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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE


INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

A ESCOLA COMO UMA ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA


Olga Novais Sozinho/708231284

Curso: Licenciatura em Ensino de Educação


Física e Desportos
Disciplina: Praticas Pedagógicas II
Ano de frequência: 2O
Nome do docente: Issufo Gulamo Aniguia
Turma: E

Quelimane, Março, 2024


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Critério de Avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Nota
Categorias Indicações Padrões Pontuação do Subtotal
mínima tutor
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos  Introdução 0.5
 Desenvolvimento 0.5
organizacionais  Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5

 Con8textualização
(Indicação clara do 2.0
problema)

 Descrição dos 1.0


Introdução objectivos

 Metodologia 2.0
adequada ao objecto
do trabalho

Conteúdo
 Articulação e domínio
do discurso
académico (expressão 3.0
escrita cuidada,
coerência / coesão
textual)
Análise e
Discussão
 Revisão bibliográfica
nacional e
internacional 2.0
relevante na área de
estudo

 Exploração dos dados 2.5

 Contributos teóricos 2.0


Conclusão práticos
3

 Paginação, tipo e
Aspectos Formatação tamanho de letra,
gerais paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas

Normas APA 6ª
Referências edição em  Rigor e coerência das
Bibliográficas citações e citações/referências 2.0
bibliografia bibliográficas

Recomendações de melhoria:
4

Índice
1. Introdução.............................................................................................................. 5

1.1. Objectivo ............................................................................................................ 5

1.1.1. Geral ................................................................................................................ 5

1.1.2. Específicos ...................................................................................................... 5

2. Organização: conceitos e práticas escolares.......................................................... 6

2.1. A forma organizacional da escola ...................................................................... 9

2.2. O Ambiente físico da Escola .............................................................................. 9

2.3. Dimensão pedagógico-curricular ..................................................................... 12

2.4. Factores que contribuem na organização dos espaços escolares e suas


implicações pedagógicas ......................................................................................... 13

3. Conclusão ............................................................................................................ 15

4. Referencia Bibliográfica ..................................................................................... 16


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1. Introdução
O presente trabalho descreve os aspectos da disciplina de Praticas Pedagógicas II,
com o tema relacionado a escola como uma organização Pedagógica. Inicialmente a
sociedade actual é uma sociedade organizacional. O conceito de organização escolar é
diariamente materializado pela equipe gestora no exercício profissional e tem como
foco a tomada de decisões sobre os diversos aspectos da rotina escolar. A organização
escolar é um processo pedagógico por excelência, sustentado pelo conhecimento da
legislação educacional, pelo diagnóstico da realidade escolar para definição dos
objectos e finalidades que comporão o planejamento escolar. Esta organização tem
características próprias, e as especificidades atribuídas a cada uma, aportam mais-valias
e um enriquecimento notório. Apresenta-se como um sistema local de formação e
aprendizagem, abrangendo todos os parceiros sociais que “compartilham uma herança
comum”.

1.1. Objectivo

1.1.1. Geral
 Compreender a escola como uma organização Pedagógica

1.1.2. Específicos
 Descrever a estrutura organizacional da escola;
 Descrever a organização ou estruturação de uma escola;
 Descrever os elementos do espaço físico da escola;
 Mencionar aspectos do ambiente escolar facilitador da educação inclusiva;
 Identificar os factores que contribuem na organização dos espaços escolares e
suas implicações pedagógicas.

Com isso, os objectivos propostos na presente pesquisa é com base na


fundamentação teórica, apresentou-se a metodologia que tornou viável a realização
deste trabalho. Dentre varia metodologias, para a realização deste trabalho foram
essenciais a revisão bibliográfica. Deste modo o trabalho estrutura-se de seguinte
maneira: índice onde constam todos assuntos abordados, introdução, objectivos,
metodologias usadas durante a realização do trabalho referido, desenvolvimento,
conclusão e referencias bibliográficas que foram usadas para a concretização da
pesquisa.
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2. Organização: conceitos e práticas escolares


Os comportamentalistas (MOREIRA, 2004) entendem a prática pedagógica como
a actividade exclusivamente observável e que gere uma actividade concreta, cujos
resultados possam ser registados, comprovados. Os cognitivistas entendem a prática
pedagógica como a actividade que desenvolva o raciocínio do educando e que o leve a
resolver problemas.
Genericamente, o conceito de organização está ancorado na história, nos hábitos,
nas leis, nas formas e modos de vida das sociedades, como ressalta ALTER (2002,
p.31), a organização “é uma estrutura hierarquizada, que dispõe de regras de trabalho
precisas e que permite padronizar, coordenar e planejar actividades”. O autor
complementa que a organização busca essencialmente o emprego racional de meios
para alcançar resultados.

Neste sentido, podemos entender que a organização escolar é uma unidade social
que reúne pessoas que interagem entre si, com vistas a alcançar objectivos educacionais.
É uma instituição com estruturas e processos organizativos próprios.
Assim, a organização escolar refere-se aos princípios e procedimentos
relacionados à acção de planejar o trabalho da escola, racionalizar o
uso de recursos (materiais, financeiros, intelectuais) e coordenar e
avaliar o trabalho das pessoas, tendo em vista a consecução de
objectivos. (LIBÂNEO, OLIVEIRA & TOSCHI, 2009, p. 316).

As práticas escolares desempenham um papel crucial na organização escolar e


no plano de acção pedagógico. Como podemos observar a importância dessas práticas:

a) Gestão Escolar e Organização:


 A gestão escolar lida com os aspectos administrativos da escola,
incluindo recursos financeiros, materiais e físicos.
 A organização escolar é fundamental para todos os envolvidos na
instituição, indo além da teoria e aplicando acções práticas.
 A harmonização do ambiente escolar depende de um plano de acção
pedagógico coerente e bem implementado.
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b) Implementação de uma Boa Gestão Escolar:


 A gestão democrática, em conjunto com o apoio da comunidade escolar,
fortalece a participação colectiva.
 A Lei de Directrizes e Bases (LDB) destaca a importância da democracia
no quotidiano escolar.
 Uma administração democrática permite que agentes escolares construam
uma escola cada vez melhor.

c) Benefícios da Organização Escolar:


 A organização escolar optimiza as aulas, oferecendo formações
continuadas param os professores.
 Professores reflectem sobre suas observações em sala de aula,
melhorando o processo de ensino-aprendizagem.

d) Princípios Fundamentais da Organização Escolar:


 Planejamento: Essencial para a realização dos projectos pedagógicos.
 Flexibilidade: Necessária para lidar com mudanças constantes no
ambiente educacional.
 Comunicação: Chave para o funcionamento eficiente da escola.
 Colaboração e Avaliação também são fundamentais.

A escola como organização educativa tem constituído, nos últimos tempos, um


dos objectos de estudo preferenciais da investigação educacional em Portugal. Os
estabelecimentos de ensino tornaram-se, também, uma das áreas de estudo mais
procuradas pela investigação educacional a partir de meados da década de 70. Tem sido
frequente “transpor para o contexto educacional os quadros teóricos-conceptuais
produzidos no estudo de outros tipos de organizações” (Falcão, 2000, p. 28).

Assim, no entender de FORMOSINHO (1980, p. 18), a organização escolar


apresenta finalidades e funções.
As finalidades têm um cariz cultural, socializador, produtivo,
personalizador e de equidade. No que se prende com as funções e para
além da instrutiva e socializadora, este autor acrescenta as funções
selectiva, de custódia, de facilitação, de aquisição de títulos
académicos e a função de substituto familiar. Apresenta uma
hierarquia própria que tem como função administrar a organização e
8

gerenciar as relações entre os diferentes atores, acautelando o


cumprimento dos objectivos definidos. de forma integrada, com
instrumentos de gerenciamento e planejamento.

Considerando a importância que temos dado à prática de gestão e organização da


escola, é necessário considerar que ela é um meio, mas carrega consigo uma dimensão
educativa, ou seja, as formas de organização da escola influenciam na aprendizagem dos
alunos e também direccionam a prática dos professores, portanto carrega o carácter
educativo, uma vez que articula os processos administrativos aos processos
pedagógicos.

Ferreira et al. (2001) assumem que a organização se pode definir enquanto um


conjunto de dois ou mais indivíduos inseridos numa estrutura aberta ao meio externo,
actuando em conjunto e de modo coordenado para atingir objectivos. Segundo os
autores referidos, os principais elementos que servem como indicadores do conceito de
organização podem traduzir-se segundo a figura apresentada (Figura 1).

Figura 1 – Elementos do conceito de organização (Ferreira et al, 2001).

Ambiente

Indivíduos

Tarefas Grupos

Estruturas
9

A organização escolar, de entre o conjunto de organizações que estruturam a


nossa sociedade, constitui uma organização, socialmente construída, que influencia e
incide sobre todas as outras. E por isso a escola «enquanto organização constitui,
seguramente, uma das áreas de reflexão do pensamento educacional que se tornou mais
visível nos últimos tempos» (Costa, 1998, p. 7).

A escola, então, deve ser administrada como uma organização, e como tal, precisa
planejar, organizar-se, ter um conselho deliberativo actuante e observância às acções e
aos processos, precisa compreender-se viva, ao mesmo tempo resultado das mudanças
sociais e responsável por elas, e, acima de tudo, responsável pelo atendimento das
necessidades e expectativas dos seus alunos, pais e comunidade e preparada para
entregar à sociedade cidadãos críticos e reflexivos.

2.1. A forma organizacional da escola


A forma ou estrutura pode ser definida como o modelo estabelecido das relações
entre os componentes ou as partes de uma organização. Existem diferentes tipos de
estruturas organizacionais que correspondem igualmente a diferentes instituições com
vista a facilitar a coordenação das actividades a elas inerentes.

Como tal, a escola comporta uma estrutura organizacional que foi evoluindo ao
longo dos tempos. No passado, como confirma NÓVOA (2000), a organização da
escola centrava-se “na perspectiva das ligações hierárquicas de controlo e de supervisão.
Deste modo, o estabelecimento de ensino é encarado como uma antena descentralizada
de aplicação de directivas e de regras idênticas para o conjunto de estabelecimentos de
um mesmo tipo ou grau de ensin.”.

Compreender a escola como uma estrutura organizacional implica situá-la num


quadro “orgânico de profissionais (professores e outros especialistas) e alunos”,
sublinhando assim a sua identidade específica diferente de outras organizações.

2.2. O Ambiente físico da Escola


O espaço físico da escola denota a ideia em volta das condições materiais que um
certo estabelecimento de ensino pode (ou podia) reunir para a realização adequada do
trabalho docente e discente. Desempenhando um papel importante na fixação de uma
escola, a componente física é cativa de vários aspectos prioritários e recomendados por
qualquer Ministério de tutela no mundo, nomeadamente, localização geográfica da
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escola, dimensão da escola, a arquitectura, a (não) propensão a poluição sonora, a


segurança, etc.

a) Localização e implantação geográficas da escola


A localização de uma escola deve obedecer a critérios que garantem alguma
comodidade dos actores ou da comunidade escolar. Hoje em dia, tem-se assistido um
número significativo de escolas situadas em lugares inapropriados, os quais muitas
vezes oferecem insegurança nas pessoas se se avaliar pelo barulho, segunrança
afectando a saúde das pessoas e a própria qualiadade da aprendizagem. Impõe-se, assim,
a necessidade de a escola localizar-se em espaços onde há menos interferências externas
da sua actividade por um lado, o que significa por outro lado, que a avaliação da
localização física que assegura a melhoria da qualidade de ensino tomando com
referência o espaço cómodo, limpo, agradável e distanciado dw qualquer tipo de
ameaças externas etc., afigura-se como um aspecto importante a considerar na
concepção e construção de infra-estruturas escolares.

Há também que se observar recomendações ligadas ao posicionamento das infra-


estruturas em relação ao sol, chuvas e outras ameaças externas que podem marcar
negativamente o processo de ensino e aprendizagem, como indicam os seguintes itens
abaixo:
a) A orientação geográfica da fenestração, especialmente das salas de aula e
dos espaços de maior permanência dos alunos, deve privilegiar o quadrante
Sudeste-Sul-Sudoeste;
b) As áreas das superfícies envidraçadas devem ser calculadas de acordo com a
zona climática e as características da região e do local onde a escola está
implantada;
c) Devem reduzir-se ao mínimo as aberturas de vãos a Norte, como forma de
evitar as perdas térmicas durante o Inverno e, a Poente, para evitar a grande
incidência solar durante o Verão e o decorrente sobreaquecimento;
d) Os vãos envidraçados das salas de aula devem ter protecções solares
exteriores e interiores. As protecções exteriores são do tipo palas horizontais
para Sul e verticais para Nascente e Poente, ou outros elementos fixos, semi-
fixos ou amovíveis, que evitem a incidência directa dos raios solares nos
envidraçados a partir da meiaestação (entre Março e Setembro). As
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protecções interiores, do tipo cortinas reguláveis e não opacas, destinam-se a


evitar a incidência solar directa nos planos de trabalho durante a estação fria
(entre Setembro e Março), altura em que é desejável que o sol incida
directamente nos envidraçados, de forma a produzir o aquecimento natural
dos espaços interiores (sistema passivo de ganho directo).

b) A dimensão da escola
A programação e o dimensionamento das escolas, por exemplo do 1.º ciclo,
devem ser definidos de acordo com os critérios de planeamento da rede educativa:
a) As escolas que leccionam o 1.º ciclo podem instalar-se integradas com outros
níveis de educação e do ensino básico, de acordo com os critérios a que obedece
o planeamento da rede educativa;
b) Considerando-se a educação pré-escolar como a primeira etapa da educação
básica, as escolas com 1.º ciclo devem preferencialmente integrar o Jardim de
Infância, com a capacidade calculada na base dos valores da pirâmide etária e na
oferta local deste equipamento educativo;
c) As escolas com 1.º ciclo devem ser dimensionadas para funcionamento em
regime normal;
d) A capacidade das escolas com 1.º ciclo é traduzida no número de salas de aula;
e) A área da sala de aula é concebida para um grupo de 35 alunos no máximo,
devendo este espaço ser organizado de forma a permitir o desenvolvimento da
quase totalidade das actividades curriculares de uma turma;
f) A capacidade máxima, recomendável, da escola com 1.º ciclo quando se
apresente isolada ou unicamente integre a educação pré-escolar é de 12 salas de
aula. Quando o 1.º ciclo se apresente integrado com outros níveis do ensino
básico, a sua capacidade máxima, recomendável, é de 8 salas de aula. As
situações acima destas dimensões deverão ser devidamente fundamentadas;
g) Quando há mais de 300 alunos do 1.º ciclo a escolarizar na mesma área de
drenagem, deve optar-se, sempre que possível, por duas instalações escolares
distintas.

Conforme ALVES, (2003), a escola é constituída por um conjunto de atores com


diferentes formações, percursos e perspectivas educacionais diversas, diferindo de
outras organizações sociais. Apresenta uma hierarquia própria que tem como função
12

administrar a organização e gerenciar as relações entre os diferentes atores, acautelando


o cumprimento dos objectivos definidos.
No âmbito dos processos de organização e gestão escolar, a Constituição Federal
de 1988 em seu artigo 206, inciso VII e a LDBEN 9.394/96 em seu artigo 15,
asseguram à gestão escolar a autonomia pedagógica, incluindo a elaboração e definição
das directrizes curriculares necessárias para formação dos estudantes na educação básica
considerando as subjectividades e especificidades de cada região em que se encontra a
unidade de ensino, a fim de que os direitos colectivos e individuais sejam assegurados.

Sendo assim, a autonomia pedagógica refere-se à liberdade da escola, no conjunto


das suas relações, deliberar sobre o ensino e a pesquisa. É condição necessária para o
trabalho de elaboração, desenvolvimento e avaliação do projecto político pedagógico. É
também fundamental para a gestão das actividades pedagógico-curriculares. Neste
sentido, cabe à gestão articular o processo de intervenção pedagógica para uso dos
meios disponíveis envolvendo os segmentos que compõem a escola, concomitantemente
à execução das acções propostas.

Neste sentido, surge um novo e moderno conceito de escola-organização, que


concede uma outra visão à situação. A construção desta escola moderna, no entender de
Lima (2005, p. 21), adopta um conjunto de orientações prescritas pelas “ideologias
organizacionais da modernidade e do capitalismo”. Esta organização surge para dar
resposta a questões mais complexas, que ultrapassam a transmissão de conhecimentos e
a socialização de crianças e jovens. Pretende-se uma nova organização capaz de
promover a inclusão e a equidade.

2.3. Dimensão pedagógico-curricular


A organização curricular é uma das acções mais importantes no planejamento
escolar. Quando o coordenador estabelece uma parceria com os docentes, ele garante o
acompanhamento e a observação da prática pedagógica, propondo intervenções na sala
de aula. O currículo deve ser um documento flexível, adaptado à realidade da escola e
baseado nas necessidades de aprendizagem dos alunos.

A dimensão pedagógica constitui-se na área considerada a mais importante da


gestão escolar, pois está directamente relacionada com a actividade principal da escola
que é promover a aprendizagem dos alunos e contribuir com sua formação. Essa relação
com os processos pedagógicos faz com que a gestão escolar assuma a responsabilidade
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de contribuir com a formação integral dos sujeitos e sua inserção no meio social de
modo construtivo.

Em relação à dimensão pedagógica, ela está directamente relacionada à


autonomia da escola para deliberar sobre os processos de ensino e aprendizagem. Essa
dimensão envolve a elaboração, execução, acompanhamento e avaliação do Projecto
Político-Pedagógico da escola. É por meio dessa dimensão que a escola define sua
identidade, objectivos educacionais e estratégias para promover o desenvolvimento
integral dos alunos.

2.4. Factores que contribuem na organização dos espaços escolares e suas


implicações pedagógicas
As escolas são consideradas zonas sensíveis ao ruído, pelo que estas não devem
ser localizadas junto de vias de tráfego intenso ou de instalações que exerçam
actividades ruidosas de carácter permanente. Os edifícios escolares devem ser
concebidos de forma a proporcionar aos seus utilizadores condições satisfatórias de
conforto sonoro, devendo ter tida em conta a sua localização em relação a fontes de
ruídos exteriores à escola ou provenientes do próprio recinto escolar.
A concepção e a construção dos edifícios escolares devem respeitar os requisitos
favoráveis a não criação e/ou propagação de barulho que interfira directamente na vida
do recinto escolar. O edifício escolar e os seus elementos de compartimentação devem
ser concebidos e dimensionados de tal forma que a transmissão sonora entre os locais
interiores, em condições normais de utilização, não perturbe as actividades que neles se
realizam:
a) Todos os espaços de ensino, a sala de alunos, o refeitório e o átrio principal,
devem ser dotados, pelo menos no tecto, com revestimento de absorção de
interferências sonoras externas;
b) As paredes interiores devem assegurar aos locais que confinem ou separem, um
isolamento sonoro satisfatório relativamente aos sons produzidos em locais
ininterruptos de actividades;
c) Considerando a possibilidade de transmissão de ruído através da estrutura e das
paredes divisórias, devem evitar-se situações de sobreposição e de contiguidade
entre espaços habitual ou eventualmente ruidosos e outros que requeiram
ambientes calmos e silenciosos.
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Outros aspectos a ter em conta na concepção e construção de escolas concentram


a sua atenção em vários factores que podem interferir negativamente se não forem
cuidadosamente os detalhes da concepção e construção de escolas (a temperatura
ambiente da área, a humidade relativa do ar e da sua movimentação), por isso:
a) Os edifícios escolares devem ser de construção pesada, com forte inércia
térmica, devendo todas as envolventes do edifício (paredes exteriores e
cobertura) serem devidamente isoladas com material apropriado. Recomenda-se
que o desvão das coberturas seja ventilado;
b) Os níveis de conforto térmico dentro do edifício devem aproximar-se dos
valores limite de 18° C e de 24° C, respectivamente para o Inverno e para o
Verão, considerando o valor médio da humidade relativa entre 35% e 70%;
c) A renovação do ar constitui um indispensável corrector das condições
ambientais, pelo que deve ser assegurada, preferencialmente por meios naturais
de fácil manuseamento. Nos espaços de ensino devem prever-se vãos com folhas
basculantes reguláveis, para ventilação natural, sempre que possível cruzada;
d) Se nas salas de aula existir uma só fachada exterior, pode recorrer-se a bandeiras
de porta reguláveis ou a vãos basculantes abertos para as circulações. A
ventilação cruzada deve fazer-se a partir de 1,80 m;
e) Quando a ventilação natural se revelar insuficiente, podem prever-se sistemas de
ventilação mecânica forçada. Nas salas de aula devem assegurar-se três
renovações de ar por hora.
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3. Conclusão
Chegando este ponto, conclui-se que, a escola surge, muitas vezes, com um
currículo e um ethos desajustados aos interesses e ritmos dos alunos, apesar de ser uma
instituição formal. No entanto, a escola é um espaço de aprendizagem porque, enquanto
agência educativa, no entendimento de (LIBÂNEO, 2002), nela a educação é tomada
como apropriação da cultura, um conjunto de conhecimentos produzidos historicamente
pelo homem. Esta instituição, constituída de pessoas, necessita ser organizada de forma
a garantir o alcance de objectivos comuns que contemplem, de certa forma, a formação
do homem para a vida em sociedade. Sendo a escola uma instituição social, sua forma
de organização se define a partir das pessoas que dela fazem parte. Segundo, é preciso
estabelecer um estilo de organização escolar que contemple a efectiva participação de
todos os envolvidos no processo educativo, de forma a garantir seu comprometimento
no alcance dos objectivos propostos. Já nos factores que contribuem na organização dos
espaços escolares e suas implicações pedagógicas nota-se que, os edifícios escolares
devem ser concebidos de forma a proporcionar aos seus utilizadores condições
satisfatórias de conforto sonoro, devendo ter tida em conta a sua localização em relação
a fontes de ruídos exteriores à escola ou provenientes do próprio recinto escolar. Por
fim, existem vários aspectos a ter em conta na concepção e construção de escolas
concentram a sua atenção em vários factores que podem interferir negativamente se não
forem cuidadosamente os detalhes da concepção e construção de escolas (a temperatura
ambiente da área, a humidade relativa do ar e da sua movimentação).
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4. Referencia Bibliográfica
Alter, N. (2012). Linnovation: uns processos colectif ambigu, Paris, La Découvert,
2002. In Thurler Monica Gather. Maulini, Oliver. A organização do trabalho escolar. –
Porto Alegre: Penso.

ALVES, J. Organização, Gestão e projectos educativos das escolas. (6ª ed.). Porto: Asa
Editores, 2003.
FIRMINO, M. Gestão das organizações. Conceitos e tendências atuais. Lisboa: Escolar
Editora, 2002.

FORMOSINHO, J. As bases do poder do professor. In: Revista Portuguesa de


Pedagogia, 14,1980, pp. 301-328.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários a prática educativa. São


Paulo: Paz e Terra, 2001.

LIBÂNEO, J. C. (2012) Educação escolar: políticas, estrutura e organização. 10 ed. São


Paulo: Cortez.

LIBÂNEO, José Carlos. “O sistema de organização e gestão da escola” In: LIBÂNEO,


José Carlos. Organização e Gestão da Escola - teoria e prática. 4ª ed. Goiânia:
Alternativa, 2001.

LIMA, L. Escolarizando para uma educação crítica: a reinvenção das escolas como
organizações democráticas. In Teodoro, A., & Torres, C. (Org). Educação Crítica e
Utopia Perspectivas para o Século XXI. Porto: Edições Afrontamento, 2005.

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