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Bandeira de Sergipe
População
A população de Sergipe é estimada em 2.068.017 habitantes,
conforme dados levantados pelo Censo do IBGE em 2010. O
estado notou forte crescimento demográfico desde a década de
50, com expressivo desenvolvimento da população urbana que
ultrapassou a rural em meados dos anos oitenta.
Aracaju
A capital do estado soma 650.106 habitantes, conforme dados
de 2017 porém, acrescentando as populações da Grande
Aracaju (Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e São
Cristóvão), o contingente populacional total é de 938.550
habitantes. Foi criada em 17 de março de 1865.
Principais cidades
Além da capital, Aracaju, os maiores municípios, em termos de
população, são:
Nossa Senhora do Socorro
Lagarto
Itabaiana
Relevo
A estreita porção territorial do Sergipe acarreta sua pouca
movimentação morfológica, o que significa a predominância de
áreas planas e pequenas elevações. O relevo, assim, é
composto por depressões na maior parte do território mas,
registra a presença de planície litorânea com várzeas. Seu
ponto mais alto é a Serra Negra, com 742m de altitude.
Geologia
A geologia de Sergipe é formada por rochas mais antigas
(Embasamento Gnáissico e Faixa de Dobramentos Sergipana) e
recentes (Bacias Sedimentares de Sergipe e Tucano,
Formações Superficiais). Confira detalhes sobre cada formação:
Embasamento Gnaíssico: rochas magmáticas e
metamórficas do período Pré-Cambriano
representadas por migmatitos, granitóides, gnaisses,
quartizitos e metassedimentos. Essa formação é
encontrada no Cráton de São Francisco e nos Domos
de Itabaiana e Simão Dias.
Faixa de Dobramentos Sergipana: encontrada nos
domínios Estância, Vaza-Barris, Macururé, Marancó,
Poço Redondo e Canindé. Ocorrência de
metassedimentos, migmatitos, granitóides e rochas
vulcano-sedimentares.
Bacias Sedimentares: localizadas a leste,
avançando sobre a Bacia de Sergipe até o limite da
falha de Itaporanga d’Ajuda e a noroeste e sudoeste.
Sua origem está relacionada à separação da África e
América do Sul que formou Muribeca, Cotinguiba,
Riachuelo, Marituba, Calumbi e Mosqueiro. Nestas
regiões, é possível encontrar fósseis marinhos,
petróleo, carvão e minerais carbonáticos.
Formações Superficiais: Grupo Barreiras, coberturas
tércio-quaternárias e quaternárias. O grupo é
distribuído no leste do estado e constituído por
cascalhos, conglomerados, areias finas e grossas e
níveis de argila).
Clima
O clima sergipano varia conforme a região, predominando como
tropical na parte litorânea e semi árido no sertão. Porém, tem
temperaturas médias elevadas e variação térmica anual
pequena, com amplitude térmica média inferior a 5°C em todo o
estado. O regime pluvial diminui do litoral em direção ao
interior. Quanto a isso, o clima é dividido em três zonas:
Tropical úmido ao longo do litoral: compreende a
faixa litorânea e apresenta precipitação média de
1.355 mm/ano, além de umidade relativa do ar com
(média anual de 80%. O inverno caracteriza-se pela
estação chuvosa entre os meses de abril e agosto. A
estação seca, por sua vez, vai de novembro a janeiro.
As áreas litorâneas sofrem influência dos ventos de
alísios e constantes das brisas marítimas, além das
frentes frias do Sudeste no inverno.
Tropical sub-úmido ou de Transição Semiárida
(Agreste): a distribuição mensal das chuvas é
semelhante ao litoral mas, com taxas menores de
precipitação, em torno de 1.000 mm/ano. As
temperaturas médias ficam em torno dos 25°C.
Permanece a influência dos ventos alísios, das brisas
e frentes frias, acrescidos dos ventos barostróficos
Semiárido (Sertão): compreende a parte oeste do
Sergipe, com precipitação média inferior a 700
mm/ano, chegando abaixo de 30 mm no verão. A
noroeste, as chuvas começam em abril enquanto as
secas são sazonais, comuns nas áreas tropicais. A
umidade relativa do ar é baixa com temperaturas em
torno de 30°C. A evaporação elevada causa a
deficiência hídrica durante quase todo o ano.
Vegetação
A vegetação típica do Sergipe, assim como em boa parte dos
estados nordestinos, é a caatinga predominante em seu sertão,
os mangues presentes no litoral e uma faixa composta por
floresta tropical.
Formações litorâneas: localizadas na planície costeira onde há
formações litorâneas constituídas por mangues, vegetação de
restinga, matas secundárias e resquícios de florestas de porte
inferior. Os primeiros estão situados nas desembocaduras dos
rios e apresentam ambiente lodoso e salobro, possibilitando o
desenvolvimento de estratos arbustivos e arbóreos com raízes
aéreas . A restinga reveste a área litorânea e dunas com
espécies perenifólias e xeromorfas decorrentes dos ventos. As
matas secundárias são florestas em estágios médio a avançado
de regeneração com portes que variam de 12 a 20m. A Mata
Atlântica, por sua vez, foi intensamente devastada e está
localizada em áreas específicas sob proteção integral. As
espécies mais encontradas são: sucupira, maçaranduba, pau-
brasil, jatobá, candeia, peroba, além de bromélia e orquídeas
Cerrados: também chamados de vegetação de tabuleiro, ocorre
na faixa entre o semiárido e o litoral, composto por gramíneas e
espécies arbustivas de pequeno porte. Suas espécies mais
conhecidas são marmeleiro, ingazeiro, jenipapeiro, cajazeiro
entre outros.
Caatinga: vegetação típica do semiárido brasileiro, cobre boa
parte do sertão e apresenta estrutura variável quanto a porte,
estrutura e densidade. Há dois tipos de caatinga, sendo eles a
hipoxerófila ou arbustiva arbórea (transição para o sertão com
secas inferiores a sete meses) e hiperxerófila ou arbustiva
(resistente à seca, porte baixo e secas superiores a sete
meses). As espécies mais conhecidas são baraúna, jurema,
aroeira, pau-ferro, umbu, angico, mandacaru, xique-xique e
macambira. As espécies são utilizadas para a produção de
remédios, energia e carvão.
Fauna
São exemplos de animais típicos do Sergipe:
Corrupião (ave-símbolo do estado de Sergipe).
Ouriço-preto
Tamanduá-mirim
Sabiá-laranjeira
Borboleta-monarca
Seriema
Maçarico-branco
Macaco-guigó
Preguiça-de-coleira
Pica-pau-de-topete
Periquito-velante
Sapo-cururu
Jia-de-parede
Gralha-canção
Gambá
Preá
Capivara
Macaco-prego
Veado-catingueiro
Unidades de conservação
O estado abriga vinte unidades de conservação (UC), sendo oito
particulares, três da União, duas municipais e sete estaduais. O
intuito é preservar a diversidade biológica, proteger as
espécies, recuperar recursos hídricos, promover a educação
ambiental, o ecoturismo e a pesquisa. As UC’s localizadas no
território são:
Reserva Biológica de Santa Izabel (1988): municípios
de Pirambu e Pacatuba com o objetivo de proteger a
desova das tartarugas marinhas. Sedia uma das
unidades do Projeto Tamar.
Parque Nacional Serra de Itabaiana (2005): objetivo
de preservar os espaços naturais e servir como
laboratório vivo. Abrange os municípios de Itabaiana,
Areia Branca, Itaporanga d’Ajuda e Campo do Brito.
São encontradas espécies vegetais da Mata Atlântica,
Cerrado e típicas de Restinga e tem o riacho dos
Negros como seu principal atrativo.
Floresta Nacional do Ibura (2005): município de
Nossa Senhora, inclui proteção a ecossistemas, como
a Mata Atlântica
Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu
(1995): em Aracaju, encontra-se comprometido pela
invasão, construção e urbanização das favelas na
área.
Área de Proteção Ambiental do Litoral Sul do Estado
de Sergipe (1993): municípios de Itaporanga d’Ajuda,
Estância, Santa Luzia do Itanhi e Indiaroba,
compreendendo as praias mais habitadas do Estado,
restingas arbóreas, manguezais e manchas mais
preservadas de Mata Atlântica.
Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco
(2007): município de Capela, um dos maiores
remanescentes de Mata Atlântica do Estado, além de
ter a função de preservar 144 espécies florísticas, 14
anfíbios, 9 répteis, 19 outros mamíferos e 93 espécies
de aves, entre elas, o gavião-pombo e o sabiá-
pimenta, considerados como vulneráveis à extinção.
Monumento Natural Grota do Angico (2007): situada
no Alto Sertão Sergipano, entre os municípios de Poço
Redondo e Canindé de São Francisco. Abriga
remanescentes florestais da Caatinga. Tem
importância histórica por abrigar a Grota do Angico,
além de ter sido alvo do cangaço e cenário da morte
do grupo liderado por Lampião e Maria Bonita.
Unidades de Conservação em Fase de
Recategorização (1990): compreende as margens e
todo o leito do rio Sergipe.
Recursos Minerais
Os minerais sergipanos são provenientes dos carbonatos,
sais solúveis, além de recursos energéticos, minerais
metálicos e não metálicos. Entre todos estes elementos,
podemos destacar:
Energéticos: petróleo, gás natural e turfa
Carbonatos: calcário, dolomito e metacarbonetos
Sais Solúveis: carnalita, silvita, silvinita, halita e
taquidrita
Metálicos: cobre, níquel, chumbo, zinco, ouro,
manganês, titânio, zircônio, tório, pirita e ferro
Não metálicos: areia, argila, saibro, filito, granito,
gnaisse, gabro, quartzo, metassiltito, metarenito,
quartzito, água mineral, enxofre, flúor, fósforo,
amianto
Hidrografia
Apesar de sua estreita faixa territorial, o estado é drenado
por oito bacias hidrográficas que desaguam no Oceano
Atlântico e formam uma rede de rios perenes e temporários.
Três dessas bacias (São Francisco, Vaza-Barris e Real) são de
domínio da União, enquanto as demais são estaduais. Vejamos
as características de cada uma:
Bacia Hidrográfica do rio São Francisco: a maior e mais
importante bacia hidrográfica do estado, drena 7.184 km²
e abriga, no leito do Rio São Francisco, a Usina
Hidrelétrica de Xingó. Suas águas são, também, utilizadas
para a irrigação de plantações e abastecimento. Seus
limites chegam às bacias dos rios Japaratuba e Sergipe.
Os principais afluentes são os rios Xingó, Jacaré,
Capivara, Gararu e Betume.
Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba: nasce na Serra da
Boa Vista e deságua no Oceano Atlântico, com área
geográfica de 1.735km² abrangendo 20 municípios. Abriga
atividades econômicas relacionadas ao cultivo da cana,
exploração mineral ( petróleo, gás natural, sal gema,
potássio, calcário, magnésio, turfa e areia,), pesca,
turismo, além do abastecimento. Seus principais afluentes
são os rios Japaratuba mirim, Lagartixo, Siriri, Cancelo e
Riacho do Prata.
Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe: equivale a 56,6% do
estado e abrange 26 municípios, a maioria constituindo a
zona urbana. O rio Sergipe é um importante curso d’água
para o desenvolvimento econômico. Seus afluentes, os
rios Poxim, Jacarecica e poços artesianos perfurados na
bacia, atendem às populações urbana e rural. As
barragens Jacarecica I e II e o Açude da Macela
constituem reservatórios para a irrigação de hortaliças e
frutas. Abriga, ainda, atividades relacionadas ao turismo,
pesca, recreação e transporte.
Bacia Hidrográfica do rio Vaza-Barris: nasce na Bahia e
cobre área de 2.559 Km² em Sergipe. O baixo curso
começa entre Simão Dias e Pinhão, passando por climas
semiárido, subúmido e úmido que compõem 14 municípios.
Suas águas não servem para o consumo humano devido à
elevada concentração de sais. Sendo assim, concentra
atividades ligadas ao lazer e turismo. Os principais
afluentes são: o riacho Cansanção, rios Jacoca e do
Lomba, além do riacho Traíras.
Bacia Hidrográfica do Rio Piauí: abrange 15 municípios e
uma área geográfica de 4.150 km². Localizada ao sul,
apresenta sistema hidrográfico bastante desenvolvido
constituído pelo Rio Piauí e seus afluentes (rios Arauá,
Pagão, Jacaré, Piauitinga e Fundo). As principais
atividades desenvolvidas no seu curso relacionam-se ao
lazer, turismo, pesca, irrigação, mineração a
abastecimento.
Bacia Hidrográfica do rio Real: nasce na serra do Tubarão,
na divisa com a Bahia, desaguando no estuário de Mangue
Seco. Cobre área de 2.388 km² tendo os riachos
Mocambo e Caripau e os rios Jabiberi e Itamirim como
seus principais afluentes.
Grupo de Bacias Costeiras 1 e 2: como o próprio nome já
diz, estão localizadas na zona costeira. A primeira, na
parte norte como Bacia Costeira do rio Sapucaia e, a
outra, na parte sul como Bacia Costeira Caueira/Abaís.
Presença da ação referente à construção de
barramentos, equipamentos para captação de água e
abastecimento. Suas águas desembocam no Atlântico.
Economia
A economia do estado baseia-se no extrativismo,
agricultura e pecuária. Apresenta-se como policultor devido às
suas lavouras criadas para cultivos de subsistência e industrial.
Entre esses, destacam-se a cana-de-açúcar (Zona da Mata);
laranja (Agreste); coco-da-baía; fumo; algodão; mandioca
(Agreste); maracujá; tangerina; limão; milho; feijão; arroz;
amendoim; inhame; batata-doce; melancia e abóbora.
Culinária Típica
O principal prato típico de Sergipe é a buchada, além de frutos
do mar, milho e carne de sol. Diariamente, os sergipanos
costumam comer bolinhos de milho e cuscuz. No interior, é
conhecida a paçoca de carne. Em todo o estado, é comum o
consumo de bebidas à base de frutas, como o caju, batidas de
maracujá, licores de jenipapo, entre outras.