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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE


INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Sistema endócrino - Regulação e controle das funções do corpo


Olga Novais Sozinho/708231284

Curso: Licenciatura em Ensino de Educação


Física e Desportos
Disciplina: Fisiologia Geral
Ano de frequência: 2O
Nome do docente: Alberto Malequeta
Turma: E

Quelimane, Abril, 2024


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Critério de Avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Nota
Categorias Indicações Padrões Pontuação do Subtotal
mínima tutor
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos  Introdução 0.5
 Desenvolvimento 0.5
organizacionais  Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5

 Con8textualização
(Indicação clara do 2.0
problema)

 Descrição dos 1.0


Introdução objectivos

 Metodologia 2.0
adequada ao objecto
do trabalho
Conteúdo
 Articulação e domínio
do discurso
académico (expressão 3.0
escrita cuidada,
coerência / coesão
textual)
Análise e
Discussão
 Revisão bibliográfica
nacional e
internacional 2.0
relevante na área de
estudo

 Exploração dos dados 2.5

 Contributos teóricos 2.0


Conclusão práticos
3

 Paginação, tipo e
Aspectos Formatação tamanho de letra,
gerais paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas

Normas APA 6ª
Referências edição em  Rigor e coerência das
Bibliográficas citações e citações/referências 2.0
bibliografia bibliográficas

Recomendações de melhoria:
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Índice
1. Introdução.............................................................................................................. 5

1.1. Objectivos....................................................................................................... 5

1.1.1. Geral ........................................................................................................... 5

1.1.2. Específicos .................................................................................................. 5

2. Sistema endócrino .............................................................................................. 6

2.1. Órgãos do Sistema Endócrino ........................................................................ 6

2.2. Estrutura do sistema endócrino e seus constituintes ...................................... 7

2.2.1. Acção dos hormônios ...................................................................................... 7

2.3. Regulação e controle das funções do corpo ....................................................... 8

2.4. Exercícios físicos e a liberação dos hormônios .................................................. 9

2.5. Hormônios liberados pelo exercício físico ......................................................... 9

2.6. Funções da resposta hormonal e modificações da sensibilidade celular .......... 10

2.7. Exercícios físicos e hormônios: como essa relação favorece nossa saúde. ...... 12

3. Conclusão ............................................................................................................ 14

4. Referencia Bibliográfica ..................................................................................... 15


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1. Introdução
O presente trabalho aborda os aspectos do Sistema endócrino em especial
Regulação e controle das funções do corpo. Desde modo, grande parte das funções e
actividades do organismo é coordenada pelos sistemas nervoso e endócrino (hormonal).
O sistema endócrino é composto por diversas glândulas (hipófise, tireoide,
paratireoides, adrenais, pâncreas endócrino, pineal e gônadas) que são comandadas pelo
sistema nervoso e também influenciadas umas pelas outras. O Sistema Endócrino é um
sistema de comunicação entre as células que utiliza hormônios como mensageiros
químicos que viajam através da corrente sanguínea para transmitir informações,
coordenar e regular as funções do organismo.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
• Compreender os aspectos do Sistema endócrino em especial Regulação e
controle das funções do corpo.
1.1.2. Específicos
• Avaliar os exercícios físicos e hormônios: como essa relação favorece nossa
saúde.
• Caracterizar os mecanismos reguladores durante o exercício;
• Descrever Exercícios físicos e a liberação dos hormônios;
• Falar sobre regulação e controle das funções do corpo; e
• Identificar as funções da resposta hormonal e modificações da sensibilidade
celular.

Com isso, os objectivos propostos na presente pesquisa é com base na


fundamentação teórica, apresentou-se a metodologia que tornou viável a realização
deste trabalho. Dentre varia metodologias, para a realização deste trabalho foram
essenciais a revisão bibliográfica.

Deste modo o trabalho estrutura-se de seguinte maneira: índice onde constam


todos assuntos abordados, introdução, objectivos, metodologias usadas durante a
realização do trabalho referido, desenvolvimento, conclusão e referencias bibliográficas
que foram usadas para a concretização da pesquisa.
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2. Sistema endócrino
Dentre os diversos sistemas que formam um organismo, seja ele humano ou de
qualquer outro animal, pode-se destacar o sistema endócrino, cuja função básica é a de
coordenar e integrar a actividade das células em todo o organismo por meio da
regulação das funções celular e orgânica e pela manutenção da homeostasia durante
toda a vida (MOLINA, 2014).

O termo endócrino se refere às glândulas que liberam substâncias directamente no


sangue ou em outros líquidos corporais internos, por exemplo, suprarrenais, hipófise,
tireoide. Além disso, alguns órgãos que possuem tecidos glandulares também compõem
o sistema endócrino, como pâncreas, fígado, ovários, testículos.

De acordo com Molina (2014), actualmente o sistema endócrino é definido como


uma rede integrada de múltiplos órgãos, de diferentes origens embrionárias, que liberam
hormônios, incluindo desde pequenos peptídeos a glicoproteínas, que exercem seus
efeitos em células-alvo próximas ou distantes. Ainda segundo Molina (2014), essa rede
endócrina de órgãos e mediadores não actua de maneira isolada e está estreitamente
integrada com os sistemas nervosos central e periférico, além do sistema imune, o que
viabiliza o uso dos termos neuroendócrino ou neuroendócrino-imune com para se referir
a estas interacções.

2.1. Órgãos do Sistema Endócrino


O sistema endócrino é composto por diversos órgãos que abrigam células
endócrinas, responsáveis pela produção e liberação de hormônios na corrente sanguínea.
Os órgãos endócrinos podem ser divididos em:

 Órgãos que contêm apenas células endócrinas:


1. Hipófise, na base do cérebro;
2. Glândula pineal, no teto do diencéfalo;
3. Glândulas tireoide e paratireoide, no pescoço; e
4. Glândulas suprarrenais, nos rins, que contêm duas regiões endócrinas
distintas: o córtex da glândula suprarrenal e a medula da glândula
suprarrenal.

 Órgãos que contêm uma grande parcela de células endócrinas:


1. Pâncreas: possui funções endócrinas e digestórias;
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2. Timo: possui funções endócrinas e atua no sistema imune;


3. Gônadas: no sistema genital; e
4. Hipotálamo: no sistema nervoso, considerado um órgão neuroendócrino.

 Órgãos que contêm algumas células endócrinas: além dos órgãos principais
do sistema endócrino, há diversos órgãos que contêm células secretoras de
hormônios. Entre eles, temos o coração, o trato digestório, os rins e a pele.

2.2. Estrutura do sistema endócrino e seus constituintes


O sistema endócrino é basicamente constituído por glândulas e tecidos orgânicos
responsáveis pela secreção de substâncias químicas, denominadas de hormônios, que
controlam funções biológicas (VERONEZ; VIEIRA, 2012).

Como esclarece Molina (2014), os órgãos endócrinos estão distribuídos por todo o
corpo, e sua função é controlada por hormônios liberados no sistema circulatório ou
produzidos localmente, ou por estimulação neuroendócrina direta. A resposta biológica
aos hormônios é desencadeada pela ligação a receptores hormonais específicos no
órgão-alvo. Tanto vertebrados como invertebrados possuem hormônios.

Segundo Machado (2015), os hormônios são classificados em três clássicos


sistemas (ou acções) hormonais:
1) Acção endócrina - o hormônio age em uma célula-alvo distante, na
qual ele chega por meio do sangue; 2) Acção parácrina – o hormônio
difunde-se no interstício agindo em células vizinhas da célula
secretora e 3) Acção autócrina – o hormônio, uma vez secretado, volta
a agir na própria célula secretora.

2.2.1. Acção dos hormônios


Os hormônios se ligam a receptores específicos nas células-alvo para
desencadearem suas acções. As células que não possuem receptores para um
determinado hormônio, portanto, não responderão à sua presença no sangue.

Alguns receptores estão situados na membrana das células-alvo, enquanto outros


estão no citoplasma ou no núcleo. Quando o hormônio se combina ao seu receptor, isto
é, em geral, inicia uma cascata de reacções na célula de forma que, até em concentração
muito pequena, o hormônio pode ter um grande efeito.
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A activação dos receptores pela ligação dos hormônios altera sua função. O
receptor activado inicia efeitos hormonais. Para facilitar a compreensão, eis abaixo
alguns exemplos de tipos de interacção:

• Receptores ligados a canais iônicos: a mudança na estrutura do receptor abre


ou fecha canais para um ou mais íons (Na+, K+, Ca++ etc.). A alteração do
movimento desses íons causa efeitos nas células atingidas. Embora alguns
hormônios possam agir influenciando directamente a abertura de canais iônicos,
a maioria o faz de forma indirecta, por ligação a receptores acoplados a proteínas
de membrana, como a proteína G.
• Receptores hormonais ligados à proteína G: muitos hormônios se ligam aos
receptores na membrana que se comunica com proteínas membranares (também
situadas na membrana celular) chamados proteínas G. Todos têm sete segmentos
que atravessam a membrana formando alças para dentro e para fora da
membrana celular.

2.3. Regulação e controle das funções do corpo


O sistema endócrino é responsável pela síntese e liberação das “secreções internas
do corpo”. Essas secreções contêm substâncias químicas chamadas hormônios, que são
liberados no líquido intersticial, por células especializadas, e se difundem até a corrente
sanguínea, podendo ser transportados até as diferentes partes do corpo. Esse sistema
exerce uma função essencial na manutenção homeostase corporal.

O sistema endócrino e seus respectivos componentes, os hormônios, integram e


regulam inúmeras funções do organismo do ser humano, possibilitando a este
estabilidade e equilíbrio ao seu “meio” interno orgânico (McARDLE et al., 2003,
p.420). É através do mencionado sistema que se estabelece a regulação do volume
sanguíneo, pressão arterial, diferenciação sexual, desenvolvimento, reprodução,
digestão, sensação de fome e saciedade, e outros aspectos da função existencial humana
(LEHNINGER et al., 2004, p. 881).

O controlo fisiológico exercido pelo sistema endócrino é mais demorado que o


exercido pelo sistema nervoso, uma vez que a maior parte dos hormônios é conduzida
pela circulação sanguínea e atua em células-alvo distantes. No entanto, o controle
hormonal permite a indução de modificações celulares mais duradouras, o que garante a
manutenção da homeostase corporal por mais tempo.
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2.4. Exercícios físicos e a liberação dos hormônios


Regra geral, a produção e libertação hormonais são processos unicelulares.
Todavia, é possível a interacção entre dois tipos celulares; uma hormona pode ser
produzida e libertada por uma célula e modificada noutra, adquirindo um espectro de
acção completamente distinto. Isto acontece, particularmente, no caso dos esteróides. A
este respeito, os tecidos periféricos, como o tecido adiposo, anteriormente considerados
não-endócrinos, têm, hoje, papel endócrino reconhecido, convertendo androgénios em
estrogénios e produzindo hormonas e citocinas.

Os hormônios derivados de proteínas (peptídicos ou amínicos), como a insulina,


são estocados em grânulos secretórios e sua liberação é realizada pelo processo de
exocitose. O estímulo extracelular para a secreção é, geralmente, seguido por um
aumento imediato dos níveis de cálcio no citosol (proveniente do meio extracelular).
Esse aumento inicia o movimento das vesículas secretórias (grânulos) para locais
apropriados na membrana plasmática. Após a fusão das membranas plasmáticas e do
grânulo, o hormônio é liberado para o líquido extracelular. Os hormônios derivados de
lipídeos (como os esteroides) surgem na forma livre no citoplasma e deixam a célula por
simples transferência através da membrana plasmática.

A maior parte dos hormônios têm sua secreção controlada por feedback negativo e
as células secretoras funcionam também como sensores, que monitoram continuamente
a concentração sanguínea desses hormônios. Um exemplo é a secreção de insulina pelas
células β pancreáticas. O aumento da glicemia é detectado pelas células β, que secretam
insulina em resposta. A insulina age no fígado, reduzindo a síntese de glicose nos
tecidos, aumentando a captação de glicose pelas células. A queda resultante dos níveis
de glicose no sangue é detectada pelas próprias células β, que diminuem a produção de
insulina.

2.5. Hormônios liberados pelo exercício físico

Durante o treino, nosso corpo sofre uma série de transformações que vão além de
nossa aparência física. A liberação de hormônios é um dos efeitos do exercício físico, e
isso provoca impacto directo em nossa saúde fisiológica e psicológica. Durante a
atividade física, nosso organismo começa a trabalhar em conjunto, por meio dos
hormônios e da força física e mental, para que possamos realizar o treino.
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 O hormônio do crescimento (GH) é responsável pela queima de gordura. Além


disso, é um agente anabólico importantíssimo. Sua liberação acontece em maior
quantidade durante actividades mais intensas.
 A endorfina é o hormônio responsável por promover a sensação de recompensa
e bem-estar. Sua liberação acontece quando há um sentimento de prazer ligado à
actividade física, gerando alívio e relaxamento.
 As catecolaminas são responsáveis pelo aumento da taxa metabólica, liberando
glicose e ácidos graxos no sangue. A adrenalina liberada durante o exercício
físico está na medida certa para dar ao corpo a preparação necessária para
aguentar a intensidade da actividade física.

2.6. Funções da resposta hormonal e modificações da sensibilidade celular


A produção e libertação hormonais são processos unicelulares. Todavia, é
possível a interacção entre dois tipos celulares; uma hormona pode ser produzida e
libertada por uma célula e modificada noutra, adquirindo um espectro de acção
completamente distinto. Isto acontece, particularmente, no caso dos esteróides. A este
respeito, os tecidos periféricos, como o tecido adiposo, anteriormente considerados não-
endócrinos, têm, hoje, papel endócrino reconhecido, convertendo androgénios em
estrogénios e produzindo hormonas e citocinas.

Uma forma particular desta interacção é a possibilidade de modificação de uma


molécula precursora de baixa actividade noutra, ou outras (sequencialmente), de maior
actividade. Como exemplo, a vitamina D, na sua forma mais activa, existe após síntese
cutânea e modificação hepática e renal. Uma ainda mais atípica é a conversão em
formas mais activas, na própria circulação sanguínea, como acontece, por exemplo, ao
angiotensinogénio, que após produção hepática sofre modificações, sequencialmente,
por acção da renina e da enzima da conversão.

A concentração hormonal necessária para desencadear uma resposta que é 1/2 da


máxima (ED50), é um bom índice da sensibilidade da célula alvo à acção hormonal. A
sensibilidade não se pode correlacionar directamente com a ligação aos receptores,
porque depende, como referimos, de muitas condicionantes ulteriores a esta associação.
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Como se descreveu anteriormente, apesar da ED50 ser um bom índice da


sensibilidade da célula à acção hormonal, nos sistemas biológicos, esta pode estar
aumentada sem alteração da sensibilidade, ou da ED50, por alteração da capacidade
máxima de resposta. A curva de dose-resposta pode sofrer, então, dois grandes tipos de
alterações (aqui listados apenas para uma diminuição da acção hormonal):

A resposta hormonal desempenha um papel crucial na regulação de processos


fisiológicos em nosso corpo. Vamos explorar alguns aspectos importantes:
1. Funções da Resposta Hormonal:
 Alteração da Permeabilidade da Membrana: Quando um
hormônio se liga a um receptor na membrana celular, pode alterar a
permeabilidade da membrana, afectando a entrada ou saída de íons e
moléculas.
 Estímulo à Síntese de Proteínas e Enzimas: Hormônios podem
activar vias de sinalização que levam à síntese de proteínas e enzimas
específicas dentro da célula.
 Activação da Liberação Hormonal: Alguns hormônios estimulam a
liberação de outros hormônios por glândulas endócrinas.

2. Modificações da Sensibilidade Celular:


 Receptores Hormonais: As células possuem receptores específicos
para diferentes hormônios. Esses receptores podem ser iantrópicos
(localizados na membrana celular) ou metabotrópicos (localizados no
citoplasma ou núcleo).
 Segundos Mensageiros: Alguns receptores hormonais necessitam da
presença de segundos mensageiros (como o AMP cíclico) para
modificar a excitabilidade celular e permitir a resposta hormonal.

Em resumo, os hormônios atuam como sinalizadores celulares, regulando


processos como crescimento, metabolismo, equilíbrio hidroeletrolítico, resposta imune,
sono, reprodução e muito mais. Essa complexa rede de comunicação hormonal é
essencial para manter o equilíbrio e a homeostase em nosso organismo.
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2.7. Exercícios físicos e hormônios: como essa relação favorece nossa saúde
Os hormônios são substâncias químicas específicas fabricadas pelo nosso sistema
endócrino, com grande importância para o funcionamento adequado do nosso
organismo. O exercício físico provoca respostas hormonais com influência fisiológica e
psicológica. Quando realizamos um adequado exercício físico, com uma indicação
profissional precisa em relação à intensidade, tipo e tempo, nossos hormônios agem em
conjunto, permitindo que o indivíduo encontre a força física e mental necessária para a
sua execução.

A realização de uma actividade física periódica desenvolve inúmeros benefícios,


como melhoria da memória, concentração, humor e do bem-estar. O exercício também
ajuda nos casos de depressão e ansiedade, diminuindo também o estresse e a tensão
corporal. Além disso, ele ajuda a fortalecer os músculos e a resistência muscular, regula
o intestino, baixa o colesterol, ajuda a diminuir dores crônicas, queima as calorias
ajudando a perder gordura localizada, melhora a auto-estima, melhora a flexibilidade, a
elasticidade, a postura, ajuda a controlar a pressão sanguínea, diminui o risco de
doenças crônicas, como o diabetes e a hipertensão arterial.

Abaixo ilustra-se os mais importantes hormônios relacionados directamente como


o exercício e seus enormes benefícios:

a) Hormônio do crescimento: o hormônio do crescimento (GH), além de ser um


potente agente anabólico, estimula directamente a lipólise (queima da gordura).
Suas concentrações se encontram elevadas durante o exercício, sendo que,
quanto mais intenso for o exercício, maior a quantidade liberada deste hormônio.
b) Catecolaminas (adrenalina e noradrenalina): são hormônios que atuam em
conjunto promovendo o aumento da taxa metabólica, da liberação de glicose e
de ácidos graxos livres no sangue, sendo que o aumento no gasto energético.

A adrenalina em excesso está relacionada a mau humor, estresse generalizado,


ansiedade e até a doenças cardíacas. Nas actividades físicas, a adrenalina é liberada para
preparar o corpo para os grandes esforços que os exercícios necessitam. Ela acelera a
queima de gordura e libera grande energia para os músculos que serão accionados. Ou
seja, é essencial para o bom desenvolvimento e performance do indivíduo que está na
academia dando o máximo de si. Normalmente, durante o exercício físico, a adrenalina
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é liberada em picos curtos para dar ao corpo a reserva necessária para aguentar as
exigências que lhe serão cobradas, seja levantando pesos ou correndo.

c) Endorfina: hormônio produzido na glândula hipófise e que gera sensação de


recompensa e bem-estar no organismo. É produzido em grande quantidade nas
actividades prazerosas e está associada a relaxamento, alívio e contentamento
generalizados. Ao ser liberada no corpo, a endorfina aumenta a disposição física
e mental do indivíduo e melhora a resistência imunológica. Dores são reduzidas
e tarefas árduas conseguem ser realizadas por mais tempo. Durante a actividade
física, a endorfina é essencial para causar a sensação de prazer comum aos
atletas de longa data. Ela melhora a motivação e a performance durante o treino
em si, pois o indivíduo sente imediatamente os benefícios do exercício
extenuante que está realizando. Causando uma explosão de euforia e força de
vontade, a endorfina é essencial para a maximização dos efeitos benéficos da
actividade física. Justamente por isto, muitas pessoas relatam ser “viciadas” na
rotina de academia por causa desta sensação de prazer e bem-estar constantes.
Porém, como é um hormônio produzido naturalmente, não há malefício do
excesso de endorfina, exceto se a pessoa se exercitar muito pesadamente, o que
pode levar a lesões indesejadas.
d) Glucagon e insulina: no exercício, à medida que os níveis plasmáticos de
glicose no sangue vão diminuindo, ocorre estimulação da glicogenólise (geração
de energia através do fígado) aumentando gradual da concentração plasmática de
glucagon. Quanto maior a duração do exercício, maior a liberação de glucagon,
sendo que, em exercícios moderados de curta duração, observa-se diminuição
nos seus níveis plasmáticos. O efeito do exercício na concentração de insulina é
o contrário do que ocorre com o glucagon, estando suas concentrações
diminuídas no período de atividade. Os fatores que podem levar à diminuição da
insulina são o aumento da velocidade de transporte de glicose para dentro das
células musculares, a ação das catecolaminas e a liberação de glucagon. O
exercício se torna importante por facilitar a captação de glicose e diminuir os
níveis de insulina, sendo positivo para o indivíduo portador de diabetes.
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3. Conclusão
Chegando este ponto conclui-se que, o sistema endócrino é formado por um
conjunto de glândulas que secreta mensageiros químicos denominados hormônios, os
quais, uma vez na circulação sanguínea, agem no sentido de controlar ou ajudar no
controle de tecidos ou órgãos distantes. Como esclarece Molina (2014), os órgãos
endócrinos estão distribuídos por todo o corpo, e sua função é controlada por hormônios
liberados no sistema circulatório ou produzidos localmente, ou por estimulação
neuroendócrina directa. A resposta biológica aos hormônios é desencadeada pela
ligação a receptores hormonais específicos no órgão-alvo. Tanto vertebrados como
invertebrados possuem hormônios. É através do mencionado sistema que se estabelece a
regulação do volume sanguíneo, pressão arterial, diferenciação sexual,
desenvolvimento, reprodução, digestão, sensação de fome e saciedade, e outros aspectos
da função existencial humana (LEHNINGER et al., 2004, p. 881).

Quanto às modificações da sensibilidade a estímulos hormonais, é mais frequente


que os sistemas orgânicos a alterem modificando o número de receptores do que a
afinidade destes para a hormona. Nos sistemas em que há níveis muito significativos de
receptores de reserva, as alterações na quantidade de receptores disponíveis não têm
grande repercussão nos níveis de sensibilidade; pelo contrário, nos sistemas que
praticamente não os possuem, a modificação do número de receptores é muito
significativa.
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4. Referencia Bibliográfica
GENTIL, P. Bases Científicas do treinamento de hipertrofia. Rio de Janeiro: Sprint,
2005
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Textbook of medical physiology. 11. th ed. Philadelphia:
Elsevier/ Saunders, 2006.
LEHNINGER, A. L; NELSON, D. L; COX, M. M. Principles of biochemistry. 4. ed.
New York: W. H. Freeman, 2004.
MACHADO, U. F. Introdução a Fisiologia Endócrina. In: Margarida de Mello Aires.
Fisiologia. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2012, 1317 p.
MCARDLE, W. D; KATCH, F. I; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício energia,
nutrição e desempenho humano. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
MOLINA, P. E. Fisiologia Endócrina. 4 ed. Porto Alegre-RS: AMGH Editora, 2014.
TAAFEE, D. R. et al. Effect of recombinant human growth hormone on the muscle
strength response to resistance exercise in elderly men. Journal of Clinical
Endocrinology and Metabolism, v. 79, n. 5, p. 1361-1366, 1994.
VERONEZ, D. A. L.; VIEIRA, M. P. M. M. Abordagem morfofuncional do sistema
endócrino. Universidade Federal de Uberlândia (UFU), 2012. Disponível em: . Acesso
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YARASHESKI, K. E. et al. Effect of growth hormone and resistance exercise on
muscle growth and strength in older men. American Journal of Physiology. v. 268, n. 2,
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