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Apresentação: Pôster
Luciana dos Santos Oliveira1; Oswaldo Palma Lopes Sobrinho2; Álvaro Itaúna Schalcher
Pereira3; Eulane Rys Rufino Abreu4; Jorgeana Francis Alvim5
Introdução
Com o crescimento da população mundial, a Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO, 2014) estima que o setor de alimentos, especificamente, a
produção agrícola de alimentos tem a missão de aumentar em 60% nos próximos 35 anos.
Assim sendo, as expectativas são de que, em 2050, seja necessário produzir alimentos para
9,1 bilhões de pessoas diariamente. Neste contexto, a agricultura familiar será responsável por
ter a participação direta nessa produção.
Conforme a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca
do Estado do Espírito Santo (SEAG/ES), a olericultura é uma atividade econômica de alto
risco para o produtor rural, devido a maior ocorrência de problemas com doenças e pragas,
serem sensíveis às condições climáticas e instabilidade de preços praticados na
comercialização (SEAG-ES, 2007). Dessa forma, o Brasil ocupa o ranking de 3º maior
produtor mundial de hortaliças, sendo que no ano agrícola de 2014, a produção atingiu 18,78
milhões de toneladas, ocupando 788 mil hectares e envolvendo em torno de 7 milhões de
trabalhadores direta e indiretamente (FAO, 2015; BELING, 2016).
1
Graduada em Engenharia Agronômica, Instituto Federal do Maranhão – Campus Codó (IFMA). E-mail:
lucianaoliveira.agronomia@gmail.com
2
Engenheiro Agrônomo pelo IFMA/Campus Codó, Coorientador da Pesquisa, Mestrando em Ciências Agrárias
– Agronomia, Instituto Federal Goiano – Campus Rio Verde (IF Goiano). E-mail: oswaldo-palma@hotmail.com
3
Professor Doutor, Orientador, Instituto Federal do Maranhão – Campus Codó (IFMA). E-mail:
alvaro.pereira@ifma.edu.br
4
Graduanda em Tecnologia de Alimentos, Instituto Federal do Maranhão – Campus Codó (IFMA).
5
Especializanda em Agropecuária Sustentável e Graduada em Engenharia Agronômica, Instituto Federal do
Maranhão – Campus Codó (IFMA). E-mail: jorgeanaalvim@gmail.com
de-obra familiar e com culturas distintas por todo território nacional, sendo algumas mais
concentradas e outras menos. Assim, objetivou-se com este trabalho traçar o perfil
socioeconômico dos produtores rurais que se dedicam a produção de hortaliças do Campo
Agrícola Fomento, no município de Codó, Maranhão.
Fundamentação Teórica
Metodologia
O trabalho foi realizado no Campo Agrícola do Fomento, localizada na zona urbana,
município de Codó, Estado do Maranhão com as seguintes coordenadas geográficas: 4° 26’
51” latitude Sul; 43° 52’ 57” longitude Oeste de Greenwich com altitude de 48 m.
Segundo a classificação de Köppen, o clima da região dos cocais maranhenses é do
tipo Aw, ou seja, megatérmico úmido e sub-úmido de inverno seco. A Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária classifica a área de estudo como Neossolo Quartzarênico (EMBRAPA,
2006).
O Campo Agrícola Fomento é composto por 25 sócios ativos. Sendo que estes
desempenham como atividade agrícola os cultivos de arroz, feijão, milho, macaxeira, banana,
babata doce e diversas hortaliças, onde as mais cultivadas são o coentro e a cebolinha, e como
atividade pecuária trabalham com a piscicultura criando alevinos para a engorda.
Este trabalho foi realizado entre os meses de abril a julho de 2018, envolvendo a
pesquisa descritiva qualitativa, em que a coleta de dados foi realizada por meio da aplicação
de questionários com entrevistas semiestruturados, visitas de campo e realização de reuniões
participativas.
Os agricultores assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Explicou-se
que a qualquer momento, o entrevistado poderia desistir de participar e retirar seu
consentimento. A sua recusa, desistência e/ou retirada de consentimento não acarretaria em
prejuízo, sendo os dados obtidos mantidos em sigilo.
As perguntas estavam relacionadas aos aspectos socioeconômicos dos
agricultores/sócios (nome, idade, nível de escolaridade, sexo, condições de posse de terra,
renda agrícola e organização social) e outras relacionadas à produção agrícola.
A tabulação de dados e a construção dos gráficos e tabela foram realizadas por meio
do programa Microsoft Excel 2010.
Resultados e Discussões
48% 52%
Fonte: Própria.
Às mulheres possuem a faixa etária entre 40 a 70 anos e os homens de 30 a 80 anos.
Em relação ao nível de escolaridade, cerca de 36% dos sócios não concluíram o Ensino
Fundamental, 20% possuem o Ensino Fundamental completo, 16% apresentaram ter o Ensino
Médio concluído e 12% não o concluíram e 16 % alegaram não ter nenhum estudo (Figura
2).
Resultados semelhantes a este trabalho foram encontrados por Sousa; Azevedo (2017)
com objetivo de analisar o sistema de roçado de agricultores familiares da localidade Juçaral
em Chapadinha-MA relataram que a maioria são alfabetizados, tendo concluído no mínimo
até o quinto ano do Ensino do Fundamental.
Figura 2: Nível de escolaridade dos sócios do Campo Agrícola Fomento em Codó, Maranhão.
40% 36%
35%
30%
25% 20%
20% 16% 16%
15% 12%
10%
5%
0%
Não concluíram Concluíram o Não concluíram Concluíram o Não estudaram
o Ensino Ensino o Ensino Médio Ensino Médio
Fundamental Fundamental
Nível de escolaridade
Fonte: Própria.
Resultados encontrados por Hinterholz; Ribeiro (2011) empregando-se a feira
agroecológica como alternativa para comercialização de produtos analisaram o nível de
escolaridade das famílias envolvidas com o manejo agroecológico constando-se uma
predominância do nível fundamental.
Quanto à organização social, 100% dos sócios entrevistados afirmaram e classificaram
o Campo Agrícola como uma Associação. Já indagados sobre a renda, 100% relataram que a
produção de hortaliças é a fonte de renda mais importante. Porém, os mesmos fazem o uso da
atividade pecuária empregando a piscicultura para criação de alevinos. Correa et al. (2016)
com o objetivo de analisar o perfil socioeconômico dos produtores de olerícolas da feira livre
Amazondalva, município de Rorainópolis/RR relataram que a maioria dos produtores
(85,71%) mencionaram a produção de hortaliças como a fonte de renda mais importante.
A Tabela 1 demonstra as hortaliças mais produzidas no Campo Agrícola Fomento, no
município de Codó-MA, destacadas em hortaliças herbáceas e fruto.
Tabela 1: Hortaliças produzidas no Campo Agrícola Fomento em Codó, Maranhão.
HORTALIÇAS PRODUZIDAS NO CAMPO AGRÍCOLA FOMENTO
HORTALIÇAS HERBÁCEAS HORTALIÇAS FRUTO
Alface (Lactuca sativa L.) Abóbora (Cucurbita moschata Duch.)
Cebolinha (Allium schoenoprasum L.; Pepino (Cucumis sativus L.)
Allium fistulosum L.) Pimentinha de cheiro (Capiscum spp)
Coentro (Coriandrum sativum L.) Quiabo (Abelmoschus esculentus (L.)
Couve (Brassica oleracea L. var. acephala Moench)
D.C.)
Fonte: Própria.
Conclusões
Com base nas visitas de campo e análises dos questionários aplicados constatou-se que
os sócios do Campo Agrícola Fomento são na maioria mulheres e a minoria homens. Os
homens são os que possuem maiores faixas etárias quando comparados com as mulheres. A
grande maioria dos agricultores não chegaram a concluir o Ensino Fundamental.
Referências
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