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SANTARÉM-PA
2023
EMANUELY CASTRO MACHADO
SANTARÉM-PA
2023
FICHA CATALOGRÁFICA
EMANUELY CASTRO MACHADO
Conceito: 9,5
Data de Aprovação 04/12/2023
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Dr. Ednilson Ramalho - Orientador
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Everaldo Almeida do Carmo
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Prof. Dr. Rhômulo Oliveira Menezes
Universidade Federal do Pará
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador Ednilson Ramalho, por guiar esse trabalho de forma dedicada,
amável e atenciosa;
À todos amigos que fizeram parte desse ciclo e que trouxeram mais leveza para o
processo.
A modelagem matemática, como uma estratégia de ensino, tem sido alvo de muitas
discussões quando se trata de (re)invenção de um ensino ancorado em práticas
tradicionais que são norteadas essencialmente pela memorização e pela repetição.
Nesse cenário, a modelagem surge como uma ferramenta de dinamização, reflexão e
pesquisa em favor da formação de um aluno protagonista. Esta pesquisa objetiva
compreender as potencialidades da aplicação da modelagem no ensino da
matemática e abarca uma proposta adaptada de atividade com modelagem para a
realidade de uma turma de 3 ano do Ensino Fundamental, direcionada ao contexto da
geometria. Trata-se de uma pesquisa participante, fundamentada pela autora Maria
Salett Biembengut e Hein, focalizando no tema “Embalagens” como um objeto de
análise do conteúdo sobre figuras geométricas planas e espaciais. Busca-se com essa
pesquisa disseminar novas estratégias de ensino frente aos desafios enfrentados no
ensino da matemática e da formação de um aluno ativo que percebe, analisa e
transforma a realidade em que vive.
Figura 1- Material construído com os alunos para a socialização com os alunos a respeito do
conteúdo……………………………………………………………………………………………...37
Figura 2- Parte 1 do material destinado a discussão sobre figuras planas…………………...38
Figura 3- Parte 2 da socialização sobre figuras
espaciais……………………………………...........................................................................…38
Figura 4- Aluna escolheu a caixa de leite para representar a figura do cilindro……………...39
Figura 5- Construção do material
concreto……………………………………………………….......................................................39
Figura 6- Construção do material concreto……………………………………………………….39
Figura 7- Material concreto construído pelos alunos…………………………………………….40
Figura 8- Material concreto construído pelos alunos…………………………………………….40
Figura 9- Material concreto construído pelos alunos…………………………………………....40
Figura 10- Material concreto construído pelos alunos…………………………………………..41
Figura 11- Material concreto desenvolvido pelo aluno…………………………………………..41
Figura 12- Resposta ao diagnóstico do aluno A do grupo 1 na primeira aplicação do
diagnóstico……………………………………………………………………………………………43
Figura 13- Resposta ao diagnóstico do aluno B do grupo 1 na primeira aplicação do
diagnóstico……………………………………………………………………………………………43
Figura 14- Resposta ao diagnóstico do aluno A do grupo 2 na primeira aplicação do
diagnóstico……………………………………………………………………………………………43
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 10
1 ENSINO DA MATEMÁTICA 13
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 45
REFERÊNCIAS 46
APÊNDICE 49
INTRODUÇÃO
.
Dessa maneira, a modelagem surge como um instrumento de motivação e
pode ser utilizado no ensino de várias temáticas ligadas à matemática, mas também
como ponto de partida no desenvolvimento da pesquisa, da criticidade, na
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1 ENSINO DA MATEMÁTICA
A busca pela compreensão do meio, dos fenômenos naturais fez com que
o homem desenvolvesse sua própria ciência explorando as concepções de mundo, a
organização social e política, processo que permeia desde a pré-história. A
progressão da matemática enquanto uma ciência transformadora foi alicerçada a
partir do surgimento do Cálculo Diferencial Integral fundamentada por Leibniz e as
contribuições de Newton (Burak, 1992). Nessa perspectiva, a matemática tornou-se
um importante instrumento no processo de análise, exploração e compreensão do
meio.
Como atestado por (Burak, 1992, p.62) “A capacidade humana de pensar,
questionar e criar, aliada ao espírito de investigação e da ferramenta matemática já
desenvolvida, permitiu ao homem explorar seu meio ambiente, modelando para
melhor conhecê-lo”. Destarte, a matemática enquanto ciência promoveu subsídios
para compreender melhor a natureza, resolução de problemas do cotidiano e tomada
de decisões. Entretanto, a educação tem passado nos últimos anos por crises. A
disjunção entre o ensino e a realidade não só da matemática, como das demais
disciplinas estão ligadas a essas implicações (Burak, 1992). O ensino da matemática
distante das vivências dos alunos corrobora a uma formação sem significado e sem
pertencimento. De acordo com Burak (1992, p.68):
Ensinar de maneira que o aluno perceba a matemática na sua rotina está ligado a
posição do aluno como sujeito ativo e histórico dentro da sala. Do olhar do professor
em perceber que o aluno interpreta o mundo por meio das suas vivências e dos
objetos que fazem parte da sua cultura. Atividades padronizadas que culminam a
memorização contribuem com a formação de alunos passivos diante da compreensão
e da atuação do meio em que vivem. Materializa a ideia do professor como “dono do
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conhecimento” e o aluno como mero expectador. Burak (2010, p. 3), discorre sobre
essa problemática:
Uma prática revela muito sobre quem a pratica: suas concepções, seus
valores, a concepção de homem que se quer formar. Consideramos que o
desconhecimento, ou a omissão deliberada acerca dos fundamentos que
constituem uma prática compromete todos os melhores esforços na busca de
esclarecimentos, na discussão de outras perspectivas o que em nada
contribui para o avanço no campo da Educação Matemática e, para a
melhoria do ensino e aprendizagem da Matemática. Ainda pode-se afirmar
compromete, com alguma certeza, qualquer prática que se pretenda
educativa.
chegam sequer a ser respondidas. Com isso, teremos mais dúvidas, mais
conflitos e mais fracassos estudantis.
[...], que corresponde ao estado ou condição que assume aquele que aprende
a ler e escrever. Implícita nesse conceito está a ideia de que a escrita traz
consequências sociais, culturais, políticas, econômicas, cognitivas,
linguísticas, quer para o grupo social em que seja introduzida, quer para o
indivíduo que aprenda a usá-la [...]
O professor que pensa certo deixa transparecer aos educandos que uma das
bonitezas de nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres
históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo. Mas,
histórico como nós, o nosso conhecimento do mundo tem historicidade. Ao
ser produzido, o conhecimento novo supera outro que antes foi novo e se fez
velho e se “dispõe” a ser ultrapassado por outro amanhã*. Daí que seja tão
fundamental conhecer o conhecimento existente quanto saber que estamos
abertos e aptos à produção do conhecimento ainda não existente.
Como professor devo saber que sem a curiosidade que me move, que me
inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino. Exercer a minha
curiosidade de forma correta é um direito que tenho como gente e a que
corresponde o dever de lutar por ele, o direito à curiosidade. Com a
curiosidade domesticada posso alcançar a memorização mecânica do perfil
deste ou daquele objeto, mas não o aprendizado real ou o conhecimento
cabal do objeto. A construção ou a produção do conhecimento do objeto
implica o exercício da curiosidade, sua capacidade crítica de “tomar distância”
do objeto, de observá-lo, de delimitá-lo, de cindi-lo, de "cercar” o objeto ou
fazer sua aproximação metódica, sua capacidade de comparar, de perguntar.
(Freire, 1996, p.44)
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[...] o ser humano sempre recorreu aos modelos, tanto para comunicar-se
com seus semelhantes como para preparar uma ação. Nesse sentido, a
modelagem, arte de modelar, é um processo que emerge da própria razão e
participa da nossa vida como forma de constituição e de expressão do
conhecimento.
[...] o processo que envolve a obtenção de um modelo. Este, sob certa óptica,
pode ser considerado um processo artístico, visto que, para se elaborar um
modelo, além de conhecimento de matemática, o modelador precisa ter uma
dose significativa de intuição e criatividade para interpretar o contexto, saber
discernir que conteúdo matemático melhor se adapta e ter senso lúdico para
jogar com variáveis envolvidas (Biembengut e Hein, 2009, p.12)
29
o suficiente para uma determinada proposta de tempo, que poderá ser aplicado com
as temáticas do programa do período letivo, seja ele bimestre ou definir unicamente
uma proposta por período letivo. A opção metodológica será ajustada de acordo com
o melhor cenário encontrado no espaço escolar, cabendo ao professor
essencialmente, estar em sintonia com o tema escolhido e com interesses, anseios e
necessidades dos alunos.
Desenvolvimento do conteúdo programático: Neste tópico serão elencadas
algumas etapas e subetapas para a aplicação de uma atividade com modelagem, são
elas:
Interação: é uma etapa crucial para aproximar o aluno do conteúdo e da
atividade que será realizada. Dessa maneira, é indispensável que o professor domine
o conteúdo e forneça subsídios para a motivação dos alunos, outro ponto em qual se
objetiva trabalhar com modelagem matemática. Além disso, criar um ambiente para
que os alunos se expressem e sugiram ideias é fundamental.
Matematização: A partir das questões levantadas, pode-se traçar a
estrutura da atividade. Nesse momento, é importante que os alunos se sintam livres
para explorar, pesquisar e criar. Após a definição da atividade, serão pontuadas metas
em favor de um resultado, e esse resultado advém de uma matemática necessária.
Nesse contexto, surge a oportunidade de demonstração de exemplos, que
possivelmente darão suporte a um conteúdo que não foi totalmente compreendido
pelo aluno ou que ainda não foi aplicado. Ademais, atividades com resolução de
exercícios poderão ser propostas para análise do conhecimento dos alunos.
Modelo: A sistematização em favor da resolução de uma determinada
questão/problemática pode ser chamada de modelo. De acordo com Biembengut e
Hein (2009, p.22) afirma:” é o momento de se avaliar o modelo matemático quanto à
validade e importância. Dessa forma os alunos analisam o resultado obtido, que se
denomina validação”. Nesse sentido, a temática pode ser complementada e explorada
posteriormente de acordo com a escolha dos alunos.
Orientação de modelagem
Como ponto de partida, a modelagem suscita na oportunidade para os
alunos dirigirem suas próprias descobertas a partir das condições criadas pelos
professores. Diante disso, em função da elaboração de um trabalho pragmático, os
autores Biembengut e Hein (2009.) reforçam que haja um planejamento considerando:
31
Fonte: da autora,2023.
Fonte: da autora,2023.
40
Fonte: da autora,2023.
Fonte: da autora,2023.
41
Fonte: da autora,2023.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRANDT, C. F., BURAK, D., and KLÜBER, T. E., orgs. Modelagem matemática:
perspectivas, experiências, reflexões e teorizações [online]. 2nd ed. rev. and enl.
Ponta Grossa: Editora UEPG, 2016
Damiani, M. F., Rochefort, R. S., Castro, R. F. de Dariz, M. R., & Pinheiro, S. S. (1).
Discutindo pesquisas do tipo intervenção pedagógica. Cadernos De Educação,
(45), 57-67. https://doi.org/10.15210/caduc.v0i45.3822
FREIRE, P.; FAUNDEZ, A. Por uma pedagogia da pergunta. 4ª ed. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1998.
APÊNDICE