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Frank Bartolomeu Mário Guidione

Explorando o uso de uma garrafa plástica vazia como recurso didáctico para o ensino de
volume de sólidos e capacidade em aulas de Matemática.

Caso da 8ª Classe: Escola Secundaria de Muchenga

(Licenciatura em Ensino de Matemática com Habilitações em Estatística - 3o Ano)

Universidade Rovuma

Lichinga

2023
Frank Bartolomeu Mário Guidione

Explorando o uso de uma garrafa plástica vazia como recurso didáctico para o ensino de
volume de sólidos e capacidade em aulas de Matemática.

Caso da 8ª Classe: Escola Secundaria de Muchenga

(Licenciatura em Ensino de Matemática com Habilitações em Estatística - 3o Ano)

Projecto de pesquisa científica, apresentado ao


Departamento de Ciências, Tecnológicas, Engenharia
e Matemática, Curso de Licenciatura em Ensino de
Matemática, para fins avaliativo.

Universidade Rovuma

Lichinga

2023
Índice

Introdução ........................................................................................................................................ 4

Tema ................................................................................................................................................ 4

Delimitação do tema ........................................................................................................................ 4

Problematização............................................................................................................................... 4

Justificativa ...................................................................................................................................... 5

Objectivos ........................................................................................................................................ 5

Objectivo geral ................................................................................................................................ 5

Objectivos específicos ..................................................................................................................... 5

Hipóteses ......................................................................................................................................... 6

Fundamentação teórica .................................................................................................................... 7

A Geometria e o seu ensino nas escolas .......................................................................................... 7

Recursos didácticos ......................................................................................................................... 8

Metodologia ................................................................................................................................... 13

Orçamentação ................................................................................................................................ 13

Cronograma ................................................................................................................................... 13

Bibliografia .................................................................................................................................... 14
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Introdução
A disciplina de Matemática vem se tornando cada vez mais pavorosas e não amada pelos alunos,
talvez porque o seu ensino não tem se auxiliado de outras áreas de conhecimento, como a
psicologia e a antropologia, para discutir sobre o processo educativo e a necessidade de reflexões
sobre as novas propostas metodológicas de ensino.

Alguns pesquisadores, como é o caso de Souza (2007, p. 110)., sugerem que o professor poderá
concluir juntamente com seus alunos, que o uso dos recursos didácticos é muito importante para
uma melhor aplicação do conteúdo, e que, uma maneira de verificar isso é na aplicação das aulas,
onde poderá ser verificada a interacção do aluno com o conteúdo. Os educadores devem concluir
que o uso de recursos didácticos deve servir de auxílio para que no futuro seus alunos
aprofundem e ampliem seus conhecimentos e produzam outros conhecimentos a partir desses. Ao
professor cabe, portanto, saber que o material mais adequado deve ser construído, sendo assim, o
aluno terá oportunidade de aprender de forma mais efectiva e dinâmica.
Portanto, foi nesta caravana de ideias que nasceu esta pesquisa com o intuito de fazer com que os
alunos fiquem estimulados a apreender a disciplina de Matemática.
O autor agradece a colaboração crítica de todos, tendente a melhorar o trabalho, e espera que este,
sirva de instrumento contribuinte para o sucesso dos alunos nos níveis seguintes.
Tema
Explorando o uso de uma garrafa plástica vazia como recurso didáctico para o ensino de volume
de sólidos e proporções em aulas de Matemática.

Delimitação do tema
Para o ensino de Matemática, esta pesquisa enquadra-se na área da geometria. Esta, será realizada
na cidade de Lichinga, envolvendo o pesquisador e posteriormente os alunos e professores da 8ª
classe da Escola Secundária Geral de Muchenga.

Problematização
Diante das dificuldades apresentadas pelos alunos na acomodação dos cálculos e sua aplicação
nas actividades lúdicas, e na tentativa de superá-las, surgem as seguintes questões: Quais são as
formas de demonstrar o cálculo do volume na por meio de uma garrafa plástica vazia na
vida real? Quais as possibilidades de superação das dificuldades, por meio da utilização da
garrafa plástica vazia pelos professores de matemática no ensino da geometria?
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Justificativa
Faqueti & Albino (s/a) “Fazer uma justificativa significa argumentar, esclarecer, fundamentar
porque o trabalho é importante, tanto para a comunidade escolar, quanto para a sociedade, ou
até mesmo para um indivíduo”.

Foi no âmbito de poder participar das jornadas científicas que o autor decidiu fazer a pesquisa e
constatou que os alunos da 8ª classe turma “C” enfrentavam dificuldades na acomodação de
formas de ilustrar o cálculo de volume de sólidos na prática. Para resolver este e outros
problemas relacionados a este, tendo em conta que levar os alunos ao domínio destes conteúdos
nem sempre é uma tarefa fácil, o autor pensou em trazer o conteúdo de uma forma acessível para
o aluno, por meio de uma abordagem concreta relacionada com o mundo real que ajude o aluno a
ver a Matemática como uma disciplina escolar com conteúdos não separadas á realidade dele. E
assim promover uma aula dinâmica, estimulando um raciocínio lógico no aluno, possibilitando
assim a diminuição de limitações apresentadas por muitos alunos que temem a matemática e
sentem-se incapacitados para aprendê-la.

Nesta perspectiva, o autor foi motivado a fazer sua pesquisa com base a ajudar o aluno na
percepção de como a matemática pode estar presente no seu dia-a-dia.

Objectivos
Objectivo geral
 Contribuir para facilitar o ensino da matemática nas aulas de volume e proporções,
avaliando a eficácia do ensino da geometria, auxiliado da utilização de uma garrafa
plástica vazia.

Objectivos específicos
 Descrever os passos da utilização da garrafa plástica vazia na aula sobre volumes e
proporções;
 Conhecer as fórmulas do cálculo de volume de um sólido usado para o cálculo e as
formas de uso para o ensino da matemática na prática;
 Contextualizar o processo de ensino e aprendizagem, fazendo uma ligação entre a
matemática escolar e a sua realidade na vida.
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Hipóteses
Findlay et all (2006) “As hipóteses são possíveis respostas ao problema da pesquisa e orientam a
busca de outras informações”.
Diante desta situação, pressupõe-se que esta pesquisa:
 Crie um ambiente propício e motivador para impulsionar o interesse nos alunos em
aprender com prazer a geometria;
 Traga um enquadramento do conhecimento das actividades lúdicas, no processo de
acessibilidade do ensino da geometria, para os alunos.
 Reduza as consequências que advêm das dificuldades tidas pelos alunos por falta de
domínio da geometria nesta fase inicial.
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Fundamentação teórica
A Geometria e o seu ensino nas escolas
A Geometria foi empregada pelos povos primitivos na construção
de objectos de decoração, de utensílios, de enfeites e na criação de
desenhos para a pintura corporal. Formas geométricas, com
grande riqueza e variedade, apareceram em cerâmicas, cestarias, e
pinturas de diversas culturas, com a presença de formas como
triângulos, quadrados e círculos, além de outras mais complexas.
(Soares, 2009)
E desde então, a Geometria vem apresentando complicações no seu tratamento, desde as
sociedades até no contexto escolar.
Segundo Lorenzato (1995) citado por Fillos, a Geometria tem função essencial na formação dos
indivíduos, pois possibilita uma interpretação mais completa do mundo, uma comunicação mais
abrangente de ideias e uma visão mais equilibrada da Matemática.
Segundo Fainguelernt (1995) citado por Fillos, a Geometria desempenha um papel fundamental
no ensino porque activa as estruturas mentais na passagem de dados concretos e experimentais
para os processos de abstracção e generalização; é tema integrador entre as diversas partes da
Matemática, sendo a intuição, o formalismo, a abstracção e a dedução constituintes de sua
essência.
Os autores Peres (1995) e Pavanello (1993) citados por Soares (2009), destacam dois factores por
eles verificados fortemente e directamente em sala de aula:
 Muitos professores não detêm os conhecimentos geométricos
necessários para realização de suas práticas.
 A exagerada importância que desempenha o livro didáctico entre os
professores, aonde na maioria das vezes a Geometria é apresentada
como um conjunto de definições, propriedades, nomes e fórmulas,
relegada aos capítulos finais dos livros, nos quais o professor nunca
consegue chegar.
Os factores supramencionados, tem feito com que esta importante área do conhecimento, muitas
vezes, seja negligenciada, pois é tratada teoricamente e com isso tem se tornado inculta e sem
sentido para muitos alunos e até professores.
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Recursos didácticos
O uso de recursos didácticos é uma importante ferramenta para facilitar a aprendizagem. O uso
de recursos variados no processo de ensino-aprendizagem possibilita que o professor passe a não
depender exclusivamente do livro didáctico ou do quadro branco, desapegando-se das aulas
tradicionais centradas na exposição de conteúdos.

De acordo com Souza (2007, p. 111), “recurso didáctico é todo material utilizado como auxílio
no ensino-aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado pelo professor a seus alunos”.
Os recursos didácticos compreendem uma diversidade de instrumentos e métodos pedagógicos
que são utilizados como suporte experimental no desenvolvimento das aulas e na organização do
processo de ensino e de aprendizagem. Eles servem como objectos de motivação do interesse
para aprender dos educandos. Para que o professor possa trabalhar com uma abordagem de
actividade lúdica no ensino da Matemática deve cuidadosamente projectar cada acção e decidir se
será melhor implementar no início, meio ou fim do conteúdo em estudo. O tal planeamento
envolve desde a escolha do objecto tradicional (preferencialmente que acompanhe os conceitos
abordados ou a serem abordados), sua análise e implementação (apresentar o objecto e prever
possíveis comentários – estratégias – a fim de levantar questões pertinentes à aprendizagem dos
conceitos por parte dos alunos), e possíveis resultados (ver se por meio das ideias matemáticas
patentes no objecto, foi possível apresentar os conceitos relevantes aos alunos, e se os alunos
tiveram uma melhor compreensão do conteúdo estudado).

Para trabalhar com o cálculo de volume de sólidos, decidimos usar a garrafa plástica para
demonstrar o volume e a capacidade na realização desta actividade. Utilizar a garrafa plástica
vazia para ensinar conceitos de volume e capacidade. Demonstrando como medir o volume da
garrafa usando unidades de medida, como litros ou metros cúbicos, e como realizar operações
matemáticas relacionadas à capacidade, como adição ou subtracção.

O modo de uso do objecto é preenchê-lo com água ou outro líquido e, em seguida, medir o
volume utilizando uma régua ou um recipiente graduado. Os alunos podem realizar actividades
práticas, como comparar volumes de diferentes garrafas, estimar a capacidade da garrafa em
diferentes unidades de medida e realizar cálculos envolvendo adição ou subtracção de volumes.

Etapas do Modo de uso da garrafa plástica vazia para ensinar conceitos de volume e
capacidade.
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1. Escolha uma garrafa plástica vazia e limpa.

Imagem 1: Garrafa plástica vazia de 1l


Fonte: autor do trabalho (Frank Bartolomeu Mário Guidione)

2. Encha a garrafa com água até a borda e despeje em um recipiente (copo de plástico
de 517ml) para descobrir sua capacidade.

Imagem 2: Garrafa plástica contendo água

Fonte: autor do trabalho (Frank Bartolomeu Mário Guidione)


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Imagem 3: Copo de plástico de 517ml


Fonte: autor do trabalho (Frank Bartolomeu Mário Guidione)

3. Com a ajuda de uma caneta e uma régua marque o nível de água na garrafa. Em
seguida, esvazie a água.

Imagem 4: Garrafa plástica contendo água marcada


Fonte: autor do trabalho (Frank Bartolomeu Mário Guidione)
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4. Preencha a garrafa com água em incrementos diferentes (por exemplo, 517 ml, 1,38
l) e marque cada nível de água correspondente na garrafa.

Imagem 5: Garrafa plástica contendo água marcada.


Fonte: autor do trabalho (Frank Bartolomeu Mário Guidione)

Anote o valor do volume medido e compare os diferentes níveis de água para ilustrar diferentes
capacidades da garrafa. Também podemos pedir aos alunos que criem gráficos ou tabelas para
visualizar as diferentes capacidades da garrafa em relação aos incrementos de água adicionados.

As unidades de volume mais comuns são:

Tabela 1: Unidades de volume mais comuns

Nome da unidade Simbolo da unidade


Litro l
Mililitro ml
Metro cúbico m³
Centímetro cúbico ou mililitro cm³ ou ml
Galão gal
Pint pt
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Essas unidades podem ser usadas para medir o volume de líquidos ou de objectos sólidos,
dependendo do contexto. É importante utilizar a unidade de medida adequada para cada situação.
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Metodologia
(Findlay et all, 2006) “Metodologia é o conjunto de métodos e técnicas utilizados para a
realização de uma pesquisa.”
A metodologia utilizada neste trabalho foi a qualitativa, pois a mesma é a que mais atende as
necessidades da pesquisa. "A pesquisa qualitativa se fundamenta em uma perspectiva
interpretativa centrada no entendimento dos significados das acções de seres vivos,
principalmente dos humanos e suas instituições” (Sampieri, Collado, & Lucio, 2013)
 Quanto ao instrumento de colecta de dados, será usada a observação directa e a entrevista.
 Quanto ao tipo de pesquisa, ela será exploratória, e quanto aos procedimentos técnicos de
pesquisa será experimental.
Orçamentação
Tabela 2: Orçamentação

Nº Designação Quantidade Valor Sob total


unitário
01 Copo plástico 1 15,00mt 30,00mt
02 Régua 1 10,00mt 20,00mt
Total 50,00mt
Fonte: Autor (2023)

Cronograma
Segundo Findlay et all (2006:18), no cronograma se dimensiona cada uma das etapas do
desenvolvimento da pesquisa, no tempo disponível para sua execução, e que geralmente os
cronogramas são divididos em meses.
Tabela 2: Cronograma de actividades

Nº Actividades a realizar Maio Junho Julho Agosto Setembro


01 Colecta de Dados X
02 Tratamento dos dados X X
03 Redacção do trabalho X
04 Revisão do projecto X
05 Entrega final X
Fonte: Autor (2023)
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Referências bibliográficas
Comissão Central de Reforma Curricular. (2009). Normas para Produção e Publicação de
Trabalhos Científicos na Universidade Pedagógica de Moçambique. Maputo.

Faqueti, M. F., & Albino, S. d. (s/a). Projeto de pesquisa. Camboriú.

Fillos, L. M. (n.d.). O ensino da geometria: depoimentos de professores que fizeram História.


Brazil.

Findlay, E. A., & all, e. (2006). Guia para elaboração de Projetos de pesquisa (2a revista e
actualizada ed.). UNIVILLE.

Lakatos, E. M., & Marconi, M. d. (2001). Fundamentos de metodologia científica (5a ed.). São
Paulo.

Pires, C. M. (2001). Transformando a prática das aulas de Matemática. São Paulo: PROEM.

Sampieri, R. H., Collado, C. F., & Lucio, M. D. (2013). Metodologia de pesquisa. Porto Alegre:
Penso.

Soares, L. H. (2009). Aprendizagem Significativa na Educação Matemática: uma proposta para


a aprendizagem de Geometria Básica. Brazil.

Souza, S. E. (2007). O uso de recursos didáticos no ensino escolar. In: I ENCONTRO DE


PESQUISA EM EDUCAÇÃO, IV JORNADA DE PRÁTICA DE ENSINO, XIII SEMANA
DE PEDAGOGIA DA UEM. Maringá: Arqui. Mudi. Periódicos.

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