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INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS

Inspeção Geral do Equipamento


Sistema Hidro Sanitarias

UNIDADE:
ÁREA: Diversos
CÉLULA: Diversos
NÚMERO: Q1-1a/03
QUALIDADE EM 1 PONTO

Título: INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS

Objetivo: Compreender o funcionamento do Sistema Hidro


sanitárias.

Quem: APRENDIZ.
Quando: Nas atividades de educação e treinamento.
Como: Através de apresentação em lições Q1.
Por Quê: Para aprimorar seu conhecimento sobre o Sistema
Hidro Sanitarias.
I - INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA
INTRODUÇÃO
• O que é uma instalação predial de água fria?
• É um conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e
dispositivos existentes a partir do ramal predial, destinado a
abastecimento dos pontos de utilização de água do
prédio em quantidade suficiente e mantendo a qualidade da água
fornecida pelo sistema de abastecimento.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
• Coluna de Distribuição
Leva ao apartamento a água proveniente da caixa
d’água.
• Coluna de Águas Servidas
É a coluna que recebe toda a água utilizada no
apartamento, como esgoto, tanque e banheiros.
• Nos prédios mais antigos , são confeccionadas em
ferro fundido e nos atuais em tubos de p.v.c. .
Quando necessário, serão substituídas em tubos
de p.v.c.

Engº Simon Bolivar M. Mendes


• Coluna de Águas Pluviais
Coluna que recebe toda as águas provenientes de
chuvas.
• Como a coluna de águas servidas, nos prédios
mais antigos , são confeccionadas em ferro
fundido e nos atuais em tubos de p.v.c. . Quando
necessário, serão substituídas em tubos de p.v.c.
• Barriletes
Centrais de distribuição de água, que estão
localizadas logo abaixo das caixas d’água
superiores, e que possuem a função de
distribuir água limpa pelas tubulações.
Engº Simon Bolivar M. Mendes
Válvulas Redutoras de Pressão
Têm como finalidade diminuir a pressão da
água dentro da tubulação, tornando mais fácil
o manuseio de torneiras, chuveiros, máquinas
de lavar, filtros em geral encontrados dentro
dos apartamentos.

Engº Simon Bolivar M. Mendes


Engº Simon Bolivar M. Mendes
• Ligações da caixa d’água
• Além da tubulação de alimentação, que termina na
torneira de bóia, existem na caixa d’água mais três
tipos de ligação: ladrão, lavagem e barriletes.
• O ladrão fica localizado na parte superior da caixa
d’água, próximo à borda. Sua função é evitar que
água transborde, caso a torneira de bóia falhar.
Justamente para isto, o diâmetro do ladrão tem que
ser maior do que a tubulação de entrada.

Engº Simon Bolivar M. Mendes


Em geral, nas residências se usa tubo de 25 mm na
alimentação e de 32 mm no ladrão e na tubulação de
lavagem. Esta última fica exatamente no fundo, bem
rente à borda, e sua função é esvaziar totalmente a
caixa para limpeza ou manutenção. Para tanto a
tubulação de lavagem tem um registro, para ser
aberto única e exclusivamente nesta ocasião.
BARRILETE
O barrilete coleta a água pelo menos 10 cm acima do
fundo da caixa, para evitar que se use água
contaminada pelos depósitos que vão sedimentando
no fundo da caixa. A saída para lavagem coleta a
água o mais próximo possível ao fundo, justamente
para retirar as partículas sedimentadas
Res em fibra de vidro, tubos partem da lateral, evitam os apoios
• Ramais de distribuição
• Dos barriletes saem as colunas de distribuição e daí
para os ramais de distribuição. Os ramais de
distribuição, por sua vez, levam a água fria através
do imóvel conduzindo-a até os sub- ramais e daí para
os pontos de consumo, constituídos pelos chuveiros,
torneiras, etc.
Em pequenas obras, costuma-se sair com um tubo
de 50 mm
para alimentar o banheiro (com válvula de descarga)
e outra de
25 ou 32 mm para alimentar cozinha, área de
serviço e
banheiros com bacia de caixa acoplada.
Em obras maiores, com mais cômodos, é conveniente
fazer uma saída para cada banheiro, outra para a
cozinha e outra para a área de serviço. Com isto, um
ambiente não interfere no funcionamento do outro,
pois ficam totalmente independentes.
Caso o banheiro utilize caixa acoplada ao invés de
válvula de descarga, pode ser alimentado com um
único tubo de 25 ou 32 mm, que servirá também
para o chuveiro e pia. Se o projeto estiver prevendo
aproveitamento de água de chuva, de cisterna ou de
reuso, deverá haver uma caixa d’água e uma
tubulação especificamente para o vaso sanitário,
pois não se deve utilizar água reciclada no chuveiro,
nas pias, na cozinha e na área de serviço.
As medidas de tubo que indicamos acima são genéricas,
mas são
também as mais usadas, tanto que acabaram
virando padrão
para os dispositivos encontrados no comércio. Atendem
realmente à maioria dos casos de pequenas obras, mas
se você tiver um projeto diferente, como um comércio
ou indústria, ou até mesmo uma residência um pouco
mais sofisticada precisará dimensionar a tubulação.
ELABORAÇÃO DE PROJETO
1.Planta baixa, cortes, detalhes e vistas isométricas c/
o traçado dos condutos.
2. Memória descritiva, justificativa e de cálculo;
3. Especificações do material e normas para a sua
aplicação (opcional)
4. Orçamento (opcional)
• Deve constar na planta de arquitetura a
localização das caixas
d’água e dos diversos pontos de consumo;
• Escala de projeto: 1:50; 1:100
• Detalhes: 1:20; 1:25

Engº Simon Bolivar M. Mendes


TERMINOLOGIA
• Aparelho sanitário, barrilete, caixa de descarga,
conjunto elevatório, instalação elevatória, consumo
diário, extravasor, coluna de distribuição, ramal, sub-
ramal, ramal predial, vávula de retenção e vazão
1.0 – DADOS PARA PROJETO

1.1 TIPOS DE SISTEMA


1. Sistema direto de distribuição
2. Sistema indireto de distribuição, sem
bombeamento
3. Sistema indireto de distribuição, com
bombeamento
FIG. 1.1 – SISTEMA
DIRETO
FIG 1.2 – SIST INDIRETO (descendente)
SIST INDIRETO (com bombeamento)
ESQUEMA DE UM SIST. PREDIAL DE
ÁGUA FRIA
Engº Simon Bolivar M. Mendes
ÁGUA FRIA

Engº Simon Bolivar M. Mendes


ÁGUA FRIA E ÁGUA QUENTE

Engº Simon Bolivar M. Mendes


ISOMÉTRICA
1.1 – TAXA DE OCUPAÇÃO
Para calcular o consumo residencial diário, considera-se a
seguinte taxa de ocupação: cada quarto social ocupado por duas
pessoas e cada quarto de serviço, por uma.
Na falta de dados para outros casos, pode-se considerar a tabela
1.1
TAB. 1.1
Para efeitos didáticos, para prédios públicos ou comerciais, pode-se considerar
as taxas de ocupação apresentadas a seguir:
Local Taxa de ocupação
Bancos Uma pessoa por 5,00 m2 de área
Escritórios Uma pessoa por 6,00 m2 de área
Pavimento Uma pessoa por 2,50 m2 de área
s térreos
Uma pessoa por 5,00 m2 de área
Lojas (pavimentos superiores)
Uma pessoa por 5,50 m2 de área
Museus e bibliotecas
Uma pessoa por 5,50 m2 de área
Salas de hotéis
Uma pessoa por 1,40 m2 de área
Restaurantes
Oito pessoas
Salas de operação (hospital)
Uma cadeira para cada 0,70 m2
Teatros, cinemas e auditórios de área
Fonte: Creder (1995)
1.2 – CONSUMO DE ÁGUA
CONSUMO DIÁRIO
Tipo de edificação Consumo (litros/ dia

Ambulatórios - per capita


Apartamentos de padrão médio 250- per capita
apartamento de padrão luxo 300- per
Cavalariças capita
100- por
cavalo
Cinemas e teatros 2- por lugar
Creches 50- per capita
Edifícios públicos ou 80- per capita
comerciais Escolas- externatos 50- per capita
Escolas- internatos 150- per capita
Escolas- semi-internatos 100- per capita
Escritórios 50- per capita
Garagens e postos de 150- por automóvel
serviços 200- por caminhão
Garagens e postos de 120- por hóspede
serviços 250- por hóspede
Hotéis (sem cozinha e sem lavanderia) 250- por leito
Hotéis (com cozinha e com 80- por operário
lavanderia) Hospitais 100- por operário
Industrias- uso pessoal 1.5- por m2
Indústrias- com restaurante
Jardins (rega)
Lavanderias 30- por kg de roupa seca
Mercados 5-por m2 de área
Orfanatos, asilos e berçários 150-per capita
Postos de serviço para automóveis 150-por veículo
Piscinas- lâmina de água 2.5-cm por dia
Residência popular 150-per capita
Residência de padrão 250-per capita
médio Residência padrão 300-per capita
luxo Restaurantes e 25-por refeição
1.3 – DIMENSIONAMENTO DO ALIMENTADOR PREDIAL
1.3 - Dimensionamento do alimentador predial (ramal predial
interno)

No sistema indireto admite-se abastecimento continuo durante


24 horas e que a vazão atende o consumo de água.

•Qap (m3/s) = CD / 86.400


ou

Qap (m) = (4 Q / 3,1416 V)1/2 onde: Qap= Vazão do alimentador


predial em m3/s
CD= Consumo diário em m3
V= Velocidade da água – 0,6 a 1,0 m/s
Uma outra forma de calcular o diâmetro do alimentador
predial é através do Ábaco de Fair-Whipple-Hsiao. Entra-se
com o valor do consumo diário e a velocidade fixada em 1
m/s.
Obs.: O diâmetro mínimo é de ¾”(20 mm)
Ex.: Dimensionar o ramal predial para o consumo
diário de 68.160 l Resp.:
Usando a tabela: Para Q = 68,16 m3/dia e V=1,0 m/s,
pela tab. Encontro
DN=32
Usando o Ábaco: Q = 68160/86400 = 0,79 l/s e V= 1
m/s, entro no Ábaco e
encontro D = 1 ¼” (32 mm)
TUBOS COBRE E PVC
TUBO AÇO GALV. E FeFo
1.4 – CAPACIDADE DOS RESERVATÓRIOS
Prever reservatórios com capacidade suficiente para dois dias de
consumo e mais a reserva de incêndio que é de 15% a 20% do
consumo diário.(segundo a NBR-5626/98)
• Res. Superior = 2/5 da capacidade de reservação
• Res. Inferior = 3/5 da capacidade de reservação
UMA OUTRA FORMA SERIA:
Exercício 01: Um edifício de 10 pavimentos com 4 apartamentos
por pavimento, sendo cada apartamento com 3 quartos sociais e
um de empregada mais o apartamento do zelador. Determinar a
capacidade dos reservatórios
Resp.:
Cada apto 7 pessoas
Cada pav `4x7 = 28 pessoas
10 pav 10x28 = 280 pessoas
Apto do zelador 4 pessoas
Total: 284 pessoas
Taxa “per capita”de água 200 l/hab.dia (tab. 1.2)
Consumo diário 200x284 = 56800 l
Consumo p/ dois dias 2x56800 = 113600 l
Reserva de incêndio 0,2x56800 = 11360 l
(20%)
Vol total = 113600 + 11360 = 124960 l

Cap do res inferior = (3/5) 124960 = 74976 = 75000 l = 75 m3


Cap do res sup = (2/5) 124960 = 49984 l = 50000 l = 50 m3
Exercício 02: Um prédio de apartamentos tem 48 apartamentos
de sala, 3 quartos e 1 quarto de empregada mais o apartamento
do zelador e 48 vagas de garagem onde é permitida a lavagem
de carro. Determinar a capacidade do res inferior e superior.
Resp.:
48 aptos(3qtosx 2 pessoas+1qto empx 1 pessoa)x200l/hab.dia =
67200 l
Apartamento do zelador: 4 x 200 = 800 l
Garagem (lavagem de carro): 48 x 50 l/carro (tab 1.2): 2400 l
Consumo diário total: 70400 l
Consumo para dois dias 2x70400 = 140800 l
Taxa para incêndio (20% consumo diario): 0,2x70400 = 14080 l
Vol total = 140800 + 14080 = 154880 l

Res inf = 3x154880/5 = 92928 l = 93 m3


Res sup = 2x154880/5 = 61952 l = 62 m3
AULA 03

1.5 - VAZÃO DAS PEÇAS DE UTILIZAÇÃO


• VER TAB. 1.3

Engº Simon Bolivar M. Mendes


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1.6 - CONSUMO MÁXIMO PROVÁVEL
NUNCA HÁ A POSSIBILIDADE DE USO SIMULTÂNEO DE TODAS
AS PEÇAS ( ver tab 1.4)
PELA NORMA: Q = C. ∑𝑃
Q = vazão provável em l/s
C = coef. de descarga = 0,30 l/s
ΣP = soma dos pesos de todas as peças de utilização do
trecho considerado
TAB. 1.4

Engº Simon Bolivar M. Mendes


Com o peso das peças de utilização pode-se determinar o
diâmetro e a vazão das canalizações, veja a fig. 1.5 a
Engº Simon Bolivar M. Mendes
Exercício: Dimensionar um encanamento (ramal) que alimenta
um banheiro, com as seguintes peças: um vaso sanitário, um
lavatório, um bidê, uma banheira e um chuveiro.
Resp.:
Os pesos correspondentes às peças são:
Vaso sanitário (com válvula) 40
Lavatório 0,5
Bidê 0,1
Banheira 1,0
Chuveiro 0,5
SOMA 42,1
Entrando no ábaco 1.5 a, ∑Pesos = 42,1, então, encontro a vazão =
1,9 l/s e o diâmetro do tubo de 1 ¼” (32 mm).
Obs.: usando a fórmula de vazão: Q = C√.ΣP = 0,3 x 42,10,5 = 1,95l/s

Empregando-se a tab. 1.4 (Probabilidade de uso simultâneo),


teríamos:
- Aparelhos comuns = 4, logo 68%
- Aparelhos com válvula = 1, logo 100%
- Soma dos pesos aparelhos comuns: 0,68 x (0,5+0,1+1+0,5)
= 1,4
- Soma dos pesos aparelho com válv.: 1 x 40 = 40
- Total dos pesos = 1,4 + 40 = 41,4
- Usando o ábaco 1.5 a, tem-se D = 32 mm
2.0 – DIMENSIONAMENTO DOS ENCANAMENTOS

2.1 – DIÂMETRO DOS SUB-RAMAIS


2.2 - RAMAIS
TAB. 1.9 – SEÇÕES EQUIVALENTES (MÉTODO DO CONSUMO
MÁXIMO POSSÍVEL)
Pelo consumo máx. Possível, usamos o método das seções equivalentes,
em que todos os diâmetros são expressos em função da vazão obtida com
½ polegada.

32 40 50 60 75 100
15 20 25

Obs.: Há também o método do consumo máximo provável, usa-se a fig


1.5 b. Não será utilizado nesse curso.

Engº Simon Bolivar M. Mendes


Exercício 01: Dimensionar um ramal para atender as seguintes
peças de uso simultâneo em uma residência:
Sub-ramal 1: pia de cozinha
Sub-ramal 2: vaso sanitário com válvula de descarga
Sub-ramal 3: Lavatório
Sub-ramal 4: Tanque de lavar

P VS LV T
Resp.:
Dimensionamento dos sub-ramais, ver tab. 1.8
Pia de cozinha: DN- 15 (1/2”)
Vaso Sanitário: DN-32 (11/4”)
Lavatório: DN- 15 (1/2”)
Tanque: DN-20 (3/4”)

VS
P LV T

Seção equivalente: 1+ 10,9 + 1 + 2,9 = 15,8 (Tab 1.9)


Com o total de 15.8, pela tabela 1.9 (seção equiv.) constata-se
que um ramal de 1 ½” satisfaz. 1 ½”(40)
P VS LV T

Exercício 02: Dimensionar um ramal, alimentando


simultaneamente 3 ch e 3 LV de um colégio.

1/2 1/2 1/2 1/2 1/2 1/2

CH LV LV LV

CH
CH 1 + 1 + 1 + 1 = 6 (Tab 1.9……..diâmetro

Seção Eq:1 + 1
+ do ramal = 1” (DN-
2.3 – DIÂMETRO DAS COLUNAS DE DISTRIBUIÇÃO
• Método de Hunter
É bom lembrar que deve-se evitar ramais longos, é preferível
criar novas colunas de distribuição.
É conveniente projetar uma coluna só para os vasos sanitários e
outra para atender as demais peças.
2.3 – COLUNAS (MÉTODO DE HUNTER)
COL TRE P.U P AC Q D VEL L REAL L EQ Lt P DISP J Hf P JUS OBS

l/s mm m/s m m m mca m/m m mca

(a) (b) © (d) (e) (f) (g) (h) (i) (j) (l) (m) (n) (o)

Engº Simon Bolivar M. Mendes


DESCRIÇÃO DA PLANILHA
a) Numerar a coluna;
b) Marcar com letras os trechos em que haverá; derivações
para os ramais;
c) Somar os pesos de todas as peças de utilização (tab.
1.3);
d) Juntar os pesos acumulados no trecho;
e) Determinar a vazão, em l/s, usando a fig. 1.5 a;
f) Arbitrar um diâmetro D em polegada ou mm

Engº Simon Bolivar M. Mendes


g) Obter V em m/s e J em m/m (fig. 1.8; 1.9 ou 1.11.
OBS.: Se V>3,0 m/s, escolher um D maior;
Obs. Não considerar a tab. 1.7 de vel. máx do livro do Hélio
Creder
h) Comprimento real ( medido em planta)
i) Comprimento equivalente (Leq) – devido a
perdas localizadas;
j) Comprimento total- Lt = L+Leq;
l) Pressão disponível no ponto considerado: diferença de nível
entre NA do res e este ponto;
m) Perda de carga unitária (ver item g);
n) Perda de carga total – h = Lt x J;

Engº Simon Bolivar M. Mendes


FIG 1.8 - TUBO AÇO GALV. E FeFo
FIG 1.9 -TUBOS COBRE E PVC
AULA 04

Exercício 01: Dimensionar as colunas 1,2 e 3 de um edifício


residencial de quatro pavimentos, que atendam as seguintes
peças por pavimento:
• Coluna 1: aquecedor, banheira, chuveiro, lavatório e bidê nos
2o, 3o e 4o pav. e vaso sanitário com caixa de descarga,
banheira, chuveiro, lavatório e bidê no 1o pavimento.
Obs.: o aquecedor irá atender, B+CH+L+BD
• Coluna 02: Vaso sanitário com válvula de descarga
• Coluna 03: Vaso sanitário com válvula de descarga, pia, filtro,
tanque e chuveiro
• Pé direito: 3,0 m
• Tubulação em ferro galvanizado
• Pressão disponível na derivação do 4o pav = 5,5 m
•Comprimento real da tubulação até a derivação no 4o pav.: A-
B = 10,5 m
A-F =7,5 m
A-J = 8,5 m
Diâmetro do barrilete = 2 ½”(63 mm)
AQ = aquecedor; VS = vaso sanitario; BD = bidê; CH =
chuveiro; B
= banheira; L = lavatório; P = pia; F = filtro; T = tanque
DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS (MÉTODO DE HUNTER)

COL TRE PESO PESO Q D VEL L REAL L EQ Lt P DISP J Hf P JUS OBS


AC.
UNIT
FIG 1.5 a FIG 1.5 a FIG 1.8 FIG 1.13 a FIG 1.8
TAB 1.3

l/s mm m/s m m m mca m/m m mca

(a) (b) © (d) (e) (f) (g) (h) (i) (j) (l) (m) (n) (o)

Engº Simon Bolivar M. Mendes


COLUNA TRECHO PESO PESO Q(L/S) D(mm) V(m/s) L REAL Leq (m) L TOTAL P PERDA PERDA PRESSÃO
(a) (b) ACUMUL FIG 1.5a FIG 1.5a FIG (m) FIG 1.13 (m) DISP(m) A JUS
UNIT ADO (e) (f) 1.8 (i) (j) (l) CARGA CARGA
© (d) (g) (h) UNIT TOTAL (o)
TAB FIG 1.8 (n)
1.3 (m)

1 A-B 4,2 15 1,17 32 1,5 10,5 7,43 17,93 5,50 0,13 2,33 3,17
B-C 4,2 10,8 0,98 25 1,8 3,0 1,66 4,66 6,17 0,27 1,26 4,91
C-D 4,2 6,6 0,78 25 1,5 3,0 1,66 4,26 7,91 0,18 0,84 7,07
D-E 2,4 2,4 0,47 20 1,6 3,0 1,25 4,25 10,07 0,24 1,02 8,82

2 A-F 40 160 3,8 50 1,9 7,5 12,05 19,55 5,5 0,12 2,35 3,15
F-G 40 120 3,3 40 2,4 3,0 2,5 5,5 6,15 0,25 1,38 4,77
G-H 40 80 2,7 40 2,0 3,0 2,5 5,5 7,77 0,17 0,94 6,83
H-I 40 40 1,9 40 1,5 3,0 0,95 3,95 9,83 0,1 0,40 9,43

3 A-J 42,3 169,2 3,9 50 1,8 8,5 17,48 25,98 5,50 0,12 3,12 2,32
J-L 42,3 126,9 3,4 50 1,6 3,0 3,30 6,30 5,38 0,09 0,57 4,81
L-M 42,3 84,6 2,8 40 2,0 3,0 2,50 5,50 7,81 0,18 0,99 6,82
M-N 42,3 42,3 1,95 40 1,6 3,0 0,95 3,95 9,82 0,11 0,43 9,39

OBS.01: CONFERIR A PRESSÃO A JUS COM A PRESSÃO DE SERVIÇO – TAB 1.6


OBS.02: Por construção: A-B = 10,5 m; A-J = 8,5 m; A-F = 7,5 m
RESP.:
I - COLUNA 1
Pesos unitários no 2o, 3o e 4o pav.(tab 1.3)
B CH L BD

AQ = 1 + 0.5 + 0.5 + 0.1 = 2,1


AQ = 2.1
B = 1.0
CH = 0.5
L = 0.5
BD = 0.1
TOTAL = 4,2
Pesos unitários no 1o pav.
VS c/ cx. descarga = 0.3
B

=CH1.0
= 0.5
LBD = 0.1
TOTAL = 2.4
= 0.5
Total da coluna 01= 3 x 4.2 + 2.4 = 15.0
(pav. 2,3 e 4) + pav. 1 =
Na fig. 1.5a: com o peso acumulado de 15.0 encontra-se:
Q = 1,17 l/s e D = 1 ¼” (32 mm)
Velocidade (fig 1.8) … V = 1,5 m/s
Obs 01. Pode-se usar a eq da
continuidade
Obs. 02: Se a velocidade for maior que 3,0 m/s escolher
um Diâmetro maior
Engº Simon Bolivar M. Mendes
FIG 1.8 - TUBO AÇO GALV. E FeFo
Perdas de carga localizadas transformadas em comprimento eq.
Fig. 1.13a e Fig. 1.13b

Trecho A-B:
Reg. gaveta 2 ½” (63 mm) 0.4 m
Tê de 2 ½” 4.16 m
Curva de raio longo de 1 0,79 (macho e femea)
¼”(32mm) m
T de 1 ¼” 2,08 m
TOTAL
Obs: A redução é desprezível a perda de7,43
carga
m
• TRECHO B-C
Tê de 1” (25mm) 1,66 m
• TRECHO C-D
Tê de 1” 1,66 m
•TRECHO D-E Curva
de ¾”(20mm) 0,48 m
PERDA DE CARGA UNITÁRIA (J) – [m/m]
Fig 1.8
Trecho A-B
Com Q =
1,17 l/s e
D = 32 mm
(1 ¼”),
tem-se
V=1,5 m/s
e
J=0.13m/
m
hf
Trecho C-D
Com Q=0,78 l/s e D=25mm, tem-se V=1,5 m/s e J=0,18 m/m
hf = 0,18 x 4,66 = 0,84 m
Trecho D-E
Com Q=0,47 l/s e D= 20 mm, tem-se V=1,6 m/s e J=0,24 m/m
hf = 0,24 x 4,23 = 1,02 m
PRESSÃO DISPONIVEL
Trecho A-B = 5,5 m (dado)
Pressão a jusante do trecho A-B = 5,5 – 2,33 = 3,17 m
Pressão disponível do trecho B-C = (5,5 + 3.0) – perda de carga
em A-B = 8,5 – 2,33 = 6,17 m
Pressão a jus. de B-C: 6,17 – 1,26 = 4,91 m
Pressão disp. de C-D = (5,5+3+3) – perda de carga em A-B - perda
de carga em B-C = 11,5 – 2,33 – 1,26 = 7,91 m
Pressão a jus. de C-D = 7,91-0,84 = 7,07 m
Pressão disp. de D-E = (5,5+3+3+3) – 2,33 – 1,26 – 0,84 = 10,07
m
Pressão a jus. de D-E = 10,07 – 1,02 = 8,82 m
II – COLUNA 2
Trecho A-F
Peso unitário = 40
Peso acumulado = 4 x 40 = 160
Vazão: (fig 1.5a)……com o peso ac = 160, tem-se Q = 3,8 l/s e
D = 50 mm ou 2”
Vel. e perda de carga unitária(J): (fig 1.8) …com Q e D, tem-se V =
1,9 m/s e J = 0,12 m/m
Comprimento real = 7,5 m (tirado da planta)
Perdas localizadas:
Registro de gaveta de 2 ½” (63 mm) 0,4
m
Tê de 2 ½” 2 x 4,16 = 8,32 m
Tê de 2” (50 mm) 3,33 m
Total 12,05
Comprimento total = 7,5 + 12,05 = 19,55 m m
Pressão disponível = 5,5 m
Perda de carga total = 0,12 x 19,55 = 2,35 m
Obs.: SEGUE O MESMO PROCEDIMENTO PARA OS DEMAIS
TRECHOS
Trechos F-G e G-H:
Perda de carga localizada (comprimento equivalente)
Tê de 1 ½” (40mm) 2,50 m
Trecho H-I:
Curva raio longo de 1 ½” 0,95 m
Perda de carga unitária (J)
Fig 1.8
III – COLUNA 3
Pesos unitários (Tab 1.3)
VS (c/ VD) 40
P 0.7
F 0.1
T 1.0
CH 0.5
Total 42.3
Peso acumulado
Trecho A-J: 4 x 42,3 = 169,2
Na fig 1.5a com o peso ac. encontro Q e D
Vel, na fig 1.8 com Q e D encontro J e V
Comprimento equivalente (perda localizada)
Trecho A-J (fig 1.13a e fig 1.13b)
Reg de gaveta de 2 ½” (63mm) 0,4 m
Tê de 2 ½” 3 x 4,16 = 12,48 m
Curva de raio longo de 2” 1,27 m
Tê de saída de 2” 3,33 m
Total 17,48 m
Trecho J-L
Tê de 2” 3,3 m
Trecho L-M
Tê de 1 ½” 2,50 m
Trecho M-N
Curva de raio longo 1 ½” 0,95 m
VERIFICAÇÃO:
Pressão estática em E
5,5 + 3 + 3 + 3 = 14,5 m
∑Perdas de carga até E:
2,33+1,26+0,84+1,02 =
5,45 m
Pressão estática em em E: Pressão a jus de E + ∑perdas =
8,82+5,45 = 14,3 m OK!
VERIFICAÇÃO:
Pressão estática em I
5,5 + 3 + 3 + 3 = 14,5 m
∑Perdas de carga até I
= 5,07 m
Pressão a jus. de H-I =
9,43 m
Pressão estática em
em I: 9,43+5,07 = 14,5
m

OK!
VERIFICAÇÃO:
Pressão estática em N
5,5 + 3 + 3 + 3 = 14,5 m
∑Perdas de carga até N
= 3,12+0,57+0,99+0,43
= 5,11 m
Pressão a jus. de M-N
= 9,39 m
Pressão estática em
em N: 5,11+9,39 =
14,5 m

OK!
Engº Simon Bolivar M. Mendes
3.0 – DIÂMETRO DO BARRILETE

1. – DEFINIÇÃO
É o cano que interliga as duas metades da caixa d’água e de onde
partem as colunas de água.
2. – MÉTODO PARA O DIMENSIONAMENTO
a) Método de Hunter
b) Método das Seções Equivalentes
a) Método de Hunter
 Fixa-se a perda de carga em 8% (perda de carga unitária)
 Calcula-se a vazão como se cada metade da caixa atendesse à
metade das colunas
 Com J e Q entra-se no ábaco de Fair-White-Hsiao e encontra-
se D.
b) Método das Seções Equivalentes
 Usa-se a tab. 1.9 – Seções Equivalentes
 Considera-se que metade da caixa atenda à metade das
colunas.
Obs.: Este método às vezes encontra diâmetros um pouco
exagerados.
Exercício: Dimensionar o barrilete da figura
Dados:
Tubos de ferro fundido
Vazões:
Col 1 = 4,0 l/s
Col 2 = 3,5 l/s
Col 3 = 3,4 l/s
Col 4 = 3,0 l/s
Resp.:
1o Método – Hunter
Barrilete A-B, atende as colunas 1 e 2
Barrilete C-D, atende as colunas 3 e 4
Vazão em A-B = Vazão na col 1 + vazão na col 2 = 7,5 l/s
Vazão em C-D = Vazão na col 3 + vazão na col 4 = 6,4 l/s
Barrilete A-B: Com Q = 7,5 l/s e J = 0,08 m/m, entro no
ábaco fig.
1.8 e encontro D = 3”
Barrilete C-D: Com Q = 6,4 l/s e J = 0,08 m/m, entro no
ábaco fig.
1.8 e encontro D = 3”
2o Método – Seções Equivalentes
Barrilete A-B:
A col 1 tem D=2 ½” logo, pela tab 1.9 tem-se 65,5
A col 2 tem D=2”logo, pela tab. 1.9 tem-se 37,8
65,5 + 37,8 = 103,3 que pela tab. 1.9, tem-se D = 3”
Barrilete C-D:
A col 3 tem D=2” logo, pela tab 1.9 tem-se 37,8
A col 4 tem D=1 ½”logo, pela tab. 1.9 tem-se 17,4
37,8 + 17,4 = 55,2 que pela tab. 1.9, tem-se D = 2
½”
Obs.: Aconteceu do diâmetro encontrado do
barrilete C-D ser menor
que o diâmetro encontrado pelo Método de Hunter
1. – DIÂMETRO DAS TUBULAÇÕES DE RECALQUE E SUCÇÃO
2. – DEFINIÇÃO
Recalque: É o encanamento que vai da bomba ao reservatório
superior.
Sucção: É o encanamento que vai do NA min do res. até a bomba
- Pela NB-92/80, NBR-5626 o Qmin da bomba é igual a 15% a
20% do consumo diário.
- Admitindo 20%, a bomba deverá funcionar durante 5 horas
para recalcar o consumo diário.
- Exemplo: Se o consumo diário é 20 m3 a bomba terá
que recalcar 4,0 m3/h (20/4 = 4 m3/h)
4.0 – DIÂMETRO DAS TUBULAÇÕES DE RECALQUE E SUCÇÃO

4.1 – DEFINIÇÃO
Recalque: É o encanamento que vai da bomba ao res. Superior
Sucção: É o encanamento que vai do NA mín do reservatório
inferior até a bomba
• Pela NB-92/80 o Qmin da bomba é igual a 15% do consumo
diário. Como dado prático, considerar 20%, logo a bomba
deverá funcionar durante 5 horas para recalcar o consumo
diário.
Ex.: Se o consumo diário é 20 m3 a bomba terá que recalcar 4,0
m3/hora
4.2 – DIÂMETRO DE RECALQUE
•Fórmula de Bresse: D = 1.3(X1/4).Q1/2 D
= diâmetro em metros
Q = vazão em m3/s
X = número de horas de
funcionamento da bomba/24 horas
4.3 – DIÂMETRO DA SUCÇÃO
Considera-se um diâmetro a mais
Ex.: Sabendo-se que o consumo diário de um prédio é 68160 l,
dimensione o diâmetro da tubulação de recalque.
Resp.:
No de horas de funcionamento da bomba: 5 horas/dia
Vazão = 68160/5 = 13632 l/hora = 0,0038 m3/s
D = 1,3 x (5/24)1/4 x Q1/2
D = 0,052m = 52 mm
Dadotado = 50 mm (2”)
D sucção = 63 mm (21/2”)………75mm
5.0 – ESCOLHA DA BOMBA DE RECALQUE

Com os valores de altura manômetrica e vazão, escolhe-se a


bomba adequada.
• Potência do motor
Ɣ.𝐴𝑀𝑇 .
P= 𝑄 75.η

P = potência em CV
AMT = altura manômetrica total em metros
Q = vazão em 𝑚 3/s
η = rendimento do conj motor-bomba
Ɣ= peso específico da água = 1000 kg/𝑚 3
BOMBAS

Potência instalada
Admitir, na prática, uma certa folga para os motores elétricos.
Acréscimos:
50% para as bombas até 2 CV
30% para as bombas 2 a 5 CV
até 20% para as 5 a 10 CV
bombas até 15% para 10 a 20 CV
as bombas até 20 HP
10% para as bombas de
mais de
Potência dos motores elétricos fabricados no Brasil;
CV ¼, 1/3, ½, ¾, 1, 11/2, 2, 3, 5, 6, 71/2, 10, 12, 15, 20, 25,
30, 35, 40, 45, 50, 50, 80, 100, 125, 150, 200 e 250
Obs.: Para potências maiores os motores são fabricados
sob encomenda.
Dimensionar um conjunto motor-bomba centrífuga para recalcar
a água do reservatório inferior para o res superior de um edificio
residencial de 10 pav com os seguintes dados.
Consumo diário + incêndio: 60000 l
Altura de sucção 2,0 m
Altura de recalque 40,0 m
Comprimento da sucção 3,0 m
Comprimento do recalque 62,0 m
• Usar tubos de ferro galvanizado
• Rendimento do conj. motor-bomba: 50%
Resp.:
a) Cálculo dos diâmetros de recalque e
sucção No de horas de funcionamento da
bomba = 5
Vazão horária: 60000/5 = 12000 l/h = 0,00333
m3/s
D = 1,3. 4 5/24. 0,00333 = 1,3 x 0,67 x
0,0577 = 0,05m =50mm
Drecalque = 50 mm (2”)
Dsucção = 63 mm (21/2”)
b) Cálculo do comprimento equivalente na sucção
Fig 1.13a e Fig 1.13b
1 válvula de pé 17,0 m
1 curva de 90o 1,68 m
2 joelhos 2x2,35 4,7 m
2 registros de gaveta 2x0,4 0,8 m
1 tê de saída bilateral 4,16 m
TOTAL 28,34 m
Comprimento da sucção 3,00 m
TOTAL 31,34 m
c) Cálculo da perda de carga unitária na sucção (J)
Com D=21/2” e Q=3,33 l/s, entro no ábaco de Fair Whipple (fig
1.8) e encontro: J = 0.029 m/m e V = 1,0 m/s
d) Perda de carga total na sucção (hs)
Perda de carga total (hs) = 0,029 x 31,34 = 0,91 m
e) Comprimento equivalente para o recalque – 2” (50 mm)
1 válvula de retenção (leve) 4,2 m
5 cotovelos curtos (5x1,88) 9,4 m
1 saída de canalização 1,5 m
TOTAL 15,1 m
Comprimento do recalque 62,0 m
TOTAL: 15,1 + 62 = 77,1 m
f) Cálculo de J no recalque (fig 1.8)
Com D=2” e Q=3,33 l/s entro no ábaco e encontro J=0,09 m/m e
V = 1,5 m/s
g) Perda de carga total no recalque (hr)
hr = 0,09 x 77,1 m = 6,94 m
h) Altura manômetrica total (AMT)
AMT = Hs + Hr + ∑hs + ∑hr = 2,0 + 40,0 + 0,91 + 6,94 = 49,85 m
i) Potência

Ɣ.𝐴𝑀𝑇.𝑄 1000𝑥49,85𝑥0,0033
P= = = 4,39 CV
75.η
75𝑥 0,5
P = 1,3 x 4,39 = 5,7
Padotada = 6 CV
Obs.: Para a escolha definitiva da bomba, entramos na curva da
bomba com os valores de AMT x Q (m3/h) e escolhemos o tipo
de bomba (ver fig).
AMT = 49,85 m e Q = 12 m3/h, encontro uma bomba KSB
ETABLOC

ESCANEAR FIG PAG 67

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