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Ele insere-se num projeto mais amplo de apoio a capacitação técnica, atualização e
reciclagem dos profissionais da Engenharia e em particular aos associados do SENGE-PB.
Em particular, este módulo sobre Barragens de Terra busca atender demanda dos
colegas Engenheiros e Técnicos da EMATER – Empresa de Assistência Técnica e Extensão
Rural da Paraíba e da SUPLAN – Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento
do Estado.
A Direção do SENGE-PB se sente feliz em poder ofertar esse curso aos colegas
Engenheiros e associados na perspectiva de que ele não é um fato episódico, mas uma ação
que nessa área se pretende permanente e diversificada.
2
INDICE
01. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 9
02. OBJETIVOS................................................................................................................................................. 12
03. ESCOLHA DO TIPO DA BARRAGEM ................................................................................................... 12
04. ESTUDOS A SEREM REALIZADOS ...................................................................................................... 13
4.1 – GENERALIDADES. ...................................................................................................................................... 13
4.2 – ESTUDOS TOPOGRÁFICOS.......................................................................................................................... 14
4.3 – ESTUDOS GEOLÓGICOS. ............................................................................................................................ 14
4.4 – ESTUDOS HIDROLÓGICOS. ......................................................................................................................... 14
4.5 – ESTUDOS GEOTÉCNICOS. ........................................................................................................................... 15
4.5.1 – Estudos de Jazidas ....................................................................................................................... 15
4.5.2 – Cálculo do Volume da Jazida...................................................................................................... 16
4.5.3 – Solos não Aproveitáveis .............................................................................................................. 16
4.5.4 – A Classificação Unificada dos Solos ........................................................................................... 17
05. PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO ................................................................ 27
5.1 – ESTUDOS PRELIMINARES ............................................................................................................................ 27
5.1.1 – Pesquisa do local .......................................................................................................................... 27
5.1.2 – Escolha do Eixo da Barragem. ................................................................................................... 28
06. TIPOS DE SEÇÕES DA BARRAGEM .................................................................................................... 29
07. TIPOS DE FUNDAÇÃO............................................................................................................................. 31
7.1 – GENERALIDADES. ...................................................................................................................................... 31
7.2 – FUNDAÇÕES EM ROCHA .............................................................................................................................. 32
7.3 – FUNDAÇÕES EM SOLOS PERMEÁVEIS (SOLOS ARENOSOS E PEDREGULHOSOS)................................................ 32
7.3.1 – Valas Corta-águas (“Cutoff”) ...................................................................................................... 33
7.3.2 – Valas Corta-águas parciais. ........................................................................................................ 34
7.3.3 – Banquetas de montante .............................................................................................................. 34
7.3.4 – Estacas pranchas.......................................................................................................................... 35
7.3.5 – Injeções ......................................................................................................................................... 35
7.3.6 – Tapetes filtrantes ......................................................................................................................... 36
7.3.7 – Drenos de pé e valas drenantes ................................................................................................ 36
7.3.8 – Poços de alívio .............................................................................................................................. 37
7.4 – FUNDAÇÕES EM SOLOS IMPERMEÁVEIS. ...................................................................................................... 38
7.4.1 – Fundações em solos saturados. ................................................................................................. 38
7.4.2 – Fundações em solos relativamente secos. ............................................................................... 38
08. PROJETO DA BARRAGEM...................................................................................................................... 39
8.1 – ESCOLHA DO LOCAL E TIPO DA BARRAGEM................................................................................................. 39
8.2 – NORMALIZAÇÃO PARA O PROJETO. ............................................................................................................. 40
8.3 – HIDROLOGIA DA BACIA HIDROGRÁFICA....................................................................................................... 41
8.4 – CÁLCULO DA CAPACIDADE DO RESERVATÓRIO............................................................................................ 41
8.5 – DESCARGA DE PROJETO NA SEÇÃO DA BARRAGEM. ...................................................................................... 42
8.5.1 – Bacia Hidrográfica ........................................................................................................................ 43
3
8.5.2 – Determinação do Rendimento da Bacia Hidrográfica. ............................................................ 46
8.5.3 – Cálculo da capacidade do reservatório. .................................................................................... 47
8.5.4 – Perdas d’água represada. ........................................................................................................... 48
8.5.5 – Água necessária para o consumo .............................................................................................. 49
8.6 – ALTURA DA BARRAGEM .............................................................................................................................. 49
8.7 – CÁLCULO DA DESCARGA MÁXIMA DE ENCHENTE ......................................................................................... 52
8.8 – CÁLCULO DA LARGURA DO SANGRADOURO ................................................................................................. 55
8.9 – CÁLCULO DA FOLGA ................................................................................................................................... 58
8.9.1 – Indicações do “Bureau of Reclamation” ................................................................................... 59
8.10 – CÁLCULO DA LARGURA DO COROAMENTO ................................................................................................. 60
8.11 – PROTEÇÃO DOS TALUDES ........................................................................................................................ 60
8.11.1 - Talude Montante ......................................................................................................................... 60
8.11.2 – Talude Jusante ........................................................................................................................... 62
8.11.3 – Proteção do Coroamento .......................................................................................................... 63
8.11.4 – Drenagem Superficial ................................................................................................................ 63
8.12 – FILTROS PARA DRENOS ............................................................................................................................ 64
8.12.1 – Generalidades ............................................................................................................................. 64
8.12.2 – Dimensionamento dos materiais de filtros ............................................................................. 65
09. EXECUÇÃO DE PEQUENAS BARRAGENS .......................................................................................... 65
9.1 - PROCESSO DE GARANTIA DA QUALIDADE EM GEOTECNIA............................................................................. 65
9.2 – COMPACTAÇÃO DOS SOLOS .............................................................................................................. 66
9.2.1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 66
9.3 CURVAS DE COMPACTAÇÃO.......................................................................................................................... 68
9.4 – ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO ....................................................................................................................... 70
9.5 – FATORES QUE INFLUEM NO PROCESSO DE COMPACTAÇÃO DE SOLOS ........................................................... 74
9.6 - MÉTODOS DE COMPACTAÇÃO...................................................................................................................... 76
9.7 – FONTES DE ERROS NO ENSAIO................................................................................................................... 77
9.8 - CONTROLE DA COMPACTAÇÃO NO CAMPO ................................................................................................... 78
9.9 - EQUIPAMENTOS PARA COMPACTAÇÃO EM CAMPO......................................................................................... 81
9.9.1 – Introdução..................................................................................................................................... 81
9.9.2 –Compactação por Amassamento. Rolo Pata-de-cabra ou Pé-de-carneiro. ........................... 82
9.9.3 - Compactação por Pressão. Rolos Lisos e Pneumáticos........................................................... 83
9.9.4 - Compactação por Impacto. Sapo Mecânico.............................................................................. 85
9.9.5 - Compactação por Vibração. Rolos Vibratórios.......................................................................... 86
9.9.6 – Influencia do Número de Passadas do Rolo............................................................................. 87
10. BARRAGENS SUBTERRÂNEAS ............................................................................................................. 89
10.1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 89
10.2 - AS BARRAGENS SUBTERRÂNEAS................................................................................................................ 90
10.3 - VANTAGENS E DESVANTAGENS ................................................................................................................. 92
10.4 - PROJETO DE BARRAGEM SUBTERRÂNEA .................................................................................................... 93
10.4.1 - Estudos Preliminares .................................................................................................................. 93
10.4.2 - O Septo Impermeável ................................................................................................................ 94
10.4.3 - Descarregador de Fundo ........................................................................................................... 96
10.4.4 - Proteção do Septo de Material Compactado........................................................................... 98
10.5 - PROCESSO CONSTRUTIVO ........................................................................................................................ 98
10.5.1 - Escavação .................................................................................................................................... 99
10.6 - EXECUÇÃO DO SEPTO ............................................................................................................................ 100
4
10.6.1 - Material Compactado ............................................................................................................... 100
10.6.2 - Alvenaria de Pedra ................................................................................................................... 101
10.6.3 - Diafragma com Lona Plástica.................................................................................................. 102
10.6.4 - Diafragma de Concreto ............................................................................................................ 103
10.7 CAPTAÇÃO DE ÁGUA ................................................................................................................................. 103
10.8 - SISTEMAS DE BARRAGENS SUCESSIVAS ................................................................................................... 104
10.9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 105
11. BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................................... 106
5
Lista de Figuras
7
Lista de Tabelas
8
PEQUENAS BARRAGENS DE TERRA
Projeto, dimensionamento, execução e controle tecnológico
01. INTRODUÇÃO
DEFINIÇÃO
9
Nessa época a maioria dos açudes eram construídos manualmente com terra
amontoada ou de pedra e cal. Uma técnica muito original, porém, utilizando-se um “couro de
arraste” puxado por uma junta de bois, foi se divulgando com sucesso. Essa técnica foi
substituída no inicio do século passado por outra utilizando jumentos para o transporte do
material mediante uma parelha de caixotes amarrada na cangalha, enquanto os cascos dos
animais asseguravam a compactação do material.
Características
Tipo Terra
Acumulação (m3) 2.400.000.000
Altura Máxima (m) 68,00
Volume Maciço (m3) 4.610.000
Descarga Máx. Tomada D’água (m3/s) 20
Vazão do Sangradouro (m3/s) 13.200
10
Características
Tipo Zonada
Acumulação (m3) 2.100.000.000
Altura Máxima (m) 54,00
Volume Maciço (m3) 5.899.325
Descarga Máx. Tomada D’água (m3/s) 31
Vazão do Sangradouro (m3/s) 5.200
Tipo Terra/CCR
Acumulação (m3) 4.450.000.000
Altura Máxima (m) 60
Extensão da Barragem (km) 3,5
Extensão do Vertedouro (m) 153
Extensão do Lago (km) 48
Vazão Regularizada (m3/s) 22
Figura 1.3 – Barragem Castanhão – Jaguaribara - Ceará
11
02. OBJETIVOS
É importante frisar que um mesmo açude pode ter finalidades várias e que o
seu estudo deve estar perfeitamente integrado na problemática sócio-econômica do vale a
que pertence.
• Forma do vale;
• Solo de fundação;
• Materiais existentes;
• Condições climáticas;
• Fatores hidráulicos;
• Meios de transporte;
• Equipamentos disponíveis;
• Posicionamento do vertedouro;
• Finalidade;
• Segurança da obra;
• Custo da obra.
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As barragens de terra, como dito, são apropriadas para locais onde haja
disponibilidade de solos argilosos ou areno-siltoso/argiloso, utilizando o solo escavado para a
própria construção da barragem sempre que possível.
4.1 – Generalidades.
13
Estes estudos tornarão possível a análise das considerações técnicas da obra,
bem como seu comportamento hidráulico, e sobre os aspectos sócio-econômico decorrente
da sua construção.
• Estudos topográficos;
• Estudos geológicos;
• Estudos hidrológicos;
• Estudos geotécnicos.
14
4.5 – Estudos geotécnicos.
4.5.1.1 - Introdução
• Condições técnica;
• Condições econômicas.
15
a) Lançamento de um reticulado como malha de 50 metros sobre a área
delimitada;
b) Sondagem nos nós do reticulado, alternando-se furos a trado, com poços
escavados com pá-e-picareta;
c) As amostras serão coletadas e encaminhadas ao laboratório para os
ensaios especificados.
• Granulometria;
• Limite de Liquidez;
• Limite de Plasticidade;
• Compactação.
• Ensaio de permeabilidade
• Ensaio de cisalhamento.
Volume total da jazida é dado pelo produto da área pela profundidade média
do solo.
Vt = (A) x (hm)
Onde;
Vt – Volume total da jazida;
A – Área da jazida;
Hm – Profundidade média do material.
c) Argilas em torrões cujo destorroamento não seja fácil pela ação de grades
de disco e rolos, dificultando assim a compactação.
17
1) Solos com predominância de grossos;
2) Solos com predominância de finos;
3) Solos com elevada percentagem de matéria orgânica.
Os solos finos são classificados como argila e silte. A classificação dos solos
finos é realizada tomando-se como base apenas os limites de plasticidade e liquidez do solo,
plotados na forma da carta de plasticidade de Casagrande. Em outras palavras, o
conhecimento da curva granulométrica de solos possuindo mais do que 50% de material
passando na peneira 200 pouco ou muito pouco acrescenta acerca das expectativas sobre
suas propriedades de engenharia.
18
Deste modo, os solos finos, que são divididos em quatro subgrupos (CL, CH,
ML e MH), são classificados de acordo com a sua posição em relação às linhas A e B.
19
Figura 4.1 - Classificação dos Solos Grossos pelo SUCS.
Figura 4.2 - Características dos Materiais Classificados Conforme os Grupos da Tabela Unificada
21
DIVISÕES SÍMBOLO PERMEABILIDADE CARACTERÍSTICAS DE VALOR COMO
PRINCIPAIS NOME VALOR COMO ATÊRRO
LETRA HACHURA COR CM. POR SEG. COMPACTAÇÃO FUNDAÇÃO
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) ( 10 ) ( 11 ) ( 12 )
PEDREGULHOS E MISTURAS DE PE- MUITOESTÁVEIS, ABAS* PERMEÁVEIS -2 BOAS, TRATOR, RÔLO PNEUMÁTICO BOA CAPACIDADE MURO INTERCEP-
GW DREGULHO E AREIA, BEM GRADUA- k > 10 2000 — 2160
DOS, COM POUCO OU SEM FINOS DE DIQUES E BARRAGENS E RÔLO LISO DE SUPORTE TANTE**
PEDRE- PEDREGULHOS E MISTURAS DE PE- RAZOÁVELMENTE ESTÁVEIS, ABAS PER -2 BOAS, TRATOR, RÔLO PNEUMÁTICO BOA CAPACIDADE MURO INTERCEP-
GULHOS G P DREGULHO E AREIA, MAL GRADUA- k > 10 1940 — 2000
VERMELHO
DOS, COM POUCO OU SEM FINOS MEÁVEIS DE DIQUES E BARRAGENS E RÔLO LISO DE SUPORTE TANTE
E
RAZOÁVELMENTE ESTÁVEIS, POUCO -3
SOLOS CASCALHOS SILTOSOS, MISTURAS INDICADOS PARA ABAS, PODENDO k > 10 BOAS COM CONTROLE APURADO, RÔLO BOA CAPACIDADE TRINCHEIRA DE
GM -6 1920 — 2150
PEDREGU- DE CASCALHO, AREIA E SILTE SER USADOS EM NÚCLEOS IMPER- a 10 PNEUMÁTICO E RÔLO PÉ-DE-CARNEIRO DE SUPORTE PÉ OU NADA
MEÁVEIS E BANQUETAS
SOLOS LHOSOS MEDIANAMENTE ESTÁVEIS, PODEM -6
CASCALHOS ARGILOSOS, MISTURAS k > 10 REGULARES, RÔLO PNEUMÁTICO BOA CAPACIDADE
AMARELO
DE GC SER USADOS EM NÚCLEOS IMPER- -8 1840 — 2070 NENHUM
DE CASCALHO, AREIA E SILTE a 10 E RÔLO PÉ-DE-CARNEIRO DE SUPORTE
MEÁVEIS OU DIQUES
GRANU-
AREIAS E AREIAS PEDREGULHOSAS MUITO ESTÁVEIS, SEÇÕES PERMEÁ- -3 BOA CAPACIDADE BANQUETA DE MON-
LAÇÃO SW BEM GRADUADAS, COM POUCO OU k > 10 BOAS, TRATOR 1760 — 2070 TANTE E DRENAGEM
SEM FINOS VEIS, NECESSÁRIA PROTEÇÃO DE TALUDE DE SUPORTE OU POÇOS, DE PÉ
GROSSA
AREIAS AREIAS E AREIAS PEDREGULHOSAS BOA A MÁ CAPACIDA- BANQUETA DE MON-
RAZOÁVELMENTE ESTÁVEIS, PODEM SER -3
E SP MAL GRADUADAS, COM POUCO OU k > 10 BOAS, TRATOR 1800 — 1920 DE DE SUPORTE CON- TANTE E DRENAGEM
VERMELHO
SEM FINOS USADOS EM DIQUES DE TALUDES SUAVES FORME A DENSIDADE OU POÇOS, DE PÉ
SOLOS -3
AREIAS SILTOSAS, MISTURAS MEDIANAMENTE ESTÁVEIS, POUCO INDICA- BOAS, COM CONTRÔLE APURADO, BOA A MÁ CAPACIDA- BANQUETA DE MON-
ARENO- k > 10 1760 — 2000
SM DOS PARA ABAS, PODENDO SER USADOS -6 RÔLO PNEUMÁTICO, RÔLO PÉ-DE- DE DE SUPORTE CON- TANTE E DRENAGEM
DE AREIA E SILTE NÚCLEOS IMPERMEÁVEIS OU DIQUES a 10 CARNEIRO FORME A DENSIDADE OU POÇOS, DE PÉ
SOS
MEDIANAMENTE ESTÁVEIS, USADOS -6
AREIAS ARGILOSAS, MISTURAS k > 10 REGULARES, RÔLO PÉ-DE-CARNEIRO, BOA A MÁ CAPACI-
1670 — 2000 NENHUM
AMARELO
SC EM NÚCLEOS IMPERMEÁVEIS DE ES- -8
DADE DE SUPORTE
DE AREIA E ARGILA TRUTURAS CONTRA ENCHENTES a 10 RÔLO PNEUMÁTICO
SILTES INORGÂNICOS E AREIAS MUITO ESTABILIDADE MÁ, PODE SER USADO -3 BOAS A MÁS, ESSENCIAL O CONTRÔLE MUITO MAU SUSCE-
FINAS, PÓ DE PEDRA, AREIAS FINAS SILTO- k > 10 TRINCHEIRA DE
ML EM ATERRO MEDIANTE CONTROLE -6 APURADO, RÔLO PNEUMÁTICO, 1520 — 1920 PTÍVEL À LIQUE-
SAS OU ARGILOSAS, E SILTES ARGILO- a 10 PÉ OU NADA
SILTES SOS POUCO PLÁSTICOS ADEQUADO RÔLO PÉ-DE-CARNEIRO FAÇÃO
E ARGILAS INORGÂNICOS DE PLASTICIDADE -6
BAIXA OU MÉDIA, ARGILAS PEDREGULHO- ESTÁVEIS, NÚCLEOS IMPERMEÁVEIS k > 10 REGULARES A BOAS, RÔLO PÉ-DE- SUPORTE
ARGILAS CL -8 1520 — 1920 NENHUM
SAS, ARGILAS ARENOSAS, ARGILAS SILTO- E BANQUETAS a 10 CARNEIRO, RÔLO PNEUMÁTICO BOM A MAU
VERDE
LL < 50 SAS, ARGILAS MAGRAS
SOLOS -4 SUPORTE REGULAR
SILTES ORGÂNICOS E SILTES E ARGILAS k > 10 REGULARES A MÁS, RÔLO PÉ-DE-
DE OL NÃO SERVEM PARA ATÊRRO -6 1260 — 1600 A MAU E NENHUM
ORGÂNICAS DE PLASTICIDADE BAIXA a 10 CARNEIRO RECALQUES
GRANU- -4
SILTES INORGÂNICOS, SOLOS ARENO- ESTABILIDADE MÁ, NÚCLEO DE ATÊRRO MÁS A MUITO MÁS, RÔLO PÉ-DE-
LAÇÃO SOS FINOS OU SILTOSOS MICÁCEOS k > 10 1120 — 1520 SUPORTE MAU NENHUM
MH HIDRÁULICO, INDESEJÁVEIS EM ATÊRRO -6
SILTES E DIATOMÁCEOS, SOLOS ELÁSTICOS COMPACTADO C/ RÓLO PÉ-DE-CARNEIRO a 10 CARNEIRO
FINA
-6
E ARGILAS INORGÂNICAS DE PLASTICI- ESTABILIDADE MÉDIA C/ TALUDES SUAVES k > 10 REGULARES A MÁS, RÔLO PÉ-DE- SUPORTE REGULAR
CH -8 1200 — 1500 NENHUM
AZUL
ARGILAS DADE ELEVADA, ARGILAS GORDAS NÚCLEOS FINOS, BANQUETAS E DIQUES a 10 CARNEIRO A MAU
LL > 50 -6
ARGILAS ORGÂNICAS DE PLASTICIDADE k > 10 MÁS A MUITO MÁS, RÔLO PÉ-DE- SUPORTE MUITO
OH NÃO SERVEM PARA ATÊRRO -8 1040 — 1600 NENHUM
MÉDIA À ELEVADA, SILTES ORGÂNICOS a 10 CARNEIRO MAU
SOLOS MUITO TURFA E OUTROS SOLOS ALTAMENTE
Pt NÃO SÃO USADOS EM CONSTRUÇÃO COMPACTAÇÃO IMPRATICÁVEL TRATADO PARA FUNDAÇÕES
ALA-
RAN-
JADO
ORGÂNICOS ORGÂNICOS
NOTAS: 1 — Os valores nas colunas 7 e 11 servem apenas de orientação. O projeto deve basear-se em resultados de ensaios.
2 — Na coluna 9, os equipamentos relacionados produzirão normalmente as densidades visadas, mediante um número razoável de passadas, quando a umidade
e a espessura da camada fôrem devidamente controladas
Figura 4.3 - Característica Referentes a Aterros e Fundações
3 — Na coluna 10, as massas específicas sêcas referem-se a solos compactados no teor de umidade ótima, correspondente ao ensaio A.A.S.H.O. (PROCTOR NORMAL)
* — Zona que envolve o núcleo
** — Positive Cut-Off
22
Compactação Compressibilidade endométrica % do Resistência ao cisalhamento
Proctor volume inicial (em termos de tensões efetivas)
Grupo Índice
Permeabilidade K x 10-6
do De
(cm.s-1)
Solo γs,máx hótima Vazios @ @ C’ C’sat
tg φ’
(g/cm-3) (%) 1,4kg.cm-2 3,5kg.cm-2 (kg/cm-2) (kg/cm-2)
GW > 1,90 > 13,3 (x) 27.000 ± 13.000 < 1,4 (x) (x) (x) > 0,79
GP > 1,76 > 12,4 (x) 64.000 ± 34.000 < 0,8 (x) (x) (x) > 0,74
GM > 1,82 > 14,5 (x) > 0,3 < 1,2 < 3,0 (x) (x) > 0,67
GC > 1,84 > 14,7 (x) > 0,3 < 1,2 < 2,4 (x) (x) > 0,60
1,90 ± 13,3 ± 0,37 ± 0,40 0,79 ±
SW (x) 1,4 ± (x) (x) (x)
0,08 2,5 (x) ±0,04 0,02
1,76 ± 12,4 ± 0,50 ± 0,23 ± 0,74 ±
SP > 15,0 0,8 ± 0,3 (x) (x)
0,03 1,0 0,03 0,06 0,02
1,82 ± 14,5 ± 0,48 ± 0,52 ± 0,20 0,67 ±
SM 7,5 ± 4,8 1,2 ± 0,1 3,0 ± 0,4
0,02 0,4 0,02 0,06 ±0,07 0,02
SM- 1,90 ± 12,8 ± 0,41 ± 0,51 ± 0,14 ± 0,66 ±
0,8 ± 0,6 1,4 ± 0,3 2,9 ± 1,0
SC 0,02 0,5 0,02 0,02 0,06 0,07
1,84 ± 14,7 ± 0,48 ± 0,76 ± 0,11 ± 0,60 ±
SC 0,3 ± 0,2 1,2 ± 0,2 2,4 ± 0,5
0,02 0,4 0,01 0,02 0,06 0,07
1,65 ± 19,2 ± 0,63 ± 0,68 ± 0,09 ± 0,62 ±
ML 0,59 ± 0,23 1,5 ± 0,2 2,6 ± 0,3
0,02 0,7 0,02 0,01 (x) 0,04
ML- 1,74 ± 16,8 ± 0,54 ± 0,64 ± 0,22 ± 0,62 ±
0,13 ± 0,07 1,0 ± 0,2 2,2 ± 0,0
CL 0,03 0,7 0,03 0,02 (x) 0,06
1,73 ± 17,3 ± 0,56 ± 0,88 ± 0,13 ± 0,54 ±
CL 0,08 ± 0,03 1,4 ± 0,2 2,6 ± 0,4
0,02 0,3 0,01 0,01 0,02 0,04
OL (x) (x) (x) (x) (x) (x) (x) (x) (x)
1,31 ± 36,3 ± 1,15 ± 0,73 ± 0,20 ± 0,47 ±
MH 0,16 ± 0,10 2,0 ± 1,2 3,8 ± 0,8
0,06 3,2 0,12 0,03 0,09 0,05
1,50 ± 25,5 ± 0,80 ± 1,04 ± 0,11 ± 0,35 ±
CH 0,05 ± 0,05 2,6 ± 1,3 3,9 ± 1,5
0,03 1,2 0,04 0,03 0,06 0,09
OH (x) (x) (x) (x) (x) (x) (x) (x) (x)
± indica um limite de confiança de 90%. (x) representa número insuficiente de valores.
Figura 4.4 - Valores médios para propriedades de engenharia, recomendados pelo USBR – United
States Bureau of Reclamation, para solos classificados pelo SUCS.
23
GRÁFICO DE PLASTICIDADE
60
U )
ha- L-8 - A 0)
n
Li .9( L ha L - 2
in
50 =0 L 3(L
.7
IP =0
IP
Argila
inorgânica
de alta
40
plasticidade
ÍNDICE DE PLASTICIDADE
CH
Solos arenosos e siltosos
finos, micáceos ou diatomáceos;
30
Argila siltes elásticos; siltes orgânicos,
inorgânica argilas, e argilas siltosas
de média
Argilas inorgânicas plasticidade
arenosas/siltosas de
20
baixa plasticidade OH
ou
Argilas siltosas,
siltes argilosos
e areias CL OL MH
10
ou Siltes inorgânicos e
7 orgânicos, silte argiloso
CL-ML ML
4 e areia fina argilosa ou
siltosa de baixa
ML plasticidade
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
LIMITE DE LIQUIDEZ
0 100
AR
EIA
10 90 ARGILA
TE
20 80
SIL
30 70
ARGILA
40 60
)
(%
EIA
50 50
AR
AR
G I LA
60 ARGILA ARGILA 40
ARENOSA SILTOSA
(%
)
70 30
AREIA SILTE
ARGILOSA ARGILOSO
80 20
90 AREIA SILTE 10
AREIA
SILTOSA ARENOSO SILTE
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
SILTE (%)
24
Tabela 4.1 – Modelo de Ficha de Resumo de Ensaios de Solos
PROJETO: INTERESSADO:
PROCEDÊNCIA: LOCALIZAÇÃO:
LABORATÓRIO: OPERADOR:
1 2 3 4 5
REGISTRO NO
FURO
PROFUNDIDADE
2”
1”
3/8”
N0 4
N0 10
N0 40
N0 80
N0 200
L L (%)
IP (%)
CLASSIF.
UNIFICADA
DENS.
MÁX .(kN/m3)
UMIDADE
ÓTIMA (%)
25
Tabela 4.2 – Exemplo de Classificação Visual dos Solos
OBRA :
CLIENTE :
JAZIDA :
LOCALIZAÇÃO :
MUNICÍPIO :
PROFUNDIDADE
FURO (m) CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS DE JAZIDA
DE A
01 0,10 1,20 Argila arenosa pedregulhosa de cor vermelha
02 0,10 1,30 Argila arenosa de cor vermelha
03 0,10 1,20 Argila arenosa pedregulhosa de cor vermelha
04 0,10 1,30 Argila arenosa pedregulhosa de cor vermelha
05 0,10 1,20 Argila arenosa pedregulhosa de cor vermelha
06 0,10 1,00 Argila arenosa de cor vermelha
07 0,10 1,00 Argila com rocha decomposta de cor vermelha
08 0,10 1,00 Argila com rocha decomposta de cor vermelha
26
05. PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO
27
- Idéia da hidrologia da bacia de contribuição;
- Informações a respeito de cheias, que pode ser obtidas com moradores das
proximidades;
- Aspectos de indenizações e desapropriações do sítio;
- Possíveis locais para empréstimos de materiais;
- Locais de dificuldades potenciais e particulares, tais como, áreas de turfas ou
argilosas, presença de solos saturados, falhas geológicas, etc.
28
Uma avaliação sumária dos custos para cada um dos locais selecionados será,
além disso, necessária, para encerrar definitivamente o processo de escolha e reconhecer a
exeqüibilidade da obra.
a) Barragens homogêneas;
b) Barragens zoneadas;
c) Barragens mistas.
29
Figura 6.2 – Barragem Homogênea Com Filtro Chaminé, Tapete Drenante e Rock-Fill.
30
normalmente um alto coeficiente de atrito. Tal fato permite a construção do maciço com
taludes mais inclinados e consequentemente uma apreciável economia de material.
Barragens mistas são aquelas em que vários tipos de materiais entram na sua
composição, tais como solo, areia, brita e blocos de pedras..
7.1 – Generalidades.
31
Pode-se dizer que é possível contruir-se uma barragem de terra em quase
todos os tipos de fundação, desde que se estudem suficientemente e desde que os projetos
se adaptem convenientemente às condições reveladas.
• Fundações em rocha;
• Fundações em solos permeáveis ( solos arenosos ou pedregulhosos)
• Fundações em solos impermeáveis (solos argilosos ou siltosos)
As valas devem ser colocadas para montante do eixo da barragem, mas tendo
em atenção que a cobertura impermeável do maciço ofereça em todas as seções, uma
resistência a percolação pelo menos igual a oferecida pela própria vala.
Q = K.(H/L).A
Onde;
K - coeficiente de permeabilidade do solo da fundação;
L – Largura do manto permeável;
A – Área correspondente ao fluxo percolado.
33
7.3.2 – Valas Corta-águas parciais.
Por vezes tem sido usadas cortinas de estacas pranchas, associadas a valas
corta-águas parciais, com a finalidade de aumentar o caminho de percolação ou mesmo
atingir uma camada impermeável.
Nas melhores condições, poder-se-á esperar que uma cortina até uma base
impermeável, seja apenas 80 a 90% efetiva.
7.3.5 – Injeções
35
7.3.6 – Tapetes filtrantes
36
Os drenos de pé são também por vezes usados em fundações impermeáveis e destinados a
coletar quaisquer eventuais infiltrações, de modo a evitar o empoçamento na área do pé do
talude de jusante.
37
Os poços podem ser formados por tubos em que parte drenante seja
constituída por redes metálicas, tubos de concreto poroso ou por tubos perfurados de PVC,
cerâmicos ou de concreto, envolvidos por um filtro, que pode ser um sistema de camadas
drenante composto por areia e brita ou mesmo uma manta sintética.
• Fundações saturadas;
• Fundações em solos relativamente secos.
38
uma fase de molhagem, poderá dar as indicações necessárias sobre o comportamento da
fundação.
39
8.2 – Normalização para o projeto.
40
9) As estruturas projetadas atravessando o maciço não devem dar lugar a
planos preferenciais de percolação.
Mesmo um riacho intermitente pode ser utilizado para abastecer uma cidade,
por exemplo, contanto que a sua descarga anual supere com folga o consumo anual de água
e nele seja construída uma barragem de determinada altura.
• Consumo de água.
Onde:
Va = volume afluente anual, em m3;
R = rendimento da bacia hidrográfica, em %;
H = altura anual de chuva, em m;
U = coeficiente de correção do tipo de bacia;
A = área da bacia hidrográfica, em m2.
42
8.5.1 – Bacia Hidrográfica
43
• Quando a bacia for muito pequena, a sua delimitação nos mapas e fotos
deverá ser confirmada em campo, evitando assim a redução de riscos de erro
na determinação de sua área.
• Em todos os casos é muito arriscado e ilusório tentar delimitar e avaliar
superfície de bacias que sejam no mapa inferiores a 1cm2, nessa situação
deve-se recorrer a levantamentos de campo para sua avaliação.
Concluindo, a área da bacia hidrográfica é uma linha que passa pelos pontos
de cumeada, perpendicular as curvas de nível.
44
Figura 8.1 – Carta Topográfica na Escala 1:100.000
45
Figura 8.2 – Bacia Hidrográfica Com Rede de Drenagem e Seção do Barramento.
H 2
− 400 H + 230 . 000
R = , (Fórmula do Engo. Aguiar)
55 . 000
Onde,
H – Altura média de chuva compreendida entre 500 e 1000mm;
R – Rendimento da bacia hidrográfica em %.
46
Outro modelo da equação do Engo. Aguiar para volumes de chuvas fora do
intervalo acima:
Onde,
R – Rendimento anual em mm.;
H – Altura anual de chuvas em m.
Rmm
R% =
10 H
Cr = 2Va;
Onde:
Cr – Capacidade disponibilizada pela bacia, em m3;
Va – Volume afluente anual.
47
Essa metodologia justifica-se para a eventualidade do reservatório ser
suficiente para suprir um ano de seca, ou seja, a bacia poderá ficar 18 meses sem
realimentação pluviométrica, no caso de um ano seco.
Por outro lado as perdas por infiltração na bacia hidráulica e por vazamentos
ao longo da barragem são estimadas, para facilidade de cálculo, em função da área de
contribuição e de uma altura da ordem de 30 milímetros.
48
8.5.5 – Água necessária para o consumo
49
percentagem não deve representar uma altura inferior a uma altura de 3 metros da cota de
menor profundidade.
A partir desse ponto prolonga-se uma linha paralela ao eixo das abscissas até
encontrar a curva cotas x área inundada da barragem para aquela cota considerada, ou seja,
definirá a área da bacia hidráulica, Figuras 8.4 e 8.5.
3 )
(m
Volume acumulado - 2.047.112 m 3
es
lum
Vo
Área inundada - 546.643 m2
) 2
90 (m 90
as
Áre
85 85
83 83
0 50 100 150 200 Volumes (x10 4 ) 250
0 100 200 300 400 500 Áreas (x10 3 ) 600
50
DIAGRAMA COTA x ÁREA x VOLUME
Soleira do Sangradouro - Cota 95,000
95 95
as (m²)
Áre
Volu
mes
(m 3)
85 85
83 83
0 250 Volumes (x10 4 ) 200 150 150 100 200 50 4
51
Tabela 8.2 – Modelo de Cubação da Bacia Hidraúlica
1150.S
Qs = ; (m3/s)
LC (120 + KLC )
Sendo,
Qs = vazão de cheia (m3/s)
52
S = área da bacia hidrográfica, em Km2;
L = comprimento do riacho em Km;
K,C = coeficientes que dependem do tipo de bacia. (Tabela 8.3)
Considerando que esta fórmula deve ser aplicada apenas para bacias
hidrográficas com área superior a 500 Km2, uma vez que ela foi calibrada com dados de
bacias com áreas superiores a este valor, não deverá apresentar valores confiáveis para este
estudo cuja área da bacia é muito inferior.
Q = C.A2/3 ; (m3/s)
Onde:
C – coeficiente que depende da natureza da bacia hidrográfica;
A – área de contribuição, em Km2.
O Método Racional pode ser utilizado para pequenas bacias com até 100
hectares ou 1 Km2. Admite-se para o cálculo da descarga de projeto, que a chuva cai
uniformemente distribuída em toda a bacia.
C.I . A
Q= ; (m3/s)
36
Onde;
C – Coeficiente de “Runoff” ou de escoamento, já tabelado;
53
I – Intensidade de chuva, em cm/h;
A – Área de contribuição, em hectares.
Onde;
C – Coeficiente de “Runoff”;
S – Declividade longitudinal, em %;
L – Extensão da linha de fundo, em m.
54
O método da SUDENE-ORSTORM, foi desenvolvido por pesquisadores
daquelas instituições (Molle e Cadier, 1992), e teve como base uma grande base de dados
das bacias representativas do Nordeste do Brasil operada pela SUDENE. A utilização do
método consiste na aplicação das fórmulas abaixo.
Qx = 17.( A)
0.,80
.Fc
Qx = 25.( A)
0.58
.Fc
Onde:
1. Uma grande altura de lâmina vertida implica numa diferença de nível bem
maior entre a cota de sangria e do coroamento. Neste caso haverá uma
necessidade de construir uma barragem mais alta e mais onerosa.
55
2. Um sangradouro também muito largo, por sua vez, não será sempre possível
devido as condições topográficas das ombreiras, provocando elevados cortes
e muros de proteção de maiores dimensões.
Qs
L =
mH (2 gH )1 / 2
Sendo:
L – Largura do vertedouro, em metros;
H – lâmina de sangria, em metros;
Qs – descarga máxima de enchente, em m3/s;
m – coeficiente igual a 0,385;
g – aceleração da gravidade, em m/s2.
Qs
L =
1,77 H H
Sendo:
L – Largura do vertedouro, em metros;
H – lâmina de sangria, em metros;
Qs – descarga máxima de enchente, em m3/s;
Qs = C.L.(H)1,5
Onde,
L – Largura do vertedouro, em metros;
Qs = descarga máxima de enchente, em m3/s;
56
H – lâmina de sangria, em metros;
C - coeficiente que depende do perfil longitudinal do sangradouro, variando de
1,4 a 1,95 conforme o tipo de perfil como segue:
1,5
i% = 0 , 33
; Para um canal com fundo irregular;
(H )
0,15
i% = 0 , 33
; Para um canal revestido em concreto;
(H )
57
A princípio procura-se construir o vertedouro o mais largo possível, desde que
seu custo não seja muito alto. Uma vez definida a largura L, calcula-se a lâmina máxima H,
necessária para que a vazão admissível Qa seja igual a vazão de projeto Qs.
H = (Qs / C.L)0,67
Onde:
v = 1,5 + 0,66 h
Onde:
58
V2
f = 0,75h +
2g
Onde;
f = Folga mínima, em metros;
F = “Fetch” da barragem, em km.
59
8.10 – Cálculo da Largura do Coroamento
B= 1,1 H + 0,9
B= 1,65 H
B= 3,633 H − 1,50
Onde;
B – Largura do coroamento, em metros;
H – Altura da barragem, em metros.
B = (H/5) + 3
Onde:
B – Largura do coroamento, em metros;
H – Altura da barragem, em metros.
8.11.1.1 - “Rip-Rap”
As pedras devem ser lançadas sobre uma camada de material que efetue a
transição granulométrica adequada para os solos do aterro, como se trata de um filtro, não
só atendendo a ação das ondas mais também a do esvaziamento do reservatório.
A forma das pedras deve ser tal que proporcione a maior dificuldade ao
movimento. Assim, são preferíveis as formas angulares às arredondadas.
61
a) A espessura da zona filtrante deve ser da ordem da metade do
enrocamento de proteção, sendo o mínimo de 15cm. Figura 08.6
c) A granulometria deve ser tal que se tenha: D85 > 2,5 cm.
d) Para ondas de altura superior a 1,50m devemos adotar D85 > 4,0 a 5,0 cm.
62
diagonal, valetas de distribuição longitudinal e valetas trapezoidais de lançamento associadas
a caixas coletoras.
8.12.1 – Generalidades
a) D(15) do filtro / D(15) da base maior ou igual a 5. (O filtro não deve ter
mais de 5% de grãos passando na peneira No. 200 – diâmetro igual a
0,075mm);
1
geotecnia – ramo da engenharia que se ocupa da caracterização e do comportamento dos materiais e
terrenos da crosta terrestre para fins de engenharia; atentando para as peculiaridades dos solos com base no
entendimento dos mecanismos de comportamento.
2
QC/QA – Quality Control/Quality Assurance
65
parâmetros e considerações de projeto. Neste sentido, merece destaque a qualificação do
pessoal envolvido com o processo construtivo.
9.2.1 - INTRODUÇÃO
A utilização de solos como material de construção pressupõe a sua
densificação através de compactação. Entende-se por compactação de um solo o processo
manual ou mecânico que visa reduzir o volume de seus vazios através da expulsão de ar,
aumentando, assim, o seu peso específico e melhorando as suas propriedades como:
resistência, permeabilidade, compressibilidade e estabilidade.
66
Na verdade, a compactação é um dos vários meios empregados para
estabilizar um solo. É o processo mais usado de estabilização de solos em obras do tipo
estradas, aeroportos e barragens de terra, por ser bastante simples e econômico em relação
aos outros. O objetivo principal da compactação é obter um solo, de tal maneira
estruturado, que possua e mantenha um comportamento mecânico adequado ao longo de
toda a vida útil da obra. A Tabela 9.1 apresenta os vários métodos empregados para
melhorar um solo:
67
9.3 Curvas de Compactação
γ
Esta curva nos mostra que há um determinado ponto para qual S é máximo.
O teor de umidade correspondente a este ponto de peso específico aparente máximo é
h
denominada umidade ótima - ot . Para cada solo, sob uma dada energia de compactação,
existem, então, um
h ot e um γ S. max . Esse comportamento pode ser explicado
considerando-se que à medida em que cresce o teor de umidade o solo torna-se mais
γ
trabalhável, resultando em S maiores e teores de ar menores. Observa-se que, com o
aumento de umidade até determinado ponto, o solo aumenta de densidade para depois
h γ
diminuir. Neste ponto o solo está na umidade ótima ( ot ) e densidade máxima ( S. max ) –
Figura 9.2. Como, porém, não é possível expulsar todo o ar existente nos vazios do solo, a
curva de compactação não poderá nunca alcançar a curva de saturação (curva de
Var = 0 ),
γ S. max
justificando-se, assim, o ramo decrescente a partir de .
68
Figura 9.2 – Variação da Densidade com o Teor de Umidade
1+ h
γ=δ γa (1)
1+ e
e = h.δ (2)
donde:
1+ h
γ=δ .γ a (3)
1 + h.δ
69
γS
ou, em termos de :
δ
γS = .γ a (4)
1 + h.δ
δγ a
1 + h.δ = (6)
γs
δ.γ a
h.δ = −1 (7)
γS
γ 1
h= a − (8)
γS δ
γ
Esta equação - para δ e a constantes - representa uma hipérbole eqüilátera,
que é justamente a curva de saturação, limitando, pois, uma zona onde se situam todas as
curvas de compactação. Assim, o teor de umidade necessário para saturar um solo é dado
por:
γ 1
h (% ) = a − .100 (9)
γ
S δ
70
γS
traça-se a curva x teor de umidade (h), obtendo-se, como já visto, o ponto
h γ
correspondente a ot e S. max . Para o traçado da curva é conveniente a determinação de,
pelo menos, cinco pontos, de forma a que dois deles se encontrem no ramo ascendente
(zona seca), um próximo à umidade ótima e os outros dois no ramo descendente da curva
(zona úmida).
P.h.N.n
E= (10)
V
71
onde:
E = energia específica de compactação, por unidade de volume
P = peso do soquete (kg)
h = altura de queda do soquete (cm)
N = número de golpes por camada
n = número de camadas
V = volume do solo compactado (cm3)
Esse fenômeno pode ser explicado pelo fato de que quanto maior for o
esforço de compactação tanto mais próximos uns dos outros se poderá forçar os grãos dos
solos a ficarem. Porém, com pequenas umidades aparecerá um atrito grão-a-grão que
dificultará o esforço de compactação, impedindo o seu entrosamento completo, de forma a
atingir grandes densidades. É o que acontece no ramo esquerdo das curvas de compactação.
Quando a umidade do solo for muito grande, esse estará quase saturado e os
grãos como que ‘boiando” em água, não oferecendo resistência à compactação, porém, as
densidades serão tanto mais baixas quanto maiores forem os teores de umidade, pois os
filmes de água em torno dos grãos crescerão de espessura à medida que as umidades
crescem. É o que acontece no ramo direito das curvas. No ponto correspondente à umidade
ótima a espessura do filme de água é próxima à estritamente necessária para saturar os
vazios correspondentes à máxima densidade possível de ser obtida com o esforço de
compactação empregado.
72
Tabela 9.2 – Comparação entre Ensaios de Compactação Dinâmicos – Por Impacto
Proctor cilindro
Normal pequeno
4pol. 4,6pol 2,5kg 12pol. 3 25 6,00
(cilindro e soquete
pequeno) pequeno
Proctor cilindro
Interm. pequeno e
4pol. 4,6pol 4,5kg 18pol. 3 25 13,00
(cilindro soquete
pequeno) grande
Proctor cilindro
modificado pequeno e
4pol. 4,6pol 4,5kg 18pol. 5 25 27,30
(cilindro soquete
pequeno) grande
cilindro e
AASHTO soquete
normal grandes;
6pol. 7pol. 4,5kg 18pol. 5 12 6,00
(cilindro disco
CBR) espaçador
de 2,5pol.
cilindro e
AASHTO soquete
Interm. grandes;
6pol. 7pol. 4,5kg 18pol. 5 26 13,00
(cilindro disco
CBR) espaçador
de 2,5pol.
cilindro e
AASHTO soquete
modificado grandes;
6pol. 7pol. 4,5kg 18pol. 5 55 27,40
(cilindro disco
CBR) espaçador
de 2,5pol.
73
Figura 9.4 – Influencia da Energia de Compactação em γs,max e hot
i. Natureza do solo;
74
vi. Tempo de cura – tem-se verificado que amostras de argila compactadas a
graus de saturação grandes, por métodos que induzem tensões cisalhantes consideráveis, e
resistência ao cisalhamento, se comparadas a amostras que não ficaram em repouso antes
de aplicadas as cargas. Este fenômeno é conhecido por tixotropia, e atribui-se a uma
variação progressiva do arranjo das partículas de uma estrutura dispersa a outra mais
floculada, sem variação da composição do solo. Hipóteses têm sido apresentadas para
explicar a causa do comportamento tixotrópico, uma delas é de que a energia interna e as
condições de tensão (poro pressão) um solo tixotrópico, imediatamente após o amolgamento
ou compactação, não são as de equilíbrio, devido as tensões residuais provenientes do
processo de compactação).
ix. Temperatura
x. Outras
i. Número e espessura da camada
ii. Número de golpes
76
Cada método se aplica melhor a um certo tipo de material, por exemplo, um
material granular tipo uniforme ou brita graduada só será compactada por vibração,
enquanto um material argiloso acertará bem uma compactação estática de amassamento.
Sabe-se, por exemplo, que a camada superior dos solos tropicais de origem
residual apresenta-se normalmente em baixas umidades na jazida e que sua compactação
em campo é em geral, procedidos com umidades abaixo da ótima, desta forma se os
resultados discutidos acima forem válidos também para os métodos de compactação de
campo, a estrutura gerada deveria tender ao tipo floculada. Já no caso de solos saprolíticos,
que normalmente são compactados acima de ótima, o desenvolvimento da influência dos
diferentes métodos de compactação é ainda maior, que devido à sua maior complexidade
estrutural, quer pela sua mais recente utilização.
77
elevação do soquete, velocidade de aplicação dos golpes, não liberação total do
soquete durante a queda;
• variação excessiva na espessura de cada camada;
• determinação do teor de umidade através de amostra não representativa; e
• calibração incorreta do soquete.
• tipo de solo
• espessura da camada
• entrosamento entre as camadas
• número de passadas
• tipo de equipamento
• umidade do solo
• grau de compactação alcançado.
78
laboratório. Este valor deve atender a seguinte especificação: wcampo -
2% < wot < wcampo + 2%;
• determina-se também o peso específico seco do solo no campo,
comparando-o com o obtido no laboratório. Define-se então o grau de
compactação do solo, dado pela razão entre os pesos específicos secos de
campo e de laboratório (GC = gd campo / gdmax.)x100. Deve-se obter
sempre valores de grau de compactação superiores a 95%.
γ (campo)
GC = S x100 (11)
γ S,max (lab)
79
Figura 9.5 – Ensaio do Frasco de Areia
80
Figura 9.6 – Família de Curvas de Compactação
9.9.1 – Introdução
A energia que se requer para compactar os solos no campo pode ser aplicada
mediante qualquer das quatro formas que segue, as quais se diferenciam pela natureza dos
esforços e pela duração dos mesmos.
• Por amassamento;
• Por pressão;
• Por impacto;
• Por vibração;
81
9.9.2 –Compactação por Amassamento. Rolo Pata-de-cabra ou Pé-de-carneiro.
A pressão que exerce o rolo pé-de-carneiro ao passar com suas pontas sobre
o solo não é continua, as pontas penetram exercendo pressões crescentes, as quais levam a
um máximo no instante em que a ponta está vertical e em sua máxima penetração, a partir
deste momento a pressão diminui vista que a ponta sai. Afinal, a ação do rolo é de tal forma
que faz progredir a compactação da camada do solo de baixo para cima, nas primeiras
passadas as pontas e uma parte do tambor penetram no solo, o que permite que a maior se
exerça no leito inferior da camada à compactar. Para que isto ocorra a espessura da camada
não deve ser muito maior que a altura da ponta.
82
a⋅h⋅v
E=
10 ⋅ n
onde,
83
contrário do rolo pé-de-carneiro. O rendimento (E) deste rolo é expresso pela fórmula
anteriormente citada.
84
O efeito pronunciado da pressão de enchimento do pneu indica a necessidade
de emprego de um equipamento automático de controle de pressão do pneu com o rolo em
movimento. É o que se chama "Controle Automático de Pressão", que permite o aumento ou
diminuição da pressão de acordo com o solo compactado. Assim, os solos de pouca
resistência exigem pressões de contato mais baixas no início da compactação, o que se
consegue aumentando-se a área de contato, obtida pela diminuição de pressão de
enchimento; a medida que o solo vai ganhando resistência, vai-se aumentando a pressão de
enchimento do pneu, diminuindo-se, portanto, a área de contato e aumentando-se a pressão
de contato; aumento indiscriminado da pressão do pneu não terá muito significado, desde
que não venha acompanhado do tamanho do pneu e da carga por roda.
85
Figura 9.9 – Compactadores por Impacto – Sapo Mecânico
Com isto, a terra empurra o objeto para cima, numa pequena distância, e
assim inicia-se um movimento oscilante que é chamado vibração. Por não haver qualquer
peça de sustentação, a vibração cessa rapidamente, devido a ação amortecedora do solo.
86
natural, o conjunto solo-vibrador vibra com a máxima intensidade, chamando-se a esta
freqüência de ressonância.
a) A força estática ou peso morto produza uma pressão adequada para o tipo de solo
que está sendo compactado;
b) A freqüência da força dinâmica seja tal que a massa do solo e o vibrador estejam
em ressonância;
88
10. BARRAGENS SUBTERRÂNEAS
10.1 - Introdução
Estudo neste sentido foi apresentado por BRITO et alli (1989), que consistiu
na construção de 3 barragens sucessivas em uma área em que o terreno apresentava
espessura de cerca de 1 m, cuja área de captação da chuva precipitada acumulava a água
formando um lençol freático. Esta área foi utilizada para plantação de feijão, milho e sorgo
que apresentaram aumento de produtividade em relação à média da região de 300, 1.140 e
629%, respectivamente. Ainda segundo os autores, o déficit hídrico ocorrido praticamente
em todas as fases de cultivo nos três anos em estudo, foi amenizado pela maior
90
disponibilidade e por um período mais prolongado de água armazenada no solo que oferece
a tecnologia da barragem subterrânea, auxiliada pela baixa perda por evaporação.
Nas Figuras 10.1 e 10.2 pode-se ver este esquema clássico das barragens
subterrâneas que interceptam o leito de um rio.
Figura 10.1 - Perfil Longitudinal de uma Figura 10.2 - Corte Transversal de uma
Barragem Subterrânea Barragem Subterrânea - Esquema Clássico
91
comprimento e outra à montante desta com cerca de 150 m, construída com diafragma de
lona plástica. O sistema fornece água para irrigação de 7.000 mangueiras e cerca de 150 pés
de limão Taiti. Segundo os administradores da fazenda, após a implantação do sistema, em
1985, os poços amazonas existentes na propriedade não mais secaram, mesmo no período
de estiagem mais severo, como ocorria anteriormente. Conforme pode-se observar no local,
houve uma completa recuperação das áreas antes desprovidas de vegetação localizadas na
bacia de acumulação do sistema, principalmente no leito maior do riacho. Há completa
satisfação com o sistema, não tendo sido constatado qualquer risco de salinização do solo.
O autor visitou ainda uma terceira barragem, mais recente, construída em,
1993, em material argiloso compactado. Esta barragem está localizada na Fazenda Fechado,
de propriedade do Sr. Luiz Costa, no município de Patos. Os efeitos da barragem já são
perfeitamente notados na vegetação existente na área da bacia de acumulação, sendo que
são plantados no local forrageira para o gado e feijão, com produtividade excelente segundo
o seu proprietário. A barragem foi construída até cerca de 1,5 m acima do nível do terreno,
com 120 m de comprimento e 2,5 m de largura, possuindo um sangradouro no leito do
riacho. O seu proprietário informou que sua construção ocorreu durante a estiagem rigorosa
de 1993 e que no fim da mesma já se pode captar a água represada do fluxo subterrâneo. A
água que abastece a barragem não é considerada de boa qualidade mas, devido à forma de
construção que possibilita o alagamento da área no período de chuvas e conseqüente
lixiviação dos sais que possam ter sido depositados no solo, acredita-se que sua utilização ao
longo do tempo só trará benefícios para seu proprietário.
Outra grande vantagem que deve ser considerada na utilização das barragens
subterrâneas consiste na menor agressão ao meio ambiente, pois o sistema passa
rapidamente a ser integrado ao mesmo, sem provocar o impacto observado nas barragens
superficiais.
94
A espessura do septo vai ser condicionada, muitas vezes, pelo processo
construtivo. Se for utilizado trator para escavação do material, a largura da lâmina definirá
essa espessura. Se o processo de escavação e execução da parede for manual, deve-se fixar
uma espessura mínima de 0,80 m, independente dos demais condicionantes do projeto.
Caso o leito do rio esteja muito abaixo do nível do terreno nas margens,
pode-se projetar o septo, no leito do rio, como uma barragem submersível, que permitirá a
acumulação de sedimentos, bem como proporcionará uma maior altura do lençol freático
não só no depósito aluvial, como em todo o terreno da bacia de acumulação. (Figura 10.3).
Este tipo de barramento, dentro de certo tempo poderá estar todo submerso pelo acúmulo
de solo no leito do rio. O ideal, nestes casos é ir elevando o septo conforme ocorra o
assoreamento, pois assim se terá o aluvião aumentado somente pela deposição das
partículas grossas do solo, o que garantirá sempre um elevado coeficiente de permeabilidade
para o mesmo, permitindo desse modo, a retirada da água armazenada pelos métodos
convencionais.
95
A barragem subterrânea existente na Fazenda Oiticica, no Município de
Bonsucesso, na Paraíba, de propriedade do Sr. Antônio Abrantes, construída em 1919,
apresenta um sangradouro no leito do rio, dotado de três tubos em PVC, de 4", distribuídos
verticalmente, que permite estabelecer o nível d'água à montante, simplesmente controlando
a abertura dos tubos. (Figura 10.4). É um bom exemplo das condicionantes locais para o
projeto de uma barragem subterrânea.
96
Figura 10.5 - Descarregador de Fundo com Poço de Captação (BENVENUTO e POLLA, 1982).
97
10.4.4 - Proteção do Septo de Material Compactado
Figura 10.7 - Sistema de Drenagem Tipo "Espinha Figura 10.8 - Proteção do Septo Impermeável
de Peixe"
98
10.5.1 - Escavação
99
Quanto à extensão da escavação, é comum se adotar a escavação total da
cava, porém pode-se programar a execução em etapas. MONTEIRO et alli (1989),
acompanhando a execução de uma barragem subterrânea no município de Morada Nova, no
Ceará, citam o caso em que a cava era aberta por uma escavadeira em trechos de 5 m, que
eram preenchidos por material argiloso, umedecido manualmente com água do lençol
freático e compactado pela própria máquina.
101
10.6.3 - Diafragma com Lona Plástica
102
Figura 10.11 – Aplicação da Lona Plástica.
103
COSTA et alli (1990), apresentaram um projeto de poço amazonas que foi
instalado na fazenda Pernambuca, em São Mamede, Paraíba, que permite a penetração de
água não só pelo fundo do poço, como nos poços tradicionais, mas também pelas paredes
do mesmo, como visto na Figura 10.12.
Figura 10.12 - Poço Amazonas com Paredes Vazadas (COSTA et alli, 1990.)
104
cabeceira. Este sistema é utilizado também para o aproveitamento de áreas localizadas à
jusante de barragens superficiais que apresentam grande perda d'água pela fundação.
Figura 10.13 - Sistema com Barragem de Cabeceira e Barragens Subterrâneas Sucessivas (UEHARA et alli 1981)
Para que se utilize esta tecnologia com sucesso é necessário, no entanto, que
se proceda a alguns estudos preliminares, principalmente, quanto à qualidade da água dos
recursos hídricos disponíveis na bacia hidrográfica e quanto ao tipo, dimensão e espessura
do material aluvial, que definirão a capacidade de armazenamento da barragem e permitirão
a programação adequada de seu aproveitamento.
Deve-se atentar para o fato de que esta tecnologia pode ser aplicada não só
no barramento subterrâneo de leitos de cursos d'água, mas também para barramento de
linha de drenagem natural do terreno, beneficiando-se o agricultor, neste caso,
principalmente da subirrigação que aumentará sua produtividade.
105
Outro ponto que deve ser ressaltado é quanto ao sucesso da utilização deste
tipo de barragens para abastecimento de pequenas comunidades conforme se constata em
diversos locais da região semi-árida nordestina.
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