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TJ/RO-2012

HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO ESTADO DE RONDÔNIA:

 1- História do Estado de Rondônia.



 1.1 Exploração conquista ocupação e colonização da Amazônia.
 2 Mercantilismo e políticas de colonização dos vales do Madeira e
Guaporé.
 3 Submissão do indígena e resistência escrava.
 4 Navegação no Rio Madeira.
 5 Abertura do Rio Amazonas à navegação internacional.
 6 Exploração e colonização do Oeste da Amazônia.
 7 Processo de ocupação e expropriação indígena na área do Beni.
 8 Mão-de-obra para os seringais do Alto Madeira, questão acreana e
construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
 9 Território Federal do Guaporé e criação do Estado de Rondônia.
 10- Geografia do Estado de Rondônia.
 10.1 Aspectos gerais.
 10.2 Limites.
 10.3 Evolução político-administrativa e econômica.
 10.4 Setores produtivos da agropecuária.
 10.5 Hidrografia.
 10.6 Área e população.
 10.7 Zoneamento socioeconômico e ecológico
 7.1.2 TÉCNICO JUDICIÁRIO
 PROVA/TIPO ÁREA DE CONHECIMENTO NÚMERO DE QUESTÕES CARÁTER
 (P1) Objetiva Conhecimentos Básicos 20 ELIMINATÓRIO E CLASSIFICATÓRIO
 (P2) Objetiva Conhecimentos Específicos 30 CLASSIFICATÓRIO ELIMINATÓRIO
 LÍNGUA PORTUGUESA (1Compreensão e interpretação de textos de
gêneros variados. 2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. 3
Domínio da ortografia oficial. 3.1 Emprego das letras. 3.2 Emprego da
acentuação gráfica. 4 Domínio dos mecanismos de coesão textual. 4.1
Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de
conectores e outros elementos de sequenciação textual. 4.2
Emprego/correlação de tempos e modos verbais. 5 Domínio da estrutura
morfossintática do período. 5.1 Relações de coordenação entre orações e
entre termos da oração. 5.2 Relações de subordinação entre orações e entre
termos da oração. 5.3 Emprego dos sinais de pontuação. 5.4 Concordância
verbal e nominal. 5.5 Emprego do sinal indicativo de crase. 5.6 Colocação
dos pronomes átonos. 6 Reescritura de frases e parágrafos do texto.
6.1 Substituição de palavras ou de trechos de texto. 6.2 Retextualização
de diferentes gêneros e níveis de formalidade. 7 Correspondência oficial
(conforme Manual de Redação da Presidência da República). 7.1
Adequação da linguagem ao tipo de documento. 7.2 Adequação do formato do
texto ao gênero.
 3 Submissão do indígena e resistência escrava.
 4 Navegação no Rio Madeira.
 5 Abertura do Rio Amazonas à navegação internacional.
 6 Exploração e colonização do Oeste da Amazônia.
 7 Processo de ocupação e expropriação indígena na área
do Beni.
 A História de Rondônia começa antes do descobrimento do
Brasil,
 O primeiro explorador europeu que teria alcançado o vale do
rio Guaporé foi o espanhol Nuflo de Chávez de passagem
entre 1541 e 1542. “Ñuflo de Chávez, ou Ñuflo de Chaves (1518–1568) foi um
conquistador espanhol. Destacou-se por ter fundado a cidade de Santa Cruz de la Sierra,
em 1561, na atual Bolívia.
 Entre os anos de 1541-1542, Chávez percorreu por terra com a expedição de 
Álvar Nuñes Cabeza de Vaca a partir da foz do rio Itapocu no litoral norte de Santa
Catarina, passando pelo planalto paranaense (incluíndo o vale do rio Guaporé), em
direção a Assunção no Paraguai.

 Antônio Raposo Tavares,que, entre 1648 e 1651,partindo de


São Paulo, desceu o curso do rio Paraná, subiu o no Paraguai
alcançou o vale do rio Guaporé, atravessou o rio Mamoré
seguiu pelo rio Madeira alcançando o no Amazonas, cujo curso
finalmente desceu até alcançar Belém do Pará
 Depois de Raposo houve ainda alguns missionários se aventurado
isoladamente pela região
 No século seguinte, a partir da descoberta de ouro no vale do rio
Cuiabá, os bandeirantes começaram a explorar o vale do Guaporé.
 Motivo em 1748,as instruções da Coroa portuguesa para o primeiro
Governador e Capitão General da Capitania do Mato-Grosso, Antônio
Rolim de Moura Tavares (1751- 1764) foram as de que mantivesse-
a qualquer custo – a ocupação da margem direita do rio Guaporé,
ameaçada por espanhóis e indígenas.
 Antônio Rolim de Moura Tavares na margem direita do Guaporé, ali
fez instalar um pequeno”posto de vigilância” (uma "guarda"), sem
modificar o nome do local para evitar protestos dos vizinhos
espanhóis. Mais tarde, Rolim de Moura transformou a antiga Guarda
em um forte, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição
(Presídio de Nossa Senhora da Conceição)(1759). foi reconstruído e
posteriormente rebatizado pelo Governador Luís Pinto de Sousa
Coutinho (1769-1772), com o nome de Forte de Bragança (1769),
que, por sua vez em rumas, foi substituído em definitivo pelo
Fortaleza Príncipe da Beira (1776) Nesse período, em 1772,
Francisco de Melo Palheta, partindo de Belém do Pará, atingiu
sucessivamente o rio Madeira, o rio Mamoré e o Guaporé,
alcançando Santa Cruz de Ia Sierra. Com o declínio da mineração,e a
Independência do Brasil , a região perdeu importância econômica ate
que, ao final do século XIX, com o auge da exploração da borracha,
passou a receber imigrantes nordestinos para o trabalho nos seringais
amazônicos.
 Os colonizadores portugueses século XVII
 Exploração de ouro em Goiás e Mato Grosso XV III
 Em 1776 a construção do Forte Príncipe da Beira, as
Margens do rio Guaporé, estimulou a implantação dos
primeiros, núcleos coloniais, que só prosperaram no
fim do século XIX, com a arrancada da exploração da
borracha.
 O estabelecimento definitivo do antigo território do
Acre em 1903, deu impulso ao desenvolvimento da
região pois o Tratado de Petrópolis obriga o Brasil a
construir a ferrovia Madeira-Mamoré.
 A rede Telegráfica estabelecida pelo marechal
Cândido Rondon foi outro importante fator que
contribuiu para a integração do extremo oeste
brasileiro.
 Em 1943 foi constituído o Território Federal de Guaporé, com
capital em Porto Velho com o desmembramento de parte de
Mato Grosso e do Amazonas.
 Em 1956,o território passou a se chamar Rondônia.
 Até a década de 1960, a economia se resumia a extração de
borracha e de castanha-do-pará.
 O crescimento acelerado só começou a ocorrer, de fato, a
partir dos anos 1960 e 1970. empreendimentos privados e os
investimentos do governo federal, bem como os projetos de
construção de rodovias e de implantação de núcleos de
colonização, estimularam a migração, em grande parte
originária do Centro-Sul.
 TERRA BOA E BARATA atraiu empresários interessados em
investir na agropecuária e na indústria madeireira
 Nessa época, a descoberta de ouro e cassiterita também
contribuiu para o aumento populacional
 Entre as décadas de 1960 e 1980, o número de habitantes
cresceu mais de sete vezes, passando de 70 mil para 500 mil.
 Rondônia foi elevada à condição de estado em 1981, mas a
redução de investimentos, o esgotamento prematuro das
melhores terras para a agropecuária e a devastação florestal
dificultam seu desenvolvimento econômico e causaram sérios
problemas sociais e ambientais
 Para conter o desflorestamento, foi criado, em 2001, na
fronteira com a Bolívia, um corredor ecológico
binacional.Com financiamento inicial do Banco Mundial, o
corredor tem área de 23 milhões de hectares - quase o tamanho
do estado de São Paulo. A medida objetiva preservar as sub-
bacias hidrográficas da bacia Amazônica, além de ajudar a
proteger espécies animais e vegetais endêmicas.
 Corredor ecológico ou corredor de biodiversidade é o nome
dado à faixa de vegetação que liga grandes fragmentos
florestais ou unidades de conservação separados pela atividade
humana (estradas, agricultura, clareiras abertas pela atividade
madeireira, etc.), proporcionando à fauna o livre trânsito entre
as áreas protegidas e, conseqüentemente, a troca genética
 entre as espécies.
 Floresta fragmentada pelaagricultura. Muitos invertebrados
acabam sendo isoladas na floresta. Mas animais maiores, como 
javalis e veadosainda podem passar facilmente de um fragmento
florestal para outro. Os corredores ecológicos podem conectar
estas "ilhas" entre si.
 É um conceito surgido na década de 1990 e uma das principais
estratégias utilizadas na conservação da biodiversidade de
determinado local. A eficiência dos corredores, porém, é um
assunto controverso, pois há poucos estudos, em geral feitos no 
hemisfério norte, que confirmam a adoção dos corredores pelo
 19 - ( Prova: PGE-RO - 2011 - PGE-RO - Procurador / História e
Geografia de Rondônia / Expedições na Amazônia;  )
 Entre 1647 e 1651, o bandeirante Antonio Raposo Tavares realizou
uma das maiores expedições geográficas da história, uma viagem de
São Paulo a Belém, percorrendo mais de 5.000 km pelos sertões do
continente americano. Essa expedição revelou acessos do sul do
Brasil para a Amazônia e a importância do Rio Madeira e sua ligação
com os altiplanos andinos. 
(http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-16072007-
123916/en.php) 
Devido à posição estratégica, a Coroa portuguesa determinou a
ocupação do vale do rio Madeira, entre outros, por
 a) mamelucos, nascidos no sertão nordestino, que buscavam fazer
fortuna explorando escravos alforriados.
 b) indígenas já catequizados que fugiam da escravidão a que eram
submetidos no Centro-Sul.
 c) bandeirantes enriquecidos com a exploração de ouro na região das
Minas Gerais e do Mato Grosso.
 d) missionários religiosos, considerados agentes importantes no
processo de conversão e conquista.
 e) aventureiros sulinos que não se adaptavam à vida nas estâncias
onde predominava a pecuária de corte.
 35 - ( Prova: FUNCAB - 2010 - DER-RO - Analista de Sistemas /
História e Geografia de Rondônia / Ocupação Humana na Amazônia
Brasileira;  )
 É possível detectar algumas fases bem definidas na história da
ocupação humana na Amazônia Brasileira. Após um longo período
pré-histórico, que se desenvolveu por alguns milênios – envolvendo
grupos étnicos e linguísticos vindos por rotas complexas – sucederam-
se três modelos históricos de apropriação e utilização dos espaços
regionais. 
Em relação ao estado de Rondônia, a sequência correta é:

 a) extração de madeiras nobres / extração da borracha / garimpos


em floramentos cristalinos e extração de diamantes.
 b) exploração do ouro e diamantes / extração de madeiras /
implantação de núcleos de povoamento.
 c) exploração de pedras preciosas / extração da borracha /
implantação de núcleos de colonização.
 d) coleta de drogas do sertão / exploração de ouro e diamantes /
abertura de rodovias de penetração.
 e) exploração do ouro e diamantes / extração da borracha /
implantação de agrovilas ao longo das rodovias de penetração.
Foi a primeira capital do MT, fundada em
1752:

a) Vila Bela
b) Cuiabá
c) São Luiz de Cáceres
d) Vila Boa
e) Vila Rica
 45 - ( Prova: CESGRANRIO - 2008 - TJ-RO - Técnico
Judiciário / História e Geografia de Rondônia / Ocupação
Humana na Amazônia Brasileira;  Ocupação e
Colonização dos vales do Madeira, Mamoré e
Guaporé;  ) Desde o período colonial, a ocupação e a
colonização da região dos vales dos rios Madeira, Mamoré
e Guaporé foram focos de preocupação dos governos
brasileiros porque essa área
 a) representava importante pólo de atividade mercantil,
vinculado à formação de lavouras e exportação de cacau.
 b) representava importante via de rota comercial e seu
controle garantia a posse territorial e a integridade de
fronteira.
 c) foi dominada por missões jesuíticas que passaram a
constituir um "Estado religioso dentro do Estado".
 d) estava sujeita às freqüentes inundações da Bacia
Amazônica, que destruíam qualquer tentativa de ocupação
da região.
 e) viabilizou o apresamento de indígenas para trabalhar
nos seringais da Amazônia Ocidental.
 46 - ( Prova: CESGRANRIO - 2008 - TJ-RO - Técnico Judiciário /
História e Geografia de Rondônia / Ocupação Humana na Amazônia
Brasileira;  )
 " ( ... ) Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes
cobrisse suas vergonhas. Nas mãos, traziam arcos com setas.
Vinham todos rijamente sobre o batel; e Nicolau Coelho fez sinal
que pousassem os arcos. E eles pousaram ( ... )"
Desta forma, Pero Vaz de Caminha descrevia o primeiro encontro
entre portugueses e nativos. Ao longo da ocupação e colonização da
Amazônia, porém, os conquistadores ibéricos
 a) respeitaram a organização política, social e econômica dos
nativos, muitos dos quais ainda hoje mantêm um estilo de vida
nômade e coletor.
 b) facultaram aos indígenas das missões religiosas o direito de
permanecer em seus aldeamentos após a expulsão dos jesuítas.
 c) desestruturaram as comunidades indígenas em seu aspecto
político, econômico e social, reduzindo todos os grupos indígenas
brasileiros a um mesmo estágio cultural, bastante primitivo.
 d) fixaram os primeiros núcleos de povoamento na região com a
finalidade de facilitar a catequese e a pacificação dos indígenas,
bem como a preservação de suas aldeias.
 e) viram nos indígenas a possibilidade de obtenção de mão-de-obra,
passando a submetê-los sob a forma de escravidão e na formação de
missões religiosas.

 55 - ( Prova: CESGRANRIO - 2008 - TJ-RO - Analista Judiciário -
Análise de Sistemas - Desenvolvimento / História e Geografia de
Rondônia / Ocupação Humana na Amazônia Brasileira;  ) A
história da ocupação luso-brasileira na Amazônia e, em especial,
no Estado de Rondônia remonta ao começo do século XVIII, a
partir da descoberta de grandes jazidas de ouro. Essas
descobertas
 a) levaram ao desmembramento da antiga capitania de Mato
Grosso, cuja porção ocidental passou a se denominar capitania de
Rondônia.
 b) criaram núcleos isolados de povoamento com uma população
de negros escravos para o trabalho nas jazidas recém-
descobertas.
 c) deslocaram, de outras regiões da Amazônia, escravos
alforriados que viam na garimpagem possibilidades de se
estabelecerem em terras disponibilizadas pela Coroa Portuguesa.
 d) atraíram mineradores vindos de Cuiabá, que migraram para a
região, criando os primeiros povoados do vale do Guaporé.
 e) atraíram para a região padres missionários, únicas pessoas
autorizadas pela Coroa Portuguesa a controlar a extração dos
metais preciosos.
 71 - ( Prova: CESGRANRIO - 2007 - TCE - RO - Analista de Informática
/ História e Geografia de Rondônia / Ocupação Humana na
Amazônia Brasileira;  )

Os relatos espetaculares sobre a Amazônia, presentes nos
depoimentos dos indígenas e nas crenças européias, contrapunham, a
todo momento, duas visões da nova terra: a idílica e a temível, a
paradisíaca e a trágica. Esse contraponto, na verdade, refletia o
contexto histórico no qual estava inserido, significando que:
 a) a força dos nativos da Amazônia, proveniente de sua forte ligação
com a natureza, comoveu e transformou o universo ideológico
europeu do século XVI.
 b) o longo confronto entre Portugal e Espanha, decorrente da Guerra
de Reconquista, perpetuava-se, na América, com a disputa de
territórios além-mar.
 c) o encontro com o indígena significava, para o europeu, um
estranhamento perante aquele desconhecido, sempre vitorioso nos
conflitos iniciais, apesar de suas armas rudimentares.
 d) mesmo enfrentando dificuldades de toda sorte, a conquista da
região significava alcançar riquezas materiais que as expedições da
época moderna buscavam.
 e) quaisquer que fossem os perigos que a região apresentasse,
deveriam ser enfrentados, pois esta era a vontade divina, tanto no
que se refere ao europeu, como no imaginário nativo.

 OCUPAÇÃO E COLONIZAÇÃO DO VALE DO RIO
MADEIRA

 A geopolítica portuguesa era assegurar a posse


da via fluvial Madeira - Mamoré - Guaporé
considerada estratégica e imprescindível para
conquista e a ocupação da Amazônia
ocidental, o norte e o noroeste de Mato Grosso
estas duas últimas áreas tiveram suas
importâncias políticas e econômicas elevadas,
em decorrência da descoberta de grandes
jazidas auríferas.
 Uma das ações levada a efeito foi a realização da
expedição do sargento-mor Francisco de Melo Palheta
(1722/1723), para oficialmente descobrir o rio Madeira,
assegurando sua posse a Portugal.
PRINCIPAIS CICLOS ECONÔMICOS

 O início da exploração econômica da Amazônia


coincide com a chegada dos jesuítas que
fundaram a missão dos Tupaiu, de Nossa Senhora
da Conceição, em 1661. A população nativa,
muito embora numerosa, espalhava-se ao longo
do rio Amazonas, dificultando o trabalho
proposto pelos missionários jesuítas. O uso de um
idioma e dois dialetos era outro fato agravante
no desenvolvimento do projeto jesuíta. Com o
propósito de reuni-los num só local, foi erguida
uma fortaleza, local que hoje abriga a Escola de
1o Grau Frei Ambrósio, em Santarém-Pa.
 Assim, a aldeia ficou altamente povoada criando a
necessidade de uma atividade econômica local. A
produção passou a ser organizada de forma racional na
qual parte da população ficaria ocupada na colheita de
especiarias, - 1º ciclo - chamadas de drogas do sertão,
destacando-se: salsaparrilha, puxuri, baunilha,
cravo, cacau, canela brasileira e pimenta.
 A coleta era armazenada e posteriormente
comercializada para dar à manutenção da
evangelização.
 Essas atividades tiveram a duração de mais de dois
séculos, porém com a grande aceitação do chocolate
na Europa, no final do século XVIII, foram substituídas
pela cultura do cacau
 .O segundo ciclo econômico da região
e o de maior duração na Amazônia
foi da produção de cacau. Começou
como coleta de droga e passou a ser
cultivada. Maior importância teria se
não tivesse sofrido a pecha de produto
afrodisíaco, fato que levou a proibição
de seu uso nos mosteiros e a não
indicação pelos padres aos jovens e
pessoas de idade sexualmente ativa.
 O terceiro ciclo econômico foi o da borracha. A
goma elástica que já era usada pelos nativos desde
antes da chegada dos europeus, teve seu uso
difundido nas duas últimas décadas do século XIX, pela
revolução industrial que trouxe consigo o uso da
energia elétrica na mecanização.
 A borracha constituiu-se na mais importante matéria
prima de época e esta só existia na região amazônica,
mais especificamente nos afluentes da margem direita
do rio Amazonas. Porém, a insalubridade, a distância,
a falta de capital e o sistema de comércio usual
primitivo dificultaram o esperado aumento da
produção
 Com o passar dos anos, apenas as duas capitais
amazônicas receberam alguns benefícios de infra-
estrutura, onde algumas obras arquitetônicas de relevo
ficaram como referência da época áurea da borracha.

 Após o colapso da borracha em 1912, ficaram


substancialmente em Belém o Cais do porto, Teatro da
Paz, Amazon RIVER, Pará Eletric e o Telégrafo por cabo.
Em Manaus destacam-se o teatro Amazonas, Rodway
(Cais de embarque), Hipódromo, A Companhia de
Eletricidade e o Telégrafo. A queda da produção da
borracha se deveu à produção asiática, que de Santarém
levou suas mudas iniciais
 A queda da produção da borracha se deveu à produção
asiática, que de Santarém levou suas mudas iniciais.
 Com o desastre causado pela crise da borracha na
Amazônia, o Governo da República também ficou
indiferente aos problemas amazônicos e a região voltou a
viver do extrativismo e da cultura do cacau , que
desprezara para se dedicar a coleta do látex. É o quarto
ciclo econômico e o segundo do cacau. O único produto
que tinha regularidade de produção era o cacau,
sobrevivendo nas restingas de várzea,sem receber os
tratos culturais devidos, mas ainda apresentava
produtividade compensadora, muito embora o recôncavo
baiano já usasse métodos culturais mais avançados
eficientes e por isso obtivesse maior rentabilidade e
crescimento significativo no mercado.
 Em 1927 chegou à região amazônica a companhia Ford
Industrial do Brasil, que instalou no vale do rio Tapajós a sede
de seu empreendimento, denominada Fordlândia, cujo objetivo
era o de plantarem seringal para reverter as pressões que o
magnata Ford estava sofrendo do cartel de produtores de
borracha asiática. Assim, máquinas modernas chegaram e
iniciou-se um trabalho de desmatamento da região, onde
1.000.000 de ha seriam transformados em simétrica e
homogênea plantação, com 4.500.000 pés de seringueira,
empregando mais de 3.000 homens. Com o aparecimento do
fungo Dotidela Ulei, os técnicos, preocupados com o sucesso do
projeto, resolveram criar outro núcleo de produção e
escolheram o planalto de Belterra, próximo de Santarém, onde
uma nova infra estrutura foi criada e um novoseringal foi
plantado. O projeto não alcançou o êxito esperado que junto
com os acontecimentos da segunda guerra mundial
desarticularam a empresa Ford sediada em Fordlândia, que foi
negociada com o Governo Federal a preço simbólico, 10% do
seu valor real. Esta negociação aconteceu no ano de 1945.
 Em 1933 chegou à Amazônia a migração japonesa
que, num convênio com o Governo Brasileiro,
pretendia instalar um projeto agro-industrial,
para o qual foram cedidos aproximadamente
10.000.000 ha de solo. Trouxeram duas espécies
florestais indianas de grande procura no mercado
internacional. A primeira era a pimenta do reino
e a segunda a juta. A produção de pimenta do
reino ficou sediada na região de Tome Açu,
enquanto que a de juta foi desenvolvida por
grupos da Vila Amazônia, antiga vila de Parintins.
É o quinto ciclo econômico, o ciclo
da juta.
 Com a chegada da segunda guerra mundial, o projeto passou a ser
prejudicado, pois o Japão, o financiador do projeto, pertencia ao
bloco de países contrário ao do Brasil, e por isso foi proibido de
desenvolver qualquer atividade econômica no Brasil, sendo o projeto
paralisado.
 Os caboclos da região amazônica foram paulatinamente absorvendo a
cultura da juta e observando as vantagens que o novo produto trazia.
Assim, a produção da juta chegou a ocupar a maior importância da
economia amazônica, por três décadas, 1940 a 1960, chegando a
produzir mais de 91miltoneladas por ano.
 Em 1968 a produção de juta na Amazônia começou a declinar. O
surgimento da fibra sintética, o preço irrisório da fibra indiana, o
emprego de mão de obra desqualificada e não mecanizada na
produção de juta na Amazônia foram as principais causas do declínio
dessa produção. É nesse período que surge a exploração de ouro
no vale do rio Tapajós. É o sexto ciclo econômico da Amazônia
 22 - ( Prova: PGE-RO - 2011 - PGE-RO - Procurador / História e
Geografia de Rondônia / 1º e 2º Ciclos da Borracha;  )No século
XIX, o primeiro ciclo da borracha, em território rondoniense,

 a) possibilitou o adensamento dos núcleos de povoamento tanto


nos vales dos rios quanto nas áreas elevadas da Chapada dos
Parecis.
 b) foi elemento gerador de riquezas que tornaram esta parte da
Amazônia ocidental atrativa para imigrantes europeus.
 c) atraiu basicamente nordestinos e bolivianos para o trabalho
nos seringais, mas não gerou grandes núcleos de povoamento.
 d) concentrou o povoamento na porção centro-oriental do
território, criando forte contraste com o restante do espaço
rondoniense.
 e) contribuiu para a formação da estrutura demográfica que viria
a se consolidar em meados do século XX.
 37 - ( Prova: FUNCAB - 2010 - DER-RO - Analista de Sistemas /
História e Geografia de Rondônia / 1º e 2º Ciclos da Borracha; 
)
 O início da exploração da borracha amazônica foi próspero, mas
a bonança durou pouco. Em 1912, a produção atingia o pico de
42 mil toneladas. A borracha representava 40% de todas as
exportações nacionais. Em um segundo momento, entre 1942 e
1945, a borracha teve uma sobrevida que não foi com a mesma
pujança do início do século, e logo voltou a perder em expressão
no cenário econômico nacional. Nas duas fases mais expressivas
da produção, um fator apontado abaixo pode ser considerado
como responsável pelo declínio da borracha brasileira:

 a) falta de crédito à extração e ao beneficiamento do látex.


 b) precariedade da mão de obra usada pelos seringueiros.
 c) dificuldade para escoar a produção até o porto de Belém.
 d) concorrência da borracha produzida pelos asiáticos.
 e) população indígena dificultava o acesso aos seringais
 41 - ( Prova: FCC - 2010 - TCE-RO - Auditor / História e
Geografia de Rondônia / População ;  1º e 2º Ciclos da
Borracha;  )Em Porto Velho, na região do Alto rio Madeira,
a ocupação se intensificou durante o ciclo da borracha,
entre os anos de 1840 e 1910, atraindo milhares de
migrantes, em sua maioria

 a) paranaenses e gaúchos que fugiam do desemprego


causado pela fragilidade econômica da região Sul.
 b) nordestinos, vítimas de violenta seca que assolou a
região Nordeste naquele período.
 c) paulistas e mineiros desempregados que não
encontravam trabalho nas fazendas de café.
 d) sulinos, vítimas de desastres, como enchentes e geadas,
que frequentemente destruíam suas lavouras.
 e) mato-grossenses e goianos durante a crise econômica
provocada pela decadência dos garimpos.
 50 - ( Prova: FCC - 2010 - SEFIN-RO - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais /
História e Geografia de Rondônia / BR-364;  1º e 2º Ciclos da Borracha;  )
 Considere as afirmações sobre o processo histórico de formação de Rondônia. 
I. A partir das últimas décadas do século XIX o espaço rondoniense foi ocupado
por seringueiros e outros grupos extrativistas que não propiciavam a criação de
adensamentos populacionais significativos. 
II. Na década de 1940, por pressão dos habitantes da região de Porto Velho,
Getúlio Vargas ordenou a criação do Território Federal de Guaporé, resultado do
desmembramento dos estados do Amazonas, Acre e Mato Grosso. 
III. Entre 1910 e 1940, a instalação de um sistema de comunicação telegráfica
atraiu mão de obra de migrantes que foi se fixando e formando pequenos
povoamentos, principalmente nos postos telegráficos que ofereciam melhores
condições de infra-estrutura e comunicações. 
IV. Na década de 1980, a criação e a instalação do Projeto Calha Norte, pelos
governos militares, deu grande impulso ao povoamento de Rondônia. 

Está correto APENAS o que se afirma em


 a) II e III.
 b) II e IV.
 c) I e II.
 d) I e III.
 e) I e IV.
 58 - ( Prova: CESGRANRIO - 2007 - TCE - RO - Técnico em
Informática / História e Geografia de Rondônia / 1º e 2º Ciclos da
Borracha;  ), O produto predominantemente amazônico,
durante a Primeira República, a(o):
 a) borracha entrou em decadência após algumas décadas, em
virtude da concorrência da produção asiática.
 b) café alcançou grande desenvolvimento pela existência da terra
roxa e da mão-de-obra assalariada.
 c) algodão alcançou novamente o ápice de sua produção no
primeiro quartel do século XX, em função do declínio da borracha.
 d) açúcar sofreu grande declínio, graças à procura do açúcar de
beterraba pelos consumidores europeus.
 e) couro e as peles apresentavam um baixo rendimento, porque,
em geral, os derivados da pecuária eram pouco utilizados no clima
tropical brasileiro.
 64 - ( Prova: CESGRANRIO - 2007 - TCE - RO - Analista de Informática / História e Geografia de
Rondônia / 1º e 2º Ciclos da Borracha;  )
 A Região Norte do Brasil sempre teve sua economia marcada pelo extrativismo vegetal e, pelas
próprias condições sócio espaciais, pela utilização da mão de - obra indígena. Contudo, no início
do século XX,duas mudanças são sentidas: o aparecimento de uma
mão-de-obra não indígena e a queda da borracha no mercado internacional.
 Apesar da queda sofrida pela produção amazônica da borracha, um novo surto de exportação
acontece em terras amazônicas nos anos 40 do século XX. Assinale a opção que explica
corretamente o fato citado.
 a) O trabalho era coletivo, o que beneficiava os investimentos no abastecimento dos
seringais e na comercialização do produto.
 b) A criação das reservas extrativistas comunitárias facilitou a sustentabilidade do uso dos
recursos naturais, o que acarretou o aumento da produção de látex.
 c) A descoberta do processo de vulcanização da borracha, em meados do século XX,
aumentou a demanda de matéria-prima, não suprida pela produção da Malásia.
 d) A entrada dos EUA na 2ª Guerra Mundial desviou os esforços da produção norte-
americana da borracha para a indústria bélica, o que levou o Brasil a retomar seu lugar nas
exportações.
 e) Com os seringais da Malásia nas mãos dos japoneses, os norte-americanos passaram, por
determinação dos Acordos de Washington, a reativar a exploração e o fornecimento da
borracha para as suas indústrias.
 67 - ( Prova: CESGRANRIO - 2007 - TCE - RO - Analista de
Informática / História e Geografia de Rondônia / 1º e 2º
Ciclos da Borracha;  Períodos Migratórios;  )
 O fator que justificou o surgimento da mão-de-obra não
indígena na região foi a:

 a) saída dos holandeses do Nordeste, provocando o


desmantelamento das pequenas empresas e o crescente
desemprego dos nordestinos.
 b) grande seca no sertão do Nordeste no final do século XIX,
provocando a migração de nordestinos para a região.
 c) escravização dos negros africanos comprados pelos
regatões para o trabalho nos seringais.
 d) decadência da cafeicultura do Sudeste, resultando no
deslocamento da mão-de-obra ociosa para o Vale do Guaporé.
 e) libertação dos escravos africanos e seu conseqüente
emprego no extrativismo amazônico, como mão-de-obra livre.
 A CONQUISTA E COLONIZAÇÃO DA AMAZÔNIA E A SUBMISSÃO DO
INDÍGENA

 A colonização da Amazônia - que hoje corresponde aos estados do


Amazonas e do Pará – foi estimulada pelas preocupações de garantir A
POSSE E O ACESSO AO RIO AMAZONAS E IMPEDIR A PRESENÇA
DERIVAIS DE OUTROS PAÍSES. A base de ocupação se deu através do
extrativismo vegetal e do apresamento indígena. O extrativismo vegetal
consistiu na exploração das chamadas "DROGAS DO SERTÃO": cacau,
guaraná, borracha, urucu, salsaparrilha,castanha-do-pará, gergelim,
noz de pixurim, baunilha, coco, etc. Por isso, a escravidão tinha ali um
terreno desfavorável, pois a exploração da Amazônia dependia do
bom conhecimento da região. Daí a importância dos índios locais que
serviam de guias. A forma predominante que caracterizou a integração
da Amazônia ao conjunto da economia colonial foi o estabelecimento
das missões jesuíticas, que chegaram a aldear perto de 50 mil índios.
 • O índio - uma população numerosa, porém não era
considerado fonte suficientemente para o duro trabalho, por
isso era CAÇADO violentamente pelo sertanista, REUNIDO em
aldeamento pelos Missionários e DESCIDO pelas autoridades civis
e militares. O aldeamento foi o núcleo humano com maior
número de membro se era utilizado para todo tipo de tarefas.
 • O negro africano- não foi tão representativo, mas era
escravizado. Como a agricultura era incipiente não se fazia
tão necessária sua mão de obra. A falta de fundos financeiros
não permitia o comércio negreiro dos colonos, mesmo com a
insistência das representações do governo para que se
facilitasse o mercado negreiro.
 Os primeiros negros foram introduzidos pelos holandeses. A
Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará trouxe 12.587
pessoas para a região, sendo 7.606 escravos. No início da
colonização da Amazônia, A FORÇA DE TRABALHO DO NEGRO
ERA DESPREZADA, DEVIDO ÀS FACILIDADES DO APRISIONAMENTO
DOS ÍNDIOS.
 As primeiras décadas de colonização da Amazônia
as expedições coletoras eram baseadas na base da
produção.
 A ATIVIDADE ERA ORGANIZADA COM OS ÍNDIOS,
ESPALHADOS EM DIVERSAS ÁREAS PARA
EXTRAÍREM SUBSTÂNCIASNATURAIS: óleo de
tartaruga, especiarias, madeiras de lei, óleos
vegetais e sementes de cacau. Em troca recebiam
dos missionários e comerciantes portugueses,
ferramentas, bugigangas e ocasionalmente
salário. A Coroa Portuguesa, oficialmente
estimulava empreendimentos agrícolas, com o
objetivo de constituir uma base mais estável
para a efetivação da colonização da região.
 Porém, para o desenvolvimento agrícolas as
condições ainda eram INVIÁVEIS, porque:

• Era muito distante o acesso aos escravos


negros
• O transporte muito caro
• A Amazônia não ostentava recursos agrícolas
excepcionais e nem metais preciosos.
• Baixa produção nas colheitas.
• A maioria dos colonos da Amazônia eram
pobres para comprar escravos.
 A solução encontrada pelos colonos portugueses era escravizar os
índios para utiliza-los como mão-de-obra. Devido aos maus tratos aos
índios, os missionários impediam o acesso aos índios das missões. Esta
política hostilizava ainda mais os colonos, cujos investimentos
econômicos regrediram por falta de mão-obra,enquanto florescia a
agricultura e a pecuária dos jesuítas.
 A atividade coletora tornou-se atraente para a população "cabocla"
devido às exigências mínimas de capital. Devido a falta de material e
de contatos externos, o coletor geralmente tinha que FAZER UM TIPO
DE ACERTO COM UM COMERCIANTE LOCAL, a fim de adquirir os bens de
que necessitava.
 NÃO SE PODE DIZER QUE HOUVE UMA SUBSTITUIÇÃO DA ESCRAVIDÃO
INDÍGENA PELA AFRICANA, pois as duas ocorreram ao mesmo tempo. O
que se percebe é que na região guaporeana, ao contrário do Madeira
e de outras áreas da Amazônia; a escravidão de negros tomou um
vulto muito maior, fazendo com que os números de escravos indígenas
fossem percentualmente mínimos. Dessa forma o governador da
Capitania do Mato Grosso e Cuiabá, Capitão-General Caetano Pinto de
Miranda Montenegro (1760-1827) Marquês de Vila Real de Praia
Grande, assinalou que em 1800 existiam em Vila Bela e adjacências do
Vale do Guaporé 131 índios e 5.163 negros.
 Ao chegar ao Brasil Capitão-General governador Dom Antônio
Rolim de Moura Tavares (1709-1782) Conde de Azambuja,
trouxe consigo orientações no sentido de instaurar uma
devassa contra os Mura do rio Madeira, contra quem Sua
Majestade Fidelíssima, a pedido dos jesuítas, ordenava a
guerra justa, a extinção ou o cativeiro por sua acirrada
agressão contra os missionários, colonos, sertanistas e
comerciantes.
 Os Mundurukus foram também um grupo guerreiro cujo
expansionismo encontrou foi obstaculizado pela penetração
portuguesa na Amazônia. Os europeus passaram a realizar
expedições punitivas contra esse grupo até que no final do
século XVIII os Mundurukus abandonaram os territórios que
haviam ocupado recuando para os rios Canumã e seus
tributários e para o rio Caruru, tributário do Tapajós
 A presença castelhana na região amazônica ameaçava a
soberania portuguesa e por essa razão em 1733 um alvará
real proibia a navegação no rio Madeira.
 Somente em 1759 o conde Rolim de Moura ordenou ao juiz
de fora Teotônio Gusmão a fundação do povoado de Nossa
Senhora da Boa Viagem do Salto Grande (cachoeira do
Teotônio).
 As relações entre Portugal e Espanha, por causa das
fronteiras, e das riquezas que se sonhava presentes na
região, sempre foi animosa, pois ambas as nações avançaram
pelo território da outra. Essa é uma das explicações das
varias fortificações que se podem ver ao longo da fronteira
oeste brasileira. Cabendo um destaque para o forte Príncipe
da Beira, (projetado por Domingos Sambucetti, que morreu
de malária em 1780) edificado entre 1776 e 1783,
 Analisando a conformação topográfica de Rondônia,
observa-se que todos os rios que atravessam a
região deságuam direta ou indiretamente no rio
Madeira. Dessa maneira, a melhor forma para se
realizar a penetração da área é através do rio
Amazonas, subindo o Rio Madeira e seus afluentes.
 A título de exemplo,cita-se que entre Porto velho e
Guajará - Mirim são encontradas dezessete
corredeiras e duas cachoeiras. Como não bastassem
estas limitações, a exuberante cobertura florística
em toda a região era outro fator dificultador.
 No início do século identificava-se a região como
um grande vazio demográfico. O rio Guaporé era o
único elo a estabelecer contato entre as populações
do Mato Grossoe Amazonas.
 A intensificação dos movimentos migratórios fica por conta do
período áureo do ciclo da borracha, entre 1908 e 1912, o que
caracterizava, nessa época, o povoamento dessa área como
essencialmente de origem amazônica, em que a busca dos
produtos era o móvel da ocupação ou o fato econômico
gerador.
 Quando começava a se mostrar promissora a extração da
goma elástica, o presidente da província do Amazonas,
Tenreiro Aranha, organizou uma expedição com a finalidade
de resolver o contorno das dezenove cachoeiras que
impediam a navegação do rio Madeira. Ao ordenar a execução
dessa empreitada pelo sertanista e Diretor de índios da bacia
do Purus, Manuel Urbano da Encarnação, imaginava salvar o
trecho por uma ligação terrestre. Apesar da notável visão
do administrador amazonense, a questão ficou pendente, se
bem que não faltaram tentativas para solucioná-la após essa
primeira incursão.
 Em 1867, o governo brasileiro contratou o engenheiro
norte-americano Keller para o desenvolvimento de um
PROJETO FERROVIÁRIO que viabilizasse o percurso entre
a povoação do Alto Madeira e da foz do Abunã. O
ENGENHEIRO CONTRATOU O CORONEL GEORGE EARL
CHURCH para as exploratórias. Em 1870, Church pensou
ter encontrado uma alternativa, através da construção de
um canal que contornasse as quedas naturais. Logo se
percebeu a impossibilidade dessa empreitada.
 Abandonando a idéia do canal, Church contratou a "PUBLICS
WORKS CONSTRUCTION COMPANY", de capital inglês, para a
construção de uma ferrovia entre Santo Antônio do Madeira e
Guajará-Mirim.
 Como os acionistas ingleses se mostrassem descrentes do
empreendimento moveram uma ação contra o norte-
americano diante do surto endêmico de malária que atacou
duramente o pessoal envolvido na construção. Nesse
momento, já haviam sido implantados oito quilômetros de
linha e explorados outros setenta e sete. Este conseguiu
dirigir um NOVO CONTRATO, AGORA A FAVOR DA EMPRESA
AMERICANA "DORSEY & CALDWELL"que deu início aos
trabalhos em 1873,
 Em 1878, Churchvoltou à iniciativa, firmando um contrato
com o Governo brasileiro. Quando havia conseguido avançar
cerca de seis quilômetros, Os Trabalhos Foram Novamente
Suspensos Por Conta De Uma Ação Movida Pelos Antigos
Acionistas Ingleses.
 A CONCESSÃO FOI CASSADA..
 De mal a pior andou o projeto, até que com a assinatura
do Tratado de Petrópolis foi finalmente implantado.
 Em 1905, o engenheiro Joaquim Catrambi ganhou a
concorrência para construir a estrada de ferro, vindo,
em 1907, a transferir o contrato para a Madeira- Mamoré
Railways Co., empresa de capital inglês, especialmente
constituída para o empreendimento.
 Enquanto a EXPLORAÇÃO DE BORRACHA DAVA LUCRO, A
ADMINISTRAÇÃO INGLESA, inaugurada em julho de 1907,
resistiu a todas as dificuldades. QUANDO SOBREVIERAM OS
TEMPOS RUINS, A FERROVIA FOI SENDO ABANDONADA AOS
POUCOS. Em 1930 a situação se tornou crítica, levando o
Governo Federal a intervir em sua administração da
estrada de ferro.
 Quanto à população, nesse período, foi marcada
por suas origens amazônicas, predominando o
nordestino, quando do apogeu do ciclo da borracha.
Ao redor de Porto Velho, povoações foram surgindo
ao longo da ferrovia, na medida em que os trilhos
ganhavam o embate contra a cobertura vegetal.
Entre 1907 e 1911, somavam-se aos contingentes de
nortistas e nordestinos, mais preocupados com a
indústria extrativista da borracha, os elementos
estrangeiros - barbadianos, principalmente,
espanhóis e gregos, contratados para o
assentamento
 A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é uma
ferrovia construída entre 1907 e 1912 para
ligar Porto Velho a Guajará-Mirim, no atual
Estado de Rondônia, no Brasil.
 Ficou conhecida à época como a "Ferrovia
do Diabo", devido à morte de milhares de
trabalhadores durante a construção, causada
sobretudo por doenças tropicais,
complementar à lenda de que sob cada um
de seus dormentes existia um cadáver.
 4 - ( Prova: FUNCAB - 2012 - MPE-RO - Analista - Suporte de
Informática / História e Geografia de Rondônia / Estrada de
Ferro Madeira Mamoré - EFMM;  Ocupação Humana na
Amazônia Brasileira;  Ocupação e Colonização dos vales do
Madeira, Mamoré e Guaporé;  )

 No início do século XX, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré


influenciou o aparecimento dos primeiros núcleos urbanos no
território que viria a se tornar, em1982, o estado de Rondônia. No
contexto geográfico e histórico imediato ao funcionamento dessa
ferrovia, surgiram os seguintes núcleos urbanos:

 a) Vilhena e Porto Velho.


 b) Ji-Paraná e Cacoal.
 c) Vilhena e Cacoal
 d) Porto Velho e Guajará-Mirim.
 e) Ji-Paraná e Guajará-Mirim.
 8 - ( Prova: FUNCAB - MPE-RO - Técnico em Contabilidade
/ História e Geografia de Rondônia / Estrada de Ferro
Madeira Mamoré - EFMM;  1º e 2º Ciclos da Borracha;  )
 A ferrovia Madeira-Mamoré foi concluída em 1912 e teve
como um de seus principais objetivos o transporte de um
produto oriundo da Bolívia e de grande valor econômico, à
época. 
Esse produto, ao qual o enunciado se refere é a:
 a) castanha.
 b) carnaúba.
 c) erva-mate.
 d) borracha.
 e) pimenta-do-reino.
 10 - ( Prova: FUNCAB - MPE-RO - Técnico em Contabilidade
/ História e Geografia de Rondônia / Estrada de Ferro
Madeira Mamoré - EFMM;  Tratado de Petrópolis;  )
 Diversos tratados tiveram importância na definição de
limites e no processo de povoamento da porção norte e
oeste do Brasil. Um impulso no povoamento de Rondônia foi
deflagrado pela construção da Estrada de Ferro Madeira-
Mamoré. 
O contexto histórico dessa construção decorre diretamente
do Tratado de:
 a) Madri.
 b) Petrópolis.
 c) Tordesilhas.
 d) Ayacucho.
 e) Ultrech.

 21 - ( Prova: PGE-RO - 2011 - PGE-RO - Procurador / História e Geografia de Rondônia / Estrada de
Ferro Madeira Mamoré - EFMM;  )Considere as afirmações sobre a Ferrovia Madeira- Mamoré: 
I. Ainda no período imperial já existiam estudos com o objetivo de construir uma estrada de ferro na
região do rio Madeira. 

II. Os primeiros materiais para a construção da ferrovia e o primeiro grupo de engenheiros, que
permaneceram na região apenas dois anos, eram franceses. 

III. Somente em 1903, com o Tratado de Petrópolis, o governo brasileiro obrigou-se a construir a
ferrovia que funcionou deficitária por várias décadas. 

IV. Ao final do governo JK foi anunciado o fechamento da ferrovia e o início da construção da BR-364. 
 Está correto SOMENTE o que se afirma em
 a) I e II.
 b) I e III.
 c) II e III.
 d) II e IV.
 e) III e IV.

 36 - ( Prova: FUNCAB - 2010 - DER-RO - Analista de Sistemas /
História e Geografia de Rondônia / Estrada de Ferro Madeira
Mamoré - EFMM;  BR-364;  Tratado de Petrópolis;  )
 Muitos consideram a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré como
precursora da rodovia BR-364. O início da sua construção está
vinculado ao Tratado de Petrópolis que resolveu as disputas
territoriais entre o Brasil e a Bolívia, ficando a construção da
ferrovia como contrapartida para concretizar uma aspiração
boliviana no que diz respeito ao problema de:

 a) realizar a ligação ao Pacífico.


 b) integração ao Centro-Oeste.
 c) acessibilidade ao rio Amazonas.
 d) escoamento de sua produção mineral.
 e) ocupar a fronteira como Peru.
 40 - ( Prova: FCC - 2010 - TCE-RO - Auditor / História e Geografia de
Rondônia / Estrada de Ferro Madeira Mamoré - EFMM;  Tratado
de Petrópolis;  )
 Considere o seguinte texto que apresenta o compromisso do governo
brasileiro para a construção da ferrovia Madeira-Mamoré:
  Artigo VII 
Os Estados Unidos do Brasil obrigam-se a construir em território brasileiro,
por si ou por empresa particular, uma ferrovia desde o porto de Santo
Antônio, no rio Madeira, até Guajará-Mirim, no Mamoré, com um ramal que,
passando por Vila-Murtinho ou em outro ponto próximo (Estado de Mato-
Grosso), chegue a Villa-Bella (Bolívia), na confluência do Beni e do
Mamoré. Dessa ferrovia, que o Brasil se esforçará por concluir no prazo de
quatro anos, usarão ambos os países com direito às mesmas franquezas e
tarifas. 
(http://www2.mre.gov.br/dai/b_boli_11_927.htm)
O artigo foi retirado do Tratado de
 a) Santo Ildefonso, de 1894.
 b) Petrópolis, de 1915.
 c) Badajoz, de 1907.
 d) Petrópolis, de 1903.
 e) Santo Ildefonso, de 1905.
 53 - ( Prova: CESGRANRIO - 2008 - TJ-RO - Analista Judiciário - Análise de
Sistemas - Desenvolvimento / História e Geografia de Rondônia / Estrada de
Ferro Madeira Mamoré - EFMM;  )
As tentativas de construção da Estrada de Ferro Madeira- Mamoré foram
muitas durante o século XIX, porém somente com a assinatura do Tratado de
Petrópolis, em 1903, a obra foi finalmente incrementada. Em 1912, concluía-
se a ferrovia cuja saga da construção havia se iniciado em 1872. Sobre a
saga da construção, assinale a afirmativa correta.
 a) Os ataques indígenas aos acampamentos e as doenças tropicais que dizimavam
os trabalhadores somaram-se à dificuldade de transpor as regiões de mata
fechada e rios encachoeirados.
 b) O capital utilizado foi exclusivamente nacional, o que explica os diversos
períodos de paralisação da obra pela dificuldade de investimento, conseqüência
de períodos críticos da economia nacional.
 c) A construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré interrompeu o processo de
integração regional em curso na época, já que deslocou para a obra contingentes
militares empenhados no desbravamento da Amazônia.
 d) A Bolívia dificultou a obra criando obstáculos diversos, desde o simples não-
cumprimento dos trâmites legais até a ocupação militar do Acre, em 1899.
 e) A maior parte da mão-de-obra utilizada na construção da ferrovia constituiu-se
de indígenas apresados, provocando extermínio da população nativa ao longo do
trajeto da ferrovia.
 A expansão do capitalismo imperialista, desejoso de suprir
suas carências de matérias-prima, principalmente de um
novo produto revolucionário oriundo da Amazônia, a
borracha, levou o Império brasileiro a fechar os rios
amazônicos à navegação estrangeira. A pressão
internacional para evitar tal atitude do governo foi muito
forte, principalmente dos Estados Unidos, especialmente
Inglaterra e França, interessadas em aumentar suas
fronteiras nas Guianas. Argumentando o fato de que a
Amazônia era intensamente despovoada e vulnerável em
suas fronteiras, que ainda ofereciam problemas de limites,
o governo justificava a política de fechamento do rio a
países estrangeiros, evitando o risco de uma possível
ameaça à sua soberania
 A intensa pressão norte-americana para a
abertura dos rios amazônicos, deu-se em razão
dos interesses em explorar eles mesmo a
navegação nesses rios. Mas suas intenções não
se concretizaram, em virtude da concessão da
navegação dessas vias ao barão de Mauá,
através da Lei 1.037 de 10 de agosto de 1852,
que criou a Companhia de Navegação e
Comércio do Amazonas sob sua direção que
teria o direito de explorá-las em regime de
monopólio durante o prazo de 30 anos.
 O Barão de Mauá – Irineu Evangelista de Souza - foi um
brilhante industrial, banqueiro, político e diplomata, nasceu no
Brasil, em uma cidade chamada Arroio Grande, pertencente ao
município de Jaguarão, Rio Grande do Sul.
 Após realizar uma viagem à Inglaterra, em 1840, concluiu que o
Brasil precisava de capital para investir na industrialização.
 Irineu decidiu sozinho avançar em direção ao progresso, edificou
os estaleiros da Companhia Ponta da Areia, construiu, no ano de
1846 a indústria náutica brasileira, que se estabeleceu no Rio de
Janeiro, mais precisamente em Niterói.
 Em questão de um ano já possuía a maior indústria do país,
contribuindo para colocar no mercado de trabalho mais de mil
operários, fabricando caldeiras para máquinas a vapor,
investindo em engenhos de açúcar, guindastes, prensas, armas e
tubos para encanamento de água.
 Deste momento em diante, Irineu Evangelista resolveu se
dedicar a duas atividades em potencial – dividiu-se entre a
profissão de industrial e a de banqueiro.
 Foi precursor na área dos serviços públicos, entre várias de suas atuações podemos
citar:
 1851 – Rio de Janeiro – Construiu uma companhia de gás voltada para a iluminação
pública do Rio de Janeiro.
 1852 – Colocou em ordem as corporações de navegação a vapor no Rio Grande do Sul e
no Amazonas.
 1854 – Introduziu a primeira estrada ferroviária, que ia da Raiz da Serra à cidade de
Petrópolis, no Rio de Janeiro.
 1854 – Contribuiu com a fase inicial da União e Indústria, a primeira estrada ladrilhada
do país, que compreendia o trecho de Petrópolis a Juiz de Fora.
 1874 – Ajustou o assentamento do cabo submarino, entre tantas outras realizações.
 Através de uma sociedade firmada com capitalistas da Inglaterra e cafeicultores de São
Paulo, tomou parte na construção da Recife and São Francisco Railway Company, da
estrada de ferro dom Pedro II – hoje a Central do Brasil -, e da São Paulo Railway – atual
Santos-Jundiaí.
 final do ano de 1850, o então visconde inaugurou o Banco Mauá, MaCGregor & Cia, com
várias filiais espalhadas pelas capitais brasileiras, e também no exterior, como em
Londres, Nova Iorque, Buenos Aires e Montevidéu.
 Era considerado um liberal, abolicionista e peremptoriamente antagônico à Guerra do
Paraguai, concedeu os recursos financeiros imperiosos para a defesa de Montevidéu
quando esta cidade se sentiu acuada pela liderança imperial que decidiu intervir, em
1850, nas questões do Prata. Com suas atitudes contra o governo, acabou por se
transformar em uma pessoa não bem vista pelo Império.
 Suas fábricas foram sabotadas, ações criminosas aconteceram, sem a
menor cautela, e suas transações comerciais foram atingidas pela
lei, que passou a cobrar taxas exorbitantes sobre as importações.
 Na carreira política foi deputado pelo Rio Grande do Sul em vários
mandatos, porém, em 1873, renunciou ao seu encargo para poder se
dedicar a seus negócios que se encontravam em risco desde a crise
bancária de 1864.
 Em 1875, Irineu sofreu um duro golpe, amargou a falência do Banco
Mauá, em vista disso ele foi obrigado a vender a maior parte de suas
empresas a capitalistas do exterior.
 Encontrava-se então doente, era portador de diabetes, porém só
sossegou quando finalmente conseguiu liquidar todas as suas contas.
 De cabeça erguida, viu encerrada a sua vida de grande
empreendedor, nobremente se retirou da vida de industrial e
terminou seus dias sem nenhum patrimônio, mas com algo que valia
mais que qualquer bem material, dignidade e fidelidade às suas
convicções.
 Durante o período em que esteve na ativa, foi merecedor de vários
títulos: em 1854 conquistou o de Barão e em 1874 o de Visconde de
Mauá.
 Devido a pressões e dívidas, o barão de Mauá transferiu essa concessão para
uma empresa estrangeira "Amazon River Steam Navegation Co." de origem
inglesa.
 Os debates que seguiram sobre as vantagens e desvantagens da abertura dos
rios à navegação terão prosseguimento até 1866, quando, no dia 7 de
dezembro desse mesmo ano, um decreto declarava franqueados os rios
amazônicos aos navios de outras bandeiras que quisessem navegá-los.
 O decreto, porém, restringia esta a apenas alguns trechos dos principais rios
da região.
 O governo afirmava que a medida tomada em abrir os rios tenha
tido alegações de ordem ideológicas (o Brasil tentava
enquadrar-se na concepção econômica dominante à época,
baseada no liberalismo), mas ela foi tomada por motivos
políticos e econômicos, fortemente influenciada pela
necessidade de atender a carência internacional de borracha e
para que a região contribua na recuperação da economia
nacional abalada pela dispendiosa Guerra do Paraguai.
 Além disso, seria contraditório o Brasil continuar com os
rios no norte fechados ao mesmo tempo que
reivindicava a abertura a navegação em território
estrangeiro na região sul (rios Paraná e Paraguai).
Mesmo com essas concessões, os efeitos econômicos não
foram sentidos imediatamente, pois o primeiro navio
estrangeiro a navega as águas do rio Amazonas o fez
depois de sete anos do ato de abertura. A referida
embarcação era um navio à vela, de bandeira
dinamarquesa e veio a Manaus em viagem comercial. O
primeiro navio a vapor a subir o rio Amazonas foi à
fragata "Guapiassú" da marinha de Guerra do Brasil em
1842, e o primeiro barco a vapor comercial a singrar
as águas Amazônicas foi o "Marajó" em
1853,inaugurando a rota comercial e de carga a vapor
na Amazônia, dessa maneira possibilitando realizar
viagens de Belém e Manaus, até Nauta, no Peru.
 No período de 1860 a 1910 ocorre na Amazônia
Brasileira o apogeu da exploração da borracha
natural que coincide com a belle époque,
caracterizado pelo crescimento econômico,
avanço das técnicas no território e também pelo
aumento dos males sociais nas cidades.
 A expansão da exploração da borracha para o
interior da Amazônia possibilitou a criação de
vilas e cidades em especial na área que
corresponde ao Estado do Amazonas, porém foi
um fator limitante do seu desenvolvimento
 Quando os europeus iniciaram o processo de colonização da
Amazônia, a região não era um grande vazio demográfico,
portanto, não estava desocupada (Lathrap, 1975; Porro, 1992;
Denevan, 1992).
 A ocupação nos primeiros séculos significou "uma forma
peculiar de colonização que longe de acrescentar novos
contingentes humanos à área, sangrava-os ininterruptamente
em suas populações indígenas" (Moreira Neto, s/data, p. 17) A
ocupação, na perspectiva do colonizador, teve início a partir
do século XVII e se limitou à parte litorânea da região. Em
meados do século XIX, vários acontecimentos contribuíram
para a modificação da paisagem da Amazônia e
determinaram, em linhas gerais, o arcabouço do que viria a
ser a malha urbana do Amazonas. Dentre os acontecimentos
estão: a elevação do Amazonas à categoria de Província em
1850, a introdução da navegação a vapor em 1853, a
exploração extensiva dos seringais e o movimento
revolucionário dos cabanos, a Cabanagem que foi a mais
importante revolução popular da Amazônia ocorrida entre 1834
a 1840(DiPaolo, 1986).
 Cabanagem

 Foi uma revolta social ocorrida no 


Império do Brasil, na então província do 
Grão-Pará, estendendo-se de janeiro de 1835 a
1840, durante o período regencial brasileiro.
Marcado por um cenário de pobreza extrema,
fome e doenças, o conflito existiu muito devido
à irrelevância política à qual a província foi
relegada após a Independência do Brasil. Dado
o seu saldo de mortos exorbitante e a chacina
de povos promovida pela coroa, a Cabanagem é
um dos maiores conflitos já ocorridos na
história do país.
 Na Amazônia, (...) os transportes se fizeram por água;
 São precisas também outras escalas onde se possam mudar as
guarnições de remadores.
 Essas margens se povoaram de pequenos centros; a navegação
a vapor não os suprimiu, ela reclamou ao contrário um novo
tipo de escala, o porto de lenha; sendo as caldeiras tocadas a
lenha, de 30 a 30 quilômetros mais ou menos era preciso
refazer a provisão de combustível, (Deffontaines, 1944, p.
146)
 No Amazonas, os principais portos de lenha estavam localizados
nas vilas. Dada a distância entre elas, existiam nas margens dos
principais rios vários portos, quase sempre com uma estrutura
básica de casas denominadas de barracões.
 Uns poucos se dinamizaram, mas a maioria entrou em
decadência junto com a economia extrativa da borracha, na
medida em que houve um refluxo da navegação a vapor e
mesmo pela modernização das embarcações.
 Com a exploração do látex, intensificou-se a
ocupação por população não indígena da
parte mais a oeste da Amazônia. Nos vales
dos rios Madeira, Purus e Juruá, foram
criados e/ou recriados povoados visando
servir de apoio à exploração do látex e
que posteriormente se transformaram em
vilas e mais tarde cidades, tais como:
Manicoré e Humaitá no rio Madeira;
Lábrea, Boca do Acre e Canutama no rio
Purus; Carauari e Eirunepé no rio Juruá;
Codajás no rio Solimões (Bitencourt, 1926,
p.202-27).
 O surgimento de novas vilas no Estado do
Amazonas como resultado do período mais
intenso de exploração econômica da borracha
teve maior significado no final do século XIX,
especialmente na última década.
 No início do século XX, a criação do estado do Acre, a
construção da ferrovia Madeira-Mamoré e a ligação telegráfica
estabelecida por Cândido Rondon representam novo impulso à
colonização. Em 1943 é constituído o Território Federal de
Guaporé, com capital em Porto Velho, mediante o
desmembramento de áreas de Mato Grosso e do Amazonas. A
intenção é apoiar mais diretamente a ocupação e o
desenvolvimento da região, que em 1956 passa a se chamar
Território de Rondônia.
 Até a década de 60, a economia se resume à extração de
borracha e de castanha-do-pará.
 O crescimento acelerado só ocorre, de fato, a partir das
décadas de 60 e 70. Os incentivos fiscais e os intensos
investimentos do governo federal, como os projetos de
colonização dirigida, estimulam a migração, em grande parte
originária do Centro-Sul. Além disso, o acesso fácil à terra boa
e barata atrai empresários interessados em investir na
agropecuária e na indústria madeireira.
 PROJETOS DECOLONIZAÇÃO
 O perfil fundiário do Território e a expansão da fronteira
agropecuária em Rondônia, teve início a partir de 1970 com a
implantação dos Projetos de Colonização Oficial do Governo Federal,
gerenciados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
- INCRA. Alterando assim, a maior parte da estrutura de posse e uso
da terra por meio da substituição de grandes áreas de seringais
nativos por um novo contexto fundiário, inserindo a fronteira
agrícola no sistema produtivo nacional com grande incentivo para a
pecuária bovina.
 Os principais fatores que caracterizaram o tipo de ocupação que
ocorreu em Rondônia entre 1970 e 1990 foram:
 • O aumento da ocupação rural pela atividade agropecuária,
refletindo o abandono do padrão típico Amazônico que era
característico até 1960, provocando uma explosão da exploração
predatória do extrativismo vegetal com corte raso das florestas
para o preparo da área e exploração de madeiras de lei (madeiras
nobres);
 • Formação de um eixo econômico ao longo da BR-364, na parte
central do Estado, com a perda da importância da
ocupação ribeirinha. Ganham importância as cidades
surgidas em função dos Projetos de Colonização, como
Ouro Preto do Oeste, Caçoai, Jaru, Rolim de Moura e
Ariquemes;
 • A partir de 1985, inverte-se o fluxo com os
migrantes,que passam a procurar mais as áreas urbanas e
a ocupação no setor secundário e terciário da economia;
 • A área ocupada com imóveis rurais que correspondia
em 1970 a 7% atinge em 1991 cerca de 57% da área
territorial de Rondônia.A atuação do INCRA em Rondônia
deu-se por meio dos Projetos Fundiários, Projetos
Integrados de Colonização, Projetos de Assentamento
Dirigido, Projetos de Assentamentos Rápido e, mais
recentemente, da implantação da política de Reforma
agrária.
 1 - ( Prova: - 2012 - MPE-RO - Analista - Suporte de
Informática / História e Geografia de Rondônia /
Território Federal do Guaporé;  Povoamento em
Rondônia (2ª metade séc. XX);  )
 A evolução da malha político-administrativa de Rondônia
expressa o seu dinamismo político-geográfico,
considerando-se a criação de municípios. Neste sentido,
em que período Rondônia contava com apenas dois
municípios?

 a) Até os anos 1970


 b) Até o ano de1985.
 c) Até o início dos anos 1990.
 d) Até meados dos anos 1990.
 e) Até meados dos anos 2000.
 Projeto de Assentamento Dirigido – PAD
 Projetos nos quais o INCRA assumiu responsabilidades de
organização territorial implantação da infra estrutura, selecionou
e assentou os beneficiários o parceleiro desses projetos, deve ser
mais especializado que um trabalhador sem terra; precisa ter um
mínimo de conhecimento agrícola e ao mesmo tempo, algum recurso
financeiro e experiência quanto a obtenção de crédito bancário.
(Relatório do INCRA, id. ib)
 Projeto Integrado de Colonização - PIC
 Projetos nos quais o INCRA assume responsabilidade de implantação
da organização territorial, da infra-estrutura, de administração,
realização de assentamentos e titularização dos beneficiários,
promover a assistência técnica, o ensino, a saúde e a previdência
social, a habitação rural, a empresa cooperativa, o crédito e a
comercialização.

 No decorrer deste curso receberam relatório onde veremos as


circunstâncias dos motivos do que foi e do que não foi realizado.
 6 - ( Prova: 2012 - MPE-RO - Analista - Suporte de
Informática / História e Geografia de Rondônia /
Povoamento em Rondônia (2ª metade séc. XX);  Períodos
Migratórios;  )
 A partir de 1970, a colonização oficial em Rondônia se
desenvolve, tendo à frente o Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (INCRA), o qual implementou,
pioneiramente, cinco Projetos Integrados de Colonização
(PIC). 
Nesse contexto, o primeiro PIC implementado pelo INCRA foi:
 a) Sidney Girão.
 b) Ji-Paraná.
 c) Ouro Preto.
 d) Padre A.Rohl.
 e) P.A.Ribeiro
 1.PIC Ouro Preto ……… 512.565 ha. 
2.PIC Sidney Girão………60.000 ha.abunã
3. PIC Ji-Paraná………486.137 ha jp
4. PIC Paulo Ribeiro……… 293.580 ha.vlh
5. PAD Burareiro……… 304.925 ha. ariq
6. PIC Pe. Adolfho Rohl……… 413.552 ha. Ariq
e jp
 5 - ( Prova: FUNCAB - 2012 - MPE-RO - Analista - Suporte
de Informática / História e Geografia de Rondônia /
Povoamento em Rondônia (2ª metade séc. XX); 
Períodos Migratórios;  )
 O crescimento populacional de Rondônia passou por
diferentes fases, com forte expansão nos anos 1970 e
1980. Entre 1960 e 1970, por exemplo, o crescimento
anual foi de 4,8%, enquanto entre 1970 e 1980 esse
crescimento foi de 15,8%. A diferença do incremento
populacional verificado entre essas duas décadas
explica-se, principalmente, pelo fator demográfico:
 a) taxa de natalidade
 b) taxa de mortalidade
 c) saldo migratório.
 d) índice de fecundidade.
 e) gerontocrescimento
 26 - ( Prova: PGE-RO - 2011 - PGE-RO - Procurador / História e Geografia de
Rondônia / Povoamento em Rondônia (2ª metade séc. XX);  )
 Considere as seguintes afirmações sobre a organização do espaço de Rondônia a
partir da segunda metade do século XX: 

I. A partir da década de 1970, a expansão da fronteira agrícola foi


determinante para o desenvolvimento agropecuário no estado que apresentou
aumento considerável no número de estabelecimentos agrícolas. 

II. O processo de ocupação humana do estado foi executado através dos


Projetos de Colonização e de Assentamento Dirigido que se constituíram em
atrativos para migrantes, sobretudo sulinos.

III. A expansão do povoamento em Rondônia fez-se basicamente na zona rural e


somente no início do ano 2000 a população urbana ultrapassou os 50%. 

Está correto SOMENTE o que se afirma em 


 a) I.
 b) II.
 c) I e II.
 d) I e III.
 e) II e III.
 49 - ( Prova: FCC - 2010 - SEFIN-RO - Auditor Fiscal de Tributos
Estaduais / História e Geografia de Rondônia / BR-364; 
Povoamento em Rondônia (2ª metade séc. XX);  )
 Com o título Rondônia - Um estado atípico, o site da Imprensa
Oficial de Rondônia apresenta as principais etapas da história do
estado. A escolha desse título vem do fato de que, diferentemente
do que ocorreu em outros estados da Amazônia, em Rondônia
 a) as ondas de ocupação agrícola e povoamento irradiaram- se na
direção Norte-Sul e não Leste-Oeste.
 b) as principais correntes de povoamento acompanharam a rodovia
BR-364 e não os cursos dos rios.
 c) não existiam grupos indígenas durante ou após o período de
colonização nem após esse período.
 d) os migrantes que ocuparam o estado desde o século XIX são
predominantemente nordestinos.
 e) a base econômica sempre esteve atrelada à produção
agropecuária e não ao extrativismo.

 59 - ( Prova: CESGRANRIO - 2007 - TCE - RO - Técnico em
Informática / História e Geografia de Rondônia / Povoamento
em Rondônia (2ª metade séc. XX);  Períodos Migratórios;  )
 Na década de 60 do século XX, uma onda migratória em direção
ao Território Federal de Rondônia aqueceu a economia da
região. Essa onda migratória:
 a) era composta por imigrantes atraídos pelas vantagens
oferecidas pelo sistema de parceria, implantado pelo Senador
Nicolau Vergueiro.
 b) era composta, em sua maioria, por garimpeiros em busca de
cassiterita, atraídos pelas vantagens oferecidas pelo Governo
Federal.
 c) reviveu os antigos bandeirantes, que utilizavam os cursos de
rios para atingir o interior.
 d) representou uma melhoria na qualidade de vida dos povos
indígenas ali instalados.
 e) levou o Governo Federal a controlar com maior rigor as
reservas minerais encontradas no subsolo amazônico, criando
projetos integrados de colonização.
 65 - ( Prova: CESGRANRIO - 2007 - TCE - RO - Analista de
Informática / História e Geografia de Rondônia / Criação do
Estado de Rondônia;  )

 Considera-se como um dos fatores determinantes da criação


do Estado de Rondônia o(a):

 a) desmatamento de grande parte da área florestada da


Amazônia Ocidental.
 b) surto demográfico em função da agropecuária e dos
garimpos.
 c) obtenção de terras a partir dos incentivos governamentais.
 d) insistência da Bolívia na devolução do território pelo Brasil.
 e) transferência da capital brasileira para o Centro-Oeste.
 63 - ( Prova: CESGRANRIO - 2007 - TCE - RO - Analista de Informática / História e
Geografia de Rondônia / BR-364;  Povoamento em Rondônia (2ª metade séc. XX); 
Períodos Migratórios;  )

 Sobre o crescimento populacional de Rondônia, pode-se afirmar que:


 I - nas décadas de 70 e 80 do século XX, o aumento da população coincidiu com o
programa de colonização implantado pelo INCRA;
 II - as políticas agrícolas implementadas no final do século XX aceleraram a
urbanização no Estado de Rondônia;
 III - logo após as duas guerras mundiais, muitos europeus decidiram deixar o
continente arrasado e iniciar uma nova vida na América, especificamente no Estado
de Rondônia;
 IV - a presença de um sistema integrado de transporte, criado a partir da construção
da BR-364, integrando a Amazônia ao Centro-Sul, facilitou a mobilidade espacial da
população em direção a Rondônia.
 Estão corretas, apenas, as afirmativas:
 a) I e II
 b) II e III
 c) III e IV
 d) I, II e III
 e) I, II e IV

 O primeiro item a atrair os civilizados à bacia do rio
Madre de Dios foi a procura da cascarilha ou chinchona,
para a produção da quinina. Em 1850, Francisco Bolognesi
percorreu o Inambari, um de seus afluentes.
 Aconteceu com a chinchona, entretanto, o mesmo que
iria ocorrer com a seringueira. Clements Markham,
encarregado pelo governo britânico, levou sementes e
mudas de chinchona do Peru para os montes Nilgiri, no sul
da índia, para tentar sua adaptação. Uma vez que esta foi
conseguida, as plantações do sudeste asiático começaram
a produzi-la a preços mais baixos (Morcillo 1982: 256).
 Uma das modalidades de trabalho utilizada
pelos espanhóis foi a MITA, que também era
conhecida pelos nomes de “repartimiento” e
“cuatéquil”. Nesse sistema, amplamente
empregado na extração e beneficiamento de
minérios, os índios eram escalados por
sorteio para uma temporada de serviços
compulsórios. Por sua vez, os trabalhadores
recebiam uma baixa compensação salarial
pelo trabalho desenvolvido nas minas. Após o
fim da jornada, ainda recebiam uma
quantidade de minério conhecida como
partido.
 Outro sistema de trabalho bastante utilizado
pelos espanhóis foi a ENCOMIENDA, termo
que significa “recomendar” ou “confiar” algo
para alguém. Criado em 1512, esse regime
deixava comunidades indígenas inteiras sob
os cuidados de uma encomendero que
poderia utilizar a mão de obra dos índios
para o desenvolvimento de atividades
agrícolas ou a extração de metais preciosos.
Em troca, o encomedero deveria assegurar o
oferecimento da educação religiosa cristã
para “seus” índios.
 Comitatus é uma relação da sociedade feudal
 entre o suserano e o vassalo baseadas na
honra e lealdade
 Os chefes militares germânicos,
habitualmente, recompensavam os esforços de
seus soldados após uma conquista. A essa
prática dava-se o nome de beneficium. 
 O colonato é uma forma de organização
econômica e social rural na qual o trabalhador
arrenda uma porção de terra sob condição de
destinar parte de sua produção como
pagamento ao proprietário. 
 MÃO-DE-OBRA PARA OS SERINGAIS DO ALTO MADEIRA
 A borracha estava na floresta, espalhada
em longas distâncias habitadas por índios.
Era necessário colhê-la nas árvores, ainda
líquida, defumá-la até ficar sólida,
transportá-la até as margens dos rios e daí
para o comércio nas cidades, um trabalho
penoso e perigoso, que só poderia ser
realizado por um exército de homens
acostumados à vida mais rude. Esse
exército veio do Nordeste do Brasil,
empurrado pela miséria e pelas grandes
secas,como as de 1877e 1878.
 Antes que o século findasse, mais de 300 mil
nordestinos,principalmente do sertão do
Ceará,migraram Para a Amazônia.
 Nos seringais, esses homens valiam menos que Os
escravos.Na outra extremidade da sociedade
regional, os seringalistas e grandes comerciantes
usufruíam da riqueza fácil proporcionada pela
borracha. Essa evidente contradição no quadro
social do Ciclo da Borracha se Devia a um perverso
sistema de exploração,que consumiu a vida de
milhares de homens.O sistema de aviamentos e
constituía numa rede de créditos e se espalhou nos
imensos seringais que foram abertos em todos os
vales amazônicos.
 No século XIX, o primeiro ciclo da Borracha,em sua
fase primária, atraiu basicamente nordestinos e
bolivianos para o trabalho nos seringais, mas não
gerou núcleos de povoamento nesse espaço
geográfico tendo Em vista o conceito
econômico,que não produzia riquezas locais, por
tratar-se de uma economia de exportação, Cujos
principais núcleos localizavam-se Manaus e Belém.
 No entanto, os sub-ciclos gerados em decorrência
da construção e funcionamento da Ferrovia
Madeira-Mamoré, o Ferroviário, e das Estações
Telegráficas da Comissão Rondon, o do Telégrafo,
atraíram povoadores para as terras rondonienses
originários de várias regiões brasileiras e de outros
países, que se fixaram e formaram núcleos urbano
 As estações telegráficas da Comissão Rondon
atraíram, principalmente, mato-grossenses,
paulistas e nordestinos,que trabalhavam nos
serviços de telegrafia, e acomodavam-se em suas
cercanias gerando pequenos núcleos urbanos,
como Ariquemes, Pimenta Bueno e Vilhena.
 A Madeira-Mamoré atraiu vários contingentes
imigratórios destinados ao trabalho nas obras da
ferrovia, nos setores técnicos e administrativos da
empresa com seus diversos ramos de exploração,
comercialização e serviços,e ao comércio que se
formava ao redor.
 Nesta fase de imigrações instalaram-se em
terras rondonienses, notadamente nos
núcleos urbanos de Porto Velho, Jacy-
Paraná, Mutum-Paraná, Abunã, Guajará-
Mirim e Costa Marques,imigrantes
 turcos, sírios, judeus, gregos, libaneses,
italianos,indianos, cubanos, panamenhos,
porto-riquenhos,italianos, barbadianos,
tobaguenses, jamaicanos e bolivianos.
 O ciclo do Diamante promoveu mudanças
substanciais na ocupação humana e
desenvolvimento dos Povoados de Rondônia(hoje
Ji-Paraná)e Pimenta Bueno, enquanto o ciclo da
Cassiterita expandiu a ocupação humana no
espaço físico que compreende as microrregiões de
Porto Velho e Ariquemes.
 A Agricultura,cuja atração migratória começou
desordenadamente em 1964, fixou em Rondônia
contingentes migratórios procedentes do Mato
Grosso, Goiás, Paraná, São Paulo,Santa
Catarina,Minas Gerais, Rio Grande do
Sul,Amazonas,Pará,Acre e do Nordeste,
destacando-se os estados do Ceará,Bahia,
Piauí,Paraíba E Sergipe
 Coma extração de látex em larga escala na
Amazônia,brasileiros adentravam cada vez mais à oeste,
 Entrando em território boliviano.Com isso muitos conflitos
 foram travados com o país vizinho, sendo o mais
Expressivo a Guerra do Acre em 06 deagostode1902,
liderada pelo ex-major gaúcho Castro Alves. Coma
vitória do Acre,em24dejaneiro de1903, foi assinado o
Tratado de Petrópolis Rio de Janeiro, entre as repúblicas
do Brasil e Bolívia. O tratado foi aprovado pelo Congresso
Brasileiro em 12 de abril de 1904, e nele vinha expresso
que o Brasil ficaria com a posse do Acre, indenizando a
Bolívia em 2 milhões de libras esterlinas, 114 mil libras à
Bolivian Sindicate, e também o Brasil se encarregaria de
realizar a construção Da ferrovia Madeira-Mamoré
 Para cumprir o tratado o governo brasileiro
realizou licitação das obras da ferrovia, cujo
edital fora publicado em 12 de maio de 1905.
O vencedor foi Joaquim Catramby que tão logo
recebeu a homologação da concorrência,
transferiu o contrato ao estadunidense
Percival Farquhar, que tinha objetivo de
controlar todo o Sistema ferroviário da América
Latina. Farquhar constituiu a empresa The
Madeira-Mamoré Railway
CompanyLtda.investindo inicialmente 11
milhões de dólares,financiados pelo Bankof
Scotland, e contratou uma empreiteira
May,Jeckyll & Randolph que se instalou
emSantoAntônioem1906.
 Devido aos tradicionais problemas da região, a empreiteira
May,Jeckyll &Randolph, com a autorização de Farquhar e do
governo brasileiro, transferiu suas instalações, em 19 de abril
de 1907, para um porto amazônico, onde é hoje a cidade de
Porto Velho,onde implantou centro administrativo, construiu o
cais, residências para técnicos, e deu início, em junho
de1907,a construção da estação inicial da ferrovia Madeira-
Mamoré.Através do Decreto-Lei n° 6.775 de 28 de
novembro de 1907, o governo brasileiro autorizou a
empresa The Madeira mamoré Railway Company Ltda. A
funcionar no Brasil. A empresa teve inúmeras dificuldades, e a
obra chegou até a bater o recorde mundial de acidentes de
 trabalho, teve centenas de homens perdidos na imensidão da
floresta, as doenças e os índios Caripunas continuavam
implacáveis.
 Em 30 de abril de 1912 a May, Jeckyll &
Randolph entregou a estação terminal da
ferrovia Madeira-Mamoré, localizado no
porto mato-grossense Espiridião Marques,
atual cidade de Guajará Mirim.Com uma
grande festa, que contou com a presença
de autoridades brasileiras e bolivianas,um
prego de ouro foi simbolicamente batido
no último dormente. Os 364 quilômetros
da ferrovia Madeira-Mamoré,concluída,
foi inauguradoem 1º deagostode1912.
 15. Porto Velho nasceu em 1907, como
“porto velho dos militares”, referência a
uma guarnição que acampara no local em
uma das guerras que ocorreram durante a
segunda metade do século XIX, entre as
nações do continente. Mais tarde, a região
passou a ser usada para descarregar
material para construção da estrada de
ferro Madeira-Mamoré. O conflito
continental a que o texto faz referência foi:

A) Guerra do Pacífico.
B) Guerra do Paraguai.
C) Guerra do Chaco.
D) Guerra da Cisplatina.
E) Guerra dos Farrapos.
 A GUERRA DO PACÍFICO foi um conflito ocorrido entre 1879 e 1883, confrontando o Chile
às forças conjuntas da Bolívia e do Peru. Ao final da guerra o Chile anexou ricas áreas em
recursos naturais de ambos os países derrotados. O Peru perdeu a província de Tarapacá e a
Bolívia teve de ceder a província de Antofagasta, ficando sem saída soberana para o mar, o que
se tornou uma área de fricção na América do Sul, chegando até os dias atuais, e que é para a
Bolívia uma questão nacional (a recuperação do acesso ao oceano Pacífico consta como um
objetivo nacional boliviano em sua atual constituição

 A GUERRA DO PARAGUAI foi o maior conflito armado internacional ocorrido na


América do Sul.[1] Ela foi travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta por Brasil,
Argentina e Uruguai. A guerra estendeu-se de dezembro de 1864 a março de 1870. É também
chamada Guerra da Tríplice Aliança

 A GUERRA DO CHACO foi um conflito armado entre a Bolívia e o Paraguai que se estendeu
de 1932 a 1935.
 Originou-se pela disputa territorial da região do Chaco Boreal, tendo como uma das causas a
descoberta de petróleo no sopé dos Andes. Deixou um saldo de 60 mil bolivianos e 30 mil
paraguaios mortos, tendo resultado na derrota dos bolivianos com a perda e anexação de parte
de seu território pelos paraguaios.

 A GUERRA DA CISPLATINA ou campanha da Cisplatina (língua espanhola: Guerra del


Brasil) foi um conflito ocorrido entre o Império do Brasil e a Províncias Unidas do Rio da
Prata, no período de 1825 a 1828, pela posse da Província Cisplatina, a região da atual
República Oriental do Uruguai. Na historiografia argentina é denominada como Guerra do
Brasil ou Guerra Contra o Império do Brasil.

 GUERRA DOS FARRAPOS ou Revolução Farroupilha são os nomes pelos quais ficou
conhecida a revolução ou guerra regional, de caráter republicano, contra o governo imperial do
Brasil[1][2], na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul[3], e que resultou na
declaração de independência da província como estado republicano, dando origem à República
Rio-Grandense[4].
 AQUESTÃODOACRE
 Trinta e cinco anos antes de eclodir o problema do Acre,território
que o Brasil reconhecia ser da Bolívia,o governo do império do
Brasil assinara o Tratado de Ayacucho,em1867,com aquele país
no sentido de mais ou menos fixar áreas limítrofes em comum.
Dez anos depois, assombrados pela violenta seca de 1877/9, que
devastou o Ceará,milhares de cearense partiram para os fundões
da Amazônia atrás de uma alternativa para a sua sobrevivência.
Em 1882, fundaram o Seringal Empresa que mais tarde veio a ser
a capital do Acre,rebatizada de Rio-Branco.
 Foi assim, na chamada "transumância amazônica",que os
nordestinos adentraram na região do rio Acre,situada no extremo
no oeste do Brasil,atrás das valiosas seringueiras. A revolução dos
transportes que andava a galope nos países Europeus e nos
Estados Unidos,paralela à expansão da eletricidade, tinha fome
por borracha, que naquela época saía toda ela da
Amazônia,sendo que 60% era extraída do território acreano.
 Obviamente que o governo andino não via
com bons olhos aquela arribada crescente
dos brasileiros. Para os bolivianos, a
situação praticamente repetia o que
ocorrera na década de 1870 com a
penetração de trabalhadores chilenos na
área do Atacama atrás do salitre. O que
provocara a Guerra do Pacífico(1879-
1883), que fez com que a
Bolívia,derrotada, perdesse a sua saída
para o oceano Pacífico, tendo que aceitar
ficar isolada dos oceanos do mundo
 Num primeiro momento, José Paravicini, o embaixador
boliviano no Rio de Janeiro, determinou que fosse fundado,
em 3 de novembro de 1899, um posto alfandegário em Puerto
Alonso, para se fazer presente na área.
 Ato de soberania que, se bem que legítimo,irritou
profundamente os seringueiros brasileiros que cercaram o
posto e expulsaram os funcionários dali. Neste
entremeio,chega ao Acre o aventureiro Luís Galvez, dito "o
Imperador do Acre" (apoiado por Ramalho Júnior, o governador
do Estado do Amazonas), que decidiu proclamar um estado
independente do Acre no dia 14 de julho de1901.
 Cada vez ficava mais evidente de que a Questão do Acre
repetia Atacama, portanto La Paz precisava agir para manter o
território em mãos nacionais.
 Bolivian Syndicate
 A solução encontrada pelo governo andino não podia ter
sido pior. Fora o próprio Luís Galvez que, trabalhando
então para o cônsul boliviano em Manaus, descobriu que os
bolivianos estavam em tratativas de passar o controle do
território do Acre para o Anglo-Bolivian Syndicate de
NovaYork,que tinha o milionário Withridge como seu
acionista principal. Era um contrato do tipo conhecido
como chartered companies, muito em voga na África
naquela época, pelo qual uma empresa concessionária
qualquer, européia ou americana, praticamente assumia
as funções soberanas sobre certa área que ela desejava
explorar economicamente. Detinha não só o monopólio
sobre a produção e exportação como também auferia os
direitos fiscais, mantendo ainda as tarefas de polícia local.
"
 Concretizado o contrato, o Bolivian Syndicate associado a U.S.
Rubber Co. que compraria toda a produção da
borracha,fatalmente atrairia para dentro da região amazônica o
poder dos Estados Unidos que, em últíma instância, assumiriam,
ainda que indiretamente, a proteção dos interesses de uma
empresa norte-americana no Acre que gozaria por lá de
privilégios majestáticos.
 Portanto, qualquer desavença que ocorresse entre o seringueiros
e os interesses do Bolivian Syndicate,oporia o Brasil aos Estados
Unidos.
 Dois acontecimentos vieram então atrapalhar aqueles planos dos
bolivianos:
 A REBELIÃO ACREANA DE PLÁCIDO DE CASTRO,
 E A AÇÃO DIPLOMÁTICA DO BARÃO DE RIO-BRANCO, QUE
CONSIDEROU A CONCESSÃO BOLIVIANA AO BOLIVIAN SYNDICATE
COMO UMA "MONSTRUOSIDADE LEGAL
 Os conflitos anteriores entre brasileiros e bolivianos -
entre os quais a célebre "expedição dos poetas", uma
romântica aventura de intelectuais e estudantes
amazonenses, liderados por Orlando Corrêa Lopes, que,
partindo de Manaus a bordo do vapor "Solimões", quiseram
ajudar os seringueiros a "libertar o Acre",fracassando
lamentavelmente-, fizeram-se quase espontaneamente,
sem planos, sem estratégia, sem liderança. Foi então que
Plácido de Castro chegou àquela região. Tratava-se de um
ex-oficial das forças Federalistas que lutara na revolução
de 1893 no Rio Grande do Sul e que, tendo noções de
agrimensor, partira para o norte em busca de outras
aventuras
 .O governador Silvério Nery, do Amazonas,o apoiou na sua
intenção de organizar uma resistência efetiva contra os
bolivianos e na conseqüente proclamação da segunda
independência do Acre, anunciada no arraial de Xapuri no dia
7 de agosto de 1901. Nos finais de janeiro de 1903, depois de
um demorado sitio, Puerto Alonso, a última resistência
boliviana no Acre, rendeu-se ao caudilho vindo do sul,
proclamador da terceira independência do Acre.A notícia
revoltou a população de La Paz que exigiu imediata resposta
do governo boliviano.
 Tão grave soou a coisa que foi o próprio presidente Pando
quem tomou a si o comando de uma força que marcharia para
o Acre para lavar a honra da Bolívia ofendida. Então foi a vez
do barão de Rio-Branco movimentar-se
 13 - ( Prova: FUNCAB - 2012 - MPE-RO - Analista -
Administração / História e Geografia de Rondônia /
Território Federal do Guaporé;  Território Federal de
Rondônia;  )
 Nos antecedentes da criação do estado de Rondônia,
consta a instalação do Território Federal do Guaporé, em
1943, o qual é posteriormente transformado em Território
Federal de Rondônia. O Território Federal de Rondônia é
criado no governo do presidente:
 a) Getúlio Vargas.
 b) Jânio Quadros.
 c) João Goulart.
 d) Juscelino Kubitschek.
 e) Costa e Silva.
 15 - ( Prova: FUNCAB - 2012 - MPE-RO - Analista -
Auditoria / História e Geografia de Rondônia / Território
Federal de Rondônia;  )
 Nos antecedentes da criação do estado de Rondônia,
consta a instalação do Território Federal do Guaporé, em
1943, o qual é posteriormente transformado em Território
Federal de Rondônia. O Território Federal de Rondônia é
criado no governo do presidente:
 a) Getúlio Vargas.
 b) Jânio Quadros.
 c) João Goulart.
 d) Juscelino Kubitschek.
 e) Costa e Silva.
 20 - ( Prova: PGE-RO - 2011 - PGE-RO - Procurador /
História e Geografia de Rondônia / Vale do Guaporé
(período colonial);  )
 Na região do Guaporé, durante o período colonial, a
sociedade era comandada por uma elite branca que 

 a) era escravista e controlava as minas e lavras e ainda os


altos cargos da administração pública.
 b) dominava as atividades agropastoris com o objetivo de
dominar os mercados da Amazônia oriental.
 c) mantinha sob seu domínio amplos seringais que eram
explorados por escravos negros trazidos do Sul.
 d) detinha o monopólio do comércio de manufaturados
porque controlava as rotas fluviais Amazonas-Guaporé.
 e) explorava a mão de obra indígena porque se recusava a
importar escravos negros do Nordeste
 23 - ( Prova: PGE-RO - 2011 - PGE-RO - Procurador / História
e Geografia de Rondônia / Território Federal do Guaporé;  )
 A criação do Território Federal do Guaporé, em 13/09/1943,
atendeu a vários objetivos do governo de Getúlio Vargas
dentre os quais destaca-se 

 a) o redirecionamento das políticas industriais até então


centradas no Sudeste.
 b) a solução de problemas econômicos de Mato Grosso que
cedeu sua porção norte para o novo território.
 c) a expansão territorial das atividades extrativas minerais,
estratégicas devido ao contexto da Segunda Guerra.
 d) a delimitação exata da fronteira noroeste que desde o
século XIX apresentava problemas de inexatidão.
 e) a proteção das regiões fronteiriças com fracas densidades
demográficas
 44 - ( Prova: CESGRANRIO - 2008 - TJ-RO - Técnico Judiciário /
História e Geografia de Rondônia / Território Federal do Guaporé; 
)
 O controle das fronteiras brasileiras, sobretudo norte e sul, sempre
foi motivo de preocupação dos principais governos republicanos.
Acordos de limites, por exemplo, foram vários na República Velha.
Durante o Governo Vargas, porém, este controle foi efetivamente
definido com a criação de Territórios Federais na região, entre eles:
 a) Rio Branco, atual Estado de Roraima, e Guaporé, atual Estado de
Rondônia.
 b) Acre, atual Estado do Acre, e Guaporé, atual Estado de Rondônia.
 c) Ponta Porã, atual Estado de Tocantins, e Rio Branco, atual Estado
de Roraima.
 d) Iguaçu, atual Estado de Roraima, e Acre, atual Estado do mesmo
nome.
 e) Amapá e Palmas, atualmente Estados do mesmo nome.
 60 - ( Prova: CESGRANRIO - 2007 - TCE - RO - Técnico em
Informática / História e Geografia de Rondônia / Vale do
Guaporé (período colonial);  )
 No século XVIII, paralelamente à atividade mineradora,
desenvolveu-se no Vale do Guaporé a:
 a) atividade industrial, decorrente da mineração, que
garantiu a sobrevivência da população após o esgotamento
da produção mineral.
 b) atividade agrícola de exportação, com produtos como
cacau, café e especiarias destinadas à região do Grão-
Pará.
 c) lavoura de subsistência direcionada ao atendimento das
necessidades da população na região.
 d) pecuária de corte associada ao povoamento da região.
 e) exploração de poços petrolíferos naturais, que
garantiram a auto-suficiência da região até os dias atuais.
 69 - ( Prova: CESGRANRIO - 2007 - TCE - RO - Analista de
Informática / História e Geografia de Rondônia / Vale do
Guaporé (período colonial);  )

 A crise que atingiu a região do Vale do Guaporé, a partir


do início do século XIX, pode ser explicada pela:
 a) quantidade de expedições científicas na região, as quais
controlavam o número de transações mercantis.
 b) abertura da navegação fluvial pelo rio Madeira para
escoar a produção agrícola e de manufaturados da região.
 c) chegada dos jesuítas, em cujas missões era
terminantemente proibida a atividade comercial.
 d) decadência da mineração aliada à importância militar
da região do Vale do Paraguai.
 e) decretação do final da escravidão na Amazônia,
desguarnecendo de mão-de-obra as companhias comerciais
 68 - ( Prova: CESGRANRIO - 2007 - TCE - RO - Analista de Informática / História e
Geografia de Rondônia / Vale do Guaporé (período colonial);  )
 Leia o texto abaixo para responder às questões de os 17 e 18.

Durante o período colonial, a região do Vale do   Guaporé foi foco de atenção do governo
português,     por sua situação limítrofe e pela atividade comercial     que a
caracterizava. Em conseqüência, nela se            delineou uma estrutura social típica da
colônia            portuguesa.                                                            
 Sobre a estrutura social dos Vales do Guaporé e do Madeira nesta época, é correto
afirmar que:
 a) grande parte da população cativa resistiu à escravidão, de maneiras diversas: desde
fugas, muitas vezes apoiadas pelos vizinhos castelhanos, até o aldeamento em
quilombos.
 b) ao contrário do que ocorria nas demais regiões brasileiras, a elite branca era muito
reduzida e possuía funções de caráter exclusivamente militar, ficando a classe média
encarregada da organização política.
 c) parte da população escrava da região originou-se da migração de nordestinos na época
do primeiro ciclo de extração do látex.
 d) a grande maioria dos trabalhadores dos Vales do Guaporé e do Madeira era de
indígenas originários do Vale do Paraguai e submetidos à escravidão.
 e) a entrada de migrantes para trabalhar nos seringais e na construção da ferrovia
Madeira-Mamoré promoveu a formação dos primeiros núcleos urbanos à margem dos rios.
 62 - ( Prova: CESGRANRIO - 2007 - TCE - RO - Analista de Informática / História e
Geografia de Rondônia / Território Federal do Guaporé;  )
 "Para reajustar o organismo político às necessidades econômicas de o país garantir
as medidas apontadas, não se oferecia outra alternativa além da que foi tomada,
instaurando- se um regime forte, de paz, de justiça e de trabalho."
 FENELON, Dea. Proclamação de Getúlio Vargas in 50 Textos da História do Brasil.
SP: Hucitec, 1974, p. 159.
 Com esta proclamação, irradiada por todo o país, Getúlio Vargas anunciava o Estado
Novo. Assinale, dentre as opções abaixo, a que caracteriza a repercussão dessa
ditadura implantada na região amazônica, em especial, no Território Federal do
Guaporé.
 a) Todas as decisões políticas referentes ao território eram tomadas pelo Presidente
da República e pelo Ministério da Defesa.
 b) Os prefeitos dos municípios e os deputados federais eram eleitos por sufrágio
universal direto.
 c) O Ministério do Interior era o único responsável pela administração da região da
Estrada de Ferro Madeira- Mamoré, enquanto ao governador cabia a administração
do restante do Território.
 d) Os funcionários públicos, denominados cutubas, eram nomeados pelo governo
federal, através do voto indireto do colégio eleitoral.
 e) O governador era nomeado pelo Presidente da República, não existindo Poder
Legislativo em âmbito estadual ou municipal.
 66 - ( Prova: CESGRANRIO - 2007 - TCE - RO - Analista de Informática /
História e Geografia de Rondônia / Governo Imperial;  )
 "O que quer que façam ou não, os norte-americanos devem agora começar a
olhar para longe.”MAHAN, Alfred T., in MORISON, S.E. e COMMAGER,
H.S.,História dos Estados Unidos da América.
SP: Melhoramentos, Tomo II, p. 447.
 A afirmativa acima tentava justificar o expansionismo norteamericano que,
com base na Doutrina Monroe e no chamado Destino Manifesto, atuava sobre
o continente americano. Na tentativa de se proteger dessas investidas e
preservar a soberania territorial brasileira no século XIX, o governo imperial:
 a) comprou da Bolívia o Território do Acre, já ocupado por seringueiros
brasileiros, que foram, também, indenizados.
 b) estabeleceu a hidrovia Amazonas-Madeira como trajeto exclusivo para a
exploração e o escoamento do ouro encontrado na região.
 c) decretou o monopólio da navegação no rio Amazonas, concedendo sua
exploração à companhia fundada por Irineu Evangelista de Souza.
 d) permitiu a livre navegação no rio Amazonas, na esperança de que,
pressionados por outros países, os EUA desistissem de seus ideais
expansionistas.
 e) impediu a internacionalização da navegação fluvial na Amazônia, a partir
da isenção de impostos, concedida a quem passasse a utilizar o porto de
Belém, no Oceano Atlântico.
 60 - ( Prova: CESGRANRIO - 2007 - TCE - RO - Técnico em
Informática / História e Geografia de Rondônia / Vale do
Guaporé (período colonial);  )

 No século XVIII, paralelamente à atividade mineradora,


desenvolveu-se no Vale do Guaporé a:

 a) atividade industrial, decorrente da mineração, que


garantiu a sobrevivência da população após o esgotamento
da produção mineral.
 b) atividade agrícola de exportação, com produtos como
cacau, café e especiarias destinadas à região do Grão-Pará.
 c) lavoura de subsistência direcionada ao atendimento das
necessidades da população na região.
 d) pecuária de corte associada ao povoamento da região.
 e) exploração de poços petrolíferos naturais, que garantiram
a auto-suficiência da região até os dias atuais.
 56 - ( Prova: CESGRANRIO - 2008 - TJ-RO - Analista Judiciário - Análise de
Sistemas - Desenvolvimento / História e Geografia de Rondônia / Real Forte
Príncipe da Beira;  )
 O Real Forte Príncipe da Beira foi inaugurado em 20 de agosto de 1783 e constitui
hoje o mais antigo monumento histórico de Rondônia. A construção do Forte
obedeceu aos seguintes objetivos da Coroa Portuguesa:

I - defender as fronteiras portuguesas dos confrontos contra os espanhóis;

II - pacificar os movimentos nativistas e emancipacionistas que ocorriam na


Amazônia;

III - intensificar a atividade comercial ao longo dos rios Guaporé, Mamoré e


Madeira;

IV - fixar como territórios portugueses as terras ao longo do rio Amazonas. 

Estão corretas as afirmativas


 a) I e II, apenas.
 b) I e III, apenas.
 c) II e III, apenas.
 d) II e IV, apenas.
 e) I, II, III e IV.
  

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