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Universidade Católica de Moçambique


Instituto de Educação à Distância

Períodos da Evolução da Psicologia


Turma B

Nome: Matilde Salvador

Código: 708208329

Curso: Educação Física


Disciplina: Psicologia Geral
Ano de Frequência: 1º Ano

Nampula, Setembro de 2020


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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências  Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 2.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia
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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor


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Índic

e
Introdução..................................................................................................................................4

Períodos da Evolução da Psicologia..........................................................................................5

O mundo psicológico entre os gregos........................................................................................5

O mundo psicológico no império romano..................................................................................6

A psicologia no renascimento....................................................................................................7

A origem da psicologia científica..............................................................................................7

Conclusão.................................................................................................................................10

Bibliografia..............................................................................................................................11
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Introdução
A psicologia faz fronteira com vários outros campos, incluindo fisiologia, neurociência,
inteligência artificial, sociologia, serviço social, antropologia, assim como filosofia e outros
componentes das humanidades. A história da psicologia como um estudo académico da
mente e do comportamento remonta aos gregos antigos. Há também evidências de
pensamento psicológico no Egipto antigo.

A psicologia foi um ramo do domínio da filosofia até a década de 1870, quando se


desenvolveu como uma disciplina científica independente na Alemanha. A psicologia como
um campo autoconsciente de estudo experimental começou em 1879, em Leipzig, Alemanha,
quando Wilhelm Wundt fundou o primeiro laboratório dedicado exclusivamente à pesquisa
psicológica na Alemanha. Wundt também foi a primeira pessoa a se referir como um
psicólogo (um precursor notável de Wundt foi Ferdinand Ueberwasser (1752-1812) que se
designou Professor de Psicologia Empírica e Lógica em 1783 e deu palestras sobre psicologia
científica na Universidade Velha de Münster, Alemanha. Outros importantes colaboradores
iniciais da área incluem Hermann Ebbinghaus (pioneiro no estudo da memória), William
James (o pai americano do pragmatismo) e Ivan Pavlov (que desenvolveu os procedimentos
associados ao condicionamento clássico).
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Períodos da Evolução da Psicologia


Inegavelmente toda produção humana tem a contribuição de inúmeros seres humanos, que ,
num tempo passado ,se questionaram, realizaram descobertas ,inventaram técnicas e
desenvolveram métodos para sistematização ,isto significa que por trás de qualquer produção
material ou espiritual ,existe historia. Dessa forma a Psicologia também tem sua própria
história. No caso da psicologia, como ciência, a história é bem recente tem por volta de 130
anos. Em síntese queremos dizer que nada surge por acaso, pois tudo e produto de um
processo histórico.

Na história da psicologia, duas vertentes da história são importantes, uma vertente é quando
retomamos a história grega, em um período anterior a era crista; a outra e quando retomamos
o desenvolvimento da modernidade que é, efectivamente, a fase responsável pelo surgimento
da psicologia como ciência.

O mundo psicológico entre os gregos


Não havia psicologia na Grécia. Ela só vai surgir na Alemanha no final do século XIX. Assim
retomemos a antiguidade para mostrarmos que a preocupação com a alma e a razão humanas
já existia antes da era crista. Com esses avanços permitiu-se que o ser humano se preocupasse
com as coisas do espirito, como a filosofia e a arte, alguns homens com Platão e Aristóteles,
dedicaram-se a compreender em torno do homem e sua interioridade. Os filósofos gregos
foram os pioneiros na tentativa de sistematizar um pensamento sobre a interioridade humana.
O próprio termo psicologia vem do grego psyche, que significa alma, e de logos que significa
razão. Alma ou Espírito era visto Como Parte Imaterial do Ser Humano e Abarcaria o
pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a
percepção.
Os filósofos pré-socráticos, preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo
por meio da percepção discutiam se o mundo existe porque o homem o vê ou se homem vê o
mundo que já existe .havia uma oposição entre os idealistas ,para os quais a ideia forma o
mundo e os materialistas para os quais a matéria que forma o mundo já e dada para a
percepção .Mas é com Sócrates que as ideias sobre o mundo psicológico ganharam certa
consistência. Sua principal preocupação era com o limite que separa o ser humano dos
animais, dessa formas, postulava que a principal característica humana era a razão . O passo
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seguinte foi dado pelo filosofo Platão ,discípulo de Sócrates , que procurou definir um lugar
para a razão em nosso próprio corpo definiu-se esse lugar como sendo a cabeça ,onde se
encontrava a alma .A medula seria ,portanto ,o elemento de ligação da alma com o corpo.
Esse elemento de ligação era necessário porque Platão concebia a alma separada do corpo
quando alguém morria ,a matéria (o corpo)desaparecia ,mas a alma ficava livre para ocupar
outro corpo.

Aristóteles, também discípulo de Platão ,foi um dos mais importantes pensadores da


filosofia ,sua contribuição foi inovadora ao postular que a alma e corpo não podem ser
dissociados para Aristóteles ,a psyche seria o principio activo da vida tudo aquilo que
cresce ,se reproduz e se alimenta possui a sua psyche ou alma esse filosofo chegou a estudar
as diferenças entre a razão, a percepção e as sensações .

Por tanto 2300 anos antes do advento da psicologia cientifica ,os gregos já haviam formulado
duas teorias :a platónica ,que postulava a imortalidade da alma e a concebia separada do
corpo ,e a aristotélica, que firmava a mortalidade da alma e sua relação de pertencimento ao
corpo.

O mundo psicológico no império romano


Às vésperas da era cristã, surge um novo império que iria dominar a Grécia: o Império
Romano. Uma das principais características desse período é o aparecimento da principal
religião da Idade Média. E falar de Psicologia nesse período é relacioná-la ao conhecimento
religioso, já que, ao lado do poder económico e político, a Igreja Católica também
monopolizava o conhecimento e, consequentemente, o estudo do psiquismo. Nesse sentido,
dois grandes filósofos representam esse período: Santo Agostinho e São Tomás de Aquino
Santo Agostinho, inspirado em Platão, também fazia uma cisão entre alma e corpo.
Entretanto, para ele, a alma não era somente a sede da razão, mas a prova de uma
manifestação divina no homem. A alma era imortal por ser o elemento que liga o homem a
Deus.

São Tomás de Aquino viveu num período que prenunciava a ruptura da Igreja Católica, o
aparecimento do protestantismo —. Essa crise económica e social leva ao questionamento da
Igreja e dos conhecimentos produzidos por ela. São Tomás de Aquino foi buscar em
Aristóteles a distinção entre essência e existência. Porem ao contrário de Aristóteles, afirma
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que somente Deus seria capaz de reunir a essência e a existência, em termos de igualdade.
Portanto, a busca de perfeição pelo homem seria a busca de Deus.

A psicologia no renascimento
Pouco mais de 2 séculos após a morte de São Tomás de Aquino, tem início uma época de
transformações radicais no mundo europeu. É o Renascimento. O mercantilismo leva à
descoberta de novas terras. Dá-se, também, um processo de valorização do homem. As
transformações ocorrem em todos os sectores da actividade humana. Inclusive na ciência.
Esse avanço na produção de conhecimentos propícia o início da sistematização do
conhecimento científico. Neste período de transformações, René Descartes, um dos filósofos
que mais contribuiu para o avanço da ciência, postula a separação entre mente (alma, espírito)
e corpo, afirmando que o homem possui uma substância material e uma substância pensante,
e que o corpo, desprovido do espírito, é apenas uma máquina. Esse dualismo mente-corpo
torna possível o estudo do corpo humano morto, o que era impensável nos séculos anteriores
(o corpo era considerado sagrado pela Igreja, por ser a sede da alma), e dessa da Anatomia e
da Fisiologia, que iria contribuir em muito para o progresso da própria Psicologia.

A origem da psicologia científica


A psicologia como ciência, ou seja, como conhecimento sistematizado e como referencia
clara no mundo empírico, características do mundo moderno ,a crença na ciência como forma
de conhecer o mundo e dar respostas e soluções para os problemas da vida humana.

No século 19, destaca-se o papel da ciência no crescimento da nova ordem social, o


capitalismo trazendo consigo o processo de industrialização, para o qual a ciência deveria dar
respostas e soluções práticas no campo da técnica para uma melhor compreensão, O
capitalismo pôs esse mundo em movimento, com a necessidade de questionar as hierarquias
há tantos séculos estabilizados. O universo também foi posto em movimento. O Sol tornou-se
o centro do universo. O homem, por sua vez, deixou de ser o centro do universo
(antropocentrismo), passando a ser concebido como um ser livre, capaz de construir seu
futuro, O conhecimento tornou-se independente da fé. Os dogmas da Igreja foram
questionados. O mundo se moveu. A racionalidade do homem enfim apareceu. A burguesia,
que disputava o poder e surgia como nova classe social e económica, defendia a emancipação
do homem.
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Nesse período, surgem homens como Hegel, que demonstra a importância da História para a
compreensão do homem, e Darwin, que enterra o antropocentrismo com sua tese
evolucionista. A ciência avança tanto, que se torna um referencial para a visão de mundo. A
partir dessa época, a noção de verdade passa, necessariamente, a contar com o aval da
ciência. A própria Filosofia adapta-se aos novos tempos, com o surgimento do Positivismo de
Augusto Comte, que postulava a necessidade de maior rigor científico na construção dos
conhecimentos nas ciências humanas. Desta forma, propunha o método da ciência natural, a
Física, como modelo de construção de conhecimento É em meados do século 19 que os
problemas e temas da Psicologia, até então estudados exclusivamente pelos filósofos, passam
a ser, também, investigados pela Fisiologia e pela Neurofisiologia em particular. Os avanços
que atingiram também essa área levaram à formulação de teorias sobre o sistema nervoso
central, demonstrando que o pensamento, as percepções e os sentimentos humanos eram
produtos desse sistema. É preciso lembrar que esse mundo capitalista trouxe consigo a
Máquina, criação fantástica do homem! E foi tão fantástica que passou a determinar a forma
de ver o mundo Para se conhecer o psiquismo humano passa a ser necessário compreender os
mecanismos e o funcionamento da máquina de pensar do homem — seu cérebro. Assim, a
Psicologia começa a trilhar os caminhos da Fisiologia, Neuroanatomia e Neurofisiologia.

Algumas descobertas são extremamente relevantes para a Psicologia. Por exemplo, por volta
de 1846, a Neurologia descobre que a doença mental é fruto da acção directa ou indirecta de
diversos factores sobre as células cerebrais. A Neuroanatomia descobre que a actividade
motora nem sempre está ligada à consciência, por não estar necessariamente na dependência
dos centros cerebrais superiores Esse fenómeno chama-se reflexo, e o estímulo que chega à
medula espinhal, antes de chegar aos centros cerebrais superiores. O caminho natural que os
fisiologistas da época seguiam, quando passavam a se interessar pelo fenómeno psicológico
enquanto estudo científico, era a Psicofísica. Estudavam, por exemplo, a fisiologia do olho e
a percepção das cores. As cores eram estudadas como fenómeno da Física, e a percepção,
como fenómeno da Psicologia. Por volta de 1860, temos a formulação de uma importante lei
no campo da Psicofísica. É a Lei de Fechner-Weber, que estabelece a relação entre estímulo e
sensação, permitindo a sua mensuração.

Segundo Fechner e Weber, a percepção aumenta em progressão aritmética, enquanto o


estímulo vária em progressão geométrica. Essa lei teve muita importância na história da
Psicologia porque instaurou a possibilidade de medida do fenómeno psicológico, o que até
então era considerado impossível. Outra contribuição muito importante nesses primórdios da
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Psicologia científica é a de Wilhelm Wundt (1832-1926). Wundt cria na Universidade de


Leipzig, na Alemanha, o primeiro laboratório para realizar experimentos na área de
Psicofisiologia. Por esse fato e por sua extensa produção teórica na área, ele é considerado o
pai da Psicologia moderna ou científica (foi ele o criador do paralelismo psicofísico e do
método interseccionismo). Ou seja a especialização dos métodos psicológicos sofrem grandes
avanços quebrando as barreiras sociais de forma a desenvolver cada vez mais ,quebrando os
paradigmas de sua época.
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Conclusão
A Psicologia pode ser definida como a ciência que estuda o processo mental humano e o
comportamento observável. A sua origem remonta ao séc. V a.C., altura em que Platão e
Aristóteles se viam às voltas com muitos dos problemas que ocupam hoje os Psicólogos. O
estabelecimento formal desta ciência deu-se em 1879, em Leipzig na Alemanha, com o
laboratório de Psicologia Experimental de Wundt.

A Psicologia estuda todos os aspectos do funcionamento interno da mente, como a memória,


os sentimentos, o pensamento e a percepção, bem como de funções de relação, como o
comportamento e a fala. Estuda também a inteligência, a aprendizagem e o desenvolvimento
da personalidade. Alguns dos métodos utilizados em Psicologia são a observação, a recolha
de histórias pessoais e a utilização de instrumentos de avaliação de funções cognitivas, como
a inteligência e a personalidade.
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Bibliografia
Plante, T. (2005) Contemporary Clinical Psychology, 2nd edition. New Jersey: Wiley.

BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; e TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi.
Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13º ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

KELLER, Fred. Simmons. A definição da psicologia: uma introdução aos sistemas


psicológicos. Tradução brasileira de Rodolpho Azzi, São Paulo: EPU, 1974.

PEREIRA, Maria Eliza Mazzilli e GIOIA, Silvia Catarina. Do feudalismo ao capitalismo:


uma longa transição. Em: ANDERY, Maria Amália Pie Abid et. al. Para compreender a
ciência: uma perspectiva histórica. 4º ed. Rio de Janeiro: Espaço e tempo, 1988.

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