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A saúde no idoso e o aconselhamento na

farmácia – UFCD 10173


Biologia da idade – o envelhecimento celular, dos tecidos e
dos órgãos

O corpo muda com o envelhecimento - ocorrem


mudanças nas células individuais e consequentemente nos
tecidos e órgãos. Dessas mudanças resultam mudanças na
função e na aparência.
Envelhecimento celular
Á medida que as células envelhecem a sua função detiora.

Finalmente, as células velhas acabam por morrer, como


uma parte normal do funcionamento do corpo.
O envelhecimento pode ser definido como um processo

deteriorativo progressivo e irreversível, característico da


maioria dos sistemas e que, por ser progressivo, há uma grande
probabilidade de morte, seja de uma célula, um tecido, um
órgão ou mesmo de um indivíduo (ALVAREZ & JAVIER, 1999; ESBÉRARD,
1999).

É um processo muito complexo, influenciado pela estrutura

genética do indivíduo, estilo de vida e pelo meio ambiente


(LEME, 2002).
As células velhas às vezes morrem porque são
programadas para isso.
Os genes das células programam um processo que,

quando disparado, resulta na morte da célula.


Esta morte programada, chamada apoptose, e é um tipo

de morte celular.
A apoptose é o mecanismo pelo qual a célula se

autodestrói de modo já programado, ou seja, as células


somáticas normais possuem um relógio biológico, que,
mais cedo ou mais tarde, ativa um programa genético de
morte celular programado
Às vezes, o dano a uma célula causa diretamente a sua

morte.
As células podem ser danificadas por substâncias, como a

radiação, a luz do sol e medicamentos citostáticos. As


células também podem ser danificadas por certos
subprodutos de suas próprias atividades normais.
Esses subprodutos, chamados radicais livres, são
libertados quando as células produzem energia.
Envelhecimento dos órgãos
Os órgãos funcionam bem dependendo do quanto as suas

células funcionam bem.


Células velhas funcionam pior.

Além disso, em alguns órgãos, as células morrem e não

são substituídas, assim, o número de células diminui.


O número de células nos testículos, ovários, fígado e rins

diminui acentuadamente conforme o corpo envelhece.


Quando o número de células se torna muito baixo, um

órgão pode não funcionar normalmente.


Assim, a maior parte dos órgãos funciona pior com o

envelhecimento…..
 Um declínio na função de um órgão, seja devido a

um distúrbio ou ao envelhecimento em si, pode


afetar a função de outro.
 Por exemplo, a arteriosclerose estreita os vasos
sanguíneos, por exemplo até os rins,
consequentemente os rins funcionam pior, porque o
fluxo de sangue que chega até eles é reduzido.
Ainda que a maior parte das funções permaneça

adequada, o declínio das funções significa que os


idosos são menos capazes de lidar com vários
stresses, incluindo atividade física vigorosa,
mudanças de temperatura extremas no ambiente, e
distúrbios. Demoram mais a tempo a restabelecer o
reequilíbrio.
Este declínio também significa que os idosos são mais

propensos a terem os efeitos colaterais dos


medicamentos. Alguns órgãos são mais propensos do
que outros a funcionarem mal sob stress.

o coração, vasos sanguíneos, os órgãos


urinários (como os rins) e o cérebro.
Higiene e conforto no idoso

A higiene é um ramo da medicina que visa a


prevenção da doença.

A descoberta de que vários microorganismos causam


doenças, fez com que a higiene se tornasse fundamental
na promoção da saúde.
A higiene pessoal, cuidado básico para a saúde e

bem-estar do ser humano, é uma atividade incorporada


na rotina diária e difere entre culturas e épocas.
 Entende-se por higiene pessoal a corporal e íntima, a

oral e a do couro cabeludo.


Durante o envelhecimento e a doença, a capacidade

de nos auto-cuidarmos diminui e a carência de


cuidados de higiene frequentemente aumenta, como
tal, os cuidadores devem contribuir para conservar a
saúde e o bem-estar do idoso, prestando bons cuidados
de higiene.
Alterações fisiológicas no idoso
• O idoso sofre uma série de alterações que vão condicionar os
cuidados de higiene, como:

- A pele torna-se mais sensível e frágil;


- Há comprometimento da circulação sanguínea;
- Existe maior desidratação da pele;
- Capacidade de locomoção e movimentação condicionada;
- Em alguns casos imobilização total;
- Incontinência…
Cuidados com a pele
A pele como se torna muito mais sensível e frágil é necessário ter
especial cuidado no banho.
Os banhos devem ser:
-Água morna, não muito quente porque pode causar queimaduras
(atenção: sensibilidade reduzida no idoso) e também pode eliminar a
barreira lipídica protetora da pele;
-Curtos (a pele fica mais frágil e desidratada se estiver muito tempo em
contacto com a água);
-Sabonete/gel de banho/champô devem ser sem perfume, parabenos ou
outras substâncias que possam causar hipersensibilidade da pele;
-O uso de esponjas ásperas ou esfoliantes, que podem danificar ou
eliminar a barreira natural da pele, também deve ser evitado.
Cuidados com a pele
A pele como se torna muito mais sensível e frágil é necessário ter
especial cuidado no banho.

Os banhos devem ser:


-Zonas púbicas, axilas, pregas da pele e região interdigital são locais
de especial cuidado, pois o crescimento de microorganismos nestes
locais é mais fácil (como fungos e bactérias), pelo que devem ser
zonas de banho diário.
-Deve-se ter especial cuidado também na secagem (para não ficar
húmido porque os microorganismos gostam de humidade para a sua
proliferação).
Cuidados com a pele
A hidratação tópica é fundamental para a manutenção da estrutura
da pele.

O idoso, tal como a criança ou o adulto deve hidratar a pele


diariamente, preferencialmente após o banho, recorrendo ao uso de
cremes hidratantes.
Os hidratantes vão minimizar a secura da pele, evitando o dano,
descamação e o prurido, vão também proporcionar a elasticidade da
pele.

A escolha do hidratante é importante porque o mesmo deve ser para


pele muito seca e não deve conter fragância.
Cuidados com a pele

A hidratação do organismo é fundamental para a manutenção da


estrutura da pele.
O idoso e a criança têm de ter especial atenção com a hidratação do
organismo. Devem beber água com regularidade, pois a probabilidade
de desidratarem mais rápido é maior. Nas pessoas idosas, torna-se
ainda mais importante, pois previne complicações dos órgãos internos
e externos, como a pele.
A falta de ingestão de água pode resultar em desidratação do
organismo e da pele, além de afetar o sistema renal.
A água é um hidratante natural, por isso, ajuda no combate às rugas e
Cuidados com a pele
O sol favorece a produção de vitamina D no nosso organismo, porém,
se houver uma exposição em excesso, isso pode ser prejudicial à saúde.
Isto acontece porque poderemos ter situações de queimaduras solares
que danificam a pele e a exposição contínua ao sol provoca
envelhecimento dermatológico e pode causar doenças como o cancro
da pele.
A indicação é que se faça o uso de protetor solar, pelo menos 30
minutos antes da exposição ao sol, para que ele possa penetrar na pele e
agir de forma eficiente. Devem evitar saídas entre as 10h e as 16h, e
deve-se usar também chapéu e roupas claras, que não absorvem o calor.
Cuidados com a pele
A alimentação é essencial para ter uma pele saudável.
Para além da ingestão de água que é fundamental, o idoso tal como a
criança e o adulto deve ingerir alimentos frescos como frutas e
vegetais, ricos em vitaminas, minerais, precursores do colagénio e
antioxidantes (moléculas que combatem os radicais livres -
causadores do envelhecimento celular), para a manutenção da
elasticidade e estrutura da pele.
Os frutos secos (sem adição de sal e açúcar), assim como, outros
produtos ricos em óleos vegetais, também contribuem para a
manutenção de uma pele hidratada e saudável.
Cuidados de lesões na pele

Devido à diminuição da circulação sanguínea (principalmente


microcirculação), à fraca resposta inflamatória (resposta do
sistema imune a uma agressão ao organismo), e ao baixo número de
plaquetas sanguíneas e percursores das novas células da pele, as
lesões na pele do idoso demoram muito tempo a cicatrizar, sendo que
a probabilidade de infetar é grande.
Cuidados de lesões na pele
A diabetes é uma doença crónica que afeta quase metade da
população idosa e que tem como uma das principais consequências a
diminuição da microcirculação e o aumento do risco de infeção.
Desta forma é essencial tomar todas as precauções que vimos acima
sobre os cuidados a ter com a pele, de forma a evitar as lesões que são
de difícil tratamento e podem constituir situações de especial
gravidade.
Em caso de lesão da pele é essencial desinfetar bem a ferida e
colocar uma substância que auxilie a cicatrização.
Úlceras por pressão (úlcera de decúbito):

“Uma ferida por pressão significa um dano


ao tecido ou à pele que ocorre quando há
uma diminuição da circulação sanguínea
provocada pela pressão aplicada a uma área
específica.”

Inicialmente, é possível observar um ligeiro


rubor na área afetada (o primeiro sinal de
danos nos tecidos). O tecido subjacente
morre devido à deficiência de irrigação
sanguínea. Podem ser afetadas várias
camadas de pele, músculos e ossos. A região
do sacro, os calcanhares, os cotovelos e as
omoplatas são áreas consideradas de risco
Úlceras por pressão (úlcera de decúbito):

Dependendo da extensão dos danos aos tecidos, as úlceras por


pressão são classificadas em quatro fases:
Fase 1
Não há abertura da pele, mas a vermelhidão não fica branca
quando
pressionada.
Fase 2
Os danos atingem a epiderme, a derme ou ambas. Em termos
clínicos, os danos observados são escoriações ou bolhas. A pele em
redor poderá estar vermelha.
Úlceras por pressão (úlcera de decúbito):

Dependendo da extensão dos danos aos tecidos, as úlceras por


pressão são classificadas em quatro fases:
Fase 3
Os danos estendem-se através de todas as camadas superficiais da
pele, tecido adiposo, diretamente e incluindo o músculo. A úlcera
tem o aspeto de uma cratera profunda.
Fase 4
Os danos incluem a destruição de estruturas de tecidos moles e
osso ou de estruturas de articulações.
Úlceras por pressão (úlcera de decúbito):

Prevenção: Para evitar as UPP é essencial tomar todos os cuidados


com a pele descritos acima e é também imprescindível aliviar a
pressão exercida nas zonas de maior risco.
A melhor forma de conseguir aliviar a pressão é através do
reposicionamento e mobilização frequentes do doente, mas também
com a utilização de um colchão adequado ou de equipamento
específico para reduzir a pressão.
Além disso, a contínua inspeção das zonas de risco, para serem
detetadas possíveis lesões ainda em fase inicial, é muito importante,
Úlceras por pressão (úlcera de decúbito):
Tratamento: Em caso de lesão as principais preocupações para o
devido tratamento são: uma ferida limpa, circulação suficiente e
nutrição adequada tanto no que diz respeito às calorias como aos
nutrientes, bem como a ingestão adequada de líquidos.
Este último aspeto constitui muitas vezes um problema quando se
trata de pessoas idosas (como regra básica, a ingestão diária de
líquidos deve corresponder a 40 ml por kg de peso corporal).
O tratamento adequado deve incluir uma limpeza minuciosa da
ferida, remoção de tecidos não vitais e um ambiente de ferida livre de
urina e de fezes. Frequentemente, as úlceras de fase 3 e 4 necessitam
de desbridamento cirúrgico.
Incontinência
A incontinência urinária é a perda involuntária de urina.
Ocorre em homens e mulheres, em qualquer idade, mas é mais
comum entre as mulheres e idosos, afetando cerca de 30% das idosas
e 15% dos idosos.
Embora a incontinência seja mais comum entre os idosos, não é uma
parte normal do envelhecimento.
A incontinência pode ser repentina e temporária, como quando uma
pessoa está a tomar um determinado medicamento que tem efeito
diurético ou pode ser duradoura (crónica).
Mesmo a incontinência crónica pode, algumas vezes, ser parcial ou
Incontinência
A incontinência fecal consiste na perda do controlo da defecação.
Desta forma, após a consulta médica para avaliação da situação de
incontinência e de obter o respetivo tratamento (caso seja possível), a
pessoa terá que adequar o seu estilo de vida a esta nova realidade (que
hoje em dia nem é tão limitativa dadas as opções que existem).
No caso de uso de pensos para perdas urinárias, cuecas absorventes ou
fraldas, é essencial que sejam trocadas frequentemente, para limitar os
danos na pele (devido ao contacto com a humidade, e com as
substâncias ácidas e irritantes da urina e das fezes).
.
Perda de mobilidade
 Existem muitas doenças que surgem, principalmente com o avanço da

idade, que levam a perda de mobilidade parcial ou total.


 Para aumento da qualidade de vida e conforto existem uma série de

equipamentos geriátricos que auxiliam o dia-a-dia dos idosos.


Como equipamentos de descanso (camas e cadeiras articuladas,
colchões com espumas redutoras de pressão), equipamentos que
auxiliam a movimentação (bengala, andarilho, cadeira de rodas,
elevadores, scooter elétrica), equipamentos que auxiliam a higiene
(banheiras especiais e outros utensílios de banho, adaptadores para a
sanita, suportes, etc).
Nutrição
 Malnutrição: “um estado de nutrição em que uma deficiência, um

excesso (ou desequilíbrio) de energia, proteínas e outros nutrientes


provoca efeitos adversos mensuráveis sobre a função e forma do
tecido/corpo (perfil, tamanho e composição), contabilizando os
resultados clínicos associados”.
Malnutrição
Anorexia vs Doença
do Envelhecimento
Malnutrição
Anorexia vs Doença
do Envelhecimento

• Dados gerais: anorexia atinge cerca de 20-30% das pessoas com


mais de 65 anos;

• Processo identificado mais em homens do que em mulheres;

• Grande associação com desfechos negativos, que podem


culminar em incapacidades,
hospitalizações, institucionalizações e maior risco de morte.
Desnutrição – Consequências
• redução da imunidade tempo médio de
• cicatrização retardada efeitos permanência
• diminuição da força muscular e prejudiciais na hospitalar
recuperação e superior em 30%
fadiga reabilitação nos pacientes
• inactividade desnutridos16
• diminuição da capacidade reguladora

Impacto psico-social:
• alterações do humor e atitude
• depressão
• apatia Morbilidade
• hipocondria Mortalidade
• perda da líbido e da auto-estima
• redução da socialização

(3Tackling Malnutrition: Oral nutritional supplements as an integrated part of patient and disease management in hospital and in the community, 2010;
15http://www.bpac.org.nz/resources/handbook/specialfoods/elderly.asp consulta no dia 21/9/2011; 16Elia, 2005.)
Desnutrição – Custos
reabilitação hospitalar bastante mais lenta e dispendiosa

recursos medicinais tempo de hospitalização


probabilidade de readmissão no hospital

O custo estimado de doença relacionada com a desnutrição na Europa é de


170 biliões de euros18.

A desnutrição é “cara” para o indivíduo, para a sociedade e para a economia do país.

18 (Ljungqvist and de Man, 2009)


Desnutrição – Métodos de detecção
Historial clínico + Exame físico

redução do apetite e energia, alterações do paladar e dos


hábitos intestinais, baixo peso corporal, pele frágil, perda
de massa muscular, infecções recorrentes e cicatrização
difícil.
Um estado de desnutrição é definido por qualquer um dos seguintes pontos:

•IMC <18,5 kg/m2;


•Perda de peso involuntária >10% nos últimos três a seis meses;
•IMC <20 kg/m2 e perda de peso involuntária >5% nos últimos três a seis meses.

15 (http://www.bpac.org.nz/resources/handbook/specialfoods/elderly.asp consulta no dia 21/9/2011)


Desnutrição – Estratégias de suporte nutricional

• 1º - ingestão de alimentos regulares – “Food


First”
(em alguns casos menos graves pode ser suficiente)
• 2º - combinação da estratégia “Food First” com a
administração
de suplementos nutricionais orais
(em casos mais graves ou em situações em que a 1ª medida não resultou)

• 3º - alimentação entérica ou parentérica


(em casos em que as estratégias anteriores não tenham resultado ou não sejam aplicáveis)

Figura 2 - Espectro do suporte nutricional (*definição ESPEN de Nutrição Enteral inclui SNO)3.

(3Tackling Malnutrition: Oral nutritional supplements as an integrated part of patient and disease management in hospital and in the community, 2010;
15http://www.bpac.org.nz/resources/handbook/specialfoods/elderly.asp consulta no dia 21/9/2011)
Suplementos nutricionais orais
Tipos de suplementos nutricionais orais
Formas de apresentação20:
•Batidos de leite ou suplementos estilo de iogurte;
•Estilo de sobremesas pudim;
•Suplementos com base de sumo de fruta;
•Suplemento estilo “Savoury” que pode ser aquecido com cuidado para fazer
uma sopa nutritiva;
•Pós e líquidos que podem ser adicionados aos alimentos para torna-los mais
nutritivos.

Utilização:
•Única fonte de nutrição;
•Administrados intervaladamente com as refeições principais.

Função:
•Combate ou evicção da desnutrição;
•Outros adequam-se a situações patológicas específicas como a diabetes,
disfagia, úlceras de pressão, oncologia, doença renal crónica, entre outras.
Suplementos nutricionais orais

Insucesso devido a: Em Portugal o insucesso


•Baixa palatibilidade; deve-se,
•Efeitos adversos como maioritariamente:
vómitos e diarreia ; •Ao custo;
•Custo elevado. •À falta de conhecimento
da sua existência.

(14http://www.publico.pt/Sociedade/tres-em-cada-dez-portugueses-sofrem-de-malnutricao_1461070 consulta no dia 21/9/2011;


15 http://www.bpac.org.nz/resources/handbook/specialfoods/elderly.asp consulta no dia 21/9/2011; 20 Irish Nutrition and Dietetic Institute, 2011)
Exemplos de Suplementos Nutricionais Orais à venda em
Portugal
Carências Nutricionais e Geriatria
27 27

Diabetes 27
28

27 http://www.nutricia.pt/principais/produtos-nutricia ((consulta no dia 22/9/2011);

28 http://www.labesfalgenericos.pt/310/nutricao-enterica-oral.htm (consulta no dia 22/9/2011)


Exemplos de Suplementos Nutricionais Orais à venda em
Portugal
Disfagia 27
29
Resource Espessante 227 G
Ressource é um espessante instantâneo para
líquidos e purés, frios ou quentes, cuja função é
facilitar a sua deglutição sem modificar o
sabor dos alimentos. Tem consistência adaptável
às necessidades de casa doente. Está indicado para
disfagia, geriatria, doenças neurológicas, anorexia,
oncologia, cirurgia oral e maxilo-facial e
desnutrição/má nutrição.

Úlceras de
pressão
27

27 http://www.nutricia.pt/principais/produtos-nutricia (22/9/2011);

http://www.cooprofar.pt/portal/page?_pageid=53,82434&_dad=portal&_schema=PORTAL&p_refere
29

nce_path=47046_COOPROFAR%20MENU_672592&p_action=1&p_catID=9&p_page=1 (22/9/2011)
Exemplos de Suplementos Nutricionais Orais à venda em
Portugal
Oncologia 28
27

Gastrenterologi
a
28 28

27 http://www.nutricia.pt/principais/produtos-nutricia (22/9/2011);

28 http://www.labesfalgenericos.pt/310/nutricao-enterica-oral.htm (22/9/2011).
Exemplos de Suplementos Nutricionais Orais à venda em
Portugal
Nutrição pediátrica
oral 27
28

29
Resource Junior Chocolate 4x200 Ml Resource Junior
Chocolate é um alimento dietético destinado a uma utilização
médica especial, para o tratamento de doentes com ingestão
insuficiente, má nutrição, alterações na digestão / absorção e
necessidades nutricionais acrescidas. Trata-se de uma fórmula
27 http://www.nutricia.pt/principais/produtos-nutricia (22/9/2011);
sem lactose nem glúten para crianças a partir de 1 ano e 28 http://www.labesfalgenericos.pt/310/nutricao-enterica-oral.htm (22/9/2011);
adolescentes.
29http://www.cooprofar.pt/portal/page?

_pageid=53,82434&_dad=portal&_schema=PORTAL&p_reference_path=47
046_COOPROFAR%20MENU_672592&p_action=1&p_catID=9&p_page=1
(22/9/2011)
Papel do profissional de saúde na Farmácia

• Cabe ao profissional de saúde contribuir com a sua


colaboração em estudos realizados no âmbito da
malnutrição e vantagens da utilização dos SNOs.

• Deve fazer o despiste de pessoas malnutridas com


base nos indicadores antropométricos acima
descritos quando lhe for solicitado, e esclarecer as
pessoas que relatem algum sintoma que seja
indicativo de risco para desenvolver desnutrição ou
de desnutrição já estabelecida (como a perda de
apetite, perda de peso, doença crónica que aumente
a susceptibilidade, etc).
Papel do profissional de saúde na Farmácia

• Como profissional que vende este tipo de


suplementos, deve estar informado sobre as
propriedades dos vários produtos existentes, e
atualizado, pois estão sempre a surgir novos
produtos. Deve saber aconselhar qual o melhor
suplemento a usar pelo utente dependendo da
sua condição clínica e estado nutricional.
Obesidade
Segundo o SNS:
•A obesidade é um problema de saúde pública e uma doença
crónica. É definida como uma patologia em que o excesso de
gordura corporal acumulada pode afetar a saúde. É também
um importante fator de risco para o desenvolvimento e
agravamento de outras doenças.

A obesidade ocorre quando o número de calorias ingerido é


superior ao gasto: quando tal sucede, as calorias são
armazenadas no organismo sob a forma de massa gorda,
podendo vir a afetar toda a saúde.
Obesidade
• A obesidade é considerada pela Organização Mundial da Saúde uma
epidemia, afetando a longevidade e a qualidade de vida.

• Em Portugal, quase metade da população apresenta excesso de


peso e perto de um milhão de adultos sofre de obesidade.

Estes números preocupantes estão, entre outras causas, ligados a


hábitos devida mais sedentários e à transformação dos hábitos
alimentares, ocorrida ao longo das últimas décadas, que tem
favorecido o consumo de cereais refinados, açúcares e gorduras
saturadas, em detrimento da tradicional alimentação mediterrânica,
rica em cereais integrais, peixe, vegetais, fruta e azeite.
Obesidade
• A obesidade é uma doença e, como tal, tem de ser
diagnosticada, tratada e acompanhada. Sendo uma
doença progressiva, o acompanhamento pelos
profissionais de saúde deve ser prolongado e muitas
vezes perpétuo, para assegurar o bem estar e a
qualidade de vida do utente.

• A doença da obesidade, além dos custos na saúde do


utente que vamos aprofundar, tem custos
económicos, sociais, psicológicos e de longevidade
associados.
Obesidade
Como se diagnostica a obesidade?

Existem vários parâmetros


antropométricos que podem ser avaliados
mas o mais comum entre os profissionais
de saúde é o Índice de Massa Corporal
(IMC) que é calculado da seguinte forma:
IMC=Calcula-se dividindo o peso (em Kg)
pela altura elevada ao quadrado (em
metros)
IMC=Peso/(Altura)2

•IMC entre 18,9 e 24,9: Normal


•IMC entre 25 e 29,9: Excesso de Peso
•IMC entre 30 e 34,9: Obesidade de Grau 1
•IMC entre 35 e 39,9: Obesidade de Grau 2
•IMC superior a 40: Obesidade de Grau 3
Risco metabólico

Do ponto de vista da distribuição da gordura, a


obesidade pode ser:
•Ginóide (em forma de pêra): caracteriza-se por um
aumento da gordura da cintura para baixo. É a forma
mais comum nas mulheres, tem menos risco
cardiovascular mas está associada, muitas vezes, ao
aparecimento de varizes e doenças das articulações.

•Andróide (em forma de maçã): a gordura localiza-se


na zona da cintura e zona superior do tronco. É mais
frequente entre os homens e tem uma estreita relação
com o aparecimento de diabetes, hipertensão,
aterosclerose e o aumento de risco cardiovascular
Risco metabólico

O risco metabólico indica o risco de vir a


desenvolver doenças associadas à obesidade
(nomeadamente diabetes tipo 2 e doenças
cardiovasculares).
O risco metabólico mede-se com recurso ao índice
de massa corporal (IMC) e à avaliação do perímetro
abdominal.
Obesidade
Doenças ou complicações de saúde associadas à Obesidade:
•Risco de diabetes mellitus tipo 2
•Níveis de colesterol e triglicerídeos elevados no sangue
(Dislipidemia)
•Pressão arterial elevada (hipertensão arterial – estima-se que a
hipertensão seja 2,5 vezes
mais frequente nos indivíduos obesos que em pessoas com peso
normal)
•Aterosclerose
•Outras doenças cardiovasculares ( Acidente Vascular Cerebral
– AVC; Enfarte do Miocárdio)
•Entre outros…
Obesidade – Prevenção/Tratamento
Medidas para prevenir e combater a obesidade
A regra essencial é manter o gasto calórico do corpo igual ou superior à
quantidade de calorias
ingeridas.

•Seguir as proporções recomendadas pela Roda dos Alimentos - Praticar


uma dieta equilibrada e variada, rica em legumes, cereais integrais, fruta e
peixe. Reduza os alimentos com açúcar e as gorduras saturadas, carnes
vermelhas, manteiga, e lacticínios gordos.

•Comer a cada 3 a 4 horas – Comer com esse intervalo de tempo porções


suficientes para garantir a saciedade leva a não acumulação de fome para
uma refeição. Nas refeições principais deve-se comer uma sopa sem batata,
para além de conter água, muitas vitaminas e sais minerais, ajuda a saciar a
sensação de fome.
Obesidade – Prevenção/Tratamento
Medidas para prevenir e combater a obesidade
A regra essencial é manter o gasto calórico do corpo igual ou superior
à quantidade de calorias
ingeridas.

•Manter uma atividade física regular - Escolher uma atividade


física e inclui-la na rotina, de preferência diária. A regularidade é
importante. Sempre que possível, andar a pé nas deslocações diárias.

•Emagrecer e manter um peso saudável – Evitar as “dietas


relâmpago” porque embora tenham efeito imediato, a longo prazo
pode ter o efeito inverso (ganho de peso). Procurar acompanhamento
médico ou de um nutricionista e estabelecer metas razoáveis para a
dieta.
Obesidade geriátrica

A prevalência da obesidade geriátrica ou obesidade do idoso tem tido


um crescimento nas últimas décadas e a expectativa é que o problema se
mantenha.

44% dos idosos portugueses têm excesso de peso em Portugal.


Segundo um estudo realizado em 2016 a taxa de homens com excesso
de peso (cerca de 50%) é superior à das mulheres que fica pelos 40,3%.
No entanto, a obesidade é maior nas mulheres (44,5%) do que nos
homens (30,6%).
•Quanto à hidratação, mais de um terço da amostra, estavam
desidratados, apresentando os homens uma proporção mais elevada
(47,1%), em comparação com as mulheres (30,5%).
Obesidade geriátrica
Além das doenças que obesidade potencia no utente idoso (como a
doença cardiovascular) a maior ameaça está na falta de
autonomia e dignidade que o utente poderá enfrentar nos
últimos anos de vida.
A falta de força muscular no idoso face ao seu peso impede-o de
possuir qualquer tipo de autonomia e independência.
Obesidade geriátrica - Tratamento
Idosos obesos de idade inferior a 80 anos:
•Exercício aeróbico e de resistência, para uma perda de peso segura:
desta forma, o exercício poderá ajudar a proteger a massa magra e
promover a redução de peso. O profissional de saúde tem de ter em
atenção as limitações funcionais do utente para impedir
complicações físicas associadas à prática de exercício físico.
•Nas dietas mais intensas para perda de peso, existe uma perda de
cerca de 25% de massa magra, o que pode ter efeitos adversos na
saúde do utente.
Obesidade geriátrica - Tratamento
Idosos obesos de idade superior a 80 anos:
•Recomenda-se a manutenção do peso do idoso, com ênfase numa
dieta saudável e exercício físico na medida possível. Esta
abordagem é a mais apropriada também para doentes terminais e
pessoas com síndromes demenciais.
•Terapias de perda de peso que minimizem a perda de músculo e
massa óssea são recomendadas para os utentes obesos.
InsulinInsulina –
Insulina - Glicose
Glucose
Diabetes tipo 1
 Diabetes Tipo 1, também conhecida como

Diabetes Insulino-Dependente é mais rara


(a sua forma juvenil não chega a 10% do
total) e atinge na maioria das vezes
crianças ou jovens.
 Existe uma destruição maciça das células

produtoras de insulina (células ß).


 O próprio sistema de defesa do organismo

(sistema imunitário) da pessoa com


Diabetes é que ataca e destrói as suas
células ß.
Diabetes tipo 2
 É o tipo mais comum de Diabetes.

 A Diabetes tipo 2 tem como


principais fatores de risco a
obesidade, o sedentarismo e a
predisposição genética.

 Na Diabetes tipo 2 existe um


défice de insulina e resistência à
insulina significa isto que, é
necessária uma maior quantidade
de insulina para a mesma
quantidade de glicose no sangue.
Diabetes Gestacional
 Ocorre durante a gravidez.

 Surge em grávidas que não tinham Diabetes antes

da gravidez e, habitualmente, desaparece quando


esta termina.
 Ocorre em cerca de 1 em cada 20 grávidas e, se

não for detetada através de análises e a


hiperglicemia corrigida com dieta e, por vezes com
insulina, a gravidez pode complicar-se para a mãe
e para a criança.
 São vulgares os bebés com mais de 4 Kg à

nascença e a necessidade de cesariana na altura do


Diabetes Gestacional

Rastreio:

Análise da glicemia em jejum.


Na consulta das 24/28 semanas
deverá fazer a Prova da Tolerância à
Glicose Oral (PTGO).
Sintomas Diabetes tipo 1
Sintomas na criança e no jovem

Quase sempre na criança e nos jovens


a diabetes é do tipo 1
e aparece de maneira súbita e os
sintomas são muito nítidos.

•Urinar muito (por vezes, pode voltar


a urinar na cama)
•Ter muita sede
•Emagrecer rapidamente
•Grande fadiga com dores musculares
•Dores de cabeça, náuseas e vómitos
Sintomas Diabetes tipo 2
 Os sintomas relacionados com o excesso de
açúcar no sangue aparecem, na diabetes tipo
2, de forma gradual e quase sempre
lentamente.

 Por isso, o início da diabetes tipo 2 é muitas


vezes difícil de precisar.

 Os sintomas mais frequentes são a fadiga,


poliúria (urinar muito e com mais frequência)
e sede excessiva. Muitas vezes o doente não
apresenta estes sintomas (ou dá-lhes pouca
importância) e o diagnóstico é feito por
análises de rotina.

 Nas análises encontramos uma quantidade de


açúcar no sangue aumentada (hiperglicemia)
Valores de referência glicemia
•Glicemia – Concentração de
glucose no sangue.

•Realizado o diagnóstico de
diabetes quando: Glicémia em
jejum ≥ 126 mg/dl (7 mmol/l)
ou glicose plasmática ≥ 200
mg/dl (11.1 mmol/l) após a
PTGO

•Realizado o diagnóstico de Pré-diabetes quando:


• Glicémia em jejum: 100-125 mg/dl (5,6-6,9 mmol/l) – categoria de
Anomalia da Glicémia em jejum
• Glicémia 2h apos PTGO: 140-199 mg/dl (7,8 -
11 mmol/l) – categoria de TolerânciaPós-prandial diminuída á glicose
Hiperglicemia

Hiperglicemia –
Concentração
elevada de
glucose no
sangue.
Hiperglicemia
Hipoglicemia

Hipoglicemia –
Concentração baixa de
glucose no sangue.
Como controlar a hiperglicemia e a
hipoglicemia
 Fazer uma alimentação equilibrada, diversificada

e fracionada (2 em 2 horas nunca contendo


somente açucares simples para evitar as subidas
abruptas da glicose) e ajustada às necessidades.
 Vigiar os níveis de glicemia regularmente.

 Tomar a medicação de acordo com as

recomendações do médico
 Praticar exercício físico.
 Não faltar às consultas de acompanhamento é
muito
Complicações da diabetes

 Com o passar dos anos, as pessoas com Diabetes podem vir a

desenvolver uma série de complicações em vários órgãos no nosso


organismo. Aproximadamente 40% das pessoas com Diabetes vêm a ter
complicações tardias da sua doença. Estas complicações evoluem de
forma silenciosa e muitas vezes já estão instaladas quando são
detetadas.

 Hoje é possível reduzir os seus danos através de um controlo rigoroso


da glicemia, da tensão arterial e das gorduras no sangue (lípidos), bem
como de uma vigilância periódica dos órgãos mais sensíveis (olho, rim,
coração, etc.).
Complicações da diabetes
De um modo geral podemos dividir as complicações em:

•Microvasculares (lesões dos vasos sanguíneos pequenos):

retinopatia, nefropatia e neuropatia;

•Macrovasculares (lesões dos vasos sanguíneos grandes): doença coronária,

doença cerebral, doença arterial dos membros inferiores e hipertensão

arterial;

•Neuro, macro e microvasculares (incluem alterações de vasos sanguíneos

pequenos, grandes e de nervos): pé diabético;

•Outras complicações: disfunção sexual, infeções etc.


Pressão arterial
 O que é?
A pressão arterial é a pressão que o sangue exerce sobre a parede das artérias
durante a sua circulação.

Fala-se em pressão arterial “máxima e mínima” (ou “sistólica e


diastólica”) referindo-nos ao valor máximo alcançado com a contração do
coração (sístole) e ao valor mínimo quando o coração a seguir se distende
e relaxa (diástole).

Os valores normais para a pressão sistólica (em centímetros de mercúrio)


vão, nos adultos, de 10 até 13,9 cm Hg, e para a diastólica de 6 a 8,9 cm
Hg.
Hipertensão arterial
• Hipertensão arterial - ocorre quando o coração, ao bombear sangue, exerce

uma força excessiva contra a parede das artérias. Acontece quando os


valores da máxima e da mínima forem iguais ou superiores a 14/9.
• Aproximadamente uma em cada 3 pessoas adultas, em Portugal, tem
hipertensão.
• Na atual conjuntura (estilos de vida e alimentação cada vez menos

saudáveis) mais que 1 em cada 10 jovens sub-20 (isto é com menos de 20


anos de idade) está a ter hipertensão arterial!
Hipertensão arterial

 É natural e normal que a pressão arterial aumente em alguns momentos,

devido a esforços físicos ou emoções.


 Também é natural que, após esses momentos, os valores da pressão
arterial voltem aos níveis normais.
 É importante saber que a pressão arterial tem tendência a subir com a

idade. Contudo a pressão arterial elevada no idoso não deve ser


,
considerada normal.
Hipertensão arterial e doenças
cardiovasculares
 A hipertensão arterial associa-se tanto à doença coronária, como ao

AVC e à insuficiência cardíaca e é o fator de risco cardiovascular


modificável (que é possível modificar com o estilo de vida e
medicação) mais frequente, razão pela qual o seu tratamento é
essencial na prevenção dessas doenças.

 As doenças cardiovasculares são a causa de morte de, pelo menos,

34,1% da população portuguesa, fundamentalmente como


consequência do acidente vascular cerebral (AVC) e da doença
coronária.
Hipertensão arterial e doenças
cardiovasculares

Cerca de 90% dos casos de hipertensão estão relacionados com o estilo


de vida.
Obesidade
A obesidade é um dos fatores importantes que poderá estar na origem da
hipertensão. Cada 1/2 kg de gordura requer a formação de mais 1,5 km de
pequenos vasos sanguíneos para abastecerem o excesso de tecido adiposo e
torna-se necessária
uma pressão arterial acrescida para bombear o sangue através deles.
Por esta razão, um excesso de peso na ordem dos 20% ou mais aumenta o
Hipertensão arterial e doenças
cardiovasculares
Tabaco

O tabaco é outra causa a considerar. Um fumador de 1 maço de cigarros por


dia, pode, só através do fumo, provocar uma subida da sua tensão arterial
durante quase todo o dia.
Consumo de álcool e café
Cerca de 5 a 15% dos casos de hipertensão podem estar relacionados com o
consumo moderado de álcool. Por outro lado, uma chávena de café por dia
pode provocar uma subida da tensão arterial.

Outros fatores
A inatividade física e o stress também se associam à hipertensão arterial.
Os restantes 10% de casos de hipertensão arterial têm causas orgânicas,
como algumas alterações hormonais, doenças dos rins ou dos vasos
sanguíneos (aterosclerose).
Diagnóstico da Hipertensão arterial

 Importa não esquecer que a hipertensão arterial não se sente, mede-se.

Importante na medição!!!
• De modo a se obterem valores corretos é importante, antes de medir a
pressão arterial, descansar na posição sentada pelo menos durante 5
minutos.
• Deve-se utilizar o mesmo aparelho e medir sempre no mesmo braço.

 O diagnóstico de hipertensão arterial requer a medição de uma pressão


arterial elevada em três ocasiões diferentes ao longo de um período de
uma semana ou mais.
Aconselhamento hipertensão arterial
• Se tiver excesso de peso: procure manter o peso, em quilogramas, abaixo
do número de centímetros de altura que tem, para cima de um metro – por
exemplo 65 Kg se mede 1,65 m (mais científico é manter o índice de
massa corporal entre 18 e 25 Kg/m2).
• Para reduzir o peso, reduza as gorduras, calorias e doçuras, aumente as
verduras, e passeie a pé, pelo menos meia hora todos os dias. Vem-se
dando também importância à maior gordura abdominal (em forma de
maçã) que será pior que a gordura ginecológica (em forma de pêra -
nádegas e coxas).
• O perímetro abdominal deverá ser menor que 94 cm para os homens e que
80 cm para as mulheres.
Aconselhamento hipertensão arterial

• Se usar sal em excesso: em média ingerimos 15 a 20g de sal (cloreto de


sódio) por dia, quando não deveríamos exceder 5 gramas. Use ervas
aromáticas como tempero: coentros, hortelã, segurelha, estragão, poejos,
orégãos, cominhos, cebolinho, etc., e evite o sal!
• Atenção especial aos produtos alimentares industrializados (a começar
pelo pão, fumados e queijos e a continuar pelas refeições e molhos
prefabricados, sempre muito ricos em sódio).

• Se bebe, por hábito, procure reduzir para 2 ou 3 dl/dia de vinho (tinto de


preferência) ou duas cervejas.
Aconselhamento hipertensão arterial

• Se é sedentário comece a fazer: pelo menos 30 minutos de atividade física


diariamente, por exemplo marcha a pé (faça 60 minutos se precisa de
emagrecer!). Dança, natação ou bicicleta são também ótimos exercícios, e
se os fizer com amigos, ou familiares próximos, tirará muito mais prazer.

• Se se encontrar com excesso de trabalho e sob stress (ou outras causas de


stress excessivo), procure guardar 10 min. no fim do seu dia de trabalho
para planear a agenda do dia seguinte – ajuda até a definir prioridades e
metas a atingir.
Aconselhamento hipertensão arterial

•Se fuma: pare de fumar, já, pois com ele toda a hipertensão se torna muito
mais perigosa (e isso inclui o fumo passivo!). Explicar aos jovens, e ouvi-
los, sobre os malefícios do tabaco e as vantagens de não começar a fumar!

•Se tiver hipercolesterolémia (valores elevados de colesterol) ou


hiperglicémia (diabetes ou pré-diabetes) saiba que agravam também o
prognóstico de qualquer hipertensão, por isso reduza a carne, ovos, molhos,
fritos ou lacticínios gordos, bem como os açucares.
Prevenção e tratamento das patologias mais comuns no
idoso

Doenças reumáticas:
As doenças reumáticas, vulgarmente conhecidas por
“reumatismo”, englobam todas as patologias do sistema
musculoesquelético - osso, articulação, cartilagem, tendões e
músculos - estimando-se que existam mais de 200 patologias
diferentes.
E ao contrário do que é frequente pensar, estas doenças não

atinge só os mais velhos.


Existem algumas formas para prevenir ou minimizar os efeitos
de algumas das doenças reumatológicas mais frequentes:
Exercício físico:

É uma das recomendações para quem sofre de lombalgias,

fibromialgia, osteoporose, artrite reumatóide, ou gota.


As atividades mais aconselhadas são a aeróbica, caminhada,
natação, hidroginástica, ioga, tai-chi e Pilates.

Além de reduzir a fadiga e intensidade das dores, o exercício


promove a flexibilidade muscular e ajuda a reduzir a
ansiedade.
 Sono

Garantir uma boa noite de sono é essencial para a prevenção


de algumas doenças reumáticas como a fibromialgia.
 Deitar-se a horas regulares, manter o quarto escuro e tranquilo,

assim como evitar tomar bebidas estimulantes como café e


chá, são boas estratégias para garantir que quando chega a hora
de adormecer não tem dificuldades.
Aconselha-se ainda uma redução no consumo de

cerveja, bebidas brancas e refrigerantes.


Manter uma boa hidratação é um conselho
transversal à maioria das doenças reumáticas, assim
como evitar o excesso de peso.
Exposição solar
A melhor forma de estimular a produção de vitamina

D é através da exposição solar. Para tal recomenda-se


uma exposição diária na face, braços e mão entre 15 e
20 minutos.
Este hábito simples é fundamental para a absorção de

cálcio que, por sua vez, ajuda a fortificar os ossos.


Cancro
O cancro é cada vez menos letal em Portugal, mas o número de

novos casos - cerca de 50 mil por ano - continua a aumentar,


dizem dados recentes da Direção-Geral da Saúde (DGS).
São inúmeros os estudos sobre os fatores de risco que lhe estão

associados, mas poucos os que a ciência reconhece evitarem, de


facto, o aparecimento deste tipo de patologia.
 Para minimizar o risco é fundamental comer bem, praticar

desporto e fazer exames médicos com regularidade, sublinha a


mesma organização.
 Com base em pesquisas cientificamente validadas, a American

Cancer Society elaborou um conjunto de


recomendações para prevenir o cancro.
 Os conselhos são semelhantes aos da Organização Mundial

de Saúde (OMS).
Caminhos para prevenir o cancro
Faça exercício com regularidade

A atividade física tem inúmeros benefícios, entre os quais a

diminuição do risco de cancro da mama, endométrio, próstata e


cólon, asseguram vários estudos científicos.
Aos adultos recomenda-se que façam, pelo menos, 150

minutos de atividade física de intensidade moderada (exige


esforço, mas permite continuar a conversar, como numa
caminhada rápida, por exemplo)
Mantenha um peso saudável
As pessoas obesas ou com excesso de peso têm maior

probabilidade de desenvolver cancro da mama, rim, cólon,


endométrio, esófago e pâncreas.
Por isso, é fundamental controlar o peso através da prática

desportiva e de uma alimentação saudável. Se for necessário,


procure um especialista.
Opte por uma alimentação equilibrada
Está provado cientificamente que a dieta influencia o risco de

desenvolver alguns tipos de cancro.


A American Cancer Society recomenda uma dieta rica em

vegetais e fruta, cereais integrais, peixe ou aves. De acordo com


a mesma organização, deve preferir-se massa, arroz e pão
integrais, em vez das versões destes produtos feitas com farinhas
brancas (mais refinadas).
 Para reduzir o risco de cancro, é importante diminuir o

consumo de açúcar, carne vermelha e produtos processados


(salsichas, bacon, por exemplo) e comer todos os dias fruta e
vegetais.
Não fume

O tabaco é um dos principais fatores de risco associado às

doenças oncológicas.
Nos Estados Unidos, 80% dos cancros no pulmão e 30% de

outros cancros fatais são provocados pelo consumo de tabaco.


Limite a ingestão de álcool
O risco de desenvolver cancro da mama, boca, garganta, cordas

vocais, esófago, fígado, colón e cancro retal aumenta com o


consumo de bebidas alcoólicas.
Por isso, a American Cancer Society aconselha os homens a

não ingerirem mais de duas bebidas por dia (uma cerveja de


0,35l e um copo de vinho de 0,15l, por exemplo) e as mulheres
apenas uma.
Faça exames com regularidade
Se o cancro for detetado precocemente, a probabilidade de não

atingir outros órgãos e de ser tratado mais depressa e com


melhores resultados é maior.
Por isso, é importante fazer exames médicos com regularidade,

sobretudo no que diz respeito à mama, cervical, cólon, pulmão e

próstata.
Doenças degenerativas do sistema nervoso central (SNC) e
neurológicas
Doenças neurológicas degenerativas são os distúrbios que

afetam o sistema nervoso, que é composto pelo cérebro, pela


medula espinhal e pelos nervos.
Como esse sistema está envolvido em muitas funções do corpo,

podem manifestar-se de diversas formas.


 Em muitos casos, as doenças neurológicas são
degenerativas, ou seja, elas não têm cura, o que significa que a
condição avança com o passar do tempo, trazendo um grau de
comprometimento ainda maior.
Alzheimer
O mal de Alzheimer ou doença de Alzheimer é um tipo de

demência mais conhecida por afetar a memória das pessoas


idosas, mas os seus efeitos também incluem o declínio gradual
da capacidade de julgamento, raciocínio e aprendizagem.
 Assim, essa doença neurodegenerativa também pode ter

sintomas como confusão, mudança de personalidade,


dificuldades com a linguagem, incapacidade de realizar tarefas
do dia a dia e comportamento inapropriado, embora a perda de
memória recente seja a manifestação que mais se destaca.
Atualmente, não existe qualquer teste específico para identificar a doença de
Alzheimer.

O diagnóstico clínico pode incluir a realização de:◦

História médica detalhada,

Exame físico e neurológico aprofundado;

Exame do funcionamento intelectual;

Avaliação psiquiátrica;

Avaliação neuro psicológica;

Análises á urina e ao sangue.


Mal de Parkinson
O mal de Parkinson ou doença de Parkinson é uma doença

neurológica degenerativa caracterizada principalmente pelo


tremor.
Além disso, ela causa rigidez muscular, lentidão dos
movimentos e dificuldades em manter a postura devido à perda
do equilíbrio.
Mal de Parkinson – sinais e sintomas
Depressão;
 Ansiedade;
 Alterações do sono;
Perda de memória;
Perda do olfato;
Discurso indistinto;
Dificuldades de mastigação e deglutição
Mal de Parkinson – sinais e sintomas
Obstipação;
Perda do controlo vesical;
Regulação anormal da temperatura corporal;
 Aumento da sudação;
Disfunção sexual;
Cãibras, entorpecimento, formigueiros (parestesias) e dores nos músculos.
 A Doença de Parkinson é uma condição não reversível, que se prolonga
por toda a vida.
No entanto, qualidade de vida dos doentes pode ser substancialmente
melhorada com a utilização da medicação, que pode reduzir os sintomas em
cerca de 75% dos pacientes
Esclerose múltipla
A esclerose múltipla é uma doença neurodegenerativa mais

comum em mulheres de 20 a 40 anos.


Provoca lesões no cérebro devido a uma condição autoimune,

na qual o sistema imunológico ataca o revestimento dos


neurónios, chamado de bainha de mielina.
Esclerose múltipla
O sistema imunitário não consegue distinguir as células do
seu próprio organismo, de células estranhas ao corpo e
começa a atacar os seus próprios tecidos, sendo este o motivo
pelo qual se considera a EM uma doença imunomediada.
Um dos principais alvos deste ataque é a mielina, uma
camada de gordura que protege e envolve as fibras nervosas e
que ajuda na transmissão de mensagens a diversas partes do
corpo. Destes ataques resultam cicatrizes que se agrupam em
estruturas conhecidas como áreas de «esclerose», por vezes
denominadas igualmente por «placas» ou «lesões».
Esclerose múltipla
Com a progressão da doença, as lesões atingem milhares
de fibras nervosas, afetando profundamente a transmissão
das mensagens ao organismo.
Os axónios que ficam sem mielina deixam de poder
conduzir adequadamente os impulsos nervosos e isso
origina os sintomas neurológicos normalmente sentidos
durante um surto de EM.
Esclerose lateral amiotrófica (ELA)
Os principais sintomas da esclerose lateral
amiotrófica são o endurecimento e a fraqueza dos
músculos em dos lados do corpo acompanhados pela
perda de massa muscular (atrofia), que evoluem
gradualmente para a paralisia.
Distrofia muscular
Distrofia muscular é um grupo com mais de 30 doenças

neurológicas degenerativas que afetam os músculos.


As causas dessas doenças estão em mutações genéticas,

algumas das quais podem ser hereditárias enquanto outras


acontecem espontaneamente na geração do embrião.
Atrofia muscular espinhal (AME)
A atrofia muscular espinhal é uma doença genética

que se manifesta por fraqueza e atrofia muscular


progressiva, resultando em dificuldades para realizar
movimentos considerados simples, como andar, se
sentar, se levantar e manter a cabeça erguida.
Tratamento das doenças neurológicas degenerativas
Embora grande parte das doenças neurodegenerativas não

tenha cura, podem ser tratadas para oferecer uma melhor


condição de vida ao paciente e retardar a evolução dos sintomas.
Para que a pessoa tenha acesso ao melhor programa de
tratamento para o seu caso, que pode incluir o uso de
medicamentos, a fisioterapia e a terapia ocupacional, entre outros
recursos, é necessário receber um diagnóstico preciso sobre sua
condição.
Doenças psiquiátricas
Quando se fala em doenças psiquiátricas, o que geralmente

vem à mente é o tratamento recuperativo, pouco se fala em


prevenção.
Mas a rotina frenética e o histórico familiar de doenças mentais

são fatores comuns que contribuem frequentemente para que o


indivíduo fique vulnerável à evolução de um quadro de
sofrimento psíquico.
 Trabalhar na prevenção de doenças mentais torna-se, cada vez

mais imperativo diante dos dados atuais de pessoas afetadas


com problemas mentais.
 Hábitos que podem ajudar na prevenção de doenças mentais

como a depressão e o transtorno de ansiedade.


Alimentação saudável
Açúcares são alimentos nocivos que causam vícios ao cérebro

e prejudicam a regularidade das suas funções.


Uma alimentação rica em vegetais, proteínas e gorduras

saudáveis é fundamental para o bom funcionamento cerebral.


Nutrientes como ómega 3, vitamina B, ferro, zinco, magnésio,

vitamina D, aminoácidos, entre outros, influenciam na produção


de neurotransmissores, ajudam na prevenção da degeneração
cognitiva e na perda memória.
 Praticar atividades físicas

 Bem para o corpo e para mente, a prática de exercícios físicos

liberta a tensão acumulada pelo stress e a ansiedade.


 Além de ativar a circulação sanguínea, estimular a produção

de neurónios e melhorar a memória, o prazer causado pela


atividade física cria uma satisfação constante em quem pratica
exercícios regularmente, prevenindo a formação de quadros
depressivos.
Dormir bem
Uma noite bem dormida pode prevenir vários problemas

psicológicos e emocionais. Para o descanso mental e físico ser


considerado adequado, é necessário dormir de 7 a 9 horas.
Uma rotina de sono de qualidade recarrega a energia mental.

Forçar a mente cansada pode trazer à tona pensamentos


inapropriados, sensações negativas e preocupações. Dormir bem
é vital para a saúde do seu cérebro.
Meditar
Desligar a mente das preocupações diárias, principalmente no

trabalho, não é uma tarefa fácil.


A meditação é uma técnica milenar oriental, que estimula o

autoconhecimento, o controle e o equilíbrio emocional.


O método é capaz de relaxar o lado lógico do cérebro e aliviar

as tensões, ativando um lado sensitivo do cérebro.


Perturbações do sono
Adotar um horário regular de sono (adormecer e acordar à

mesma hora, todos os dias)


Evitar sestas superiores a 45 minutos durante o dia

Evitar o consumo de álcool (sobretudo nas quatro horas antes

de deitar) e não fumar


 Evitar refeições pesadas, picantes e excesso de açúcar nas

quatro horas antes de deitar


 Praticar exercício físico regular (mas deve ser evitado

exercício intenso no final do dia)


 Manter o quarto com temperatura adequada, sem ruído e sem

luminosidade
 Evitar utilizar o telemóvel, computador ou tablet nas horas

antes de deitar
 Evitar ver televisão no quarto
Depressão
A depressão afeta aproximadamente um em cada seis idosos.
Está associada a um impacto negativo no estado de saúde e
qualidade de vida dos idosos.
Causas Psicológicas
As alterações sociais -diminuição da atividade, perda
de entes próximos, etc. -que ocorrem nesta fase da vida estão
associados ao desenvolvimento de depressão.
Fontes de stress, como a redução dos rendimentos, evolução
de uma doença crónica, perda gradativa da independência
ou isolamento social
Depressão

Biológicas:

Teoria das Monoaminérgica-défice de neurotransmissores


monoaminérgicos (serotonina, noradrenalina e dopamina).
A grande maioria dos fármacos que estão hoje disponíveis
para o tratamento desta perturbação baseiam-se nesta hipótese
Depressão

Sintomas:
Diminuição da concentração e memória
Problemas de sono
Diminuição do apetite
Perda de peso
Queixas somáticas (como dores pelo corpo)
Tristeza, desânimo, angústia, falta de vontade, choro com
facilidade
Depressão
Diagnóstico:
Avaliação pelo psiquiatra e neurologista (para descartar a
demência) da sintomatologia.
Historial clínico.
Tratamento:
Psicoterapia;
Em depressões menos graves pode ser suficiente o tratamento
psicoterapêutico. Porém, em casos moderados a graves a utilização
de fármacos é fundamental, quer como agente terapêutico em si, quer
por estabilizar psicologicamente o doente e permitir uma melhor
intervenção psicológica.
Ansiedade
A ansiedade é um sentimento incomodativo, disperso e
indefinido.
Na maioria dos casos, é uma reação normal ao stress do dia-
a-dia, pois é a forma como o corpo humano o enfrenta.
 As reações de ansiedade normais não precisam de ser
tratadas uma vez que elas são naturais e esperadas.
No entanto, quando a ansiedade se transforma num medo
irracional excessivo, pânico e desenvolvimento de fobias, ela
passa a ser patológica e transforma-se num transtorno
incapacitante, conhecido como transtorno de ansiedade.
Ansiedade
Sintomas:
Nos idosos a fragilidade do sistema nervoso autónomo pode
explicar o desenvolvimento deste tipo de transtorno.
Dificuldade de concentração
Desorientação e perda de memória
Dores musculares e tensão muscular
Dores de cabeça
Falta de ar
Aperto no peito
Ansiedade
Sintomas:
Tremores
Transpiração excessiva
Fadiga
Irritabilidade
Insónias
Perturbações no sono
Ansiedade
Tratamento:
Terapias de relaxamento (ensaios de respiração, yoga…)
Terapia psicológica
Medicamentos sujeitos a receita médica:
Benzodiazepinas –agonistas dos recetores GABA inibindo as
respostas serotoninérgicas–exemplos: diazepam, lorazepam,
bromazepam, alprazolam, loflazepatode
etilo,clorazepatodipotássico. – Na sua generalidade são
seguros
Patologias génito-urinárias
Infeção urinária

A infeção urinária corresponde à proliferação de um


microrganismo, bactéria ou fungo, em qualquer parte do sistema
urinário, causando sintomas como dor, desconforto e sensação de
queimação ao urinar, por exemplo.
Na maioria das vezes, os sintomas de infeção surgem devido

ao desequilibrio da microbiota da região genital, devido ao


estresse ou à falta de higiene, por exemplo.
 Como tratar: O tratamento para infeção urinária deve ser

recomendado pelo urologista de acordo com os sinais e


sintomas apresentados pela pessoa, bem como de acordo com
o resultado dos exames de urina solicitados, sendo
normalmente indicado o uso do antibiótico.
Insuficiência renal
A insuficiência renal é caracterizada pela dificuldade do rim de

filtrar o sangue corretamente e promover a eliminação


de substâncias nocivas para o organismo, ficando acumuladas no
sangue e podendo resultar em doenças, como aumento da pressão
arterial e acidose sanguínea, que leva ao aparecimento de alguns
sinais e sintomas característicos, como falta de ar, palpitações e

desorientação, por exemplo.


 Como tratar: Quando a insuficiência renal é identificada logo

que aparecem os primeiros sintomas, é possível revertê-la


através do uso de medicamentos indicados pelo urologista ou
nefrologista e através de mudança nos hábitos alimentares com
o objetivo de evitar a sobrecarga renal.
 Além disso, em alguns casos pode ser recomendada a

realização de hemodiálise para que o sangue seja filtrado e as


substâncias acumuladas sejam removidas.
Patologias auditivas
Diga Não a som ou ruídos altos

Limitar a exposição frequente e prolongada a sons e ruídos

altos ou repentinos é a primeira regra a seguir se deseja proteger


sua audição.
 Música sim, mas com moderação

 Se ouve muitas horas de música com auriculares ou

auscultadores, mantenha o volume num nível que lhe permita


ouvir os sons exteriores.
 Leve uma vida saudável

 Fazer exercícios, reduzir o consumo de álcool e de tabaco e

moderar a ingestão de cafeína, sal, gorduras e açúcares são


pequenos gestos diários que mantêm sua audição saudável.
 Os medicamentos

 A ingestão prolongada de certos medicamentos, como alguns

antibióticos ou diuréticos, podem ter efeitos ototóxicos no


delicado funcionamento da audição.
 É sempre recomendável que tome medicamentos, somente

prescritos por médicos e que obedeça aos horários e modos de


administração indicados.
Higiene das orelhas

Água e sabões são os melhores aliados na limpeza dos seus

ouvidos e não deve usar cotonetes para remover a cera.


Saúde oral

COM A IDADE QUAIS OS PRINCIPAIS


PROBLEMAS QUE PODEM SURGIR NA
CAVIDADE ORAL, NOS DENTES, NAS
GENGIVAS E NAS MUCOSAS?
Os problemas mais comuns que surgem com a idade são
 as cáries, principalmente as cáries radiculares (raízes dos dentes),

a doença periodontal (gengivas),

a perda de dentes,

as alterações funcionais da cavidade oral (mastigação),

o desgaste dentário,

o cancro oral,

a xerostomia (sentir a boca seca) e

a dor crânio-facial.
PERANTE PROBLEMAS COM A MINHA SAÚDE
GERAL POSSO FAZER TRATAMENTOS COM
SEGURANÇA NO MEU DENTISTA?

Sim, é importante visitar o Médico Dentista e

informá-lo de todos os problemas de saúde e dos


medicamentos que está a tomar.
É IMPORTANTE INFORMAR O MEU MÉDICO
DENTISTA DE TODOS OS MEDICAMENTOS
QUE TOMO?
Sim, pois alguns medicamentos quando tomados de

forma continuada tem repercussões na cavidade oral e


nos tratamentos.
Ajudas técnicas em geriatria

O que são produtos de apoio?


"Qualquer produto (incluindo dispositivos, equipamentos,

instrumentos, tecnologia e software), especialmente produzido


ou geralmente disponível, para prevenir, compensar,
monitorizar, aliviar ou neutralizar as incapacidades, limitações
das atividades e restrições na participação" (Norma ISO
9999:2007).
 Os produtos de apoio podem ser utensílios simples ou

complexos que podem envolver alta tecnologia,


nomeadamente electrónica, informática ou telemática.

Exemplos de produtos de apoio são:


Cadeiras de rodas, andarilhos, canadianas,
Almofadas para prevenir úlceras de pressão,

colchões ortopédicos, camas articuladas,


 Materiais e equipamentos para a alimentação (garfos, colheres,

pratos, copos adaptados),


 Materiais e equipamentos para o vestuário (pinças, ganchos,

luvas de proteção, vestuário apropriado),


 Materiais e equipamentos para a higiene (barras de apoio,

assentos de banheira, cadeiras e bancos para o banho,


banheiras, material antiderrapante),
 Materiais e equipamentos para a comunicação (canetas

adaptadas, computadores, tabelas de comunicação,


dispositivos para virar folhas, amplificadores de som,
telefones),
 Adaptações para carros (assentos e almofadas especiais,

adaptações personalizadas para entrar e sair do carro,


adaptações para os comandos do carro),
 Elevadores de transferência,
 Os produtos de apoio destinam-se às pessoas com deficiência

ou incapacidade, aos idosos ou, aos que de forma temporária


ou definitiva, necessitam de as utilizar.
 São meios indispensáveis para a funcionalidade e integração

das pessoas com incapacidade ou deficiência.


A quem se destinam os produtos de apoio?
Como já foi referido, os produtos de apoio destinam-se a todas

as pessoas com deficiência ou incapacidade, permanente ou


temporária, para uma melhor funcionalidade no seu dia-a-dia de
forma mais rápida, adaptada e com economia de esforço.
Como deve ser realizada a escolha dos produtos de apoio?
Escolher um produto de apoio é um processo que deve ser feito

de uma forma cuidada, refletida e rigorosa.


Deve ser feita uma avaliação, com a presença da pessoa com

necessidades especiais, pelos técnicos ou médicos


especialistas.
Todos estes materiais devem ser seguros, resistentes, duráveis
e esteticamente aceitáveis pelo próprio e pelos seus familiares. O
utilizador deverá informar-se junto dos técnicos e dos
fornecedores qual a melhor solução em termos económicos,

valorizando o binómio custo/eficácia.


Estratégias de marketing no cliente geriátrico

 Os profissionais de marketing de hoje gastam tempo e

recursos consideráveis ​tentando descobrir como alcançar o


crescente mercado milenar.
 Embora os millennials ocupem a maior parte da população (75.3

milhões), focá-los exclusivamente significa perder outros dados


demográficos igualmente importantes. Muitos profissionais de
marketing começaram a reorientar seus esforços em direção a
um segmento populacional alternativo de alto gasto - baby
boomers e idosos.
O mercado sénior compreende quatro grandes
grupos:
Pré-aposentados (50-65): O termo senior geralmente

começa a partir dos 55 anos de idade, mas muitas pessoas


que completam 50 anos também estão planejando se
aposentar. Além disso, os cônjuges mais jovens (de 45 a
54 anos) casados ​com aposentados mais velhos costumam
estar prontos para fazer mudanças financeiras e decisões
antes da aposentadoria.
Avós e parentes (mais de 50): Os avós e os membros

mais velhos da família merecem segmentação separada,


porque costumam gastar seu dinheiro com parentes.
Aposentados ativos (65+): Refere-se a idosos que não

recebem mais renda ativa. Seu dinheiro é proveniente


de poupança, ativos, previdência social, pensões e
muito mais. Este segmento da população existe com
uma “renda fixa”.
Por que comercializar para idosos?
Enquanto os idosos respondem a anúncios
tradicionais, eles são cada vez mais entendidos em
tecnologia - mídia móvel e social em particular.
Ao criar produtos e serviços direcionados para idosos,

deve ter em conta que eles estão cada vez mais ativos e
procuram alegremente hobbies e entretenimento. Eles são
mais do que parecem ser.
Perguntas a colocar ao utente
Encaminhamento para o médico
 O encaminhamento de pacientes é uma prática comum em

consultórios e clínicas.
 Afinal, um único profissional não consegue resolver todos os

problemas de saúde com os quais se depara. Nestes casos, o


médico precisa encaminhar o paciente a outro especialista.
 Por mais simples que pareça, o encaminhamento de
pacientes merece tanta atenção quanto qualquer parte do
atendimento.
Ter uma boa gestão de encaminhamento de idosos s é

essencial para garantir que eles não abandonem o


tratamento.
Acima de tudo, o processo de encaminhamento de idosos

não pode ser apenas indicar a necessidade de procurar


um especialista.
Aconselhamento de medicamentos e produtos geriátricos

 O TAF assume um papel de responsabilidade em detetar

fragilidades físicas e psicológicas nos seus utentes,


aconselhar medidas farmacológicas e não-farmacológicas,
mas também acompanhar a evolução do utente, nas suas
visitas à farmácia.
Ao balcão de uma farmácia é muitas vezes percetível a

desorientação do utente idoso.


A perspicácia e a sensibilidade do profissional devem ser

postas em prática no seu atendimento.


Na maior parte dos casos estes utentes evidenciam sinais,

que podem ir de um simples desconhecimento


momentâneo da indicação terapêutica de um
medicamento recorrente, a um esquecimento total da
posologia (dose, frequência e duração do tratamento) por
exemplo, que invocam um cuidado redobrado do
farmacêutico.
Alguns casos revelam especial atenção, sendo importante

repetir várias vezes informações pertinentes,


certificando-se o profissional que o utente sai sem
dúvidas e assim evitando os PRM.
Como forma de superar estes casos é muitas vezes repetida a

posologia de cada medicamento ao longo do atendimento e


recurso a certas “artimanhas práticas”, como no caso de falha de
uma marca que o utente está habitualmente familiarizado, colar
parte da embalagem antiga na nova, para não se desorientar pela
troca de cores.
Sugerir a um familiar a preparação prévia de caixas de

medicamentos, de modo a que seja mais fácil o utente tomar à


hora certa o medicamento certo, também é uma opção, entre
outras abordagens.
Para além disso é muito importante criar uma ficha de acompanhamento com o

histórico dos medicamentos habituais, patologias associadas, reações alérgicas


desenvolvidas, entre outras informações, de modo a que em caso de
impossibilidade de memorização do utente, possa o profissional evitar interações
medicamentosas, ou um aconselhamento arriscado, não pondo em risco a sua
saúde, mas sim zelando sempre pelo seu bem-estar.
MUITO OBRIGADA PELA VOSSA ATENÇÃO!

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