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Patologias corporais

Prof.ª: Janaína Alves


janaina.alves@ibmr.br
LIPODISTROFIA LOCALIZADA
Tecido Adiposo é composto por
uma matriz de tecido conjuntivo,
tecido nervoso, células vasculares,
nódulos linfáticos, células imune,
fibroblastos, adipócitos e pré-
adipócitos.

Adipócitos são células específicas


feitas para armazenamento de
lipídeos (gorduras).
Tecido adiposo Unilocular mais conhecido como o
tecido de armazenamento de gordura. Tecido
adiposo branco.

Tecido adiposo Multilocular, sua principal função é


a manutenção do calor corporal. Tecido adiposo
marrom
Esquema gráfico que representa a pele masculina à esquerda e a pele feminina a direita
HIDROLIPODISTROFIA GINÓIDE
CELULITE/ HDLG/ FEG

Hidrolipodistrofia Ginóide (HLDG).


Fibra edema Gelóide (FEG).
Paniculopatia Edematofibroesclerótica.
FATORES PREDISPONENTES

SEXO

IDADE

GENÉTICA
FEMININO X MASCULINO
FATORES CONDICIONANTES
ESTRESSE

FUMO

MAUS HÁBITOS ALIMENTARES

SEDENTARISMO

AUMENTO DA PRESSÃO CAPILAR

ALTERAÇÃO NO SISTEMA LINFÁTICO


HIPERTROFIA
ADIPOCITÁRIA
FATORES HORMONAIS

O estrogênio provoca uma hipersensibilização das


células adiposas e favorece retenção hídrica no
local, por isso, a HDLG é predominante nas
mulheres durante a gravidez, no uso de
anticoncepcional e medicamentos à base de
hormônios.
AÇÃO HORMONAL
LOCAIS PEREFERÊNCIAIS DA HDLG
TIPOS DE HDLG

Flácida: Geralmente tem início em pessoas acima de 35 anos, ou pessoas que perdem peso muito
rápido. Neste caso, pode apresentar também uma flacidez muscular, por isso é comum em pessoas
sedentárias.

Compacta: HLDG que tem aspecto mais rígido, com mais fibras, dá geralmente em pessoas mais
jovens – e neste caso, o contorno corporal e a anatomia estética estão mantidas.
TIPOS DE HDLG

Edematosa: é a mais feia de se ver, porque é a que mostra mais “furinhos” e depressões, com uma
pele de aspecto estranho e geralmente a pessoa refere dor quando é palpada. Porém é a mais fácil
de ser tratada, porque se trata de um tecido congestionado – com muita água.

Mista: A forma mista pode unir as características compacta e flácida com a edematosa, ou seja,
pode ser uma HLDG flácida-edematosa ou compacta-edematosa.
GRAUS DA CELULITE

Grau I: Alteração estética só é


percebida quando há movimentação
ou compressão local. Assintomática.
Presença de alterações de relevo, com
leves ondulações.

Grau II: Presença de alteração de


relevo sem contração muscular. Os
“furinhos” são visíveis, mas não
densos. A temperatura pode ser menor
nas regiões mais afetadas. Menos
circulação local.
GRAUS DA CELULITE

Grau III: Presença de retrações


(furinhos) numerosas e visíveis sob
repouso. Pode ter alteração de cor
(roxa ou vermelha). Alteração de
menor temperatura local. Pode haver
dor local.

Grau IV: Presença de macro nódulos e


retrações, com grandes ondulações.
Grande déficit circulatório. Presença de
dor intensa no local. Redução térmica
no local.
ENVELHECIMENTO CUTÂNEO
O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, no
qual as alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas
alteram o funcionamento orgânico, aumentando a suscetibilidade
às agressões intrínsecas e extrínsecas.

Fatores Intrínsecos Alterações


Alterações
+ Morfológicas e
Proteicas
Fatores Extrínsecos Funcionais
COLÁGENO

Proteína estrutural mais abundante do


organismo
Produzido por células presente na camada
dérmica denominada FIBROBLASTOS e
depositado nos espaços extracelulares.
São cadeias polipeptídicas tríplice, que
assumem um arranjo helicoidal e possuem
uma sequência repetitiva de aminoácidos.
Diferença entre as cadeias alfa origina os
diferentes tipos de colágeno: mais de 25
tipos de colágeno: rigidez, elasticidade,
força de tensão variáveis
COLÁGENO
TIPOS

TIPO I
O mais abundante entre os tipos de colágeno, o tipo I é encontrado nos tendões, na cartilagem fibrosa,
no tecido conjuntivo frouxo comum e no tecido conjuntivo denso. Este tipo forma fibrilas longas espessas
que organizadas dão grande resistência aos tendões. Dessa maneira, proporciona suporte para a
elasticidade da pele e melhora a saúde das juntas. Também é indicado para a saúde das unhas e cabelos.

TIPO II
O tipo II de colágeno é produzido pelos condrócitos e aparece na cartilagem hialina e na elástica. Sua
forma é semelhante ao tipo I, mas possui menor diâmetro. Está presente nos olhos, cartilagem e discos
intervertebrais. Assim, o tipo II é uma ótima solução para problemas nas cartilagens e articulações.
Entre elas, a artrite, em que o colágeno tipo II ajuda na recomposição da cartilagem.

TIPO III
Também em formato fibrilar, o tipo III é o segundo mais abundante e é encontrado na pele, útero, vasos
arteriais e intestinos. No entanto, esse tipo é o primeiro a diminuir sua produção natural no corpo, sendo
seus benefícios notados por meio da suplementação.
FATORES INTRÍNSECOS
Esperado Previsível Inevitável Progressivo
CAUSAS
Genética: com o tempo, as células vão perdendo sua capacidade de se
replicar. Este fenômeno é causado por danos no DNA decorrentes da radiação
UV, de toxinas ou da deterioração relacionada à idade. Conforme as células
vão perdendo a velocidade ao se replicar, começam aparecer os sinais de
envelhecimento.

Hormônios: ao longo dos anos há diminuição no nível dos hormônios sexuais,


como estrogênio e testosterona, e dos hormônios do crescimento. Em
mulheres, a variação nos níveis de estrogênio durante a menopausa é
responsável por mudanças cutâneas significativas: o seu declínio prejudica a
renovação celular da pele, resultando em afinamento das camadas
epidérmicas e dérmicas.
CAUSAS
Estresse oxidativo: desempenha papel central na iniciação e na condução de
eventos que causam o envelhecimento da pele. Ele altera os ciclos de
renovação celular, causa danos ao DNA que promovem a liberação de
mediadores pró-inflamatórios, que, por sua vez, desencadeiam doenças
inflamatórias ou reações alérgicas na pele. Além disso, células do sistema
imunológico, chamadas langerhans, diminuem com o envelhecimento. Com o
avançar da idade, diminui-se a imunidade, aumentando a incidência de
infecções, malignidades e deterioração estrutural.

Níveis elevados de açúcar no sangue e glicação: glicose é um combustível


celular vital. No entanto, a exposição crônica à glicose pode afetar a idade do
corpo por um processo chamado de glicação.
ENVELHECIMENTO COLÁGENO

Ligações  Resistência a
cruzadas colagenase

 Rigidez Dificuldade difusão


dos tecidos nutrientes

DETERIORAÇÃO DA FUNÇÃO CELULAR


O sistema elástico é o componente
responsável pela elasticidade do tecido
conectivo, encontrando-se em maior
quantidade nos tecidos e órgãos que
sofrem maior tração e extensão (pele,
parede arterial, pulmões).

ALTERAÇÕES COM O ENVELHECIMENTO:


• Aumento da quantidade de fibras
elásticas, porém com alteração da
composição;
• Fragmentação e deposição de cálcio.

REDUÇÃO DA ELASTICIDADE TECIDUAL


FATORES EXTRÍNSECOS
Fumo Álcool Má Nutrição Exposição Solar Estresse
CAUSAS
Radiação solar: atua na pele causando desde queimaduras até
fotoenvelhecimento e aparecimento de câncer da pele. A pele fotoenvelhecida é
mais espessa, por vezes amarelada, áspera e manchada, e há um maior número
de rugas.
Tabaco: fumantes possuem marcas acentuadas de envelhecimento na pele. O
calor da chama e o contato da fumaça com a pele provocam o envelhecimento e
a perda de elasticidade cutânea. Além disso, o fumo reduz o fluxo sanguíneo da
pele, dificultando a oxigenação dos tecidos.

Álcool: altera a produção de enzimas e estimula a formação de radicais livres,


que causam o envelhecimento.

Movimentos musculares: movimentos repetitivos e contínuos de alguns


músculos da face aprofundam as rugas, causando as chamadas marcas de
expressão, como as rugas ao redor dos olhos.
CAUSAS
Radicais livres: são uns dos maiores causadores do envelhecimento cutâneo. Os
radicais livres se formam dentro das células pela exposição aos raios ultravioleta,
pela poluição, estresse, fumo etc. Acredita-se que os radicais livres provocam
um estresse oxidativo celular, causando a degradação do colágeno (substância
que dá sustentação à pele) e a acumulação de elastina, que é uma característica
da pele fotoenvelhecida.

Bronzeamento artificial (Câmara de bronzeamento): pode causar o


envelhecimento precoce da pele (rugas e manchas) e a formação de câncer da
pele. A realização desse procedimento por motivações estéticas é proibida no
Brasil desde 2009.

Alimentação: uma dieta não balanceada contribui para o envelhecimento da


pele. Existem elementos que são essenciais e devem ser ingeridos para repor
perdas ou para suprir necessidades, quando o organismo não produz a
quantidade diária suficiente.
FLACIDEZ
TISSULAR
É o resultado de causas intrínsecas, como o
envelhecimento e extrínsecas, como um
processo excessivo de emagrecimento
gestações, sol, má alimentação
(desnutrição) e até tabagismo.

Na flacidez tissular, a pele perde a sua


elasticidade, seu tônus e com isso, o
aspecto inestético é inevitável. Aparece
geralmente a partir da terceira década da
mulher e em partes bem visíveis do corpo:
como abdômen, coxas, glúteos, rosto e
braços.
De acordo com o dicionário
Aurélio, o termo flacidez é
relacionado à quantidade ou
estado flácido, ou seja: mole,
frouxo, lânguido.
O fibrócito é um fibroblasto
que tem menor atividade
sintetizante de proteínas,
mas que não parou de
produzi-las totalmente.
FLACIDEZ
MUSCULAR
A flacidez muscular é um estado de onde se observa
um aspeto de “amolecimento” dos músculos. Ela
instala-se quando o músculo, por falta de exercício e
pelo envelhecimento, perde tonicidade. Também
pode ser causada pelo sedentarismo, gestação e por
dietas radicais desequilibradas. No envelhecimento
fisiológico, observamos perda de massa muscular
esquelética de forma progressiva e contínua que vai
sendo substituída por tecido adiposo (gordura). A
perda de massa muscular é menor nas pessoas que
mantêm uma atividade física constante.
A flacidez muscular refere-se à diminuição do tônus muscular, estando
o músculo pouco consistente
ESTRIAS

As estrias são cicatrizes que se formam quando


há destruição de fibras elásticas e colágenas na
pele, normalmente causada por um estiramento
da pele. As linhas são formadas por causa da
diminuição da espessura da derme e da
epiderme. Elas podem coçar e arder, mas em
geral não apresentam sintomas com seu
aparecimento.
CAUSAS

Gravidez, aumento de peso, colocação de prótese mamária, uso de


anabolizantes, ou por fatores hormonais como o uso de estrógeno e
hormônios adrenocorticais. O uso prolongado de tratamentos com
corticoides também pode desencadear estrias no corpo. Fatores genéticos
também podem estar envolvidos.
TIPOS

Rubra/violácea – São as estrias vermelhas, mais


recentes. Possuem a característica de serem
hipertróficas devido ao edema local causado pelo
processo inflamatório.

Alba/anacaradas – São as estrias brancas, mais


antigas. Ausência de processo inflamatório, perda de
matriz dérmica e fibras elásticas.

Outra característica importante: Tamanho e largura.

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