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URINÁRIA EM IDOSOS
• Água Corporal
• Redução de 20 a 30% da
água corporal total
• Redução mais importante no
conteúdo intracelular
• “Desidratado crônico”
• Maior risco de desidratação
aguda
• Alteração no volume de
distribuição de drogas
hidrossolúveis
COMPOSIÇÃO E FORMA DO CORPO
Sistema Muscular
• Perda de massa muscular – sarcopenia
• Diminuição do peso corporal
• Redução da força muscular, mobilidade, equilíbrio – Quedas
• Menor tolerância a esforço físico
• Diminuição da sensibilidade à insulina – Intolerância à glicose
Massa óssea
• Redução do conteúdo mineral ósseo
• Maior perda de massa óssea após a menopausa
• Redução dos níveis de hormônio do crescimento
• Aumento do paratormônio
Estatura
• Perda de 1 cm por década a partir dos 40 anos de idade
• Aumento da curvatura da coluna vertebral
• Diminuição dos arcos dos pés
• Perda de massa óssea
• Hipercifose torácica
• Achatamento dos discos intervertebrais
Gordura
• Aumento de 20 a 30% na gordura corporal total (2 a
5% por década após os 40 anos)
• Tecido adiposo em menor quantidade nos membros
• Deposição abdominal e visceral da gordura
• Aumento da meia-vida das drogas lipossolúveis
(benzodiazepínicos)
PELE E ANEXOS
Epiderme
Redução do potencial proliferativo
Menor número de melanócitos e de células de Langerhans
Redução da adesão dermato – epidérmica
Redução do turgor
Redução da elasticidade e flacidez
Derme
Redução da espessura
Menor celularidade e vascularização
Degeneração das fibras de elastina
Degeneração das fibras de colágeno
Maior mobilidade
Rugas e Palidez
Glândulas
Redução do tamanho e da função de glândulas sudorípara e sebácea
Sudorese prejudicada – Alteração na regulação da temperatura
Visão Geral
Palidez devido a menor quantidade de melanócitos
Manchas hipercrômicas em áreas expostas ao sol – face e dorso das
mãos
Melanose senil
Púrpura senil pele e subcutâneo menos espessos + trauma
Pelos
Redução geral dos pelos em todo o corpo, exceto narinas, orelhas e
sobrancelhas
Perda da pigmentação dos pelos – cabelos brancos
Inativação de células do bulbo capilar – queda de pelos e calvície
Unhas
Tornam-se frágeis, sem brilho, com estriações longitudinais e
descolamento
Grau de crescimento progressivamente menor
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Retardo no enchimento do ventrículo esquerdo
Endurecimento e espessamento da parede ventricular esquerda
Menor frequência cardíaca em repouso
Menor frequência cardíaca máxima induzida por exercícios
Espessamento das válvulas cardíacas (mitral e aórtica) Sopros
Aumento progressivo da pressão arterial
Aumento da resistência vascular periférica
Rigidez vascular
Fibrilação atrial – Arritmia mais comum em idosos
Hipotensão postural
Capacidade homeostática limitada
Aterosclerose
Reserva funcional diminuída
Maior dificuldade de adaptação à sobrecarga
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Rigidez da parede da torácica
Perda da retração elástica dos pulmões
Perda da capacidade respiratória máxima
Menor capacidade de troca de oxigênio e monóxido de
carbono ao nível alveolar
Reflexos pulmonares como tosse e função ciliar reduzidos
Predisposição de indivíduos idosos ao acúmulo de
secreções
Obs.: A maior parte das alterações respiratórias e
cardiovasculares não são perceptíveis ao repouso, mas são
notáveis em situações de tensão, quando os mecanismos
de compensação são superados.
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Boca
Atrofia das papilas gustativas
Desgaste e perda de dentes – agravo pelo tabagismo
Redução do funcionamento dos músculos da mastigação
Tendência a engolir maiores quantidades de alimentação
Dificuldade de fala
Esôfago
Progressiva redução da inervação intrínseca da
musculatura lisa do esôfago – Presbiesôfago
Aumento da frequência de contrações não propulsivas
Distúrbios funcionais do esfíncter esofágico superior e
inferior
Disfagia esofágica
Estômago
Gastrite atrófica
Declínio na produção de secreção ácida do estômago
Acloridria – Deficiência na absorção de ferro
Maior tempo de esvaziamento gástrico
Alterações nos mecanismos de proteção gástrica - menores
quantidades de bicarbonato e prostaglandinas
Maior sensibilidade a agentes agressores, como AINES
Aumento da prevalência de colonização pela H.pylorii
Fígado
Redução do peso do fígado (perda de hepatócitos) – 30 a 40%
Menor síntese proteica
Menor fluxo sanguíneo hepático
Redução da secreção de albumina e glicoproteínas
Alterações na farmacocinética de medicamentos que têm ligação
com a albumina. Ex: antipsicóticos
Menor capacidade de metabolização hepática de drogas
Pâncreas
Redução do peso
Dilatação do ducto principal
Proliferação do epitélio ductal e formação de cistos
Fibrose
Menor secreção de lipase e bicarbonato
Intestino Delgado
Redução da altura das vilosidades da mucosa
Possíveis alterações na absorção
Redução da superfície mucosa e de absorção
Cólon
Diminuição do fluxo sanguíneo
Atrofia da mucosa
Enfraquecimento muscular
Aumento da prevalência de constipação
Predisposição à diverticulite
SISTEMA GÊNITO-URINÁRIO
Rim
Diminuição do peso renal
Menor área de filtração glomerular
Redução no ritmo de filtração glomerular
Esclerose dos vasos renais
Redução do número de glomérulos a partir da quarta década
Reserva funcional reduzida em 50% aos 70 anos
Bexiga e uretra
Quebra do equilíbrio entre a musculatura voluntária e lisa
Denervação da bexiga
Enfraquecimento da musculatura da bexiga
Redução da força de contração
Maior volume residual
Menor capacidade de armazenamento
Sistema genital feminino
Hipoestrogenismo
Atrofia do útero e ovários
Atrofia da mucosa vaginal e menor secreção glandular
Maior chance de infecções gênito – urinárias
Atrofia das glândulas mamárias e substituição por tecido
adiposo
Enfraquecimento dos ligamentos de sustentação das mamas
• Gestação
• Parto
• Cirurgias
ginecológicas
• Deficiência anatômica
PERÍNEO
Períneo Feminino
Períneo Masculino
FISIOLOGIA DA MICÇÃO
• Redução da contratilidade e da
capacidade da bexiga;
• Declínio da habilidade para
retardar a micção;
• Aumento do volume residual
(devido contratilidade
reduzida);
• Aparecimento de contrações
vesicais não inibidas do
detrusor;
• Alterações da mobilidade e da
destreza manual.
Alterações Ocorre
Mundo
28 a 41% 17 a 27%
Brasil
Idade Homens Mulheres
Idosos na 60 a 74 8,9% 22,2%
Comunidade + 74 23,8% 38,6%
Hiperatividade ou Hipoatividade
Detrusor
Flacidez músculo pélvico
Estabelecida Alteração pressão uretral
Obstrução saída vesical
Distúrbio funcional
Tipos Características
Incontinência Perda involuntária de urina precedida por desejo súbito
Urinária de Urgência de urinar (urgência).
(IUU)
EAS, urocultura,
glicemia, calcemia,
função renal, B12,
PSA;
Avaliação do volume
residual pós-
miccional;
Urodinâmica
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
MODIFICAÇÕES AMBIENTAIS TÉCNICAS CORPORAIS
Barreiras externas
Relacionadas à forma como foram • Desvalorização da queixa pelos
atendidos pelos profissionais de profissionais de saúde
saúde e a não resolução do • Resolução frustrada
problema quando procuraram
tratamento.
Concepções sobre a IU e o tratamento:
• Maior parte dos idosos não procura ou solicita qualquer tipo de atendimento
e/ou ajuda de profissionais;
• Acreditam que a perda urinária é inerente ao processo de envelhecer;
• Consequência esperada das gestações e partos;
• Não há forma de resolver;
• Não é um problema importante, não podem priorizar;
• Não precisa tratar porque existem problemas piores;
• Medo da cirurgia - desistência do tratamento.
Acomodação:
• Longo período de convivência com a IU → idosos se acomodem à
situação;
• IU não incomoda ou prejudica;
• Perdem pouca quantidade de urina ou somente quando ficam com
gripe.
Desvalorização da queixa pelos profissionais de saúde:
• Queixa não valorizada pelo profissional de saúde
• Desestímulo para procurar algum atendimento
• Mesmo com a indicação de algum tratamento, do ponto
de vista dos idosos, não há solução para o problema
• Acham mais fácil conviver com a IU, se adaptando de
alguma forma.
Resolução frustrada:
• IU piorou após realização de cirurgia (Perineoplastia)
• Algumas idosas se submeteram mais de uma vez, porém
sem solução
Para que essas barreiras deixem de existir é
necessário:
Nova estruturação dos serviços voltados ao
atendimento dos idosos com IU
Que os profissionais de saúde se conscientizem
quanto à importância e necessidade do seu
aperfeiçoamento no que se refere ao atendimento ao
idoso incontinente
Que essas barreiras sejam retiradas da relação
idoso-profissional de saúde
Que o idoso com IU receba os devidos
esclarecimentos sobre a sua condição.
Fim
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