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UNIVERSIDADE DE BELAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E ECONÓMICAS


COORDENAÇÃO DOS CURSOS DE PSICOLOGIA

PROPOSTA DE TEMA

TIPOS DE TESTES EM PSICOLOGIA

Cadeira de Psicometria
Docente: Sandro Vemba
Discente: Feslibertina da Silva

Luanda, 2023
ÍNDICE
1.1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1

1.2. IMPORTÂNCIA DOS TESTES PSICOLÓGICOS ............................................. 2

1.3. FUNÇÃO DOS TESTES PSICOLÓGICOS ......................................................... 2

1.4. OS TIPOS DE TESTES PSICOLÓGICOS MAIS UTILIZADOS EM

PROCESSOS SELECTIVOS. .......................................................................................... 3

1.5. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 5

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 6


1.1. INTRODUÇÃO
Nessa Introdução “os Tipos de Testes Psicológicos” pretendendo apenas despertar
o interesse e fornecer subsídios aos estudantes que se iniciam na Psicologia, já que
descrevi, de maneira sumária, os tipos de testes mais usados no nosso meio.

Os testes psicológicos são ferramentas utilizadas por profissionais da psicologia


para analisar características comportamentais de indivíduos. Os testes psicológicos
também são muito utilizados nos processos de recrutamento e seleção na avaliação de
candidatos para uma vaga de emprego.

Essas avaliações, no contexto corporativo, geralmente têm a finalidade de


levantar características divergentes e semelhantes entre indivíduos para, posteriormente,
agrupá-los de tal maneira que facilite a identificação do perfil psicológico que mais se
alinha à cultura organizacional vigente.

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1.2. IMPORTÂNCIA DOS TESTES PSICOLÓGICOS
Depois de ter lido um pouco sobre quatro dos principais tipos de testes
psicológicos, por que não saber por que eles são tão importantes hoje em dia?

Em primeiro lugar, os testes psicológicos são indispensáveis no âmbito clínico, já


que eles podem ajudar a diagnosticar patologias e distúrbios psicológicos que podem
afetar negativamente a vida de um indivíduo como, depressão, ansiedade, dificuldade na
retenção de conteúdo e problemas na aprendizagem, transtorno do déficit de atenção,
dislexia, autismo, problemas de memória e até demência.

Nesses casos, crianças com problemas de aprendizado ou que sofreram abusos e


outros eventos traumáticos, por exemplo, podem ser diagnosticadas e tratadas
corretamente.

Além disso, além de diagnosticar patologias, quando usados em outros ambientes,


como o do mercado de trabalho, os testes psicológicos podem ser ótimas ferramentas para
saber que candidato tem os melhores qualidades e personalidade para se juntar à empresa.

1.3. FUNÇÃO DOS TESTES PSICOLÓGICOS


Os testes psicológicos são muito utilizados no recrutamento e selecção de
candidatos, pois podem ajudar a medir o fit cultural com a empresa, entender como um
candidato administra seu tempo, qual o nível de concentração de um profissional, entre
outros diferentes tipos de avaliação.

Também é muito importante para entender o perfil interno da empresa, pois


podem ser aplicados nos colaboradores da organização a fim de fazer o levantamento dos
perfis presentes dentro da empresa.

Com essas informações, pode-se perceber as prováveis origens de conflitos em


equipes, quais perfis deveriam estar mais presentes na empresa, entender mais sobre a
cultura organizacional, entre outros diversos levantamentos que podem ser feitos a partir
da avaliação de perfil.

Portanto, para uma cultura organizacional saudável e colaboradores alinhados, é


importante ter cuidado e atenção na hora de escolher o teste ideal para a sua organização.

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1.4. OS TIPOS DE TESTES PSICOLÓGICOS MAIS
UTILIZADOS EM PROCESSOS SELECTIVOS.

1 Teste AC (Atenção Concentrada)


Como o próprio nome diz, esse teste serve para medir a capacidade de
concentração e foco dos profissionais.

Indicada para cargos que exigem maior concentração na organização, a avaliação


pode ser aplicada individualmente ou em grupo, em que o candidato recebe uma folha
com modelos de triângulos que devem ser encontrados na folha de resposta.

2. Teste Quati (Questionário de Avaliação Tipológica)


O teste Quati é um tipo de avaliação psicológica utilizada para identificar traços
de personalidade e comportamentos. A avaliação é feita de acordo com as respostas do
avaliado frente a diferentes situações. O teste Quati se baseia nas teorias de Carl Jung e
separa os indivíduos em diferentes “tipos psicológicos”, baseando-se em alguns traços
como:

• introversão e extroversão;
• sensação e intuição;
• pensamento e sentimento.

3. Teste Não Verbal de Inteligência (G38)

O teste G38 é utilizado para analisar a capacidade intelectual do candidato, em


média. É apenas um parâmetro comparativo e não definitivo dessa aptidão.

O G38 é um teste de múltipla escolha e dura cerca de 30 minutos. Algumas das


habilidades avaliadas são: raciocínio lógico, raciocínio por analogia e senso geométrico
espacial.

4. Teste BFP (Bateria Fatorial de Personalidade)

A Bateria Fatorial de Personalidade, ou teste BFP, é um tipo de avaliação


psicológica baseada no Big Five, ou Cinco Grandes Factores (CGF). Ou seja, esse teste
avalia os 5 principais traços de personalidade de cada indivíduo.

O Big Five refere-se aos 5 factores de personalidade e não ao teste. Já a Bateria


Fatorial de Personalidade diz respeito ao teste que avalia essas características individuais.

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O teste BFP avalia os níveis de:

• extroversão;
• neuroticismo;
• abertura para novas experiências;
• socialização;
• realização.

A partir desse levantamento, é possível entender qual é a personalidade dos


candidatos e/ou colaboradores de uma empresa. E, diante dos resultados obtidos, pode-se
identificar o perfil médio da empresa, o perfil ideal de candidatos que se alinham à cultura
organizacional, entre outros diversos factores.

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1.5. CONCLUSÃO
A utilização de testes é um caracterizador marcante na história da Psicologia. O
conhecimento advindo com base em testes, uma vez que estes sejam válidos e precisos, é
confiável, pois baseia-se essencialmente em evidências empíricas e não apenas em meras
especulações (Anastasi; Urbina, 2000), o que justifica salientar a necessidade de ampliar
e aprimorar ainda mais o debate a respeito do uso dessas ferramentas no âmbito nacional.

Baquero (1974), três décadas atrás, já apontava três atitudes que poderiam ser
evocadas diante dos testes psicológicos. Pode-se dizer que as duas primeiras se
caracterizam por um certo extremismo: enquanto a primeira considera os testes infalíveis
e inequívocos, a segunda, por outro lado, expressa um descrédito para com os
instrumentos e afirmam que os mesmos para nada servem. A terceira atitude foi chamada
de atitude lógica diante dos testes. Nessa perspectiva, os testes são assumidos como uma
eficaz fonte de informação que deve ser considerada e tomada de forma cautelosa,
associando-se ainda a outras fontes.

Concordando aqui com essa terceira posição, conclui-se que os testes, assim como
qualquer outro instrumento de medida, possuem imprecisões. Entretanto, não se joga um
relógio de pulso fora apenas porque ele atrasa um segundo por dia. É claro que a precisão
de um relógio na medição do tempo ainda é um pouco distante da medição de um
construto realizada por um teste, mas os primeiros relógios não foram os atômicos (que
são mais precisos por se basearem em certas propriedades dos átomos e terem a margem
de erro de um segundo a cada um bilhão de anos), e os testes estão extremamente distantes
dessa acurácia. Entretanto, considerando o facto de a Psicologia ser uma ciência de idade
muito tenra quando comparada à Física, por exemplo, pode-se fazer uma analogia na qual
os testes psicológicos corresponderiam cronologicamente aos relógios de água ou às
famosas ampulhetas, que foram, por muito tempo, os instrumentos desenvolvidos para a
medição do tempo.

Muito há que ser feito ainda, mas nem por isso se deve descartar o que se tem de
melhor neste momento. Tratar os testes em função de sua utilidade, mas considerando as
suas limitações, é a atitude lógica que se deve ter frente a eles. O ímpeto e os esforços
deveriam ser, ao lado da crítica qualificada e construtiva, o de se trabalhar no
desenvolvimento de um instrumental mais acurado e eficaz.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
• Mestrando em Psicologia cognitiva pela Universidade Federal de Pernambuco.
• Mestre em Psicologia social e professora pela Universidade Federal da Paraíba.
• Doutor em Psicologia pela Universidade Complutense de Madrid. Professor da
Universidade Federal da Paraíba.
• ALCHIERI, J. C.; CRUZ, R. M. Avaliaçăo Psicológica: Conceito, Métodos e
Instrumentos Săo Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.
• ANASTASI, A.; URBINA, S. Testagem Psicológica Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
• BAQUERO, M. G. Testes Psicométricos e Projetivos: Medidas Psicoeducativas Săo
Paulo: Loyola, 1974.
• BARIANI, I. C. D.; BUIN, E., BARROS, R. C.; ESCHER, C. A. Psicologia Escolar e
Educacional no Ensino Superior: Análise da Produçăo Científica. Psicologia Escolar e
Educacional, v. 8, n. 1, pp. 17-27, 2004.
• BORING, E. G. A History of Experimental Psychology Nova York: Appleton-Century-
Crofts, 1950.
• CRUZ, R. M.; Alchieri, J. C.; SARDA JR., J. J. Avaliaçăo e Medidas Psicológicas:
Produçăo do Conhecimento e da Intervençăo Profissional Casa do Psicólogo: Săo Paulo,
2002.
• https://www.gupy.io/blog/testes-psicologicos
• https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/testes-psicolgicos-e-suas-finalidades/
• https://coodesh.com/blog/rh-tech/recrutamento/testes-psicologicos/

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