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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

FABRÍCIO RODRIGUES DE SOUZA

O ENSINO DE FÍSICA E MATEMÁTICA NO CONTEXTO DAS NOVAS


TECNOLOGIAS

FRONTEIRA - MG
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

FABRÍCIO RODRIGUES DE SOUZA

O ENSINO DE FÍSICA E MATEMÁTICA NO CONTEXTO DAS NOVAS


TECNOLOGIAS

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito
parcial à obtenção do título
especialista em MATEMÁTICA E
FÍSICA

FRONTEIRA - MG
2023
O ENSINO DE FÍSICA E MATEMÁTICA NO CONTEXTO DAS NOVAS
TECNOLOGIAS

Fabrício Rodrigues de Souza1,

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- O presente trabalho de conclusão de curso foi elaborado como requisito parcial à
obtenção do título de especialista em matemática e física e tem como tema as tecnologias digitais como
ferramenta auxiliadora para garantia de uma aprendizagem ativa e inovadora no ensino da física e da
matemática. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, tem por objetivo analisar as modificações que se
fazem necessárias em salas de aula com a utilização das novas Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs), a justificativa para realização deste trabalho foi a necessidade de compreensão
e informação acerca do tema escolhido, como usar as tecnologias da atualidade como facilitadoras no
ensino de Física e Matemática; as competências desenvolvidas nos alunos quando usamos essa
metodologia de ensino; uma noção sobre o que são as Tecnologias da Informação e Comunicação nas
práticas pedagógicas.

PALAVRAS-CHAVE: Tecnologias da Informação e Comunicação. Ensino de Física. Ensino de


Matemática.

1
sousa-fabricio@hotmail.com
1 INTRODUÇÃO

Das sociedades antigas às contemporâneas, a educação como processo


sistematizado de mediação é referida como escolarização, fundamentando-se em
ações intencionais. Os conteúdos escolares resultantes do conhecimento
historicamente cultivado pela humanidade tornam-se parte integrante desta ação
voluntária, mas não a única, e encontram na ação pedagógica um importante aliado.
Discutir o ensino de física e da matemática no ensino fundamental (ciclo II) sob a ótica
da prática pedagógica do professor requer, antes de tudo, uma reflexão sobre os
objetivos que o ensino se propõe. O debate em torno do processo de ensino da física e
da matemática tem se intensificado nas últimas décadas, à medida que novas
tendências surgem e outras conhecidas melhoram.

Porém, de fato, ainda estamos diante de uma prática pedagógica tradicional, que
tem como alvo principal as regras que impedem que os alunos pensem logicamente e
se conectem com a vida cotidiana. O uso de novas tecnologias possibilita trabalhar em
sala de aula com pesquisa e experimentação matemática, pois permite que os alunos
experimentem diretamente, intervenham, promovam e construam seus próprios
conhecimentos. Segundo Praia e Cachapuz (2005, p.52),“enquanto o conhecimento
científico tem como objetivo compreender o mundo, o conhecimento tecnológico
objetiva a satisfação das necessidades humanas, o fazer, a ação, a transformação, a
prática.” Os alunos participam ativamente na educação, interagindo com métodos e
meios de organizar sua própria experiência.

Os desafios contemporâneos requerem um repensar da educação,


diversificando os métodos de ensino utilizados, oferecendo novas alternativas
para os indivíduos interagirem e se expressarem, diversificando as formas de
agir, ensinar e de aprender, considerando a cultura e os meios de expressão
que a permeiam (MARTINSI, 2008).

O envolvimento dos professores aparece como facilitadores de processos de


ensino-aprendizagem relevantes para ajudar os alunos a desenvolver habilidades e
aprender. A necessidade de implementar a aplicação de novas tecnologias na
educação requer um repensar da prática pedagógica em sala de aula, o que requer
mudar o programa no sentido de atender aos interesses dos alunos porque a
aprendizagem não é centrada no professor. Nesse contexto, cabe citar a contribuição
de Mason, quando nos alerta para o fato de “[...] que para usar um instrumento
matemático com eficácia, pode ser necessário gastar algum tempo a examinar o que
está por trás dele, como funciona, e mesmo como isso poderia ser feito, em princípio, à
mão” (MASON, 1996, p. 19).

Uma mudança de paradigma para a pesquisa, na qual as propriedades, técnicas,


ideias e experiências matemáticas e físicas se tornam o objeto de estudo. A
necessidade criada pelo uso da tecnologia promove a necessidade de saber como
aplicar todo o potencial existente no sistema educacional, especialmente nos seus
componentes pedagógicos e processos de ensino e de aprendizagem (HAMZE, 2010).
O uso e a exploração de aplicativos matemáticos e/ou software computacional podem
envolver os alunos no pensamento sobre o que está sendo feito e ajudá-los a entender
as implicações e adivinhações de uso e resultados, uma mudança de paradigma para a
pesquisa, na qual as propriedades, técnicas, ideias e experiências físicas e
matemáticas se tornam o objeto de estudo.
Portanto, é importante considerar os pontos de vista sobre as questões em sala
de aula:
Se conjecturar é parte essencial da experiência matemática, os seus
prolongamentos e complementos naturais são a argumentação e a
demonstração. Na realidade, se pretendermos sintetizar em poucas palavras
o que é fazer matemática, a sequência de palavras… exploração/ conjectura/
argumentação/ prova-reformulação da conjectura... poderia bem constituir um
ponto de partida para essa síntese (ASSOCIAÇÃO, 1996, p. 59).

O uso da tecnologia na sala de aula permite a interação entre os alunos e os


sujeitos da pesquisa, permite que os alunos participem ativamente e reflitam sobre os
recursos da tecnologia de computador e facilita a exploração aprofundada. Por isso, o
objetivo geral deste artigo é analisar as modificações que se fazem necessárias em
salas de aula com a utilização das novas Tecnologias de Informação e Comunicação
(TICs) como facilitadoras no ensino de Física e Matemática. “[...] A fonte das
ferramentas que criam a oportunidade para criar um ambiente de aprendizagem e
implementar o design instrucional apropriado” (ROMISZOWSKI, s.p.)

Sabemos que, como todas as tendências da educação, as TIC não são uma
solução definitiva para os problemas de ensino e aprendizagem, todas essas
tendências têm seus pontos fortes e limitações. A direção da linha de pesquisa é
contribuir para análises futuras.

2 DESENVOLVIMENTO

Para realização da pesquisa bibliográfica, consultei livros, artigos científicos,


monografias, dissertações, teses, além de sites científicos que possuem nos seu banco
de dados revistas on-line disponibilizando artigos para a pesquisa. A vantagem desse
tipo de pesquisa é que permite ao pesquisador cobrir uma gama mais ampla de
fenômenos do que poderia estudar diretamente. A discussão sobre esse tema se
justifica por entendermos que os avanços tecnológicos não podem ser dissociados da
condição humana, porém, é necessário estabelecer novas abordagens atentando para
os significados socioculturais das novas tecnologias e sua interação com a matemática
e a sociedade.

Hoje, o ensino da Matemática e da Física é não escrito, inflexível e imutável,


produto de mentes privilegiadas. Os alunos muitas vezes são simples espectadores e
não participantes, que é a principal preocupação do professor. Fica claro que, para
atender às necessidades dos alunos ao longo do ensino fundamental das escolas
públicas e privadas, os educadores utilizam diversas metodologias de ensino e
aprendizagem que favorecem a construção do conhecimento. O conteúdo e os
métodos são inconsistentes com o objetivo educacional de servir à integração social
dos adolescentes, seu desenvolvimento potencial, desempenho e interação com o
meio.
Novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo
das telecomunicações e da informática. As relações entre os homens, o
trabalho, as próprias inteligências dependem, na verdade, da metamorfose
incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura,
visão, audição, criação, aprendizagem são capturados por uma informática
cada vez mais avançada. (LÉVY, 200 8, p.7)

Entre os diferentes meios no ensino da matemática e da física, vemos nas TIC's


a grande possibilidade de fazermos uma combinação de tendências, bem como um
trabalho interdisciplinar, por exemplo, podemos realizar trabalhos de resolução de
problemas onde as TIC’ s podem contribuir para a análise de possíveis soluções e
resultados, bem como em modelagem matemática envolvendo física, química, etc.,
onde o uso do computador é requerido. O uso da tecnologia por si só não representa
mudança pedagógica, se ela for utilizada apenas como um auxílio tecnológico para
ilustrar as aulas, é fundamental que seja utilizada como meio de aprendizagem prática
para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

As tecnologias e as metodologias incorporadas ao saber docente modificam o


papel tradicional do professor, o qual vê no decorrer do processo educacional,
que sua prática pedagógica precisa estar sendo sempre reavaliada. A inovação
não está restrita ao uso da tecnologia, mas também à maneira como o
professor vai se apropriar desses recursos para criar projetos metodológicos
que superem a reprodução do conhecimento e levem à produção do
conhecimento (BEHRENS, 2000).

A aprendizagem torna-se mais significativa quando o novo conteúdo é


incorporado nas estruturas de conhecimento dos alunos e deriva do significado deles
em relação ao seu conhecimento prévio. De acordo com os resultados da pesquisa
bibliográfica, fica claro que o processo de ensino e aprendizagem de física e
matemática, com o uso das tecnologias da informação e comunicação, pode ser
facilitado quando o sistema é aplicado em sala de aula permitindo que os alunos se
vejam como agentes na construção do conhecimento, o uso de recursos experimentais
neste contexto é válido e produtivo. Constata-se também que ter em conta as ideias
prévias apresentadas pelos alunos permite o questionamento e confronto levando à
construção de um pensamento mais crítico e melhor baseado na investigação científica,
e que muitos alunos adquirem competência através de atividades e jogos on-lines que
exigem mais das suas capacidades.
Os Guias Pedagógicos de Tecnologia na Educação, produzidos pela Prefeitura
de São Paulo em parceria com a Telefônica, são um exemplo de como as organizações
estão interessadas em motivar os professores para o uso de novas tecnologias. Há
uma seção – a parte mais completa do caderno – que sugere diversas atividades
utilizando a informática na prática docente, como o uso de vídeos ou blogs. São
instruções detalhadas principalmente para o uso das ferramentas, levando em
consideração o pouco ou nada que o professor sabe sobre elas.

As tecnologias facilitam extraordinariamente nossa vida, mas também não


podemos ignorar que a excessiva dependência delas nos torna vulneráveis individual e
coletivamente, entretanto, para evitar ou superar o uso ingênuo dessas tecnologias, é
fundamental conhecer as novas formas de aprender e de ensinar, bem como de
produzir, comunicar e representar conhecimento, possibilitadas por esses recursos, que
favoreçam a democracia e a integração social (ALMEIDA e PRADO, 2010).

Através da análise de contextos específicos, pode-se dizer que a TIC’s é um


importante recurso educacional, onde os professores alcançam um salto na qualidade
do ensino, e é o campo mais explorado tecnicamente para fazer a diferença no
ambiente escolar. Abrange todos os níveis, buscando métodos que facilitem o estudo e
a passagem dos alunos no aprendizado, o que ajuda o educador a cumprir seu papel
de facilitar o ensino. Assim, as formas inovadoras criam um cruzamento entre o
educador e o aluno, onde ambas as partes atingem todo o seu potencial. Da mesma
forma, a implantação da tecnologia da informação em escolas é uma forma inovadora
de avançar no ensino e na aprendizagem, ajudando educadores e alunos a melhorar
seu desempenho em sala de aula.

3 CONCLUSÃO

O uso das TIC's no processo de aprendizagem exige maior interação,


cooperação e colaboração entre os atores do processo, o que faz com que tenham uma
atitude compartilhada de querer construir e aprender, e se dediquem a seus esforços.
Para aprender através das tecnologias, os alunos devem ter características como:
iniciativa, motivação, autodisciplina e autocontrole. Poder contar com esses recursos é
fundamental nos dias de hoje em que vivemos, onde o professor precisa colocar o
aluno como investigador, refletindo sobre a prática, e encontrar uma forma de torná-los
cidadãos participativos e decisores de justiça social e conhecimento próprio.

No entanto, não podemos simplesmente ignorá-lo e esperar que ele se


consolide, pelo contrário, vemos nesta área uma grande oportunidade de reduzir
disparidades e lacunas no processo de ensino e aprendizagem. Precisamos que a área
se fortaleça ainda mais e que os governos desenvolvam um conjunto de políticas
públicas que, com vocação docente, entendam que esta é uma disciplina essencial e
reconheçam sua importância primordial no processo de construção do conhecimento
da física e matemática.

Por isso, hoje é fundamental uma grade de programas com múltiplas


possibilidades de agendamento, otimizando o tempo para as atividades em sala de
aula, facilitando a troca de experiências, ampliando as relações entre educadores e
alunos para o alcance de uma educação de qualidade. Portanto, pode-se concluir que o
uso das tecnologias de informação e comunicação no ensino é um grande desafio para
os educadores, pois requer treinamento e planejamento e pedagogia. A tecnologia é um
importante fator promotor da democratização da educação, podemos efetivamente
implementar as TIC 's em sala de aula na grande maioria das escolas do país. O uso
das TIC 's pode estimular o processo de mudança de atitudes de professores e alunos.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M.E.B; PRADO, M.E.B.B. Integração tecnológica, linguagem e


representação. 2009. Disponível em:
<http://midiasnaeducacao-joanirse.blogspot.com/2009/02/integracao-tecnológica-lingua
gem-e.html>. Acesso em: 24 de fevereiro de 2023.

ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA. A natureza e organização


das atividades de aprendizagem e o novo papel do professor. Lisboa: Associação
de Professores de Matemática, 1996, p. 51-60.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília, 1999.


BEHRENS, M. A. "Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma
emergente", in MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e mediação pedagógica,
Campinas: Papirus, 2000.

CACHAPUZ, Antônio et al. (Orgs.). A renovação necessária do ensino das ciências.


São Paulo: Cortez, 2005.

HAMZE, A. Linguagem Audiovisual e a Educação. 2010. Disponível em:


<http://www.educador.brasilescola.com/gestao-educacional/linguagem.html.> Acesso
em: 24 de fevereiro de 2023.

LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da


informática. São Paulo: Editora 34, 2008.

MARTINSI. M .C. Situando o uso da mídia em contextos educacionais. 2008.


Disponível em: <http://midiasnaeducacao-joanirse.blogspot.com/2008/12/situando-o
-uso-da-mdia-em-contextos.html>. Acesso em: 24 de fevereiro de 2023.

MASON, JOHN. O “quê”, o “porquê” e o “como” em Matemática. Investigar para


aprender Matemática (textos selecionados). Lisboa: Associação de Professores de
Matemática, 1996, p. 15-23.

PEE-SP. Plano Estadual de Educação, 2016. Disponível em:


<CURRÍCULO-PAULISTA-etapa-Ensino-Médio_ISBN.pdf (educacao.sp.gov.br)>.
Acesso em: 23 de fevereiro de 2023.

ROMISZOWSKI, A. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância. Editorial,


v.2, n.3, 2003. Disponível em:
<http://www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=1por
infoid=895&sid=22>. Acesso em: 23 de fevereiro de 2023

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