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3 PILARES DO MELASMA:

Melasma - Emocional - Intestino. Conheça a relação entre eles

Você sabia que a sua pele, seu emocional e o seu intestino têm muito em
comum? O aparecimento de manchas na pele é resultado de inúmeros fatores, que vão
desde alterações hormonais, emocionais e má alimentação. A pele, maior órgão do
corpo humano é o nosso escudo, ela reflete muito bem o que está acontecendo com o
organismo. Sua pele reflete sua saúde como um todo, é um dos órgãos mais afetados
pelo estresse e má alimentação, podendo desencadear diversas disfunções estéticas,
inclusive o Melasma. Esse artigo tem como objetivo identificar a relação entre esses 3
pilares no tratamento de Melasma e como eles influenciam nos resultados dessa
disfunção estética.

1. INTRODUÇÃO

O Melasma se caracteriza pela hiperpigmentação melânica cutânea de forma


irregular, normalmente em áreas do corpo como a face, é caracterizado por machas
acastanhada, de contornos irregulares, mais nítidos e localizados na maioria das vezes
na região zigomática, malar, temporal e frontal, mas pode também aparecer na área
cervical e nos membros superiores, ocorrendo em maior frequência em

mulheres. Também está relacionada a predisposição genética, idade, alimentação,


deficiência de vitaminas, fatores emocionais e hormonais. “A hipermelanose difusa
marrom é sintomática das desordens endocrinológicas ou das anomalias nutricionais”
(SOUZA, 2020, pag.286). Sua incidência é maior na gestação e em mulheres que
utilizam terapias hormonais. O mecanismo de desenvolvimento do Melasma se baseia
no aumento da atividade dos melanócitos em determinadas regiões da epiderme,
acarretando assim acréscimo da deposição de melanina na pele, esses melanócitos são
estimulados por radicais livres, alto nível de cortisol, alimentação e sobretudo pela
exposição à radiação ultravioleta. “Durante a gravidez a progesterona e o estrógeno,
encontram-se em níveis elevados. O Melasma, preocupante nesta fase, evolui
lentamente e está associado a fatores hormonais, uso de cosméticos, herança familiar e
exposição solar desprotegida” (SOUZA, 2020, pag.288).

2. RESULTADOS

Manter uma pele saudável pode ser resultado de diversos fatores, dentre eles
hormonais, hereditários, alimentação balanceada e uma boa nutrição. O Melasma não
se trata apenas de uma doença de pele como a sociedade imagina, vai muito mais além.
Hábitos alimentares, cortisol alterado, distúrbios hormonais, excesso de insulina e
deficiência de vitaminas são alguns dos fatores que devemos ficar atentos quando
falamos de Melasma. O estresse tem influência em todos os aspectos da vida e do
corpo humano, inclusive nas disfunções estéticas. “Sob condições de estresse, a pele
pode diminuir a sua velocidade de reparo como barreira, deixando de exercer
adequadamente sua função, passando a permitir a permeação de diferentes substâncias
e facilitando a perda de água do organismo” (HARRIS, 2016, pag.177). O estresse
crônico leva uma alteração na produção do cortisol que também é dos motivos do
surgimento de Melasma, pois estimulam a hipófise a liberar o hormônio
adrenocorticotrófico (ACTH) que estimula a produção de melanina. “A hipófise, ou
glândula pituitária, é uma glândula endócrina, situada na base do cérebro, produz
numerosos e importantes hormônios e, por isso, é reconhecida como glândula mestra do
sistema nervoso” (HARRIS, 2016, pag.148).

Estudos comprovam que o Melasma também é uma disfunção de predisposição


genética, mas é o seu expossoma, ou seja, os seus hábitos diários e cuidados que irão
dizer se você irá ou não ativar a sua predisposição genética a se desenvolver. A
prevalência em alguns fototipos mostrou essa associação. Por exemplo, sabe-se que
mulheres de pele morena, negra e asiáticas são mais propensas a adquirir Melasma do
que mulheres de pele branca. “São mais vulneráveis as pessoas de pele morena em
tons mais escuros, como as africanas, as afrodescendentes, as de ascendência árabe,
as asiáticas e as hispânicas que, por natureza, produzem mais melanina, uma vez que
possuem melanócitos mais ativos.” (VARELLA, DRAUZIO, 2019).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao realizar este trabalho, foi possível concluir que o Melasma, emocional e intestino tem
uma ligação forte e que não é apenas uma doença de pele, essa disfunção estética está
interligada diretamente com esses 3 pilares. Foi possível concluir que o estresse
influencia em vários aspectos da vida do ser humano, sobretudo nas disfunções
estéticas. Estudos demostraram que 30% dos pacientes com alguma disfunção de pele
apresentam algum distúrbio emocional, visto que o cortisol é aumentado em pessoas
com alto nível de estresse e podem impactar negativamente gerando disfunções na pele,
como por exemplo o Melasma. O cortisol está relacionado diretamente com a
estimulação do hormônio denominado ACTH que estimula a produção de corticosteroide
e pode ser precursor de MSH. Verificou-se também como um intestino saudável
influencia nos resultados dos procedimentos estéticos, uma vez que o intestino tem uma
conexão direta com o cérebro e é responsável pela produção de aproximadamente 95%
da serotonina, o intestino fabrica mais serotonina que o cérebro. Hormônio que é
responsável pela conexão entre bem-estar emocional e o bem-estar físico. Sabemos que
o Melasma é uma doença crônica, ou seja, não tem cura, com isso cada vez mais
profissionais da Estética tem buscado a utilização de uma estética mais integrativa, onde
visamos promover o bem-estar físico e emocional, já que a estética integrativa se
apresenta com terapias complementares, enxergando o paciente e suas disfunções com
um olhar amplo.
Figura 1 Melasma Luana Rodrigues + estética integrativa

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HARRIS, Maria Inês Nogueira Camargo, Pele: Do nascimento à maturidade. São


Paulo: Editora Senac São Paulo, 2016.

SOUZA, Valéria Maria de. Ativos dermatológicos, Dermocosméticos e nutracêuticos, 9


volumes. 2 ed. São Paulo: D. Antunes Junior, 2020

ENDERS, Giulia, O discreto charme do intestino: TUDO SOBRE UM ORGĀO


MARAVILHOSO. 2 ed. 2017

VARELLA, Drauzio, Melasma. 2019


Disponível em:
https://drauziovarella.uol.com.br/tag/melasma/

ZUARDI, A. W. Fisiologia do estresse e sua influência na saúde. 2010. Curso de


Neurociências e Comportamento, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.
Disponível em:
https://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/files/INFLUENCIA%20DOS%20AGENTES
%20ESTRESSORES%20NO%20AUMENTO%20DOS%20NIVEIS%20DE
%20CORTISOL%20PLASMATICO.pdf

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