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DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO

DE PROFESSORES, LETRAS E CIÊNCIAS


CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
EM ENSINO DE MATEMÁTICA

AIRTON COSTA
CARLOS AUGUSTO
FRANCISCO VIEIRA
MARK SUEL
MELQUI ALEXANDRE

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA COM UTILIZAÇÃO DE MATERIAL CONCRETO:


TEOREMA DE PITÁGORAS.

TERESINA
2019
AIRTON COSTA
CARLOS AUGUSTO
FRANCISCO VIEIRA
MARK SUEL
MELQUI ALEXANDRE

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA COM UTILIZAÇÃO DO MATERIAL CONCRETO


QUADRICULADO: TEOREMA DE PITÁGORAS.

Trabalho apresentado à disciplina Laboratório de


Matemática do curso de Especialização em Ensino
de Matemática do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Piauí como requisito
parcial da nota. Sob orientação do Professor
Antonio Evangelista Ferreira Filho.

TERESINA
2019
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4

2. JUSTIFICATIVA............................................................................................... 5

3. ABORDAGEM HISTÓRICA ............................................................................. 6

3.1 O CONHECIMENTO DOS BABILÔNIOS DO TRIÂNGULO 3, 4 e 5 .............. 6

3.2 ORIGEM E A VIDA DE PITÁGORAS ............................................................. 7

3.3 A ESCOLA PITAGÓRICA .............................................................................. 7

4. O ENUNCIADO DO TEOREMA DE PITÁGORAS .......................................... 9

5. DEMONSTRAÇÕES DO TEOREMA DE PITÁGORAS ................................... 9

5.1. DEMONSTRAÇÃO CLÁSSICA DO TEOREMA DE PITÁGORAS ................ 9

5.2. DEMONSTRAÇÃO PELO CASO DE CONGRUÊNCIA ................................ 10

5.3. DEMONSTRAÇÃO POR SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS ....................... 11

5.4. A DEMONSTRAÇÃO DE PERIGAL .............................................................. 12

6. ATIVIDADES PRÁTICAS EM SALA DE AULA .............................................. 13


6.1. PRÁTICA EM SALA DE AULA: ABORDANDO O TEOREMA DE PITAGORAS
COM MATERIAL CONCRETO............................................................................. 13
6.2. CONSTRUÇÃO DO MATERIAL CONCRETO EM SALA DE AULA ............. 14
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 15

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 16
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1. INTRODUÇÃO
O Teorema de Pitágoras é através deste trabalho que propomos apresentar a
vivencia de Pitágoras em busca do conhecimento e algumas demonstrações e
propostas de aplicações do Teorema de Pitágoras para alunos do Fundamental 7º ao
9º ano. Partindo do desenvolvimento de materiais que sejam atrativos e lúdicos aos
alunos.
Por meio de métodos alternativos como atividades na forma de oficina que
podem ser utilizadas tanto por docentes quanto discentes em aulas sobre o Teorema
de Pitágoras. A ideia dessas oficinas é familiarizar o aluno com esse resultado através
da resolução de problemas.
Deste modo, propomos aos alunos uma atividade em que, ele é convidado a
decompor os quadrados construídos sobre os catetos em alguns pedaços e depois
reagrupar essas peças exatamente sobre o quadrado construído sobre a hipotenusa.
Ao final do trabalho apresentaremos algumas atividadesinteressantes para chamar a
atenção de que demonstração matemática não pode ser dada exclusivamente através
da interpretação de uma ilustração.
Por exemplo, somente as atividades de recortar e colar, apresentados nas
aulas propostas, não constituem demonstrações completas para o Teorema de
Pitágoras. Veremos que é realmente importante demonstrar que as peças se
encaixaram perfeitamente e quenão existe alguma falha ou sobreposição de peças.
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2. JUSTIFICATIVA
O teorema de Pitágoras é um dos conteúdos mais importantes da matemática.
É também um recurso que serve de suporte nos cálculos mais variados e em
problemas geométricos, possibilitando relações com vários tipos de experiências e
desafios.
Para tentar facilitar a compreensão de conceitos matemáticos, tem-se
utilizado a história da matemática como ferramenta de ensino dos conceitos básicos
do ensino fundamental e médio.
Com as constantes mudanças que há no cenário educacional, cabe ao
professor se adaptar às mesmas, e buscar sempre a melhorar transposição didática
do conteúdo desejado aos seus alunos.
E quando se trata do conhecimento sobre o Teorema de Pitágoras, muitos
alunos sentem dificuldade em solucionar problemas básicos. Então, foi com essa
proposta, de quebrarmos essa barreira, que levamos aos alunos do fundamental, a
proposta de aplicação do Teorema de Pitágoras utilizando material concretoe
relacioná-lo com a realidade vivida e praticá-las em situações do seu cotidiano. De
acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2018).
Habilidades EF09MA14
“Resolver e elaborar problemas de aplicação do teorema de
Pitágoras ou das relações de proporcionalidade envolvendo
retas paralelas cortadas por secantes.” (BRASIL, BNCC de
Matemática, 2018)
O aluno tem muita dificuldade em entender o conteúdo apenas como aulas
expositivas sem ligação com os fatos do passado, contextualização e demonstrações
práticas. Os alunos precisam entender que o Teorema de Pitágoras surgiu da
necessidade humana de se resolver um problema, por isso a importância de se
trabalhar os fatos históricos.
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3. ABORDAGEM HISTÓRICA

3.1. O CONHECIMENTO DOS BABILÔNIOS DO TRIÂNGULO 3, 4 e 5


Há provas que os babilônios antigos, antes mesmo de Pitágoras, jáconheciam
então o que seria o famoso Teorema de Pitágoras. Muitos tabletes debarro datados
do período de 1800 a 1600 a.C. foram encontrados, decifrados e hoje se encontram
em diversos museus. Um deles, chamado Plimpton 322 está na Universidade de
Columbia e o fragmento que foi preservado mostra uma tabela de 15 linhas e 3
colunas de números.
Os pesquisadores descobriram que esta tabela continha ternos pitagóricos,
ou seja, lados de um triângulo retângulo. Há relatos históricos que estes pedaços que
restaram de um tablete deveriam fazer parte de um conjunto de tabletes, não se sabe
como esses números foram encontrados. Mas, uma pista é evidente de que os
babilônios conheciam alguma forma de encontrar esses números, o tablete encontra-
se guardado hoje no Museu Britânico. Nesse tablete está escrito o seguinte:
4 é o comprimento
5 é a diagonal
Qual é a altura?
4 vezes 4 dá 16
5 vezes 5 dá 25
Tirando 16 de 25 o resto é 9
Quanto vezes quanto devo tomar para ter 9?
3 vezes 3 dá 9
3 é a altura.
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Figura 1 – Plimpton 322

3.2. ORIGEM E A VIDA DE PITÁGORAS


Pitágoras nasceu na ilha de Samos, na costa da Ásia Menor, por volta do ano
572 a.C. Samos nessa época, era uma rica cidade-estado mercantil, mas, talvez
justamente por isso, sua vida intelectual era muito limitada, apesar de viverem ali
muitos homens de talento.
Esse fato, aliado ao duro regime político sob o qual Samos vivia, deve ter sido
o motivo que levou Pitágoras, que sempre revelara pendores místicos e filosóficos, a
deixar a cidade. Assim, aos 18 anos de idade ele mudou para a ilha de Lesbos, onde
por dois anos estudou filosofia.
Pitágoras é considerado o pai da matemática e da música, e é considerado
também um dos mais importantes filósofos daquela época, como menciona o filósofo
Bertrand Russel, que classificou Pitágoras como “um dos homens mais importantes
de todos os tempos no plano intelectual”.

3.3. A ESCOLA PITAGÓRICA


Durante suas passagens por diversos países em busca de conhecimento,
Pitágoras fundou em Crotona a Escola Pitagórica. Esta escola era politicamente
conservadora e mantinha um princípio de conduta muito rígido, ou seja, era uma
irmandade estreitamente unida por ritos secretos e cerimônias, nenhum dos seus
discípulos jamais violou a regra até mesmo depois da morte de Pitágoras e do fim da
escola.
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Além disso, a escola era totalmente vegetariana, aceitando assim a doutrina


da metempsicose, ou seja, transmigração das almas.
Todas as proibições estabelecidas por Pitágoras em sua religião na escola
eram seguidas com muito rigor.
Era uma espécie de escola com caráter duplo, pois se dedicava a questões
espirituais e, além disso, aos estudos de Matemática, Astronomia e Música. Pitágoras
também foi o responsável pela formalização da escala musical que usamos hoje.
Para entrar na escola o candidato era submetido a rudes provas, tanto
psicológicas como físicas e se fosse aprovado nestes testes era chamado de
“acusmático”, ou seja, era obrigado a passar um período de cinco anos de
contemplação, guardando perfeito silêncio.
O pentagrama ou pentágono estrelado era o símbolo da Escola Pitagórica,
que representava o sigilo e companheirismo entre os pitagóricos e segundo Pitágoras
o pentagrama possui muitas propriedades interessantes.

Figura 2 – Pentagrama Pitagórico.


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4. O ENUNCIADO DO TEOREMA DE PITÁGORAS


Seja em qualquer triângulo retângulo, a área do quadrado cujo lado é a
hipotenusa é igual à soma das áreas dos quadrados que têm como lados cada um
dos catetos. Se a é a medida da hipotenusa e se b e c são as medidas dos catetos, o
enunciado do Teorema de Pitágoras nos afirma que a² = b²+c²

Figura 3 – Prova do Teorema de Pitágoras através de quadriculações.

5. DEMONSTRAÇÕES DO TEOREMA DE PITÁGORAS


Nas ciências naturais, uma demonstração e algo que pode ser observado e
repetido uma grande quantidade de vezes, e tomado como verdade, claro que muitas
vezes de forma não absoluta. As descobertas cientificas na maioria das vezes, foram
feitas desta forma.

5.1 Demonstração Clássica do Teorema de Pitágoras


A demonstração clássica nos mostra que um triângulo retângulo de
hipotenusa a e catetos b e c, cujo lado é b + c.

Figura 4 – Demonstração Clássica do Teorema de Pitágoras.


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Observe o quadrado: Tem a mesma área, já que o lado de cada quadrado mede (b +
c) seguinte forma:

Cancelamos 2bc, obtemos:


a² = b²+c²

5.2. Demonstração pelo caso de congruência


Considere um quadrado ABCD de lado. Sobre os lados desse quadrado
marque pontos, M, N, P, Q como na figura a seguir, de modo que:
AM = BN =CP = DQ =b
MB= NC = PD = QA =c
Pelo caso de congruência LAL os triângulos retângulos QAM, MBN, NCP e
PDQ são congruentes ao triângulo retângulo da hipótese.
Daí segue que MN = NP = PQ = QM = α. Isso implica que o quadrilátero MNPQ
é um losango. Vamos mostrar que, de fato, ele é um quadrado. Suponhamos que os
ângulos agudos do triângulo de hipótese sejam: α e β

Figura 5 – Demonstração Clássica do Teorema de Pitágoras.

Pela congruência dos triângulos QAM, MBN, NCP e PDQ descritos acima, os
ângulos agudos destes triângulos retângulos medem α e β , de acordo com a figura
acima.
Como α + β = 90º segue que cada ângulo interno do quadrilátero MNPQ deve
ser reto. Isso demonstra que MNPQ é um quadrado de lado a. Daí a área do quadrado
de lado b +c é igual à soma da área do quadrado de lado a com a área de quatro
triângulos retângulos de catetos b e c. Isto é:
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5.3. Demonstração por semelhança de triângulos


A partir de um triângulo ABC, retângulo em A, traçamos a altura AH e
verificamos que os triângulos AHB e AHC são semelhante ao triângulo ABC.

Figura 6 – Semelhança de Triângulos.

A figura acima nos mostra que a semelhança do ∆ABC ~ ∆AHC:


Da semelhança do ∆ABC ~ ∆ABH:
Logo:

Esta demonstração é bastante frequente em livros didáticos e aplicado nas


escolas, isso porque permite um esclarecimento, mas detalhado e simples do
Teorema de Pitágoras aos alunos, como também encontrar as relações importantes
do triângulo retângulo.
Além das duas relações, que deram origem à demonstração do teorema,
obtemos a relação bc = ah, que também se interpreta com o conceito de área, e h² =
mn, que revela o importante fato de que a altura é média geométrica entre as
projeções dos catetos sobre a hipotenusa.
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5.4. A demonstração de Perigal


Em 1873 Henry Perigal, um livreiro em Londres, publicou a demonstração que
se pode apreciar na figura abaixo. Trata-se da forma mais evidente de mostrar que a
soma das áreas dos quadrados construídos sobre os catetos preenchem o quadrado
construído sobre a hipotenusa.

Figura 7 – Semelhança de Triângulos.

Na sua demonstração, Henry Perigal, faz uso de cortes do quadrado


construído sobre o maior cateto por duas retas passando pelo seu centro, uma
paralela à hipotenusa do triângulo e outra perpendicular, dividindo esse quadrado em
quatro partes congruentes. Essas quatro partes e mais o quadrado construído sobre
o menor cateto, preenchem completamente o quadrado construído sobre a
hipotenusa.
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6. ATIVIDADES PRÁTICAS EM SALA DE AULA


A utilização de novas práticas metodológicas em sala de aula, mostra aos alunos que
existem outras maneira de representar o Teorema de Pitágoras, através de suas
construções e manipulação com material concreto.

6.1. PRÁTICA EM SALA DE AULA: ABORDANDO O TEOREMA DE PITAGORAS


COM MATERIAL CONCRETO
Nas imagens abaixo, esta demonstrado o teorema de Pitágoras por meio de peças
quadriculadas feitas em madeira, um triângulo Pitagórico de catetos iguais a 3
unidades e 4 unidades e hipotenusa com medida 5 unidades (Figura 8). Utilizando o
critério da soma de áreas de quadrados, construí quadrados com lados iguais a 3, 4
e 5 unidades. Assim ele pode visualizar que a soma da área dos quadrados menores
era igual à área do quadrado maior.

Figura 7 – Demostração pelo método da soma das áreas dos cateto.


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6.2. CONSTRUÇÃO DO MATERIAL CONCRETO EM SALA DE AULA

MATERIAIS:
1 – Papel cartão ou Papelão;
2 – Tesoura;
3 – Régua e Esquadro;
4 – Pincel.

Demostração pelo método da soma das áreas dos catetos:


1) Desenhar um quadrado em cada um dos lados de um triângulo retângulo;
2) Solicitar ao aluno que divida os quadrados em quadradinhos menores de mesmo
tamanho;
3) Relacionar a quantidade de quadradinhos em cada quadrado maior com o Teorema
de Pitágoras.
O professor deverá mostra para o aluno que o quadrado de lado 3 deverá ser
redesenhado com 9 quadradinhos. O quadrado de lado 4 deverá ser redesenhado
com 16 quadradinhos, pois a soma dos dois dá 25 quadrinhos que é o lado
maior(hipotenusa).
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aplicação e manipulação do material concreto sobre o Teorema de Pitágoras
em sala de aula nas turmas do 7º ao 9º ano do ensino fundamental, possibilita a
construção do conhecimento de forma mais eficaz e dinâmica. Pois, as
demonstrações do Teorema de Pitágoras foram abordadas por meios lúdicos, para
facilitar o processo de compreensão dos alunos. Assim como, buscamos por meio
interativos, o desenvolvimento da capacidade cognitiva.
Portanto, as demonstrações do Teorema de Pitágoras, propostas em sala de
aula, serão tratadas de forma mais simples possível proporcionando condição de
aprendizado aos alunos. Como por exemplo, nas tarefas extraclasses, maneiras de
incorporar as relações de medidas de um triângulo retângulo, suas medidas de lados,
lado maior, e lado menor, preparando o discente para receber o conteúdo matemático
sobre a geometria plana e dinamizando o processo de aprendizagem do assunto,
principalmente aquele que exige mais atenção, mas tempo para se trabalhar em sala
de aula, como a Geometria em geral.
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REFERÊNCIAS

BOYER, C. História da Matemática. 2. ed. São Paulo: EdgartBlücher, 1996.

LIMA, E. L. Meu Professor de Matemática e outras histórias. 5. Ed. Rio de Janeiro:


SBM, 2006. 256p.

LIMA, E. L. Coleção do professor de matemática. SBM 40 anos. Temas e problemas


elementares / Elon Lages Lima, Paulo Cesar Pinto Carvalho, Eduardo Wagner,
Augusto César Morgano. – 2ª ed. – Rio de janeiro: SBM, 2006.

MURRIE, Z. F. Matemática e suas tecnologias: livro do estudante: ensino médio,


2. ed., Brasília : MEC : INEP, 2006. 244p.

BNCC – Base Nacional Comum Curricular. Ano 2018.


http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acessado em: 28/10/2019.

DOCUMENTÁRIOS REVOLUÇÃO CIENTÍFICA. O Legado de Pitágoras - Ep.1


(Documentário-2010). Disponível em:<.youtube.com/watch?v=dsjiWChrjE4>.Acesso
em: 27/10/2019.

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