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– A chave para a questão da morte abre portas de vida.

Os diversos significados da Morte e do Morrer

• A morte é um fato biológico, mas também apresenta aspectos


sociais, culturais, históricos, religiosos, legais, psicológicos, éticos
que estão intimamente interligados;

• O contexto da morte é cultural e histórico;

• Hoje, na maior parte dos países, as pessoas vivem mais e a morte é


uma ocorrência menos frequente e visível.
Enfrentando a morte e as perdas

• A morte é um capítulo importante do desenvolvimento humano. As


pessoas mudam ao reagirem a morte e ao morrer, seja a sua própria ou a
de um ente querido.

• Como as pessoas lidam com a dor da morte?

• Como as atitudes em relação a morte mudam ao longo do ciclo da


vida?
PADRÕES DE LUTO

A perda de um ente querido e o processo de adaptação a essa situação de ausência


podem afetar praticamente todos os aspectos da vida de quem permanece vivo. A perda,
assim como morrer, é uma experiência altamente pessoal.

– O modelo clássico da elaboração do luto

1. Choque e descrença: imediatamente após a morte, aqueles que estavam mais ligados
ao falecido sentem-se perdidos e confusos. Tristeza, choro frequente, e esse primeiro
estágio pode durar várias semanas;

2. Preocupação com a memória da pessoa falecida: tenta-se resolver o problema da


morte, mas ainda não se pode aceitá-la. Ocasionalmente, talvez seja por um sentimento
de que o falecido ainda esteja presente. Pode durar de seis meses a dois anos.
3. Resolução: a pessoa que sofreu a perda retoma seu interesse por atividades
cotidianas. Porém, a lembrança do falecido traz sentimentos como de tristeza e
dor aguda. Esse é o estágio final.

• A tanatologia, o estudo da morte e do morrer, desperta interesse, e programas


educacionais foram criados para ajudar as pessoas a lidar com a morte. Em
virtude do custo proibitivo dos cuidados hospitalares para doentes terminais,
aumenta o número de mortes que agora ocorrem em casa, como acontecia
antigamente no mundo todo.

• A terapia pode ajudar as pessoas a “entender, enfrentar e continuar vivendo


após a perda, mesmo que esta não tenha sido resolvida”. A reconstrução dos
rituais de família é uma afirmação de que a vida continua.
PERDAS SIGNIFICATIVAS

• Perdas difíceis que podem ocorrer durante a vida adulta são as do


cônjugue, do pai, da mãe ou de um filho. A perda de uma criança por
um aborto espontâneo também pode ser dolorosa.

• A perda de um dos pais na idade adulta

– A perda de um dos pais em qualquer momento é difícil, mesmo na


idade adulta, a maioria dos filhos adultos que sofreu perda ainda
vivenciava um sofrimento emocional, variando de tristeza até
depressão e pensamentos de suicídio.
– No entanto, a morte de um dos pais pode ser uma experiência que traz
amadurecimento, forçando o adulto a resolver importantes questões de
desenvolvimento: construir um senso de identidade mais sólido e uma
percepção mais urgente e realista de sua própria mortalidade.

- A morte de um dos pais geralmente também traz mudanças em outros


relacionamentos, o filho adulto que sofreu a perda poderá assumir mais
responsabilidade pelo pai ou pela mãe que ficou e também terá de manter a
família unida.
Teoria psicanalítica da pulsão de morte

A teoria psicanalítica da pulsão de morte pode ser associada a um campo


aquém/além do princípio do prazer e pode ser observada nos sujeitos por
meio de demandas inconscientes de isolamento, estagnação, culpa e
necessidade de punição, sendo a mortificação um dos seus principais
aspectos.
Freud, por sua vez, define a pulsão de morte como uma necessidade
biológica de todos os organismos em querer retornar ao seu estado
inicial, isto é, ao inorgânico, inanimado e sem vida, entendendo, assim,
que essa pulsão de destruição estaria em oposição à pulsão de vida.

Com Freud, foi possível entender que a morte, algo biologicamente


imposto a nós, não é simplesmente um momento final da nossa
existência física, mas uma experiência psicológica diária; experiência
que mostra que, por mais que a vida seja bela (e ela o é), a morte ainda
vence.

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