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PROCESSO DE ADOECIMENTO.
O MECANISMO DO ADOECIMENTO
Desde a Grécia antiga ao início século XX, a sociedade científica considerava que a
mente tivesse efeito sobre as doenças, e nas condutas, era comum aplicar esse conceito ao
tratar das enfermidades. Com o advento da antibioticoterapia, descobriu-se que uma droga pode
eliminar os patógenos do organismo. Ou seja, a procura pela eliminação de doenças pela indústria
farmacêutica passou a ser prioridade e o fato de que o organismo pode oferecer meios para se
proteger ou então influenciar no desenvolvimento das doenças passou a ser ignorado (FARAH;
SÁ, 2008).
Evidencia-se a influência do sistema imunológico que responde, automaticamente, aos
patógenos e às moléculas desconhecidas; e o sistema cerebral responde ao estresse em
situações de emergência. Tais mecanismos oferecem m equilíbrio do meio interno, denominado
como homeostasia (FARAH; SÁ, 2008). Segundo Farah, Sá (2008), o estresse psicológico pode
afetar as respostas do sistema imunológico, oportunizando a infecção por vírus e bactérias.
A pessoa estando em desequilíbrio, surgem doenças inflamatórias, autoimunes ou
síndromes de imunodeficiência. O sistema endócrino libera o hormônio adenocorticotrópico
(ACTH), levando a glândula supra-renal a produzir o cortisol, conhecido como o hormônio do
estresse. Este é fundamental para a sobrevivência de um indivíduo, quando colocado em situações
de emergência. É também um agente anti-inflamatório significativo, cujo papel fundamental é de
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA AMAZÔNIA
CURSO: Técnico em Enfermagem
DISCIPLINA: Psicologia Aplicada a Enfermagem
DOCENTE: Esp. Clemilson Lima Rodrigues
e-mail: lima.rodriguespsi@gmail.com
evitar que o sistema imune reaja, exageradamente, o que pode levar a danos e lesões em tecidos e
órgãos. Enquanto o estresse crônico é imunossupressor, o estresse agudo pode ativar a
imunidade celular levando, por exemplo, ao aparecimento de dermatites de contatos.
Necessidade de oxigenação
Necessidade de nutrição
No intestino grosso, surge a prisão de ventre, refletindo o apego excessivo aos conteúdos
desnecessários. O pâncreas, uma glândula mista, endócrina e exócrina, ao produzir enzimas
pancreáticas, auxilia no grau de agressividade. Com relação a sua função endócrina, produz
insulina, que auxilia na absorção de açúcar, os diabéticos são sujeitos carentes de amor, porque
não conseguem digerir a doçura afetiva. O fígado armazena e gera energia, indivíduos com
problemas hepáticos vivem em conflito com o que pode ser prejudicial a eles, por isso têm pouca
energia e aprendem o controle e a paciência. A vesícula armazena bile; fígado produz bile.
Estes são responsáveis pela percepção do mundo, são eles, paladar, tato, audição, visão e
olfato. Os olhos simbolizam o espelho da alma, através deles, demonstramos sentimentos, que não
podemos admitir; não confiamos em pessoas que não mantêm o contato visual. Ouvir estabelece
que respondamos aos comandos. O tato, além de suas funções fisiológicas, estabelece vínculos
afetivos e sexuais.
A cabeça
Simbolicamente, está vinculada à razão; sujeitos com temperamento agressivos, ou com
potencial sexual tendem a sentir dores de cabeça, em tentativa de substituir a ação pelo
pensamento.
Necessidade de eliminação.
Os rins são responsáveis pelo equilíbrio ácido-básico do organismo, filtração das
moléculas para reabsorção ou eliminação. É um órgão associado à capacidade para absorção ou
parceria. Urinar oferece alívio e relaxamento e alívio.
Necessidade de circulação
Simbolicamente, o coração é o centro da vida afetiva; é um órgão vital e involuntário,
normalmente não o sentimos, podemos senti-lo quando temos fortes emoções, o que é fato é que,
cardiopatias ocorrem quando as pessoas se negam a ouvir suas emoções.
Necessidade de locomoção
O homem tem uma postura ereta, distúrbios de postura refletem submissão ao meio
externo, sintomatologias articulares expressam enrijecimento de atitudes.
Órgãos sexuais
São responsáveis pela procriação; distúrbios menstruais denotam a dificuldade frente às
regras impostas socialmente do que é ser mulher. A gravidez psicológica demonstra o conflito
entre o ser mãe sobre o medo de não ser uma boa mãe; a frigidez está associada à dificuldade para
o relaxamento e prazer.
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Adoecer
O processo de adoecimento, a possibilidade da morte coloca o indivíduo na situação inicial
de sua vida, que é o desamparo. Moura (1996) apud Ismael (2010, p. 5) afirma que tal situação
revela “A precariedade da condição humana, sua fragilidade, sua vulnerabilidade, sua
incompletude, sua finitude”. Ou seja, é nesse momento, que o ser humano reconhece sua finitude e
se dá conta de que não viverá eternamente. Em uma situação de hospitalização, a capacidade
de adaptação da pessoa é posta à prova. E, como conseqüência, o indivíduo pode desencadear
quadros de desordem psíquica (VIGUEIRAS, 2014).
Adoecer, portanto, é subjetivo, ou seja, cada indivíduo reage, de uma maneira, e todos
sofremos influências culturais e ambientais.
Até o século XIX, os cuidados paliativos eram o único cuidado prestado ao doente. Para
muitas doenças, não havia a cura; o nascimento e a morte aconteciam nos domicílios, e as pessoas
tinham explicações para o sofrimento. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cuidado
paliativo é definido como “Uma abordagem que visa a melhorar a qualidade de vida de pacientes
e familiares que enfrentam doenças incuráveis e que ameaçam a vida, por meio da prevenção e
do alívio do sofrimento físico, psicológico e espiritual”.
Com relação às questões físicas e psicológicas, muito se tem evoluído, cientificamente.
Contudo, sobre as questões espirituais, ainda existe uma fenda aberta, pois além de religião, o
processo do adoecimento envolve o sentido da vida e do sofrimento. A morte é de extremo
conflito para o ser humano, pois em nosso inconsciente, somos imortais. Dar más notícias não é
transformá-las em boas, mas sim dizer a verdade ao paciente e sua família. É ter a sensibilidade de
observar o que o paciente já sabe sobre sua situação e ao que quer e suporta saber.
Fases do luto
As fases do luto são evidenciadas em várias literaturas, segundo Prata (2017) a autora
Kübler-Ross (2003) foi a percursora ao classificar o luto em cinco fases. Segundo a autora, a
primeira fase é identificada como o período de negação e conseqüente isolamento do paciente.
Após a definição do diagnóstico, ele surpreende-se e fecha-se a fim de entender o que está
acontecendo.
A segunda fase é caracterizada pelo sentimento de raiva. Este ameniza-se ,com o passar
do tempo e passa a dar espaço à terceira fase, fase de barganha, na tentativa de findar o
sofrimento e a própria doença. A quarta fase apresenta-se com um quadro depressivo; contudo,
esse sofrimento tende a desaparecer, quando o paciente toma consciência de sua condição levando
a quinta fase que é a esperança.
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DALLY, Peter; HARRINGTON, Heather. Psicologia e psiquiatria na enfermagem. São Paulo: EPU, 1978
FARAH, Olga Guilhermina Dias; SÁ, Ana Cristina de (org). Psicologia aplicada à enfermagem. São Paulo: Manole, 2008.
PRATA, Henrique Moraes. Cuidados paliativos e direitos do paciente terminal. Barueri:SP. Manole, 2017
RIBEIRO, José Luís. A psicologia da saúde. In: ALVES, R. F. (org.) Psicologia da saúde: teoria, intervenção e pesquisa. Campo
Grande:EDUEPB, 2011. 345 p
VIGUEIRAS, Evelyn. Psicologia da saúde. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014.
ATIVIDADE AVALIATIVA
Vamos ver se você entendeu o que discutimos? Para isso, responda às questões a seguir.