Você está na página 1de 33

Geografia do Maranhão - Parte 1

Prof. Saul
Aspectos Locacionais
Regionalizações
Espaço Físico
Questão ambiental

Capítulo 1: Localizando o Estado do Maranhão


Considerações Maranhão
Divisão física da América América do Sul
Divisão cultural da América América Latina
Equador Hemisfério Sul = 100%
Greenwich Hemisfério Oeste ou Ocidental = 100%
Coordenadas geográficas LS, LNW
Predomínio de fronteira Terrestres
Predomínio de linhas divisórias Fluviais
 Horário atrasado em relação à Greenwich.
 Estações do ano mal definidas.
 Clima quente e úmido.
Implicações
 Vegetação megatérmica.
 Predomínio de rios cheios no verão e no inverno com vazantes.
 Não deve se usar o horário de verão (duração do dia praticamente igual a da noite).

O Maranhão apresenta uma superfície de 328.663 km 2, sendo o 8.º Estado mais extenso do Brasil e o 2.º da Região
Nordeste. Junto com o Piauí, forma o Nordeste ocidental ou Meio-Norte.
 Norte: AM e PA;
 Centro-Oeste: MT, MS e GO;
 Sudeste: MG;
 Nordeste: BA

1
 DIVISAS

Local Linha divisória Extensão


Atlântico Litoral 640 km
PA (W) Serra do Gurupi e Rio Gurupi 798 km
PI (E e S) Rio Parnaíba 1.365 km
TO (S e W) Rio Tocantins, Rio Manuel Alves Grande e chapada das Mangabeiras 1.060 km

 PONTOS EXTREMOS

 Norte – Foz do Rio Gurupi, na baía do Gurupi; cerca de 1 grau LS.


MA/PA – município de Carutapera.
 Leste – Foz do Rio Parnaíba; cerca de 41 graus LnW.
MA/PI – município de Araioses.
 Sul – Nascente do Rio Parnaíba ou nascente do Rio Águas Quentes; cerca de 10 graus LS.
TO/MA/PI – município de Alto Parnaíba.
 Oeste – confluência dos rios Tocantins e Araguaia; cerca de 48 graus LnW.
TO/MA/PA – município de São Pedro da Água Branca.


As divisas do Maranhão são estabelecidas de forma marítima (com o Oceano Atlântico) e terrestre (com rios, serras e
chapadas). Ocorre o predomínio de divisas terrestres, com destaque para os rios (fluviais).
O MA é quase uma ilha flúvio-marinha, pois apenas em trechos com o TO e o PA não têm limites com águas: Chapada
das Mangabeiras e Serra do Gurupi.
O Maranhão tem a sua porção oeste dentro da Amazônia oriental, sendo parte integrante do Programa Grande Carajás
(junto com o PA e TO).
O MA está situado no 2.º fuso do Brasil (45º LNW – HOB – Horário Oficial do Brasil – Brasília), estando 3 horas atrasadas
em relação ao horário do GMT (Greenwich).
O espaço geográfico do Maranhão é integralmente habitável (ecúmeno), pois não temos geleiras, desertos, altas
montanhas etc.
Através dos pontos extremos do Maranhão podemos obter a localização do Estado em relação ao Equador (latitude) e ao
meridiano de Greenwich (longitude).

Exercícios
1) O horário de verão no Brasil é usado no período de outubro – fevereiro, adiantando-se o relógio em 1 hora. O
Estado do Maranhão não é um bom local para o uso do horário de verão, devido:
a) está localizado no Hemisfério Oeste;
b) está localizado no Hemisfério Sul;
c) tem 3 horas de atraso em relação ao horário de Greenwich;
d) está próximo do Equador, onde o período com(fotoperíodo) e sem insolação tem praticamente a mesma
duração;
e) todas certas.

2) Uma equipe da TV Globo estava no ponto oeste do Estado do Maranhão e saiu para o ponto extremo sul,
seguindo as divisas do Estado, pelo percurso mais curto. Assim, a equipe passará, em ordem, pelo(a):
a) Rio Gurupi, Rio Tocantins e Rio Araguaia;
b) Rio Tocantins, Chapada das Mangabeiras e Rio Manuel Alves Grande;
c) Rio Tocantins, Rio Gurupi e Rio Parnaíba;
d) Rio Gurupi, Rio Tocantins e Chapada das Mangabeiras;
e) Rio Tocantins, Rio Manuel Alves Grande e Chapada das Mangabeiras.

Gabarito 1d 2e

2
Capítulo 2: Regionalizando o Maranhão
I. Divisão Política
Tinha 136 municípios, teve a criação de mais 81, passando a ter 217. A Ilha do Maranhão (oficialmente Upaon-Açu)
passou a ter 4 municípios, com a criação do município da Raposa, desmembrado de Paço de Lumiar (meados da
década de 90).


Comissão do senado aprova plebiscito sobre a divisão do Maranhão (14/03/2007)
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou ontem projeto de decreto legislativo, de autoria do senador
Edison Lobão, que determina realização de plebiscito para que os maranhenses opinem sobre a criação do estado do
Maranhão do Sul. O próximo passo será o envio do projeto ao plenário do Senado. Se for aprovado, ele seguirá para a
Câmara Federal. Pelo projeto, a capital do novo estado seria Imperatriz.
Maranhão do Sul
150.000 km2.
1.100 hab.
49 municípios.
MUNICÍPIOS

II. Regionalização do IBGE

O IBGE coloca o Brasil como um país formado por 5 macrorregiões (Norte, Nordeste, Sul, Centro-Oeste e
Sudeste). Cada macrorregião é formada por um conjunto de unidades políticas (Estados). Cada Estado é dividido
em mesorregiões (tamanho médio), que são subdivididas em microrregiões (tamanho pequeno), que são formadas
por municípios.
O Maranhão tem 217 municípios distribuídos em 21 microrregiões, que formam as 5 mesorregiões.

3
QUADRO–RESUMO DA REGIONALIZAÇÃO DO IBGE PARA O BRASIL

III. Regionalização geoeconômica


Geoeconomicamente, o MA é um Estado de transição, sendo nordestino (2 – leste do meridiano 44ºLNW) e
predominantemente amazônico (1 – Oeste do meridiano 44ºLNW).

Área 1 – Atuação da Sudam e Sudene.


Área 2 – Atuação da Sudene

4
DIVISÃO REGIONAL GEOECONÔMICA
Considerações Características
Critérios Geoeconômicos
Delimitação das divisas dos Não obedece aos limites estaduais, pois um Estado pode
complexos regionais ficar em mais de um complexo regional
Divisão 3 complexos regionais: Amazônia, Nordeste e Centro-Sul
Está no Complexo Regional do Nordeste e no Coimplexo
Maranhão
Regional da Amazônia (predominantemente)

Nota do Professor:
Regionalização pelo critério técnico–científico–informacional

 OS “QUATRO BRASIS”

O geógrafo Milton Santos e a professora Maria OS “QUATRO BRASIS”


Laura Silveira propuseram uma nova regionalização do
Brasil, baseada em quatro regiões ou em "quatro brasis".
O critério principal definidor dessa nova regionalização
foi o do "meio técnico-científico-informacional", isto é, a
"informação" e as "finanças" estão irradiadas de maneiras
desiguais e distintas pelo território brasileiro,
determinando "quatro brasis".
Veja a seguir como é constituída cada região
definida por essa nova regionalização:
 Região Amazônica: inclui os estados do Amapá,
Pará, Roraima. Amazonas, Acre e Rondônia. Baixas
densidades técnicas e demográficas.
 Região Nordeste: inclui os estados do Maranhão,
Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Foi a
primeira região a ser povoada. Apresenta uma
agricultura pouco mecanizada se comparada à
região Centro-Oeste e à região Concentrada.
 Região Centro-Oeste: inclui os estados de Goiás,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins. De ocupação recente, apresenta uma "agricultura globalizada",
isto é, moderna, mecanizada e produtiva.
 Região Concentrada: inclui os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul. É a região que concentra a maior população, as maiores indústrias, os principais
portos, aeroportos, shopping centers, supermercados, as principais rodovias e infovias, as maiores cidades e
universidades. Portanto, é a região que reúne os principais meios técnico-científicos e as finanças do país.

Exercícios
1) O mapa ao lado mostra uma das formas de regionalização do Brasil. Sobre a mesma é
correto afirmar, exceto:
a) tem por base critérios geoeconômicos;
b) mostra que o Brasil tem uma divisão regional do trabalho do tipo centro-
periferias;
c) os limites estaduais não coincidem necessariamente com os limites entre os
complexos regionais;
d) o Maranhão aparece como um “Estado de transição”;
e) Mato Grosso é um estado dominantemente do Centro-Sul.

5
2) SUDAM e SUDENE foram extintas em 2001, sendo que o governo federal fez o retorno das mesmas. O
município de São Luís-MA é área de atuação dos 2 organismos em função:
a) De ser um município muito pobre;
b) Pela sua baixa renda per-capita;
c) Por ficar em uma área nordestina (IBGE) e amazônico (geoeconomicamente);
d) Por ter mais aspectos de nordeste;
e) Por ser colocado pelo IBGE totalmente na Amazônia.

3) Analise:
“Sou um geógrafo português que em visita ao Brasil observei que a Divisão Regional do IBGE tem
várias falhas, pois usa um critério muito rígido: o político-administrativo.”
(Nova Escola – abril/2002)
Leia as afirmações abaixo e assinale aquela que não representa uma falha da Divisão Regional do IBGE:
a)Maranhão integralmente na macrorregião Nordeste;
b)Minas Gerais integralmente na macrorregião Sudeste;
c)Mato Grosso integralmente na macrorregião Centro-Oeste;
d)Paraná integralmente na macrorregião Sul;
e)São Paulo integralmente na macrorregião Sudeste.

Gabarito 1e 2c 3e

Capítulo 3: Aspectos Geológicos do Maranhão


Estrutura geológica são os diferentes tipos de rochas (e minerais) que compõem o solo e o subsolo da Terra. O seu
conhecimento e importância são fundamentais, por estarem relacionados com:
 a existência ou não de recursos minerais;
 a ocorrência ou não de fenômenos tais como vulcanismos e terremotos;
 a formação dos diferentes tipos de solos agrícolas;
 a ocupação e a distribuição geográfica da população;
 o traçado e a implantação de rodovias e ferrovias.
Para compreendermos a estrutura geológica é necessário que antes tenhamos noções básicas a respeito das camadas da terra,
eras geológicas e das rochas.

I. Principais Tipos de Estrutura Geológica

ERAS
TIPOS ROCHAS CONSIDERAÇÕES GERAIS BRASIL MA
GEOLÓGICAS
1. Elevadas cordilheiras recentes,
Magmáticas,
Dobramentos Cenozóica formadas por orogênese.
metamórficas e – –
modernos Terciária 2. Apresentam instabilidade geológica:
sedimentares
vulcões, abalos sísmicos etc.
1. formadas por rochas antigas,
Maciços resistentes e cristalinas, que possuem 36%. Ex.: Serra dos
10%. Ex.: Núcleo
antigos ou Magmáticas e estabilidade geológica. Carajás (PA - Fe),
Pré-Cambriana Gurupi
escudos metamórficas 2. Podem apresentar ocorrência de Serra do Navio (AP
(PA/MA-ouro)
cristalinos minerais metálicos: ferro, manganês – Mn) etc.
etc.
1. São depressões ocupadas por
sedimentos oriundos da erosão de 64%. Ex.: Paranaica
90% Ex.:
Cenozóica, áreas vizinhas. (C. Sul – carvão
Bacias Barreirinhas
Mesozóica e Sedimentares mineral),
sedimentares 2. Podem ter ocorrência de (petróleo-gás
Paleozóica Recôncavo Baiano
combustíveis fósseis: petróleo, (petróleo) etc.
natural)
carvão mineral etc.

 Estrutura geológica do Maranhão

- Na superfície do Maranhão predominam os terrenos sedimentares, porém a base da estrutura geológica deles é cristalina.
- Na estrutura geológica do MA, em linhas gerais, temos: bacias sedimentares (ex.: bacia do Meio-Norte ou do Parnaíba, Bacia de
Barreirinhas - 90%) e escudos cristalinos (Ex.: núcleo Gurupi e núcleo Perizes - 10%).

6
- Na bacia sedimentar de Barreirinhas (MA) há ocorrência de petróleo e gás natural

Exercícios
1. Na estrutura geológica do Maranhão destaca-se na ocorrência de minério de ouro, com área de garimpagem, na divisa
com o Pará, o núcleo Gurupi. Fazendo um estudo geológico sobre o mesmo, podemos considerar:
a) está situado em um tipo de terreno que é o predominante no Maranhão;
b) é de formação geológica recente;
c) é uma área também sujeita a ocorrência de petróleo;
d) é um terreno de grande instabilidade;
e) é caracterizada pelo seu desgaste, através da ação dos agentes erosivos.

2. Dentro de oito anos o Maranhão passará a produzir petróleo e gás natural. A estimativa é do governo do Estado com base
nos estudos apresentados pela Petrobrás, que adquiriu os direitos de exploração de um bloco em Barreirinhas, na costa do
Estado (53 km do litoral de Barreirinhas).
(O Imparcial – 8 de Janeiro/2002)
A exploração citada ocorrerá numa área de:
a) Escudos cristalinos.
b) Bacias sedimentares.
c) “a” e “b” estão certas.
d) Maciço antigo.
e) Dobramentos modernos.

Gabarito 1e 2b

Capítulo 4: Relevo do Maranhão


I. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO RELEV) DO MARANHÃO
O Maranhão estão localizados no interior da placa Sul-americana, assim apresenta:
 Praticamente não tem mais atuação dos agentes internos;
 Ausência de dobramentos modernos;
 Relevo de formação antiga;
 Grande atuação dos agentes externos, com destaque para as águas correntes;
 Relevo com modestas altitudes.
 Relevo em declive no sentido sul-norte.

II. Unidades de Relevo do Maranhão

7
 Centro-norte  Predomínio de Planícies

 ÁREA 1 : Planície Litorânea e Costeira  área de


influência dos fluxos das marés, com a presença marcante
das praias, mangues, dunas etc. A porção mais para o 2
oeste(ocidente) destaca-se o mangue (rede hidrográfica rica e
presença de algumas rias – curso fluvial invadido pelo mar), 6
enquanto mais para o leste (oriente) salientam-se as dunas
(rede hidrográfica pobre). 3
 ÁREA 2 : Planície Flúvio-marinha  ambiente 4
deposicional sedimentar da baixada maranhense,
caracterizada pelas inundações periódicas (período chuvoso)
dos rios: Pericumã, Pindaré, Mearim e Grajaú. Destaca-se
pela presença de lagos e campos. As áreas mais altas da 5
5
baixada são os tesos, que ficam livres das inundações.
 ÁREA 3 : Planície Fluvial  corresponde ao curso médio 7
dos rios Pindaré, Grajaú, Mearim e Itapecuru. Presença do
solo de várzea, às margens dos rios, bom para o cultivo do 8
arroz (rizicultura)

 Centro-sul  Predomínio de Planalto (morfoestrutura


com formas dissecadas – que sofrem erosão).
A área planáltica do centro-sul do estado tem um 7
importante papel para a rede de rios (hidrografia) do Maranhão.
Vejamos: 8
 Determina o sentido sul-norte dos nossos principais
riso;
 Funciona como centro dispersor de águas (nascentes
de vários rios);
 Suas serras e chapadas têm o papel de divisores de
água (inter-flúvio), separando um rio do outro.

 ÁREA 4 : Pediplano Central  destaque para as serras cinta, negra, branca, alpercatas, croeira e itapecuru. Representa o
nosso principal centro dispersor e divisor de águas (rios: Pindaré, Grajaú, Mearim e Itapecuru).
 ÁREA 5 : Planalto Ocidental (oeste)  presença da serras do Gurupi, Tiracambu e Desordem (separam os rios Pindaré,
Gurupi e Turiaçu).
 ÁREA 6 : Planalto Oriental (leste)  destaque para a Serra do Valentim – divisor de águas entre os rios Itapecuru e
Parnaíba.
 ÁREA 7 : Depressão do Balsas  onde temos a drenagem do rio Balsas, afluente do Parnaíba, entre o pediplano central e o
planalto meridional maranhense.
 ÁREA 8 : Planalto Meridional (sul)  Destaque para as serras do penitente, Chapada das Mangabeiras e do Gado Bravo,
que separam os rios Manuel Alves Grande, Balsas e Parnaíba.

 Para a formação dos Lençóis Maranhenses (litoral oriental), em 11.000 anos, foi preciso a ação conjunta dos rios Preguiças,
Parnaíba e Periá (transportam sedimentos para o mar), do mar (trazia, através de ondas e marés, os sedimentos de volta
para o continente) e dos ventos (especialmente os alísios de Nordeste, que transportavam os sedimentos e os acumulavam,
formando as dunas).

Nota do professor:

8
PRINCIPAIS SOLOS DO MARANHÃO

a) Latossolos (35% do Estado):


 predominantemente no Maranhão;
 áreas do oeste (Floresta Amazônica) e sul (cerrado) do Estado;
 solos ácidos (exigem correção);
 área de cerrado: correção com a calagem (adição de calcário para a perda da
acidez), para o cultivo da soja (exportação).

b) Aluviais:
 margens dos rios (vales fluviais);
 férteis;
 rizicultura (arroz).
c) Hidromórficos:
 Baixada;
 Quando drenados, são férteis.

d) Areno-quartzosos:
 Lençóis Maranhenses;
 arenosos, baixa fertilidade e ácidos.


“DESERTOS VERDES”: Uma das formas de degradação do solo é a substituição de culturas nativas pelo
reflorestamento. Grandes empresas ocupam extensas áreas com a monocultura do pinus (sudoeste de São Paulo e
parte do Paraná) e do eucalipto (norte do espírito Santo, sul da Bahia, nordeste de Minas Gerais), motivadas pelo
crescimento rápido (principalmente para obtenção de celulose), ocasionando problemas sociais (expulsão da
população, desestruturação da agricultura familiar). O eucalipto, por exemplo, suga grande quantidade de água do
solo, impedindo a cultura de outras espécies. A derrubada da mata nativa e a substituição pela homogeneidade de
uma cultura única provocam a degradação do solo. Para muitos especialistas essas áreas constituem desertos verdes.
Ex.: Região de Açailândia – desmatamento da Floresta Amazônica e reflorestamento com eucalipto, para a produção
de celulose.

Exercícios
1. Nas praias de São Luís, é comum o transporte de areia pelo vento, formando dunas. A produção da areia está associada
aos seguintes grupos de agente formadores do relevo:
a) oceanográfico e climático;
b) antrópico e geológico;

9
c) hidrológico e antrópico;
d) fluvial e biótico;
e) antrópico e climático.
2. A distribuição do relevo maranhense possibilita ao Estado uma classificação singular dentre os demais Estados brasileiros,
uma vez que lhe favorece possuir bacias hidrográficas próprias.
Tais bacias originam-se:
a) das serras do Penitente e Gado Bravo, ao Sul;
b) da chapada das Mangabeiras, no Extremo-Sul;
c) das serras do Itapecuru e das Alpercatas, ao Oeste;
d) da serra da Cinta, ao Leste;
e) do conjunto das serras Croeira / Menina, no Centro-Sul.
3. Um geógrafo saiu da Ilha do Maranhão, em linha reta, para o sul do Estado, fazendo um estudo da nossa paisagem
geomorfológica. Podemos afirmar que encontrou, exceto:
a) um relevo de planalto (ao Sul) e de planície (ao Norte);
b) o curso dos principais rios no sentido contrário ao seu trajeto;
c) predomínio do trabalho de acumulação ao Norte e da erosão ao Sul;
d) a presença de chapadas e ramificações de serras no Centro-Sul, que funcionam como centro dispersor e divisor de
águas;
e) a presença de um declive.
4. “[...] caracteriza-se pelo domínio de formas dissecadas pela superimposição da drenagem formando topos tabulares com bordas abruptas
que decaem para colinas de declividade média e alta” (FEITOSA e TROVÃO, 2006, p.74)
As características a que o texto se refere correspondem às do(a):
a) Pediplano Meridional Maranhense;
b) Planalto Ocidental Maranhense;
c) Pediplano Central Maranhense;
d) Planalto Oriental Maranhense;
e) Depressão do Balsas Maranhense.

5. O relevo do Maranhão é de fundamental importância para o entendimento da nossa rede fluvial, bem como as condições
climáticas do estado.
Podemos considerar, EXCETO:
a) os rios correm no sentido Sul-Norte obedecendo a disposição do relevo;
b) o sul do Maranhão, área de planalto, funciona como divisor de águas das bacias fluviais, através de suas
serras e ramificações;
c) a área planáltica do sul do Estado é um centro dispersor de águas: nascentes dos principais rios;
d) o golfão maranhense é um importante centro coletor de águas;
e) as feições predominantemente erosivas são típicas do relevo do Centro-Norte.
6. Na Baixada Maranhense encontramos um solo do tipo hidromórfico, que apesar de ter muita água (prejudica
o cultivo), pode ser aproveitado.
Se um agricultor resolver cultivar em um solo desse tipo, qual seria a primeira e melhor providência para ter
um bom rendimento agrícola?
a) Fazer um terraceamento.
b) Usar um método de irrigação.
c) Recorrer ao processo de calagem.
d) Fazer uso da drenagem.
e) Utilizar um plantio direto.

Gabarito
1a 2e 3e 4c 5e 6d

Capítulo 5: Clima do Maranhão

10
Raios solares
Equador
MA
perpendicu lares

Observando a posição do Maranhão no globo, verificamos que o seu território está localizado numa área de
baixa latitude, dentro da zona intertropical, recebendo os raios solares de forma perpendicular (maior intensidade)
e sendo atingido pelos ventos alísios úmidos (causam chuvas).
De maneira geral, o clima maranhense apresenta os seguintes aspectos:
 O MA está em baixa latitude: zona tropical – raios solares perpendiculares.
 Médias térmicas: elevadas.
 Amplitude térmica: baixa.
 Ação dos ventos: alísios de Nordeste – formados pela mEa e causadores de chuvas.
 Massas de ar: mEc e mEa.
 Chuvas mais concentradas no verão.
 Clima quente e úmido.

 TIPOS CLIMÁTICOS DO MARANHÃO

 CLIMA EQUATORIAL

 Localização: oeste e noroeste do MA (Amazônia).


 Pluviosidade média anual: superior a 2000 mm/ano; chuvas
no verão, outono e inverno.
 Temperatura média anual: 26° a 27°C.
 Massas de ar que mais atua: mEc.

 CLIMA TROPICAL ÚMIDO

 Localização: litoral, baixada, nordeste do Estado e trechos dos vales


dos rios Mearim, Pindaré, Munim, Itapecuru.
 Pluviosidade média anual: 1600/1800 mm/ano; sofre grande ação da
maritimidade; chuvas no verão e outono.
 Temperatura média anual: superior a 24°C.
 Massas de ar que mais atua: mEa.
 CLIMA TROPICAL SEMI-ÚMIDO

11
 Localização: centro-sul do Estado.
 Pluviosidade média anual: 1200/1300 mm/ano; chuvas de verão.
 Temperatura média anual: 25° a 27°C.
 Massas de ar que mais atua: mEc.

 OUTROS MAPAS DOS CLIMAS DO MARANHÃO

 O Maranhão primitivo – FEITOSA, Antônio Cordeiro

 Am – clima equatorial: quente, com uma estação seca (calendário:


primavera)

 Aw – clima tropical: quente com chuvas de verão.

 Geografia do Maranhão – RIOS, Luís.

 Atlas do Maranhão – LABGEO


– UEMA

12
- Clima Úmido do tipo (B2), com pequena ou nenhuma deficiência de água, megatérmico , ou seja, temperatura
média mensal sempre superior a 18°C, sendo que a soma da evapotranspiração potencial nos três meses mais
quentes do ano é inferior a 48% em relação à evapotranspiração potencial anual .
- Clima Úmido do tipo (B1), com moderada deficiência de água no inverno, entre os meses de junho a setembro,
megatérmjco, ou seja, temperatura média mensal sempre superior a 18°C, sendo que a soma da
evapotranspiração potencial nos três meses mais quentes do ano é inferior a 48%, em relação à
evapotranspiração potencial anual.
- Clima Sub-Úmido do tipo (C2), com moderada deficiência de água no inverno, entre os meses de junho e
setembro), megatérmico, ou seja, temperatura média mensal sempre superior a 18°C. sendo que a soma
evapotranspiração potencial nos três meses mais quentes do ano é inferior a 48%, em relação à
evapotranspiração potencial anual .
- Clima Sub-Úmido Seco do tipo (C1), com pouco ou nenhum excesso de água, megatérmico, ou seja,
temperatura média mensal sempre superior a 18°C, sendo que a soma evapotranspiração nos três meses mais
quentes do ano é inferior a 48%, em relação à evapotranspiração anual.

Exercícios
1. Ao sair da ilha do Maranhão para o centro-sul do nosso Estado (Balsas), passando antes por Imperatriz (oeste
do Estado), vamos observar os seguintes dados climáticos, exceto:
a) nas 3 áreas as médias térmicas são elevadas;
b) nas 3 áreas vão ter verões chuvosos;
c) nas 3 áreas a amplitude térmica será baixa;
d) ocorreu uma redução do processo de maritimidade;
e) a média térmica teve uma pequena queda ao chegar ao centro-sul, devido a influência da latitude e da altitude
que diminuíram.

2. À medida que nos deslocamos do norte para o sul do maranhão, ocorre uma redução da média térmica.
Quais fatores climáticos explicam essa ocorrência?
a) Latitude e correntes marinhas.
b) Altitude e vegetação.
c) Vegetação e correntes marinhas.
d) Latitude e altitude.
e) Correntes marinhas e altitude.

13
3. Os alunos de uma escola de São Luís do Maranhão foram convidados a participar de
uma excursão a um determinado estado do Brasil, que, tinha o seu clima resumido pelo
gráfico de pluviograma ao lado.
O professor de Geografia da escola deu algumas orientações aos alunos sobre a
dinâmica climática da região para onde eles estavam indo. Assinale a orientação errada:
a) É uma região de clima equatorial, semelhante ao da Amazônia.
b) É um clima de chuvas bem regulares.
c) Levem roupas claras e leves, pois a área tem clima quente e úmido.
d) A região tem média térmica e amplitude térmica elevadas.
e) É uma área com predomínio climático da massa equatorial continental, que é quente e úmida.
4. A climatologia maranhense é típica de baixa latitude, onde há ação dos raios solares de forma perpendicular. Dentre os
diversos tipos climáticos do Maranhão, assinale a opção que não é uma característica marcante a todos eles:
a) elevada média térmica; d) quente e úmida;
b) chuvas de verão; e) elevada maritimidade.
c) baixa amplitude térmica;

Gabarito
1e 2d 3d 4e

Capítulo 6: Vegetação do Maranhão


Condicionada ao tipo de clima através da temperatura e umidade e a variedade pedológica, o Maranhão apresenta
uma rica paisagem fitogeográfica, apresentando três níveis de porte. Tal diversidade vegetal é atribuída também as suas
condições de Estado-transição.

FORMAÇÕES ARBÓREAS OU FLORESTAIS


 Floresta equatorial amazônica

1. Localização: áreas tropicais com clima quente e úmido.


2. Umidade: higrófila;
3. Folhas: latifoliada;
CARACTERÍTICA 4. Comportamento sazonal da folha: perenes;
S 5. Temperatura: megatérmica;
6. Diversidade vegetal: heterogênea;
7. Densidade vegetal: compacta;
8. Fonte de madeira-de-lei (dura);

14
 MARANHÃO - Floresta Amazônica

a) Muito devastada em função de atividades econômicas: extrativismo vegetal, mineral, implantação de


programas industriais (ex. : P.G.C. – Programa Grande Carajás), construção de rodovias, ferrovias etc.
b) No município de Açailândia ocorre grande devastação, devido a extração de madeira e a produção de
carvão vegetal, utilizado no pólo siderúrgico de ferro-gusa.
c) Área de expansão da fronteira agrícola do MA.
d) Aproveitamento econômico do espaço: extrativismo e agropecuária.

 Mata dos Cocais ou de Transição (ou das palmáceas)

1. Localização: principalmente no Meio-Norte ou


Nordeste Ocidental (MA – PI).
2. Comportamento sazonal das folhas: perenes;
3. Temperatura: megatérmica;
4. Umidade: babaçu – mais higrófilo; carnaúba – mais
xerófilo;
CARACTERÍTICAS 5. Diversidade vegetal: homogênea;
6. Densidade vegetal: aberta;
7. É uma mata de transição, pois está localizada entre a
Floresta Amazônica (W), cerrado (S) e caatinga (E);
8. Destaca-se no extrativismo vegetal: óleo (babaçu) e
cera (carnaúba).

Os(desmatamento).
babaçuais no MA vêm avançando bastante para os vales do Mearim e Pindaré, devido à ação antrópica

 Matas galerias ou ciliares

15
1. Localização: acompanha as margens dos rios,
devido à sua umidade;
2. São bem observadas em áreas de campos e cerrado;
3. Sua manutenção evita o processo de assoreamento;
4. Maior densidade/diversidade quanto mais perto do
CARACTERÍSTICAS rio;
5. Menor densidade/diversidade quanto mais distante
do rio;
6. É importante para manter o nível de água do rio,
pois causa maior infiltração, levando água para o
lençol freático, que abastece a nascentes dos rios.

 FORMAÇÕES ARBUSTIVAS

 Cerrado

1. Localização: áreas intertropicais, com clima tropical


semiúmido;
2. formação complexa: arbórea (árvores) + arbusto
(predomínio) + herbáceas (campos);
3. Umidade: tropófilo;
CARACTERÍSTICAS
4. Comportamento sazonal das folhas: semi-decíduas;
5. Temperatura: megatérmica;
6. Diversidade vegetal: heterogênea;
7. Densidade vegetal: aberta;
8. Raízes profundas (lençóis freáticos);

16
 Cerrado Maranhense
 Seu solo é ácido, porém facilmente corrigido com o método da calagem: adição do calcário ao solo para
perda da acidez.
 Vem sendo muito devastado em função da expansão da fronteira agrícola.
 Predominantemente arbustiva, de raízes profundas, galhos retorcidos e casca grossa adaptada ao clima
tropical típico, com chuvas abundantes no verão e inverno bastante seco.
 Espaços ocupados para o plantio de arroz, milho e soja (mercado externo).
 Ocupação do espaço: tradicionalmente - pecuária extensiva; modernamente - agricultura.

 FORMAÇÕES HERBÁCEAS

 Campos

CARACTERÍSTICAS 1. Localização: aparecem em áreas tropicais,


temperadas e de transição (subtropical);
2. Formação vegetal: herbácea;
3. Constituição: rasteira;
4. Raízes: curtas;
5. Muito utilizadas na prática da pecuária extensiva;
 CAMPOS MARANHENSES
 Ocorrem principalmente da Baixada.
 Formações herbáceas: constituídos por gramíneas.
 Forma de ocupação do espaço: pecuária extensiva.
 Os campos da Baixada têm 2 aspectos: campos inundáveis (mais baixos - búfalos) e campos de tesos
(mais altos).

17
 FORMAÇÕES LITORÂNEAS

Tipos Maranhão
Alagadas Mangues
Arenosas Vegetação:
praias/dunas/restingas

Localização: em áreas de ambiente flúvio-marinho com clima quente. No Brasil vai do


litoral do AP até o de SC;
1. Umidade: higrófila;
CARACTERÍSTICAS
2. Ambiente salino: halófila;

3. Raízes escoras e pneumatóforas (raízes aéreas – respiratórias);
Mangues
4. Ambiente com deficiência de oxigênio;
5. Processo de exudação: transpira sal pelas folhas;
6. Berçário marinho: onde a vida começa para algumas espécies, sendo uma espécie
de criatório de camarões, caranguejos etc.

1. Localização: em áreas litorâneas com ambiente arenoso;


2. formações arbustivas e herbáceas;
CARACTERÍSTICAS
3. Ambiente salino: halófilos;

4. Ambiente arenoso: psamófilo;
Vegetação das
5. É uma vegetação mais pobre quando está mais perto do mar (solos mais salino),
praias/dunas/restingas
sendo que à medida que nos afastamos das praias ela vai ficando mais rica (nas
dunas – solos menos salinos).

No Maranhão, os mangues dominam da foz do Gurupi até a foz do rio Periá. Enquanto a vegetação das praias,
dunas e restingas são predominantes da foz do Periá até a foz do rio Parnaíba. Esta divergência pode ser explicada
pela diferente rede de rios que chega até litoral: do lado dos mangues ela é mais rica, enquanto do lado da
vegetação das praias/dunas/restingas é mais pobre.

18
Atenção!!!
Particularidades:
 No nordeste do Maranhão aparece uma vegetação de transição entre o cerrado e a caatinga, chamado de
carrasco.
 Entre a vegetação litorânea do Maranhão, principalmente mangue, para as outras vegetações, podemos encontrar
área de apicum: vegetação secundária que surge em substituição ao mangue, quando o mesmo perde o contato
com as marés.
 Capoeira: vegetação secundária que se desenvolve nas áreas de roças, logo após a colheita. Surge em
substituição a uma vegetação que foi devastada.

Exercícios
1. Quando saímos da área da Mata do Cocais para a região amazônica do espaço maranhense, observamos:
a) inicialmente uma paisagem arbórea e depois uma com domínio de arbustos;
b) redução de pluviosidade;
c) inicialmente, uma economia agropecuária e posteriormente o domínio da economia extrativa vegetal;
d) um deslocamento onde a paisagem vegetal deixa de ser homogênea e passa a ter uma maior diversidade;
e) um deslocamento de uma área de clima tropical úmido para clima tropical semiúmido.

2. O maior adensamento de babaçuais concentra-se no Médio Itapecuru , daí a denominação de parte dessa área
como Zona dos Cocais. A partir da década de sessenta, essa paisagem mudou e o babaçu alcançou os vales do
Mearim e Pindaré. Esse fato deve-se, principalmente, a:
a) supervalorização da amêndoa, que estimulou novas áreas de produção;
b) fertilidade dos solos, decorrente da superumidade provocada pelas cheias dos rios;
c) ação antrópica, provocada pelos sucessivos desmatamentos da cobertura vegetal original;
d) valorização do solo agrícola com a implantação de grandes áreas de pastagem;
e) modificações climáticas em função da interferência humana no quadro natural.

3. Na economia maranhense, a exploração madeireira e a


sojicultura ocupam posição destacada.

Qual os ambientes mais alterados por essa atividade?

a) Palmáceas, e Floresta Amazônica.


b) Manguezais e palmáceas.
c) Campos inundáveis e dunas.
d) Cerrados e palmáceas.
e) Floresta Amazônica e cerrado.

4. Um engenheiro florestal fez um estudo da fitogeografia


do Maranhão. O mesmo saiu da área do cerrado
maranhense, passou pelos cocais e chegou até a Floresta
Amazônica. O que foi que ele observou de comum nas
trás paisagens vegetais?
a) Alta densidade vegetal.
b) Grande diversidade vegetal.
c) Folhas caducas ou decíduas.
d) Paisagens megatérmicas.
e) Paisagens higrófilas.

19
Gabarito 1d 2c 3e 4d

Capítulo 7: Hidrografia do Maranhão


I. RIOS DOS BRASIL E DO MARANHÃO
7

 Características hidrográficas do Maranhão


 Os rios do Maranhão fazem parte da bacia secundária do Nordeste, exceto do rio Tocantins e seus
afluentes (bacia do Tocantins-Araguaia).
 Predomínio de foz do tipo estuário.
Exceção:  delta: rio Parnaíba(MA/PI)
 Predomínio de rios perenes ou permanentes.
 Predomínio de rios com regime pluvial do tipo tropical (cheias no verão e vazantes no inverno).
 Drenagem do tipo exorréica (os rios correm direta ou indiretamente para fora dos continentes).
 Predomínio de rios correndo em planalto, com potencial hidrelétrico.

20
 Predomínio de lagos de barragem nas margens dos rios (lagos de várzea) – com destaque para a
baixada maranhense. Ex.: Lago Açu (município de Conceição de Lago Açu).

 Nota do professor...
O Estado do Maranhão é uma espécie de “Mesopotâmia Brasileira”, estando praticamente entre rios: Gurupi,
Tocantins, Manuel Alves Grande e Parnaíba.

 BACIAS MARANHENSES LIMÍTROFES E PRINCIPAIS

RIOS AFLUENTES CIDADES BANHADAS PELO PRODUÇÃO


BACIAS NASCENTE FOZ
PRINCIPAIS IMP. (MA) RIO PRINCIPAL DE ENERGIA
Alto Parnaíba, Tasso Fragoso,
Benedito Leite, Nova Iorque,
Coelho Neto, D. Bacelar, Timon,
Chapada das Baía das Castelo Branco
Parnaíba Parnaíba Balsas Barão de Grajaú, Araioses, S.
Mangabeiras Canárias (CHESF)
Francisco do MA, Stª. Quitéria,
Magalhães de Almeida,
Parnarama, etc.
Gurupi Gurupi Serra do Gurupi Baía do Gurupi Itinga  
Tucuruí
Manuel Alves Imperatriz, Carolina, Estreito e
Tocantins Tocantins Serra Dourada Baía de Marajó (ELETRONOR-
Grande Porto Franco
TE)
São Luís Gonzaga, Pedreiras,
Entre as serras Baía de São Grajaú, Corda
Mearim Mearim Bacabal, Vitória do Mearim, Barra 
Negra e Canela Marcos e Flores
do Corda e Arari
Colinas, Itapecuru, Timbiras,
Baía de São
Itapecuru Itapecuru Serra do Itapecuru Alpercatas Mirador, Caxias, Rosário, Codó, 
José
Cantanhede, Coroatá
Município de Baía de São Una, Mocambo, Axixá, Morros, Icatu e Presidente
Munim Munim 
Aldeias Altas José Preto Juscelino
Baía de São
Pindaré Pindaré Serra da Cinta Buriticupu Pindaré-Mirim e Monção 
Marcos

Nota: Foi inaugurada a Hidrelétrica de Estreito, no rio Tocantins, entre o MA e o TO. A sua
construção causou muita polêmica em funções dos impactos ambientais-sociais-culturais-turísticos.

 Bacia do Gurupi: garimpagem do ouro.


 Bacia do Parnaíba: hidrelétrica Castelo Branco (MA/PI) e no seu rio principal tem foz do tipo delta
(turismo).
 Bacia do Munim: seu rio principal corre para a baía de São José. Tem um bom potencial turístico no Rio
Una.
 Bacia do Itapecuru: seu rio principal corre para a baía de São José. Abastece São Luís com água
potável: sistema ITALUÍS. É o mais extenso rio totalmente maranhense.
 Bacia do Mearim: seu rio principal corre para a baía de São Marcos. Tem importantes afluentes 
Grajaú, Corda e Flores. Tem o maior estuário do estado, onde ocorre o fenômeno da pororoca (choque
da água do rio com da maré alta).
 Bacia do Pindaré: seu rio principal corre para a baía de São Marcos. O seu vale médio é uma
importante área de expansão da fronteira agrícola da Amazônia maranhense, com destaque para o
município de Santa Inês (boa localização: BR – 316, BR – 222 e E. F. Carajás).
 Bacias do litoral ocidental: rios  Maracaçumé, Turiaçu, Pericumã (banha Pinheiro – Baixada
Maranhense) etc.
 Bacia do litoral oriental: rios  Periá, Preguiças (banha Barreirinhas – Lençóis Maranhenses), Magu,
Barro Duro etc.
 Bacia do Tocantins – tem grande potencial turístico, com a presença de vários rios com cachoeiras na
Chapada das Mesas, com destaque para Carolina (rios Farinha, Itapecuruzinho etc.).
 Rio Grajaú: apesar de sua grande extensão é afluente do Mearim. Antes de desaguar no rio Mearim
alimenta vários lagos da baixada, daí sua pequena influência no regime das águas do Mearim.

 Atenção!

21
Os deltas do Parnaíba (América), Nilo (África) e Mecong (Ásia) são os únicos do globo que invadem o mar.
Daí o Parnaíba ser chamado de Delta das Américas.

Exercícios
1. " Os rios Anil e Bacanga, na ilha do Maranhão, drenam áreas cobertas de mangues, cuja explicação para essa
paisagem vegetal às margens desses rios é:
a) terem uma foz do tipo estuário;
b) nascerem em uma laguna;
c) a sua hidrodinâmica que é influenciada pelas marés;
d) o fato de suas matas galerias terem sido destruídas pelo processo de urbanização, abrindo espaços para os
mangues;
e) “a”, “c” e “d” se completam.
2. Leia as manchetes abaixo:
GOVERNO FEDERAL CRIA O PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DAS MESAS
Área de preservação fica entre Estreito e Riachão no sudoeste do estado, com destaque para Carolina.
(O Estado do Maranhão – dezembro/2005)

PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DAS MESAS AQUECERÁ TURISMO NA REGIÃO


O maior destaque da região é o município de Carolina, com as cachoeiras de Pedra Caída,
Itapecuruzinho e São Romão.
(O Estado do Maranhão – dezembro/2005)

Todas as reportagens acima tem relação com qual bacia fluvial que banha o Maranhão?
a) Gurupi. c) Tocantins. e) Mearim.
b) Pindaré. d) Parnaíba.

3. Leia: A POROROCA
O que é:
Encontro das águas das marés dos oceanos com a desembocadura do rio.
O que acontece:
Formação de ondas que se movem com velocidades superiores a 50km/h.
Onde ocorre:
No Brasil, nos estados do Pará, Maranhão e Amapá.
(Folha de São Paulo – abril/2004)

Cearense conquistou a etapa maranhense do Circuito Nacional de Surf na Pororoca, praticado no município de
Arari.
(O Estado do Maranhão – março/2005)
Qual o rio maranhense que se destaca nesse Circuito Nacional, em qual tipo de marés ocorre e em qual fase da
Lua há condições para a sua prática? Respectivamente, temos:
a) rio Pindaré, marés de quadraturas e Lua Crescente ou Minguante;
b) rio Mearim, marés de sizígias e Lua Nova ou Cheia;
c) rio mearim, marés de quadraturas e Lua Nova ou Cheia;
d) rio Itapecuru, marés de sizígias e Lua Nova ou Cheia;
e) rio Munim, marés de sizígias e Lua Crescente ou Minguante.
4. “A Região Nordeste do Brasil dispõe apenas de 3,3% da água superficial existente no Brasil, sendo a 2.ª mais
populosa. Entre os estados do Nordeste, o Maranhão é o mais privilegiado, com uma disponibilidade per
capita superior aos estados do PI, CE, BA e SE juntos” (Francisco de Almeida – geógrafo – O Imparcial –
março/2002)
Qual a melhor justificativa para o grande potencial do MA citado na matéria jornalística acima?
a) A sua posição geográfica em relação ao Equador.

22
b) A sua grande área territorial.
c) A sua localização amazônica.
d) A sua enorme costa litorânea.
e) A presença da Baía de São José.
5. Leia:

Os rios maranhenses têm potencialidades para pesca, navegação, turismo e energia,


apesar do estado avançado de degradação ambiental que se encontram, com devastação das matas
galerias ou ciliares, assoreamento do leito e poluição de suas águas.
Dentre as bacias fluviais que banham terras do Estado do Maranhão, quais são as com maiores potenciais
turísticos?
a) Itapecuru – Mearim – Pindaré.
b) Parnaíba – Tocantins – Mearim.
c) Preguiças – Parnaíba – Tocantins.
d) Preguiças – Mearim – Itapecuru.
e) Preguiças – Tocantins – Itapecuru.

Gabarito 1c 2c 3b 4c 5c

Capítulo 8: Litoral do Maranhão

23
DIVISÃO DO LITORAL MARANHENSE
Paisagens
Segmentos Localização Acidentes geográficos Foz dos rios Subdivisão Potencialidades
dominantes
 Cabo Grupi.  Parte continental:
Entre os Gurupi, Mara-
Rias  Baías: Gurupi, Turiaçu, rias e mangues.
municípios caçumé,  Pesca (destaque).
Litoral Mangues Cabelo de Velho, Cumã.  Parte insular: ilhas.
de Caruta- Turiaçu,  Turismo.
Ocidental Baías  Parcel de Manuel Luís.
pera e Al- Pericumã.  Sal marinho
Ilhas  Antiulhas Maranhenses
cântara. (Rico em rios)  Energia sol-eólica
(ilhas).
 Baías: São Marcos, São  Pesca.
José e Arraial.  Turismo.
 Ilha do Maranhão. Itapecuru  Atividade portuá-
Entre os
Golfão  Canal do Boqueirão. Mearim ria (destaque).
municípios Rias
Maranhens  Estreito: dos Mosquitos. Munim   Energia .maremo-
de Alcântara Mangues
e Pindaré triz
e Icatu
(rico em rios)  Energia solar-
eólica
 Sal marinho.
 Parque Nacional dos Lençóis  Pesca
Maranhenses.  Parte das reentrân-
 Turismo (desta-
Entre os Periá cias: entre Icatu e
 Baías: Tutóia e Canárias. que)
Litoral municípios Preguiças Primeira Cruz.
Dunas  Delta do Parnaíba.  Sal marinho
Oriental de Icatu e Parnaíba  Parte mais retilínea:
Araioses  Arquipélago das Canárias. (pobre em rios)  Petróleo
entre Primeira Cruz
e Araioses.  Energia solar-
eólica

 ANTILHAS MARANHENSES": conjunto de ilhas pertencente aos municípios de Carutapera e Cururupu, que tem na pesca
a sua principal atividade.
 PARQUE ESTADUAL DO PARCEL DE MANUEL LUÍS: localizado a algumas milhas do município de Cururupu (litoral
ocidental) - corresponde ao maior banco de corais da América do Sul, sendo muito perigoso para as embarcações.
 GOLFÃO MARANHENSE: maior reentrância do litoral do Estado, correspondendo a um grande coletor de águas das
bacias do Mearim, Pindaré, Itapecuru e Munim.
 ILHA DO MARANHÃO: principal acidente geográfico do Golfão Maranhense. Tem como limites: (N) praias; (E) Baía de
São José; (S) Estreito dos Mosquitos; (W) Baía de São Marcos.
 CANAL DO BOQUEIRÃO: localizado na Baía de São marcos, entre a Ilha do Medo e a Ponta do Bonfim (Ilha do
Maranhão); local perigoso para embarcações de pequeno porte.
 ESTREITO DOS MOSQUITOS: separa a ilha do continente, interligando as baías de São Marcos e São José.
 BAÍA DE SÃO MARCOS: importante região portuária localizada a oeste da Ilha do Maranhão: já funciona como um dos
principais corredores de exportação do Brasil.
 BAÍA DE SÃO JOSÉ: a leste da ilha do Maranhão, onde encontramos a ilha de Curupu (família Sarney). No seu interior
encontra-se a baía do Arraial.
 PARQUE NACIONAL DOS LENÇÓIS MARANHENSES: conjunto de dunas localizado no litoral oriental do Estado. Não
deve ser considerado um deserto clássico, pois tem um alto índice pluviométrico e pequena amplitude térmica diária. Está
entre os municípios de Santo Amaro e Barreirinhas.
 DELTA DO PARNAÍBA: entre o Maranhão e o Piauí. É o único da América localizado em pleno mar. São municípios da
região do delta: Tutóia (MA), Araioses (MA), Luís Correia e Parnaíba (PI). É o delta das Américas.

 Nota:Atividade portuária na Baía de São Marcos – facilitada pelo canal de boa profundidade que permite o acesso de navios de
grande calado à área portuária. Já é um dos mais importantes corredores de exportação do Brasil, com destaque internacional.

24
ATENÇÃO! A Alumar fechou o setor de produção de alumínio. Assim, não existe mais a exportação de
alumínio pelo porto do Itaqui.

ATUALID
ADES

25
TERMINAL DE GRÃOS DO MARANHÃO ENTRA EM OPERAÇÃO - 21/09/2015

O Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), consórcio formado pelas empresas Nova Agri, Glencore, CGG
Trading, Amaggi e Louis Dreyfus entrou em operação no Porto de Itaqui em São Luis/MA e promete ser uma saída
econômica para o Estado Tocantins e outros das regiões Norte e Nordeste com relação à exportação de grãos.
Conforme informou Luiz Cláudio Santos, porta voz do Tegram, em coletiva aos veículos de comunicação dos
estados que compõe o Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piaui e Bahia) na manhã desta quinta-feira, 17, o terminal
espera embarcar até 3 milhões de toneladas de grãos ainda este ano.

Exercícios
1. Leia:
PÁGINAS DE UM RICO LITORAL
Baías e mangues maranhenses são retratadas pelo geógrafo Aziz Ab’Saber no livro Litoral do
Brasil.
(O Estado do Maranhão – fevereiro/2002)
Sobre as paisagens geográficas maranhenses citadas podemos afirmar, exceto:
a) são áreas onde encontramos algumas “rias”;
b) são típicas do litoral oriental do MA;
c) têm mais características de litoral amazônico do que nordestino;
d) têm grande destaque na atividade pesqueira;
e) têm bom potencial turístico.
2. Um empresário do Rio Grande do Norte, que trabalha com extração de sal marinho, resolveu investir na costa
litorânea maranhense. Ele optou em fazer seu empreendimento em um município do litoral oriental do nosso
Estado, devido apresentar em relação ao Golfão Maranhense e litoral ocidental:
a) maior temperatura; d) maior pluviosidade;
b) menor ação dos ventos alísios; e) relevo litorâneo mais baixo.
c) menor descarga fluvial dos rios;
3. A Baía de São Marcos tem um profundo canal natural que facilita a entrada e a saída de navios de grande
calado para os portos da Ponta da Madeira, Itaqui e Alumar. Assim, a região portuária da Baía de São Marcos
ganhou destaque nacional e internacional comum corredor de exportação. Assinale o principal produto
exportado pelo porto da Ponta da Madeira:
a) alumínio; c) ferro-gusa; e) bauxita.
b) minério de ferro; d) soja;

4. Assinale o item que reúne características ambientais e potencialidades do litoral ocidental maranhense.
a) Alta piscosidade, manguezais, braços-de-mar, baías.
b) Praias, dunas, pequeno aporte de nutrientes, lagoas.
c) Manguezais, praias, dunas, alto potencial turístico.
d) Ecoturismo, reentrâncias, manguezais, dunas.

26
e) Litoral retilíneo, dunas, alta piscosidade, acessibilidade.

5. A costa maranhense se encontra localizada no segmento litorâneo setentrional (norte) do Brasil. Neste
segmento do MA temos várias características, exceto:
a) a maior produção salineira Nordeste;
b) o destaque para a atividade pesqueira das Antilhas Maranhenses;
c) a presença marcante de dunas e mangues;
d) o delta do Rio Parnaíba, com grande potencial turístico, que tem a sua maior parte localizado no Estado do
Maranhão;
e) destaque para atividade portuária da baía de São Marcos.

Gabarito 1b 2c 3b 4a 5a

CAPÍTULO 10: ASPECTOS DA QUESTÃO AMBIENTAL DO MARANHÃO


Objetivo: Racionalizar a intervenção humana no meio ambiente, utilizando seus recursos naturais de forma
conservacionista, numa concepção de desenvolvimento sustentável. Porém, esse objetivo não vem sendo alcançado, em virtude
de descaso da população, do governo e das órgãos responsáveis em executá-lo.
Área Denominação Unidade de Ambiente
conservação
1 Gurupi Reserva ambiental Serra
2 Reentrâncias Área de proteção Costeiro 12.
maranhenses ambiental (A.P.A.)
3 Baixada maranhense A.P.A. Costeiro
4 Parque estadual marinho Parque ambiental Marinho
do Parcel de Manuel
Luís
5 Mirador Parque ambiental Serra
11.
6 Lagoa (laguna) da Jansen Parque ambiental Costeiro
7 Parque estadual do Parque ambiental Costeiro
Bacanga
8 Maracanã A.P.A. Costeiro
9 Parque nacional dos Parque ambiental Costeiro
lençóis maranhenses
10 Foz do Preguiças, A.P.A. Costeiro
pequenos lençóis e
região lagunar
11 Chapada das mesas Parque ambiental Chapada
12 Delta do Parnaíba A.P.A. Costeiro
13 Delta do Parnaíba - PI, CE e MA (1996)
14 Serra de Tabatinga - MA, TO e BA (1990)
15 APA do Itapiracó - São Luís-MA
16 APA do Maracanã - São Luís - MA


São unidades de conservação do Maranhão que foram criadas por lei federal: Gurupi, Lençóis maranhenses e Chapada
das Mesas.

 Reserva Biológica do Gurupi: noroeste do MA - presença da Floresta Amazônica; degradação: extrativismo vegetal;
reserva ambiental federal.
 Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses: litoral oriental - conjunto de dunas; degradação: turismo; reserva
ambiental federal.
 Parque Ecológico da Lagoa da Jansen: em São Luís - laguna de origem antrópica formada pelo represamento de
igarapés Ana Jansen e Jaracati. A ligação com o mar se dá por meio de canais de drenagem. Nas margens apresenta
faixas de mangues de largura variável, solo variável ao longo da costa, sendo argiloso e arenoso; degradação:
eutrofização cultural, aterros em mangues e esgotos domésticos dos bairros no seu entorno.
 Parque Estadual do Bacanga: em São Luís - resíduo da Floresta Amazônica na Ilha do Maranhão; seus mananciais
aumentam a represa do Batatã; presença de mangues e matas galerias; degradação: processo de ocupação desordenada
e invasões.
 Parque Estadual do Mirador: centro-sul do Estado – presença do cerrado - presença da nascente do Itapecuru (Sistema
Italuís); degradação: agricultura da soja.

27
 Parque Estadual do Parcel de Manuel Luís: a 50 milhas do litoral de Cururupu, litoral ocidental - maior banco de
corais da América do Sul; degradação: turismo para prática de mergulho.
 Baixada Maranhense: formações lacustres e campos; degradação: criação solta de búfalos.
 APA da Foz do Preguiças (litoral oriental) - dunas, mangues e estuário; degradação: turismo.
 APA das Reentrâncias Maranhenses: litoral ocidental; de Alcântara até Carutapera; baía, mangues, estuário e ilhas;
degradação: pesca predatória e desmatamento dos mangues.
 APA do Maracanã: no sudoeste da ilha de São Luís; matas galerias, mananciais e igarapés; degradação: Distrito
Industrial Itaqui-Bacanga.
 Parque Nacional das Chapadas das Mesas: foi criado em 18 de julho/2005. Área rica em cachoeiras, com grande
potencial turístico, entre os municípios de Estreito e Riachão, com destaque para Carolina. É um berçário de várias
espécies de fauna e flora. Degradação: turismo e projetos de hidrelétricas (represas). Reserva ambiental federal.
 A.P.A. do Delta do Parnaíba: divisa MA – PI . Dunas, Mangues, Ilhas e Delta. Degradação ambiental: Turismo.

Exercícios
1) Do livro “Os azulejos do tempo”, do poeta José Chagas, leia o poema abaixo e assinale a opção incorreta.
A Lagoa dos Pecados
A Lagoa da Jansen sumidouro
de verbas de políticos safados,
já se tornou um lago imorredouro
onde navegam, todos os pecados
e ali o próprio diabo ainda é calouro,
perante governantes tarimbados,
que acham na lagoa o seu tesouro,
a têm, por isso, todos os cuidados
para mantê-la como ovo goro
a poluir os ares, condenados
e essa podridão, que é nascedouro
de recursos a serem desviados,
e essa água suja vale mais que ouro,
é água de banho dos afortunados.

a) O termo Lagoa da Jansen está incorreto, pois na verdade é uma laguna.


b) A elite privilegiada do São Francisco, Renascença, Ponta d'Areia, São Marcos e Ponta do Farol é a maior
responsável pela degradação desse ambiente aquático.
c) A área citada é uma formação lagunar/lacustre de origem antrópica.
d) É uma área que tem relação com o processo de eutrofização cultural.
e) O processo de saneamento da lagoa não vem degradando os manguezais do ambiente.

2) “A Gerência de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (GEMA) vai' destinar recursos para a
manutenção e fiscalização do Parque Estadual do Mirador. A preservação dos recursos naturais do Parque do
Mirador é fundamental para a cidade de São Luís do Maranhão”. (Adaptado do "O Estado do Maranhão" - 20 de
abril de 2003)
Como você explicaria a frase destacada acima?
a) Devido a presença de vegetação de cerrado.
b) Devido a presença do clima tropical semiúmido.
c) Devido a presença de uma rica fauna.
d) Devido a presença das nascentes do principal rio que abastece de água potável a cidade de São Luís.
e) Todas certas.

3) Os desmatamentos praticados na bacia do Rio Itapecuru, concentradamente nos médios e baixos cursos do rio,
onde há uma maior incidência populacional, trazem consequências desastrosas, tais como:
I. o uso dos solos da bacia do Itapecuru encontra-se incompatível com o tipo de exploração e a vocação das
terra;
II. grande parte da bacia do Itapecuru é ocupada por domínios de babaçuais ou de florestas secundárias;
III. o assoreamento da última década tem comprometido a fauna ictiológica da região;
IV. os solos estão se desagregando, sujeito principalmente ao intemperismo causado pela pluviosidade que
leva uma “lixiviação” dos seus nutrientes;

28
V. as matas ciliares situadas às margens do rio estão comprometidas, desencadeando um processo de
intemperismo.
Marque:
a) se apenas I e II estão certas; d) se apenas II, III, IV e V estão certas;
b) se apenas I e III estão certas; e) se apenas III, IV e V estão certas.
c) se apenas II, III e IV estão certas;

4) “Trata-se do 1° Parque Estadual Marinho do Brasil, considerado um cemitério de navios, com mais de 200
embarcações que teriam naufragado no local, desde o tempo das caravelas”.
(Série especial de ecologia - O Imparcial - n° I - 1996)
A matéria diz respeito a área de proteção ambiental...
a) Do Bacanga.
b) Do Gurupi.
c) Dos Lençóis Maranhenses.
d) Do Parcel de Manoel Luís.
e) Do Delta do Parnaíba.

5) A principal forma de degradação ambiental a partir da interferência antrópica em lagoas e similares próximos a
concentrações humanas, como a laguna da Jansen (MA), tem sido:
a) A evapotranspiração;
b) A eutrofização natural;
c) O equilíbrio hídrico;
d) A assalinização;
e) A eutrofização acelerada ou cultural.

Gabarito 1e 2d 3c 4d 5e 6ª

Questões vestibulares da UEMA


Localização do Maranhão – Regionalizações - Estrutura Geológica – Relevo – Clima -
Vegetação – Hidrografia - Litoral - Questão ambiental
1)O mapa retrata a distribuição da mata dos cocais maranhense evidenciada também na música do Movimento
Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu.

“ Hei! Não derrube esta palmeira


Hei! Não devores as palmeiras
Tu já sabes que não podes derrubar
Precisamos preservar
As riquezas naturais
O coco é para nós grande riqueza
É obra da natureza
E ninguém vai dizer que não.”

Sobre esse ecossistema, leia as proposições abaixo e marque a opção CORRETA:


I - a zona dos cocais está presente em 30 municípios do Estado do Maranhão, com área aproximada de 10 milhões
de hectares.
II - a zona de cocal ou babaçual é uma vegetação de transição entre Cerrado e Mata Amazônica, sem, contudo,
pertencer a nenhuma delas.

29
III - com a devastação da floresta primária para o estabelecimento de agricultura e pastagem, em décadas passadas,
o babaçu emergiu como espécie dominante.
IV - a zona dos cocais apresenta recursos naturais em potencial para a produção do biodiesel no Maranhão.
a) II, III e IV .
b) I, II e III .
c) I, II e IV.
d) I e III.
e) Somente II.

2)Leia:

“Atravessei o mar e vi tanta beleza


Na terra dos tupinambás
Cabelo de velha é a própria natureza
E do Farol de São João vi a terra, vi o mar
Vi a Ilha dos Guarás...
Ilha de Lençóis, banco de corais,
Praias tão desertas e um lindo pôr-do-sol.”

A letra da música “Cabeludo da Velha, Cururupu, paparipum, tudo é um”, do samba enredo da Escola Império
do Samba de São Luís, no carnaval 2006, faz referência, nos versos 5, 6 e 7, à(ao):
a) Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
b) relevo costeiro ocidental maranhense.
c) maior delta das Américas.
d) Baixada Maranhense.
e) costa de dunas.
3)Analise:

Observe as áreas que correspondem às divisas maranhenses. Quais dessas áreas NÃO são
representadas por vias hídricas?
a) Leste e Sul.
b) Nordeste e Oeste.
c) Oeste e Sudoeste.
d) Sudoeste e Sudeste.
e) Noroeste e Nordeste.

4)A laguna da Jansen em São Luís que era igarapé, rico em caranguejo, terminou se transformando numa das áreas mais
problemáticas da cidade, depois que a zona rural de São Francisco, vinculado ao
Distrito do Anil, virou a área nobre de expansão da cidade.
COSTA, Natinho Félix. [S.l.: s.n.], 2001, p.53.
Considerando essas mudanças, aponte a opção que justifica o problema evidenciado no texto.

30
a) Extração de madeira de mangue.
b) Especulação imobiliária.
c) Lançamento de esgotos domésticos e
industriais.
d) Pesca predatória.
e) Despejo de resíduos sólidos.

5)A dinâmica da paisagem na área do Golfão Maranhense é facilitada pela fragilidade das estruturas geológicas, por sua
exposição aos agentes modeladores do relevo como os de origem climática, hidrológica e oceanográfica e pela intensa atividade
eólica, marinha e fluviomarinha, gerando ondas e correntes que modelam o maior conjunto de falésias do litoral Maranhão, e
pelo aporte de sedimentos continentais carreados pelos rios. FEITOSA, A. C; TROVÃO, J. R. Atlas escolar do Maranhão:
espaço geo-histórico e cultural. João Pessoa: Editora Grafset, 2006. p.93.
Considerando o texto e as características do relevo na área do Golfão Maranhense, pode-se afirmar que
a) as planícies fluviomarinhas com ilhas, manguezais, apicuns e vasas encontram-se presentes no espaço litorâneo
do golfão.
b) os cordões arenosos, as praias e as dunas são predominantes no interior das planícies flúviomarinhas da área em
questão.
c) os tabuleiros litorâneos, predominantes no litoral Oriental do Maranhão, não estão presentes na porção costeira
do Golfão Maranhense.
d) as ondas, correntes marítimas e marés agem intensamente na porção sul e sudeste da ilha do Maranhão, gerando
amplas praias arenosas e dunas.
e) os manguezais, vasas e apicuns ocorrentes na porção frontal do Golfão Maranhense não ocorrem na porção sul e
sudeste da área.

6) O mapa em destaque apresenta áreas onde empresas empreendem projetos de plantio com
Eucalipto (Eucaliptus ssp) numa extensão de 400 mil hectares nas regiões oeste e sudoeste, dos Cocais e do Baixo
Parnaíba, no Maranhão.

Assinale a alternativa que especifica quais produtos advêm do eucalipto.


a) Coque, celulose, lenha e carvão.
b) Celulose, açúcar, etanol e carvão.
c) Etanol, coco babaçu, carvão e lenha.
d) Papel, celulose, lenha e carvão.
e) Carvão, lenha, celulose e coque.

31
7)O Maranhão encontra-se entre os grandes polos pesqueiros nacionais, embora essa atividade ainda seja
praticada de forma bastante primitiva com o uso de instrumentos artesanais. O litoral maranhense é bastante
favorável à pesca devido:
a) à existência de grandes berçários (mangues), à extensão de mais de 1200 quilômetros de litoral, à afluência de
rios
que trazem nutrientes da bacia amazônica.
b) à pouca população que mantém estoques pesqueiros significativos, aos nutrientes trazidos pelos rios, às grandes
áreas de dunas e mangues.
c) à extensão, à grande plataforma continental, aos estuários fluviais, às marés e correntes marinhas.
d) à grande quantidade de manguezais, à abundância de mão-de-obra tradicional altamente especializada e à
facilidade em transportes favoráveis aos grandes centros consumidores do Centro-Sul.
e) à facilidade de escoamento da produção para o Centro-Sul, à existência de grande litoral, ao grande número de
barcos e a investimentos em alta tecnologia de pesca.

8)Considerando sua fundação francesa, São Luís comemorou 400 anos. Ao longo desse período, a cidade passou
por grandes transformações.
Leia os fragmentos abaixo, retirados de diferentes fontes, que revelam, sequencialmente, a origem, a classificação e
a realidade de problemas sociais e ambientais urbanos contemporâneos das cidades.
[... ] os primeiros dias da conquista do lugar em que São Luís nasceria foram à sombra das folhas de pindoba.
MEIRELES, Mário. História do Maranhão. 3 ª ed. São Luís: FTD, 2003.
.
[...] quanto às suas origens, as cidades são classificadas como espontâneas e planejadas. As cidades espontâneas
expandiram-se de um núcleo inicial. Nesse caso, não houve planejamento, fato evidenciado pelo seu traçado
irregular.
TAMDJIAN, J. O. Geografia: estudos para a compreensão do espaço. v. 1, São Paulo: FTD, 2010.
[...] a precariedade das condições de vida transforma as cidades em locais cheios de problemas sociais e ambientais
crônicos.
TAMDJIAN, J. O. Geografia geral e do Brasil: estudos para a compreensão do espaço. v. único, São Paulo: FTD,
2004.
A partir dos fragmentos apresentados, as sequências temporais que demonstram a evolução urbana de São Luís,
em múltiplas cidades, é
A) até 1950, a dos grandes projetos nacionais e urbanização fordista; de 1965 a 1980, a do acampamento militar, a
mercantil e a industrial; de 1980 a 2000, a da crise urbana e de polo de urbanização; de 2000 a 2012, a da
complexidade da contemporaneidade.
B) até 1950, a do acampamento militar, a mercantil e a industrial; de 1965 a 1980, a dos grandes projetos nacionais e
urbanização fordista; de 1980 a 2000, a da crise urbana e de polo de urbanização; de 2000 a 2012, a da complexidade
da contemporaneidade.
C) até 1950, a do acampamento militar, a mercantil e a industrial; de 1965 a 1980, a cidade da crise urbana e de polo
de urbanização; de 1980 a 2000, a dos grandes projetos nacionais e urbanização fordista; de 2000 a 2012, da
complexidade da contemporaneidade.
D) até 1950, a cidade da crise urbana e de polo de urbanização; de 1965 a 1980, a do acampamento militar, a
mercantil e a industrial; de 1980 a 2000, a da complexidade da contemporaneidade; de 2000 a 2012, a dos grandes
projetos nacionais e urbanização fordista.
E) até 1950, a dos grandes projetos nacionais e urbanização fordista; de 1965 a 1980, a do acampamento militar, a
mercantil e a industrial; de 1980 a 2000, a da complexidade da contemporaneidade; de 2000 a 2012, a da crise
urbana e de polo de urbanização.

9)A imagem e o texto a seguir devem ser utilizados para responder à questão.

32
Considerando as estrofes da canção de João do Vale e a reprodução do mapa, compreende-se que o percurso do
trem Teresina - São Luís ocorre pelas seguintes regiões ecológicas maranhenses:
a) chapadões e cocais
b) cerrado e litoral
c) baixada e pré-amazônia
d) litoral e planalto
e) cocais e baixada

Gabarito
1a 2b 3c 4b 5a 6d 7c 8b 9b

33

Você também pode gostar