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INSTALAÇÕES DE AGUAS PLUVIAIS

Instalações de Esgoto Sanitário e Águas Pluviais

Estudar sobre as instalações e características de uma rede de esgoto é algo de muita importância.
Você já parou para pensar numa edificação sem um sistema de esgoto sanitário eficiente? A partir
daí, percebemos como um projeto de esgoto mal dimensionado pode abalar o conforto dos usuários,
além de facilitar a contaminação e proliferação de doenças.

Além de entendermos mais sobre as instalações de esgoto sanitário, outro assunto que veremos
neste capitulo é a caracterização da tubulação que capta as águas originadas da chuva, chamada de
águas pluviais. Estudaremos respectivamente sobre as funções, componentes, normalização, fatores
que influenciam no dimensionamento, materiais e as técnicas de execução de cada sistema: esgoto e
águas pluviais.

Esses sistemas que serão abordados aqui precisam da ajuda da gravidade par cumprir suas respecti-
vas funcionalidades, porém se trata de sistemas diferentes;

• Instalação de esgoto sanitário: neste processo de despejo de resíduos humanos (esgoto), são de-
finidas áreas onde é possível recolher e conduzir os esgotos;

• Instalação de águas pluviais: este processo é composto por calhas e tubos que escoam água
para um local determinado.

Sistema de esgoto e águas pluviais

As normas referentes a instalação de esgoto e de águas pluviais definem alguns termos para efeito
de conhecimento técnico. Veremos neste item somente algumas dessas definições que vão ajudar na
compreensão inicial, mas saiba que as demais definições serão no decorrer dos assuntos.

Definição – Instalação de Esgoto Sanitário

Considerando os assuntos estudados até aqui, você já deve compreender que as instalações de es-
goto sanitário formam um sistema de esgoto. Entenda a definição abaixo:

O sistema predial de esgoto sanitário é o conjunto de tubulações, conexões e demais dispositivos,


responsável por coletar e conduzir o esgoto a um destino adequado.

Veja a seguir algumas definições das peças que formam esse sistema:

• Aparelho sanitário: aparelho ligado a instalação predial e destinado ao uso de água para fins higiêni-
cos ou a receber dejetos ou águas servidas;

• Bacia sanitária: aparelho sanitário destinado a receber exclusivamente dejetos humanos;

• Caixa de gordura: caixa destinada a recolher as gorduras e óleos contidos no esgoto, que formam
camadas que devem ser removidas em períodos regulares, evitando que esta gordura escoe livre-
mente pela rede, obstruindo a mesma.

• Caixa de inspeção: caixa instalada na tubulação de esgoto sanitário destinada a facilitar mudanças
de declividade e] ou direção das tubulações, permitir a inspeção, limpeza e desobstrução;

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• Caixa de passagem: caixa destinada a permitir a união de tubulações do subsistema de esgoto sa-
nitário;

• Caixa sifonada: caixa munida de desconector, destinada a receber águas servidas do lavatório e do
chuveiro;

• Coletor predial: trecho de tubulação compreendido entre a última peça da instalação predial (ramal
de esgoto ou de descarga, ou caixa de inspeção geral) e o coletor público.

• Coluna de ventilação: tubulação vertical que se prolonga no decorrer de um ou mais andares, e cuja
extremidade superior é aberta a atmosfera;

• Desconector: dispositivo munido de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem de gases que
ocorre no sentido oposto ao deslocamento de esgoto;

• Fecho hídrico: camada líquida, de nível constante, que veda a passagem dos gases em um desco-
nector;

• Instalação primaria de esgoto: conjunto de tubulações e dispositivos onde tem acesso os gases pro-
venientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento;

• Instalação secundária de esgoto: conjunto de tubulações e dispositivos onde não tem acesso os ga-
ses provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento;

• Ralo seco: recipiente sem fecho hídrico, dotado de grelha na parte superior, destinado a receber
águas de lavagem de piso ou de chuveiro;

• Ramal de esgoto: tubulação primaria que recebe os efluentes dos ramais de descarga diretamente
ou a partir de um desconector;

• Ramal de ventilação: tubulação que liga o desconector, ou ramal de descarga, ou ramal de esgoto
de um ou mais aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação;

• Subcoletor: tubulação que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda ou ramais de esgoto;

• Tubo de queda: tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto e ramais
de descarga.

Detalhes de esgoto

Definição – Instalação de Águas Pluviais

Agora vamos aprender os termos que complementam o conhecimento sobre as instalações prediais
de águas pluviais. Entenda que essas instalações se aplicam exclusivamente ao recolhimento e con-
dução das águas pluviais (água de chuva).

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a) altura pluviométrica: volume de água que é medido após um período determinado de chuva;

b) área de contribuição: soma das áreas das superfícies que recolhem chuva;

c) bordo livre: prolongamento da calha, objetivando evitar transbordamento;

d) caixa de areia: caixa com areia utilizada para receber os esgotos dos condutores horizontais, con-
duzindo ao destino final;

e) calha: peça utilizada para recolher a água de coberturas, terraços e similares, e a conduz a um
ponto de destino;

f) condutor horizontal: tubulação horizontal utilizada para recolher e conduzir águas pluviais até locais
determinados;

g) condutor vertical: tubulação vertical utilizada para recolher águas de calhas, coberturas e terraços,
e conduzi-las até a parte inferior da edificação;

h) intensidade pluviométrica: resultado da divisão entre a altura pluviométrica precipitada por unidade
de tempo. A altura pluviométrica é o volume de água de chuva retida por unidade de área horizontal;

i) período de retorno: média de anos em que uma determinada intensidade pluviométrica é igual ou
ultrapassada apenas uma vez, considerando a mesma duração de precipitação;

j) ralo: caixa que possui uma grelha na parte superior, destinada a receber águas vindas de banheiro,
pias, pisos;

k) ralo hemisférico: ralo com grelha em forma hemisférica;

l) tempo de concentração: intervalo de tempo que ocorre entre o início da chuva e a ocasião em que
toda a área de contribuição passa a contribuir para determinada secção transversal de um condutor
ou calha.

Funções

Para o correto atendimento as normas necessidades, a instalação de esgoto sanitário tem determina-
das funções, conforme verificamos abaixo:

• Evitar a contaminação da água, garantindo sua qualidade de consumo no interior dos sistemas de
suprimentos e equipamentos sanitários;

• Permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos recolhidos pelos aparelhos sanitá-
rios, evitando a ocorrência de vazamentos e o cumulo de resíduos no interior das tubulações;

• Impedir que os gases derivados do interior do sistema predial de esgoto sanitário cheguem aos am-
bientes;

• Impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior da tubulação.

No caso da rede de águas pluviais, para cumprir as funções estabelecidas pelas normas, deve ser
instalada de modo a:

• Recolher e conduzir a água proveniente da chuva ate locais permitidos pelos dispositivos legais;

• Ser estanques;

• Permitir a desobstrução e limpeza no interior da instalação;

• Utilizar materiais resistentes as intempéries;

• Não provocar ruídos excessivos;

• Resistir às pressões a que podem estar sujeitas;

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• Ser fixadas de maneira a assegurar resistência e durabilidade.

Sistemas

Como já sabemos, as instalações de esgoto sanitário formam um sistema, ou seja, um conjunto de


peças reunidas com o objeto de conduzir os dejetos humanos a uma rede pública de coleta ou para
um sistema particular de tratamento.

O sistema predial de esgoto sanitário tem como função básica coletar e conduzir os despejos proveni-
entes do uso adequado dos aparelhos sanitários a um destino apropriado. O uso adequado desse
sistema limita-se apenas ao destino do esgoto, sendo incorreto o uso para eliminação de outros resí-
duos.

Sistema de esgoto sanitário

Em paralelo, também podemos considerar que as instalações de águas pluviais traçam um sistema
predial que objetiva recolher e conduzir para um local determinado as águas provenientes da chuva,
garantindo que não haja excessiva umidade no edifício.

Tanto o sistema de esgoto quanto o sistema de águas pluviais usam a água e gravidade para “arras-
tar” os resíduos, neste caso do escoamento por gravidade são utilizados tubos condutores, tubos de
queda, coletores e subcoletores que são componentes que conduzem o fluido até os locais adequa-
dos.

Sistema de águas pluviais

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Componentes

Iniciaremos identificando os componentes do esgoto sanitário e, na sequência, conheceremos os


componentes da instalação de águas pluviais.

É fácil identificar os componentes do sistema de esgoto sanitário. Mas, para o melhor entendimento,
associe alguns desses componentes com as figuras anteriores.

• Ramal de descarga: recebe os efluentes dos aparelhos sanitários;

• Ramal de esgoto: recebe os efluentes dos ramais de descarga;

• Subcoletor: recebe efluentes lançados pelos tubos de queda e dos ramais de esgoto;

• Coletor predial: tubulação ligada à rede pública, que recebe efluente do subcoletor;

• Tubo de queda: tubo instalado na vertical, que recebe os efluentes dos ramais de esgoto;

• Caixa de gordura: é a caixa coletora de gorduras;

• Caixa de inspeção: caixa destinada à inspeção e desobstrução de canalizações;

• Coluna de ventilação: tubulação que se desenvolve através dos pavimentos e cuja extremidade su-
perior é aberta a atmosfera.

Dentre os componentes do sistema de esgoto sanitário, salientamos aqui a ventilação que é o dispo-
sitivo que vai permitir a saída dos gases dos esgotos para a atmosfera. Além disso, ela também im-
pede o rompimento dos fechos hídricos dos desconectores (sifão, caixa sifonada, vaso sanitário), por
isso o ramal de ventilação deve ter uma distância máxima permitida do desconector para que funci-
one com eficiência.

Desconector (sifão)

A ligação do ramal de ventilação para a coluna de ventilação deve ser feita com junção invertida, for-
mando um cavalete de ventilação.

Cavalete de Ventilação

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A coluna de ventilação vai percorrer os pavimentos da edificação prolongando-se até acima da cober-
tura. Em prédios de dois ou mais pavimentos, as extremidades dos tubos de queda também devem
ser prolongadas.

Terminal de ventilação

Agora conheça os componentes das instalações de drenagem de águas pluviais. Observe que já vi-
mos o conceito de alguns deles no sistema de esgoto sanitário.

• Ralo hemisférico;

• Calha;

• Ralo seco;

• Condutor horizontal;

• Caixa de areia.

Componentes do sistema de águas pluviais

Ralo hemisférico (componente)

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A caixa de areia é o componente que é utilizado nos condutores horizontais da rede pluvial enterrada
para reter materiais sólidos e permitir a inspeção.

Normalização

Vamos relembrar um pouco sobre a importância das normas. Elas são criadas para estabelecer pa-
drões através da documentação de regras e orientações acerca de um produto ou serviço, visando a
melhoria da qualidade em relação à saúde, segurança e preservação do meio ambiente. Com isso,
salientamos que o profissional deverá relacionar em todas as práticas de serviço as normas corres-
pondentes.

As normas de esgoto sanitário e águas pluviais também fixam suas respectivas exigências e critérios
necessários para elaboração de projetos e execução das instalações, visando garantir níveis aceitá-
veis de funcionalidade, conforto, higiene, durabilidade e segurança. Para isso, temos a NBR
8160:1999 – Sistemas Prediais de esgoto sanitário e a NBR 10844:1989 – Instalações Prediais de
águas pluviais.

a) NBR 8160:1999 – sistemas Prediais de esgoto sanitário: ela trata de projeto e execução que esta-
belecem as exigências e recomendações relativas ao projeto, execução, ensaio e manutenção de
forma a atender a qualidade do sistema;

b) NBR 10844:1989 – instalações Prediais de águas pluviais: trata da aplicação de drenagem de


águas pluviais em coberturas e demais áreas relacionadas ao edifício, tais como terraços, quintais,
pátios e similares.

Fatores que Influenciam no Dimensionamento

Agora que já compreendemos um pouco mais sobre os sistemas de esgoto sanitário e águas pluviais,
precisamos aprender a fazer o dimensionamento, ou seja, definir os diâmetros das tubulações, tre-
chos a serem percorridos e pontos de ventilação, entre outros. Para isso, precisamos entender quais
os fatores que influenciam no dimensionamento. A NBR 8160:1999 – Sistemas Prediais de esgoto
sanitário, citada no tema anterior, dispõe de uma tabela com os diâmetros das tubulações para cada
ramal de descarga e ramal de esgoto, assim determina os valores mínimos de DN (diâmetro nominal).
Além disso, considerando que as vazões dos esgotos são diferentes para cada aparelho (lavatório,
vaso sanitário, pia etc.), a norma também determina os valores em Unidade Hunter de Contribuição.

Mas o que é Unidade Hunter de Contribuição – UHC?

UHC é um número que representa a contribuição de esgoto de cada aparelho sanitário em relação a
sua função. Cada peça sanitária possui um valor de UHC especifico fornecido pela norma
NBR8160:1999.

A unidade Hunter de Contribuição é o fator que mais influência no dimensionamento dos vários ele-
mentos do sistema de esgoto sanitário, a exemplo da ventilação, caixa sifonada, subcoletor, entre ou-
tros. A soma das UHC dos ramais de descarga afetara no diâmetro da tubulação alocada nos demais
trechos e nos outros elementos.

Percebemos a importância da UHC quando temos necessidade de reunir vários ramais de descarga
ou de esgoto. Por exemplo: considerando que uma caixa sifonada de 100x150x50 pode recolher até
03 (Três) ramais de descarga, o ramal de esgoto (tubulação de saída da caixa) neste caso é de DN
50, então a soma dos ramais de descarga não pode ultrapassar de 05 (cinco) UHC.

Caixa Sifonada

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Considere os seguintes valores máximos de UHC para cada diâmetro de tubulação. Verifique a tabela
a seguinte:

Além da Unidade Hunter de contribuição, outro fator que influencia na determinação dos diâmetros
das tubulações é a vazão dos aparelhos, sanitários. Essas vazões são as mesmas dos pontos de uti-
lização determinada pela NBR 5626:1998 – Instalador predial de água fria.

Observe na tabela a seguir as vazões mínimas para cada peça sanitária conforme a adaptação feita
pela NBR 8160:1999 – Sistemas Prediais de esgoto sanitário:

Para o dimensionamento do ramal de ventilação, existe uma tabela com valores máximos de UHC
para cada diâmetro de tubulação.

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Dimensionamento dos ramais de ventilação

Temos, na figura anterior, um chuveiro, um lavatório, um vaso, um tanque com ponto de máquina de
lava roupas e uma pia de cozinha. Para iniciar os cálculos, precisamos saber os diâmetros nominais
mínimos de cada peça sanitária.

Já sabemos que a cada ramal de esgoto ou descarga adicionado ao trecho deve ser feito a soma da
UHC para que seja adequado o diâmetro mínimo determinado pela norma. Para melhor entendi-
mento, vamos considerar a seguinte situação: fazer o dimensionamento do esgoto sanitário de uma
casa de um pavimento, conforme figura a seguir.

Observe que na planta baixa existe um ramal de esgoto saindo da caixa sifonada. Então, soma-se as
UHC dos ramais de descarga: 1 UHC (Lav) + 2 UHC (CHUV) = 3 UHC = DN 50, o ramal de esgoto 3
deve ter DN 50. A ventilação também deve considerar a soma das UHC do ramal de esgoto coligado
a caixa sifonada. Neste caso, o ramal de ventilação terá DN 50.

Observe agora os ramais de esgoto (5 e 6) do tanque e da máquina de lavar. A soma das unidades
Hunter é 05 UHC, então conforme determinação é DN 75.

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No cálculo do dimensionamento do subcoletro, devem ser consideradas todas as unidades Hunter


que no total somou 17 UHC. Neste caso, a tubulação equivalente é DN 100, que de acordo com a
norma suporta até 240UHC para prédios até 3 pavimentos.

Na medida em que forem alocados os trechos de tubulação, o instalador deve observar a declividade
correspondente ao comprimento dos trechos dos subcoletores. Isso porque as instalações devem
possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, mantendo uma declividade mínima, com varia-
ção de 1 a 2% em relação ao comprimento horizontal da tubulação. Sendo também que as instala-
ções aparentes devem ser fixadas de modo a suportar os movimentos causados por variação de tem-
peratura e vibrações.

Declive do subcoletor

Quanto às instalações de águas pluviais, o dimensionamento da rede de drenagem é um pouco mais


difícil, pois o instalador deve obter algumas informações sobre a frequência de chuva. De acordo com
orientações da NBR 10844:1989 – Instalações prediais de águas pluviais, devem ser feitos alguns
cálculos considerando a área de contribuição e a intensidade pluviométrica.

Conforme vimos nas definições, a área de contribuição se dá pela soma das áreas que detém chuva
e se dirigem para o mesmo ponto. Já a intensidade pluviométrica é a altura de água que acumula em
uma determinada superfície por unidade de tempo.

A área de contribuição corresponde a quantidade de extensões que levam a água para o mesmo
ponto e também as águas de telhado da edificação. Água de telhado é a superfície plana que conduz
a água de chuva para a mesma direção. A figura a seguir apresenta três exemplos de águas de te-
lhado.

Águas de telhado

Logo, o cálculo da área de contribuição se dará através das seguintes formulas, observe a figura
abaixo;

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Área de superfícies

Observe que a superfície vertical também deve ser considerada no cálculo, pois as paredes verticais
também detém a água por causa da inclinação da chuva. Compreenda melhor verificando a seguir
que o valor da área total é soma da área Ac, A1 e A2.

Superfícies que interceptam águas pluviais

Em nota, mesmo sabendo que independe do trabalho do instalador hidráulico, vale salientar que as
coberturas horizontais de lajes já devem ser construídas com uma inclinação mínima de 0,5% de
modo a garantir o rápido escoamento da água.

Agora que sabemos que o volume de água de chuva vai afetar diretamente nos cálculos, saiba que a
NBR 10844:1989 dispõe de uma tabela com as principais intensidades pluviométrica para área de te-
lhado e cobertura, conforme quadro a seguir:

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Intensidade pluviométrica das cidades

Outros elementos desse sistema também devem ser executados de forma a garantir o correto funcio-
namento, e serão dimensionados em decorrência dos mesmos fatores, portanto observe a seguir al-
gumas orientações:

• Os condutores verticais devem ser dimensionados considerando o volume de água e também o


comprimento do tubo. Além disso, a NBR 10844:1989 – Instalações prediais de águas pluviais deter-
mina que o diâmetro interno mínimo dos condutores verticais seja de 75mm. Eles devem ser instala-
dos em uma só prumada. Quando houver necessidade de desvio, deve ser usada a conexão curva
90° de raio longo, se usar a curva de 45° deve ser com peça de inspeção;

• Para o dimensionamento das calhas de beiral ou de platibanda, deve se manter a inclinação uni-
forme de no mínimo 0,5% e serem fixadas na extremidade da cobertura ou próximo desta

• A ligação de condutores verticais e horizontais deve sempre ser feita com a conexão curva de raio
longo, com inspeção ou caixa de areia, estando o condutor horizontal aparente ou enterrado;

• Nas instalações enterradas, quando houver conexão com outra tubulação, mudança de declividade,
mudança de direção e ainda a cada trecho de 20m, devem ser executadas caixas de areia.

Tê com inspeção

Curva de raio longo

Para fixamos o que acabamos de ler anteriormente, vamos considerar a seguinte situação: fazer o
dimensionamento de uma edificação sabendo que a cobertura é um telhado com duas águas de
143m².

Cobertura duas águas

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Considerando que a intensidade pluviométrica de Salvador (ver NBR 10844:1989) é de 122, temos:

Então:

Q1 = (122 x 88) / 60 = 178,93 L/min

Q2 = (122 x 55) / 60 = 111,83 L/min

Agora verifique no quadro a seguir o diâmetro equivalente a vazão encontrada no calculo. No quadro,
é possível observar valores extraídos da NBR 10844:1989 que informam a capacidade máxima das
calhas semicirculares para diversas vazões (L/min).

Neste caso, os diâmetros correspondentes as vazões são:

Q1 = DN = 125 e Q2 = DN = 100

Diâmetro equivalente as vazões

Q1 apresentou como resultado 178,93 litros por minuto, se encaixando na coluna de declividade 236
(131 até 236). Já o Q2 apresentou como resultado 111,83 litros por minuto, se encaixando na coluna
130 (de 0 até 130).

Materiais

Os materiais aplicados nos sistemas prediais de esgoto sanitário e instalações de águas pluviais de-
vem ser apropriados em função das características solicitadas, de modo a garantir o perfeito funcio-
namento, durabilidade e resistência das instalações.

Verifique abaixo as condições mínimas para estes materiais:

• Resistentes aos esforços provocados por choques mecânicos;

• Resistentes as variações térmicas e intempéries;

• Resistentes aos efeitos químicos, físicos e compatíveis a materiais de construção.

Os materiais mais utilizados para instalações de esgoto são PVC e ferro fundido.

Para os tubos de PVC, existem duas linhas: normal e reforçado. A linha normal do PVC é utilizada na
maior parte das instalações prediais. As instalações de PVC reforçado geralmente são utilizadas na
condução efluentes em trechos de sistemas prediais de esgoto considerados críticos, tais como: tu-
bos de queda, coletores secundários. Trouxemos a seguir peças fabricadas em PVC e ferro fundido:

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Tubo em PVC reforçado

Tubulação de Ferro fundido

Conexões de esgoto em PVC

Para as instalações de águas pluviais, existe uma maior variedade de materiais, dentre eles são: aço
galvanizado, aço inoxidável, alumínio, fibrocimento, PVC rígido, fibra de vidro, concreto ou alvenaria,
devendo ser observadas as recomendações especificas das NBR’s relativas as aplicações.

Conexões em PVC

Ferramentas, Equipamentos e Instrumentos

No volume anterior, você teve a oportunidade de conhecer ferramentas, equipamentos e instrumentos


que são mais utilizados pelos instaladores hidráulicos em suas práticas. Agora, você ampliara ainda
mais os seus conhecimentos com os exemplos trazidos no quadro a seguir:

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Cortadores de tubo tipo corrente Metro dobrável

Servem para seccionar tubos de ferro e aço É uma ferramenta que auxilia na medição de
superfícies.

Prumo Esquadro

Tem a função de mostrar a verticalidade de uma Ajudam os instaladores hidráulicos a percebe-


superfície. rem se os desvios das tubulações estão a 90°,
45° ou outras angulações

Estopa Riscador

Utilizada para fazer a limpeza de superfícies di- Tem a função de marcar tubulações e vários ti-
versas. pos de superfícies duras e lisas

Martelo Torquímetro

Tem várias funções: fixar ou remover pregos, Pode ser utilizado para apertar e folgar parafu-
quebrar peças, desempenar objetos etc. sos, sem danificá-los.

Máquina para solda elétrica Compressor de ar

Equipamento que atua no processo de solda- É um equipamento elétrico que tem a função de
gem de tubulação; precisa de energia elétrica bombear ar. Pode ser utilizado em testes de es-
para entrar em funcionamento tanqueidade.

Algumas ferramentas, equipamentos e instrumentos

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Técnicas de Execução em Pvc

Para a realização das técnicas de execução em PVC e ferro fundido, é necessário que você utilize
Equipamentos de Proteção Individual – EPI, ferramentas, equipamentos e instrumentos adequados.

Corte

A execução de cortes é um dos serviços mais realizados pelo instalador hidráulico, por isso essa téc-
nica deve ser aprimorada. Observe a seguir o processo de execução de cortes utilizados em tubula-
ção de PVC.

• Passo 1 – Fazer a marcação da linha de corte no tubo, se houver necessidade;

• Passo 2 – fixar o tubo de PVC, para que não desloque durante o processo de corte;

• Passo 3 – Posicionar a ferramenta de corte (arco serra, cortadores de tubo manuais ou automáti-
cos) perpendicular ao eixo maior do tubo;

• Passo 4 – Cortar o tubo;

• Passo 5 – retirar as rebarbas do tubo (utilizando limas ou escareadores) e fazer uma limpeza do tre-
cho seccionado.

Sistema de Acoplamento (Solda, Junta Elastica)

É importante lembrar que os acoplamentos nas tubulações de esgoto e águas pluviais devem ser es-
tanques, ou seja, impedir vazamento da água, por isso o profissional deve ter atenção ao realizar es-
ses serviços. Veja alguns desses procedimentos:

Acoplamento em Solda em tubulação de PVC

Os Procedimentos para esse tipo de acoplamento são:

• Passo 1 – após cortar o tubo de PVC, lixe a ponta do tubo e bolsa da conexão que serão soldadas;

• Passo 2 – fazer a limpeza das partes lixadas e aplicar um adesivo plástico para PVC na extremi-
dade do tubo e na bolsa da conexão;

• Passo 3 – encaixar as peças de forma que a extremidade do tubo coincida com o fundo da bolsa da
conexão;

• Passo 4 – limpar a junção soldável, utilizando um pedaço de estopa.

Junta soldável para tubulação de PVC

Acoplamento em solda elétrica em tubulação de ferro fundido

Para a realização do acoplamento em soldagem elétrica de ferro fundido, o profissional deverá fazer
cursos complementares antes de realizar a atividade.

• Passo 1 – montar todo equipamento de solda elétrica;

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• Passo 2 – fixar o eletroduto de terra a peça a ser soldada;

• Passo 3 – utilizar a mascara de proteção, luvas, avental e outros EPI’s;

• Passo 4 – colocar o eletrodo sobre as peças a serem acopladas e fazer a soldagem.

Soldagem elétrica em ferro fundido

Procedimento para instalação de calha

Você aprendera alguns detalhes de uma instalação de calha e a seguir você conhecerá o passo a
passo:

• Passo 1 – marque a posição dos bocais e o comprimento da calha (utilize um prego para fixar a re-
ferência);

• Passo 2 – tire o nível e faça a marcação da altura nas extremidades onde serão fixadas as instala-
ções de acordo com a primeira marcação;

• Passo 3 – calcule o desnível de no mínimo 0,5% a cada metro e marque;

• Passo 4 – marque a cada 60 cm os pontos onde ficarão os suportes;

• Passo 5 – fure os pontos, coloque o parafuso e encaixe o suporte apertado o parafuso o quanto ne-
cessário;

• Passo 6 – marque o comprimento na calha para realizar o corte no tamanho necessário;

• Passo 7 – com a calha na medida certa, encaixe no suporte já fixado;

• Passo 8 – deixe o mínimo afastamento indicado no manual para que o conjunto dilate livremente;

• Passo 9 – com a calha e o bocal já instalados, meça o comprimento do encaixe do bocal;

• Passo 10 – coloque um trecho de tubo e em seguida o joelho de 60°;

• Passo 11 – depois meça o comprimento para cortyar o trecho do condutor que fica em declive;

• Passo 12 – meça também a tubulação que ficará na vertical, mas, antes de encaixar, prenda as bra-
çadeiras;

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• Passo 13 – nesta imagem, observe como ficou a instalação.

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Teste de Estanqueidade

Como vimos anteriormente, as juntas executadas entre as tubulações devem ser estanques ao ar e á
água, de forma a permanecer durante a vida útil. Por isso, é fundamental submeter todas as instala-
ções de esgoto e águas pluviais a inspeções e testes, antes da utilização dos sistemas.

Assim que você completar a instalação, faça uma inspeção geral do sistema: verifique se todas as
peças estão conectadas e integras, se há anormalidades, a presença ou não de obstruções nas tubu-
lações, além de outros aspectos.

O teste de estanqueidade deve ser feito logo em seguida. Ele tem o objetivo de verificar se as instala-
ções de esgoto e água pluviais estão estanques. Para o sistema de esgoto sanitário, deve ser reali-
zado o teste de estanqueidade com água, com ar e com fumaça.

Procedimentos do teste de estanqueidade utilizando a água

• Passo 1 – Vedar todos os ralos e extremidades das tubulações com tampões;

• Passo 2 – Encher toda a tubulação com água até atingir a pressão de 30kpa. Lembre-se que não
pode ter ar nas tubulações;

• Passo 3 – manter a pressão por cerca de 15 minutos;

• Passo 4 – Verificar se houve variações de pressão ou ocorreram vazamentos. Em caso afirmativo,


consertar o problema e refazer o teste.

Tubulação com uma das extremidades vedadas

Procedimentos do teste de estanqueidade utilizando o ar:

• Passo 1 – Vedar todos os ralos e extremidades das tubulações com tampões;

• Passo 2 – Escolher uma das extremidades das tubulações para injetar o ar até atingir a pressão de
35kpa;

• Passo 3 – manter a mesma pressão no sistema por cerca de 15 minutos;

• Passo 4 – verificar se ocorrem vazamentos. Em caso afirmativo, consertar o local do vazamento e


refazer o teste.

Procedimentos do teste de estanqueidade utilizando fumaça;

• Passo 1 – Encher, com água, as caixas sifonadas e fechos hídricos; tendo o cuidado de deixar aber-
tas as saídas das colunas de ventilação e a extremidade por onde será introduzida a fumaça;

• Passo 2 – injetar fumaça nas instalações, com o auxílio da máquina para produção de fumaça não
tóxica;

• Passo 3 – fechar as saídas das colunas de ventilação quando a fumaça começar a sair;

• Passo 4 – submeter o sistema a uma pressão constante de 25kpa por 15 minutos;

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• Passo 5 – verificar há fumaça escapando. Se ocorrer, com certeza falta algum sifão ou caixa sifo-
nada na instalação.

Instalação de Sistema Sanitário de Esgoto Simples

Sistema Predial de Esgotos - tem a função de coletar, conduzir e afastar da edificação todos os des-
pejos provenientes do uso dos aparelhos sanitários, conduzindo-os para a rede pública de coleta de
esgotos ou para um sistema local.

Sistema de esgoto simples

Norma ABNT NBR 8160 diz que esse sistema deve:

- Evitar a contaminação da água potável.

- Permitir o rápido escoamento dos esgotos.

- Impedir que gases do interior do sistema de esgotos atinjam as áreas de utilização.

- Permitir fácil acesso para inspeções.

- Não misturar o sistema de esgoto com o de águas pluviais. É dividido em 3 partes: instalação primá-
ria, instalação secundária e ventilação.

Instalação primaria e secundaria

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Esgoto Secundário

Recebe os esgotos dos aparelhos sanitários e encaminha para um desconector, como sifões ou cai-
xas sifonadas.

- Não deve ter contato direto com os gases do esgoto.

- Toda a instalação fica dentro do ambiente utilizado (banheiro, cozinha etc.).

- Sempre utiliza DN 40.

Esgoto secundaria

Componentes

• Aparelhos Sanitários

– Fornecem água e fazem a coleta dos esgotos gerados. Ex: pias, banheiras, bacia, Mictórios, tan-
ques e bidês.

Componentes

• Aparelhos Sanitários

– Fornecem água e fazem a coleta dos esgotos gerados. Ex: pias, banheiras, bacia, mictórios, tan-
ques e bidês.

Aparelho sanitário

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• Acessórios para Facilitar o Despejo

Adaptador para Máquina de Lavar

- Acopla a mangueira da máquina de lavar ao tubo de esgoto na parede;

- Evita o retorno de insetos e mau cheiro.

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• Desconector

Impede a passagem do esgoto para ao ambiente fechado, através da atuação do fecho hídrico.

Ex: Caixas sifonadas, ralos sifonados e sifões.

Fecho hídrico - é uma camada de água que bloqueia a passagem dos gases e de insetos. Essa ca-
mada de água deve ter no mínimo 5 cm.

- Devem ser protegidos contra possíveis pressões que ocorrem no interior da tubulação com um sis-
tema de ventilação.

- Todos os aparelhos sanitários devem ter um desconector instalado próximo a eles. Ex:

Pias da cozinha: sifão.

Bacia sanitária: água do fundo da bacia.

Sifão

Existem vários tipos:

- Sanfonados universais

- Duplos

- Em “copo”

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- Em “s”

- Os sifões sanfonados solucionam problemas de alinhamento entre a pia e a tubulação de esgoto na


parede.

Ralos – existem ralos secos e ralos sifonados.

- Ralos Secos: não têm fecho hídrico. Recebem água de pisos,

terraços, sacadas e box.

- Ralos Sifonados: Possuem sifonagem. Podem ter formato cilíndrico, cônico ou quadrado.

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Caixas Sifonadas – recebem os esgotos do ramal de descarga e levam para o ramal de esgoto, inici-
ando a parte do esgoto secundário. Requerem sistema de ventilação.

Instalação

Esgoto Primário

Recebe os esgotos da parte secundária e leva até a rede pública ou fossa séptica.

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- Contém gases do esgoto .

- Isolada pelo fecho hídrico.

- Recebe várias contribuições.

Componentes

a) Ramal de Esgoto - Recebe o esgoto do desconector e leva até o

tubo de queda.

- Sempre instalado na horizontal com certa declividade.

- Bitola maior ou igual à DN 50.

Caso especial - o ramal de esgoto da bacia sanitária deve ser maior ou igual a DN 100.

Recomendações de Instalação

- Pavimentos térreos: ligação através de caixas de inspeção.

- Pavimentos superiores: ligação direta no tubo de queda.

b) Tubo de Queda - tubulação vertical em edificações de 2 ou mais pavimentos.

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c) Subcoletor - tubulação horizontal que recebe o esgoto dos ramais de esgoto ou tubos de queda.

- Diâmetro mínimo DN 100.

- Instalar caixas de inspeção entre subcoletores.

- Declividade 1%, ou até 0,5% dependendo do comprimento do subcoletor.

- Recebe o esgoto dos ramais de esgoto e da bacia sanitária.

- Bitola mínima – sem bacia sanitária DN 75. Com bacia sanitária, mínimo DN 100 para evitar efeito
funil.

- Nos pés da coluna pode ocorrer forte impacto pela queda de resíduos.

Utilizar conexões reforçadas (série R).

c) Subcoletor - tubulação horizontal que recebe o esgoto dos ramais de esgoto ou tubos de queda.

- Diâmetro mínimo DN 100.

- Instalar caixas de inspeção entre subcoletores.

- Declividade 1%, ou até 0,5% dependendo do comprimento do subcoletor.

d) Coletor - tubulação final que liga a última caixa de inspeção e o coletor público ou fossa séptica.

- Comprimento máximo 15 m.

- Bitola mínima DN 100.

- Declividade máxima 5%.

- Evitar desvios para evitar perda de carga.

e) Válvula de Retenção - tem a função de evitar o retorno do esgoto da rede pública para a residên-
cia, assim como a entrada de insetos e roedores para dentro da residência através do esgoto.

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- Só libera o fluxo por um lado.

Instalação das caixas

A instalação das caixas de inspeção e gordura deve seguir os passos:

Instalação de Sistema de Águas Pluviais Simples (Ralo, Coluna, Caixa)

Sistemas de Águas Pluviais tem a função de recolher e conduzir para local determinado às águas
provenientes da chuva que atingem a edificação garantindo um bom escoamento e redução de alaga-
mentos.

- Serve para proteger os prédios, construções, casa, paredes e portas. A má execução do escoa-
mento causa umidade em excesso ocasionando:

- Problemas de saúde.

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- Danos físicos na alvenaria e nas madeiras.

- Mau cheiro.

Esse sistema deve:

- Permitir a limpeza e desobstrução.

- Resistir a choques mecânicos e esforços provocados por variações térmicas. De acordo com a
norma ABNT NBR 10844, a instalação predial deve:

- Recolher e conduzir a vazão de água.

- Ser estanque.

Componentes

a) Elementos Prediais

- Áreas de captação.

- Calhas.

- Condutores.

- Caixas e reservatórios.

b) Elementos Públicos.

- Sarjetas.

- Bueiros.

- Tubulação de drenagem.

- Canalização de córregos.

Funcionamento

A água da chuva que cai sobre as coberturas da edificação é captada e direcionada para um destino
final adequado. A água é conduzida através de calhas, condutores horizontais e verticais, até o local
de destino final.

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Destino final

1) infiltrada no terreno - o tubo deverá levar as águas para um poço com leito de pedras.

2) lançada na sarjeta da rua ou no sistema público.

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3) armazenada em cisterna: a tubulação deverá levar as águas até um reservatório inferior para acu-
mulação e uso posterior.

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