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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9

Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE


NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-
PEDAGÓGICA – TURMA 2013
Título: A Arte das Dobraduras: Uma contribuição para o Ensino da Geometria

Autor: Elhane de Fatima Fritsch Cararo

Disciplina/Área: Matemática

Escola de Implementação do Colégio Estadual Reinaldo Sass- Ensino


Projeto e sua localização: Fundamental, Médio e Profissional - Rua
Alagoas, nº 475, no Bairro Alvorada.

Município da escola: Francisco Beltrão

Núcleo Regional de Educação: Francisco Beltrão

Professor Orientador: Simone Aparecida Miloca

Instituição de Ensino Superior: Unioeste

Resumo: Esta Unidade Didática busca aliar a arte do


Origami ao ensino da Geometria do 8º ano,
oportunizando aos alunos estudar a Geometria
de uma forma curiosa e diferente, envolvendo
a manipulação de materiais para auxiliar no
processo de descrever situações do seu
cotidiano, proporcionar interações entre
professor e alunos e entre os próprios alunos,
favorecer a elaboração do conhecimento
matemático através da experimentação e
assim compreender o espaço em que se vive.
Nesta unidade, aborda-se noções básicas de
geometria (reta, ponto, bissetriz, diagonais,
mediatriz, ângulos, etc.), polígonos regulares e
suas propriedades, perímetro e área de alguns
polígonos e de maneira geral a definição de
poliedros.

Palavras-chave: dobraduras; polígonos; triângulos;


quadriláteros.

Formato do Material Didático: Unidade Didática


Público: Professores e Alunos
1. APRESENTAÇÃO

Diante de tantas discussões acerca do ensino e aprendizagem da


Geometria é preciso buscar uma proposta que alcance, de maneira efetiva, o
aprendizado dos alunos. Várias discussões sobre o tema nos remetem a
necessidade de buscar uma metodologia capaz de levar nossos alunos a
descobrirem a beleza que existe no mundo da Matemática, como também
compreenderem os conteúdos matemáticos.
As dificuldades apresentadas pelos alunos na compreensão da
Geometria, bem como a falta de motivação que muitos estudantes apresentam
em relação a determinados conteúdos, fazem com que, muitos professores
busquem novas metodologias a fim de dinamizar o ensino da Geometria
É desafiador e ao mesmo tempo, estimulante buscar uma metodologia
que desperte o interesse do aluno pelo importante mundo da geometria. Por
causar inquietação ao professor que, muitas vezes, percebe a falta de domínio de
conceitos básicos e a falta de motivação com que este conteúdo vem sendo
tratado pelos alunos.
Nesta unidade didática, pretende-se propor uma metodologia
diferenciada visando auxiliar o processo Ensino- aprendizagem da Geometria no
8º ano do Ensino Fundamental a partir do Origami, bem como, possibilitar ao
educando, a manipulação de materiais e formas, descrever, interagir e
compreender o espaço onde vive; utilizar noções básicas de geometria (reta,
ponto, bissetriz, diagonais, mediatriz, ângulos, etc.), reconhecer os polígonos
regulares e suas propriedades, fazendo interações com seu cotidiano,
Compreender o que são poliedros e ainda, utilizar -se adequadamente da
linguagem matemática.
2. GEOMETRIA

Pode-se considerar a Geometria uma Ciência necessária para


compreensão do mundo, da sociedade e das construções humanas. Ela facilita a
resolução de problemas e está presente em nosso dia-a-dia, na natureza,
arquitetura de prédios, casas, escolas, embalagens entre outros.
De acordo com Fainguelernt, “a geometria exige uma maneira
específica de raciocinar, uma maneira de explorar e descobrir. Não é suficiente
conhecer bem Aritmética, Álgebra ou Análise para conseguir resolver situações
em geometria”. (1999, p. 49). Desse modo trabalhar a Geometria de forma
adequada no Ensino Fundamental, pode ajudar a desenvolver o raciocínio
abstrato e a resolução de problemas, bem como a tomada de decisão e
interpretação Lógico Matemática dos educandos.
Nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Matemática do
Estado do Paraná tem-se a idéia de que a geometria influencia o desenvolvimento
humano:

As ideias geométricas abstraídas das formas da natureza, que


aparecem tanto na vida inanimada como na vida orgânica e nos objetos
produzidos pelas diversas culturas, influenciaram muito o
desenvolvimento humano. Em torno dos anos 300 a.C., Euclides
sistematizou o conhecimento geométrico, na obra já citada Elementos.
Seus registros formalizaram o conhecimento geométrico da época e
deram cientificidade à Matemática. Nessa obra, o conhecimento
geométrico é organizado com coesão lógica e concisão de forma,
constituindo a Geometria Euclidiana que engloba tanto a geometria
plana quanto a espacial. (PARANÁ, 2008, p.55)

A construção das Diretrizes Curriculares do Estado do


Paraná possibilitou a discussão sobre o currículo no que diz respeito a Geometria
e consequentemente uma maior preocupação com essa área do conhecimento
matemático. Segundo as DCEs, os conteúdos de Geometria no Ensino
fundamental, devem ter como referência o espaço, de modo que os alunos
possam percebê-lo, analisá-lo, representá-lo e também compreendê-lo:
• os conceitos da geometria plana: ponto, reta e plano; paralelismo e
perpendicularismo; estrutura e dimensões das figuras geométricas
planas e seus elementos fundamentais; cálculos geométricos: perímetro
e área, diferentes unidades de medidas e suas conversões;
representação cartesiana e confecção de gráficos;
• geometria espacial: nomenclatura, estrutura e dimensões dos sólidos
geométricos e cálculos de medida de arestas, área das faces, área total
e volume de prismas retangulares (paralelepípedo e cubo) e prismas
triangulares (base triângulo retângulo), incluindo conversões;
• geometria analítica: noções de geometria analítica utilizando o sistema
cartesiano;
• noções de geometrias não-euclidianas: geometria projetiva (pontos de
fuga e linhas do horizonte); geometria topológica (conceitos de interior,
exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e
fechados) e noção de geometria dos fractais (PARANÁ, 2008, p.56).

Não se pode negar o importante espaço que a geometria obteve dentro


dos currículos escolares nos últimos anos, porém a diferenciação se dá na forma
de abordar o ensino da Geometria.

Segundo Ponte:
As investigações geométricas contribuem para perceber aspectos
essenciais da atividade matemática, tais como a formulação e testes de
conjecturas e a procura e demonstração de generalizações. A
exploração de diferentes tipos de investigação geométrica pode também
contribuir para concretizar a relação entre situações matemáticas,
desenvolver capacidades, tais como a visualização espacial e o uso de
diferentes formas de representação, evidenciar conexões matemáticas e
ilustrar aspectos interessantes da história e evolução da matemática
(PONTE, 2006, p.71).

Envolver a percepção do espaço e a manipulação de formas pode ser


o diferencial que proporcionará ao educando uma visão completa acerca da
Geometria propiciando a abstração de fórmulas e a capacidade de representação
das mais variadas formas geométricas, bem como a resolução de cálculos de
áreas e perímetros.

Sugestão de leitura para os alunos no laboratório de


informática:
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm16/historia.htm
O texto " História da Geometria" faz um breve relato sobre a origem da
Geometria e de alguns matemáticos da época.
3. ORIGAMI

As dobraduras ou o Origami tem origem japonesa, e quer dizer


dobradura de papel. Na ilustração abaixo veja alguns exemplos de Origamis:

Ilustração 1

Fonte: Arquivo Pessoal

Essa técnica era utilizada em rituais religiosos sob a forma de


ornamentos e pela classe nobre. Por muito tempo o origami foi considerado
apenas uma atividade artística, hoje a Geometria vê essa arte como aliada no
processo ensino e aprendizagem.
Segundo o professor Massao Okamura, pesquisador das origens do
origami, esta técnica teve início no século XVII pelos samurais e era restrito aos
adultos, principalmente pelo alto valor da matéria prima. Com a fabricação do
papel no Japão, a população Japonesa passa ter maior acesso a arte do origami
que foi sendo aprimorada e transmitida de pai para filho.
Segundo Rossoni (2005), durante a Era do Edo (1590-1868), o origami
era praticado por mulheres e crianças independente de sua classe social. E nesse
tempo foram criados aproximadamente setenta tipos de Origami, dentre eles o
tsuru (cegonha), sapo, navio, cesta, balão, homem dentre outros e foi na era Meiji
(1868-1912) que o origami voltou a ser ensinado nas escolas, após sofrer
influência alemã.
Enquanto no Japão as formas do origami eram mais figurativas
imitando formas de pessoas, animais, flores, pássaros, no ocidente os origamis
caracterizavam-se pelas formas geométricas.
O Origami proporciona ao aluno a manipulação das formas, pois ao
dobrar, desdobrar e recortar ele constrói suas próprias relações e percepções da
Geometria, comparando-a as formas vistas e utilizadas em seu dia a dia.
Sobre o trabalho desenvolvido com o Origami, Lorenzato descreve:

Usando a régua e o compasso, é possível traçar linhas retas, construir


um angulo e sua bissetriz, obter retas perpendiculares, paralelas,
diagonais e muitas outras figuras. Várias dessas construções podem ser
feitas com as dobraduras, o que possibilita ao professor de matemática,
em sala de aula, enfatizar a importância do lúdico na construção,
comparação, estabelecimento de relações, medições, visualização e
resolução de problemas. (LORENZATO, 2006, p. 99).

O Origami sendo uma construção motora, propicia ao aluno a


apropriação do espaço, a sala de aula torna-se um espaço privilegiado de
situações bastante proveitosas e interativas, podendo este, a partir da dobradura
construir suas próprias relações e significados relacionados a matemática.
Para fazer as interações entre a Geometria e a álgebra, quando, por
exemplo, analisa a quantidade de papel ou a parte que representa aquela dobra
em relação ao todo, o aluno constrói seu próprio saber matemático,
fundamentado no material concreto que é a dobradura.
Em relação ao trabalho com o Origami Rêgo e Gaudêncio afirmam
que:

O Origami pode representar para o processo de ensino/aprendizagem


de Matemática um importante recurso metodológico, através do qual os
alunos ampliarão os seus conhecimentos geométricos formais,
adquiridos inicialmente de maneira informal por meio da observação do
mundo, de objetos e formas que o cercam. Com uma atividade manual
que integra, dentre outros campos do conhecimento, Geometria e Arte.
(RÊGO e GAUDÊNCIO, 2004, p.18).

É preciso buscar na literatura moderna, na troca de experiência com


outros docentes, alternativas metodológicas motivadoras, capazes de propiciar o
envolvimento do aluno com as conteúdos a serem trabalhados. Ponte (2006)
escreve que: "Na disciplina de matemática, como em qualquer outra disciplina
escolar, o envolvimento ativo do aluno é uma condição fundamental da
aprendizagem. O aluno aprende quando mobiliza os seus recursos cognitivos e
afetivos com vista a atingir um objetivo".
O aluno precisa sentir-se parte integrante do processo ensino e
aprendizagem e para isso o professor precisa orientá-lo para que juntos
ultrapassem as barreiras do comodismo, da desmotivação, do não querer
aprender e entendam que a geometria faz-se necessária e está presente nas
muitas situações cotidianas.

Curiosidades sobre o Origami


O endereço abaixo trás curiosidades sobre o origami que podem ser
trabalhadas no laboratório de informática:
http://origami-friens.blogspot.com.br/p/curiosidades.html - acesso em
outubro de 2013.

Outra sugestão é o vídeo de 2 minutos que fala sobre os tipos de origamis e


algumas curiosidades e crenças da época e pode ser encontrado no
endereço abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=FtgFf8McooM - acesso em outubro de
2013.

4. POLÍGONOS

A palavra polígono vem do grego e quer dizer poly (muitos) egon


(ângulos). Em geometria define-se polígono como uma figura plana fechada
formada por segmentos de reta como mostra a ilustração 2. Sendo caracterizados
por elementos como: ângulos, vértices, diagonais e lados demonstrados na
ilustração 3.
Ilustração 2 Ilustração 3

Fonte: Arquivo Pessoal

Lados: São cada segmento de reta que une os vértices consecutivos. Na figura 3
acima são representados por AB, BC, CD, DE e EA.
Os polígonos são nomeados conforme o número de lados como mostra
a ilustração 4 a seguir:

Ilustração 4

Número de Lados Nome do Polígono


3 Triângulo
4 Quadrilátero
5 Pentágono
6 Hexágono
7 Heptágono
8 Octógono
9 Eneágono
10 Decágono
12 Dodecágono
15 Pentadecágono
20 Icoságono
N Polígono de n lados
Fonte: Arquivo Pessoal
Vértices: São os pontos de encontros dos segmentos de reta, no caso da figura
3, os vértices são: A, B, C, D e E. Os polígonos também podem ser nomeados
conforme seus vértices. o polígono da ilustração 3 pode ser chamado de polígono
ABCDE.

Diagonais: São segmentos que unem dois vértices não consecutivos,


no caso da ilustração 3, as diagonais são os segmentos AC, AD,BE, BD e CE. O
número de diagonais que partem de um único vértice é dado pela fórmula:

n(n−3)
d=
2

Sendo n o número de lados do polígono e d o números de


diagonais do polígono.

Ângulos: é denominado ângulo a região do plano limitada por duas


semirretas de mesma origem. É possível medir um ângulo utilizando-se de um
transferidor, que utiliza as medidas em grau de acordo com o sistema
internacional de medidas, e é representado pelo símbolo º, seus submúltiplos são
o minuto ’ e o segundo ” Onde, 1º (grau) equivale a 60’ (minutos) e 1’ equivale a
60” (segundos). Conforme mostra a ilustração 5:

Ilustração 5

Fonte: Arquivo Pessoal


A classificação dos ângulos é feita de acordo com as medidas dos
ângulos como mostra a figura 4:

Ilustração 6

Agudo (< que 90º) Reto (= a 90º)

Obtuso (> que 90º) Raso (= a 180º)

Fonte: Arquivo Pessoal

No estudo de ângulos é possível determinar a bissetriz de um ângulo, a


qual pode ser definida como a semireta que se origina no vértice do ângulo
estudado, dividindo-o em outros dois ângulos de medidas iguais. Como
demonstra a ilustração 7 abaixo:

Ilustração 7

Fonte: Arquivo Pessoal


Em um polígono a soma dos ângulos internos (S) é dada pela fórmula:

S = (n-2). 180º
Sendo:
S: soma das medidas dos ângulos internos
n: número de lados do polígono

A soma das medidas dos ângulo externos de qualquer polígono é igual


a 360º, como demonstra a ilustração 8:

Ilustração 8

S= 64, 82º + 87,17º+73,02º+69,33º+65,66º


S= 360º

Fonte: Arquivo Pessoal

Sobre ângulos, Barbosa faz um corolário, resultado dos principais itens


sobre o assunto:
a) A soma das medidas dos ângulos agudos de um
triângulo retângulo é 90º.
b) Cada ângulo de um triângulo equilátero mede 60º.
c) A medida de um ângulo externo de um triângulos é igual
a soma das medidas dos ângulos internos que não lhe são
adjacentes.
d) A soma dos ângulos internos de um quadrilátero é 360º
(BARBOSA, 1995, p.76 e 77).
Sugestão de vídeo
O vídeo "Polígonos - Matemática Geometria" de aproximadamente 2
minutos, demonstra o que são polígonos e seus elementos; polígonos
regulares e irregulares; vértices; diagonais; ângulos internos e
externos; polígonos côncavos e convexos e nome de alguns
polígonos. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=s6nEBTJVOuw, acesso em
outubro de 2013.

4.1. POLÍGONOS CONVEXOS E NÃO CONVEXOS

Os polígonos podem ser classificados em convexos e não convexos.


Desenhados dois pontos qualquer no polígono e traçado um segmento de reta
unindo esses dois pontos, tem-se que se o segmento de reta pertencer somente à
região limitada pelo polígono, ele será convexo; caso contrário, será não convexo.
Veja a ilustração 9.

Ilustração 9

Na primeira figura, o segmento definido pelos pontos F e G pertence a região


delimitada pelo polígono; na segunda figura, o segmento de reta delimitado pelos
pontos Q e R não pertence a região delimitada pelo polígono.

Fonte: Arquivo Pessoal


4.2. ALTURA, BISSETRIZ E MEDIANA EM TRIÂNGULOS

Pode-se dizer que uma das figura plana mais simples é o triângulo,
sobre o assunto Barbosa escreve:
Muitas figuras planas são construídas usando-se
segmentos. A mais simples delas é o triângulo que é
formado por três segmentos que não pertencem a uma
mesma reta e pelos três segmentos determinados por estes
três pontos. Os três pontos são chamados vértices do
triângulo o segmentos lados dos triângulos (BARBOSA,
1995, p.03).

Os elementos básicos de um triângulo são: os vértices, os lados e os


ângulos, mas não são os únicos. Em um triângulo identificamos outros elementos,
como mediana, bissetriz e altura.

Ilustração 10
ALTURA BISSETRIZ
Segmento de reta que partindo de um Semi-reta que divide um ângulo do
vértice é perpendicular ao lado triângulo em duas partes iguais.
oposto.

MEDIANA MEDIATRIZ
Segmento de reta que une um vértice Reta perpendicular a um lado do
ao ponto médio do lado oposto. triângulo passando pelo seu ponto
médio.

Fonte: Arquivo Pessoal


4.3. PERÍMETRO DE UM POLÍGONO

Refere-se a soma das medidas dos lados de um polígono, como


mostra a figura 7:

Ilustração 11

Fonte: Arquivo Pessoal

4.4. ÁREA DE UM POLÍGONO

Superfície de polígono é a reunião do polígono com o seu interior.


A medida feita dessa superfície é chamada medida de área. Para o cálculo de
área de um polígonos utilizamos algumas formulas, veja a ilustração 12:
Ilustração 12

Fórmulas para o cálculo de área de alguns polígonos

Triângulo Retângulo Quadrado

Paralelogramo Losango Trapézio

Fonte: Portal dia a dia educação

5. POLIEDROS

Poliedros são figuras geométricas formadas por três elementos


básicos: vértices, arestas e faces, ou seja possuem comprimento, altura e largura.
Um poliedro é considerado regular quando suas faces são polígonos regulares e
congruentes. Os poliedros mais conhecidos são os Poliedros de Platão, assim
chamados por apresentarem em suas faces polígonos regulares e congruentes e
ainda, de seus vértices partem sempre o mesmo o mesmo número de arestas,
veja a ilustração 13:
Ilustração 13

Fonte: Portal dia a dia educação

6. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Partindo das perspectivas apontadas nas Diretrizes Curriculares do


Estado do Paraná onde "almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes
análises, discussões, conjecturas, apropriações de conceitos e formulação de
ideias". (PARANÁ, 2008, p.48) propõe-se que os alunos do 8º ano do Ensino
Fundamental iniciem o conteúdo de geometria através de pesquisa sobre o que é
origami e breve histórico a ser realizada no laboratório de informática do Paraná
digital. Em sala de aula, com material pré selecionado para as dobraduras, os
alunos serão organizados em pequenos grupos para facilitar a distribuição do
material e possibilitar a cooperação durante o desenvolvimento das atividades; a
professora apresentará os origamis que serão desenvolvidos com o auxilio da tv
multimídia e a partir de roteiro de estudo os alunos desenvolverão as dobraduras,
fazendo o registro dos conteúdos relacionados a geometria em seu caderno,
resolverão situações problemas que relacionam o origami a conteúdos de
Geometria plana do 8º ano do ensino Fundamental. Os conteúdos a serem
trabalhados são: ângulos e seus elementos; ângulo agudo, obtuso e reto; retas
perpendiculares; retas paralelas; bissetriz de um ângulo; semelhança de figuras;
simetria; polígonos; diagonais de um polígono; triângulo e seus elementos; pontos
notáveis de um triângulo (mediana, bissetriz, altura, mediatriz; quadriláteros;
medidas de superfície (área do triângulo, quadrado, retângulo, trapézio, losango e
paralelogramo). Como finalização das atividades desenvolvidas em sala de aula,
os alunos e a professora montarão painéis e farão exposição do material
construído para socialização do conhecimento e apreciação da comunidade
escolar.

7. SUGESTÕES DE ATIVIDADES

7.1) Construa um quadrado com origami:

Ilustração 14

Utilize régua, tesoura, Meça 15 cm em dois dos Dobre de forma que


lápis e papel. lados do papel. consiga marcar os outros
dois lados do quadrado
que deseja montar.

.
Com a tesoura recorte os Vire o papel e comece a Desdobre, agora faça a
lados conforme mostra a dobrar como mostra a mesma coisa com o outro
figura. figura. lado, desdobre
novamente.

Pegue uma das pontas Faça o mesmo com as Desvire e está ponto seu
do papel e leve até o outras três pontas. quadrado de origami.
centro marcado pelas
duas dobras anteriores.

Fonte: Arquivo Pessoal


Cole o Origami em seu caderno e em seguida responda os itens a seguir:
a) Descreva três propriedades do quadrado.
b) O que são vértices do quadrado? Descreva em seu caderno, depois pinte com
o lápis de cor os vértices do quadrado.
c) Quantos são os vértices do quadrado?
d) Dobrando o quadrado ao meio como mostra o passo 5 e 6 da ilustração 14,
obtemos uma linha que podemos chamar de diagonal do quadrado. O que é
diagonal do quadrado? Responda em seu caderno, após com a ajuda de uma
caneta colorida trace as diagonais possíveis do quadrado de papel.
e) Quantas diagonais você conseguiu desenhar no quadrado de papel?
f) Teste a fórmula das diagonais para ver se você encontrará o mesmo resultado.
g) Registre em seu caderno a medida da diagonal de um quadrado de lado 10cm.
Essa medida da diagonal é maior, menor o igual a medida do lado do quadrado?
h) Qual o perímetro do quadrado que você confeccionou?
i) Qual a área do quadrado? Se você tiver 4 quadrados iguais a esse, qual será a
área total da figura?

Experimente fazer: A diagonal do quadrado é √2 vezes


maior que o lado do quadrado, com a
ajuda da calculadora é fácil comprovar.

Comentários sobre a questão 1:


Com essa atividade pretende-se que o aluno relacione o Origami do quadrado,
com as propriedades geométricas do quadrado, como lados de mesma medida, 4
ângulos de 90º, duas diagonais que são segmentos de retas que ligam dois
vértices opostos. No quadro experimente, o aluno fará a verificação do que esta
escrito que a diagonal do quadrado é √2 vezes maior que o lado do quadrado, ele
já construiu o quadrado, já fez a s medições, agora basta calcular para ver se
encontra o mesmo resultado.
7.2) Vamos construir escadas (Questão retirada da prova da obmep):

Utilizando-se quadradinhos de 1 cm de lado são construídas escadas conforme a


ilustração 15 a seguir:

Ilustração 15

Fonte: OBMEP

a) Calcule a área total e o perímetro da quinta escada construída.


b) Precisamos de uma escada de 78 cm2 de área. Qual escada devemos
escolher?
c) Precisamos de uma escada de 100 cm de perímetro. Qual escada devemos
escolher?

Comentários sobre a questão 2: pretende-se que o aluno use o conhecimento


geométrico da atividade 1, aliado ao raciocínio lógico e a dedução para que
resolver a situação problema proposta. Nesta atividade pode-se utilizar o material
dourado como suporte, os alunos montam as escadas na carteira e podem
realizar suas deduções e os cálculos necessários.
7.3) Construindo triângulos com Origami:
Triângulo 1:

Ilustração 16
Dobre ao meio (em uma das Desdobre:
Corte um quadrado de lado diagonais) como mostra a
15 cm. figura:

Encoste um dos lados do Faça o mesmo do outro lado: Dobre ao meio conforme a
quadrado na linha diagonal figura:
que você marcou:

Fonte: Arquivo Pessoal

Cole a figura em seu caderno e responda:


a) Quais as medidas dos lados do triângulo?
b) Qual a classificação do triângulo quanto a medida dos lados?
c) Com o auxilio de um transferidor meça os ângulos internos do triângulo e
anote:
d) Qual a classificação do triângulo quanto a medida dos ângulos?
e) Qual o perímetro do triângulo?
d) Qual a área do triângulo?
Triângulo 2:

Ilustração 17
Corte um quadrado de lado Dobre ao meio (em uma das Desdobre:
14 cm. diagonais) como mostra a
figura:

Encoste um dos lados do Dobre a ponta da figura para Vire a dobradura:


quadrado na linha diagonal cima conforme a figura: Está pronto seu triângulo!
que você marcou, faça o
mesmo do outro lado:

Fonte: Arquivo Pessoal

Cole a figura em seu caderno e responda:


a) Quais as medidas dos lados do triângulo?
b) Qual a classificação do triângulo quanto a medida dos lados?
c) Com o auxilio de um transferidor meça os ângulos internos do triângulo e
anote:
d) Qual a classificação do triângulo quanto a medida dos ângulos?
e) Qual o perímetro do triângulo?
d) Qual a área do triângulo?
Triângulo 3:

Ilustração 18
Corte uma folha de papel Dobre ao meio como Desdobre:
em forma de retângulo com mostra a figura. (base é a
dimensões 13 x 12 cm. parte menor).

Faça a dobra como mostra Dobre o vértice inferior Dobre o vértice superior
a figura: direito até encontrar a ponta direito de modo que a ponta
da dobra anterior: encoste na parte colorida:

Da mesma forma, traga o Desdobre: Refaça as dobras, na


vértice superior esquerdo ordem abaixo, sobrepondo
em direção ao centro da os lados:
figura, onde o a dobra
encosta na parte colorida:

Dobre a ponta inferior da Pegue a ponta direita Pegue a ponta da esquerda


direita para a esquerda, no superior e dobre e insira na abertura como se
vinco anterior: novamente no vinco já fosse fechar um envelope:
feito anteriormente: Pronto!

Fonte: Arquivo Pessoal


Cole a figura em seu caderno e responda:
a) Quais as medidas dos lados do triângulo?
b) Qual a classificação do triângulo quanto a medida dos lados?
c) Com o auxilio de um transferidor meça os ângulos internos do triângulo e
anote:
d) Qual a classificação do triângulo quanto a medida dos ângulos?
e) Qual o perímetro do triângulo?
d) Qual a área do triângulo?

Comentários sobre a questão 3: A questão envolve os tipos de triângulos, sua


classificação quanto aos lados e aos ângulos, pretende-se explorar os Origamis
construídos, proporcionando aos aluno compará-los, visualizá-los e manipulá-los
de forma a compreender a diferenças entre tais triângulos e seus elementos.

Dica:
Se preferir pode assistir o vídeo de aproximadamente 4 minutos que mostra os
passos para fazer a dobradura do triângulo 3, disponível no endereço:
http://www.youtube.com/watch?v=FECtMrk8x9w , acesso em outubro de 2013.

7.4) Trissecção de um ângulo: (Atividade adaptada a partir do Livro Explorando


Geometria com Origami de Eduardo Cavacami e Yolanda Kioko Saito Furuya).

Um dos famosos problemas da Antiga Grécia era a


trissecção de um ângulo qualquer com régua e compasso.
Esse problema é impossível com régua e compasso, mas é
solúvel com o Origami. A construção dada a seguir é
creditado a Hisashi Abe, conforme publicado em 1980 no
Japão.(CAVACAMI e FURUYA, 2008, p. 16).

Para fazer a trissecção do ângulo podemos seguir os passos


desenvolvidos na ilustração 19:
Ilustração 19
Corte um quadrado de papel (15cm de Faça uma dobra para construir um
lado). E anote nos vértices os pontos ângulo menor que 90º. Anote o ponto E.
A,B,C e D.

Determine uma paralela GF a AD, Dobre o ponto B sobre o ponto F e o


fazendo uma dobra no papel. Anote os ponto C sobre o ponto G, formando
pontos F e G. assim uma linha paralela . Anote os
pontos H e I que são também, os
respectivos pontos médios de FB e GC.

Dobre de forma a levar o ponto F ao Marque os pontos H', F' e B'


segmento EB e o ponto B ao
segmento HI (esta dobra é dada pelo
axioma 6 de Huzita).
Trace o segmento F'B'. Trace os segmentos B'B e H'B.

Trace por B' uma paralela a HB, com Os triângulos BB'N, BB'H e BF'H' são
extremidade em N. congruentes, com os ângulos em B
congruentes.

Fonte: Arquivo Pessoal


Pronto você acabou de resolver um dos famosos problemas da Grécia
Antiga utilizando o Origami!
O passo que não pode ser realizado com régua e compasso é o
Axioma 6 de Huzita!
Comentários sobre a questão 4: Essa questão se refere a um problema clássico
que valoriza o desenvolvimento da experimentação através do Origami, além de
revelar um pouco da história da Geometria para os alunos.

7.5) Fazendo dobraduras com triângulos (adaptado do livro de Matemática do


projeto Velear de Antonio Lopes Bigode):
a) Desenhe e recorte um triângulo qualquer, como demonstrado na ilustração 20:
Ilustração 20

Fonte: Arquivo Pessoal

b) Dobre o triângulo dividindo cada ângulo ao meio. Faça um traço com caneta
colorida na dobra:

Ilustração 21

Fonte: Arquivo Pessoal

Como se chama a linha projetada pela dobradura que divide cada ângulo ao
meio?
C) Repita a dobra nos outros dois ângulos, fazendo os traços com caneta
colorida:

Ilustração 22

Fonte: Arquivo Pessoal


Como se chama o ponto onde todas as dobras se interceptaram?

7.6) Dobrando os lados do triângulo:

a) Desenhe e recorte um triângulo qualquer:

Ilustração 23

Fonte: Arquivo Pessoal

b) Dobre um dos lados do triângulo até encontra o ponto médio do lado do


triângulo. Desdobre e faça um traço em cima da dobra.

Ilustração 24

Fonte: Arquivo Pessoal

O traço que você marcou se refere a um segmento do triângulo. Como se chama


esse segmento?
c) Repita a dobra nos outros dois lados do triângulo, fazendo o traço para
destacar as dobras que você fez:
Ilustração 25

Fonte: Arquivo Pessoal

Todos os traços que você fez se, interceptaram em um único ponto do triângulo,
como se chama esse ponto?

7.7) Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira:

a) Circuncentro ( ) Ponto de encontro da mediatrizes do triângulo.


b) Incentro ( ) Ponto em que as bissetrizes do triângulo se interceptam.
c) Ortocentro ( ) Ponto de encontro das alturas do triângulo.
d) Baricentro ( ) Ponto de encontro das medianas do triângulo.

Que tal você ler um pouco mais sobre os pontos notáveis do triângulo?
Você pode acessar o site:
http://www.prof2000.pt/users/secjeste/modtri01/Index.htm, acesso em outubro de 2013.

7.8) Construa um triângulo retângulo em seu caderno. Use o transferidor e


marque as bissetrizes dos ângulos do triângulo.

Comentários questões 5, 6, 7, e 8: Tais questões pretendem trabalhar os pontos


notáveis de um triângulo, para que o aluno possa construir na prática,
visualizando e experimentando, oportunizando o aluno tirar suas próprias
conclusões e assim poder diferenciar o incentro, circuncentro, ortocentro e o
baricentro. Pode-se também confeccionar cartazes para a sala de aula utilizando
as dobraduras.

7.9) Construa um triângulo com lados de 4cm, 5cm e 10cm. Relate o que
aconteceu, discuta com os colegas. Leia o texto no link abaixo e descubra mais
sobre as condições de existência de um triângulo, faça um relato em seu caderno.

Sugestão:
Leia sobre as condições de existência de um triângulo no link abaixo:
http://www.brasilescola.com/matematica/triangulo.htm, acesso em outubro de
2013.

Comentário sobre a questão 9: Tem um ditado que diz: só se aprende fazendo,


então a ideia é o aluno testar as medidas citadas a cima e verificar que não
conseguirá desenhar um triângulo, é ai que o professor pode instigá-lo a descobrir
o porque lendo o texto sugerido, aproveitando pode-se construir em papel kraft,
triângulos com diferentes medidas, colocando as condições de existência de um
triângulo.

7.10) Fazendo um Sapo em Origami:

Para realizar essa atividade, acesse a página:


http://www.youtube.com/watch?v=Y-muMqUw1HI, a qual possui um vídeo de mais
ou menos 5 minutos, que demonstra os passos para confeccionar um sapo em
Origami.
Assista o vídeo primeiro, depois de assistir ao vídeo, pegue uma folha de papel
A4 colorida, e inicie o vídeo novamente, vá fazendo as dobraduras e observando
quais polígonos podem ser representados em cada nova dobra feita por você. Se
precisar você pode parar o vídeo, ou voltar quantas vezes achar necessário.
Ao finalizar seu Origami ficou parecido com o Origami da ilustração 26:
Ilustração 26

Fonte: Arquivo Pessoal

Agora responda:
a) A folha que você iniciou o Origami representava qual polígono? Faça um
pequeno desenho representando a folha inicial com suas dimensões:
b) Calcule a área e o perímetro dessa figura inicial, se precisar pode pegar outra

folha A4 para realizar as medidas, já que todas apresentam o mesmo tamanho.

c) Qual é a medida dos ângulos dessa figura? Qual a soma dos ângulos internos
dessa figura?.
d) durante a confecção do Origami, quais polígonos podem ser identificados?
e) Faça com suas palavras uma definição de polígonos, depois vamos debater
com a turma e tirar as conclusões necessárias para melhorar sua resposta.
f) Pegue uma folha de papel a4 branca e com um lápis de cera, pinte a figura que
está em baixo da folha, criando uma imagem como a ilustração 27. Que figuras
você consegue identificar?

Ilustração 27

Fonte: Arquivo Pessoal


g) Qual o perímetro do triângulo maior? Qual a classificação desse triângulo
quanto aos seus lados?
h) Qual a altura do triângulo? Defina com suas palavras como medir a altura do
triângulo. Calcule a área do triângulo maior.
i) Qual a medida dos ângulos do triângulo maior? Qual a soma dos ângulos
internos do triângulo?
j) Qual a área do losango que apareceu no desenho?
Comentários sobre a questão 10, a questão pretende propor ao aluno identificar
os polígono, e formar conceitos sobre os polígonos, principalmente os triângulos e
quadriláteros, trabalhando também a soma dos ângulos internos de um triângulo,
chegando a conclusão que essa soma é sempre igual a 180º, além do cálculo de
área e perímetro das figuras visualizadas no Origami.

7.11) Confeccionando uma borboleta em Origami:

No endereço: http://www.youtube.com/watch?v=v-E3p5_5nvs, você vai encontrar


um vídeo de quase 5 minutos que demonstra os passos para a confecção da
borboleta em Origami. Assista o vídeo, depois mão a obra! Para começar você irá
precisar de um quadrado de papel dobradura colorido, sugiro que pegue um
quadrado com lado 15 cm. Lembre-se na medida que você achar necessário pode
parar o vídeo ou voltar, para que consiga realizar as dobras adequadamente. Ao
terminar sua borboleta ficará parecida com a ilustração 28:

Ilustração 28

Fonte: Arquivo Pessoal


Depois de confeccionar a dobradura, faça os exercícios a seguir:

a) Supondo que você usou um quadrados de lado 15 cm, qual a área total do
papel utilizado?

b) Qual o perímetro do quadrado de papel que você utilizou?

c) Quantas diagonais tem um quadrado? Defina o que uma diagonal.

d) Durante a confecção da borboleta, vários polígonos puderam ser reconhecidos,


entre eles está o trapézio, defina o que é um trapézio e quais os tipos de
trapézios.

e) Qual a área total de trapézio que tenha as seguintes medidas: base maior igual
a 15 cm, base menor igual a 10 cm e altura, igual a 8c m?

f) Calcule a área dos trapézios da ilustração 29:

Ilustração 29

Fonte: Arquivo Pessoal

g) Em um trapézio isósceles com perímetro igual a 40cm, a base maior mede


14cm, a base menor, mede 8cm cm , qual a medida dos outros dois lados?

h) Na ilustração 30, sabe-se que um dos ângulos mede 60º, qual a medida dos
outros ângulos?
Ilustração 30

Fonte: Arquivo Pessoal

Comentários sobre a questão 11: a questão aborda a área e o perímetro de


quadriláteros, assim como o número de diagonais, e a soma dos ângulos internos
de um quadrilátero, como no item h, em que a figura se refere um trapézio
retângulo, pretende-se que o aluno visualize que se dois de seus ângulos medem
90º(são ângulos retos), o outro vai medir 360º- 90º-90º-60.

7.12) Confeccionando uma mola maluca em Origami:

No endereço: http://www.youtube.com/watch?v=uUkMtg4SZYQ, você


irá encontrar um vídeo de aproximadamente 7 minutos, que demonstra os passos
para confeccionar uma mola maluca em Origami. As dobraduras são simples,
porém para que a mola tenha um tamanho será necessário mais ou menos 60 a
80 peças para encaixe, essas peças devem ter o mesmo formato para que o
encaixe aconteça. Uma sugestão é de que cada aluno faça tantas peças e depois
junte-se as peças da turma toda montando assim a mola maluca. Assista o vídeo,
depois mão a obra! Para começar você irá precisar de 60 a 80 quadradinhos de
papel medindo 8cm de lado, os quadrados podem ser coloridos montando assim
uma mola com várias cores. Lembre-se na medida que você achar necessário
pode parar o vídeo ou voltar, para que consiga realizar as dobras
adequadamente. Para finalizar o trabalho será importante o auxilio do professor.
Juntando as peças sua mola maluca estará pronta:
Ilustração 31

Fonte: Arquivo Pessoal

Agora que sua mola maluca já está pronta, responda as questões abaixo:

a) Na primeira figura que corresponde a peça individual da mola, quais as figuras


geométricas que você poderá visualizar?

b) Desenhe em seu caderno as figuras identificadas na questão anterior, com as


medidas dos lados.

c) Calcule a área e o perímetro de cada figura.

d) Trace as diagonais possíveis em cada uma das figuras e realize a medida das
mesmas. A que conclusão podemos chegar?

n(n−3)
d=
e) Utilizando a fórmula para o cálculo de diagonais: 2 e calcule o número
de diagonais das figuras geométricas abaixo para completar a tabela:

Figura Número de lados Número de diagonais


Pentágono
Hexagono
Heptágono
Octógono
Decágono
Pentadecágono
Icoságono
f) Desenhe um pentágono, depois um hexágono para verificar quantas diagonais
partem de cada vértice.

g) E em um icoságono, quantas diagonais partem de cada vértice? Leia


atentamente a informação abaixo:

Na fórmula para o cálculo de diagonais de um polígono, n indica o número de


lados e n – 3 determina o número de diagonais que partem de um único vértice,
a divisão por dois é utilizada para eliminar a duplicidade de diagonais pois a
mesma diagonal é contada nos dois vértices onde se encontra a diagonal.

Comentários sobre a questão 12: espera se que os alunos visualizem 1 triângulo


na parte central e dois retângulos na lateral e ainda podem ser instigados a
responderem que esses retângulos são figuras equivalente e que o triângulo é um
triângulo isósceles relembrando atividades já trabalhadas, espera-se também que
os alunos experimentem e compreendam a fórmula para o cálculo de diagonais
de um polígono regular entendendo como as fórmulas matemáticas podem
facilitar o nosso dia a dia.

7.13) Confeccionando um cubo:

O cubo que iremos confeccionar é um pouco diferente do que


costumamos ver em nossas aulas de Matemática, para começar acesse o
endereço: http://www.youtube.com/watch?v=A8EyLFWXV_0, nesse endereço
você irá encontrar um vídeo de aproximadamente 8 minutos que demonstra os
passos para confeccionar o Origami Magic Rose Cube ( Rosa cubo mágico). As
dobraduras requerem um pouco de prática, então mão a obra!

Sugestão: faça as faces do cubo (cada uma das dobraduras) usando


um quadrados de 10cm de lado. Você irá precisar de duas cores de papel
colorido, uma para as pétalas da rosa (3 quadrados de 10cm de lado) e uma cor
para as folhas (3 quadrados de 10 cm de lado), pode-se usar o papel color set.
Lembre-se: na medida que você achar necessário pode parar o vídeo
ou voltar, para que consiga realizar as dobras adequadamente. Seu trabalho
ficou parecido com esse:

Ilustração 32

Fonte: Arquivo Pessoal

Depois de pronto é só responder as questões abaixo:

a) O cubo é uma figura geométrica que possui quantas faces?

b) Cada face tem a forma de qual polígono?

C) Quantos vértices tem o cubo?

d) O que são arestas? Quantas arestas tem o cubo?

e) Qual a medida do lado do polígono que uma das faces do cubo que você
montou?

f) Desenhe esse quadrado que representa a face do cubo em seu caderno, com a
medida do lado e em seguida calcule a área desse polígono.

g) O cubo possui seis faces iguais, então qual a área total do cubo?

h) O volume é uma medida de capacidade que refere-se ao comprimento x a


largura x a altura, como no cubo essas medidas são todas iguais pode-se calcular
o volume do cubo utilizando a fórmula:

V = a³, onde v é o volume e a é a medida da aresta do cubo, ou seja, do lado do


quadrado que forma uma das faces do cubo.
Calcule o volume do cubo que você confeccionou.

i) Faça a planificação do cubo que você confeccionou, em uma folha de papel,


coloque sobre ela seu cubo e vá girando, primeiro os quatro lados, quando chegar
no quarto lado gire uma vez para baixo, depois duas vez para cima, com o auxilio
de uma régua refaça os traços com lápis colorido ou caneta, recorte e cole em
seu caderno.

Ilustração 33

Fonte: Arquivo Pessoal

Nessa atividade espera-se que o aluno consiga visualizar que os poliedros são
construídos a partir de polígonos que juntando-se formam uma figura em três
dimensões, ainda, explorar o cubo, percebendo que a área da face é o mesmo
que calcular a área do quadrado, que a área total é a soma da área de todas as
faces e que o volume é a medida que depende do comprimento, altura e largura.
Pretende-se também dar um enfoque a planificação, permitindo que o aluno
analise as faces e como pode planificar os poliedros de forma fácil. O item f pode
ser desenvolvido com outros polígonos como veremos na atividade a seguir.

7.14) Confeccionado um tetraedro

O tetraedro é um poliedro que possui quatro faces e estas faces são triângulos
equiláteros. Mãos a obra!
Recorte 6 quadrados com medidas de 15 cm. Com 4 desses quadrados você irá
confeccionar as faces do tetraedro e os outros dois quadrado será para a
confecção das peças de encaixe.

Passos para construção das faces:

Ilustração 34
Dobre o quadrado ao Dobre encostando um Dobre fazendo com Dobre dividindo o
meio, depois dos vértices na marca que o lado do outro ângulo da base
desdobre. deixada pela primeira quadrado encoste na em dois.
dobra, desdobre. marca deixada pela 2ª
dobra.

Dobre ao meio de Dobre a ponta da Dobre a pontinha que Dobre a ponta do lado
maneira que a base esquerda sobre a ficou do lado direito esquerdo, colocando
maior encoste na base até o limite da para cima. a na aba que está
base menor, cuide dobra que está no embaixo como um
para que o canto lado debaixo. envelope.
esquerdo fique sobre
a linha do meio.

Fonte : Arquivo Pessoal.

O tetraedro possui quatro faces, é necessário repetir o processo acima


4 vezes para obter as quatro faces. Você pode utilizar papel de várias cores,
fazendo uma face de cada cor e os encaixe de outra cor, para os encaixes pode
se utilizar quadrados de papel papel color set.
Passos para construir as peças de encaixe:

Ilustração 35
Dobre cada quadrado Dobre o quadrado Dobre fazendo com Dobre ao meio.
em quatro partes menor em quatro que cada vértice do
iguais e depois partes. quadrado menor
recorte. chegue até o centro.

Fonte : Arquivo Pessoal.

O tetraedro possui 6 arestas, então precisarão ser construídas 6 peças


de encaixe.

Montagem do tetraedro:

Ilustração 36
Você vai precisar de 4 Comece com um triangulo, Depois de encaixar todas as
triângulos e 6 peças de encaixe as peças de encaixe peças, seu tetraedro está
encaixe. como em um envelope e pronto.
continue até formar as 4 faces.

Fonte : Arquivo Pessoal.

Após montar o tetraedro vamos responder:

a) Complete a tabela:

Figura Geométrica Nº de faces Nº de vértices Nº de arestas

Tetraedro
b) Você já ouviu falar da relação de Euler?

A relação de Euler foi criada pelo matemático suíço Leonhard Euler, ela faz
relaciona o número de arestas, vértices e faces de qualquer poliedro convexo.
Segundo a relação de Euler o número de vértices menos o número de arestas
mais o número de faces é igual a 2. Veja como fica a fórmula: V - A + F = 2, onde
V = número de vértices, A = número de arestas e F = número de faces.

Teste essa informação utilizando as informações obtidas no item anterior.

c) Faça a planificação do tetraedro, sobre uma folha de papel coloque o tetraedro,


vá girando a figura e desenhando cada uma das faces na folha. Com o auxilio de
uma régua refaça os traços com lápis colorido ou caneta. Recorte e cole no
caderno.

Sugestão: se quiser construir outras figuras como um octógono regular, com oito
faces triangulares é só construir 8 triângulos como os da atividade 12 e as peças
de encaixe conforme o número de arestas no caso 12. E assim outros poliedros
com faces triangulares.

Nessa atividade espera-se que os alunos percebam outros poliedros, conheçam


um pouco sobre a relação de Euler e de forma prática usando a manipulação das
figuras, compreendam esta relação. Que visualizem e entendam o que é planificar
um poliedro e ainda mais, percebam que cada face do poliedro corresponde a um
polígono.
8. Outras Sugestões de Origami:

Tsuru (garça), ave sagrada do Japão, um dos Origamis mais famosos, os passos
de como fazer o origami você encontra em um vídeo de aproximadamente 7
minutos, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=PAKmxBTSajg, acesso em outubro de 2013.

Caixa de presente, O tamanho da caixa de presente pode variar, dependendo


da sua necessidade. O passo a passo está demonstrado em um vídeo de
aproximadamente 6 minutos disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=6TUml0X1B-4, acesso em outubro de 2013.

Peixe, para confeccionar um peixe em origami, basta seguir os passos mostrados


no vídeo de aproximadamente 5 minutos, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=_sjekw64ou4, acesso em outubro de 20013.


9. REFERENCIAS:

BARBOSA, J. L. M. Geometria Euclidiana Plana.Rio de Janeiro: Sociedade


Brasileira de Matemática, 1995. (Coleção do Professor de Matemática).

BIGODE, Antonio José Lopes. Projeto Velear. 1. ed.- São Paulo: Scipione, 2012.

CAIXA de presente. Disponível em


<http://www.youtube.com/watch?v=6TUml0X1B-4>, acesso em 16 de outubro de
2013.

CAVACAMI, Eduardo; FURUYA, Yolanda K. S. Explorando Geometria com


Origami. Programa de Iniciação Científica OBMEP.

COMO fazer um sapo de papel, Origami. Disponível em


<http://www.youtube.com/watch?v=Y-muMqUw1HI>, acesso em 16 de outubro de
2013.

COMO fazer uma borboleta de papel, Origami. Disponível em


<http://www.youtube.com/watch?v=v-E3p5_5nvs>, acesso em 16 de outubro de
2013.

EI! Se liga na UFG - História do Origami - vídeo. Disponível em:


<http://www.youtube.com/watch?v=FtgFf8McooM> acesso em: 16 de outubro de
2013.

FAINGUELERNT, Estela K. Educação Matemática: Representação e Construção


em Geometria. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

HISTÓRIA DA GEOMETRIA. Disponível em:


<http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm16/historia.htm>, acesso em 16 de outubro
de 2013.

IMENES, Luiz Márcio. Vivendo a Matemática: geometria das dobraduras. 4ªed.


São Paulo: Scipione.

LIMA, E. L. Matemática e ensino. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de


Matemática, 2001.

LORENZATO, S. Por que não ensinar Geometria? In : Educação Matemática


em Revista SBEM , ano 3, p.3-13, jan/jun.1995.

MOLA maluca de Origami (brinquedo para iniciantes). Disponível em


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NÚMERO de diagonais de um polígono convexo. Disponível em <
http://www.brasilescola.com/matematica/numero-diagonais-um-poligono-
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OBMEP - Banco de Questões 2013. Disponível em <


http://www.obmep.org.br/bq/bq2013.pdf>, acesso em 16 de outubro de 2013.

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friens.blogspot.com.br/p/curiosidades.html>, acesso em 16 de outubro de 2013.

ORIGAMI Magic Rose Cube (Valerie Vann). Disponível em


<http://www.youtube.com/watch?v=A8EyLFWXV_0>, acesso em 16 de outubro de
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Educação Básica: Matemática. Curitiba: SEED, 2008.

PEIXE. Disponível em < http://www.youtube.com/watch?v=_sjekw64ou4>, acesso


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POLÍGONOS - Matemática Geometria. Disponível em


<https://www.youtube.com/watch?v=s6nEBTJVOuw>, acesso em 16 de outubro
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PONTE, João Pedro da. Investigações matemáticas na sala de aula/ João


Pedro da Ponte, Joana Brocardo, Hélia Oliveira. - 1ª ed., 2ª reimp. - Belo
Horizonte : Autêntica, 2006.

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<http://www.matematica.seed.pr.gov.br/modules/galeria>, acesso em 16 de
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RÊGO, R.G.; RÊGO, R.M; GAUDENCIO Jr, Severino. A geometria do Origami:


atividades de ensino através de dobraduras. João Pessoa: Editora
Universitária/ UFPB, 2004.

ROSSONI, Diogo Francisco. A Matemática do Origami: Uma proposta de


trabalho para o 3º ciclo do Ensino Fundamental (6ª série). Cascavel:
Trabalho de conclusão de curso apresentada ao curso de Matemática da
Universidade Estadual do oeste do Paraná, 2005.

TRÂNGULO Equilátero - Origami. Disponível em <


http://www.youtube.com/watch?v=FECtMrk8x9w>, acesso em 16 de outubro de
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TSURU. Disponível em < http://www.youtube.com/watch?v=PAKmxBTSajg>,


acesso em 16 de outubro de 2013.

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