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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 48
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INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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1 O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
Fonte: cienciadapele.dermatosaude.com.br
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consumo de álcool, o abuso de tabaco e a poluição ambiental, entre outros, são
fatores que “aceleram” o trabalho do relógio biológico provocando o
envelhecimento precoce. Além disso, o aumento do peso corporal e dos níveis
de açúcar no sangue também colabora para a pele envelhecer antes do tempo.
Tais alterações tem por característica principal a diminuição progressiva
da reserva funcional. Ou seja, um organismo envelhecido, em condições
normais, poderá sobreviver adequadamente, porém quando submetido a
situações de estresse físico, emocional, pode apresentar dificuldades em manter
sua homeostase, e desta forma, manifestar sobrecarga funcional, a qual pode
culminar em processos patológicos, uma vez que há o comprometimento dos
sistemas, endócrino, nervoso e imunológico (FIRMINO, 2006).
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significativas: o seu declínio prejudica a renovação celular da pele,
resultando em afinamento das camadas epidérmicas e dérmicas.
Estresse oxidativo: Desempenha papel central na iniciação e na
condução de eventos que causam o envelhecimento da pele. Ele altera
os ciclos de renovação celular, causa danos ao DNA que promovem a
liberação de mediadores pró-inflamatórios, que, por sua vez,
desencadeiam doenças inflamatórias ou reações alérgicas na pele.
Além disso, células do sistema imunológico, chamadas langerhans,
diminuem com o envelhecimento. Isto afeta a capacidade da pele de
afastar o estresse ou as infecções que podem prejudicar sua saúde.
Com o avançar da idade, diminui-se a imunidade, aumentando a
incidência de infecções, malignidades e deterioração estrutural.
Níveis elevados de açúcar no sangue e glicação: glicose é um
combustível celular vital. No entanto, a exposição crônica à glicose
pode afetar a idade do corpo por um processo chamado de glicação.
Ela pode ocorrer pela exposição crônica ao açúcar exógeno, nos
alimentos, ou endógeno, como no caso do diabetes. A consequência
principal desse processo é o estresse oxidativo celular, tendo como
consequência o envelhecimento precoce.
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necessidades, quando o organismo não produz a quantidade diária
suficiente. O excesso de açúcar também “auxilia” a pele a
envelhecer mais depressa, como já foi dito anteriormente.
Fonte: rsaude.com.br
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Ao analisarmos o envelhecimento facial, devemos enxergar além da pele.
E isso inclui uma abordagem sistematizada com objetivo de relaxamento da
musculatura facial, a reposição do volume, a renovação da pele, remoção de
imperfeições, tratamento de flacidez e o reposicionamento, redefinindo, assim, o
contorno facial perdido no processo de envelhecimento, oferecendo resultados
naturais e sem exageros, pois leva em conta a anatomia e as proporções faciais.
Fonte: envelhecimento97unb.blogspot.com
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inevitável). O dano ao DNA da célula também pode causar danos às células,
levando ao câncer de pele.
2) Dano celular
As células de uma pele jovem, lisa e uniforme nascem, migram para as
camadas mais superficiais da pele, morrem e se renovam em um processo que
pode durar em torno de 30 a 40 dias, o chamado ciclo celular. A partir dos 30
anos, o ciclo celular vai diminuindo, com o passar do tempo, de 30 a 50% em
relação ao que ocorria na adolescência. Com isso, a pele envelhecida renova-
se muito mais lentamente, formando uma superfície rugosa, desidratada,
sensível e espessa.
Com o passar do tempo, ocorre uma perda natural e progressiva da
função das células da pele e qualquer fator externo que ajude ou altere a função
dessas células contribui, e muito, para o dano celular.
O passar dos anos, a nossa genética, o stress do dia a dia, nossos hábitos
de vida, a radiação solar e a poluição agindo em conjunto, levam ao
enfraquecimento das células da epiderme (barreira cutânea) que perde a sua
resistência. Com isso a pele fica seca e desidratada e ocorre enfraquecimento
das células da derme (segunda camada da pele) e por consequência, há
destruição da rede de colágeno, quebra da elastina e ataque dos radicais livres
levando ao aparecimento das rugas.
Fonte: peroladecarlos.blogspot.com
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Os radicais livres são a causa básica do envelhecimento e sua ação no
organismo pode ser mudado por fatores genéticos e ambientais.
O nosso organismo produz radicais livres de uma maneira natural, através
do nosso metabolismo, e esses radicais por sua vez, atacam as nossas células
do corpo. Porém, nossas células conseguem reparar o dano que esses radicais
produzem.
Sendo assim, o nosso organismo consegue controlar o nível desses
radicais produzidos através do metabolismo, desde que todos os nossos órgãos
(células) estejam saudáveis. Mas esse processo que ocorre dentro do nosso
corpo não é a única fonte de radicais livres.
Há fatores externos que podem contribuir para a formação de um excesso
de radicais livres e que podem causar danos irreparáveis. Alguns desses fatores
são:
Poluição ambiental e gases de escapamentos de veículos;
Raios X e radiação ultravioleta do sol (exposição solar)
Cigarro
Colheitas de verduras, legumes e frutas prematuras que as torna
pobre em nutrientes
Gases e águas de efluentes expelidos por industrias poluentes.
Resíduos de pesticidas, herbicidas: sua infiltração em nascentes
de água e culturas de alimentos.
Substâncias presentes em alimentos e bebidas
(agrotóxicos/aditivos químicos, hormônios em carnes de gado,
entre outras)
Álcool, bebidas alcoólicas, drogas químicas e drogas sintéticas.
Estresse psicológico e físico.
Consumo excessivo de gorduras saturadas.
A formação de radicais livres que o próprio organismo não consegue
eliminar (ocasionados pelos fatores citados) está relacionada com o
enfraquecimento do sistema imunológico e com o envelhecimento. Manchas
pigmentadas na pele, rugas precoces, até distúrbios mais sérios como cataratas,
glaucoma, arteriosclerose, artrite, dores lombares, entre outras, são atribuídas à
ação dos radicais livres.
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4) Redução de colágeno e elastina
Fonte: girourbano.com.br
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hidratação natural e o colágeno na pele, o que deixa a pele mais firme, melhor
hidratada e mais jovem. Possui propriedades elásticas que ajudam na
resistência da pele a danos do meio externo. Também permite que as fibras de
colágeno se movam facilmente.
À medida que envelhecemos, as células da pele diminuem a produção de
ácido hialurônico o que desempenha um papel importante na formação das
rugas. O ácido hialurônico também ajuda a combater a ação dos radicais livres.
6) Aumento de inflamação
Quando a camada mais superficial da pele (barreira cutânea) está
danificada ou frágil, o que ocorre durante nosso envelhecimento natural e
também provocado pelo envelhecimento extrínseco, pode ocorrer penetração de
substâncias químicas, alergênicos ou outros irritantes para as camadas mais
profundas que atingem a circulação sanguínea e desencadeiam uma resposta
inflamatória na pele.
Os componentes da barreira da pele são ceramidas, colesterol, lipídios e
ácidos graxos. Eles mantêm a pele impermeável. Reparar a barreira cutânea
com produtos para cuidados com a pele adequados ajudará no tratamento de
várias situações e na prevenção do envelhecimento da pele.
7) Hiperpigmentação
A cor saudável da pele resulta de um equilíbrio na produção, transferência
e degradação da melanina produzida na pele.
A exposição aos raios UV, mudanças hormonais e inflamações modificam
a respostas dos melanócitos (células produtoras de melanina), que produzem
mais melanina deixando a pele hiperpigmentada, com manchas distribuídas
irregularmente pela face.
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2 LIFTING FACIAL (RITIDOPLASTIA) X FIO LIFTING
Fonte: nurkimcirurgiaplastica.com.br
1) Tipos:
Minilifting: Este é um termo utilizado para a cirurgia de face que está
associada a cicatrizes menores que as clássicas. Na verdade, essa cirurgia é a
mesma que o lifting facial, porém maquiado com um termo novo que promete
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menor descolamento com menores cicatrizes. Entretanto, a essência cirúrgica é
a mesma da ritidoplastia clássica.
Lifting temporal: Essa cirurgia é designada para o levantamento da
região temporal, resultando num melhor posicionamento do supercílio, tornando
o olhar mais jovial e descansado. Basicamente, ele levanta a região da cauda da
sobrancelha.
Lifting frontal: Nesse tipo de cirurgia são tratadas as rugas estabelecidas
na região da testa, bem como a musculatura que "gerou" essas rugas, uma vez
que nessa região elas são, na maioria das vezes, dinâmicas, isto é causadas
pela movimentação muscular da região. É como se fosse uma aplicação de
toxina botulínica mais duradoura.
Lifting cervicofacial: É a cirurgia que trata a face e o pescoço, conforme
uma ritidoplastia clássica. Esse procedimento devolverá os tecidos para sua
posição original e tornará a silhueta mais jovial, uma vez que tratará a flacidez e
excesso de pele da face e pescoço, bem como tratará a musculatura abaixo
dessa pele.
Lifting endoscópico: O lifting endoscópio é a cirurgia de face realizada
com o auxílio de um sistema óptico que permite a realização de menores
incisões, porém sem limitar a extensão do descolamento. Ainda se caracteriza
por uma cirurgia que é possível preservar estruturas nobres, uma vez que está
sendo toda feita sob visualização direta, o que não ocorre nas outras
modalidades cirúrgicas. Os resultados são os mesmos da Ritiplastia clássica,
porém com menor trauma cirúrgico e cicatrizes mais discretas.
2) Outros nomes
Face lifting, plástica facial, facelift, ritidoplastia e ritidectomia.
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Pessoas com sulcos profundos, flacidez, vincos nasogenianos (bigode
chinês), rugas, excesso de flacidez e pele, perda de tônus muscular na face
inferior com ausência do contorno da região mandibular são as mais indicadas.
Geralmente é aconselhado após os 40 anos.
5) Plástica eutrófica
Essa é uma nova modalidade de lifting facial em que a incisão é mínima,
restrita ao redor da orelha num raio de quatro centímetros. A técnica não causa
o descolamento da pele, o que mantém os vasos e nervos do rosto intactos e
também impede que o resultado final seja um ar plastificado, sem brilho e
"marmorizado".
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2.2 Fio lifting
Fonte: youtube.com
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Um lifting facial padrão deverá cumprir esses 2 critérios. Os Fios de
Suspensão são passados através do SMAS, dobrando e levantando o mesmo,
sem dissecar e reposicionar, apenas suspendendo. Nesse tipo de procedimento
os Fios de Suspensão se desgastam rapidamente pela tração do SMAS e
cedem, devolvendo ao paciente a face envelhecida. Além disso, como não há
incisão, o excesso de pele permanece.
Sendo assim, o Fio Lifting não é uma opção ruim para se atingir um
resultado mais duradouro, não sendo indicado também para: excesso de tecido
adiposo na face, excesso de pele devido ao envelhecimento avançado, e pele
muito fina com falta de tecido adiposo, por exemplo, pois nesses casos ele não
atingirá o efeito esperado.
O Lifting facial é uma cirurgia plástica indicada para pessoas que
possuem um grau de envelhecimento cutâneo muito grande. O envelhecimento
provoca a queda natural da pele e a flacidez da musculatura da região do rosto.
As regiões do rosto mais afetadas são a testa, as pálpebras, as bochechas
e o pescoço. Nestas regiões o Lifting Facial proporciona o levantamento da pele
através de uma incisão transversal no couro cabeludo, nos dois lados, passando
pelas orelhas e indo até a raiz dos cabelos.
Em geral as pacientes que recorrem a esta técnica nas clínicas de cirurgia
plástica, estão na faixa etária dos 40 anos ou acima.
Existem também as diferenças quanto aos procedimentos, que no caso
do lifting facial é uma cirurgia, portanto envolve todos os cuidados referentes a
qualquer cirurgia, que vai desde a preparação do paciente, o ambiente cirúrgico,
o pós-operatório, etc.
Já o fio Lifting pode ser realizado em consultórios e clínicas, e o paciente
pode voltar ao seu trabalho no mesmo dia, se desejar. Não há necessidade de
ambiente cirúrgico e a anestesia é local.
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3 ANATOMIA BÁSICA DA FACE
Fonte: br.pinterest.com
3.1 Músculos
1. Músculos da mastigação:
Os músculos da mastigação apresentam as seguintes características
comuns:
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Apresentam pelo menos uma inserção na mandíbula.
Atuam ativamente nos movimentos mandibulares.
Apresentam fáscias musculares típicas, destacando- se a fáscia do
músculo temporal.
Derivam-se na sua totalidade do 1° arco braquial, e como tal são
inervados pelo nervo trigêmeo (V par), através de ramos do nervo
mandibular.
São irrigados por ramos da artéria maxilar.
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Fonte: anatonutriuna.blogspot.com
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Ação: Movimenta o escalpo, eleva as sobrancelhas
de um ou de ambos os lados.
É um músculo muito delgado, localizado na fossa
Músculo temporal.
Temporoparietal Ação: Movimenta o escalpo e traciona para trás a
pele das têmporas. Combina-se com o
occipitofrontal para enrugar a fronte e ampliar os
olhos (expressão de medo e horror).
Músculo Auricular É um músculo pequeno e fino, muito difícil de ser
Anterior dissecado. Está situado sobre a aponeurose
epicraniana.
Ação: Traciona o pavilhão da orelha para frente e
para cima
Músculo Auricular Músculo muito delicado em forma de leque,
Superior localizado sobre a aponeurose epicraniana.
Ação: Traciona o pavilhão da orelha para cima
Músculo Auricular Músculo quadrangular, localizado posteriormente
Posterior ao conduto auditivo externo.
Ação: Traciona o pavilhão da orelha para trás
Músculo Orbicular do Este músculo contorna toda a circunferência da
Olho órbita. Divide-se em três porções: palpebral, orbital
e lacrimal.
Ação: Fecha as pálpebras, comprime o saco
lacrimal e movimenta os supercílios
Músculo Abaixador do É um músculo delgado situado medialmente ao m.
Supercílio orbicular do olho.
Ação: Abaixa a pele da fronte e dos supercílios
Músculo Corrugador Pequeno e estreito, com formato piramidal. Para
do Supercílio visualizá-lo é necessário que o m. orbicular do olho
e o m. frontal sejam rebatidos.
Ação: Abaixa a pele da fronte e dos supercílios
Em latim chama-se piramidalis nasi. Recebe este
Músculo Prócero nome por ter formato piramidal e estar situado
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sobre o osso nasal. É quase uma continuação do
m. frontal.
Ação: Abaixa a pele da fronte e dos supercílios
Músculo Nasal É um músculo fino com contorno irregular. É
constituído por duas porções, uma transversa que
comprime o nariz e outra alar que dilata o nariz.
Ação: Dilatação do nariz
Músculo Abaixador do Pode estar ausente em algumas pessoas.
Septo do Nariz Ação: Traciona para baixo as asas do nariz,
estreitando as narinas
Músculo Levantador É um músculo plano e quadrangular, cuja origem é
do Lábio Superior muito ampla.
Ação: Levanta o lábio superior e leva-o um pouco
para frente
Músculo Levantador É um músculo plano e está localizado entre o m.
do Lábio Superior e da nasal e o m. levantador do lábio superior.
Asa do Nariz Ação: Dilata a narina e levanta o lábio superior
Músculo Levantador Em latim chama-se caninus. Tem esse nome
do Ângulo da Boca devido sua fixação de origem. É um músculo plano
e triangular.
Em latim chama-se caninus. Tem esse nome
devido sua fixação de origem. É um músculo plano
e triangular.
Ação: Eleva o ângulo da boca e acentua o sulco
nasolabial
Músculo Zigomático É um músculo cilíndrico e estreito, situado
Menor lateralmente ao músculo levantador do lábio
superior.
Ação: Auxilia na elevação do lábio superior e
acentua o sulco nasolabial.
É mais largo que o zigomático menor, localizado na
Músculo Zigomático bochecha, se estende do osso zigomático à
Maior comissura labial onde se funde as fibras dos
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músculos levantador do ângulo da boca e orbicular
da boca.
Ação: Traciona o ângulo da boca para trás e para
cima (risada)
É plano e delgado, está situado na bochecha e suas
Músculo Risório fibras se confundem com as fibras do músculo
platisma.
Ação: Retrai o ângulo da boca lateralmente (riso
forçado)
Músculo Abaixador do Em latim quadratus labii. É curto e quadrangular,
Lábio Inferior está situado no queixo. Suas fibras parecem ser a
continuação do músculo platisma.
Ação: Repuxa o lábio inferior diretamente para
baixo e lateralmente (expressão de ironia)
Músculo Abaixador do É um músculo plano e delgado localizado sobre o
Ângulo da Boca músculo abaixador do lábio inferior.
Ação: Deprime o ângulo da boca (expressão de
tristeza)
Músculo Mentual É um músculo grosso, cilíndrico e par situado no
queixo sob o músculo abaixador do ângulo da boca.
Ação: Eleva e projeta para fora o lábio superior e
enruga a pele do queixo
Músculo Transverso Não é encontrado em todos seres humanos.
do Mento Ação: Auxilia na depressão o ângulo da boca
Contorna a boca lhe proporcionado função de
Músculo Orbicular da esfíncter. Suas fibras possuem diferentes direções
Boca e se confundem com as fibras de outros músculos
mímicos da boca, o que garante a esse músculo
inúmeros movimentos.
Ação: Movimentam os lábios, as asas do nariz e a
pele do mento
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Importante músculo acessório na mastigação,
Músculo Bucinador mantendo o alimento sob a pressão direta dos
dentes. Está situado sob o músculo masseter.
Ação: Deprime e comprime as bochechas contra a
mandíbula e maxila. Importante para sugar,
mastigar, assobiar e soprar
Fonte: anatomiaonline.com
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A maioria das artérias da face vem do ramo da artéria carótida externa, o
retorno venoso é essencialmente superficial.
Fonte: NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5.ed. Rio de Janeiro, Elsevier,
2011
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Fonte: anatomia-papel-e-caneta.com
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Fonte: pt.slideshare.net
Fonte: auladeanatomia.com
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Os nervos cutâneos do pescoço encobrem os nervos da face. Os ramos
cutâneos dos nervos cervicais, provenientes do plexo cervical, estendem-se
sobre a orelha, a face posterior do pescoço e muito da região parotídea da face
(área que se estende sobre o ângulo da mandíbula).
O nervo trigémeo é o nervo sensitivo para a face e é o nervo motor para
os músculos da mastigação e diversos pequenos músculos. Os processos
periféricos do gânglio trigeminal constituem:
O nervo oftálmico
O nervo maxilar
O componente sensitivo do nervo mandibular
1) Nervo Oftálmico:
Este nervo enerva a pele da fronte, a pálpebra superior, a túnica
conjuntiva e o nariz lateralmente até à ponta. Divide-se em cinco ramos, que
passam para a pele:
O Nervo Lacrimal: que enerva a pele e a túnica conjuntiva da
parte lateral da pálpebra superior;
O Nervo Supra-Orbital: curva-se em torno da margem superior da
órbita na incisura Supra-Orbital. Divide-se em ramos que enervam
a pele e a túnica conjuntiva, na parte central da pálpebra superior
e a pele da fronte;
O Nervo Supra-troclear: curva-se em torno da margem superior
da órbita, medial ao nervo supra orbital. Divide-se em ramos que
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enervam a pele e a túnica conjuntiva, na parte medial da pálpebra
superior e a pele sobre a parte inferior da fronte, próximo do plano
mediano.
O Nervo Infra-troclear: deixa a órbita abaixo do músculo oblíquo
superior. Enerva a pele e a túnica conjuntiva, na parte medial da
pálpebra superior e a parte adjacente da parte lateral do nariz;
O Nervo Nasal Externo: deixa o nariz, emergindo entre o osso
nasal e a cartilagem nasal superior. Enerva a pele da parte lateral
do nariz até à ponta.
2) Nervo Maxilar:
Este nervo enerva a pele da parte posterior do lado do nariz, a pálpebra
inferior, a bochecha, o lábio superior e o lado lateral da abertura da órbita. Divide-
se em três ramos, que passam para a pele:
Nervo Infra-Orbital: é uma continuação direta do nervo maxilar.
Este nervo penetra na órbita e aparece na face através do forame
infra-orbital. Divide-se imediatamente em numerosos pequenos
ramos, que se irradiam a partir do forame e enervam a pele da
pálpebra inferior e a bochecha, o lado do nariz e o lábio superior.
O Nervo Zigomatico-Facial: passa para a face através de um
pequeno forame no lado lateral do osso Zigomático. enerva a pele
sobre a proeminência da bochecha.
O Nervo Zigimatico-Temporal: emerge na fossa temporal através
de um pequeno forame na face posterior do osso Zigomático
enerva a pele sobre a têmpora.
3) Nervo Mandibular:
Este nervo enerva a pele do lábio inferior, a parte inferior da face, a região
temporal e parte da orelha. Divide-se m três ramos, que passam para a pele:
Nervo Mental: enerva a pele do lábio inferior e mento;
Nervo Bucal: enerva a pele sobre uma pequena área da
bochecha;
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Nervo Aurículo-Temporal: sobe desde a margem superior da
glândula parótida, entre os vasos temporais superficiais e a orelha.
Este, enerva a pele da orelha, o meato acústico externo e a face
externa da membrana do tímpano.
4) O nervo facial
É um nervo misto, contendo fibras sensoriais e motoras. As fibras
sensoriais transmitem informações sobre tato, dor e pressão, originadas na
língua e faringe, além de informações produzidas nos quimioceptores dos
brotamentos gustativos.
As fibras motoras inervam os músculos da expressão facial, sendo este o
nervo facial propriamente dito (DANGELO e FATTINI, 2005).
O nervo facial origina-se no núcleo facial, situado na ponte, e emerge da
parte lateral do sulco bulbo-pontino próximo, portanto, do cerebelo (ângulo ponto
cerebelar).
5) Nervo mandibular
Esse nervo sai do gânglio trigeminal, passa pelo forame oval, chegando a
fossa infra-temporal, dando origem a 6 ramos.
Junto com a raiz motora, passa através do forame oval para a fossa
infratemporal. Desta forma ele se reúne com a raiz motora e então se divide em
ramos que são classificados em divisão anterior e posterior.
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4 FIO LIFTING OU LIFTING COM FIOS
Fonte: laopcionnatural.com
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O lifting com fios consegue devolver a firmeza do rosto e do pescoço
através de um tipo de tecido de malha onde os fios são interligados e
cruzados. Esta “máscara” é então colocada na pele para segurar o tecido facial.
Fonte: espacosauderio.com.br
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Fonte: amaderm.com.br
No rosto:
Rugas da testa horizontais e verticais
Testa, bordas externas das sobrancelhas, tecidos moles,
sobrancelhas caídas, pálpebra inferior (bolsas)
Bochechas
Dobras naso-labial (bigode chinês)
Queixo duplo
Efeito V-lifting
Contorno da Mandíbula
Dobras de pele no rosto
Melasma.
No corpo:
As pregas e rugas da pele no pescoço e decote (colo)
Tecido flácido
Pele "insensível" e tecido subcutâneo (especialmente após a
lipoaspiração)
Obesidade - braços, abdômen
Crescimento de cabelo
Acne ativa.
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5 PRINCIPAIS TIPOS DE FIOS PARA LIFITING
5.1 Absorvíveis
1) PDO -Polidioxanona
Os fios de PDO é uma fibra sintética biodegradável e totalmente absorvido
pelo organismo humano, é indicado para áreas que necessitam de um efeito de
“lifting” facial e áreas que precisam de estímulo de colágeno, a técnica por assim
dizer reposiciona o colágeno endógeno a partir de uma neoformação do mesmo,
organizando as fibras e devolvendo tônus a pele.
O fio de sustentação PDO é absorvido pelo organismo pelo processo
conhecido como hidrólise, na qual a medida que o fio perde o seu volume
externo, o organismo deposita colágeno, elastina, fibroblastos, etc,
reposicionando assim as fibras colágenas.
Exemplo:
Miracu: São fios de polidioxanona (PDO) é uma fibra sintética
potente, que consiste em um filamento (mono-filamento) ou dois
filamentos torcidos sólidos (poli-filamentos).
Fonte: pinterest.pt
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2) Poliláticos
Já o fio polilático, composto pelo ácido homônimo, é um fio bem maior e
mais resistente. Devido ao seu tamanho e espessura, permite a realização de
um lifting com melhores resultados.
Como a substância do qual é composto demora mais para ser absorvido,
tem maior duração, chegando a um ano e meio. Esse tipo de fio tem duas
apresentações diferentes, sendo que a diferença está numa espécie de âncora
que um deles possui.
O fio sem a âncora produz um lifting leve a moderado e produz muito
colágeno, deixando a pele com aspecto mais jovem. O seu procedimento de
implantação leva cerca de uma hora.
Já a versão com com âncora têm um poder de lifting muito maior, pois
permite dar “nós” com mais facilidade e puxar mais a membrana da pele. Apesar
de sua absorção acontecer em cerca de 18 meses, após o procedimento, a pele
do paciente mantém aparência mais renovada e “jovem” do que antes de realizá-
lo. Isso porque ele é capaz de deixar um histórico de produção de colágeno, que
o nosso corpo não fabricaria por conta própria.
Exemplo:
Silhouette: Composto de ácido polilático e possui cones que
garantem a tração da pele pela fixação no tecido subcutâneo. O
material de que o fio é composto também estimula gradativamente
a produção de colágeno.
Fonte: drsiew.com
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3) Fio italiano
É aplicado no subcutâneo para tratamento de flacidez e rugas, além de
atuar no reposicionamento dos tecidos a fim de gerar um efeito de lifting. O
material é composto de polidioxanona (PDO) ou polilático-caprolatona, ambos
compostos absorvíveis que estimulam a produção de colágeno, elastina e ácido
hialurônico, contribuindo para restauração da elasticidade, cor, textura,
hidratação, perfusão sanguínea e firmeza da pele.
Dessa forma o efeito lifting permanece mesmo após a absorção do fio,
sendo visível também sua contribuição para a saúde da pele. A aplicação do fio
italiano permite uma aparência mais natural, pois apenas reposiciona os tecidos.
Fonte: quimicaeuropea.com.pe
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5.2 Não absorvíveis
1) Fio Russo
O Fio Russo toma este mesmo nome, porque surgiu da invenção de um
cirurgião de nacionalidade russa, Marlen Sulamanidze. O procedimento é
realizado a partir de um fio de polipropileno.
O fio de polipropileno é um material que não é absorvido pelo organismo,
não alergênico e resistente a deslocamentos, sendo já utilizado há muitos anos
por vários cirurgiões de áreas diversas.
Esse material possui farpas que são direcionadas a determinadas
direções, conforme a área da pele que será trabalhada. Assim, depois de um
efeito de elevação, as farpas permitem que o fio se mantenha fixo no local, sem
deslocamento, promovendo uma ação imediata até que um novo tecido se forme
e deixe a região com ótimo aspecto.
Ele possui “garrinhas” dispostas em sentido oposto das extremidades
para o centro do fio. Ao ser colocado na gordura debaixo da pele o fio eleva a
pele “caída” através das garrinhas que ficam na extremidade inferior, enquanto
as garrinhas da extremidade superior sustentam essa elevação da pele.
Como a trajetória e a tração exercidas pelas garrinhas do fio correm no
sentido póstero-superior do rosto (para o alto e para os lados), os tecidos faciais
são retesados na mesma direção. Por isso, a face volta a se erguer e a desafiar
a gravidade.
Fonte: levimadeira.com.br
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A ação de elevação dos tecidos flácidos é ainda potencializada pela
reação normal do organismo em querer expulsar todo corpo estranho que nele
é introduzido. Por essa razão, depois da melhora imediata com a implantação
dos fios, há uma melhora adicional durante os próximos 6 a 9 meses.
O fio promove a sustentação imediata, e com o passar do tempo dá-se a
formação de novo tecido, que ajudará a essa nova sustentação. A
compatibilidade com os tecidos faciais permite uma pacífica aceitação por parte
do organismo humano.
O fio russo apesar de ser maioritariamente aplicado no rosto, pode
também ser aplicado no corpo, no pescoço e em outras regiões do corpo, como
seios e braços.
2) Fio búlgaro
É praticamente a mesma coisa do fio russo, a diferença é que a fixação é
realizada em um osso, amarrando os tecidos e usando um material
chamado policaproamida. É um fio elástico e trançado que nunca se rompe,
acompanhando as características naturais da pele e com alta adaptação aos
tecidos, por isso, não deixa a expressão ‘paralisada’ como acontece com o botox.
O fio búlgaro é bem versátil e ideal para diversas áreas do corpo, indicado
para sobrancelhas, bigode chinês, atenuar a maçã do rosto e corrigir variadas
imperfeições que deixam muitas pessoas insatisfeitas e desesperadas. Tem uma
ótima duração – cerca de 5 anos – e é uma técnica pouco invasiva, que não
necessita internação, dura pouco tempo e proporciona uma recuperação rápida,
sem inchaços e outros incômodos.
3) Fio italiano
É aplicado no subcutâneo para tratamento de flacidez e rugas, além de
atuar no reposicionamento dos tecidos a fim de gerar um efeito de lifting. O
material é composto de polidioxanona (PDO) ou polilático-caprolatona, ambos
compostos absorvíveis que estimulam a produção de colágeno, elastina e ácido
hialurônico, contribuindo para restauração da elasticidade, cor, textura,
hidratação, perfusão sanguínea e firmeza da pele.
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Dessa forma o efeito lifting permanece mesmo após a absorção do fio,
sendo visível também sua contribuição para a saúde da pele. A aplicação do fio
italiano permite uma aparência mais natural, pois apenas reposiciona os tecidos.
1) Fio Polidioxanona
A técnica do fio de polidioxanona foi descoberta na Coreia, em meados
do ano 2006, pelo renomado Dr.Kwon Han, coreano cirurgião estético,
presidente e diretor de importantes associações de medicina estética em
diversos países asiáticos.
A descoberta da utilização deste fio foi apenas por observação. O Dr Han,
percebeu que a cicatriz ficava menos evidente com a utilização do fio de
polidioxanona e também, a pele em volta ficava com um aspecto mais jovem.
O trabalho foi desenvolver uma técnica que colocasse os fios embaixo da
pele de uma forma menos traumática possível. Ele desenvolveu uma agulha, tão
fina como a de acupuntura, capaz de deixar o fio na pele.
Combinando finas agulhas de acupuntura com o fio Polidyoxanone PDO
ou PDS, surgiu uma forma de aplicação com invasão mínima. Essa combinação
permite a inserção muito sutil do fio nos locais desejados de forma quase
imperceptível pela derme.
Polidioxanona: É um material conhecido e utilizado na medicina há
muitos anos, principalmente para a produção de suturas subcutâneas e pele, em
cirurgia cardiaca, gastroenterologia, urologia, ginecologia, oftalmologia, como
outras.
PDO (polidioxanona): é uma fibra sintética potente, que consiste em um
filamento (mono-filamento) ou dois filamentos torcidos sólidos (poli-filamentos)
que se dissolvem após um determinado período de tempo no tecido.
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Fonte: polidioxanona.com.br
2) Ácido polilático
O poliácido láctico (PLA ou ácido polilático) é um polímero constituído
por moléculas de ácido lático, com propriedades semelhantes às do tereftalato
de polietileno (PET) que é utilizado para fabricar envases, mas que também
é biodegradável. Degrada-se facilmente em água e dióxido de carbono.
É totalmente biocompatível com o tecido cutâneo, não causando reações
alérgicas ou formação de granulomas. É totalmente decomposto, assim não há
riscos futuros quanto a presença do produto.
O ácido polilático é uma substância que tem várias finalidades, mas
quando se trata de estética é utilizada para volumização, preenchimento facial e
tratamento de flacidez da face e corporal.
É indutor da formação de colágeno na pele, células responsáveis pela
sustentação e firmeza da pele.
Após aplicado na pele, ele será processado pelas células. Nesse
processo há uma ativação da formação de colágeno endógeno, que por sua vez
promove o aumento da espessura das camadas da pele, uma melhora da
elasticidade e preenchimento dos sulcos, linhas e rugas.
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A falta de colágeno é um dos principais motivos para diminuição da
espessura da pele e formação de rugas. Assim, ao repor o nosso colágeno,
passamos por uma melhoria desse tecido.
O Sculptra é o ácido polilático mais comumente usado.
Fonte: mercadolivre.com.br
É utilizado para diversos tratamentos:
Tratamento e aumento de áreas deprimidas da pele e especialmente
áreas de flacidez.
Tratamento de flacidez da pele.
Tratamento de flacidez corporal, como flacidez das mãos, flacidez dos
braços e axilas, flacidez abdominal (flacidez na barriga após
emagrecimento ou pós gravidez), flacidez do bumbum e das coxas.
Tratamento de flacidez do pescoço e do colo.
Tratamento de sulco nasogeniano e labiomentoniano (“bigode chinês” e
rugas de “marionete”).
Tratamento de perda da gordura facial (lipoatrofia), incluindo os casos de
pacientes HIV tratados com medicamentos antiretrovirais.
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6 PROCEDIMENTO – FIO LIFTING
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Fonte: drmoisesdemelo.com.br
Fonte: drmoisesdemelo.com.br
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Possíveis efeitos colaterais
Desconforto temporário e dor nas têmporas ou atrás da orelha.
Pode ocorrer inchaço e hematoma pós-operatório, mas são
mínimos.
Alguns pacientes apresentam dificuldade em abrir a boca
amplamente.
Franzidos ou ondulações na pele assim como pregas geralmente
desaparecem dentro de duas a três semanas.
Vermelhidão nos pontos de inserção.
Hematomas no caso de se romper algum capilar.
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6.2 Vantagens e desvantagens desse procedimento
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Aos 12 meses, não há vestígios dos fios (no caso de não fazer uma
nova aplicação).
Em uma porcentagem muito baixa, um fio pode quebrar e causar
riscos para a saúde.
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"APTOS" threads: featherlift. Otolaryngol Clin N Am. 2005;38:1109-17.
Roberts e Peter Walter; trad. Ana Beatriz Gorini da Veiga et al. – 4.ed.-Porto
Alegre: Artmed, 2004
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