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13/03/2009

INTRODUÇÃO À
ENGENHARIA CIVIL

UNIDADE III
REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL

1. LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
Exercício profissional da Engenharia
era livre no Brasil até por volta de
1900.

Revolução de 1930

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1. LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

A Revolução de 1930 provocou


grandes transformações ampliando o
espaço da modernização industrial e
das instituições do estado.

Os estado tornou-se mais ativo e


estruturado e as profissões e as
próprias relações de trabalho foram
profundamente impactadas.
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1. LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
O governo se viu pressionado a elaborar
legislações que visavam exercer controle
sobre determinadas atividades profissionais,
tentando limitar o exercício ilegal de algumas
profissões.
Em 1933, a primeira profissão a ser
regulamentada foi a de Engenheiro
Agrimensor.
Em seguida, no mesmo ano, foram
regulamentadas também as profissões de
Engenheiro Agrônomo e Engenheiro Civil.
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1. LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

Em dezembro de 1933, no governo


Getúlio Vargas, foi promulgado o Decreto
Federal n.º 23.569, regulamentando as
profissões liberais de Engenheiros,
Arquitetos e Agrimensores.
Neste ano foram instituídos também os
Conselhos Federal e Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia
(CONFEA E CREA).
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1. LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

Em 1966, a Lei 5.194 revogou o Decreto


Federal n.º 23.569, conferindo maior
autonomia ao sistema profissional e
introduzindo várias modificações.

Passa a vigorar a Lei 5.194 de 24-12-66


que regula o exercício das profissões de
Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-
Agrônomo, e dá outras providências.
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1. LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

A Lei nº 5.194/66 referia-se às atividades


profissionais do engenheiro, do arquiteto
e do engenheiro agrônomo, em termos
genéricos.
Havia necessidade de discriminar
atividades das diferentes modalidades
profissionais da Engenharia, Arquitetura
e Agronomia em nível superior e em nível
médio, para fins da fiscalização de seu
exercício profissional.
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1. LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

Em 29-6-1973 foi aprovada a


RESOLUÇÃO CONFEA Nº 218, que
discrimina atividades das diferentes
modalidades profissionais da
Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

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1. LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

Recentemente foi aprovada a


RESOLUÇÃO CONFEA Nº 1010, que
dispõe sobre a regulamentação da
atribuição de títulos profissionais,
atividades, competências e
caracterização do âmbito de atuação
dos profissionais inseridos no Sistema
Confea/Crea, para efeito de fiscalização
do exercício profissional.
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Resumo:

1933 - Decreto Federal n.º 23.569

1966 - Lei 5.194

1973 - Resolução CONFEA Nº 218

2005 – Resolução CONFEA Nº 1010

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2. SISTEMA PROFISSIONAL

O sistema profissional da Engenharia,


Arquitetura e Agronomia é constituído
por subsistemas:

 De formação profissional;
 Associativos;
 Sindicais;
 Serviços Públicos.

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2.1 Formação Profissional

Os subsistemas de formação
profissional são constituídos pelas
escolas, faculdades, centros
tecnológicos que tem os seguintes
objetivos:
 habilitação do profissional através do
ensino;
 geração de tecnologias através da
pesquisa;
 integração à comunidade através da
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2.2 Associações

As Associações, Clubes, Centros,


Institutos e outras entidades promovem
a reunião e a integração dos
profissionais em torno de interesses
comuns, tais como os de ordem
cultural, política, lazer, desportiva, e
social.

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2.3 Sindicatos profissionais

Os Sindicatos são entidades de direito


privado e tem como objetivo a defesa
dos direitos e interesses das categorias
profissionais que representam,
inclusive em questões jurídicas e
administrativas.

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2.4. Serviços Públicos

Os Conselhos Profissionais são órgãos


da administração pública federal, nos
quais o registro dos profissionais é
obrigatório.

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2.4.1. CONFEA / CREA

O Sistema CONFEA/CREA foi criado em 11


de dezembro de 1933, a partir dos
esforços coletivos de entidades
profissionais que exigiam uma
regulamentação para as atividades que
exerciam.
Inicialmente contava apenas com
engenheiros, arquitetos e agrimensores e,
hoje, abrange também os engenheiros
agrônomos, geólogos, geógrafos,
16meteorologistas, tecnólogos e técnicos.

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2.4.1. CONFEA / CREA

O CONFEA e o CREA existem


fundamentalmente para a verificação, a
fiscalização e o aprimoramento do
exercício profissional e representam, de
um lado, a presença do Estado, através de
prepostos autorizados – os Conselhos
Regionais, no controle desse exercício e,
de outro, a presença dos próprios
profissionais em sua gestão.

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2.4.1. CONFEA / CREA

No desempenho do seu papel institucional, o


CONFEA é a instância superior de fiscalização
e aprimoramento do exercício profissional da
Engenharia. Para o cumprimento desse papel,
o CONFEA exerce ações:
 normativas e regulamentadoras;
 contenciosas de última instância, para
julgamento das demandas dos CREA`s;
 institucionais e administrativas;
 promotoras das condições de exercício das
profissões.
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2.4.1. CONFEA / CREA

O CREA, por sua vez, atua nas diversas


regiões e pode aplicar penalidades, arrecadar
taxas e exercer o chamado “poder de polícia”.

Ao fazer a fiscalização, o CREA impede a


atuação de leigos, garantindo mercado de
trabalho para os profissionais legalmente
habilitados.
Para a sociedade, a atuação do CREA
significa segurança e qualidade nas obras e
serviços prestados.
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3. Responsabilidades profissionais

O profissional integrado ao Sistema


CONFEA/CREA está sujeito a
responsabilidades que podem advir de
três fontes:
 a Lei (responsabilidade legal);
o Contrato (responsabilidade
contratual);
o Ato ilícito (responsabilidade
extracontratual)
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3. Responsabilidades profissionais

Responsabilidade ético-profissional:

Esta responsabilidade deriva de


imperativos morais, de preceitos
regedores do exercício da profissão, do
respeito mútuo entre os profissionais e
suas empresas e das normas a serem
observadas pelos profissionais em suas
relações com os clientes.
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3. Responsabilidades profissionais

Responsabilidade técnico-administrativa:

É aquela que obriga os profissionais ao


cumprimento das normas, dos encargos
e das exigências de natureza técnico-
administrativa.

Ex: cumprimento de normas técnicas


brasileiras e internacionais, códigos de
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obras, de posturas etc.

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3. Responsabilidades profissionais
Responsabilidade civil:
É aquela que impõe a quem causar um
dano a obrigação de repará-lo. A
responsabilidade civil dura pelo prazo
de cinco anos, a contar da data de
entrega da obra.

De acordo com as circunstâncias, podem ser


discutidos outros itens: responsabilidade
pelo projeto, pela execução, por danos
causados a vizinhos etc.
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3. Responsabilidades profissionais

Responsabilidade penal ou criminal:

É aquela que resulta da prática de uma


infração que seja considerada
contravenção ou crime.
Pode sujeitar o causador, conforme a
gravidade do fato, a penas como
detenção, multas ou restrições ao
exercício da profissão.
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3. Responsabilidades profissionais

Responsabilidade trabalhista:

É aquela que pode acontecer em virtude


das relações contratuais ou legais
assumidas com empregados (operários,
mestres, técnicos e até mesmo outros
profissionais), estendendo-se também
sobre as obrigações acidentárias e
previdenciárias em relação aos
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empregados.

4. O exercício profissional

Para o exercício das atividades


profissionais regulamentadas pelo
CREA-MG, não basta ter o diploma na
mão. É preciso fazer o registro no
conselho e efetuar o pagamento regular
da anuidade.

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4.1 Exercício ilegal da profissão

Exerce ilegalmente a profissão de


engenheiro, arquiteto ou eng. agrônomo:
 A pessoa física ou jurídica que realizar atos
ou prestar serviços reservados aos
profissionais da engenharia sem possuir
registro no CREA.
 O profissional que se incumbir de
atividades estranhas às suas atribuições.
 O profissional que emprestar seu nome
sem sua real participação no trabalho.
 O profissional que, suspenso, continue
27suas atividades.

5. Atribuições profissionais

As atribuições profissionais das várias


modalidades da engenharia, arquitetura
e agronomia foram estabelecidas na
Resolução CONFEA 218/73.

A Resolução CONFEA 1010/05,


modificou a forma de concessão dessas
atribuições.

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6. Anotação de Responsabilidade Técnica – ART


A Anotação de Responsabilidade Técnica foi
criada para garantir aos profissionais
registrados nos CREAs um cadastro de suas
obras e serviços, cargos, funções, cursos e
prêmios.

É uma obrigação legal, uma garantia de bons


serviços e segurança para toda a sociedade.

Para o profissional, possibilita ainda o


registro de seu acervo técnico com toda a sua
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experiência profissional.

Anotação de
Responsabilidade
Técnica – ART

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7. Salário mínimo profissional


Em 1966, o Congresso Nacional aprovou a
legislação que estabelece o Salário Mínimo
Profissional para os diplomados em engenharia.

O salário mínimo é calculado em função do


número de horas trabalhadas.

Para os cursos com duração de mais de 4 anos:

6 h diárias de trabalho: 6 Salários Mínimos


7 h diárias de trabalho: 7,25 Salários Mínimos
8 h diárias de trabalho: 8,5 Salários Mínimos
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