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SAÚDE
Objetivos:
Identificar as especificidades dos cuidados (alimentação, eliminação, higiene e hidratação) a prestar a utentes em final de vida.
Diarreia
Obstipação
Diminuição de apetite
Algumas causas:
alterações do paladar, alterações gastrointestinais, alterações no metabolismo, efeitos intrínsecos do
tumor (caso dos doentes oncológicos), depressão, ansiedade, dor, fadiga e náuseas.
O que fazer:
alimentos preferidos, pequenas quantidades, servir quando o doente tem fome, algum exercício
(estimula o apetite), refeições variadas e apelativas, temperos para dar sabor e cheiros apelativos
aos alimentos (sumo limão, especiarias), focar a atenção no que o doente comeu e não no que ele
deixou.
Disgeusia
Distorção ou diminuição da sensação do paladar e pode ser traduzida como “gosto estranho na boca”.
Algumas causas:
pode ser causada pelo tumor, pelos medicamentos e pela radioterapia na região da cabeça e
pescoço.
Náuseas e vómitos
Algumas causas:
multifatoriais; a administração de muitos medicamentos em elevadas dosagens, tratamentos
químicos ou radioativos, especialmente em tumores que envolvem o sistema digestivo, podem
agravar esses sintomas.
O que fazer:
ingerir fluidos uma hora antes ou depois da refeição, comer alimentos ricos em hidratos de carbono
(por exemplo, torradas), mastigar bem a comida, descansar após as refeições (facilita a digestão),
manter-se fora da cozinha ou comer refeições frias (laticínios, sandes, fruta, gelatina) quando o
cheiro a comida é incomodativo.
Obstipação
Eliminação das fezes em intervalo igual ou superior a três dias, ou menos frequente que o habitual para
o doente.
Algumas causas:
imobilidade, baixa ingestão hídrica, dieta pobre em fibras, hipocaliemia, uso de opiáceos, de
antidepressivos tricíclicos e de cloropromazina.
O que fazer:
dieta rica em fibras (cereais, arroz e massas integrais, fruta e vegetais frescos), beber muitos fluidos,
se o doente tiver dificuldades em engolir, deve cozer ou passar a fruta e os vegetais.
Diarreia
Evacuação líquida das fezes, com ocorrência de três ou mais episódios por dia .
Algumas razões:
alteração da mucosa intestinal, hipersecreção de líquidos para o lúmen intestinal, possíveis
influências dos medicamentos utilizados, a presença de doenças (colite e doença de Crohn),
radioterapia paliativa da região pélvica, infeção microbiológica.
O que fazer:
comer várias refeições ao longo do dia além das 3 habituais, evitar alimentos gordos e fritos,
eliminar temporariamente da sua dieta laticínios (caso sejam estes a causa), beber muitos líquidos
para repor rapidamente aqueles que perdeu.
Obstipação Dieta rica em fibras (fruta, vegetais frescos), beber muitos líquidos.
Náuseas e vómitos Mastigar bem a comida. Comer alimentos ricos em hidratos de carbono.
Perda de apetite Dar atenção ao que se come e não ao que se deixou por comer.
Astenia
Astenia
Perda do controlo dos esfíncteres, podendo conduzir o doente à condição de incontinente para urina e fezes.
A disfunção urinária (retenção ou incontinência) observada em cerca de 50% dos doentes nas últimas 48 horas
de vida.
O que fazer:
importante manter a pele limpa e seca;
utilizar materiais absorventes como fraldas e resguardos (manter doente confortável o máximo de tempo
possível);
quando há obstipação não devem ser tomadas medidas invasivas a não ser que o doente tenha sinais de
desconforto;
se há eliminação vesical, esta deve ser cuidadosamente monitorizada pelo menos a cada 4 horas.
Aparência
Olhos
Quando o doente não é capaz de pestanejar, deve hidratar-se a conjuntiva com gel oftálmico lubrificante
a cada 3 ou 4 horas, ou com soro fisiológico a cada 15 a 30 minutos.
Aparência
Perda de cabelo, peso, olheiras, mudança de cor da pele, são alterações significativas e podem ser
chocantes.
O que fazer:
ajudar o paciente a sentir-se melhor através da compra de chapéus e lenços do seu agrado para cobrir
a cabeça.
Conforto
Tranquilidade – estado de calma ou satisfação
Doentes em fim de vida
sofrimento
Alívio – quando uma necessidade específica foi satisfeita
O que fazer:
transmitir segurança e manter atitude de respeito face ao comportamento do doente;
manter o mais possível constantes os elementos responsáveis pelo acompanhamento (evitar confusão
e desorientação);
descanso noturno facilitado (ambiente calmo e tranquilo, presença de objetos familiares, luz de
presença durante a noite, evitar que o doente fique sozinho durante a noite);
num quadro de delírio, tranquilizar a família referindo que o facto do doente ter comportamentos não
habituais se deve à evolução e declínio do seu estado geral.
O que fazer:
maior preocupação é controlar a dor;
doente não tem de sofrer desnecessariamente;
averiguar e experimentar quais os medicamentos/ tratamentos que controlam a dor;
muitas vezes já há dificuldades de comunicação, por isso, estar atento a sinais de desconforto quer
ocorram em repouso quer ocorram durante a prestação de um cuidado.