envelhecimento; Pé Neurológico ; Paciente Oncológico. Introdução A longevidade é, sem dúvida, um triunfo. Há, no entanto, importantes diferenças entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento. Enquanto, nos primeiros, o envelhecimento ocorreu associado às melhorias nas condições gerais de vida, nos outros, esse processo acontece de forma rápida, sem tempo para uma reorganização social e da área de saúde adequada para atender às novas demandas emergentes. Para o ano de 2050, a expectativa no Brasil, bem como em todo o mundo, é de que existirão mais idosos que crianças abaixo de 15 anos, fenômeno esse nunca antes observado. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) define envelhecimento como “um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte”. O envelhecimento pode ser compreendido como um processo natural, de diminuição progressiva da reserva funcional dos indivíduos – senescência - o que, em condições normais, não costuma provocar qualquer problema. No entanto, em condições de sobrecarga como, por exemplo, doenças, acidentes e estresse emocional, pode ocasionar uma condição patológica que requeira assistência - senilidade. Cabe ressaltar que certas alterações decorrentes do processo de senescência podem ter seus efeitos minimizados pela assimilação de um estilo de vida mais ativo. FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO Os idosos usam suas reservas fisiológicas para manter a homeostase. Quando as reservas são necessárias para suprir aumento das demandas de doenças agudas, ocorre falência dos sistemas. Nossos órgãos e tecidos têm um turnover celular diferente e um padrão de envelhecimento também diferente. Abaixo serão apresentadas as principais alterações em órgãos, tecidos e sistemas no organismo humano, advindas do envelhecimento. A PELE Há mais de 150 anos, a pele foi descrita por Virchow como um envoltório com função de revestimento e proteção a órgãos mais complexos (VIRCHOW, 1860). Durante os últimos anos, no entanto, estudos têm demonstrado que a pele também é um órgão funcionalmente sofisticado. Suas interações celulares e moleculares são complexas e ocorre renovação e reparo de seus componentes a todo o momento. É um tecido altamente dinâmico, capaz de responder a alterações no ambiente externo e interno e isto permite que muitas das manifestações do organismo se expressem por alterações cutâneas. O controle hemodinâmico, o equilíbrio hidro-eletrolítico, a termorregulação, o metabolismo energético, o sistema sensorial e a defesa contra agressões externas dependem da sua viabilidade. A pele desempenha funções específicas em cada região do corpo e as estruturas que a compõem variam de acordo com o sítio anatômico. As regiões palmo-plantares, por exemplo, possuem uma maior queratinização e ausência de pelos, e estão mais adaptadas à abrasão. As extremidades das falanges distais possuem grande número de receptores sensoriais, o que determina uma elaborada função tátil. As regiões ungueais adquirem uma espessa camada de queratina durante a diferenciação celular, caracterizando a rigidez das unhas. Histologia Cutânea
O padrão histológico da pele pode ser definido a
partir das três camadas que a compõem: epiderme, derme e hipoderme. A epiderme é um epitélio de revestimento e encontra-se firmemente acoplada ao tecido conjuntivo subadjacente do qual recebe suporte, a derme. Abaixo da derme reside um tecido conjuntivo frouxo, a hipoderme, que contém gordura EPIDERME Tempo de turnover aumentado em 50%; Junção derme epiderme mais delgada; Queda de 10 a 20% por década dos melanócitos, ocasionando queda da fotoproteção; As Células de Langerhans diminuem 40%, produzindo resposta de hipersensibilidade tardia; Diminuição da Pró vitamina D3. DERME Queda de 20% da espessura; Diminuição da celularidade; Diminuição microvasculatura alterando a termorregulação; Queda de 50% mastócitos com consequente reação de hipersensibilidade imediata. Principais consequências das alterações da pele provocadas pelo processo de envelhecimento: Prejuízo na cicatrização; Diminuição na tensão da pele; Diminuição da capacidade proliferativa; Susceptibilidade a lesões como Ulceras por Pressão; Diminuição da microvasculatura; Diminuição na percepção sensorial; Susceptibilidade a infecções. Alterações na Audição Com o envelhecimento ocorre diminuição da habilidade de ouvir frequências mais altas resultante da degeneração de células dos órgãos e dos sentidos, o que repercute em dificuldade de ouvir vozes femininas ou de crianças, conversas telefônicas e televisão. Alterações no Paladar Ocorrem alterações e mudanças degenerativas nas células, contudo não há alterações no número de papilas gustativas. Ocorre ligeira diminuição da capacidade de detectar o gosto salgado. Alterações no Olfato Observa-se redução da capacidade discriminatória para diferentes odores e redução do clearance mucociliar. Alterações na Visão As principais alterações na visão estão abaixo descritas: Redução diâmetro pupilar; Reação pupilar à luz mais lenta; Redução gordura retro-ocular; Disfunção dos músculos extra-oculares. Estas alterações geram quadro de declínio nos seguintes aspectos: Redução da capacidade de acomodação; Diminuição de acuidade visual com pouco contraste; Quedada adaptação a ambientes escuros; Quedada tolerância ao brilho; Rebaixamento da discriminação das cores; Quedada capacidade de leitura; Queda do campo visual atencional (percepção de estímulos). Alterações na Composição Orgânica Ocorre aumento da gordura corporal, diminuição da massa muscular magra e mudança no metabolismo do hormônio do crescimento. O gasto de energia diária, diminui com a idade. Além disso, a diminuição da água corporal gera encolhimento de órgãos, diminuição da altura e do peso. Com exceção da próstata, coração e pulmão, os demais órgãos internos diminuem de tamanho com a progressão do envelhecimento. Alterações no Sistema Cardiovascular No jovem, o débito cardíaco é mantido pelo aumento da frequência cardíaca gerando estímulo adrenérgico. No Idoso diminui o simpático, coração fica menos responsivo produzindo um declínio da função de receptores. O idoso depende do enchimento ventricular (pré-carga). O tônus autonômico diminui com a idade, bem como variabilidade da frequência cardíaca. O relaxamento ventricular fica mais dependente de oxigênio e energia. A diminuição da pressão parcial de oxigênio prolonga o relaxamento, aumentando a pressão diastólica ocasionando congestão pulmonar e disfunção diastólica. Coração A diminuição do miócitos e o aumento da quantidade de colágeno, diminui a complacência. A substituição do tecido autônomo por tecido conectivo e gordura, causa anormalidades na condução o que aumenta a possibilidade de arritmias, tais como: síndrome do nó sinusal, arritmias atriais, bloqueio de ramos. Vasos
Ocorre espessamento da média dos vasos o que aumenta
a rigidez da parede do vaso, produzindo aumento da resistência do trato de saída. Ocorre ainda aumento da Pressão Arterial Sistêmica e Hipertrofia compensatória. A complacência ventricular fica diminuída. Alterações do Sistema Respiratório As principais alterações no aparelho respiratório estão abaixo descritas: Diminuição complacência da parede torácica; Diminuição de força da musculatura respiratória; Perda de elasticidade pulmonar, ocasionando aumento da complacência alveolar, colapso de vias aéreas menoresrepresamento de ar; Colapso de vias aéreas menores, ocasionando desigualdade de ventilação e perfusão declínio da PO2(0,3-0,4 mmHg/ano); PCO2 inalterada. Alterações no Sistema Renal No período de 25 a 85 anos, aproximadamente 40% do néfrons ficam escleróticos, o restante sofre hipertrofia. Além disso, ocorre atrofia da arteríola aferente e eferente e redução das células tubulares, provocando um fluxo plasmático renal diminuído em 50%. Ocorre declínio na taxa de filtração glomerular de 45% daqueles com idade superior a 80 anos. Representando redução do clearance de creatinina (0,75ml/min/ano). Alterações no Trato Urinário Inferior
Aumento da quantidade de colágeno e diminuição da
distensibilidade, causando prejuízo no enchimento vesical: Hiperplasia prostática piora enchimento da bexiga Estrógeno e resposta do tecido ao hormônio. Mudanças no esfíncter uretral Alterações do Trato Gastrintestinal Alterações no Sistema Hepatobiliar
Dentre as principais alterações neste sistema destacam-se:
• Diminuição do número e peso total de hepatócitos; • A síntese proteica permanece preservada; • Proliferação do ducto biliar; • Diminuição do fluxo sanguíneo hepático, bem como do sistema retículo-endotelial, da síntese do colesterol e da produção da bile. Alterações no Sistema Nervoso Central
Na função intelectual entre a faixa de 20 a 30 anos, nota-se
um pico de expansão. Até os 80 anos identifica-se plateau e após esse período esta função sofre declínio importante. Do ponto de vista anatômico, observa-se redução das circunvoluções e ampliação dos sulcos cerebrais e uma redução importante da função dos neurotransmissores. Essas alterações impactam diretamente na plasticidade cerebral. Confira outras alterações referentes ao sistema nervoso central: Declínio no controle postural; Declínio da sensação tátil; Declínio da sensação vibratória; Sabor, cheiro, apetite e sede são afetados pelo envelhecimento; Diminuição da acuidade visual e da noção de profundidade; Diminuição da sensibilidade aos sons diferentes; Diminuição da propriocepção; Dificuldade de adaptação em ambientes diferentes, risco de delirium e quedas. Alterações no Sistema Imune
A imunossenescência implica no declínio da
competência imune que acompanha o envelhecimento. Nesse sistema há o aumento da suscetibilidade a infecções, de autoanticorpos e imunoglobulina monoclonal e tumorigênese. Alterações no Sistema Hematológico
Efeitos negativos são vistos com o aumento da demanda
hematopoiética:
Aumento pequeno de hemoglobina em resposta à queda
da Pressão atmosférica;
Queda progressiva das reservas hematopoiéticas;
Aumento da suscetibilidade à anemia no stress fisiológico. Existe uma diminuição paradoxal de células da medula em resposta a infecção e a anemia: Níveis insuficientes de eritropoetina; Níveis insuficientes de fatores do crescimento; Diminuição da sensibilidade destes fatores mediado por citocinas inflamatórias. ANATOMIA DO PÉ O estado de saúde do pé do idosos abrange um aspecto mais amplo do que nos demais pacientes, pois incluem doenças crônicas, doenças recorrentes, ou até mesmo doenças conjuntas. Dentre estas analise levam-se em consideração: diabete do tipo II, atrite, hipertensão, osteoporose e arteriosclerose. Os pés podem sofrer de flebites, varizes, câimbras, hipotermia, ulcerações, reumatismo também podem ser afetados pelos fungos nas laminas, nas interdigitais e até mesmo nas plantas dos pés; dando abertura para entrada de bactérias, podendo adquirir ensipela e até outras doenças. (LEE GOLDMAN, ANDREW I. SCHAFER, 2014) PÉ ESTÁTICO ESPECIFICAÇÕES GERIÁTRICAS Com o envelhecimento da população, a prevalência de transtornos mentais aumenta, assim como a perda de mobilidade, um fator de desconforto e uma diminuição na expectativa de vida. A perda de equilíbrio representa a principal limitação do bipedismo e alguns distúrbios estáticos do pé, que causam que é irritante ou mesmo doloroso usar sapatos, eles também têm muito O que ver sobre isso? Após 70 anos, a maioria dos distúrbios estáticos descompensam e sua morbidade está associada a outras complicações. geriatria de ordem metabólica (diabetes), vascular (arterite), neurológica, reumatológica . Pé Valgo
O valgo, que associa dois movimentos, pronação e
abdução, em dois planos de espaço, frontal e transversal, respectivamente, encontra-se acima de tudo no pé chato e, às vezes, no pé cavo. Fisiológico no adulto, seu sotaque representa um distúrbio estático especialmente frequente na parte posterior do homem idoso, frequentemente associado a um hálux valgo que favorece a inclinação do calcanhar. No pé valgo encontramos duas etiologias principais: a valgo progressiva, constitucional e violenta, geralmente degenerativa. Todo valgo é acentuado com a idade sob os efeitos de diferentes fatores mecânicos de desgaste, como desidratação, calçados de salto alto, atividades profissionais em posição ortostática, especialmente com pisoteamento, alguns distúrbios neurovasculares ou metabólicos (hiperglicemia, hiperlipidemia ...) e iatrogenia (infiltração de corticosteroides, certos medicamentos). Todos eles favorecem retratações e perda de flexibilidade tendinomuscular. Tratamento Depende da fisiopatologia. Medicamentos alérgicos ou anti- inflamatórios geralmente são ineficazes e a infiltração de corticosteroides é bastante nefasta, exceto em artropatia degenerativa complicada com um valgo antigo; em troca, favorece a quebra em caso de lesão tibial posterior. Órtese plantar com cunha subnavicular, que atua como uma parada que limita a pronação, é eficaz e suficiente no caso de um valgo ligeiramente acentuado e relativamente redutível no comando. Pé Varo
Supinação de adução da parte de trás do pé é uma desordem
simétrica estática do valgo, mas muito mais rara em idosos. Duas razões essenciais explicam essa raridade: o varismo e sua baixa tolerância clínica, devido à ineficácia do sistema de suspensão do pé, beneficia de uma correção cirúrgica normalmente perante os idosos Frequentemente associado ao pé cavo, o varo permanece flexível e redutível. Nas Outras etiologias (neuropatia, artrite reumatóide, sequelas traumáticas, etc.), o varo pouco redutível favorece as tarsalgias laterais. Em um centro de longo prazo de um serviço gerontológico, aproximadamente 6% encontram-se varismo eqüino permanente de origem principalmente neurológica. O equinismo acontece às retrações capsuloligamentares ou cutâneas (feixe esclerosante de insuficiência venosa), à permanência prolongada no leito, às sequelas de algodão pós-traumático, hemiplegia, patologias reumáticas, poliomielite ... Os raros pés masculinos sempre descompensam a pessoa idosa capaz de andar. Causam lesões por sobrecarga da extremidade lateral do pé: frequentemente dureza dolorosa sob a base e / ou cabeça do quinto metatarsal, dedos sobre garra. As repercussões subjacentes não são excepcionais: gonalgia lateral, coxalgia, lombalgia. O tratamento O tratamento cirúrgico da haste do calcanhar, principalmente com base na osteotomia do calcâneo, raramente é justificado em idosos. Dedos em Garra Garra ou dedo camptodactilia, deformação no plano sagital, representa o distúrbio estático mais frequente, com uma taxa de 60 a 80% de acordo com estudos, em pessoas com mais de 70 anos. O diagnóstico é evidente, pois, no idoso, o dedo da garra é muito deformado, pouco ou nada redutível e de todos os tipos clínicos ) garra proximal ou dedo do pé do martelo (descarga retrocapital), dedo sobre garra distal (calçado muito curto) e dedo em garra total (multifatorial). O tipo de Garra determina as áreas de abaulamento onde a hiperceratose, muitas vezes volumosa e dolorosa, é formada em pessoas idosas que não podem praticar a boa higiene diária dos pés: corte de unhas, preenchimento de hiperceratose. A evolução tem outras consequências clínicas: Ruptura da placa plantar devido a uma síndrome de instabilidade dolorosa de uma articulação metatarsofalângica. A garra torna-se funcional e o dedo luxates progressivamente no lado dorsal do pé Os dedos adjacentes se desviam, ocupando o vazio criado pelo dedo deslocado. Esta clinodactilia diminui sua capacidade funcional, causando metatarsalgias estáticas. Nos idosos, a negligência dessas condições, além do risco de infecção, pode levar a uma redução significativa na qualidade e quantidade da marcha com consequências muitas vezes dramática (queda, perda de autonomia ...). É por isso que é essencial realizar um exame dermatológico e ungueal completo. AS PATOLOGIAS DERMATOLÓGICAS DO PÉ GERIÁTRICO Pé seco e hiperqueratótico Essas duas patologias, que agrupamos desde que geralmente aparecem associadas, são os mais frequentes nos idosos, juntamente com atrofia plantar e hiperqueratose mecânica. O pé seco, quase sistemático nos idosos, tem sua origem em uma particularidade anatomofisiológica da pele glabra das palmeiras e plantas: ausência total de glândulas sebáceas e abundância de glândulas sudoríparas écrinas. Assim, a função desempenhada pelo sebo nas partes restantes do corpo (lubrificação, flexibilidade, hidratação ...) no pé é realizada pelo suor, que Contém um certo número de substâncias capazes de preservar a hidratação de camada córnea da pele e manter sua extensibilidade e elasticidade No entanto, a partir dos quarenta anos, as glândulas sudoríparas apresentam aplasia progressiva que se acentua com o passar do tempo, a transpiração torna-se "confidencial" ao atingir setenta anos. Este fenômeno de anidrose é acompanhado por suas manifestações clínicas tradicionais: pele seca, áspera, às vezes quente e dolorosa. A esta hipersecreção sudoral que explica o pé seco são acrescentadas modificações na epiderme que causam hiperqueratinização da camada córnea. Hiperqueratose mecânica
Estas manifestações patológicas não são exclusivas dos
idosos, uma vez que você pode ter uma hiperqueratose ou um heloma em qualquer idade, mas o experiência mostra que é nos nossos idosos onde os encontramos com maior frequência Esta é a razão mais frequente para consulta em podologia. Lembre-se do mecanismo de formação destas hiperqueratose: a pele atacada por microtraumas repetidos devido ao calçado reagirá ao nível do corpo mucoso de Malpighi através da proliferação celular. as células morrerão prematuramente e se juntarão na camada córnea, o que adquirirá uma espessura exuberante. É o primeiro estágio, ainda chamado de "fase de hiperqueratose". Na ausência de tratamento, a evolução passará pelos seguintes 2 estágios. uma "fase de higroma" na qual uma bolsa de fricção serosa é formada entre o queratoma constituído e a parte óssea supra ou subjacente; uma "fase da doença óssea", que é rara e geralmente se materializa em uma periostite que resulta em inflamação e infecção do higroma.
A etiologia é sempre a mesma, independentemente da
localização da lesão: uma causa determinante: calçado;causas de múltipla predisposição: hálux valgo, dedos em garra, parte anterior do pé reumatoide, pé cavo, valgo ou calcâneo em varo ...; em resumo, distúrbio estático de um dedo, pé, membro inferior ou distúrbio da marcha. Estas queratoses mecânicas respondem a diferentes denominações dependendo de sua aparência e especialmente de sua topografia: Um heloma é um endurecimento que é preferencialmente colocado na face dorsal de um dedo, ao nível de uma união interfalangeana ou entre dois dedos. É uma unha ceratótica nucleada que irrita as terminações nervos da derme. Uma hiperqueratose normalmente responde à agressão de uma cabeça metatarsal, isto é, na face plantar. Mais extensa e pior definida do que um heloma, falta um núcleo, mas tem uma ou mais pontas da córnea. Sua dor é comparável ao heloma. Assim, é conveniente lembrar que, na grande maioria dos casos, um A hiperqueratose mecânica é a assinatura da pele de um distúrbio estático. Isto implica que o tratamento do paciente deve ser feito em dois níveis: uma abrasão mecânica queratótica, por um lado, e a adaptação de uma órtese que evita recaídas ou, pelo menos, melhorar o quadro clínico, por outro. Fragilidade infecciosa, fúngica e cicatricial Este é o último ponto que marca o envelhecimento da pele: a fragilidade da infecção e a dificuldade de cicatrização. Agora, a pele do pé - cujo papel protetor é a principal função - está sujeita a agressões permanentes do ambiente externo: agressões traumáticas, mas também microbianas, e fúngicas. Antes de uma úlcera - até benigna - no pé do idoso, é detectado um atraso na cicatrização devido à deficiência de colágeno, mas tudo para os riscos de superinfecção principalmente relacionados com a modificação do filme superficial da pele Este filme, chamado película protetora ou filme lipoácido, consiste em um complexo magma de secreções (suor + sebo de pescoço e áreas perimaleolares), de células queratinizadas e microorganismos cuja origem não é totalmente conhecida. A composição dessa flora cutânea parece um "pequeno mundo transbordante“ de bactérias, fungos e especialmente estafilococos que, com a idade, "compartilham poder" com o estreptococo, enquanto a cândida, anteriormente saprófito, torna-se patogênico. A especificidade da flora cutânea do pé geriátrico é encontrada em dois níveis a presença de bactérias gram - enquanto o resto do corpo é sobre gram + ; a importância de Candida albicans, que explica o famoso "pé de atleta", principalmente devido a dermatófitos no indivíduo jovem e que são geralmente a causa mais provável de intrigo na pessoa idosa Assim, a modificação dessa flora cutânea superficial relacionada a diminuição do filme lipoácido explicará as dificuldades de cicatrização e a frequência das condições fúngicas (micose cutânea e onicomicose) nos idosos. O tratamento de um mycosis e especialmente de um onychomycosis, deve começar-se sistematicamente com uma extração com o exame laboobacteriological de laboratório para confirmar o diagnóstico, desde que a duração do tratamento não deve deixar espaço para o erro. Um fungo raramente precisa de tratamento oral, mas haverá insistir na duração da aplicação dos antifúngicos locais: mínimo de 3 semanas para evitar recaídas. Uma onicomicose impõe tratamento sistêmico em caso de condição matricial. Será acompanhado por um tratamento local com verniz antifúngico associado a uma abrasão mensal do limbo. A duração do tratamento dependerá da extensão das lesões, mas raramente será inferior a um ano na pessoa mulher velha em que o crescimento das unhas é muito lento Causas que favorecem envelhecimento do pé Causas internas: são aquelas decorrentes do envelhecimento intrínseco, sem Esquecer que não somos todos iguais na velhice. Nós vamos considerar: a herança que induz diferentes tipos de pele; modificações hormonais entre as quais a menopausa desempenha um papel de liderança e explica, em parte, a preponderância feminina de Infecções podais. As causas externas são numerosas, pois são todas aquelas que contribuem para um envelhecimento prematuro do tecido conjuntivo. calçado em geral e mulheres em particular; doenças sistêmicas que afetam o sistema musculoesquelético; distúrbios estáticos do pé e membros inferiores; higiene, que será mais precária em pessoas idosas que tenham dificuldades em alcançar os pés; o modo de vida em que a hiper-aplicação do indivíduo ativo levará a uma patologia de sobrecarga comparada à pessoa sedentária. AS PATOLOGIAS UNGUEIAS DO PÉ GERIATRICO
Hematoma do hálux subungueal:
Esta condição é comum, especialmente se for um pé egípcio com proeminência do primeiro dedo do pé. A lesão é representada por uma mancha escura Normalmente muito doloroso, o que afeta toda a placa ungueal e, às vezes, faz com que a unha caia. É uma consequência do atrito repetido de a parte frontal do sapato contra a extremidade distal do primeiro ou segundo dedo, ou consecutiva a um golpe ou pressão significativa no dedo. O melanoma de unha é o principal diagnóstico diferencial. Nos idosos a evolução é lenta, uma vez que a taxa de crescimento das unhas estão diminuídas. Além disso, as unhas espessam (engrossam) ao contrário das da mãos que afinam. LESOES POR PRESSÃO NO PÉ GERIATRICO O envelhecimento da pele é acompanhado por mudanças notáveis na qualidade do epitélio da pele e no tecido de suporte. Função de proteção da pele É dificultado: é mais facilmente ferido. Além disso, com o avanço da idade diminui a imunidade e os tecidos, que são feridos mais rapidamente, são Eles defendem pior. Desnutrição e desidratação frequentemente presentes Os idosos também afetam a resistência dos músculos e tegumentos. Todas essas modificações inerentes ao envelhecimento, especialmente expõem aos idosos para o desenvolvimento de úlceras por pressão, isto é, escaras. De fato, a prevalência de escaras é muito alta entre os pacientes geriátricos e os 70% das úlceras hospitalares correspondem a pessoas com mais de 70 anos. A escara é uma consequência de uma necrose tecidual desenvolvida durante compressão mais ou menos prolongada de tecidos suaves entre uma proeminência óssea e uma superfície externa. O pé, pela sua constituição anatômica, é especialmente vulneráveis ao desenvolvimento desses tipos de lesões. Finalmente, particularmente quando afeta a pele, a lesão afeta a caminhada e o estado de dependência do idoso e, consequentemente, ameaça a qualidade de vida e a autonomia da pessoa. Fatores predisponentes feridas nos pés A pressão representa um papel determinante. A intensidade, duração e superfície em que esta pressão é aplicada são tantos fatores que influenciam a constituição e gravidade de uma escara. O pé, que tem múltiplas protuberâncias ósseas, coberto por uma espessura mínima da derme, é especialmente exposta à formação de úlceras de pressão que aparecem principalmente nos calcanhares (decúbito dorsal); no maléolo, interno ou externo (decúbito lateral), e também nas extremidades interna ou externa do pé, especialmente sobre a cabeça do primeiro ou quinto metatarsos, ou mesmo na polpa dos dedos, pelo simples peso dos cobertores. Fatores intrínsecos relacionados à pessoa Idade: o envelhecimento da pele é acompanhado por uma fragilidade da membrana basal do epitélio da pele, um abrandamento na multiplicação celular nesse mesmo epitélio, uma perda de colagénio ao nível do tecido conjuntivo de suporte e uma perda de elasticidade do este tecido. Todas as situações que favorecem a redução do fluxo sanguíneo, hipoperfusão vascular e "hipoxigenação" periférica. Todas as situações que geram uma diminuição na sensibilidade. Todas as situações que favorecem a imobilização ou diminuem a mobilidade Classificação da úlcera de acordo com sua profundidade e o Painel Consultivo Nacional de lesão por Pressão Estágio I = eritema cutâneo que não amolece sob pressão, sem ruptura do forro da pele. Estágio II = lesão cutânea, condição da epiderme e parte da derme. Isto é desdidermização por abrasão ou flictena simples. Estágio III = lesão de pele que afeta todas as camadas da pele, mostrando uma imagem de necrose localizada da pele e dos tecidos subcutâneos, com ou nenhum descolamento periférico. Estádio IV = destruição profunda do tecido que pode afetar a fáscia, a tendões, cápsulas articulares ao osso. Lesões com um caminho fistulosas ao osso ou com um esvaziamento ao longo das bainhas do tendão são classificadas no estágio IV. CASO CLINICO 1 DE ACORDO COM A FIGURA CLASSIFIQUE A LESÃO POR PRESSÃO E INDIQUE O TRATAMENTO ADEQUADO. CASO CLINICO 2 Bons Estudos