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Constelação
Sistêmica
Familiar
MODULO VII
| LEIDIANE NOGUEIRA - F o r m a ç ã o e m c o n s t e l a ç ã o F a m i l i a r
As doenças
As doenças de nosso corpo e mente são a manifestação que busca nos dizer que algo está em desordem.
A doença traz a mensagem, e o caminho da cura só pode ser transitado através de um trabalho interior, buscando decifrar
o que é que nos vem sendo dito, de que se trata e o que necessita ser escutado.
Uma grande parte dos problemas sistêmicos advém da exclusão. Seja qual for o motivo que
nos leve a excluir alguém de nossa rede familiar, para o sistema, a exclusão é uma falta grave no
direito de pertencimento de todos. E para lembrar os membros deste sistema dessa exclusão
inapropriada, podemos sintomatizar em nossos corpo doenças que nos ligam àqueles que foram
excluídos.
O corpo é a nossa memória mais arcaica. Nele nada é esquecido. Cada acontecimento vivido,
particularmente na 1ª infância e também na vida adulta, deixa no corpo a sua marca profunda. Como
faziam os Terapeutas do Deserto, que cuidavam do corpo, do psiquismo e também do espirito, trata-
se, pois, de escutar cada uma das partes de nosso corpo, do ponto de vista físico, psicológico e
espiritual.”
Um exemplo disso foi dado pela Dra. Ursula Franke-Bryson, no artigo “Comendo para os
ancestrais.” Neste texto, ele transcreve a constelação de um homem, europeu, que havia encontrado
respostas e ferramentas para lidar com grande parte de seus desafios pessoais. Na busca de uma
vida mais equilibrada e saudável, faltava resolver um grande problema, seu excesso de peso
corporal.
A terapeuta investigou que umas das primeiras reações que o cliente sentia era de
nervosismo ao menor sinal de fome. Uma fome que não chegava a incomodar, pois era suprida de
comida ao seu primeiro sinal. Úrsula conduz o cliente através da constelação e descobre, após
algumas perguntas e exercícios corporais, que ele está identificado com seu avô, que foi um soldado
e morreu de fome em um campo para prisioneiros de guerra.
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Esse é o local valioso onde a Constelação Sistêmica pode nos ajudar a perceber dinâmicas
ocultas e que nos levam a tomar decisões baseadas em lealdades que não trarão nenhum resultado
senão a repetição do sofrimento. Nossa lealdade e nosso amor nesse caso são cegos.
Mas, ao decidirmos olhar para a questão, horando e respeitando o destino dos nossos
antepassados, o que se observa é o enfraquecimento ou até a diluição total da dinâmica nas
gerações posteriores. É sabendo nossa história e lembrando do que ocorreu com maturidade e
respeito, que vamos saindo dos emaranhados que poderiam estar atuando em nossa rede familiar.
A pessoa que se sente “carregada” por forças, que, de alguma maneira, não reconhece como
sendo só suas, que já trabalhou muito, porém sem resultados em terapias convencionais. Essas
forças podem ser traduzidas com sentimentos e pensamentos negativos recorrentes como: culpa,
medo ou vontade de morrer, depressão, pânico, raiva intensa sem motivo aparente, isolamento,
etc.
| LEIDIANE NOGUEIRA - F o r m a ç ã o e m c o n s t e l a ç ã o F a m i l i a r
Terapeutas que enxergam em seus pacientes indícios de que eles “carregam” destinos de outros e
que, por mais que já tenham trabalhado terapeuticamente, estes padrões não perduram. Neste
casos, o próprio terapeuta pode encaminhá-lo para uma constelação e até mesmo acompanhá-lo,
pois as informações que emergem de um processo como esse são valiosas para a paciente e
terapeuta continuarem o trabalho de terapia.
Pacientes acometidos pela doença podem passar por um processo de constelação com o
objetivo de transformar os padrões negativos que sabe que herdou do seu sistema familiar e que
dão indícios de terem contribuído para o aparecimento de sua doença. Ao “libertar-se” desses
padrões, o paciente pode, utilizando seus próprios recursos de auto-cura, tirar melhor proveito dos
tratamentos e terapias a que esteja se submetendo.
Poucos são os pacientes que conseguem perceber uma relação entre sua doença e sua
família, ou reconhecer a influência que eles próprios exercem sobre sua doença. As
Constelações são um caminho para que a pessoa doente consiga perceber onde ela ficou
emaranhada.
Ao longo do trabalho das Constelações com diversos pacientes, Bert Hellinger observou
frequentemente as seguintes dinâmicas:
Pode ser em relação a um excluído. A morte pode ser uma porta de acesso à união com
alguém de quem se tinha saudades ou com alguém que se estava identificado no destino.
O “Eu te sigo” ocorre, habitualmente, quando a mãe ou o pai morre, numa idade muito
pequena do filho. É assim que o amor profundo que os unifica é exposto, e que acompanha toda a
vida desse filho, mesmo que ele já esteja adulto. Então, internamente o filho pode dizer “te sigo”, já
que deseja morrer também, seja adoecendo ou em um acidente. Também quando uma mãe que
perde o filho e logo depois desenvolve um câncer de mama e segue o filho; ou num casal que
quando um morre, pouco tempo depois o outro sofre um infarto e segue o companheiro. Em todos
os casos, com essa dinâmica termina a angústia da separação.
“Eu faço em seu lugar” ocorre quando um integrante do sistema adota um destino que não
é seu e adoece ou morre em lugar do outro. E essa é a causa que mais condiciona a nossa saúde.
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O efeito mais limitante e com consequências mais amplas para a nossa saúde é o da decisão
interna “Eu por você”, ou seja, o desejo de adoecer ou morrer no lugar de um outro membro familiar.
Nesta dinâmica, quem diz “Eu faço por você”, por um lado, são os filhos com a intenção de
salvar um dos pais; nos casais, quando por amor, adotam e levam como próprio o que pertence ao
outro; ou um descendente que carrega a carga e o destino de um ancestral.
Não que essa decisão seja proferida em voz alta ou conscientemente. É necessário o
centramento para senti-la e se expor a ela em toda a sua extensão. Isto vem à luz de forma mais
evidente nas Constelações Familiares, através de nossos representantes. Ao representar uma
pessoa doente ou deficiente, ou até mesmo apenas a sua doença, os representantes são tomados e
guiados por uma força curativa, que mostra a direção para a qual nossa doença aponta e as
pessoas pelas quais se sente atraída.
Ao mesmo tempo, vem à tona uma outra transferência, na qual um outro membro familiar diz:
“Você por mim.” Trata-se sempre de uma pessoa que se sente culpada, por exemplo a mãe que
abortou ou doou um filho. A pessoa que diz no seu íntimo: “Eu por você” é geralmente um filho. Às
vezes pode ser um parceiro. Nesse caso, devido a uma transferência ligada à sua família e à sua
infância.
Dinâmica:Eu também
A dinâmica “Eu também” é comum quando há um irmão abortado, um gêmeo falecido; o que
sobrevive diz ao outro “querido irmão, como você não pode tomar a vida, eu também vou”. Nesses
casos, a expiação se dá quando os vivos se sentem culpados por viver, frente a outros que
morreram.
“Os mortos não querem expiação, senão respeito… o que cura é o respeito. A
reverência é uma expressão desse respeito. E o pedido de bênção é uma expressão desse
respeito”. Bert Hellinger.
Eu também
Essa frase é dita, por exemplo, a um gêmeo que morreu ou a um irmão abortado. Geralmente
é uma frase de uma criança. O comportamento agressivo de uma criança, apesar de ser ainda tão
pequena, muitas vezes tem suas raízes nessa frase, embora ela se articule apenas através de um
sentimento. Essa frase está intimamente ligada à frase: “Eu sigo você." Ela se dirige, ao mesmo
tempo, aos vivos.
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É um apelo a eles e busca colocar algo em ordem, geralmente como um último esforço. Já se
pode prever as consequências abrangentes dessas três frases sobre a saúde em uma família.
Antes e depois
Outra desordem que, em diversos aspectos, torna um indivíduo doente e também constitui,
de outras formas, obstáculos ao sucesso na vida, é a violação da hierarquia do antes e depois. Em
nossa cultura, essa hierarquia foi amplamente excluída da consciência. Quanto mais a ignoramos,
maior é o efeito adoecedor exercido por ela. Principalmente porque muitas vezes aparece em forma
de amor. Aqui também se observa que a arrogância do amor que viola a hierarquia possui um efeito
nocivo sobre a saúde e o sucesso.
A TRANSFERÊNCIA
Dupla transferência
Isso significa que uma pessoa assume um sentimento de alguém, por exemplo, uma raiva
que este sentia em relação a um terceiro. Neste caso não há apenas uma transferência de quem
tem o sentimento - um membro posterior, por exemplo, assume o sentimento de um anterior - mas
também a quem se dirige o sentimento.
A raiva assumida não está direcionada para o objeto anterior a quem diz respeito, mas
procura um alvo novo, alguém que não possui nenhuma culpa. Quando se tem consciência disso
também é possível reconhecer uma dupla transferência em si próprio e, se pesquisarmos, talvez
possamos descobrir a procedência e o significado original desse sentimento.
Cultivamos algumas idéias morais sobre a culpa e a inocência. Pelo nosso olhar, acreditamos que
os inocentes são “bons” e os culpados são “maus”.
Hellinger, em seus estudos e observações, traz um novo olhar para esses sentimentos, e explica
como nosso valor em relação à culpa e a inocência pessoais podem estar invertidos na nossa
significação.
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Ele afirma que podemos fazer coisas consideradas ruins com sentimentos de inocência e fazer boas
coisas com culpa, ou má consciência. Esses sentimentos estão ligados, primeiramente, ao nosso
vínculo familiar.
A consciência familiar
Aquilo que causa dano ao outro, experimentamos como culpa. Porém, se fizemos algo que favorece
o outro, sentimos inocência.
Em nosso sistema familiar, estamos submetidos à cultura dessa família, e o que sentimos como
danoso ou como um favor também se altera conforme aquilo que é praticado por esse sistema.
Isso significa que o que pode ser visto como negativo em um sistema pode ser considerado algo
positivo ou incentivado em outro. Essa é uma das principais descobertas de Hellinger.
Em primeiro lugar, que não excluamos ninguém, seja na nossa família ou na família do cliente e que
procuremos na família dele e na nossa, pelos excluídos, olhemos para eles, com amor, em nosso coração.
Podemos fazer isso somente se tivermos deixado para trás a diferenciação entre o bom e o mau.”
Bert Hellinger
Nosso padrão de culpa ou inocência interna está atrelado ao que é aceitável ou condenável pela
nossa cultura familiar. Se seguimos de acordo com o que é aceitável em nosso sistema familiar,
experimentamos isso como uma postura inocente, sem peso.
Porém, se vamos contra algum valor do nosso sistema familiar, sentimos isso como uma culpa, e
também como algo pesado.
Um ponto interessante que Hellinger traz é que nossa evolução pessoal só é possível através do
sentimento de culpa. Isso se explica pois para crescermos, temos que deixar para trás algumas
coisas que aprendemos mas que não nos servem mais.
Devemos assumir um papel ativo de buscar uma nova solução. Diferente daquela que estava
disponível para nós por meio do nossos sistema familiar.
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E aqui já reside um grande desafio: se abrir para o novo sem precisar desonrar o que estava
disponível anteriormente, e que nos levou até aquele ponto, de uma nova possibilidade.
Sair do padrão estabelecido está atrelado em grande parte a lidar com a culpa que vem deste
sentimento. Isso pois, nesse movimento, nosso interior sente isto como uma possível perda
de pertencimento ao nosso sistema, pois estamos abrindo mão de algo.
E a inocência?
Nesse olhar, Hellinger percebeu que se permanecemos “inocentes” perante nosso sistema familiar,
não evoluímos.
Ficamos preso na continuidade do que sempre foi feito, mesmo que o resultado não nos agrade.
A inocência aqui atua como um garantidor do pertencimento. Logo, “decido não tomar as atitudes
necessárias para não correr o risco de deixar de fazer parte.” É um pensamento infantil, reservado
às crianças. Essas sim, inocentes em sua postura, corretamente.
Porém, é nos pedido mais em nossa fase adulta. Devemos pagar o preço do crescimento, e um dos
custos é o sentimento de “culpa” atrelado ao processo.
Somente neste lugar podemos seguir para vida, olhando com respeito e gratidão de onde viemos.
Aquilo que fez parte prepara a base para que o novo chegue.
Suicídio
O suicídio, na visão sistêmica, é uma forma, inconsequente de fidelização com os nossos
antepassados, ou mesmo com pessoas que pertencem ao nosso sistema recente. E, por traz de um
suicídio, normalmente, existe uma dinâmica oculta de ir ao encontro de alguém que também
cometeu suicídio na família. Como se uma voz interna dissesse , “eu sigo você!”.
Em outras situações, percebe-se o desejo de se expiar uma culpa, algo de responsabilidade
pessoal. Por exemplo, um aborto provocado, ou a entrega de um filho para adoção. Para compensar
a culpa, se paga com danos próprios pelos prejuízos causados a outros. Assim, “ameniza-se” a
culpa com a expiação para restituir o equilíbrio. Nesse caso, o número de prejudicados se amplia,
alimentando assim a energia da destruição e desequilíbrio.
Acessamos a dor dos nossos ancestrais pela ressonância de Campos Mórficos, conceito trazido
pelo biólogo e filósofo da natureza chamado Rupert Sheldrake, onde cada espécie animal, vegetal
ou mineral possui uma memória coletiva a qual contribui todos os membros da espécie a qual
formam. Cada um de nós, traz a memória não só da história da Humanidade, como também a
memória familiar, tendo ou não convivido no mesmo espaço ou tempo.
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Podemos observar padrões que se repetem nas famílias, como, por exemplo, um avô que suicidou-
se, e filho e neto perpetuando um movimento.
Através dessa interação familiar circulam então a saúde ou doença, a prosperidade ou pobreza, a
força ou fraqueza, a liberdade ou aprisionamento. Porém, cada caso denuncia uma busca
incessante do pertencimento, quer seja na vida quer seja na morte.
De acordo com Bert Hellinger existe uma energia que está a circular no nosso Sistema Familiar,
e quando há algo pendente, os destinos irão se repetir. Abortos se repetem, acidentes se repetem,
doenças, divórcios, fracassos no trabalho e financeiro, suicídio, vícios e outros.
Quando o suicídio é consciente, e estando atentos às pessoas a nossa volta, podemos perceber
comportamentos “estranhos” como tristezas constantes, sem motivo, estado depressivo, desânimo,
frustração, mudança de humor, mudança de hábitos de forma rápida e drástica, frases que chocam
como queria dormir para sempre; queria fugir; não aguento mais a vida, etc. São algumas das
condições que demonstram claramente a falta de interesse em continuar na vida.
Em um dos livros do Bert Hellinger (No Centro Sentimos Leveza), ele descreve uma constelação
familiar em que uma mãe não sabe o que fazer pois a filha pequena não quer ir para a escola e
chora muito, dá muito trabalho mesmo quando deixada na porta da escola.
Durante a constelação, Bert pede para que a mãe escolha um representante para ela e outro
para a filha.
Bert Hellinger pede que a representante da mãe diga: “Eu fico” e quando ela fala essa frase, a
situação se dissolve e a filha fica em paz.
A explicação de Bert Hellinger é que a mãe tem pensamentos de fuga, suicídio e quer ir
embora.
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E a filha, inconscientemente não quer ir à escola para cuidar da mãe e tentar impedir que ela
acabe com a própria vida.
Quando o desejo de morrer for inconsciente essa pessoa irá provocar doenças constantes em si
mesmo, como câncer, depressão, e outros…, ou fazer coisas que coloquem a vida dela e a de
outras pessoas a sua volta em risco. Isto continuará se repetindo, prestem atenção nos riscos em
que uma pessoa a sua volta se expõe.
Da mesma forma, quem está olhando para a morte em geral não tem sucesso profissional, tem
problemas constantes em seus relacionamentos, apresenta uma certa dose de tristeza, depressão
nem sempre observada facilmente, agressividade, raiva e outros.
Durante uma dinâmica de Constelação Familiar podemos identificar estes padrões e juntamente com
os envolvidos chegar a uma solução, através da Aceitação e do Amor.
A solução acontece na medida em que compreendemos a dinâmica oculta que está por trás
desses padrões. A terapia da Constelação Familiar vem contribuindo muito de forma a revelar o que
está por trás de padrões, inclusive de suicídios, trazendo movimentos para que esse padrões sejam
interrompidos para as futuras gerações.
Agora, quanto ao incesto. Se vocês são confrontados com casos de incesto, uma dinâmica
muito comum é que a esposa se retira do marido e lhe recusa uma relação sexual.
Isto é um movimento inconsciente, não é consciente. Mas você vê, com o incesto há dois
agressores, um oculto e outro às claras.
Não se pode resolver isto a menos que o agressor oculto venha à luz. Há então sentenças
muito estranhas que vêm à luz. A filha pode dizer a sua mãe “Eu faço isto por você.” E ela pode
dizer ao pai “Eu faço isso pela mamãe”.( Fonte: https://constelacaofamiliar.net.br/palestra-de-hellinger-em-kyoto-2001)
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Todos nós estamos emaranhados. No entanto, para mim é válido o princípio: O que quer que
alguém faça, não importa o quanto esteja emaranhado, precisa arcar com as consequências de seus
atos.
A criança, por trás da dinâmica do incesto, é entregue como objeto de compensação de faltas
e/ou emaranhado entre os pais adultos. Geralmente nessas dinâmicas, ambos os pais estão
implicados. Não é uma regra, mas a experiência nos mostra o que Bert nos diz, que há um abusador
ativo e num segundo plano, a ‘eminência parda’ passiva (a mãe ou cuidadora).
1. Ajudar a vítima abusada a sair da sua fragilidade infantil, e liberar sua culpa, encarando sua dor.
2. Ajudar a que recupere sua dignidade e sua força, honrando seu destino e de todos os implicados.
3. Reconhecer o ‘prazer na inocência da curiosidade infantil’ como um momento do desenvolvimento,
apesar de antecipado.
4. Reconhecer e liberar o ‘vínculo negativo’ entre a criança e o abusador (vítima-perpetuados). A
indignação e recriminação aumentam o vínculo negativo e a culpa, recriando a dor e o
desequilíbrio!
5. Liberar a dor que se perpetua nos perpetuados!! Nesse instante, se dá ao autor do abuso um lugar
na compaixão da vítima! E a vítima fica livre do vínculo negativo!
Esse ensinamento revolucionário que Bert Hellinger nos faz reconhecer, provoca toda a
diferença!
Portanto, deve dar mais do que recebe. Talvez a mulher ainda exija isso dele expressamente.
Com isso, aumenta mais a diferença entre o dar e o receber, entre ganhos e perdas. O sistema
passa a ser dominado por uma irresistível necessidade de compensação, e a maneira mais fácil de
obtê-la é que a mulher leve a filha ao marido, para compensar. Esta é a dinâmica familiar que
frequentemente está por trás de um incesto.
Não é, porém, uma regra geral, pois também existem outras dinâmicas. Aqui, de maneira
bem clara quando existe desequilíbrio entre o dar e o tomar, mas também em outras formas de
abuso sexual de filhos, quase sempre ambos os pais estão envolvidos, a mãe num segundo plano e
o pai no primeiro. Só poderá haver solução quando a situação for encarada em sua totalidade. Qual
seria então a solução? Em primeiro lugar, nesses casos, parto do princípio de que tenho de lidar
com a vítima e meu interesse é ajudá-la. Meu interesse como terapeuta não pode ser o de perseguir
os autores, porque isso absolutamente não ajuda a vítima. Quando, por exemplo, uma mulher conta
num grupo que sofreu abuso sexual por parte do pai ou do padrasto, digo-lhe que imagine sua mãe
e lhe diga: “Mamãe, por você faço isso de boa vontade.” De repente surge um novo contexto. E digo-
lhe que imagine seu pai e lhe diga: “Papai, pela mamãe faço isso de boa vontade.” Subitamente,
vem à luz a dinâmica oculta e ninguém consegue mais comportar-se como antes.
Quando uma situação ainda é atual e, portanto, tenho de trabalhar com um dos pais, por
exemplo com a mãe, eu lhe digo, na presença da criança: “A filha faz isso pela mamãe”, e faço com
que a criança diga à mãe: “Por você faço isso de boa vontade.” Então termina o incesto: ele não tem
condições de prosseguir. Quando o marido está presente, faço com que a criança lhe diga: “Eu faço
isso por mamãe, para compensar.” De repente, a criança se vê e se reconhece como inocente.
Já não precisa sentir-se culpada. O segundo ponto é que ajudo a criança a recuperar a
própria dignidade, porque o incesto é também vivido por ela — falando sem meias-palavras — como
uma desonra. Então conto uma pequena história de Johann Wolfgang Goethe. Ele escreveu um
poema chamado “Sah ein Knab ein Röslein stehn" (Um rapaz viu uma rosinha), que termina com
estas palavras: “O selvagem rapaz arrancou a rosinha do prado. Ela se defendeu e o espetou, mas
de nada lhe adiantou chorar, pois teve de sofrer. Rosinha, rosinha, rosinha vermelha, rosinha do
prado!” E então conto um segredo: a rosa conservou seu perfume! Terceiro ponto: para muitas
crianças, a experiência é também prazerosa. Entretanto, elas não podem confiar em sua percepção
de que é ou foi prazeroso, porque é dito à sua consciência, principalmente pela mãe, que isso é
mau. Então elas ficam desorientadas. A criança deve poder dizer que a experiência foi prazerosa, se
foi o caso. Ao mesmo tempo, precisa certificar-se de que é sempre inocente, mesmo que a
experiência tenha sido prazerosa.
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Uma criança procede infantilmente quando é curiosa e deseja fazer essa experiência; não
obstante, permanece inocente. Quando o prazer é condenado nesse contexto, o sexo aparece sob
uma luz estranha, como se fosse algo terrível. Nesse contexto, o incesto apenas antecipa uma
experiência necessária.
Falando com uma certa frivolidade: algo que faz parte do desenvolvimento humano acontece
prematuramente à criança. Quando lhe digo isso, ela se sente aliviada.
Em quarto lugar, existe a ideia de que a criança ficará inibida em seu desenvolvimento
posterior. Isso é verdade. A criança é inibida em seu desenvolvimento porque através da experiência
sexual (seria excessivo falar, neste caso, de consumação sexual) nasce um vínculo entre a menina
e o autor do abuso. A criança não poderá ter mais tarde nenhum novo parceiro, se não reconhecer e
honrar o seu primeiro vínculo. Isso se torna difícil para a criança quando essa experiência é
condenada e seu autor é perseguido. Quando, porém, a criança assume essa primeira experiência e
esse primeiro vínculo, ela os integra numa nova relação, superando e resolvendo a primeira
experiência. A atitude de indignação ao lidar com esse assunto impede a solução e prejudica a
vítima.
CLAUDIA: O que acontece com o vínculo quando a experiência não foi prazerosa nem bela
para a criança?
HELLINGER: O vínculo se cria, apesar de tudo. Entretanto, após a experiência, quer tenha
sido dolorosa ou prazerosa, a criança sempre tem o direito de estar zangada com o autor, pois em
qualquer caso sofreu injustiça. Ela precisa dizer a ele: “Você cometeu injustiça comigo e isso eu
nunca lhe perdoarei.” Agindo assim, ela empurra a culpa para o autor, toma distância e se retira.
Mas não precisa envolver-se emocionalmente em sua zanga quando o recrimina, pois essa emoção
a ligaria ainda mais fortemente a ele.
Estabelecendo limites claros, ela se livra dele. Brigas e recriminações não trazem solução.
“Solução” é um termo de duplo sentido. A solução consiste sempre em soltar-se de algo. Na briga
não existe solução, porque ela prende. Existe outra coisa muito importante, em termos de sistema.
Do ponto de vista sistêmico, o terapeuta deve conectar-se sempre com a pessoa que está sendo
condenada. Você precisa, portanto, desde que comece a trabalhar com isso, dar ao autor do abuso
um lugar em seu coração.
JOHANN: Me surpreende que a criança, ou a vítima, não perdoe o autor. Mesmo assim ela
poderá desprenderse? HELLINGER: Perdoar é uma presunção. Isso não compete à criança.
Quando ela perdoa, é como se também pudesse tomar a culpa para si. Ninguém pode perdoar,
exceto quando a culpa é recíproca.
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CLAUDIA: Quando o abuso foi muito prazeroso para a criança, frequentemente se nota que
ela passa a abordar outros adultos da mesma forma. Com isso, volta a ser recriminada, provocando
uma avalanche de “isso não pode ser” e “isso é mau”.
HELLINGER: Quando a criança aborda outros adultos dessa maneira, está dizendo aos pais:
“Sou uma prostituta. Sou eu a culpada pelo abuso. Vocês não precisam ficar com a consciência
pesada.” O que provoca essa atitude é, mais uma vez, o amor da criança. Quando digo isso à
criança, ela se sente boa, mesmo nesse contexto. E preciso procurar sempre pelo amor. E lá que se
encontra também a solução.
HELLINGER: Deve-se contar com o amor como pressuposto em qualquer situação. Posso
vivenciar algo como muito mau sem condenar ninguém. Preciso buscar sempre como resolver um
envolvimento; antes de tudo, como resolvê-lo para a vítima. Quando a vítima se retira de tudo e
deixa com os perpetradores a culpa e as consequências de suas ações, e quando faz disso algo de
bom para si — o que está em suas mãos —, então o que passou é deixado para trás e fica resolvido
para ela. Entretanto, quando sobrevém qualquer emoção do tipo “Agora precisamos entregar o autor
à justiça”, fecha-se para a vítima o caminho da solução. Um terapeuta que se permite tal emoção
prejudica muito o cliente.
Dinheiro e sucesso
Perceba agora quais são as suas crenças em relação ao dinheiro e ao fruto do seu trabalho.
Somos expostos todos os dias nos jornais, nas notícias, no nossos círculo familiar, histórias
de como o “dinheiro” corrompeu alguém.
Olhamos para o dinheiro e o julgamos como fonte de nossos problemas – ainda mais visível
na nossa situação atual enquanto país.
Bert Hellinger fala que o “dinheiro é algo espiritual! O dinheiro é vida. Sem dinheiro , ninguém
pode sobreviver em nossa sociedade. O dinheiro nos permite continuar vivos.” (Livro “Histórias de
sucesso na empresa e no trabalho” – Editora Atman)
Numa troca, estipulamos um valor e a outra pessoa concorda ou não com o que estipulamos.
Podemos negociar ou encerrar uma negociação com base nos argumentos apresentados entre os
lados.
Aqui, somos apresentados à lei que exerce maior influência sobre o fluxo de dinheiro: o
equilíbrio. O dinheiro, para permanecer com quem o recebe, exige que a troca seja justa, para
ambos. Quando há um desequilíbrio, acontece uma disfunção na gestão do valor.
Os rendimentos param, os negócios travam e às vezes não sabemos o porque. Mas uma boa
dica é olhar para o equilíbrio entre o dar e o tomar em todos os âmbitos do negócio.
Quem recebe o dinheiro também deve merecer, oferecer na sua troca algo compatível com o
que está cobrando pelo serviço. Compatível aqui quer dizer, nem exigir a mais do seu valor e nem a
menos. Cobrar o que é justo.
Uma pessoa que cobra menos do que o justo pelo seu trabalho, em algum tempo se tornará
um prestador de serviço que parará de servir seu cliente. Como vemos na situação em desequilíbrio,
um dos dois lados se sente pressionado e sai da relação comercial.
Quer ficar com aqueles que o ganharam honestamente, com o suor do seu trabalho. Quer
voltar para aqueles que trabalharam duro para obtê-los ou para aqueles que o receberam de outros
com a condição de administrá-lo e multiplicá-lo honestamente, a serviço da vida.
O dinheiro que outros ganharam para nós quer ficar conosco quando os recompensamos
corretamente. Acima de tudo, uma vez que pertence à vida, o dinheiro quer ser gasto e transmitido a
serviço da vida. O dinheiro se alegra quando é gasto. Ele retorna ainda mais rico para nós.”
O dinheiro deve ser empregado a serviço da vida, pois o dinheiro é uma imagem da vida e
quem desrespeita o dinheiro desrespeita a vida. O dinheiro é sempre representado nas
Constelações por uma mulher – por quê? Porque o dinheiro é fértil.
O sucesso dos negócios e na profissão vem com a bênção da mãe. Sem isso só há
fracassos, pois o dinheiro tem a imagem da mãe; quem rejeita a mãe permanece pobre.
A mulher segue o marido e o homem serve ao feminino; nas organizações quando a mulher
organiza e o homem segue, dá errado. Um genro que usa o dinheiro do sogro em geral leva o
negócio à falência. O homem que vai morar na casa dos pais da mulher em geral leva o
relacionamento ao fracasso. Pois é.
O dinheiro é adquirido através de algo que fazemos; dinheiro vindo pelo nosso empenho nos faz feliz
e serve a vida, mas, como a vida, o dinheiro quer ser gasto a serviço da vida. O dinheiro herdado
não foi por empenho ou trabalho – por isso acontecem falências. É mais fácil de gastar.
O sucesso dos negócios e na profissão vem com a bênção da mãe. Quem rejeita sua mãe,
quem não concorda com ela do jeito que é, rejeita também a vida e a felicidade, pois o dinheiro tem
a imagem da mãe; quem rejeita a mãe permanece pobre.
Quando o tema escolhido pelo cliente para constelar é o dinheiro, as principais queixas são:
“O dinheiro vem, mas sempre acontece fatos para que ele não fique comigo”.
Lembrando que cada constelação é única, mas posso deixar aqui alguns exemplos de
constelações que realizei quando o tema escolhido foi o “dinheiro.” Algumas dinâmicas mostraram
que a pessoa constelada estava honrando o sofrimento financeiro de algum ancestral. Então “se
algum ancestral sofreu, passou necessidade, eu não posso ter dinheiro, não posso ser próspero.”
Isso faz com que pessoa sofra, mas de consciência leve, e se sinta “pertencente” ao sistema.
Outra dinâmica muito comum, e mostrada durante a sessão, é o filho não olhar para a mãe e
não a aceitar como ela é. Se a mãe representa o dinheiro e o filho “exclui” a mãe, ele
automaticamente exclui o dinheiro da sua vida. E na maioria das vezes inconscientemente ele irá
bloquear o sucesso financeiro.
A constelação familiar mostra que devemos nos colocar em paz com nossos pais, tomar essa
força e ir para vida, para que o dinheiro venha com abundância. Tomando consciência de onde vem
“os emaranhados” e mudando nossa postura em relação ao que foi visto, o sistema se coloca em
ordem trazendo leveza para o constelado.
“A ordem da riqueza é essa: o filho vai até a mãe e se curva homenageando e aceitando a
mãe, que é sustentada e amparada pelo pai, que também deve ser reverenciado pelo filho. A
maioria das pessoas querem trabalhar para ter dinheiro, trabalham se afastando da vida. Então, a
dinâmica do dinheiro jamais poderá se desdobrar em riqueza. O dinheiro nunca pode ser objetivo de
vida. Para enriquecer, o único trabalho a ser feito é mudar a postura interna.” (HELLINGER, 2009)
A relação com o dinheiro é algo desafiador a todos nós. Geralmente nos queixamos da sua
falta e dizemos: “- Não farei algo pois não tenho dinheiro.”
Sim, é verdade. A falta de dinheiro é um limitador. Mas talvez haja uma dinâmica agindo de
forma oculta neste argumento. Porque é tão desafiador termos dinheiro para servir aos nossos
planos?
Em uma constelação onde o dinheiro foi colocado no campo durante nosso trabalho no
Instituto, foi possível perceber que o dinheiro tem uma força direcionada à vida, ao crescimento. Seu
trabalho é de sustentar nosso caminhar na vida, e ele nos serve com alegria e motivação.
Por isso, ter dinheiro é uma responsabilidade. A partir do momento que você o possui, cabe a
você movimentar sua vida, tomar a responsabilidade do seu caminhar na sua mão. É preciso
assumir as suas decisões.
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Por mais que seja desconfortável, muitas vezes a falta de dinheiro pode estar prestando um
serviço àquele que não o tem. Quando não se tem dinheiro é mais fácil terceirizar a
responsabilidade por não fazer algo. A frase sai quase automática: – Queria muito fazer, mas não
tenho dinheiro…
O caminho opcional é desafiador: Eu tenho dinheiro, mas tenho medo de tomar tal decisão. O
que devo fazer?
Para todas estas perguntas, somente um adulto pode ter a resposta, pois para se caminhar
na vida é necessário aceitar alguns riscos.
Se não somos capazes de decidir, ficamos como a criança que espera que alguém a cuide ou
tome as decisões por ela (talvez, sim, dentro de nós exista ainda uma criança que em algum
momento se sentiu abandonada e que ainda aguarda por seus pais). A “criança” aguarda que os
pais – ou alguém que assuma o papel deles – venham à sua salvação.
E assim permanece inocente, culpando a tudo e a todos por sua infelicidade. Nesse lugar, é
impossível crescer.
Nestes casos, é preciso perceber que aquilo que não recebemos quando criança, podemos
agora como adultos, conquistar e criar para nós mesmos: seja um relação de afeto, seja o resgate
de nosso vínculo com nossos pais para além de nossas reivindicações, seja a conquista de algo
material de que precisamos.
Podemos perceber o quanto o dinheiro nos serve e está à nossa disposição. Ele nos pede
coragem para poder andar ao nosso lado. Ao mesmo tempo, se ainda não estamos prontos para
assumir nossa vida, ele aguarda até sermos responsáveis para lidar com as decisões e a
maturidade que ele nos exige.
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Para concluir, coloco aqui um trecho do livro “Histórias de sucesso na empresa e no trabalho”
de Bert Hellinger que fala de sua visão sistêmica para o dinheiro:
“Quero dizer algo sobre o dinheiro. O dinheiro tem alma. O dinheiro é algo espiritual. O
dinheiro é resultado do amor. O dinheiro é adquirido através de um desempenho. É o equilíbrio de
um bom desempenho. Se alguém ganhar dinheiro por seu desempenho, o dinheiro o ama. O
dinheiro também permanece com ele, pois foi adquirido através do seu desempenho.
O dinheiro também quer render algo – depois. Por isso o dinheiro espera ser gasto. Ser gasto
em algo bom, que leve a vida adiante. Então se ganha mais dele – cada vez mais. Através de seu
desempenho, o dinheiro entra no circuito de serviço, trabalho e ganho, tudo ao mesmo tempo.”
Aqui também vamos internamente em direção ao nosso sucesso e a outros seres humanos,
dispostos a fazer algo por eles, servi-los, ao invés de duvidar, ficar parados e esperar que eles se
movimentem.
Então nos dirigimos a eles e ao nosso sucesso, passo a passo, e sentimos a cada passo
nossa mãe, carinhosamente, atrás de nós. Conectados a ela, estamos bem preparados para o
nosso sucesso e chegamos a ele como chegamos a nossa mãe. Primeiro nós fomos até nossa mãe
e agora ao nosso sucesso.(HELLINGER,2009)
Dedicação
A dedicação é um movimento que começa no nosso coração. Torna-se fácil para nós uma
vez que já retornamos com sucesso até nossa mãe.
Mas o que ocorre quando algo se opõe a esse retorno ou quando esse movimento foi
interrompido precocemente na vida? Ao invés de nos dedicarmos a nós e a outros com amor e
respeito, nos afastamos deles. Então o afastamento se torna um movimento básico interno e externo
em nossos relacionamentos e também em nosso relacionamento com o sucesso.
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Proponho para isso um exercício interno. Com sua ajuda podemos perceber um movimento
interno no corpo, um movimento de afastamento que podemos inverter para uma dedicação ampla.
O exercício
5. Abrimos nossos ouvidos, dispostos a ouvir tudo aquilo que os outros querem nos
comunicar e nos percebemos dedicados a eles, unidos a eles, com nossa mãe e muitos outros
seres, com amor e confiança.
O que ocorre agora com nosso sucesso? Ainda fica esperando? O que ocorre com
nossa alegria e nossa felicidade? Também se dedicam a nós, como nossa mãe.
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Referências Bibliográficas:
HELLINGER, Bert. A simetria oculta do amor: por que o amor faz os relacionamentos darem
certo. São Paulo: Cultrix, 1998.
HELLINGER, Bert.O Amor do Espírito na Hellinger Sciencia; tradução Filipa Richter, Lorena
Richter, Tsuyuko Jinno-Spelter. Patos de Minas: Atman, 2009. 216 p.
HELLINGER, Bert .No centro sentimos leveza: conferências e histórias. São Paulo: Cultrix, 2004.
HELLINGER, Bert. Leis sistêmicas na assessoria empresarial / Bert Hellinger; tradução de Daniel
Mesquita de Campos Rosa. Belo Horizonte - Minas Gerais: Atman, 2014
HELLINGER, Bert. Êxito na vida, êxito na profissão: como ambos podem ter sucesso juntos / Bert
Hellinger; tradução de Tsuyuko Jinno-Spelter. - Goiânia: Atman, 2011. p. 80.
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