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Introdução à Edificações
1. Introdução/ Resumo
Este trabalho tem por objetivo apresentar as informações necessárias para o conhecimento da
profissão de técnico em edificações, entre elas, conceitos, atribuições do profissional, atribuições
dos sindicatos e Conselhos Federal e Regional, entre outros.
3. Técnico
I – aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais ao técnico;
II – projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;
III – conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;
IV – planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia; V – identificar,
formular e resolver problemas de engenharia;
VI – desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas; VII – supervisionar a operação e a
manutenção de sistemas;
VIII – avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas; IX – comunicar-se
eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica; X – atuar em equipes multidisciplinares;
XI – compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissional;
XII – avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental; XIII – avaliar a
viabilidade de projetos de engenharia;
XIV – assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.
No mesmo documento contempla, em seu Art. 6º, que todo o curso de Engenharia, independente
de sua modalidade, deve possuir em seu currículo um núcleo de resolução. A formação do técnico
incluirá, como etapa integrante da graduação, estágios curriculares obrigatórios sob supervisão
direta da instituição de ensino, através de relatórios técnicos e acompanhamento individualizado
durante o período de realização da atividade. A carga horária mínima do estágio curricular deverá
atingir 160 (cento e sessenta) horas. É obrigatório o trabalho final de curso como atividade de
síntese e integração de conhecimento”.
Resolução CNE/CES 11 (2002).
4. Conceitos
Engenharia civil é o ramo da engenharia que projeta e executa obras como edifícios, pontes,
viadutos, estradas, barragens e outras obras da engenharia hidráulica fluvial e da Hidráulica
Marítima, assim como da engenharia sanitária.
Segundo Engenharia Civil (2010) os termos Construção civil e Engenharia civil são originados de
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uma época em que só existiam apenas duas classificações para a Engenharia sendo elas Civil e
Militar. Cujo conhecimento por exemplo de Engenharia militar era destinada apenas aos militares
e a Engenharia civil destinada aos demais cidadãos. Com o tempo, a Engenharia civil, que
englobava todos as áreas, foi se dividindo, e hoje conhecemos vários divisões, como a elétrica,
mecânica, química, naval, entre outras. Exemplos como Engenharia naval dão origem a
construção naval, mas ambas eram agrupadas apenas na grande área da civil.
Ainda segundo o artigo Engenharia Civil (2010) o engenheiro civil projeta e acompanha todas as
etapas de uma construção e/ou reabilitação (reformas) . Deve estudar as características dos
materiais, do solo, incidência do vento, destino (ou ocupação) da construção. Com base nesses
dados, desenvolve o projeto, dimensionando e especificando as estruturas, hidro-sanitárias e gás,
bem como os materiais a serem utilizados. No gabinete de obra, chefia as equipes,
supervisionando os prazos, os custos e o cumprimento das normas de segurança, saúde e meio
ambiente. Cabe-lhe garantir a segurança da edificação, exigindo que os materiais empregados na
obra estejam de acordo com as normas técnicas em vigor. A Engenharia civil tem, de alguma
forma, relações com todas as atividades humanas, notadamente com a Arquitetura.
“Por possibilitar uma ampla variedade de atuação profissional, a Engenharia civil oferece ainda
grande oportunidade aos seus profissionais, possibilitando que estes que se dediquem à boa
formação acadêmica tenham sucesso posteriormente, na sua carreira.” Engenharia Civil (2010).
“O CONFEA zela pelos interesses sociais e humanos de toda a sociedade e, com base nisso,
regulamenta e fiscaliza o exercício profissional dos que atuam nas áreas que representa, tendo
ainda como referência o respeito ao cidadão e à natureza”. (CONFEA, 2009)
Ainda segundo o site, em seus cadastros, o Sistema CONFEA/CREA tem registrados, até a data
atual, 900 mil profissionais que respondem por cerca de 70% do PIB brasileiro, e movimentam um
mercado de trabalho cada vez mais acirrado e exigente nas especializações e conhecimentos da
tecnologia, alimentada intensamente pelas descobertas técnicas e científicas do homem.
Segundo o CONFEA (2009), no seu endereço eletrônico é possível encontrar os normativos que
regulamentam e regem o exercício profissional da Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia,
Geografia e Meteorologia, dos tecnólogos e dos técnicos industriais e agrícolas, e o funcionamento
do CONFEA e dos CREAS, tais como:
• Lei: Norma geral de conduta que disciplina as relações de fato incidentes no direito, e cuja
observância é imposta pelo poder estatal, sendo elaborada pelo Poder Legislativo, por
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meio do processo adequado.
• Decreto: Ato do Presidente da República para estabelecer e aprovar o regulamento de lei,
facilitando a sua execução.
• Decreto-Lei: Norma baixada pelo Presidente da República que se restringia a certas matérias e
estava sujeita ao controle do Congresso Nacional.
• Resolução: Ato normativo de competência exclusiva do Plenário do CONFEA, destinado a
explicitar a lei, para sua correta execução e para disciplinar os casos omissos.
• Decisão Normativa: Ato de caráter imperativo, de exclusiva competência do Plenário do CONFEA,
destinado a fixar entendimentos ou a determinar procedimentos a serem seguidos pelos CREAs,
visando à uniformidade de ação.
• Decisão Plenária: Ato de competência dos Plenários dos Conselhos para instrumentar sua
manifestação em casos concretos.
Segundo CREA (2009) a fiscalização do exercício profissional nas áreas da Engenharia, Arquitetura e
Agronomia, seja no nível técnico ou superior, deve ter como principal fundamento a proteção da
sociedade, através da garantia de serviços prestados por profissionais legalmente habilitados,
eliminando, desta forma, uma parcela considerável de pessoas (leigos) exercendo ilegalmente a
profissão.
Ainda segundo CREA (2009) atuando dessa forma, intrinsecamente, o Crea-MG assegura qualidade
aos produtos e serviços, além de garantir a preservação da vida humana, em face dos fatores de
risco ligados às atividades desenvolvidas nas áreas fiscalizadas pelo Conselho.
“Esta fiscalização orientativa, num primeiro momento, está em conformidade com os normativos
do Confea, que estabelecem o instrumento da notificação como uma tentativa de regularização
da infração, sem no entanto deixar de aplicar as penalidades previstas na legislação profissional,
quando esgotadas as tentativas de regularização”. (CREA, 2009).
6.2 Anotação de Responsabilidade Técnica – ART
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O CREA oferece ainda uma gama de serviços aos profissionais nele ligado. Atualmente, o CREA-
MG, disponibiliza esses serviços através do AtendeWeb que é a nova interface de serviços on-line
que o Crea-MG disponibiliza aos profissionais e empresas registradas. É uma área de acesso
restrito (conforme mostra a ilustração a seguir), autorizado mediante fornecimento do registro e
senha, previamente cadastrada no próprio site, onde são oferecidos serviços personalizados,
de forma integrada.
Para garantir aos profissionais registrados nos Crea, um meio de cadastrar suas obras e
serviços, cargos ou funções, cursos e prêmios, foi criada, em 1977, a Anotação de
Responsabilidade Técnica – ART, através da Lei nº 6.496/77.
A ART define, para efeitos legais, os responsáveis técnicos pelo empreendimento, obra ou
serviço, tendo valor de um contrato. Mas para isso, ela deve ser registrada no Crea onde
for executada a atividade técnica.
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Ilustração 2: Modelo de ART Matriz Obra/Serviço.
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Em entrevista com o profissional do CREA, o engenheiro Hélio da Silva Mota, comenta o seguinte:
“As resoluções do CONFEA/CREA possuem poder de lei. Entre elas destacam-se as resoluções
5194/96 que cria a profissão do engenheiro, a Resolução 218 que dá as atribuições do
profissional engenheiro e a resolução 4850/A que atribui o salário mínimo do engenheiro.
Tramita ainda a Resolução 1010 que poderá substituir a Resolução 218 alterando1 as atribuições
do engenheiro baseado no histórico escolar do profissional. (MOTA, 2010).” Ainda segundo Mota
(2010) o engenheiro pode ser responsável por até 3 empresas e mais uma empresa própria. A
responsabilidade sobre as obras já teve limitações, mas hoje não há restrições.
Mota diz ainda que a organização do CREA segue conforme da seguinte forma:
1 Segundo MOTA (2010) a alteração na resolução poderia, por exemplo, impedir que o engenheiro civil realize
levantamentos de propriedades rurais, pois a grade de um curso de engenharia civil prevê no máximo 200 horas. Para
poder atuar nesta área o curso de engenheira civil deveria possuir, ao menos, 600 horas de carga horária em
Geoprocessamento.
Por fim, segundo Mota (2010), os fiscais das inspetorias visitam as obras, industrias, empresas
com o intuito de averiguar o exercício profissional dos que atuam nas áreas que representa no
empreendimento ou serviço em execução. Observado a irregularidade, a inspetoria notifica,
dando um prazo para a regularização do empreendimento. Permanecendo a irregularidade o
empreendimento poderá receber uma multa que varia de R$ 100,00 a R$ 2800,00, não
isentando da regularização documental.
7. Sindicatos e Associações
7.1 Sinduscon - Sindicato da Construção
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informação, coordenação, proteção e representação legal da categoria econômica da Indústria da
Construção Civil.
(ABNT)
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Ilustração 4:Pagina principal do site: http://www.abnt.org.br
Definir qual foi “a primeira norma da ABNT” pode parecer uma tarefa simples,
mas essa definição tem uma relação estreita com o processo de criação da
entidade – uma idéia que surgiu na cabeça de alguns idealistas, que perceberam a
necessidade de padronizar os critérios técnicos utilizados pelos setores produtivos
nacionais. Essa proposta adquiriu consistência nas três Reuniões de Laboratórios
de Ensaio realizadas entre 1937 e 1940, que tinham como objetivo a criação das
primeiras normas de ensaio para a tecnologia do concreto, um problema que
vinha afetando a construção civil do País.
Segundo Hélio Gordon, “o cimento portland encontra uma barreira, que é a falta de mercado
nacional capaz de absorver a sua expansão de vendas. Os aspectos que facilitam o crescimento
do mercado são as normas e as especificações, pois elas possibilitam às indústrias eliminar a
concorrência das pequenas empresas, atingindo um número maior de pessoas e localidades, e
aos poucos ajudam na criação de um mercado nacional.”
Alguns órgãos públicos, para adotar critérios de recepção de produtos, se alinharam à ABCP
pela causa da normalização; Os laboratórios de ensaio, a fim de estabelecer uma ponte de
ligação com as indústrias nascentes, também começaram a se empenhar na criação de uma
associação brasileira de normas.
O “movimento pró-ABNT” realmente se concretizou em 1936, quando houve a primeira reunião
dos laboratórios de ensaios, dedicada a discutir normas e
especificações relativas ao cimento, com a participação de repartições técnicas federais,
estaduais e municipais, e dos principais laboratórios e professores de engenharia. A
coordenação das reuniões foi assumida pelo INT e IPT, e a segunda reunião foi agendada para
1939, nas dependências do IPT. Temas sobre a
construção civil, tais como cimento portland, concreto armado e metais, eram os mais
abordados. A terceira reunião foi realizada no INT, no Rio de Janeiro. Hélio Gordon descreve
como a ABNT surgiu:
“Nesta reunião (a terceira) é que se finalizam os debates sobre a criação da ABNT.
Com isto, estabeleceu-se como objetivo da Associação elaborar a trabalhar pela adoção e
difusão das Normas Técnicas Brasileiras, como diz em seus estatutos:
E Hélio Gordon continua: “A produção brasileira passava então a ter a possibilidade e basear-se
em estudos estabelecidos por experimentos em laboratórios tecnológicos. Isto significa uma
transformação na qualidade da industrialização brasileira”.
Sendo assim, é muito importante contarmos com a sua opinião sobre o conteúdo dos Projetos
em Consulta Nacional, para que possamos ter Normas Brasileiras que realmente representem
os interesses da sociedade, bem como possam ser plenamente aplicadas e gerar todos os
benefícios inerentes à normalização.
Participe, dando a sua contribuição - ela certamente ajudará na melhoria da qualidade de
nossos documentos.
Segundo princípios internacionais, as normas devem ser analisadas periodicamente para que seu
conteúdo mantenha-se atualizado. Este processo, chamado de Análise Sistemática, é realizado
anualmente e inicia-se pela pesquisa à sociedade.
Durante três meses, a ABNT disponibiliza à sociedade por meio de seu site a relação das normas
contempladas no processo. É a oportunidade que as partes interessadas tem de analisar o
conteúdo da Norma e dizer se ele permanece atual (confirmação), se não tem mais aplicação
(cancelamento) ou se ele está desatualizado em relação à tecnologia (revisão).
Após este período, a ABNT encaminha o resultado da pesquisa ao Comitê Técnico responsável,
para que ele o disponibilize à Comissão de Estudo autora da norma, que decidirá por sua
revisão, confirmação ou cancelamento (parecer final).
De posse do parecer final da Comissão, a ABNT tomará as providências necessárias para
atualizar o acervo de Normas Brasileiras.
Os pareceres finais de cancelamento serão submetidos à Consulta Nacional para embasamento,
por 30 dias.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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