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Saneamento 2

Guia de estudos 3
Professora Roberta Alcoforado

www.polivirtual.eng.br
APRESENTAÇÃO - GUIA DE ESTUDO 3

1- Composição dos esgotos domésticos


SANEAMENTO 2

2 - Unidades componentes de um sistema de coleta


de esgoto
3 - Hidráulica dos coletores de esgotos
GUIA DE ESTUDOS

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Características dos Esgotos
ESGOTO  Despejos líquidos de uma comunidade: residencial, industrial, de
águas de chuva, infiltrações, que através das tubulações que conduzem esses
despejos até o ponto de tratamento.

Esgoto Doméstico  99% água + 1% sólidos

Esgoto Industrial  de acordo com o tipo de atividade

Águas pluviais  intermitente e sazonal e sua composição varia com a duração


das chuvas
Infiltrações  variável, dependendo do tipo de solo, condições climáticas e do
tipo de material de que é feita a rede coletora
Esgoto Doméstico
É, basicamente, todo o lixo que produzimos utilizando água: os despejos do
vaso sanitário, da pia da cozinha, ralos do chuveiro, e demais ralos da casa.

É gerado a partir da água de abastecimento, sua medida resulta da


quantidade de água consumida.

A quantidade de água consumida é expressa pela “taxa de consumo per


capita”, variável de acordo com hábitos e costumes de cada localidade.
usual a taxa de 200 L/hab. dia, mas pode chegar a ser de três a quatro
vezes maior, resultando num esgoto mais diluído.
Sistema de coleta e transporte de esgotos
Sistema Individual
• Atendimento unifamiliar  esgotos domésticos de uma unidade
habitacional, usualmente em fossa séptica seguida de dispositivo de
infiltração no solo (sumidouro, irrigação sub-superficial).

Condições para funcionar de forma satisfatoria e econômica:


• habitações forem esparsas (grandes lotes com elevada porcentagem de
área livre e/ou em meio rural),
• solo apresentar boas condições de infiltração e
• nível de água subterrânea se encontrar a uma profundidade adequada, de
forma a evitar o risco de contaminação por microrganismos transmissores
de doenças.
Soluções individuais para esgotos
• Edificações sem Instalações
Hidráulicas

• Profundidade:
-Condições de escavações do solo;
-Nível do lençol freático.

• Local de execução:
-Não sujeitos a inundações;
-Afastamento mínimo 15 m de
Figura 01-Fossa Seca
captações de água.
Sistema Coletivo
• À medida em que a população cresce, a área requerida para a infiltração
torna-se demasiado elevada, usualmente maior que a área disponível. Os
sistemas coletivos passam a ser mais indicados como solução.
Composto de canalizações que recebem o lançamento dos esgotos,
transportando-os ao seu destino final, de forma sanitariamente
adequada.

• Sistema Unitário – uma única tubulação realiza simultaneamente a coleta dos


esgotos domésticos, industriais e pluviais.
• Sistema Separador – Neste caso utilizam-se duas redes distintas, uma para
realização da coleta dos esgotos residenciais e industriais e outra para a coleta das
águas pluviais.
• Sistema unitário ou
combinado: os
esgotos sanitários e
as águas de chuva
são conduzidos ao
seu destino final,
dentro da mesma
canalização.
• Sistema
separador os
esgotos sanitários e
as águas de chuva
são conduzidos ao
seu destino final,
em canalizações
separadas.
Principais Vantagens
• Canalizações de menores diâmetros, o que favorece o emprego de
tubos pré-fabricados, reduzindo os prazos e custos das obras.
• Os custos com tratamento do sistema unitário são bem mais
elevados, pois as ETEs devem ser projetadas para as ocasiões de
precipitações máximas. Além disso, a operação das estações de
tratamento fica prejudicada com as bruscas variações de vazão em
decorrência das chuvas.
• As águas pluviais sendo coletadas em separado não necessitam de
tratamento, o que reduz consideravelmente o custo do sistema de
drenagem.
Sistema Convencional
Sistema Condominial
• O modelo condominial não fica restrito às áreas plenamente
urbanizadas, como os modelos tradicionais. Busca o
conhecimento das realidades a que também haveria de
igualmente servir: as comunidades de bairros suburbanizados e
favelas, ou seja, o atendimento da cidade por inteiro.
Sistema Condominial
Ramais Condominiais
• Tubulações paralelas às ruas e situadas em posição
adequada à coleta do conjunto das casas, associada
à vontade e à decisão dos usuários. Nas urbanizações
bem definidas, esses ramais podem ocupar, em
relação ao posicionamento: “ramal de passeio”,
“ramal de jardim” ou “ramal de fundo de lote”.
• Nas áreas urbanisticamente “desarrumadas”, ou
nas favelas, o traçado segue os mesmos
princípios de racionalidade, mas nem sempre
corresponde a um desenho regular: na maioria
das vezes não se tem mais que uma alternativa
de caminhamento que atendam aos seus
requisitos
Unidades componentes de um sistema de
coleta de esgoto
• Rede Coletora
• Interceptor
• Estação Elevatória de Esgoto Bruto - EEEB
• Emissário
• Estação de Tratamento de Esgoto - ETE
• Corpo receptor
Rede Coletora
Conjunto de canalizações destinadas a receber e conduzir o esgoto. O
sistema de esgoto predial se liga diretamente à rede coletora por uma
tubulação chamada coletor predial ou ramal. Os ramais, por sua vez,
são ligados a coletores tronco, que é o coletor principal de uma bacia
de drenagem.

FINALIDADE: O rápido afastamento do esgoto sanitário do


ponto de geração
Rede Coletora
Tubulações + órgãos acessórios
Finalidade: coletar os esgotos prediais e conduzi-los de forma
segura às estações de tratamento.
• Coletor de esgoto
Tubulação da rede coletora que recebe contribuição de esgoto dos
coletores prediais em qualquer ponto ao longo de seu
comprimento.
• Coletor principal
Coletor de esgoto de maior extensão dentro de uma mesma bacia.
• Coletor tronco
Tubulação da rede coletora que recebe apenas contribuição de
esgoto de outros coletores.
• Emissário
Tubulação que recebe esgoto exclusivamente na extremidade de
montante.
Unidade de coleta
Coletor Predial:
Conjunto de tubulações e dispositivos que interliga a
instalação predial do imóvel com a rede coletora.

Dividido em duas partes

Interna Externa
Dentro da propriedade Na área pública
Particular apresenta as denominada ligação
louças Sanitárias, predial
tubulações e conexões
Coleta Convencional de Esgoto Sanitário

Coletores Secundários
Recebem contribuição de esgoto sanitário das
ligações prediais em qualquer ponto de sua extensão
e normalmente, são instalados no passeio com
pequeno diâmetro e extensão

Coletores Primários
São tubulações que podem receber e transportar
contribuições de esgoto de ligações prediais e de
coletores secundários.
Coletores Primários

Geralmente são instalados na rua e


denominados:

a)Coletor Tronco: Quando somente recebem


contribuições de coletores secundários;

a)Coletor Principal: quando é o coletor de


maior extensão na bacia de esgotamento.
Interceptor de esgoto sanitário
São canalizações destinadas a interceptar e
receber o fluxo esgotado pelos coletores.

Tendo como principais características:


•Ter o maior diâmetro da rede coletora;
•Receber essa contribuição apenas nos PV(poços
e visita), não é permitida conexões de ramais
prediais;
•Amortecer a vazão provenientes dos coletores
contribuintes.
Interceptor de esgoto sanitário

•recebe os coletores primários da bacia


de esgotamento até a estação
elevatória ou de tratamento
•não recebe ligações prediais diretas

• Não recebem contribuição em marcha


Situados nas partes mais baixas da bacia de
esgotamento ao longo dos talvegues e ao longo dos
cursos d’água, lagoa e oceanos, impedindo o
lançamento direto do esgoto nesses corpos d’água.
Interceptor de esgoto sanitário
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS
Dispositivos fixos desprovidos de equipamentos mecânicos que tem
por finalidade facilitar os trabalhos de manutenção dos coletores.

• Poço de visita (PV);


• Tubo de inspeção e limpeza (TIL);
• Terminal de limpeza (TL);
• Caixa de passagem (CP);
• Sifão invertido.
Poço de Visita
Tubo de inspeção e limpeza (TIL)

• Dispositivo não visitável que permite inspeção e introdução de


equipamentos de limpeza.
Terminal de limpeza (TL)
• Dispositivo que permite introdução de equipamentos de limpeza,
localizado na cabeceira de qualquer coletor.
Caixa de passagem (CP)
• Câmara sem acesso, localizada em pontos singulares
por necessidade construtiva. Podem ser utilizados em
substituição aos poços de visita quando garantidas as
condições de acesso de equipamento para limpeza do
trecho de jusante. A COMPESA padroniza dois tipos de
caixas Tipo 01, no diâmetro de 0,40m e o Tipo 02 de
0,60m de diâmetro.
Sifão invertido
• Trecho rebaixado com escoamento sob pressão cuja
finalidade é transpor obstáculos, depressões do terreno
ou cursos d’água. Como principais recomendações
temos:
• O trecho em sifão deverá ser constituído de no mínimo
duas tubulações, sendo um reserva.
• O diâmetro mínimo das tubulações é de 150 mm.
• A montante e à jusante do sifão devem ser construídas
câmaras visitáveis.
LOCALIZAÇÃO DOS ÓRGÃOS ACESSÓRIOS NA REDE
COLETORA
• POÇOS DE VISITA PV
Recomendada em todos os pontos singulares da rede coletora, tais como:
• Nos trechos iniciais dos coletores;
• Nas mudanças de direção;
• Nas mudanças de declividade;
• Nas mudanças de diâmetro e de material;
• Na reunião de coletores;
Esta recomendação passa a ter caráter obrigatório, segundo a NBR 9649,
quando a profundidade do coletor for maior ou igual a 3,00m. É obrigatório
na reunião de mais de dois trechos ao coletor, na reunião que exige tubo de
queda e nas extremidades de sifões invertidos e passagens forçadas.
• Segundo recomendação da COMPESA a distância máxima entre PVs, é
função do diâmetro, conforme tabela abaixo:
DISTÂNCIA MÁXIMA ENTRE PV’s
DIÂMETROS (mm)
(m)
150 / 200 80
250 / 300 90
350 / 500 100
550 / 700 110
> 700 120
CAIXAS DE PASSAGENS CP
Quando a profundidade do coletor for inferior a 3,00m as caixas de passagens
podem substituir os poços de visitas nos seguintes casos:
• Nas mudanças de direção;
• Nas mudanças de declividade;
• Nas mudanças de material e diâmetro;
TUBO DE INSPEÇÃO E LIMPEZA TIL
substitui o poço de visita nos seguintes casos em que a profundidade do
coletor é inferior a 3,00m:
• Na reunião de até 2 trechos ao coletor;
• A jusante de ligações prediais cujas contribuições podem acarretar
problemas de manutenção.
TERMINAL DE LIMPEZA TL
Pode substituir o PV apenas nos trechos iniciais dos coletores nos casos em
que a profundidade do coletor é inferior a 3,00m .
Emissário

Trecho final do interceptor, vai da última


contribuição do coletor até a estação (elevatória ou
de tratamento). Conduz esgoto tratado ou não.

✓conduz o esgoto a um destino final (ETE


ou lançamento)
✓não recebe contribuições em marcha
Demais Componentes
• Estação Elevatória de Esgoto Bruto - EEEB: conjunto de instalações
destinadas a transferir o esgoto de uma cota mais baixa para outra
mais alta.
• Estação de Tratamento de Esgoto - ETE: conjunto de instalações
destinadas ao tratamento do esgoto antes de seu lançamento.
• Corpo receptor: corpo de água onde é lançado o esgoto tratado.
VAZÃO DOS ESGOTOS

MÁXIMA A relação entre o volume de


esgoto produzido e o volume
de água consumido é
definida pela
VAZÃO NBR 96949  coeficiente de
retorno C = 0,80
Na impossibilidade de dados
mais precisos, obtidos
MÍNIMA através de pesquisas.
Vazão máxima e mínima
• Vazão máxima diária e horária
Os coeficientes empregados são os mesmos utilizados no sistema de
abastecimento d’água: k1 = 1,2 e k2 =1,5.

• Vazão mínima
Para avaliação da vazão mínima, e na falta de pesquisas, adota-se um
coeficiente de mínima vazão horária k3 = 0,5, definido como sendo a
relação entre a vazão mínima e a vazão média anual.
Vazão de infiltração
Através das juntas das canalizações e dos poços de visita
infiltra-se na rede coletora uma parcela considerável de águas
do subsolo e de chuvas. Essa quantidade depende dentre
outros dos seguintes fatores:

• Nível d’água do lençol freático;


• Natureza do subsolo;
• Qualidade de execução da rede coletora;
• Material da tubulação;
• Tipo de junta utilizado.

A ABNT recomenda que sejam adotados para a


taxa de contribuição de infiltração, valores compreendidos
entre 0,005 a 1,0 l/s/Km, justificando o valor empregado.
Exercício 1
Considerando uma comunidade de baixa renda com 6.990 habitantes,
e extensão de rede coletora de 4595m.
Determinar as vazões: média, máxima diária, máxima horária e mínima
Adotar as seguintes premissas:
• taxa de contribuição de infiltração de 1,0l/s/Km de rede coletora
• Coeficiente de retorno = 0,8
• Consumo per capta = 120 L/hab. dia
HIDRÁULICA DOS COLETORES
O termo canal aberto é utilizado para designar não somente
os canais naturais ou artificiais, mas também todos os
condutos fechados que funcionam parcialmente cheios.
Incluem-se nesses tipos de condutos os aquedutos, as
tubulações de drenagem e os coletores de esgotos
Fórmula de Chézy (1775)

v – velocidade média de escoamento (m/s);


RH – raio Hidráulico (m);
I – declividade (m/m);
C – coeficiente de Chézy.

O coeficiente C pode ser determinado por várias expressões, entre


elas a equação de Manning, que devido à sua simplicidade é a
preferida por muitos profissionais no dimensionamento dos coletores
de esgotos.
EQUAÇÃO DE MANNING

• Substituindo este valor de C na equação de Chézy resulta:

• Onde n é um coeficiente cujo valor pode ser obtido


experimentalmente e depende da natureza das paredes do tubo ou
canal.
Coeficientes de Manning - n
NATUREZA DAS PAREDES VALORES DE n
Alvenaria de pedras brutas 0,020
Canal de concreto, acabamento ordinário 0,014
Canal com revestimento liso 0,010
Canal de terra em boas condições 0,025
Canal de terra com plantas aquáticas 0,035
Manilhas de cerâmica ou tubos de concreto 0,013
Tubo de aço soldado 0,011
Tubo de ferro fundido 0,012
Tubo de PVC 0,010
Observação
• Para sistemas de esgotamento sanitário alguns autores preferem
adotar o valor de n=0,013, mesmo quando se utilizam tubos com
menor rugosidade.
Justificativa: nos coletores de esgotos, há formação de uma película de
limo aderida às paredes dos tubos que, ao longo do tempo, confere a
eles uma rugosidade praticamente a mesma, independentemente do
material empregado.
θD
 Pm 
2

PARÂMETROS HIDRÁULICOS
• Para o tubo parcialmente cheio, com diâmetro D=2R, são válidas as
seguintes relações:
Tipos de problemas
• Problemas Quando Conhecidos os Elementos Geométricos da Seção
yeD
• Dados D, y e I e pretende-se determinar Q;
• Dados D, y e Q e pretende-se determinar I;
• Dados Q, y/D e I e pretende-se determinar D.

• Problema Quando não se Conhece a Altura da Lâmina y


• Determinação do ângulo central 

• Cálculo da lâmina y
DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO PARA UMA
RELAÇÃO Y/D=75%

• Em atendimento a NBR 9649 que estabelece como lâmina máxima


para o escoamento o valor de 75% do diâmetro do coletor.

SOLUÇÃO GRÁFICA
Relação entre os elementos hidráulicos de uma seção
qualquer com os correspondentes à seção plena na mesma
declividade (I)
y/D θ Pm/PP Am/AP RH/RP v/vP Q/QP
0 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000
0.03 0.635 0.101 0.007 0.066 0.163 0.001
0.05 0.902 0.144 0.019 0.130 0.257 0.005
0.08 1.110 0.177 0.034 0.193 0.334 0.011
0.10 1.287 0.205 0.052 0.254 0.401 0.021
0.13 1.445 0.230 0.072 0.314 0.462 0.033
0.15 1.591 0.253 0.094 0.372 0.517 0.049
0.18 1.726 0.275 0.118 0.428 0.568 0.067
0.20 1.855 0.295 0.142 0.482 0.615 0.088
0.23 1.977 0.315 0.168 0.535 0.659 0.111
0.25 2.094 0.333 0.196 0.587 0.701 0.137
0.28 2.208 0.351 0.224 0.636 0.740 0.165
0.30 2.319 0.369 0.252 0.684 0.776 0.196
0.33 2.426 0.386 0.282 0.730 0.811 0.228
0.35 2.532 0.403 0.312 0.774 0.843 0.263
0.38 2.636 0.420 0.343 0.816 0.873 0.299
0.40 2.74 0.44 0.37 0.86 0.90 0.34
0.43 2.840 0.452 0.405 0.896 0.929 0.376
0.45 2.941 0.468 0.436 0.932 0.954 0.417
0.48 3.042 0.484 0.468 0.967 0.978 0.458
0.50 3.142 0.500 0.500 1.000 1.000 0.500
0.53 3.242 0.516 0.532 1.031 1.020 0.543
0.55 3.342 0.532 0.564 1.060 1.039 0.586
0.58 3.443 0.548 0.595 1.086 1.057 0.629
0.60 3.544 0.564 0.626 1.111 1.072 0.672
0.63 3.647 0.580 0.657 1.133 1.087 0.714
0.65 3.751 0.597 0.688 1.153 1.099 0.756
0.68 3.857 0.614 0.718 1.170 1.110 0.797
0.70 3.965 0.631 0.748 1.185 1.120 0.837
0.73 4.075 0.649 0.776 1.197 1.128 0.875
0.75 4.189 0.667 0.804 1.207 1.133 0.912
0.78 4.306 0.685 0.832 1.213 1.138 0.946
0.80 4.429 0.705 0.858 1.217 1.140 0.977
0.81 4.479 0.713 0.868 1.217 1.140 0.989
0.82 4.531 0.721 0.878 1.217 1.140 1.000
0.85 4.692 0.747 0.906 1.213 1.137 1.030
0.88 4.838 0.770 0.928 1.205 1.132 1.051
0.90 4.996 0.795 0.948 1.192 1.124 1.066
0.93 5.174 0.823 0.966 1.173 1.112 1.074
0.94 5.293 0.842 0.976 1.158 1.103 1.076
0.98 5.648 0.899 0.993 1.105 1.069 1.062
1.00 6.283 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000
ÁBACO PARA CÁLCULO DE COLETORES

100%

90%

LÂMINA LÍQUIDA EM PERCENTAGEM DO DIÂMETRO y/D .

da
ha
do
80%

ol
lha

M
ea
Mo

Ár
o

o
etr
70%


rím

Va
Pe
60%

50%

40%

lic o
i dráu
30% io H
Ra e
id ad
c
20% V elo

10%

0%
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0 1.1 1.2
Am /Ap, P m /PP, RH /RP, v/vP, Q/QP
CONDIÇÕES DE ESCOAMENTO PARA OCORRÊNCIA DA
AUTOLIMPEZA
• Constituído de matéria sólida que tende a se depositar nas paredes
das canalizações;
• Acrescentar ao escoamento condições que promovam o arraste dos
sólidos, criando assim oportunidade para sua autolimpeza.
• A NBR 9649 recomenda adotar o critério da tensão trativa no
dimensionamento dos coletores.

Tensão Trativa ou tensão de arraste  relação entre a componente do


peso do líquido, no sentido do escoamento, dividida pela área da
parede do coletor em contato com o líquido.
Tensão trativa 

T Am

 Pm

P

Segundo a NBR 9649 a declividade mínima é obtida com a expressão:

sendo Imin em m/m e Q em L/s


ARRASTE DE AR – VELOCIDADE CRÍTICA
• Quando se utilizam fortes declividades, ocasionando elevadas
velocidades de escoamento, ocorre uma mistura de bolhas de ar com
o líquido. Nesta situação há um aumento da seção de escoamento
fazendo com que ocorram oscilações entre o escoamento livre e o
forçado, o que pode causar, inclusive, a destruição da canalização.
• A velocidade crítica vc, a partir da qual pode ocorrer a mistura de ar
com o líquido, é estabelecida na NBR 9649 pela expressão:

Quando a velocidade de escoamento é maior que vc a norma


recomenda que a maior lâmina admissível deva ser 50% do diâmetro do
coletor, assegurando-se assim a ventilação do trecho
ABRASÃO NAS CANALIZAÇÕES – VELOCIDADE
MÁXIMA
• A velocidade máxima admissível nas canalizações está
condicionada à maior ou menor capacidade das paredes dos tubos
resistirem à abrasão.
• De acordo com a NBR 9649, independentemente da natureza do
material utilizado, a velocidade máxima está limitada a 5 m/s.
• Nestas circunstâncias, a verificação da velocidade crítica se torna
necessária apenas para valores menores que 5 m/s, pois a condição
de abrasão já impede a utilização de velocidades de escoamento
acima deste patamar.
• Necessária apenas para os coletores com diâmetro de até 250 mm

• Declividade máxima Imáx., para uma velocidade máxima de 5,0m/s n


= 0,013 e a equação de Chézy fornece:
(Q em L/s)
ATIVIDADES DO GUIA

As atividades servem como base para os seus estudos e compreensão dos temas apresentados. Você
deve estudar com atenções OS SEGUINTES ASSUNTOS:
Temas A SEREM ESTUDADOS
SANEAMENTO 2

• CARACTERÍSTICAS DOS ESGOTOS


• SISTEMA DE COLETA E TRASNPORTE DE ESGOTOS
• UNIDADES COMPONENTES DE UM SISTEMA DE COLETA DE ESGOTO
• VAZÃO DOS ESGOTOS
• HIDRÁULICA DOS CONDUTORES – ESTUDO DIRIGIDO (Azevedo Neto)

• ATIVIDADE 3 – Fazer EXERCÍCIO 1


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SUPORTE

Caso tenha qualquer dúvida sobre o conteúdo deste guia entre em contato com a equipe de tutores e
com o professor da disciplina.
Bons estudos!
SANEAMENTO 2
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