Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
Este trabalho realizado na Uniasselvi - Polo Cuité/PB, como requisito de nota parcial
da disciplina Prática Interdisciplinar: Fatos Históricos sobre Geometria e Trigonometria
(MAD 113), Turma/Módulo FLX 1282, do curso de Licenciatura em Matemática, teve como
finalidade debater brevemente sobre os recursos didáticos aplicados no ensino dos conceitos
de representações geométricas e o histórico abandono do ensino dessa área do saber. Os
recursos didáticos oferecidos pela escola e aos professores são ferramentas poderosas no
processo de aprendizagem do discente, caracterizando o ensino uma aprendizagem
qualitativa, visto que estamos cercados de formas e elementos que nos remetem a entes
geométricos. O instrumento utilizado pelo professor pode facilitar a compreensão do aluno
em determinado tema a ser estudado. Os recursos didáticos são ferramentas que podem ser
demonstradas através de imagens, vídeos, sons, instrumentos, softwares de computador, etc.
A utilização do recurso didático facilita o desenvolvimento da cognição do indivíduo,
tornando as ideias mais nítidas, estimulando o estudante a melhor assimilação e visualização
dos temas abordados. Porque “o trabalho com noções geométricas contribui para a
aprendizagem de números e medidas, pois estimula a criança a observar, perceber
semelhanças e diferenças, identificar irregularidades e vice-versa.” (PCN’s, 2001).
Ao nascer, a criança passa a ter suas primeiras interações com o espaço. Tudo ainda é
desconhecido, em nada há significado. E como afirma Rogenski e Pedroso (2007): “sabe-se
que a geometria é considerada a ciência do espaço, pois trabalha formas e medições e [...] essa
ciência favorece a percepção espacial e a visualização, sendo conhecimento relevante para as
diferentes áreas, permitindo que o aluno desenvolva sua percepção, sua linguagem e
raciocínio geométrico de forma a construir conceitos.”
Nas escolas públicas brasileiras, o ensino de geometria pode ser explorado com o
objetivo de desenvolver nos indivíduos a sua capacidade de perceber o espaço que o rodeia. E
os recursos que o professor dispõe são inúmeros e estes têm caráter prático da realidade da
criança e do adolescente e isso não pode ser abandonado pelo professor em qualquer etapa da
educação básica, visto que a geometria é conhecimento de grande importância e mérito, com
grandes aplicações em situações do dia-a-dia, pois “a Geometria é um campo fértil para se
trabalhar com situações-problema e é um tema pelo qual os alunos costumam se interessar
naturalmente.” (PCN’s, 2001). Assim, o papel da escola é estimular e sistematizar esse
conhecimento.
O que se pretende neste trabalho é realizar uma discussão breve e compacta sobre os
recursos didáticos que são utilizados nas aulas de geometria para o ensino básico, com um
olhar sobre o abandono histórico desse saber no ensino básico. Jamais com a pretensão de
esgotar as discussões sobre o tema.
Esta pesquisa tem como objetivo analisar a utilização dos recursos didáticos para o
ensino da geometria em nossas escolas bem como o abandono histórico do ensino dessa área
do saber, mesmo com enorme quantidade de materiais didáticos referentes ao mundo das
formas e do espaço, além dos produtos desenvolvidos na área da informática voltados à
geometria.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
... opta-se, num primeiro momento, por acentuar nos livros as noções de
figura geométrica e de intersecção de figuras como conjuntos de pontos do plano,
adotando-se, para sua representação, a linguagem da teoria dos conjuntos. Procura-
se trabalhá-la segundo uma abordagem ‘intuitiva’ que se concretiza, nos livros
didáticos, pela utilização de teoremas como postulados, mediante os quais se pode
resolver alguns problemas. Não existe qualquer preocupação com a construção de
uma sistematização a partir das noções primitivas e empiricamente elaboradas.
Nas escolas brasileiras, o ensino de Geometria pode ser explorado com o objetivo de
desenvolver nos estudantes a capacidade de perceber o espaço que o rodeia. Os recursos que o
professor dispõe são incontáveis e estes têm caráter prático da realidade do indivíduo e esse é
um ponto que não pode ser descartado, sobretudo, nas séries iniciais (da educação básica),
visto que a geometria é conhecimento de grandes aplicações no dia-a-dia.
De modo geral, Neto e Silveira (2015) apontam que os materiais didáticos utilizados nas
aulas de geometria têm sido basicamente pincel ou giz e apagador, que promovem a
reprodução de imagem na lousa que promovem a reprodução de imagem na lousa que não
representam objetos da realidade cotidiana dos discentes, que muitas vezes traduzem leituras
distorcidas daquilo que se pretende ensinar. Isso contribui para a não relação da geometria
com a realidade vivenciada por cada um, pois reconhecem os objetos geométricos apenas no
plano teórico da matemática e não conseguem identificá-los em seus fazeres diários.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Durante a elaboração deste trabalho, pode-se perceber, a partir das análises, que apesar
da quantidade expressiva de materiais didáticos disponíveis para serem utilizados nas aulas,
dos elementos existentes na natureza e no cotidiano das pessoas que nos remetem à
geometria, e das propostas curriculares que caracterizam a Geometria como ciência
primordial ao desenvolvimento do ser humano, esta área do saber vem sendo tratada como
complementar na educação básica ao longo dos anos no país.
Estamos imersos num mundo de formas. Para onde quer que se direcione o olhar, as
ideias geométricas estão presentes no mundo tridimensional, seja na natureza, nas artes, na
arquitetura ou em outras áreas do conhecimento. Daí a constituição da geometria como um
dos conteúdos estruturantes para o ensino básico. (ROGENSKI e PEDROSO, 2007).
Enxerga-se, a partir desta afirmação que os recursos visuais possibilitam ao professor
dinamizar as aulas ao ministrar os conteúdos da Geometria, desde que o professor tenha
preparo e motivação.
Antes, com o sistema tradicional, prevalecia o ensino da geometria e das outras áreas
com o uso de giz ou pincel, quadro-branco e aulas expositivas e não se contextualizava com o
mundo dos alunos, os elementos da natureza.
Não há mais como justificar o abandono histórico do ensino dessa área, já que esta tem
caráter prático desde que surgiu na antiguidade por problemas de agrimensura ou demarcação
de terras ou também na construção de grandes monumentos da humanidade (pirâmides de
Gizé, Taj Mahal, Arco do Triunfo, entre muitas outras). Como a origem da Geometria está
associada a um ramo prático da matemática em relação à determinação de distâncias que não
eram possíveis ser medidas diretamente, aos recursos visuais presentes na natureza e nas
vivências de cada aluno, não dá para deixar o ensino da geometria renegado a segundo plano,
visto que há uma vasta quantidade de materiais didáticos, em especial, os recursos de
informática que auxiliam o docente em suas aulas. Não cabe mais, o ensino da geometria
superficial e reducionista com características teóricas, embora que muitos professores ainda
ensinem a geometria apenas teoricamente, partindo dos conteúdos prontos dos livros
didáticos, cuja finalidade é mais o cálculo algébrico em que se faz uma exposição vaga dos
conceitos intuitivos.
Para iniciar uma reestruturação do ensino dos conteúdos geométricos nas escolas, é
imprescindível que os atores da educação trabalhem coletivamente a fim de estabelecerem
normas e diretrizes, baseadas nos documentos oficiais, concretizando o ensino da geometria
em todos os níveis de ensino, com ênfase nas séries iniciais do ensino básico, pois de acordo
com Del Grande, Passos e Nacarato (p. 1149), a natureza das atividades matemáticas
relacionadas com a geometria na escola básica permite a aquisição de experiências de
percepção visual dando aos professores oportunidade de observar e detectar, desde cedo,
como o pensamento geométrico das crianças vai sendo construído (...) essa percepção inicial
das habilidades de percepção visual será fundamental para o planejamento de tarefas de
geometria a serem propostas pelo professor.
5. REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS
ROGENSKI, Maria Lucia Cordeiro; PEDROSO, Sandra Mara Dias. O Ensino da Geometria
na Educação Básica: Realidade e Possibilidades. [s.l.]; [s.n.], 2007.
NETO, Paulo Roberto Souza; SILVEIRA, Mara Rosâni Abre da. Materiais Didáticos para o
ensino e aprendizagem da geometria. v. 4, n. 6, p. 1-2. BOEM: Joinvile, jan./jul-2016.
SITES CONSULTADOS:
https://pt.slideshare.net/FelipeSilva73/pnaic-2014-matemtica-caderno-5-2-primeiros-
elementos-da-geometria Acesso em 31 mar. 2020.