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PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL

UNIDADE III
AULA 1
 Resumo da unidade II
AULA 2
VELHICE: 65 ANOS EM DIANTE
 Atualmente, há mais pesquisas sobre o processo de envelhecimento e medidas preventivas levando
a um aumento na expectativa de vida e, consequentemente, ao alargamento dessa fase no ciclo vital.
 Essa é uma parcela da população que pode consumir gerando lucro (empréstimos, passeios, viagens,
plano de saúde).
ETAPAS DA VELHICE
1. Idosos jovens (65 a 74 anos): ativos, cheios de vida e vigorosos.
2. Idosos velhos (75 a 84 anos): maior tendência à fraqueza (pode ser física ou mental) e às
enfermidades, pode ter dificuldade para desempenhar atividades da vida diária.
3. Idosos mais velhos (85 anos ou mais): as mesmas características anteriores de maneira mais
acentuada.
CLASSIFICAÇÃO DA VELHICE PELA IDADE FUNCIONAL (VIGOR X IDADE)
 Envelhecimento primário: processo gradual e inevitável de deteriorização corporal que começa cedo
na vida e continua ao longo dos anos.
 Envelhecimento secundário: é constituído pela consequência de doença, abuso e ausência de uso de
medidas preventivas; alimentando-se bem e mantendo-se fisicamente em forma, é possível evitar os
efeitos secundários do envelhecimento.
VELHICE: ATITUDE SOCIAL
 Há muitos preconceitos em relação ao envelhecimento.
 Entre eles a negação da velhice como tal, valorizando-se a pessoa que consegue disfarçá-la física
(“velhos bem conservados”) ou psicologicamente (“velhos de espírito jovem”).
 Não há a valorização da velhice, há uma norma social que impõe uma imagem de idoso “disfarçado
de jovem”, física, moral e psicologicamente.

VELHICE: DESENVOLVIMENTO FÍSICO


 A maioria das pessoas na velhice é razoavelmente saudável, principalmente, se tem um estilo de
vida que incorpore exercícios e boa nutrição.
 Entretanto, é comum apresentarem problemas crônicos, tais como: artrite, hipertensão, problemas
cardíacos.
 A grande maioria também tem boa saúde mental.
 A depressão e muitos problemas, inclusive alguns tipos de demência, podem ser revertidos com
tratamento adequado.
 Outras doenças, como mal de Alzheimer, mal de Parkinson ou derrames múltiplos, são irreversíveis.
VELHICE: MODIFICAÇÕES FÍSICAS E CORPORAIS
 Idoso encurva-se.
 Ligamentos e articulações enrijecem.
 Ossos frágeis.
 Perda de elasticidade, mobilidade.
 Diminui a atividade metabólica e respiratória.
 Diminui a irrigação sanguínea (afetando cérebro).
 Diminui a visão, audição, paladar, olfato.
VELHICE: FATORES QUE INFLUENCIAM NEGATIVAMENTE
 Privação de atividade ocupacional.
 Tempo livre não organizado para recreação e lazer.
 Condição econômica precária.
 Doenças físicas e enfraquecimento corporal.
 Lentidão das funções psíquicas.
 Diminuição ou exclusão das atividades prazerosas.
 Medo da aproximação do final da vida.
 Internações geriátricas (exclusão e morte social).
VELHICE: FATORES EMOCIONAIS
 Dependência afetiva e emocional da família.
AULA 3
MORTE OU FIM DO CICLO VITAL
 O que é a morte? Interrupção da vida que pode ocorrer em qualquer momento do ciclo vital.
 Segundo Kovács (2002), a morte em uma perspectiva biológica é o fim da existência e não da matéria
e, do ponto de vista da medicina, é a interrupção completa e definitiva das funções vitais.
 Algumas pessoas já viveram situações muito próximas da morte e relataram questões como:
sensação de paz, experiência extracorpórea, encontros com seres-iluminados.
 Muitas pessoas buscam na experiência religiosa uma forma de obter um conforto maior para lidar
com a morte, vista como finitude.
A MORTE PARA A CRIANÇA
 Para a criança, definir a morte é algo complexo, somente por volta de 5 a 7 anos a criança entende
que a morte é irreversível, que uma pessoa, animal ou flor não voltarão a viver e percebem também
que ela é universal (que todos vão morrer).
 Mais tarde, passa-se a conviver com a ideia de que a morte só ocorre com o outro: seus animais,
parentes e amigos morrem e na televisão, a violência, o sangue e a morte são evidenciados (a morte
aparece muito na televisão, então é difícil para a criança entender que acontecerá com as pessoas
em sua volta).
 Outro fator presente na infância é o sentimento de culpa pela morte do outro, ao vincular seus
desejos à morte de fato.
A MORTE PARA O ADOLESCENTE
 Muitos adolescentes têm a mesma ideia fantasiosa sobre a morte: tentam o suicídio acreditando em
poder morrer só um pouco.
 No plano emocional racional sentem-se fortes e distantes da morte, o que só fica evidente com a
morte dos amigos em acidentes, o uso indevido de drogas, entre outros, o que representa a morte
como fracasso, a fraqueza e a imperícia.
 No entanto, se nessa fase a morte parece estar tão distante, eles a desafiam constantemente.
A MORTE PARA O ADULTO E IDOSO
 Na fase adulta, alguns motivos de morte são os ataques cardíacos fulminantes e, na fase seguinte,
no balanço de ganhos e perdas, emerge a possibilidade de “minha morte”, que nesse momento pode
engendrar a ressignificação da vida.
 Na terceira idade, com as perdas corporais, financeiras, separações etc., há que se fazer uma escolha:
a ênfase será na vida ou na morte?
REPRESENTAÇÕES DA MORTE
 Morte domada: em que há o lamento da vida, a busca do perdão dos companheiros e a absolvição
sacramental (típica na idade média, as pessoas se juntavam para ver a outra morrendo).
 Morte de si mesmo: representada pelo medo com o que vem após a morte: inferno, castigo eterno,
entre outros (modernidade).
 Vida no cadáver ou vida na morte: emerge com o avanço da medicina, em que questões sobre os
segredos da vida e da morte do cadáver são estudados (através da morte que começaram os estudos
para a cura de doenças, etc. Então na morte, também há vida).
 Morte do outro: representa a possibilidade de evasão, liberação, fuga para o além, mas também a
ruptura insuportável e a separação (modernidade – forma de enxergar a morte como livramento do
sofrimento).
 Morte invertida: é a morte como fato que não deve ser percebido, como algo vergonhoso que
representa o fracasso (contemporânea).
COMO AS PESSOAS DE DIVERSAS IDADES ENFRENTAM A MORTE?
 Negação.
 Raiva.
 Barganhar por mais tempo.
 Depressão.
 Aceitação.
A MORTE EM VIDA
 Separações.
 Doenças.
AULA 4
O QUE É O LUTO?
 O luto é entendido como um processo que congrega uma série de reações diante de uma perda e
que pode contemplar quatro fases.
FASES DO LUTO (PARA CRIANÇAS, ADULTOS E IDOSOS)
1. Fase de torpor ou aturdimento (choque pela morte).
2. Fase de saudade e busca da figura perdida (através da rememoração, fotos, falas...).
3. Fase de desorganização e desespero (não sabe o que fará sem a pessoa).
4. Fase de alguma organização (talvez seguir em diante).
TRABALHO DO LUTO
 Choque e descrença (pode ser da religião, fé...).
 Preocupação com a memória da pessoa falecida.
 Resolução.
TEMPO DO LUTO
 Passa pelo trabalho de luto: choque e descrença, preocupação com a memória da pessoa falecida e
resolução.
 Não há um período concreto/estabelecido.
 Durante o período de elaboração do luto podem ocorrer distúrbios alimentares ou de sono.
 Um número grande de enlutados apresenta quadros somáticos e doenças graves depois do luto.
ASPECTOS QUE INTERFEREM NO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO LUTO
 Identidade e papel da pessoa morta.
 Idade e sexo do enlutado.
 Causas e circunstâncias da perda.
 Circunstâncias sociais e psicológicas que afetam o enlutado, na época e após a perda.
 A personalidade do enlutado.
O QUE É LUTO ANTECIPATÓRIO?
 Denomina-se luto antecipatório quando o processo de luto ocorre com a pessoa ainda viva, mas que
por uma doença grave ou incapacitação parou de exercer papéis ou funções.
 Essas perdas já têm que ser elaboradas com a pessoa ainda viva. Nesses casos, é comum a morte ser
vista como um alívio, mas também pode incitar sentimento de culpa.
PROBLEMAS NO LUTO INFANTIL
 A criança sofre as influências do processo de luto dos adultos e também do nível de informação que
ela recebe.
 Informações sonegadas e confusas (morar no céu ou que a fada veio buscar) atrapalham o processo
de luto.
 Respostas que escamoteiam o caráter de permanência da morte, como dizer que a pessoa foi viajar,
acaba por não permitir que a elaboração da perda ocorra, porque a criança vai esperar a volta do
morto.
 Os pais escondem os seus sentimentos para não entristecer a criança.
COMO AJUDAR A CRIANÇA A PASSAR PELO LUTO?
 Explicar que a morte é definitiva e a criança não causou a morte por maus pensamentos ou mau
comportamento.
 Ter certeza que continuará a receber cuidado de adultos e carinho.
 Fazer o mínimo de mudanças no ambiente e na rotina da criança.
 Responder suas perguntas de maneira simples e honesta, encorajando-a a falar da pessoa que
morreu.
 Usar livros de histórias ou filmes infantis que abordem o tema.

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