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CENTRO EDUCA MAIS MARIA JOSÉ MACEDO COSTA

PROFESSOR: JARDEL GUIMARÃES


ALUNO (A): TAYNARA STEFFANY SOUSA MOURA

TEMA: PROPOSTA DE ATIVIDADE DE TRIGONOMETRIA


A SER ULTILIZADA NA EDUCAÇÃO BÁSICA.

COLINAS – MA
2023

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................03
1.1 Trigonometria...............................................................................................03
1.2
Matemática...................................................................................................04
2. REFERENCIAL
TEÓRICO.............................................................................08
2.1 O Ensino da
Trigonometria...........................................................................08
2.2 Trigonometria na
Grécia...............................................................................10
2.3 Hiparco e Ptolomeu......................................................................................11
2.4 Contribuição dos
Hindus...............................................................................13
2.5 Eratóstenes..................................................................................................14
2.6 Tales e
Pitagóras..........................................................................................16
2.7 A Trigonometria na Idade Média e Início da Era
Moderna.............................17
2.8 Recursos Tecnológicos de
Trigonometria.....................................................19
2.9 Origens – Construções
Egípcias..................................................................21
3.
OBJETIVOS...................................................................................................24
4. JUSTIFICATIVA.............................................................................................26
5. PROPOSTA DE ATIVIDADES.......................................................................28

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1. INTRODUÇÃO
A matemática tal qual se apresenta é uma ciência antiga que surgiu da
necessidade da espécie humana em registrar, contar, ter o conhecimento ou
controle sobre seus pertences, seu rebanho, seus bens. Possuir uma
percepção da história da matemática é essencial em qualquer discussão sobre
a matemática e o seu ensino. Ter como elemento de sua prática de ensino de
matemática os pressupostos teóricos da disciplina torna a aprendizagem mais
significativa, isto é, um saber/fazer ao longo de tempos passados ao presente
para ter significado no futuro. (D’AMBROSIO,2010).
A História da Matemática pode oferecer uma importante contribuição ao
processo de ensino e aprendizagem dessa área do conhecimento. Ao revelar a
Matemática como uma criação humana, ao mostrar necessidades e
preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, ao
estabelecer comparações entre os conceitos e processos matemáticos do
passado e do presente, o professor cria condições para que o aluno
desenvolva atitudes e valores mais favoráveis diante desse conhecimento.
Além disso, conceitos abordados em conexão com sua história constituem
veículos de informação cultural, sociológica e antropológica de grande valor
formativo.
Ninguém sabe quando começou a matemática. O que sabemos é que
toda civilização que desenvolveu a escrita também mostra evidências de algum
nível de conhecimento matemático. Nomes para números e formas e as ideias

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básicas sobre contagem e operações aritméticas parecem ser parte da herança
comum da humanidade em toda parte. (BERTINGHOLF, 2010, p.6)

1.1 TRIGONOMETRIA
Trigonometria é uma palavra de origem grega que remete à medida de
três ângulos. Os estudos dessa área da Matemática voltam-se para os
triângulos, que são polígonos que possuem três lados e, consequentemente,
três ângulos. Em um primeiro momento, a trigonometria ocupa-se de estudar
algumas propriedades e relações dos triângulos retângulos para
posteriormente relacionar as medidas dos lados dos triângulos com as medidas
dos ângulos.
A exploração da temática deste trabalho tem total relevância e
importância, pois faz-se um convite para compreender as aplicações da
trigonometria nos mais variados campos da ciência. De acordo com os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), ao abordar problemas da História
da matemática, o professor oportuniza aos alunos conhecerem esta ciência
como campo do conhecimento que se encontra em construção e isto é válido
para qualquer assunto ou conteúdo isolado da matemática.
Estudar a história da trigonometria também permite observar o
surgimento e o progresso da Análise e da álgebra, campos da Matemática nela
contidos de forma embrionária. A trigonometria, mais que qualquer ramo da
matemática, desenvolveu-se no mundo antigo a partir de necessidades
práticas, principalmente ligadas à Astronomia, Agrimensura e Navegação.
A palavra trigonometria é formada por três radicais gregos: tri: três, gono:
ângulos e metra: medida, logo é a medida de três ângulos de um triângulo.
Deste modo, trata-se basicamente do estudo do triângulo..
(DANTE,2005) Pode-se dizer que na maioria das vezes o ensino da
trigonometria é baseado no estudo de fórmulas e regras, descontextualizado e
sem significado para a maioria dos alunos, recorrendo à memorização de
exercícios padrões sem nenhum sentido ou significado, os quais não tem
nenhuma aplicação no dia a dia. (PEREIRA,2013) Isso faz com que o aluno se
sinta desestimulado para aprender este conteúdo, pois são apresentadas
aplicações de fórmulas prontas, as quais não possibilitavam a construção do
conhecimento e nem o entendimento, o que contrapõe as Orientações

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Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN+).
Tradicionalmente, a trigonometria é apresentada desconectada das
aplicações, pois prioriza-se o cálculo algébrico das identidades e equações em
detrimento dos aspectos importantes das funções trigonométricas e da análise
de seus gráficos. O que deve ser assegurado são as aplicações da
trigonometria na resolução de problemas que envolvem medições, em especial
o cálculo de distâncias inacessíveis e para construir modelos que
correspondem a fenômenos periódicos. Dessa forma, o estudo detém-se às
funções seno, cosseno e tangente, com ênfase ao seu estudo na primeira volta
do círculo trigonométrico e à perspectiva histórica das aplicações das relações
trigonométricas. (BRASIL, 2002, p. 122)

Nos deparamos muitas vezes com questionamentos dos alunos sobre a


utilidade dos conteúdos ensinados em sala de aula, portanto a utilização da
História da Matemática pode contribuir para solucionar essa questão e ser
usada como motivação para aprendizagem escolar. Discutir educação sem
recorrer aos registros históricos e às interpretações dos mesmos é
praticamente impossível. E isso vale para várias disciplinas, em especial, para
a Matemática, cujas raízes se confundem com as da História da Humanidade.
A trigonometria é considerada um ramo da matemática e está presente
também no cotidiano das pessoas, sendo utilizada como ferramenta para
resolução de questões lógicas e quantitativas. Contudo, o ensino da

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trigonometria nas escolas tem se mostrado, muitas vezes, desinteressantes
para os alunos. Diante da importância que esse assunto possui para diversas
áreas, o professor deve estabelecer formas diversificadas de ensinar para que
a aprendizagem seja significativa, despertando a criatividade e o interesse do
aluno.
As aplicações da trigonometria surgiram na Antiguidade e inicialmente
desenvolveu-se com a finalidade de auxiliar na astronomia e na navegação. As
propriedades das cordas, como medidas de ângulos centrais ou inscritos em
círculos, eram conhecidas dos gregos dos tempos de Hipócrates, e é provável
que Eudoxo tenha usado razões e medidas de ângulos para determinar o
tamanho da terra e as distâncias relativas do sol e da lua. (BOYER, 1996, p.
108).
Além disso, como a trigonometria é um dos primeiros tópicos de
matemática que relaciona o raciocínio algébrico, geométrico e gráfico, ela pode
servir como um precursor importante para a compreensão do pré-cálculo e do
cálculo. (WEBER 2005,FEIJÓ, 2018 p. 17).
O ensino da Trigonometria através de sua história deve ser esclarecido
de uma maneira que o educando visualize sua construção numa determinada
época e consiga referir à realidade atual, que explorar informações históricas
servirá para ampliar os conceitos trigonométricos utilizados hoje. Pensando
nisso, faz-se necessário um (re)pensar na forma de ensinar a Trigonometria a
fim de propor estratégias que façam os alunos se sentirem motivados, para
isso é necessário a utilização de situações-problemas concretos ou não com
intuito de aguçar o interesse dos educandos.
Mendes (2009) descreve a importância de uma retomada da parte
histórica da matemática:
A história da humanidade e a necessidade que cada sociedade possui
de gerar conhecimento matemático, na perspectiva de solucionar seus
problemas cotidianos, bem como de proporcionar condições para seus avanços
científicos e tecnológicos através do processo educativo, contribui para que os
estudantes reflitam sobre a formalização das leis matemáticas a partir de certas
propriedades e artifícios usados hoje e que foram construídos em períodos
anteriores. (MENDES, 2009, p.111).

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E este desenvolvimento só foi possível graças as pessoas que
estudaram e formularam teorias e práticas. Ensinar matemática através de sua
história é necessariamente se apropriar de conceitos que busquem esta
relação do passado e o uso no futuro.
Atualmente nas escolas os educandos reclamam de não entenderem a
finalidade de se estudar a matemática, para que ela servirá no futuro e a
Trigonometria? Para responder esta questão Mendes (2009, p.108 e 109)
coloca que "uma maneira de se aprender Matemática, é através de um ensino
mais prático e dinâmico e a história da matemática pode ser uma grande
aliada”, utilizando-se de ajustes pedagógicos conforme o objetivo, atividades de
sala de aula ou fora dela e, se necessário, sendo auxiliadas por materiais
manipuláveis.
As Diretrizes Curriculares do Paraná nos propõe que os conteúdos
propostos devem ser abordados por meio de Tendências Metodológicas em
Educação Matemática a fim de aprimorar o ensino e a aprendizagem em sala
de aula e “A História da Matemática é um elemento orientador na elaboração
de atividades na criação de situação problema, possibilita o aluno analisar e
discutir razões” (PARANÁ, 2009, p.66). Entretanto, o conhecimento da história
da matemática é como ter um fio condutor para direcionar a explicação do
professor atrelado a resolução de problemas possibilita um bom entendimento
do aluno.
Conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais (2008)
Um desafio do ensino de Matemática é a abordagem de conteúdos para
a resolução de problemas. Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante
tem oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas
situações, de modo a resolver a questão proposta. (BRASIL, 2008, p.63) Vale
ressaltar que para resolver problemas, Polya apresenta as seguintes etapas:
"compreender o problema; elaborar um plano de resolução; executar o plano;
conferir os resultados”. (POLYA, 2006, p.63)

1.2 MATEMÁTICA
De acordo com Boyer (1974, p.116), “A Trigonometria, como outros
ramos da matemática, não foi obra de um só homem ou nação”. Sua origem
não é clara, haja visto que ela se tratava de um ramo da astronomia. Um

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provável início foi na Grécia através dos estudos astronômicos de Hiparco
através da tábua de cordas que foram importantes para o seu
desenvolvimento. Logo após, Carlos Ptolomeu também desenvolveu uma
tábua de cordas que ficou registrada em sua obra o Almagesto.
Outro contribuidor da trigonometria grega foi Menelau, na qual Kennedy
(1992, p.13) afirma que: “por alguns séculos a trigonometria esférica era o
teorema de Menelau. É um instrumento poderoso, ainda que canhestro, para a
solução de problemas esféricos de astronomia”. A trigonometria grega
contribuiu para os estudos na Índia, os astrônomos consideraram o segmento
meia-corda, de onde originou o seno. Como podemos constatar por Berlinghoff
(2010):
Em muitos casos o segmento certo a considerar não é a corda, mas sim,
a metade da corda do dobro do ângulo. Assim, os matemáticos da Índia deram
a esse segmento um nome, 'meia-corda'. Esse nome foi traduzido para o latim
(passando pelo árabe) erroneamente como 'sinus', dando origem ao nome
seno. (BERLINGHOFF, 2010, p.26)
A trigonometria tornou-se mais simples após a explicação do seno.
Na Arábia, século X, ocorreu à introdução da função tangente, através
de um matemático mulçumano Abûl-Wefâ, conhecido por traduzir Diofanto e
aperfeiçoar os métodos de Ptolomeu. Outro escritor árabe foi Nasîred-dîn, que
considerou a trigonometria independente da astronomia, através de um
trabalho sobre trigonometria plana e esférica.
Os árabes dedicaram-se a trigonometria e utilizaram suas funções e
fórmulas de deduções em questões esférica.
A trigonometria foi tratada com grande ênfase nos séculos XV e XVI,
sendo introduzido novas ideias, Berlinghoff (2010, p.36), explica que nesta
época: A lista de funções trigonométricas (seno, cosseno, tangente,
cotangente, secante, cosecante) se tornou padronizada. Novas fórmulas e
novas explicações foram descobertas. No início, todo foco estava em triângulos
esféricos, tanto na esfera celeste quanto na Terra. Então, pela primeira vez,
também se começou a aplicar a trigonometria a triângulos planos.
(BERLINGHOFF, 2010, p.36)
Nos registros, antes de Cristo, em regiões da Europa, Ásia e África a
matemática surgiu para ser utilizadas nas sociedades em atividades

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específicas, seja ligado ao governo, o uso de medidas para o campo, número
de trabalhadores, entre outros. Nesse período há evidências do
desenvolvimento da matemática na Mesopotânia, no Egito e na Grécia.

2. REFERENCIAL TEÓRICO
No presente capítulo será apresentado uma discussão sobre o ensino de
trigonometria, bem como, o uso de tecnologias no ensino e sua importância no
processo de ensino e aprendizagem da matemática, mais especificamente de
trigonometria.

2.1 O ENSINO DA TRIGONOMETRIA


A trigonometria é considerada um ramo da matemática e está presente
também no cotidiano das pessoas, sendo utilizada como ferramenta para
resolução de questões lógicas e quantitativas. Contudo, o ensino da
trigonometria nas escolas tem se mostrado, muitas vezes, desinteressantes
para os alunos.
Diante da importância que esse assunto possui para diversas áreas, o
professor deve estabelecer formas diversificadas de ensinar para que a
aprendizagem seja significativa, despertando a criatividade e o interesse do
aluno. As aplicações da trigonometria surgiram na Antiguidade e inicialmente
desenvolveu-se com a finalidade de auxiliar na astronomia e na navegação. E,
ainda, conforme destaca Boyer (1996).
As propriedades das cordas, como medidas de ângulos centrais ou
inscritos em círculos, eram conhecidas dos gregos dos tempos de Hipócrates,
e é provável que Eudoxo tenha usado razões e medidas de ângulos para
determinar o tamanho da terra e as distâncias relativas do sol e da lua.
(BOYER, 1996, p. 108)
Dessa forma, atualmente, o estudo da trigonometria continua sendo
importante, já que influencia significativamente a astronomia, na trigonometria
plana, e, também, é uma ferramenta utilizada na mensuração de distâncias,
entre outras situações cotidianas. Podemos destacar também, a importância do
estudo da trigonometria na compreensão de tópicos de física, arquitetura e
engenharia (FEIJÓ, 2018).

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Além disso, como a trigonometria é um dos primeiros tópicos de
matemática que relaciona o raciocínio algébrico, geométrico e gráfico, ela pode
servir como um precursor importante para a compreensão do pré-cálculo e do
cálculo. (WEBER, 2005, apud FEIJÓ, 2018 p. 17).
No entanto, de acordo com os PCN’s Brasil (2002):
Tradicionalmente, a trigonometria é apresentada desconectada das
aplicações, pois prioriza-se o cálculo algébrico das identidades e equações em
detrimento dos aspectos importantes das funções trigonométricas e da análise
de seus gráficos. O que deve ser assegurado são as aplicações da
trigonometria na resolução de problemas que envolvem medições, em especial
o cálculo de distâncias inacessíveis e para construir modelos que
correspondem a fenômenos periódicos. Dessa forma, o estudo detém-se às
funções seno, cosseno e tangente, com ênfase ao seu estudo na primeira volta
do círculo trigonométrico e à perspectiva histórica das aplicações das relações
trigonométricas. (BRASIL, 2002, p. 122).
Desse modo, observa-se que a trigonometria também pode ser
trabalhada de forma menos técnica e mais contextualizada, buscando priorizar
suas aplicações práticas no cotidiano dos alunos, dando significado a sua
aprendizagem.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio
(PCNEM), o conteúdo de trigonometria "exemplifica a relação da aprendizagem
de matemática como o desenvolvimento de habilidades e competências [...]
desde que seu estudo esteja ligado às aplicações". (BRASIL, 2000, p. 44).
Nesse mesmo documento, destaca-se:
[...] o que deve ser assegurado são as aplicações da Trigonometria na
resolução de problemas que envolvam medições, em especial o cálculo de
distâncias inacessíveis, e na construção de modelos que correspondam a
fenômenos periódicos. Nesse sentido, um projeto envolvendo também a Física
pode ser de grande oportunidade de aprendizagem significativa. (BRASIL,
2000, p. 44).
Neste contexto, é importante que os educadores tenham compreensão
de que é necessária a adaptação da escola às mudanças tecnológicas,
principalmente na forma de se ensinar. Para isso, o uso de recursos

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tecnológicos pode ser aliado ao ensino da trigonometria, contribuindo para a
aprendizagem dessa área do conhecimento.

2.2 TRIGONOMETRIA NA GRÉCIA


Os estudiosos gregos geraram uma imensa contribuição e salto para a
trigonometria e, claro, que não poderia deixar passar despercebido os seus
grandes feitos neste artigo. A começar pela origem de nomenclatura.
Trigonometria é uma palavra de origem grega que possui três radicais: tri (três),
gonos (ângulos) e metron (medir), que têm como propósito o cálculo das
medidas dos lados e ângulos de um triângulo. Foram eles que fizeram estudos
sobre comprimento de cordas e as relações entre ângulos (ou arcos) numa
circunferência.
O conceito de ângulo e como calcular sua medida é algo extremamente
importante no desenvolvimento da Trigonometria, visto que ele é aplicável em
diversas situações, como por exemplo, na compreensão das razões
trigonométricas de um triângulo retângulo, onde os números dependem dos
seus ângulos agudos e não exclusivamente da medida dos lados. Existem
evidências, em forma de registro, de tentativas de medi-los. Chegaram até
nossos dias alguns fragmentos de círculos que parecem ter feito parte de
astrolábios primitivos, provavelmente usados como propósito de medições.
(Smith, 1958)
Como já foi dito, os ramos da matemática se edificaram de forma
gradual e não ao mesmo tempo e nem da mesma forma. Segundo Eves
(1995), os astrônomos babilônicos dos séculos IV e V a.C. acumularam uma
massa considerável de dados de observações e hoje se sabe que grande parte
desse material passou para os gregos. Foi dessa astronomia primitiva da
Babilônia que deu origem à trigonometria esférica trabalhada pelos egípcios.
Assim, como existiram vários matemáticos gregos, segue uma lista com alguns
nomes importantes e as suas respectivas contribuições para a trigonometria:

2.3 HIPARCO E PTOLOMEU


Segundo Eves (1995), a primeira amostra documentada para o estudo
da trigonometria deve-se a Hipsícles, pupilo dos povos babilônicos. Ele dividiu
o zodíaco em 360 partes. Esta ideia foi aprimorada e generalizada por Hiparco

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(180 - 125 a.C.), pois poderia ser aplicada para qualquer círculo. Entretanto,
esses escritos não chegaram até nós, porque tudo o que se sabe sobre suas
realizações científicas provém de fontes indiretas. Mas, acredita-se que na
segunda metade do século dois a.C. Hiparco deu um grande passo para a
trigonometria. Ele acreditava que a base de contagem 60 era a mais
apropriada, assim, atribuiu o nome “arco de 1 grau” para cada parte da
circunferência dividida em 360 partes. Ele dividiu cada arco de 1° em 60 partes
resultando no arco de 1 minuto.
Ele também construiu o que supostamente seria a primeira tabela
trigonométrica. Foi a chamada tábua de cordas, evidentemente para ser usada
em sua astronomia, conteúdo este presente em seu tratado de 12 livros. Ele
observou que dado um círculo qualquer, a razão do arco para a corda diminui
de 180° para 0°.
Então resolveu associar essas relações à um ângulo central
correspondente cada corda do arco. Em decorrência disso, foi lhe atribuído o
título de “Pai da Trigonometria”. (COSTA,1997)
Os trabalhos de Hiparco e de outros estudiosos da matemática e
astronomia, foram reunidos na coleção composta por 13 livros – Almagesto - do
matemático egípcio Claudius Ptolomeu (90 – 168 d.C.). Além de suas
contribuições nas áreas da geografia, cartografia, teoria musical e astronomia,
ele propôs um teorema que influenciou a matemática, em particular, a
trigonometria. Este teorema carrega o seu nome: Teorema de Ptolomeu.
Considerando um quadrilátero ABCD inscrito numa circunferência como
mostra a Figura 4. O Teorema de Ptolomeu diz que o produto das diagonais AC
e BD é igual à soma dos produtos dos lados opostos, ou seja:
AC∙BD= AB∙CD + AD∙BC

TEOREMA DE PTOLOMEU

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Embora não fizesse o uso dos atuais termos ‘‘seno” e “cosseno”, ele
utilizou o que pode ser considerado o indicador da relação fundamental da
trigonometria:

sin² 𝜃 + 𝑐𝑜𝑠 2𝜃 = 1

Este teorema é muito importante para o estudo da trigonometria, porque


através dele podemos chegar ao teorema de Pitágoras e, se inserirmos a Lei
dos Senos, chegamos na demonstração das fórmulas de soma e diferença de
senos.

sin( 𝑎 + 𝑏) = sin 𝑎 . cos 𝑏 + sin 𝑏 . cos 𝑎


sin(𝑎 − 𝑏) = sin 𝑎 . cos 𝑏 − 𝑠𝑒𝑛 𝑏 . cos 𝑎

2.4 CONTRIBUIÇÃO DOS HINDUS


Uma das maiores contribuições da Índia de maior influência na história
da matemática foi o concebimento do nosso sistema de numeração: o indo-
arábico.
Uma outra grandiosa contribuição foi a introdução de um equivalente da
função seno na trigonometria para substituir a tabela grega de cordas. Há
tabelas da função seno dos matemáticos Siddhantas e Aryabhatiya que ainda
se encontram em estado de preservação.
Aqui são dados os senos dos ângulos de 90°, para vinte e quatro
intervalos iguais de 3 ¾° cada um. Para exprimir o comprimento do arco e o
comprimento do seno em termos da mesma unidade, o raio era tomando como

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3.438 e a circunferência como 360 x 60 = 21. 600. Isso significa um valor para
π concordando com o de Ptolomeu até quatro algarismos significativos.
(Boyer,1974).
Por volta de 400 d.C, a Índia revelou-se um grande centro de
conhecimento, medicina e arte. Neste mesmo período o que chegou até nós
foram os textos, escritos em versos e em sânscrito, do Surya Siddhanta, que
quer dizer Sistemas do Sol. Os hindus diziam que o autor do texto foi Surya, o
deus do Sol. (Boyer, 1974)
Mesmo com poucas explicações sobre este fato de ter sido escrito por
um deus, o Surya Siddhanta abriu novas perspectivas para a Trigonometria,
pois ele não segue a mesma linha de Ptolomeu. A relação por ele utilizada era
entre a metade da corda e a metade do ângulo central correspondente,
chamada pelos hindus de “jiva”.
O resultado disto foi a possibilidade de visão de um triângulo retângulo
na circunferência como mostra a figura.
JIVA INDIANO

Eles o definiam como sendo a razão entre o cateto oposto e a


hipotenusa e daí conclui-se que a metade da corda dividida pelo raio do círculo
é o seno da metade do arco, ou, de maneira análoga, a metade do ângulo
central corresponde a todo arco.
Assim como os gregos, os hindus consideravam a trigonometria como
uma ferramenta da astronomia. Entretanto, há vários contrastes entre os
conhecimentos trigonométricos dessas duas nações. A trigonometria indiana é
descrita como mais aritmética do que geométrica se comparada aos gregos.
Também era considerada empírica, pois raramente apresentava
demonstrações ou deduções, além de ser bastante irregular.

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Entre os séculos VIII e XI, surgiram vários matemáticos hindus, podendo
destacar Āryabhatas, Mahāvīra, Brahmagupta e, o então mais conhecido
matemático do século XII, Bhāskara. Inclusive, este último gerou uma grande
contribuição para a aritmética hindu, além de, claro, para a trigonometria.
Bhāskara conseguiu demonstrar o teorema de Pitágoras de duas maneiras
diferentes; a primeira demonstração, que também já fora dada na China a
muito tempo, advém da decomposição e a segunda é feita traçando-se a altura
relativa à hipotenusa.
Segundo Oliveira (2010), “Tanto nos Siddhantas como em Aryabhatiya
são calculados os senos de 0° a 90°, com vinte e quatro intervalos iguais de 3°
3/4 Cada um e para expressar o comprimento do arco e o comprimento do
seno na mesma unidade, o raio foi considerado como 3438 e a circunferência
como 360 × 60 = 21600”.

2.5 ERATÓSTENES
Eratóstenes de Cirene foi um grande matemático grego conhecido por
calcular a circunferência e o raio da Terra com grande precisão. Foi diretor da
Biblioteca de Alexandria, assim detinha muito material científico à sua
disposição.
Portanto, lendo um dos manuscritos da instituição, lhe veio a informação
do seguinte fenômeno: Quando o sol se encontrava mais ao norte ao meio dia,
ou seja, durante o Solstício de Verão, o Sol ficava quase exatamente no zênite
na cidade se Siene (localizada a 800 km de Alexandria), de modo que podia ser
observado no fundo de um poço.
Como em Alexandria o Sol não ficava suficientemente próximo do zênite,
ele considerou o seguinte: “tomada como estando no mesmo meridiano e 5.000
estádios ao norte de Siene tomou-se que o Sol lançava uma sombra indicando
que a distância angular do Sol ao zênite era de um cinquentavo de um círculo”.
(BOYER, 1974. pág.117)
Ou seja, depois de ter constatado que a distância de Siene à Alexandria
era de 5.000 estádios, ele encontrou o ângulo de inclinação dos raios solares;
fixou uma haste perpendicular ao chão e mediu o comprimento da sombra em
relação ao comprimento da haste, assim, encontrou o ângulo 7,2°, ou,
simplesmente, cinquenta avos da circunferência que corresponde à 360°. Logo,

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ele concluiu que a circunferência da Terra deveria ser 5.000 x 50 = 25.000
estádios.
Devido aos raios solares serem praticamente paralelos entre si, conclui-
se que o ângulo ACS também mede 7,2°.

RAIOS SOLARES

Sabe-se que as dimensões utilizadas hoje são de 40.024 km e 6.378 km


para a circunferência e o raio da Terra, respectivamente. Assim, conclui-se que
Eratóstenes estava correto com sua linha de raciocínio, o que torna irrelevante
essa pequena margem de erro frente à sua geniosa descoberta que é tão
significativa para história e ciência

2.6 TALES E PITÁGORAS


Tales de Mileto é reconhecido pelo fato de calcular a distância em que
um barco se encontra em certo ponto do rio até a margem. A medição da altura
das pirâmides do Egito comparada às projeções de suas sombras no chão
também lhe é atribuído, além da sua autenticidade em função ao seu
pensamento dedutivo que utilizou em seu trabalho com a geometria. Assim,
cinco teoremas importantes que supostamente foram demonstrados por ele,
foram relacionados ao mesmo pelo fato de utilizar as mesmas propriedades.
São elas:
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o Um ângulo inscrito em uma semicircunferência é um ângulo reto.
o Todo círculo está dividido em duas partes iguais por uma triangulo.
o Os ângulos da base de um triângulo isósceles são iguais.
o Os ângulos opostos pelo vértice que se formam ao cortarmos duas
paralelas são iguais.
o Se dois triângulos são tais que dois ângulos do primeiro são
correspondentes a dois ângulos de outro qualquer então eles são
semelhantes.
Pitágoras pode ser considerado como um matemático que deu um novo
entendimento para a matemática devido a resolução de um problema não
solucionado em sua época que era de determinar as relações entre os lados de
um triângulo retângulo e assim o fez. Provou que a soma dos quadrados dos
catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.
Ele nasceu em meados de 570 a.C. na ilha de Samos, Grécia. É
provável que tenha sido pupilo de Tales, visto que era meio século mais novo
do que ele e morava próximo a Mileto, cidade onde Tales vivia, embora alguns
pesquisadores concordem e discordem com esse fato, o que realmente importa
é que haviam semelhanças em suas linhas de raciocínio.
Ele é considerado tão importante porque, até então, os gregos não
conheciam o símbolo da raiz quadrada e assim, o primeiro número irracional
que veio a ser descoberto foi a raiz quadrada de dois, fato que surgiu da
explicação de seu teorema quando relacionado a um triângulo retângulo de
catetos iguais a um.
O desenvolvimento da trigonometria está diretamente relacionado ao da
geometria, pois foram nesses ramos que protagonizaram os grandes sábios:
Thales (625 – 546 a.C), com seus estudos de semelhanças de triângulo que
dão base à trigonometria, e seu suposto pupilo Pitágoras (570 – 495 a.C), no
qual, o próprio fez a demonstração de um dos mais famosos teoremas, aquele
que carrega seu nome: “Em um triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa
é igual à soma dos quadrados dos catetos”. É deste teorema que deriva a
relação fundamental da trigonometria.

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2.7 A TRIGONOMETRIA NA IDADE MÉDIA E ÍNICIO DA ERA
MODERNA
O período referente à Idade média é composto por vários altos e baixos
em relação à ciência, pois além de ser considerado a “Era das Trevas” por
vários séculos devido à repressão católica, houve também a pandemia da
Peste Negra durante o século XIV, onde devastou cerca de um terço da
população europeia.
Todavia, podemos citar alguns nomes importantes que contribuíram para
que o conhecimento matemático deste período, são eles: Leonardo Fibonacci
(1175-1250) – considerado o maior matemático do século XIII -, Thomas
Bradwardine (1290- 1349) e Nicole Oresme (1323 – 1382). Este último, por sua
vez, introduziu a representação gráfica que deixa explícito a noção de
funcionalismo entre as variáveis em seu trabalho intitulado por “Treatise on the
configuration of Qualities and Motions” que “influenciou Galileu (1564-1642) e
Descartes (1596-1650) nos séculos XVI e XVII. Com os estudos de Oresme,
começou a se consolidar o conceito de função”. (COSTA,1997)
O século XV deu início ao Renascimento e devido questões políticas e
mudanças nos governos vigentes muitos tesouros gregos tornaram-se
acessíveis no Ocidente. Neste período, as cidades mercantis da Europa
Central detinham o acervo sobre álgebra, aritmética e trigonometria. Desta
forma, a matemática floresceu sob a influência da navegação, astronomia,
agrimensura e o próprio comércio.
Nesta etapa da história, podemos mencionar grandes nomes que
contribuíram para a o desenvolvimento da matemática, como é o caso de
Nicholas Cusa (1401-1464) que é “mais lembrado hoje principalmente por seu
trabalho na reforma do calendário e por suas tentativas de quadrar o círculo e
trisseccionar o ângulo” (EVES, 1995. Pág.296); sem contar com o pupilo de
Nicholas Cusa, Georg von Peurbach (1423-1463), que, ainda segundo Eves
(1997), escreveu uma aritmética, alguns trabalhos de astronomia e coligiu uma
tábua de senos, além de iniciar uma tradução latina, a partir do grego, do
Almagesto de Ptolomeu.
Porém, o matemático mais influente do século foi Johann Müller (1436-
1476), geralmente conhecido por Regiomontanus. Além de fazer traduções dos
materiais vindos do oriente, ele publicou um tratado sobre triângulos, o

18
chamado: “Triangulis Omnimodis”. A obra é dividida em cinco livros e é
considerada uma de suas maiores criações; nela trata-se da primeira
exposição sistemática da trigonometria plana e esférica como algo
independente da astronomia, visto que, até então, todos os estudiosos trataram
a trigonometria como apenas um instrumento da astronomia.
Nessa obra o autor revela particular interesse na determinação de um
triângulo, satisfeitas três condições dadas. Em várias ocasiões ele aplica a
álgebra, como nas Proposições 12 e 23 do Livro II: (II 12) Determinar um
triângulo, dado um lado, a altura relativa a esse lado e a razão entre os outros
dois lados; (II 23) Determinar um triângulo, dada a diferença entre dois lados, a
altura relativa ao terceiro e a diferença entre os segmentos em que a altura
divide o terceiro lado. A álgebra é retórica, achando-se uma parte incógnita da
figura como raiz de uma equação quadrática. (Eves, 1997).
Segundo Costa (1997), a invenção posterior dos logaritmos e alguns dos
teoremas demonstrados por Napier (1550-1617) mostram que a Trigonometria
de Regiomontanus não diferia basicamente da que se faz hoje em dia.
Inicialmente Regiomontanus usava apenas as funções trigonométricas o seno
e cosseno, porém, mais tarde calculou a tábua de tangentes e as incluiu. Em
outro trabalho ele aplicou a álgebra e a trigonometria em um problema da
construção de um quadrilátero cíclico dados os valores dos quatro lados.
E não poderia faltar de citar Sir Isaac Newton (1642-1727) que também
deu sua significativa contribuição à trigonometria pois, ao mesmo tempo que
trabalhava com seus estudos sobre cálculo infinitesimal, trabalhava também,
paralelamente, com séries infinitas, tendo expandido arcsen (x) em séries e,
por reversão, acabou deduzindo a série para seno (x).
A trigonometria só veio a desenvolver a notação que utilizamos hoje em
1620.
A palavra seno já estava sendo muito utilizada nos textos matemáticos
da Europa, contudo, a notação abreviada “sen” foi utilizada ineditamente pelo
professor astrônomo Edmund Gunter (1581-1626). A periodicidade das funções
trigonométricas só veio a ser comprovada em 1710 por Thomas Fanten e
assim, foi a partir daí que a trigonometria foi ganhando o formato dos dias
atuais e grande parte desse fato também se deve à Leonard Euler (1707 –
1783) que no século XVIII tomou como unidade a medida do raio de um círculo

19
e definir as funções aplicadas a um número. Foi nesse mesmo período que ele
criou a função "𝑒" popularmente conhecida como a função de Euler, que abriu
as portas para a análise matemática e suas diversas aplicações à física.
Podemos também citar as funções periódicas e contínuas representadas
por séries trigonométricas. Foram relatadas por Joseph Fourier (1768 – 1830)
em sua obra mais importante Theórie analytique de la chaleur. As séries de
Fourier têm diversas aplicações, como por exemplo na área da economia e da
engenharia elétrica. Seus coeficientes são encontrados por meio de integrais e
sua fórmula geral pode ser representadas como:

𝑓(𝑥) = 𝑎0 + 𝑎1 𝑐𝑜𝑠(𝑥) + 𝑎2 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) + 𝑎3 𝑐𝑜𝑠(3𝑥) … + 𝑏1 𝑠𝑒𝑛(𝑥) + 𝑏2


𝑠𝑒𝑛(2𝑥) +𝑏3 𝑠𝑒𝑛(3𝑥) …

2.8 RECURSOS TECNOLÓGICOS NO ENSINO DE TRIGONOMETRIA


Com a intensificação do uso de tecnologias e acesso à informação, as
novas gerações de estudantes requerem que os professores se adaptem a
esta nova realidade e incorporem em a prática pedagógica novas estratégias
de ensino baseadas nas tecnologias educacionais, visando obter um processo
de ensino-aprendizagem mais amplo e não apenas limitado aos espaços
escolares. Assim, o computador ou, até mesmo o celular, devem ser vistos
como uma ferramenta de auxílio para a construção do conhecimento por
proporcionar um ambiente virtual para o ensino de matemática. Portanto, como
nas demais áreas da matemática, na trigonometria o uso das tecnologias passa
a desempenhar um papel fundamental no processo de ensino.
Diversos autores já vem destacando o uso de softwares educacionais
para o ensino da trigonometria. Podemos citar Lopes (2011), Pedroso (2012),
Silva e Ferreira (2016) e Dias (2015).
Pedroso (2012) cita a dificuldade que os alunos têm em entender o
conteúdo de trigonometria e a dificuldade do docente em ensinar. Com isso o
autor propõe uma sequência de atividades com caráter investigativo sobre
conceitos básicos de trigonometria aplicado no software Geogebra e chegou a
conclusão que o uso do software contribuiu para a compreensão dos conceitos
trigonométricos.

20
No trabalho de Lopes (2011) é avaliada a aprendizagem da
Trigonometria propiciada por uma sequência de ensino desenvolvida em um
ambiente informatizado e dinâmico, através do software Geogebra e de um
cronograma de atividades. Concluindo através das atividades propostas a
compreensão de relações entre elementos de uma construção, permitiu a
experimentação de hipóteses e elaboração de conclusões, instigou discussões
e tornou as aulas mais dinâmicas.
Em Silva e Ferreira (2016) são apresentadas situações didáticas
envolvendo o conteúdo de semelhança de triângulos com o uso do software
Régua e Compasso. Dias (2015) analisou uma proposta didática para o ensino
do Teorema de Pitágoras com o uso de Tecnologia Digital e concluiu que os
alunos compreenderam os conceitos envolvendo triângulos retângulos e o
Teorema de Pitágoras.
As aplicações da trigonometria também se fazem presentes em
trabalhos envolvendo ferramentas para solução de problemas, o uso de
material concreto nas aulas de trigonometria, a construção de polígonos
regulares e relações trigonométricas no triangulo retângulo utilizando os
softwares Geogebra e SuperLogo, o uso do softwares educativo Régua e
Compasso para ensinar as leis dos senos e dos cossenos (XAVIER; TENÓRIO;
TENÓRIO). E mostram que é possível estabelecer uma importante relação
entre o conhecimento matemático do professor e a fluência nas tecnologias
empregadas em suas propostas didáticas.
O trabalho analisa algumas das potencialidades e limitações do software
GeoGebra no ensino e na aprendizagem de Trigonometria. Com base nos
resultados desta pesquisa, destaca-se que, "dentre as potencialidades
apresentadas pelo software GeoGebra no ensino e na aprendizagem de
trigonometria por meio de atividades investigativas estão, principalmente, a
construção, o dinamismo, a investigação, visualização e argumentação"
(LOPES, 2013).
Portanto, o uso de recursos tecnológicos para o ensino da matemática é
vista como um meio de facilitar o entendimentos dos conteúdos por parte dos
alunos, evidenciando a necessidade de adaptação das escolas e professores
para podermos atender as demandas da sociedade, formando cidadãos críticos
e com responsabilidades sociais.

21
2.9 ORIGENS – CONSTRUÇÕES EGÍPCIAS
A trigonometria não foi inventada em sua totalidade da noite para o dia e
nem foi um feito de apenas um indivíduo ou nação, mas sim o somatório de
todas as contribuições das antigas e atuais civilizações.
Segundo Boyer (1947), os povos egípcios já a utilizavam a trigonometria,
de forma inconsciente, nas construções de suas pirâmides. Sua trigonometria
era considerada primitiva, pois ainda não existia as relações métricas do
triângulo retângulo naqueles tempos, porém, o pensamento era o mesmo,
mesmo que sendo aplicado com outras unidades e padrões de medidas
diferentes dos nossos.
Sabe-se que nessas construções era muito importante manter sempre a
inclinação das faces da pirâmide dando o afastamento da face oblíqua da
vertical para cada unidade de altura e, por esta preocupação, eles introduziram
o conceito equivalente à cotangente de um ângulo. Na construção das grandes
pirâmides, esses povos utilizaram alguns conceitos matemáticos importantes,
como por exemplo, o do ângulo de 90° (reto), o das relações de razão e
proporção, o do segmento áureo 𝜑 (“Phi”) e da aplicação do triângulo pitagórico
e sua unidade de medida, o cúbito: que é a distância do cotovelo à ponta do
dedo médio, segundo a anatomia do Faraó.
As observações de Haus (1999-2020) também convergem em relação
às anteriores:
Ao se observar as pirâmides, nota-se o uso de noções de trigonometria,
aplicadas por meio do cálculo de razões entre números e entre lados de
triângulos semelhantes. Mas o que mais impressiona na arquitetura das
pirâmides é que as relações matemáticas entre suas medidas são perfeitas e
se enquadram totalmente nas três relações apresentadas abaixo, que são
aplicações do Teorema de Pitágoras, mesmo este tendo surgido quase mil
anos após a construção dessas pirâmides. (Haus, 1999-2020)
Haus (1999-2020) defende que o uso do segmento áureo é recorrente
nesse tipo de construção, pois cada bloco da pirâmide é 1,618 vezes maior que
o bloco do nível superior. As câmaras interiores das pirâmides também seguem
este mesmo padrão de proporção com relação as dimensões de comprimento

22
e largura do local de forma que a largura é 1,618 vezes menor que o
comprimento.
É notório a presença da aplicação do triângulo pitagórico nas edificações
egípcias, Baumkart diz que “As noções de trigonometria foram aplicadas
utilizando cálculos de razão entre números e os lados de triângulos”. Isso fez
com que estes monumentos se tornassem perfeitos e com comprovação da
aplicação do teorema de Pitágoras, embora o mesmo surgiu cerca de mil anos
depois das construções.
Assim, a matemática e conhecimento utilizado pelos egípcios é
comprovado pelas informações estão contidas no Papiro Rhind, de cerca de
1650 a. C. Nele contém problemas e resoluções de um escriba chamado
Amósis. Dos 84 problemas matemáticos que nele havia, quatro faziam menção
a “seqt” de um ângulo.
Este, por sua vez, é o conceito determinante do sucesso das
construções faraônicas, pois era necessário manter a constante inclinação das
faces das pirâmides e para isso acontecer era preciso colocar em prática o
conceito similar ao da cotangente de um ângulo. Analisando o contexto, esta
explicação é o que fica subentendida, pois Amósis não foi muito claro em suas
anotações, mas Boyer explica o que, de fato, significa “seqt”:
A palavra egípcia seqt significava o afastamento horizontal de uma reta
oblíqua em relação ao eixo vertical de cada variação de unidade de altura.
(...) A unidade de comprimento vertical era o cúbito, mas para medir a
distância horizontal a unidade usada era a mão medindo um sétimo de cúbito.
Portanto, o seqt da face de uma pirâmide era o quociente do afastamento
horizontal pelo vertical, o primeiro medido em mãos, o segundo em cúbitos.
(Boyer, 1974)
Usando estas informações podemos, por exemplo, determinar o seqt da
pirâmide de Quéops, que tem 280 cúbitos de altura e 440 de aresta da base.

23
H
Sendo S = , onde:
V
S = seqt
H= palmos
V= cúbitos 1 cúbito = 7 palmos
Note que para achar o seqt da pirâmide, devemos adotar 220 e não 440,
visto que H equivale à metade do lado da base quadrangular. Vale salientar
que deve-se deixar todas as medidas em apenas uma unidade. Como V é em
palmos e um cúbito equivale à 7 palmos. Assim, temos:
H 7.220
S= =
V 280

Além desta visível utilização trigonométrica nas medições das pirâmides,


os egípcios, bem como os babilônios, demonstravam bastante interesse
astronômico, tanto por questões religiosas quanto pelas conexões com o
calendário e aos períodos de plantio. Assim, os estudos para essas áreas
surgiram através da observação do nosso único satélite natural, a Lua, o que
torna impossível de ser estudada suas fases sem usar triângulos.
As variações, com o passar dos dias, da Lua os deixou curiosos a ponto
da percepção de que este satélite passa por fases devido às posições
diferentes que a Lua ocupa em sua órbita em relação ao posicionamento da
Terra e do Sol. São várias fases, mas podemos destacar quatro que recebem
nomes especiais: Lua Nova, Lua Quarto Crescente, Lua Cheia, Lua Quarto
Minguante.
Para os egípcios, era de extrema importância ter conhecimento das
fases desse satélite, pois os cálculos de sementeira tinham que ser precisos,
caso contrário, surgira a fome e ruínas para aquele povo. Como as cheias do
grande rio Nilo parecia estar de acordo com as fases da Lua, os egípcios

24
mediam as cheias e as vazantes do rio para que pudessem fazer sua
programação de cultivo a fim de evitar perdas na produção. Dessa relação, os
egípcios foram os primeiros homens a criar o calendário lunar. O mesmo era
dividido em doze meses de 29 ou 30 dias.
Assim, todos esses saberes egípcios serviram como os primeiros
degraus da ciência para os gregos, que não tardaram para aprimorar e superar
o que foi deixado como herança do Egito. A matemática na Grécia ganhou seu
espaço e obteve muito desenvolvimento, tornando a civilização grega uma
grande preceptora a todas as outras nações.

3. OBJETIVOS
As demandas educativas de uma sociedade onde ocorrem mudanças
em todos os setores sócio-econômicos, tendo como ponto de partida os
saberes de base científica e tecnológica, necessita de uma escola voltada para
a formação de cidadãos críticos capazes de refletir e transformar a sua
realidade, visando desenvolver conhecimentos direcionados ao pleno exercício
da cidadania e à realização dos interesses do país como um todo. O sistema
escolar precisa se adequar às demandas contemporâneas da nossa
sociedade, desenvolvendo saberes e competências que nos habilitem a
participar do processo de globalização conduzidoo de forma que os nossos
interesses como nação e como indivíduos sejam considerados.
A proposta neoliberal, ao atingir a educação como um todo, atinge
também a formação de habilidades e de competências de base matemática.
Entregar a um mercado cujos interesses maiores estão situados fora da nossa
realidade é comprometer seriamente o acesso aos conhecimentos mínimos
necessários para realizar a capacidade dos nossos jovens e da nossa
sociedade. Devido às diferenças gritantes existentes em nosso país, é
inquestionável garantir a todos um ensino de qualidade na qual todos possam
desenvolver saberes matemáticos tendo iniciativa e segurança para usá-los
adequadamente, seja no trabalho, seja nas demais atividades cotidianas,
fornecendo ferramentas teóricas para construir uma sociedade democrática e
cooperativa, como também para superar as dificuldades de uma realidade
inovadora e em constante mudança. Para isso, é necessário que o aluno
considere a matemática como uma linguagem de construção e comunicação de

25
idéias que permitem entender, transformar e interpretar a realidade na direção
almejada.
O objetivo, ao realizar esta pesquisa, é contribuir para a melhoria da
compreensão do processo de ensino-aprendizagem de matemática, levantando
informações e condições na direção de que este seja formativo, garanta a
participação ativa do aluno e a sua atividade auto-estruturante na construção
de conhecimentos, de maneira que estes não sejam meras repetições ou
cópias dos conhecimentos formulados pelo professor ou pelo livro-texto, mas
uma reelaboração pessoal significativa.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96),
qualifica o Ensino Médio como etapa final da Educação Básica,
complementando o aprendizado iniciado no Ensino Fundamental. Os PCNEM
(BRASIL, 1999, p.10) apresentam a seguinte proposta para o Ensino Médio:
que, sem ser profissionalizante, efetivamente propicie um aprendizado
útil à vida e ao trabalho, no qual as informações, o conhecimento, as
competências, as habilidades e os valores desenvolvidos sejam instrumentos
reais de percepção, satisfação, interpretação, julgamento, atuação,
desenvolvimento pessoal ou de aprendizado permanente, evitando tópicos
cujos sentidos só possam ser compreendidos em outra etapa de escolaridade.
Este documento recomenda um ensino baseado na interdisciplinaridade
e na contextualização dos conteúdos, bem como propõe que se trabalhe com
aplicações, superando, desta forma, o ensino tradicional baseado na
transmissão de conhecimentos.
Observa ainda que nessa nova etapa os alunos apresentam uma maior
maturidade, possibilitando o desenvolvimento de atividades direcionadas a
objetivos educacionais mais complexos, tanto em aspectos de natureza das
informações tratadas, dos procedimentos e atitudes envolvidas, como em
termos das habilidades, competências e de valores.
De acordo com o texto do PCNEM:
Os objetivos do Ensino Médio em cada área do conhecimento devem
envolver, de forma combinada, o desenvolvimento de conhecimentos práticos,
contextualizados, que respondam às necessidades da vida contemporânea, e o
desenvolvimento de conhecimentos mais amplos e abstratos, que

26
correspondam a uma cultura geral e a uma visão de mundo. (BRASIL, 1999,
p.16).
A esta orientação para o Ensino Médio se opõe o ensino tradicional de
matemática baseado na transmissão de conteúdos por meio de regras e de
fórmulas, ainda majoritário em nossas escolas, e que com certeza continuará a
predominar caso prevaleça a tese neoliberal de entregar a educação para
exploração pelo setor privado. No Ensino Médio, além de fatores como a
tradição e a falta de incentivo à implantação de mudanças, ocorre a influência
exercida pelos vestibulares, que privilegiam uma formação matemática voltada
para a preparação deste exame seletivo.
Deste modo, a prática educativa de sala de aula, os livros textos, os
meios de comunicação e uma parcela da comunidade incentivam um Ensino
Médio voltado para a preparação dos alunos para responderem a uma prova,
cujo teor são questões padrões disciplinares, a maioria do tipo de múltipla
escolha, dentro de uma proposta de ensino quase sempre descontextualizada,
estanque e com resposta única.

4. JUSTIFICATIVA
Neste trabalho propus uma atividade de trigonometria a ser utilizada na
educação básica tomando como aporte teórico as concepções referentes à
aprendizagem significativa. Na intenção de contribuir com a melhoria do ensino
e da aprendizagem desse conteúdo matemático, sugeri atividades onde, após
evidenciar o que o aprendiz já sabe, novos conceitos são apresentados a fim
de serem ancorados nesse conhecimento prévio que foi evidenciando junto
com o estudante. Assim é que, partindo de uma prática aplicação de conceitos
trigonométricos à resolução de problemas, provocamos uma aprendizagem
com significado. Em relação à Trigonometria, percebemos que as dificuldades
básicas apresentadas pelo aluno do Ensino Médio são diminuidas e/ou até
mesmo sanadas quando se aprende com significado.
É notório que foi um longo e complexo caminho da Humanidade para
chegar até a trigonometria que hoje é ensinado aos alunos. Também, trata-se
da evolução em si, e não de forma isolada o conceito de ângulo que é implícito
e essencial ao desenvolvimento da trigonometria, nem da trigonometria

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esférica, indispensável na Astronomia ou construção das tábuas
trigonométricas.
Os conteúdos colocados aqui tem a intenção de mostrar a trigonometria
numa perspectiva de construção histórica e apresenta propostas que incluem a
construção de materiais pedagógicos para tornar a aprendizagem dos
conceitos trigonométricos mais significativos.
Nesta perspectiva, cabe ao professor a complementação com exercícios
em sala de aula e adaptar as atividades propostas nesta unidade didática para
a realidade de sua escola. Por meio do presente estudo, foi mostrado que o
uso da história da matemática tornou o processo de ensino e de aprendizagem
participativo, construtivo e interativo, provocando o envolvimento dos alunos
em atividades concretas e/ou experimentais, auxiliando o aprendizado e
aprimorando o ensino da trigonometria.
Levou-se em consideração também os obstáculos e desafios presentes
na literatura, e a discussão percorre essas ideias de possibilidades do fazer
diferente para os sujeitos em transformação, ainda que tais materiais sejam de
uso comum em muitos lugares. A provocação de promover as relações
matemáticas com o uso destes recursos, de discutir ideias matematicamente e
de contextualizar conceitos de outras áreas a partir da reflexão e identificação
do uso dos conceitos matemáticos.
Assim, posso sugerir aos professores que trabalham ou que trabalharão
os conteúdos de trigonometria na sala de aula, que levem esse tipo de
abordagem histórica para seus alunos com o intuito de que eles percebam sua
importância e entendam a trajetória do conhecimento matemático, bem como
seu surgimento e finalidade; não para que pensem que eles “caíram do céu”,
foram entregues ao acaso ou surgiram ‘do nada’, e sim porque o homem sai da
sua zona de conforto devido suas necessidades e “manias” de evolução e que
este caminho científico continue sendo trilhado por nossos jovens e crianças.
O professor deve propor situações que conduzam os alunos a
(re)descoberta do conhecimento através do levantamento e testagem de suas
hipóteses acerca de alguns problemas investigados. O trabalho apresentado
pode contribuir para pesquisas futuras, pois,como é possível concluir que, ao
trazer a História da Matemática e Trigonometria à sala de aula, abre-se um

28
leque de ideias, opções e construções que se pode trabalhar com os
estudantes.
Utilizar-se da História da Matemática como tendência metodológica,
oportunizou que os conhecimentos adquiridos pela humanidade durante anos
puderam contribuir para o desenvolvimento de um trabalho diferenciado e
possibilitou solucionar um despertar de interesse do aluno pela Trigonometria.
Várias maneiras foram utilizadas para aproximar a teoria da prática e motivar o
aprendizado e na busca de conhecimentos por parte dos alunos.
Usufruir da oportunidade de estudar e desenvolver um trabalho que traz
satisfação pessoal, é o encanto de ter escolhido a profissão de professora,
passar um pouco de conhecimento adquiridos aos educandos para que os
mesmos possam ser cidadãos de bem.
E se pensarmos na Matemática como uma ciência exata, é um erro, ela
é uma ciência viva, fruto da criação e invenção humana, que não evolui de
forma linear e logicamente organizada e que está em constante construção,
contribuindo para a solução de problemas científicos e tecnológicos. Portanto
encaminhar o processo de construção dos conhecimentos matemáticos tendo
como estratégia a História da matemática, contribui imensamente para a
transposição de todos os aspectos que distanciam docentes e discentes dos
reais objetivos dessa área do conhecimento.

5. PROPOSTA DE ATIVIDADES
QUESTÃO 1: APLICAÇÃO DA TRIGONOMETRIA.
Santana está localizada no Estado do Amapá, teve um aumento
populacional expressivo com a instalação de empresas para extração de
minérios. Isso estimulou a vinda à referida localidade de profissionais de várias
áreas do conhecimento, contribuindo para um superpovoamento, provocando
um processo de urbanização desorganizada. Como essas pessoas precisavam
de moradia, isso acabou gerando um problema para a população santanense.
Então, solicitou-se aos alunos que buscassem na internet exemplos de
aplicações da trigonometria na engenharia, topografia e arquitetura.
- Objetivo: verificar a aplicação da trigonometria em situações reais.
- O que se esperava alcançar: que os alunos apresentassem exemplos
com aplicações de trigonometria.

29
QUESTÃO 2: CALCULANDO DISTÂNCIA E ALTURA.
Paulo e Marta estão brincando de jogar dardos. O alvo é um disco
circular de centro O. Paulo joga um dardo, que atinge o alvo num ponto, que
vamos denotar por P; em seguida, Marta joga outro dardo, que atinge um ponto
denotado por M, conforme a figura. Sabendo-se que a distância do ponto P ao
centro O do alvo é PO = 10 cm, que a distância de P a M é PM = 14 cm e que o
ângulo POM mede 120º, determine a distância, em centímetros, do ponto M ao
centro O.

- Objetivo: Determinar a distância do segmento MO, no triângulo PÔM.


- O que se esperava alcançar: que o aluno aplicasse a lei dos cossenos,
apossando-se de outros conceitos já estruturados.

QUESTÃO 3: CÁLCULO DA ÁREA DE UMA REGIÃO TRIANGULAR.


A aquisição da casa própria é sonho de algumas pessoas e pode
acontecer de formas diferentes, por exemplo, comprando um apartamento,
uma casa pronta, um chalé ou um terreno para posterior construção de uma
casa do seu jeito. Na aquisição de um terreno, duas perguntas são básicas ao
vendedor: qual o valor e a metragem. Por isso, a importância de saber como é
realizado o cálculo de área de uma determinada região. As dimensões também
são importantes, ou seja, a área do terreno deve permitir a construção de um
bom imóvel. O ideal é contratar profissionais da área, como um arquiteto ou
engenheiro para avaliá-lo.

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Situação Proposta: Sabe-se que os lados de um terreno triangular
medem 40m e 31m e o ângulo formado por eles é de 60º. Calcule a área dessa
região.
- Objetivo: Calcular a área de uma região triangular, sabendo-se a
medida de dois lados do triângulo e o valor do ângulo por eles formado.
- O que se esperava alcançar: que os alunos calculassem a área,
utilizando a fórmula de sen α.

QUESTÃO 4
sen (a+ b)+ sen (a – b)
Simplificando-se a expressão resulta:
cos ( a+b ) +cos (a−b)
a) cotg a
b) tg a
c) tg b
d) cotg (a + b)
e) n.r.a.

QUESTÃO 5
Resolva:
a) Determine o menor ângulo formado entre o ponteiros de um relógio às
12h 24min.
b) Em um triângulo ABC, retângulo em A, sabe-se que cosBˆ = 0,6.
Determine o valor de cotg Cˆ .

31
6. BIBLIOGRAFIA

Astrônomos desenham triângulos no céu. 12. ed. São Paulo - SP: Abril,
1998. 33 p. Disponível em:
<http://super.abril.com.br/tecnologia/astronomosdesenham-triangulos-no-ceu/>.
Acesso em: 11 dez.2023.
ARISTARCO de Samos. Disponível em:
<http://www.somatematica.com.br/biograf/aristarco.php>. Acesso em: 11
dez.2023.
BERLINGHOFF, Willian P; GOUVÊA, Fernando Q. A matemática através
dos tempos: um guia fácil para professores e entusiastas.
BONGIOVANNI, Vicenzo. O teorema de Tales: uma ligação entre o
geométrico e o numérico. REVEMAT - Revista Eletrônica de Educação
Matemática, UFSC, v. 2, n. 5, p. 94-106, fev. 2007. Disponível em:
<http://www.ppgecnm.ccet.ufrn.br/documentos/documento_132.pdf>. Acesso
em: 11 dez.2023.
Função Seno e Cosseno: Uma sequencia de ensino a partir dos
contextos do “mundo experimental” e do computador. Dissertação (mestrado) –
Pós-Graduação em Ensino de Matemática, Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, São Paulo: [s.n.], 1997. 170f.
Disponível em:
http://www.matematicaepraticadocente.net.br/pdf/teses_dissertacoes/
dissertacao_nielce_meneguelo_lobo_da_costa.pdf. Acessado em 20/10/2016.
LINDEGGER, Luiz Roberto de Moura. Construindo os conceitos básicos
da trigonometria no triângulo retângulo. Dissertação (mestrado) –

32
PósGraduação em Ensino de Matemática, Pontifícia Universidade Católica de
SãoPaulo, São Paulo: [s.n.], 2000. 197f. Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/
MATEMATICA/Dissertacao_Lindegger.pdf.

33

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