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ESCOLA TÉCNICA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Rua Oliveira Lisboa, nº 41, Barreiro de Baixo, BH/MG


Fone: 31 33848770 – www.metaescolatecnica.com.br

Instalações Hidrosanitárias
“ Se tens de lidar com água consulta primeiro a experiência, e depois a
razão.”

Leonardo da Vinci
Perspectiva das instalações hidráulico-sanitárias no Brasil

 Regidas pela ABNT

 Normas dinâmicas

 Projetos integrados aos projetos estruturais e as interferências


analisadas

 Redução de interferências

 Maior valorização das instalações

OBJETIVOS:

 Distribuição da água e esgoto suficientes

 Afastamento das águas servidas

 Conforto e segurança aos usuários

EXIGÊNCIAS MÍNIMAS:

Toda habitação, por mais simples que seja:

 Sistema de abastecimento de água

 Esgotamento dos resíduos

 Atenuar perigo de contaminações

Classificação das instalações

INTERNAS........................... Interior das edificações

EXTERNAS......................... Obras públicas de saneamento

Instalações residenciais mínimas:

 Bacia sanitária
 Lavatório
 Chuveiro
 Pia de cozinha
 Ralo sifonado
 Tanque
Água quente

Atender ao uso domésticos para maior conforto:

 Banho
 Lavagem de roupa e utensílios de cozinha
 Atender ao uso industrial:
 Indústrias
 Lavanderias
 Laboratórios e hospitais
 Calefação de casas em países frios

Águas pluviais

 Conduzidas por instalações especiais


 Aos cursos d’água da região

ANOTAÇÕES:
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NORMAS DA ABNT

NBR 5626, que : “fixa as condições exigíveis, a maneira e os critérios


pelos quais devem ser projetadas as instalações prediais de água fria,
para atender às exigências técnicas mínimas de higiene, segurança,
economia e conforto dos usuários
AGUA FRIA.................................. NBR 5626/82

Figura 1- Distribuição direta

Figura 2 - Distribuição Indireta, sem recalque


Figura 3 - Distribuição Indireta, com recalque

Figura 4- Distribuição Indireta hidropneumática


Figura 5 - Distribuição Mista
ANOTAÇÕES:
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Componentes do sistema predial de água fria.

 Ramal predial
 Ramal interno (alimentador predial)
 Reservatório ( caixa d’água)
 Barrilete
 Coluna de distribuição
 Ramais e sub-ramais
 Peças de utilização e aparelhos sanitários

Figura 6 - Ramal externo e ramal interno


GERAIS SOBRE OS PROJETOS DE UM SISTEMA DE
ÁGUA FRIA
 Garantir a potabilidade da água do sistema de abastecimento e do
sistema de distribuição;
 Garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade
suficiente, com pressões e velocidades adequadas e compatíveis com o
perfeito funcionamento dos aparelhos, das peças de utilização etc.;
 Promover conforto aos usuários (níveis de ruído aceitáveis e peças
convenientemente adotadas);
 Proporcionar facilidade de manutenção, operação e futuros acréscimos;
 Possibilitar economia de água, energia e manutenção.

Origem da NBR 5626


 Projeto NBR 5626:1996 CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil
CE-02:009.03 - Comissão de Estudo de Instalações Prediais de Água
Fria NBR 5626 - Cold water building installation Descriptors: Building
installation. Cold water. Water supply Esta Norma cancela e substitui as
NBR 5651:1977, NBR 5657:1977 e NBR 5658:1977 Esta Norma
substitui a NBR 5626:1982 Válida a partir de 30.10.1998.
 Esta Norma substitui integralmente a NBR 5626:1982. Na sua nova
versão, foram incorporadas as NBR 5651:1977 (Recebimento de
instalações prediais de água fria), NBR 5657:1977 (Verificação da
estanqueidade à pressão interna de instalações prediais de água fria) e
NBR 5658:1977 (Determinação das condições de funcionamento das
peças de utilização de uma instalação predial de água fria) que, por este
motivo, são agora canceladas.

OBJETIVO:
 projeto
 execução
 manutenção da instalação predial de água fria.
 bom desempenho da instalação e da garantia de potabilidade da água
no caso de instalação de água potável.

Recomenda, no seu item 3.4:


“O desenvolvimento do projeto das instalações de água fria deve ser conduzido
concomitantemente, e em conjunto (ou em equipe de projeto), com os projetos
de arquitetura, estrutura e de fundações do edifício, de modo que se consiga a
mais perfeita harmonia entre todas as exigências técnico-econômicas
envolvidas.”
Considerar

 Projeto Arquitetônico
 Reuniões com futuros moradores
 Análise econômica dos partidos a adotar (Indústrias e edifícios
comerciais).

Edificações específicas

 Escolas
 Hospitais
 Estádios e sanitários públicos

Integrados outros sistemas:


ÁGUA QUENTE ..............................NBR 7198SET 1993

INCÊNDIO.................................................NBRBR 13714
ANOTAÇÕES:
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Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes


definições:

4NBR 5626:1998
1 – Alimentador predial

2 – Temperatura

3 – Aparelho sanitário

4 – Barrilete

5 – Camisa

6 – Cobertura

7 – Coluna de distribuição

8 – Componente
9 – Concessionária

10 – Conexão cruzada

11 – Construtor

12 – Diâmetro nominal (DN)

13 – Dispositivo de pressão ao fluxo

14 – Duto

15 – Fonte de abastecimento galeria de serviços

16 – Elevatória instalação predial de água fria instalador

17 – Junta

Um exemplo de procedimento conveniente a seguir


para o dimensionamento:
 Define-se o tipo e o padrão da edificação, a partir da tabela de
consumo predial diário;
 Calcula-se o número de ocupantes em função das características da
edificação;
 Verifica-se a tabela de consumo predial diário;
 Calcula-se o consumo diário pela fórmula: CD= CP x N onde: CD
= consumo diário, CP = consumo per capita, N = número de
ocupantes.
Consumo predial diário
Alojamentos provisórios 80 - per capita
Ambulatórios 25 - per capita
Apartamentos de padrão médio 250- per capita
apartamento de padrão luxo 300- per capita
Cavalariças 100- por cavalo
Cinemas e teatros 2- por lugar
Creches 50- per capita
Edifícios públicos ou comerciais 80- per capita
Escolas- externatos 50- per capita
Escolas- internatos 150- per capita
Escolas- semi-internatos 100- per capita
Escritórios 50- per capita
Garagens e postos de serviços 150- por automóvel
Garagens e postos de serviços 200- por caminhão
Hotéis (sem cozinha e sem lavanderia) 120- por hóspede
Hotéis (com cozinha e com lavanderia) 250- por hóspede
Hospitais 250- por leito
Industrias- uso pessoal 80- por operário
Indústrias- com restaurante 100- por operário
Jardins (rega) 1.5- por m2
Lavanderias 30- por kg de roupa seca
Matadouros (animais de grande porte) 300- por animal abatido
Matadouros (animais de pequeno porte) 150- por animal abatido
Mercados 5-por m2 de área
Oficinas de costura 50-per capita
Orfanatos, asilos e berçários 150-per capita
Postos de serviço para automóveis 150-por veículo
Piscinas- lâmina de água 2.5-cm por dia
Quartéis 150-per capita
Residência popular 150-per capita
Residência de padrão médio 250-per capita
Residência padrão luxo 300-per capita
Restaurantes e similares 25-por refeição
Templos 2-por lugar

TABELA 1- Consumo predial diário


ANOTAÇÕES:
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 De acordo com a Norma NBR 5626, existe uma maneira para definir o
tamanho certo dos reservatórios Inferior e Superior.
 A função da caixa d’água é ser um reservatório para dois dias de
consumo (por precaução para eventuais faltas de abastecimento público
de água), sendo que o reservatório inferior deve ser 3/5 e o superior 2/5
do total de consumo para esse período. No caso de prédios, ainda deve
ser acrescentar de 15 a 20% desse total para reserva de incêndio.
 Por exemplo: Vamos supor um prédio com reservatório superior de
5000 litros. Neste caso teríamos 1000 litros para reserva de incêndio, ou
seja:

5000 x 20/100 = 1000 litro


DESENVOLVIMENTO
 De acordo com a tabela de estimativa de consumo predial diário, uma
pessoa consome em média 150 litros de água por dia.
 Este dado pode ser obtido através da tabela AF01:

Ambiente Número de pessoas

Dormitório 2 pessoas

Dormitório de empregado (a) 1 pessoa

TABELA 2- Ambiente X Nº Pessoas


Reservatório Inferior:
 Para calcular o tamanho da caixa d’água inferior, devemos achar o valor
correspondente a 3/5 de 1500 da seguinte forma:
 3/5 x 1500 = 900 litros
 Nesse caso, como não se encontra no mercado uma caixa d’água com
esse volume, deve-se instalar a Caixa d’água Tigre 1000 litros.

Reservatório Superior:

 Para a caixa d’água superior, o valor que devemos encontrar é de 2/5 do


consumo, ou seja, 2/5 de 1500:
 2/5 x 1500 = 600 litros

Também neste caso não encontramos no mercado caixa d’água com 600 litros,
portanto deve-se instalar a Caixa d’água Tigre de 500 litros.

ANOTAÇÕES:
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CONHECENDO PEÇAS DE ÁGUA FRIA


Peça Soldável
FUNÇÃO:
Conduzir e armazenar água potável nos sistemas prediais em condições
adequadas de temperatura e pressão. Atende a todos os tipos e padrões de
obra para instalações prediais de água fria em temperatura ambiente
Características e benefício
Benefícios: Durabilidade. Facilidade de instalação Características Facilidade
de instalação: juntas soldadas a frio, dispensando o uso de ferramentas e
equipamentos sofisticados.

Resistente a produtos químicos, não sofrendo corrosão.

Bitolas: 20, 25, 32, 40, 50, 60, 75, 85, 110 milímetros.

Pressão máxima de serviço: 7,5 kgf/cm (750 kPa) à temperatura de 20ºC.

Atende à NBR 5626 - instalação predial de água fria.

ANOTAÇÕES:
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Exemplos de peças soldáveis


Nota: as que estão sem nome, pesquise em catálogos e sites e exercite sua
curiosidade e complete o exemplo!!!
Tubo Tubo Soldável Luva Joelho 90º
Soldável 6 3m soldável soldável
m

Cap Cruzeta soldável


soldável

Curva 90º União soldável


soldável
Adaptador Soldável Adaptador Soldável com
com Anel para Flanges Livres para Caixa
Caixa d'Água d’Água

Adaptador
Luva soldável e Soldável com Anel União soldável
com bucha de para Caixa d'Água
latão

Luva soldável e com rosca

Adesivo Plástico para PVC Bisnaga


- Azul

Adesivo Aquatherm® Fita Veda


BARRILETE

Chama-se de BARRILETE a tubulação que interliga as duas metades da caixa


d´água e de onde partem as colunas de água. Podem ser do tipo ramificado ou
do tipo concentrado.

FIGURA 7- Barrilete ramificado

FIGURA 8 - Barrilete concentrado

Trata-se de uma tubulação ligando as duas seções do reservatório superior,


e da qual partem as derivações correspondentes às diversas colunas de
alimentação. O barrilete é a solução que adota para se limitarem as ligações ao
reservatório. O traçado barrilete depende exclusivamente da localização das
colunas de distribuição. Estas por sua vez, devem ser localizadas de comum
acordo com a equipe envolvida no projeto global do edifício (arquiteto,
engenheiro do cálculo estrutural, etc.).
1.1. Sistema Unificado
Do barrilete ligando as duas seções do reservatório partem diretamente todas
as ramificações, correspondendo cada qual a uma coluna de alimentação.

Colocam-se dois registros que permitem isolar uma ou outra seção do


reservatório. Cada ramificação para a coluna correspondente tem seu registro
próprio. Deste modo, o controle e a manobra de abastecimento, bem como o
isolamento das diversas colunas, são feitos num único local da cobertura. Se o
número de colunas for muito grande, prolonga-se o barrilete além dos pontos
de inserção no reservatório 2.

1.2. Sistema ramificado

Do barrilete saem ramais, os quais por sua vez dão origem a derivações
secundárias para as colunas de alimentação. Ainda neste caso, na parte
superior da coluna, ou no ramal do barrilete próximo à descida da coluna,
coloca-se um registro. Esse sistema usado por razões de economia de
tubulação dispensa os pontos de controle por registros. Tecnicamente, não é
considerado tão bom quanto o primeiro. Em um edifício existe o barrilete de
distribuição de água e o barrilete de incêndio. A tomada d'água do barrilete de
distribuição é alta, resguardando a reserva de incêndio. Mesmo que a água
acabe e que só tenha a água do reservatório superior, o edifício nunca vai
consumir a água destinada ao combate de incêndio. Já a saída do reservatório
para alimentar o barrilete de incêndio é feita rente ao fundo.

Em caso de incêndio, toda a água do reservatório superior poderá ser usada


para combate ao fogo, tendo no mínimo, o volume da reserva de incêndio.
Após a saída do reservatório existe uma Válvula de retenção que impede que a
água dos hidrantes retorne ao reservatório, pois a tubulação é ligada em uma
válvula a no passeio do edifício e em caso de incêndio, os bombeiros podem
ligar um caminhão tanque com bomba que vai recalcar mais3 água na coluna
dos hidrantes. Essa água deve sair nos hidrantes e não retornar ao
reservatório.
1.2. Sistema ramificado

Do barrilete saem ramais, os quais por sua vez dão origem a derivações
secundárias para as colunas de alimentação. Ainda neste caso, na parte
superior da coluna, ou no ramal do barrilete próximo à descida da coluna,
coloca-se um registro.
Esse sistema usado por razões de economia de tubulação dispensa os pontos
de controle por registros. Tecnicamente, não é considerado tão bom quanto o
primeiro.

FIGURA 9 - Sistema Ramificado


Dimensionamento Do Barrilete:

Procedimento de cálculo:
_ Somar o peso de todas as colunas e determinar o diâmetro do barrilete
através do ábaco de soma de pesos.

2. COLUNAS DE ÁGUA-FRIA
Pelo método tradicional de projeto, em um edifício de apartamentos, cada
apartamento pode ter várias colunas de alimentação. Como temos banheiro
sobre banheiro, cozinha sobre cozinha e área de serviço sobre área de serviço,
cada ambiente ou conjuntos próximos de ambientes podem possuir colunas
independentes.
Esse sistema de distribuição através de colunas independentes por ambientes
inviabiliza ou, no mínimo, dificulta muito a medição individual de água e faz
com que o consumo de água no edifício seja rateado entre todos os moradores
e cobrado na taxa de condomínio. Um apartamento que tem um único 4
morador paga o mesmo que outro apartamento que tem uma família de 5
pessoas.
Pelas normas atuais, não podemos mais ter várias colunas atendendo um
apartamento, pois se queremos fazer uma medição individual, o apartamento
terá uma única entrada para o abastecimento de todos os ambientes. Um
edifício com quatro apartamentos por andar, por exemplo, terá somente 4
colunas de água-fria com um hidrômetro em cada apartamento. A partir do
hidrômetro é que será feita a distribuição para todos os ambientes do
apartamento através de tubulações horizontais. Conceito totalmente diferente
do anterior.

Todas as tubulações das instalações prediais de água fria são dimensionadas


para funcionar como condutos forçados. A distribuição de água para um prédio
partindo de um reservatório superior de acumulação é feita por meio de um
sistema de encanamentos que compreende: sub-ramais, ramais,
colunas e barrilete.

As primeiras informações que precisamos saber para o dimensionamento das


tubulações de água fria são:

 O número de peças de utilização que esta tubulação irá atender;


 A quantidade de água (vazão) que cada peça necessita para funcionar
perfeitamente.

Todas as tubulações das instalações prediais de água fria são dimensionadas


para funcionar como condutos forçados. A distribuição de água para um prédio
partindo de um reservatório superior de acumulação é feita por meio de um
sistema de encanamentos que compreende: sub-ramais, ramais, colunas e
barrilete.
As primeiras informações que precisamos saber para o dimensionamento
das tubulações de água fria são:
 O número de peças de utilização que esta tubulação irá atender;
 A quantidade de água (vazão) que cada peça necessita para funcionar
perfeitamente.
TABELA 3- DIÂMETROS DOS RAMAIS

Os ramais podem ser dimensionados considerando-se o consumo máximo


possível, ou seja, admitindo-se que todos os equipamentos à ele conectados
se encontrem em funcionamento ou ainda em função do consumo máximo
provável, que considera a vazão de alimentação e a probabilidade de uso
simultâneo dos diversos equipamentos servidos pela rede.

CRITÉRIO DE CONSUMO MÁXIMO POSSÍVEL:


Este critério se baseia na hipótese do uso simultâneo de todas as peças de
utilizações instaladas. O uso simultâneo de todas as peças de utilização
instaladas dificilmente ocorrerá em instalações “normais”. O uso simultâneo
ocorrerá em instalações onde o regime de uso determina esta ocorrência,
como em quadras de esporte, colégios, quartéis, indústrias, onde no final do
jogo, do turno, da instrução etc. todas as peças podem estar em uso
simultâneo.

Embora o critério do consumo máximo possível conduza a diâmetros maiores,


poderemos adotá-lo em pequenas instalações, devido à praticidade do
dimensionamento. Em instalações de maior porte e nas quais o uso simultâneo
não ocorrer, o uso deste critério não é recomendado por razões econômicas.

CRITÉRIO DO CONSUMO MÁXIMO PROVÁVEL:

Este critério se baseia na hipótese de que o uso simultâneo não ocorre. Existe
a probabilidade de alguns aparelhos serem utilizados simultaneamente. Neste
caso ocorrerá um consumo máximo provável. Este tipo de consumo é o mais
freqüente nas instalações prediais “normais”. Este critério conduz a seções de
tubulação menores que o critério anterior, portanto torna a instalação mais
econômica.

Por exemplo, se somarmos as vazões de todos os aparelhos, estaremos


afirmando que todos os aparelhos funcionam simultaneamente, o que não é
verdade e estaremos superdimensionando a tubulação.

Os aparelhos, estatisticamente, são utilizados em intervalos de tempo


diferentes e durante períodos de tempo diferentes.
Um chuveiro, por exemplo pode ser utilizado de duas a quatro vezes por dia e
cada banho pode durar de 15 a 20 minutos. Diferente de um lavatório que pode
ser utilizado 5 a 10 vezes por dia por 20 a 30 segundos cada. Existe a
probabilidade de se utilizar o chuveiro e o lavatório ao mesmo tempo e esta
probabilidade também pode ser calculada estatisticamente.

Hunter, percebeu isso e mediu todos os períodos e intervalos de tempo de


todos os aparelhos, estabelecendo a cada um pesos relativos. Utilizando esses
pesos relativos estaremos dimensionamento a tubulação de uma forma muito
mais realista, sem superdimensionar o sistema.

_ A vazão é determinada pela fórmula:

Q = 0,30. _P , sendo:
Q = vazão em l/s
P= Peso das peças de utilização

_ Procedimento de cálculo: Soma-se os pesos das duas peças de maior peso


dos trechos a dimensionar e determinamos a vazão do trecho e o respectivo
diâmetro através do ábaco da soma dos pesos.(O ábaco fornece o diâmetro do
ramal de alimentação em função da vazão calculada).
TABELA 4 - Vazões de projeto e pesos relativos
FIGURA 10 - vazões em função da soma dos pesos
DICAS

Para situações de pequenas instalações, como a que a apresentamos, pode


ocorrer de o diâmetro dos sub-ramais resultar em diâmetro menor que o do
ramal. Nestes casos, pode-se tornar anti-econômico utilizar 3 diâmetros
diferentes, por duas razões:

 Devido às sobras que normalmente ocorrem em virtude da variedade


de diâmetros;
 Necessidade, nestes casos, de adquirir um maior número de conexões
(reduções).

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