveis complicações com o tubo
dispositivo Pus ou fluído grosso
Manter a permeabilidade do mesmo Odor desagradável no local onde a cirurgia foi
realizada
Dreno Jackson Pratt (JP) Febre maior que 38ºC
É um dreno de sucção fechado (funciona com Dores na área da cirurgia
pressão negativa) usado para remover os líquidos
que se acumulam nas áreas do corpo após
cirurgia.
Indicações
Neurocirurgia, cirurgia plástica, cirurgia da face
e pescoço, mastectomia, cirurgia obstétrica e
ginecológica, cirurgia geral e laparoscópica.

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Sondas, drenos e cateteres
Dreno de sucção - Portovac
É composto por um sistema fechado de drenagem
pós-operatória, de polietileno, com resistência
projetada para uma sucção contínua e suave.
É usado para drenagem de líquido seroso ou
sanguinolento, de locais de dissecção ou da área
de anastomoses intraperitoneais.
Seu objetivo é facilitar a coaptação dos tecidos
adjacentes e impedir o acúmulo de soro e a
formação de hematoma.

Cuidados de enfermagem
Realizar curativo diariamente e sempre que
necessário
Sempre posicione o dreno abaixo do nível do local
onde está inserido no paciente
Aferir e anotar o volume do efluente drenado
Não tracionar o dreno
Clampear a extensão do dreno quando for
desprezar o seu conteúdo
Verifique na drenagem a presença de coágulos

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